Eu quero o sporting de volta
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1 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
- EU QUERO O SPORTING DE VOLTA! -
REFLEXÃO ABERTA
Enquadramento – o que me leva a apresentar este documento
Não votei nas últimas eleições do Sporting Clube de Portugal. Não votei
porque não pude, por motivos profissionais. Mas declaro, sem problemas,
que se o pudesse ter feito, teria votado Pedro Baltasar. Porquê? Simples.
Por exclusão de partes, dado que nenhum dos outros candidatos me
oferecia garantias que pudesse exercer o cargo devidamente.
Terminadas as eleições e contados os votos, fiz aquilo que qualquer
Sportinguista e democrata teria a fazer: respeitar os resultados e apoiar
incondicionalmente o Clube e a sua nova estrutura directiva. Como? Mais
uma vez, simples. Indo ao estádio, apoiando a equipa, estando presente
sempre que possível. Numa das piores épocas em que há memória – a
época 2011/2012 – fui a Manchester e a Bilbao. Fui a Alvalade sempre
que me foi possível. Fui, não abandonei.
Nunca fui muito fã de Ricardo Sá Pinto. Quem me conhece e comigo
partilha das discussões clubistas, sabe que é verdade o que digo. Sempre
achei que não tinha nem experiência, nem personalidade para exercer o
cargo. Mas o que fiz? Continuei a apoiar mas sempre dizendo que a época
2012/2013 é que iria provar se teria capacidade e competência para o
cargo. Viu-se o resultado…
Sá Pinto foi demitido e foi contratado um novo treinador, num processo no
mínimo estranho. O que fiz? Continuei a apoiar, defendi a continuidade do
Presidente. Tornava-se necessário estabilidade, apoio e confiança.
Caramba! Já bastam os outros, porque haveria de piorar a situação?
Neste momento, olhando para a época desportiva, vejo que o campeonato
está perdido, o acesso à Liga dos Campeões muito improvável, a Taça
perdida, a Liga Europa perdida. Ou seja, a época está totalmente perdida
e ainda é Novembro!
2 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
Mais ainda, vejo uma estratégia definida há ano e meio completamente
perdida. Aquela lógica do investimento virtuoso – com a qual, devo dizer,
nunca concordei muito – ficou totalmente aniquilada com os resultados
desportivos e financeiros durante o mesmo período.
Agora, o que fazer? Convocar eleições antecipadas e planear a próxima
época, já! O único problema que antevejo nesta solução é um: quem vai
ser o próximo Presidente? Das duas, uma: ou é alguém cheio de dinheiro,
interessado em investir no Sporting sem pensar no lucro, como puro
mecenato, ou alguém com personalidade e credibilidade suficientes para
colocar o Sporting na rota certa.
Como não acredito em mecenas para o futebol, terá de ser uma
personalidade que encaixe na segunda hipótese. Nesse sentido, julgo
haver 10 medidas fundamentais a implementar e por em prática no
Clube e na SAD, quase de forma imediata, após a eleição.
10 medidas a tomar pelo futuro Presidente do Sporting
Medida nº1 – O Presidente vai para o banco todos os jogos
Muitos podem pensar como uma medida populista, sem impacto. Eu vejo-
a como uma importante medida de gestão. Como gestor, consultor e
assessor que sou, profissionalmente, é assim que a vejo. A estrutura
aparenta estar fragmentada, sem liderança e sem rumo. A estrutura
precisa de ter uma liderança forte e próxima. Os jogadores, mais do que
ninguém, têm de o sentir.
Assim, o Presidente deve estar em todos os jogos junto aos jogadores e
estrutura técnica, incentivando mas exigindo. Acabou a tribuna. Acabou a
sobranceria. Uma cultura de exigência tem de vigorar, definitivamente, no
Sporting. Em todos os níveis. Começando no relvado, terminando na
Administração. E esta tem de dar o exemplo.
3 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
Não se consegue exigir sem demonstrar aplicação e abnegação. A voz faz
milagres, acreditem. Uma palavra de motivação, no terreno, no momento
certo, mas coisas fantásticas! Tem de existir essa palavra de ordem, no
terreno, todos os dias. Os jogadores têm de sentir que estão
acompanhados mas, mais importante ainda, quem manda está muito
atento ao que fazem. Nada é deixado ao acaso.
Medida nº2 – Quem trabalha não comenta
Não sei se sentem o mesmo mas eu, pessoalmente, estou cansado dos
programas de televisão com comentadores de clubes que nada de
frutuoso e importante dizem. Mais ainda, o Sporting parece-me ter
comentadores adeptos que tudo fazem menos defender o Clube.
Regra a implementar já: quem trabalha no Clube, quem exerce funções
no Clube ou na SAD não pode ser comentador televisivo.
Medida nº3 – Extinguir o Conselho Leonino
Alguém percebe o que faz e para que serve o Conselho Leonino? Para o
Presidente receber conselhos? Mas de quem? De mais de 50 pessoas?!
Haverá algum clube no Mundo que tem um Conselho Consultivo???
Fui tentar perceber quem são e para que serve este órgão? Extraído do
site no nosso Clube, aqui fica:
«O Conselho Leonino é composto pelos seguintes membros:
Pelos Presidentes e Vice-Presidentes da Mesa da Assembleia-Geral
deste e do anterior exercício;
Pelos Presidentes e Vice-Presidentes do Conselho Directivo deste e
do anterior exercício;
Pelos Presidentes e Vice-Presidentes do Conselho Fiscal deste e do
anterior exercício;
Por 50 Sócios Efectivos eleitos pelos associados na Assembleia-Geral
Eleitoral;
4 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
Pelo Sócio nº1 do Sporting Clube de Portugal;
Pelos Presidentes dos Grupos Cinquentenários, Stromp e Leões em
Portugal em exercício.»
Ou seja, já não falta muita gente, provavelmente o Paulinho, o próprio do
Stromp, eu próprio – que não estou lá – o cão da Sra. da limpeza e pouco
mais!
E para que serve?
«Compete, entre outras coisas, ao Conselho Leonino:
Velar pela observância dos Estatutos;
Exercer as competências que lhe forem delegadas pela Assembleia-
Geral;
Tomar conhecimento da proposta de orçamento anual, relatórios de
gestão e contas em exercício;
Apresentar sugestões ao Conselho Directivo e ao Conselho Fiscal e
Disciplinar.»
Ou seja, para nada! Se não serve para nada e muitas vezes só cria ruído,
extinga-se!
Medida nº4 – Reestruturação da Estrutura de Futebol Profissional
Com esta medida, não estou a considerar que a actual estrutura é
incompetente ou que as pessoas não têm o perfil necessário. Têm apenas
um “defeito”: estão lá. E estiveram nestes últimos meses / anos de total
desleixo, falta de combatividade, de entrega. Assimilaram, a meu ver,
uma cultura de entrega à derrota, de conformismo. E não podemos ter
essa cultura!
Temos de implementar uma nova cultura, baseada na exigência, no
esforço, na vontade de ganhar, orientada para os resultados. Muito
provavelmente, mais pequena, mais eficiente, com menor contacto com a
equipa de futebol.
5 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
A forma mais fácil e rápida de mudar – que é aquilo que Sporting também
precisa – é mudando a equipa, toda! Não basta mudar o treinador, ou
contratar alguns jogadores, nem é isso que está em causa. Existe toda
uma estrutura intermédia, entre o Presidente e o relvado que tem de ser
mudada e adaptada a uma nova cultura empresarial. Não há nada a fazer,
é mesmo assim. É duro dizê-lo, será terrível e dificílimo fazê-lo, mas julgo
ser absolutamente necessário.
Muito provavelmente ficarão poucos, apenas aqueles capazes de viver
com a exigência pretendida. Outros serão substituídos. Quem fica, terá de
ser fortes e abnegado. Terá de trabalhar muito. Muito mais do que
trabalha hoje em dia, nem que seja porque serão muito menos a fazer
bastante mais.
Medida nº5 – Desenvolver um novo Plano de Recursos Humanos
Como disse, uma nova cultura tem de ser implementada no Sporting.
Exigência, orientação para os resultados, entrega, combatividade, defesa
intransigível dos interesses superiores do Clube, vitória, vitória, vitória.
Desejo insaciável de ganhar, sempre.
As remunerações têm igualmente de ser adaptadas a esta nova cultura. O
funcionário quer ganhar? Faz por isso? Luta pela vitória? Luta pelos
resultados? Ganha em conformidade! Cada vez mais, as remunerações
por objectivos têm de ser implementadas. É mesmo assim, o que fazer? A
bola bateu no poste e não entrou? Temos pena! O avançado marcou 30
golos numa época? Paguem-lhe, e bem! É isso que faz ganhar
campeonatos! A defesa sofre poucos golos? Óptimo, paguem-lhes.
Mais ainda, incentivar os prémios e remunerações colectivas, também. Há
que criar no Sporting uma vontade colectiva de ganhar, não só individual.
Se todos lutarem, todos lucrarão. É o triunfo colectivo que trás o sucesso
individual, não o contrário.
6 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
Medida nº6 – Cair na real!
Temos de ter consciência da realidade. Segundo o relatório e contas de
2011/2012, a Sporting SAD gerou 40.765 milhões de euros de proveitos
operacionais. Na mesma época, só em custos com pessoal totalizou
42.532 milhões de euros. Só esta rubrica observou um crescimento de
mais de 30% numa só época. É isto o investimento virtuoso?
Não geramos receitas sequer para ordenados e benefícios, quanto mais
para o resto! Nem que seja por uma questão económica, é fundamental
implementar as medidas 2 e 3, para esta e as seguintes fazerem sentido.
De acordo com o mesmo documento, e prestem atenção ao que vos vou
dizer, o Sporting gerou quase 45 milhões de euros em imparidades com
passes de jogadores. Em 2 anos, perdemos 45 milhões de euros com
jogadores! Que loucura!
Não será assim de estranhar que em apenas 2 épocas, o Sporting
acumule quase 64 milhões de euros de prejuízos operacionais. E ainda
faltam os juros da dívida…
Se geramos prejuízos tão elevados, só existe uma forma de os cobrir:
vendendo jogadores. Mas os jogadores só se valorizam e são (bem)
vendidos se jogarem bem e ganharem jogos. Caso contrário, os prejuízos
só se adensam.
O sucesso desportivo é condição sine qua non para o sucesso financeiro.
Temos de ter consciência da realidade. Nós não geramos receitas para
pagar estes ordenados, para ter esta estrutura de custos. Lá nas vossas
casas, como é? Gastam mais do que recebem? Já chega! Temos de
adequar os custos que geramos às receitas que somos capazes de ter.
Uns têm de ser claramente diminuídos, os outros têm de ser amplificados
o mais possível!
É preciso ter uma estrutura mais barata, mais pequena e, ao mesmo
tempo, mais eficiente. Não há outra solução! Todos terão de aprender a
fazer mais com menos.
7 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
Isto poderá implicar, e/ou a renegociação dos contratos com os jogadores
e estrutura técnica (e também de todos os restantes funcionários,
ninguém pode ser excluído deste esforço conjunto), e/ou a venda dos
jogadores com ordenados mais elevados e pior desempenho futebolístico.
É uma questão de preço/qualidade.
Medida nº7 – Reestruturar e renegociar todo o passivo da SAD
Depois de feito o trabalho de casa e de re-ganharmos a nossa
credibilidade, temos de olhar seriamente para o nosso passivo.
Segundo o já referido relatório e contas, a SAD registava capitais próprios
negativos de 75 milhões de euros (uma singela subida de 154% em
apenas uma época!), e uma dívida financeira de pouco mais de 116
milhões de euros. As dívidas a fornecedores e outros credores
totalizavam, no fim da época transacta, praticamente mais 100 milhões.
Tudo somado, devemos qualquer coisa como 215 milhões de euros com
um capital negativo de 75 milhões!!!
Temos de adequar as previsões da nova estrutura operacional, que terá
de dar lucro obrigatoriamente, a um novo serviço de dívida. Prevemos
gerar 1 Milhão de euros de cash-flow operacional? É isso, no máximo, que
podemos pagar aos nossos devedores. Afinal são 5 Milhões? Pois então
pagamos mais.
Acumular prejuízos operacionais sucessivos, acrescido ainda de um
serviço de dívida brutal com o qual temos de nos debater, cria
naturalmente fortíssimos constrangimentos de tesouraria e um
lentamente caminhar para a bancarrota.
Aliás, esta situação vê-se perfeitamente no referido relatório e contas,
com um fluxo operacional negativo superior a € 36 Milhões!
Os números terão de ser minuciosamente estudados e ter-se-á de criar
uma estrutura económica e financeira sustentável para o Sporting. No
entanto, vejo extremamente complicado fazê-lo sem a entrada de mais
dinheiro.
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Olhando para os números públicos, é de ficar preocupado:
Temos uma dívida financeira de curto prazo de quase 37 Milhões de
euros, dos quais 10 Milhões em descoberto bancário!
Dos 79 Milhões de dívida de médio e longo prazo, quase tudo se
vence em 2014!!! Só pouco mais de 11 Milhões se vence em 2015 e
2016. As maturidades da nossa dívida terão de ser muito mais
longas.
Muito provavelmente, a reestruturação da SAD terá de passar por 1)
realização de uma operação harmónio – redução de capital social por
incorporação de resultados negativos, acrescido de 2) aumento de capital
por 2.1) entrada de novos accionistas e 2.2) reconversão de dívida
financeira em capital e 3) renegociação da dívida remanescente, com
alargamento das maturidades, indexação de grande parte dos reembolsos
aos passes dos jogadores (quando possível, claro*), conversão de alguma
dívida numa amortização tipo bullet num termo longo, fazendo com que a
dívida mais corrente seja possível pagar com os cash-flows operacionais.
* Digo quando possível porque ao olhar para o relatório e contas, fico um
pouco “nervoso” com 2 aspectos: 1) as %’s que temos dos passes dos
jogadores e 2) a quantia astronómica que hoje já devemos por conta de
vendas futuras de passes. Preparados? Qualquer coisa como 28.875
Milhões de euros já estão comprometidos. Estão à espera de grandes
mais-valias no futuro? Não me parece…
E nas contas há também pormenores engraçados, como por exemplo,
uma dívida de 360 mil euros e outra de 260 mil euros ao fornecedor
“Jeffrensport”. Nome curioso, não acham? Familiar?... Se fizerem uma
pesquisa na net – foi o que eu fiz – concluem que se trata de uma
sociedade, registada em Tenerife, cujo negócio é consultoria de negócios.
Mais, não sei, mas consigo deduzir…
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Naturalmente que isto exigirá a contratação de um novo Administrador
Financeiro, profundo conhecedor da matéria financeira e exímio
negociador com a Banca. Prefiro, até, que perceba pouco ou nada de
futebol. Torna-se assim um contra-peso, um “advogado do diabo”,
essencial para uma estrutura de negócio que muitas vezes se gere pela
emoção. Temos de por razão nesta gestão!
Medida nº8 – Alteração da política de comunicação
Os tempos que se avizinham, extremamente complicados, exigem muito
de todos, sócios incluídos. Todos deverão estar presentes. O clube e a
SAD só poderão ser viáveis com receitas. No entanto, os sócios que são, e
bem, exigentes, só estarão presentes se o clube e a sua estrutura
demonstrarem estar à altura do desafio.
Não tenho dúvidas que com uma equipa aguerrida, motivada, esforçada,
sempre em busca da vitória, mesmo lutando para um 3º, 4º ou 5º
lugares, terá sempre uma assistência no seu Estádio acima de 30.000
espectadores. Isto gera receita mas a comunicação e a política comercial
para os sócios terá de ser mais agressiva, no bom sentido, mais
convidativa. Os preços terão de ser adequados ao espectáculo que se
assiste. O merchandising terá de ser todo actualizado e a política de
pricing revista.
Um exemplo muito simples: já foram ao Museu Sporting, já visitaram o
Estádio? Eu fui, com o meu filho e 2 sobrinhos. Uma pena, digo-vos. Uma
exposição de troféus e nada mais! É isto a vivência do Clube? É este o
contacto que queremos com quem nos visita? Mostrar troféus? O Banco de
suplentes? Temos de dar mais aos sócios e adeptos se queremos receber
mais deles. Temos de lhes dar emoção, paixão!
Temos de ter uma política comercial que convide as pessoas a ir ao
estádio, a viver o clube e a consumir o clube. Na época 2011/2012, as
receitas com quotas, bilhetes e merchandising totalizou aproximadamente
12,7 Milhões de euros, pesando 37,5% na nossa estrutura de receitas
operacionais. O nosso orçamento anual para o futebol deveria estar em
linha com estas receitas para que a estrutura fosse viável e sustentável.
10 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
Mas temos de conseguir aumentar o nosso universo e de fazer aumentar
estas receitas!
Temos de ter uma comunicação, também ela aguerrida, quer comercial,
quer institucional. O Sporting é um clube muito grande, enorme, e não
pode deixar sem a resposta adequada os sucessivos ataques de que é alvo
da parte de vários órgãos da comunicação social, de comentadores de
bancada e outros afins. Mas também temos de ter consciência que o
estado actual é, em grande parte, culpa do próprio Sporting que não se dá
ao respeito.
O respeito dos outros ganha-se, antes de mais, dentro do campo. Só
assim, nos conseguiremos dar ao respeito e fazer valer a nossa voz.
Medida nº9 – Alteração da política de contratação de jogadores
Acabaram as contratações a granel, os gastos desmesurados com passes
de jogadores, as comissões milionários e os custos zero que são tudo
menos zero.
Contratações? Cirúrgicas, de jogadores inquestionáveis para posições
fulcrais. Quais? Defesa-central, médio e ponta-de-lança. São 3, e mais
nada! Só assim deve o Sporting investir dinheiro.
Do que consegui ler do relatório e contas, o Sporting investiu qualquer
coisa como 55 milhões de euros em jogadores em apenas 2 épocas
desportivas. Com este valor, alguém tem dúvidas que contrataríamos 3
jogadores de classe mundial?
Empréstimos de jogadores? Só se acrescentarem algo à equipa, caso
contrário, temos muitos jovens na Academia prontos para lutar por lugar
na equipa.
Comissões a agentes? O poder de decisão mas sobretudo de gestão do
jogador e das suas expectativas tem de estar nas mãos do Sporting e não
de um qualquer agente desportivo. Este tem o seu trabalho que não se
pode imiscuir na gestão diária do clube e da SAD. Temos exemplos
11 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
vergonhosos no nosso clube de intromissão de agentes com total cedência
parte do Sporting. Não pode acontecer!
De resto, muita prospecção, parcerias com olheiros locais e propagação
internacional do “negócio” da nossa Academia por forma a encontrar mais
rapidamente os melhores jogadores em todo o Mundo. Internacionalizar o
conceito é fundamental, tanto como fonte adicional de receita, mas
também como forma de detectar jovens promessas do futebol.
Medida nº10 – Gerir, trabalhar, gerir, trabalhar
Todos os dias, todas as horas, com toda a estrutura, próxima dela,
sempre com ela. A gestão diária, próxima, é fundamental nos dias de
hoje. Sermos capazes de, em equipa, antecipar as adversidades e reagir
com prontidão; de encontrar novos caminhos, novas soluções; de termos
abordagens criativas, diferenciadas e únicas.
Isto só se consegue com muito trabalho, com tempo, com uma equipa
motivada, unida e esforçada, onde todos participam mas um lidera.
Haverá, com certeza, muitas mais medidas a implementar. Estas são as
que julgo vitais para a sobrevivência do nosso Clube. Sim, meus caros,
porque é disso que se trata: de sobreviver. Não tenhamos ilusões, não se
trata de sermos campeões, o maior dos maiores da Europa, a isso
havemos de lá chegar, vos garanto! Mas antes de re-aprender outras
coisas mais básicas, mais simples. Temos de aprender a gerir o que
temos, com o que temos; temos de aprender a fazer muito mais com
muito menos; temos de nos dar ao respeito para sermos respeitados.
Com certeza, este documento será objecto de muita crítica. Pois que
venha ela! Só com crítica, desde que construtiva, seremos capazes de
encontrar soluções. Ninguém tem a solução nem a razão única, todos
juntos encontraremos o melhor caminho.
12 Por Gonçalo Nascimento Rodrigues Sócio nº 37.499
Com o tempo e o trabalho, virão as vitórias e os títulos. Com as vitórias e
os títulos o Sporting voltará! Companheiros, vemo-nos no Estádio, já no
próximo jogo!
VIVA O SPORTING!
Lisboa, 23 de Novembro de 2012