Eu Sou a Notícia

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Entre a ficção e a realidade: conheça Beatriz Moraes

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Entre a ficção e a realidade: conheça Beatriz Moraes

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“Jornalismo como profissão, poesia como ambição”. São nessas palavras que Beatriz Moraes define sua carreira. A jornalista e escritora de apenas 18 anos vem ganhando destaque na mídia pelo sucesso de seu primeiro livro, Ultravioleta, e pelas reportagens importantes realizadas por ela. Mesmo muito jovem, Beatriz já conquistou fãs, admiração e respeito em suas áreas de atuação, além de ter ganhado diversos prêmios literários, como o Concurso Amador Aguiar. Batemos um papo com ela, para tentarmos descobrir qual o segredo para seu sucesso. Quer conferir?

Foi na Biblioteca Municipal Monteiro Lobato, em Osasco, no dia 02 de abril deste ano, que Beatriz realizou o lançamento de sua obra inicial: Ultravioleta, primeiro livro da trilogia A Monarquia das Rosas.

O evento foi um sucesso, e contou com diversas atrações. Músicos importantes, como Sérgio Campelo, Ana Luiza e Beatriz Alves estavam presentes, prestigiando a autora, e ainda participaram tocando grandes hits. Além disso, a artista Larissa Yamamoto também teve sua participação, fazendo caricaturas dos convidados, e a dona da grife Sou o que Visto, Jaqueline Barros, levou peças inéditas para expor e vender exclusivamente ali.

O livro continua sendo um sucesso de vendas, e muito aclamado pela crítica.

Segundo o blog Ler e Amar, em resenha feita sobre a obra: “Beatriz criou um mundo sombrio e doloroso, romântico e intenso, calmo e agitado”.

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“É bom ver que posso acrescentar algo para as pessoas”.

Esta fala se refere ao fato de que Beatriz se tornou neste ano integrante de um grupo de escritores intitulado Ocupação Poética. Mensalmente, este grupo ocupa locais públicos para levar arte, poesia e literatura. “Estou fazendo uma matéria agora para a Revista Esquinas sobre Saraus de Periferia, e é incrível ver a importância da arte na vida dos jovens, e que eu tenho o poder de contribuir por estar inserida nisso”, nos disse ela. A próxima aparição do grupo será no Museu de Osasco, dia 25 de junho (sábado).

Já no lado jornalista da profissão, Beatriz participou recentemente do Programa Vem Comigo, com Goulart de Andrade, Bia Souza e Camila Gambirasio, na TV Gazeta, e sua matéria teve grande repercussão na internet.

Abordando o tema Gays em SP, ela realizou entrevista com o rapper Rico Dalassam e discutiu o problema do

preconceito ainda tão enraizado numa das mais importantes cidades do país.

Durante nossa conversa, Beatriz nos contou da importância que sua faculdade tem para a guiar enquanto comunicadora: “A Cásper Líbero, faculdade onde estudo, tem um papel essencial para mim. Ela me abriu muitas portas. Muito mais do que isso, ela me abriu a mente. Nas aulas, não aprendemos só sobre a parte técnica da profissão, mas também a parte humana, os valores necessários para sermos bons no que

fazemos. Entender o outro e trazer à tona quem é invisibilizado deve ser nosso desafio cotidiano”.

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Apesar de serem sim áreas um pouco distintas, ela explica o que mais gosta na atuação: “A parte mais legal de ser escritora, e de ser jornalista, é a independência que essas profissões nos dão. A responsabilidade está em nossas mãos. Por exemplo, eu organizei todos os eventos de divulgação do livro por conta própria, e a venda depende muito mais do meu papel divulgando do que da própria editora. Aliás, ninguém me obrigou a terminar um livro; foi tudo por minha conta, por minha vontade de correr atrás. E, enquanto jornalista, somos nós quem devemos ir em busca das fontes, das entrevistas e da verdade”.

Da literatura ao jornalismo, do imaginário ao concreto. O amor que Beatriz Moraes tem pelas palavras e pelas narrativas é com certeza incontestável. Apesar de muito jovem, seu desejo por ampliar cada vez mais seu alcance a torna a cada dia mais uma inspiração para muitos.

“Eu amo

narrar fatos. Reais ou fictícios, eu acredito no que Muriel Rukeyser já disse uma

vez: ‘O universo é feito de histórias, não de átomos’ . O que se conta nem sempre é o mais importante, mas sim como se conta, e de que forma o que é contado pode e vai impactar na sociedade em que vivemos”.