Eucaristia

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A.F. Lelo/ eucaristia 1 CATEGORIAS DO AT PRÉVIAS À EUCARISTIA Memorial Origem da páscoa seder pascal Berakah, birkat ha-mazon Da eulogía do AT à eucharistia do NT

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A.F. Lelo/ eucaristia 1

CATEGORIAS DO AT PRÉVIAS À EUCARISTIA

•Memorial •Origem da páscoa •seder pascal •Berakah, birkat ha-mazon •Da eulogía do AT à eucharistia do NT

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Ramon [email protected]

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Deus se lembra dos homens, de sua aliança e de suas promessas. Ao se recordar, opera os mesmos efeitos da obra salvífica. O presente é continuidade com o passado e antecipação do futuro. A comunidade entra na dinâmica do memorial, sente-se contemporânea aos fatos passados e destinatária dos bens futuros. O memorial ritual, cúltico, perpetua a presença do acontecimento histórico.

Memorial, Gr. Anámnesis

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• pastores nômades - imolação dos cordeiros na primavera; oferecem as primícias de seus rebanhos.

• povos agrícolas (sedentários) - festa dos pães ázimos na primavera; oferecem as primícias de suas colheitas.

Origem da páscoa

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O povo de Israel, conserva as características dos dois ritos, acrescenta-lhes, no mesmo contexto da festa da primavera, o sentido da libertação e da aliança, num clima de bênção a Deus e o converte num memorial.

PÁSCOA

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o 1º cálice, a 1ª bênção, lavam-se as mãos, come-se verduras e haroset. O pai parte o pão ázimo (matzá) em 2 porções, uma é servida e a outra é guardada para o final da ceia. haggadá (relato, homilia): o 2º cálice, ritual entre o pai e as crianças sobre o sentido da noite pascal. Conta-se a história da ida ao Egito. Em toda geração cada qual será obrigado a considerar-se como se ele mesmo tivesse saído do Egito (Dt 26,5-11).

seder pascalqiddush (santificação):

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birkat ha mazon (ação de graças depois da ceia): serve-se o terceiro cálice e então o pai diz a bênção (berakah) mais solene da ceia.

hallel (salmos de louvor): serve-se o 4º cálice, recitam-se os salmos 114-117, 135.

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ESTRUTURA DAS BÊNÇÃOS NO AT

sobre os acontecimentos da vida em que se reconhece a mão salvadora de Deus.louvor inicial a Deus ou convite ao louvormemorial das maravilhas realizadas por Deussúplica ou intercessãolouvor final

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•familiar, recria a consciência de ser o povo eleito* renova a aliança* a salvação pascal: passagem da morte p/ a vida* cordeiro pascal: símbolo do sacrificado no Egito, e dos sacrificados no templo com caráter expiatório* pão ázimo: símbolo da aflição, escravidão, precipitação na saída * vinho: dom da terra prometida, da alegria

messiânica.

CELEBRAÇÃO DA CEIA convergência: passado, presente e futuro

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Com referência aos bens deste mundo Jesus convida a uma prática da partilha com o pobre (Mc 10,21); com referência às relações humanas pede uma atitude de serviço (Lc 22,26) e de igualdade (Jo 13,14); com respeito aos valores e ideais na sociedade Jesus incentiva o amor, o perdão, a solidariedade para com os marginalizados.

Jesus come com os pecadoreso Pai os convida à reconciliação (Mt 9,9-13)

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praticar a justiça.Parábola das 10 virgens, ‘comemos e bebemos contigo/ não vos conheço’, possuir o traje para as bodas do casamento.

Condição para se ter acesso à mesa do Reino

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afirmam que a última ceia foi pascal “desejei comer esta páscoa convosco” e na 6ªfeira. Não é certo que o fosse, porque para João esta 6ª feira coincidiu com a véspera da páscoa, quando Jesus já está na cruz, então os judeus sacrificaram o cordeiro pascal (cf.18,28).

OS TRÊS SINÓPTICOS

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Os autores se importam com o sentido da “páscoa de Jesus”. Os sinópticos, como tb Paulo e João interpretaram em chave pascal não só o mistério da morte de Cristo, mas a eucaristia.

A morte de Cristo é interpretada pascalmente no NT

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não estão descritos com uma intenção histórico-biográfica. A redação está influenciada pela liturgia e reflete o modo de sua celebração que a comunidade já realiza há tempo quando estes são escritos.

RELATOS LITURGIZADOS

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As palavras sobre o pão e o vinho adquirem sentido de autodoação, hyper, por vós. O Senhor quer continuar comunicando-se aos seus para que participem de sua vida. Implica bênção, nova aliança, partici-pação em seu destino escatológico.

Os relatos apontam p/ a morte de Cristo, morte salvadora e sacrificial

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Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão.Aqueles que comem as vítimas sacrificadas não estão em comunhão com o altar? Não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.

1Cor 10,14-22 – dimensão eclesial e sacrificial da eucaristia

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Não é só a morte de Cristo que é sacrifício, tb o participar do corpo e do sangue do Senhor no pão e no vinho tem alto valor sacrificial. A participação tem o mesmo valor que tinha para o antigo Israel quando comia as vítimas para participar do altar, para unir-se a Deus, ao qual a vítima colocada sobre o altar era oferecida.

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Tensão escatológica: até que venha; a eucaristia - como todo o tempo da Igreja - tende à manifestação plena do Reino, antecipa já o banquete escatológico e busca sua plenitude.

1Cor 11,17-34 – dimensão social: Eucaristia sem partilha é ‘comer e beber da própria condenação’.

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João mostra uma insistência sobre fatos da vida de Cristo, como uma sombra da vida sacramental da Igreja, trata estas instituições como coisa sabida, com sua fonte última em 19,34.

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Significação histórica: oriunda do contexto da vida de Jesus. Os que escutavam Jesus compreendiam suas palavras e de acordo com sua mentalidade.

DUPLO SENTIDODe alguns textos

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Existe um sentido mais profundo nas palavras e ações de Jesus, entendido pela comunidade cristã. A mensagem de Cristo, ensinada e rezada na Igreja, ia-se desenvolvendo, e os cristãos compreendiam melhor o que Jesus queria dizer do que podiam entender aqueles que, pela 1ª vez, a ouviram.

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O pão verdadeiro é a palavra de Deus, a sua Lei. Significado do pão do Êxodo. Agora, o ensinamento de Cristo é o pão celeste que sacia para a eternidade. ‘O pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo’ (v. 33). ‘Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, nunca mais terá fome’ (v. 34).

Jo 6,35-50: tema sapiencial

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Jo dá uma variante das palavras da instituição: “O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (v.51); dar: entregar à morte. Jo enfatiza a Palavra que se fez carne e entregou sua carne e seu sangue para ser fonte de vida: uma proclamação da encarnação como ação salvífica.

6,51-59: tema sacramentalo pão q. dá a vida é sua própria carne.

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nos dá uma participação naquela vida que o Pai tem em comum com o Filho, • ‘Quem come a minha carne (...) permanece em mim e eu nele’ (v.56).

Dimensão escatológica,• ‘Quem come este pão viverá

eternamente’ (v.58).

A Eucaristia