Evangelização e educação reflexões visita pastoral

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EVANGELIZAÇÃO E EDUCAÇÃO: UM BINÔMIO INSEPARÁVEL PARA O CARISMA SALESIANO 1. BINÔMIO INSEPARÁVEL: “Evangelização e Educação” é um binômio inseparável para o carisma salesiano. Essa inseparabilidade exprime o nosso modo próprio de conceber o dinamismo da nossa missão: existimos para evangelizar, e evangelizamos através da educação. Desde seus primórdios a Congregação, por intenção de Dom Bosco fundador, teve um só objetivo: a promoção humana integral em dois aspectos, “formar bons cristãos e honestos cidadãos”. Quando formamos bons cristãos, temos certamente honestos cidadãos. 2. A META É A SALVAÇÃO ETERNA: Dom Bosco queria que seus jovens fossem felizes aqui neste mundo e na eternidade. Para ele a educação tinha como meta, ou destino supremo, não só o sucesso terreno, mas Salvação eterna. Pois de que adianta ao homem ter bens e sucesso nesta vida, mas perde sua alma? (cf. Mc 8,36). Portanto na visão salesiana a educação é meio. Podemos dizer, então, que ao centro do compromisso de “evangelizar educando e educar evangelizando” está uma grande convicção de fé: Deus ama os jovens e os chama para a Salvação eterna. O sentido da vida eterna nos ajuda a dar sentido para nossa vida fazendo o bem. Recordemos ainda que, Dom Bosco no seu leito de morte, disse: “Digam aos jovens que eu os espero no paraíso”. 3. COLABORADORES: Precisamos de colaboradores nessa missão! Como podemos contar com colaboradores nessa missão se distanciam-se em mentalidade dos nossos princípios e valores? Por isso precisamos de colaboradores que estejam verdadeiramente em profunda comunhão conosco. Serão colaboradores na medida em que nos ajudam na realização da nossa missão. É necessário, portanto, SINERGIA do trabalho em rede, comunhão, ação conjunta... Que ninguém se isole ou contrarie! 4. DISCERNIMENTO: Vivemos num mundo pluralista permeado por muitas ideologias: o ateísmo, o consumismo, o hedonismo (droga, sexo, alcoolismo), o materialismo, o subjetivismo, o individualismo, imediatismo, etc. Essas e outras ideologias atentam contra a dignidade humana porque reduzem a grandeza da pessoa a uma só dimensão. É preciso que a pastoral seja fonte contínua de reflexão e aprofundamento da dignidade humana: Jesus Cristo é o modelo do ser humano, livre, responsável, maduro, integrado... A pastoral contribui para diretamente para a formação de personalidades robustas. 5. DIREITOS HUMANOS: Hoje o nosso evangelizar educando e o educar evangelizando passa inevitavelmente pela reflexão dos direitos humanos. Os direitos humanos é um ideal de compreensão do ser humano que considera-o como um ser digno de acolhida, respeito incondicional e rico de potencialidades. Animados pela Fé evangelizamos educando através dos direitos humanos e para a assimilação dos mesmos. Nesta perspectiva acolhemos a vida humana como coisa sagrada, dom de Deus e, por isso, deve ser respeitadas e tratadas com atenção em todas as circunstâncias. 6. ANIMAÇÃO VOCACIONAL: É necessário que em nossas obras haja muita atenção quando se fala e se promove os assim chamados, testes vocacionais que, na verdade, muitas vezes, não é nada mais que exame de sensibilidade profissional (aptidão). Isso tende a reduzir o conceito de vocação. A vocação é mais profunda e nos leva a viver a vida como projeto divino... para isso é importante estimular os nossos educandos a elaborarem o próprio PROJETO DE VIDA animados pela Fé. Através da animação pastoral somos convidados a presentar propostas vocacionais aos jovens: a vida matrimonial, a vida consagrada, a vida religiosa, etc. É necessária a articulação da promoção vocacional também como FS, em vista da promoção do nosso carisma. 7. ENCONTRO E AMIZADE COM JESUS CRISTO: Compromisso específico e fundamental dentro da sensibilidade evangelizadora é proporcionar o conhecimento da pessoa de Jesus através da leitura e meditação dos evangelhos (Palavra de Deus). Para tomarmos conhecimento da pessoa de Jesus, é preciso um encontro com Ele. Nos evangelhos, quem se encontra com Jesus é transformado! Assim aconteceu com a mulher samaritana, com a sogra de Pedro, com Zaqueu, com os cegos, com os possuídos pelo demônio, etc. Ao centro da animação pastoral deve estar a preocupação com a apresentação da pessoa de Jesus aos jovens que favoreça a experiência da

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EVANGELIZAÇÃO E EDUCAÇÃO: UM BINÔMIO INSEPARÁVEL PARA O CARISMA SALESIANO

1. BINÔMIO INSEPARÁVEL: “Evangelização e Educação” é um binômio inseparável para o carisma salesiano. Essa inseparabilidade exprime o nosso modo próprio de conceber o dinamismo da nossa missão: existimos para evangelizar, e evangelizamos através da educação. Desde seus primórdios a Congregação, por intenção de Dom Bosco fundador, teve um só objetivo: a promoção humana integral em dois aspectos, “formar bons cristãos e honestos cidadãos”. Quando formamos bons cristãos, temos certamente honestos cidadãos.

2. A META É A SALVAÇÃO ETERNA: Dom Bosco queria que seus jovens fossem felizes aqui neste mundo e na eternidade. Para ele a educação tinha como meta, ou destino supremo, não só o sucesso terreno, mas Salvação eterna. Pois de que adianta ao homem ter bens e sucesso nesta vida, mas perde sua alma? (cf. Mc 8,36). Portanto na visão salesiana a educação é meio. Podemos dizer, então, que ao centro do compromisso de “evangelizar educando e educar evangelizando” está uma grande convicção de fé: Deus ama os jovens e os chama para a Salvação eterna. O sentido da vida eterna nos ajuda a dar sentido para nossa vida fazendo o bem. Recordemos ainda que, Dom Bosco no seu leito de morte, disse: “Digam aos jovens que eu os espero no paraíso”.

3. COLABORADORES: Precisamos de colaboradores nessa missão! Como podemos contar com colaboradores nessa missão se distanciam-se em mentalidade dos nossos princípios e valores? Por isso precisamos de colaboradores que estejam verdadeiramente em profunda comunhão conosco. Serão colaboradores na medida em que nos ajudam na realização da nossa missão. É necessário, portanto, SINERGIA do trabalho em rede, comunhão, ação conjunta... Que ninguém se isole ou contrarie!

4. DISCERNIMENTO: Vivemos num mundo pluralista permeado por muitas ideologias: o ateísmo, o consumismo, o hedonismo (droga, sexo, alcoolismo), o materialismo, o subjetivismo, o individualismo, imediatismo, etc. Essas e outras ideologias atentam contra a dignidade humana porque reduzem a grandeza da pessoa a uma só dimensão. É preciso que a pastoral seja fonte contínua de reflexão e aprofundamento da dignidade humana: Jesus Cristo é o modelo do ser humano, livre, responsável, maduro, integrado... A pastoral contribui para diretamente para a formação de personalidades robustas.

5. DIREITOS HUMANOS: Hoje o nosso evangelizar educando e o educar evangelizando passa inevitavelmente pela reflexão dos direitos humanos. Os direitos humanos é um ideal de compreensão do ser humano que considera-o como um ser digno de acolhida, respeito incondicional e rico de potencialidades. Animados pela Fé evangelizamos educando através dos direitos humanos e para a assimilação dos mesmos. Nesta perspectiva acolhemos a vida humana como coisa sagrada, dom de Deus e, por isso, deve ser respeitadas e tratadas com atenção em todas as circunstâncias.

6. ANIMAÇÃO VOCACIONAL: É necessário que em nossas obras haja muita atenção quando se fala e se promove os assim chamados, testes vocacionais que, na verdade, muitas vezes, não é nada mais que exame de sensibilidade profissional (aptidão). Isso tende a reduzir o conceito de vocação. A vocação é mais profunda e nos leva a viver a vida como projeto divino... para isso é importante estimular os nossos educandos a elaborarem o próprio PROJETO DE VIDA animados pela Fé. Através da animação pastoral somos convidados a presentar propostas vocacionais aos jovens: a vida matrimonial, a vida consagrada, a vida religiosa, etc. É necessária a articulação da promoção vocacional também como FS, em vista da promoção do nosso carisma.

7. ENCONTRO E AMIZADE COM JESUS CRISTO: Compromisso específico e fundamental dentro da sensibilidade evangelizadora é proporcionar o conhecimento da pessoa de Jesus através da leitura e meditação dos evangelhos (Palavra de Deus). Para tomarmos conhecimento da pessoa de Jesus, é preciso um encontro com Ele. Nos evangelhos, quem se encontra com Jesus é transformado! Assim aconteceu com a mulher samaritana, com a sogra de Pedro, com Zaqueu, com os cegos, com os possuídos pelo demônio, etc. Ao centro da animação pastoral deve estar a preocupação com a apresentação da pessoa de Jesus aos jovens que favoreça a experiência da

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amizade com o Mestre. Dessa experiência de amizade, que exige conhecimento, vem a adesão ao Reino de Deus e o engajamento na Igreja, comunidade dos crentes!

8. APROFUNDAMENTO: A Igreja vive atualmente num sério compromisso de renovação (cf. DA 12), de conversão pastoral... Isso exige que a pastoral promova, de acordo com seus contextos, a iniciação cristã. Não basta preparar para a recepção dos sacramentos (primeira comunhão e crisma). É necessária a promoção de uma catequese profunda, séria, sistemática, envolvente, existencial que favoreça aos catequizandos um profundo encontro com a pessoa de Jesus Cristo, através da Palavra de Deus, da liturgia, da experiência da vida fraterna na comunidade e de compromissos sociais (voluntariado).

9. FAMÍLIA: Formamos uma grande Comunidade Educativa da qual também fazem parte as famílias. Não podemos educar hoje sem a parceria da Família. Devem ser acolhidas, escutadas, motivadas a serem nossas parceiras na luta pela promoção da nossa missão. Para isso é importante que se elabore um programa de formação para pais e responsáveis incluindo atividades educativas, culturais e religiosas. Através da pedagogia preventiva podemos prestar um grande serviço às famílias dos nossos educandos. Evite-se quanto possível, embates e conflitos desnecessários! Devemos nos preparar para saber lidar com os mais variados tipos de famílias legalmente falando derivada da homossexualidade. Não podermos excluir as crianças...

10. PROJETUALIDADE PASTORAL: Não basta a boa vontade; somos chamados a evangelizar educando através de um projeto comunitário (da obra). Sem um claro projeto pastoral, a liderança da obra fica à deriva do cotidiano tradicional e da monotonia repetição de eventos e conteúdos. A pastoral deve promover processos estimulando o crescimento das pessoas. A projetualidade confere à promoção pastoral mais consistência e estabilidade. O projeto deve ser comunitário, de todos!

11. ANIMAÇÃO PASTORAL: a animação pastoral deve envolver a totalidade da vida da obra salesiana.... Trata-se de um trabalho em rede! A Pastoral está em tudo:

no ardor e testemunho de fé da equipe de animação pastoral...;

na formação continuada de todos dos educadores...;

nas atividades pedagógicas, esportivas e culturais;

na vivência dos tempos litúrgicos (meses, ocasiões...);

nas celebrações litúrgicas e comemorações religiosas;

nos eventos: esportivos, artísticos, culturais, religiosos, etc.

nos ambientes (da infra-estrutura física, nas paredes, na apresentação do ambiente!);

no processo de acompanhamento pastoral (crescimento, processos, experiências de fé dos educandos...)

nas propostas associacionísticas (formação de grupos, AJS);

no zelo pela promoção do “bom dia, boa tarde, boa noite”...

no sistema som – rádio (cuidado com as músicas e palavras);

na qualidade da relação dos educandos (espelho que reflete valores assimilados);

nas relações humanas que geram o clima de família: somos chamados a fazer de nossas obras espaços privilegiados de acolhida, respeito e escuta onde todos se sintam bem e entre pessoas que lhes querem bem. Por isso é necessário dar atenção à pessoa e em vista da qualificação das relações humanas (“Cuidar de quem cuida”).

12. GRANDES OCASIÕES:

BICENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE DOM BOSCO (TEMA DAS ESTRÉIAS)...

CENTENÁRIO DA PRESENÇA SALESIANA NA AMAZÔNIA...

VIVÊNCIA DO ANO DA FÉ ... São estímulos crescermos em IDENTIDADE, CREDIBILIDADE e VISIBILIDADE...

Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira) SDB – Delegado para a Pastoral Visita Pastoral, CDB Manaus, 18-22 de junho de 2013