Evidencias da competição
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Tipos de estudos de competição
Observações
– Correlações negativas entre as espécies
– Atribuído a competição presente ou passada (“fantasma da competição passada”)
– Não pode determinar causa e efeito
– Outros fatores podem ser envolvidos
Espécie 1 Espécie 2
Espécie 1 Espécie 2
Tipos de estudos de competição
Observações + Comparação ao modelo nulo
– compare padrões observados a aqueles gerados aleatoriamente
– Comparação estatística
– Desafio é formular o modelo nulo apropriado
Mecanismos da Competição Mecanismos da competição (Schoener,
1963) Exploração—obtenção mais eficiente dos recursos
– consumo ou de exploração — usando recursos (mais comum)
– Agressão e lutas
Interferência--competição indireta por recursos
– Por o crescimento — exploração MAIS por ocupação antecipada
– químico — antibióticos ou alelopatia
– territorial — como preempção, mas envolve comportamento
– encontro —interações por acaso
Ocupação– ganho de acesso de recursos pelo controle do espaço
– Ocupação antecipada — usando espaço, baseada na presença
Consumo – uma espécie compete com outra consumindo um recurso compartilhado
Brown e Davidson 1977
Mecanismos da Competição (Schoener 1983)
Mecanismos da Competição (Schoener 1983)
Ocupação – uma espécie chega primeira e não permite outra espécie acesso a área
Plantas que germinam e crescem cedo % Bromus depende da data de germinação os caramujos Physa reproduzem mais cedo e sobrevivem melhor em poços efêmeros do que a espécie competidora superior Lymnaea
Quem chega primeiro fica!
Mecanismos da Competição (Schoener 1983)
Preempção – ocupação do habitat físico por uma espécie que exclua outra espécie
Salvinia invasora
A palmeira do mar, Postelsia, coloniza clareiras em formações de moluscos, e coexiste pela ocupação efêmera dessas manchas - mais somente coexistem a taxas elevadas de formação de clareiras
Colonizadores melhores mas competidoras piores
Mecanismos da Competição (Schoener 1983)
Por crescimento – uma espécie cresce e cobre outra
Químico – “guerra química”
– Alelopatia nas plantas; ainda falta evidencias mais convincentes
– Inibidores de crescimento nos animais
Alelopatia entre arbustos (Muller 1969)
Zonas vazias no chaparral
Mecanismos da Competição (Schoener 1983)
A competição por interferência: aleloquímicos de arbustos no deserto de
Califórnia Close-up view
Territorial – exclusão agressiva
Tubarão
Mecanismos da Competição (Schoener 1983)
Encontro – encontros não territoriais entre espécies forrageiras
Energia ou tempo mal gasto que poderia ser investido na reprodução
Exemplo: parasitoides
Mecanismos da Competição (Schoener 1983)
Experimentos
– Adição ou retirada de espécies
– Manipule a presença e densidade de competidoras potentíssimas
– Precisa lidar com efeitos da densidade
– proporciona inferência forte (evidencia forte em prol ou contra)
– Não pode ser realizado com muitas espécies
Tipos de estudos de competição
A retirada experimental de uma espécie de ave resultou num aumento de 129% de filhotes de outra; e de 78% reciprocamente
…mas devido a competição
para locais de nidificação e
predação reduzida
Plantio experimental de semente de 3 a 4 espécies vegetais anuais que coexistem Três espécies competitivamente inferiores cresceram melhor quando agregado em vez de serem plantados aleatoriamente …mas as plantas competivamente superiores de Stellaria cresceram pior ao agregar as sementes icoexistencia em ambientes heterogeneos
As distribuições agregadas podem defleitar
espécies superiores a c competição intra-
específica
Competição Intraespecífica: Experimentos no Campo
Experimentos no campo – Os organismos podem se interagir com
outros organismos – As variações naturais do ambiente abiótico
precisa ser incorporada
Teste da teoria com plantas Observação:
– Toda planta requer luz, nutrientes e água. – As plantas freqüentemente vivem juntas. – Plantas anuais comuns coexistem na Europa
(seleção r) (Bergelson)
Hipótese: – Competição entre plantas deve ser comum. – Plantas sofrem mais com outras plantas
presentes. – Como coexistem?
Experimento: Resultados:
Delineamento experimental
Comparar o crescimento de plantas anuais e arbustos.
2 experimentos – Efeitos da anuais sobre arbustos
– Efeitos de arbustos sobre anuais
Como? Efeitos da anuais sobre arbustos
Efeitos de arbustos sobre anuais
Teste da teoria com plantas
Efeitos da anuais sobre arbustos
Efeitos da arbustos sobre anuais
Resultados do Teste da teoria com plantas
As plantas anuais se beneficiam das plantas arbustos.
Arbustos tinham efeitos negativos de outros arbustos
Experimentos no laboratório – Todos os fatores importantes podem ser
controlados – Os fatores importantes podem ser
variados sistematicamente
Competição Intraespecífica: Experimentos no
Laboratório
Gause usando leveduras e Birch usando besouros. – Resultados demonstram a exclusão e a
coexistência
– “os competidores completas não podem coexistir.”
Levantou a hipótese de que as leveduras tinham diferencias suficientes para permitir a sua coexistência. – Ou seja, os requisitos das duas espécies se
diferem um pouco.
Competição Intraespecífica: Experimentos no Laboratório
predict the outcome of
interspecific competition
Um experimento clássico de competição interespecífica
P. c
audat
a
P. aurelia
Criadas separadas
Criadas juntas
Duas espécies de Paramecium Gause (1934)
Dias
Den
sidad
e Po
pulacion
al R
elat
iva
Competição Interespecífica: Experimentos no Laboratório Thomas Park
– Tribolium castaneum e Tribolium confusum – Colônias grandes de besouros podem ser
criados em recipientes pequenos – Número grande de replicas – Observou mudanças populacionais durante
três anos – Esperou até que uma espécie foi extinta – Culturas foram infestadas com uma
parasita, Adelina – T. confusum ganhou 89%das vezes. Sem a
parasita nenhum ganhador claro
Competição Interespecífica: Experimentos no
Laboratório
Thomas Park: experimentos de competição – Efeitos de micro-clima
T. confusum foi melhor em ambientes secas T. castaneum foi melhor em ambientes úmidos
– Mecanismo de competição – consumo de ovos – Tendências predatórias variaram com cepas
genéticas diferentes
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0
Quente Temperado
Úmido
Frio Quente Temperado
Seco
Frio
T. confusum
T. castaneum
Perc
ent
age
m d
e v
itor
ias
T.castaneum
T.confusum
bI bII bIII bIV bI bII bIII bIV bI bII bIII bIV bI bII bIII bIV
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100 Pe
rcent
age
m d
e v
itor
ias
CI CII CIII CIV
Cepa genética do besouro
Competição Interespecífica: Experimentos no Campo
Competição inter-específica: sistemas naturais – Avaliação da importância da competição
Retirada da espécie A e medir a resposta da espécie B Difícil realizar fora do laboratório
– Migração apresenta problemas – Efeito de gaiola ou de Krebs
Exemplos na natureza – Vespas parasíticas
– Usadas para controlar coxinilhos
– Clima pode mudar relações competitivas
Estudos de Competição no Campo
O estudo clássico da competição no campo foi realizado por Joseph Connell (1961)
Connell estudou a distribuição de duas espécies de moluscos na zona inter-mareia.
Connell documentou que a maioria das zonas inter-mareias demonstram uma zoneamento vertical marcado.
Interações: Impactos O estudo clássico de Connell das distribuições de moluscos na zona inter-mareia de Escócia
Stress Abiótico +
Interações inter-específicas
Estudos de Competição no Campo
Para essas duas espécies de moluscos, existe uma sobreposição grande nas porções da zona inter-mareia onde os estágios larvais se afixam depois a dispersão no mar.
Mas os adultos têm distribuições que não sobrepõem.
Evidencias da Competição - Manipulações experimentais
• Connell, 1975 – Retirada da competição e depois observou a expansão ecológica de espécies competidoras
• Connell, 1961 – estudo pioneiro na Califórnia
• Balanus balanoides versus Chthamalus stellatus - transplantes e retiradas
• Chthamalus sobreviveu bem na zona inter-mareia ocupada por Balanus
•Pisaster ochraceus – retirada da zona inter-mareia – massa corporal de Leptasterias hexactis aumentou. (Menge, 1972)
Balanus ganha a competição com Chthamalus para espaço e restringe essa a zona superior onde Balanus é sujeita a
dessecação
Evidencias da Competição - Manipulações experimentais
Estudos de Competição no Campo
Balanus ocupa a maior parte da zona inter-mareia.
Chthalamus se encontra somente na zona que resseca da zona inter-mareia (parte mais alta). – (zona de maior dessecação)
O que explica as distribuições que não sobrepõem dos adultos?
1. Diferencias nos Nichos Fundamentais?
2. A competição inter-específica?
3. Ambas?
Estudos de Competição no Campo
A resposta é: ambas.
1. Competição inter-específica: Em todas as áreas embaixo da zona de mareia contínua, Balanus é a competidora superior. Ou cresce por acima ou por embaixo de Chthalamus, causando sua eliminação.
2. Balanus não pode sobreviver por muito tempo sob condições de ventos e luz solar direto.
3. O nicho fundamental de Balanus não incorpora essa zona.
Estudos de Competição no Campo
Para Chthalamus, porém, o nicho fundamental inclua a zona inter-mareia total.
Ao ser exposta a competição com Balanus, porém, o nicho realizado se restringe somente a parte superior da zona de mareia alta.
Estudos de Competição no Campo
Taxa d
e c
resc
iment
o
Localização na zona Inter-mareia
baixo alto meio
O nicho realizado depende das condições abióticas e bióticas. Como podemos determinar o nicho realizado de cada espécie?
Onde crescem quando competem?
Nicho realizado de
Balanus Nicho realizado de Chthamalus
Balanus e Chthamalus
Efeitos da Competição de Duas Espécies de Moluscos
O nicho realizado de Chthamalus é menor do que seu nicho Fundamental devido a competição do Semibalanus que cresce Mais rapidamente
Nicho Nicho
Fundamental Realizado
baixo alto meio
Chthamalus sozinha
Balanus sozinha
Experimentos de remoção – remover cada espécie e determinar onde a outra espécie cresce
Nicho fundamental de Balanus
Nicho fundamental de Chthamalus
Localização na zona Inter-mareia
Taxa d
e c
resc
iment
o O nicho fundamental depende das condições físicas (abióticas). Como podemos determinar o nicho fundamental de cada espécie?
baixo alto meio
Chthamalus Sozinha
A soltura competitiva – o nicho da espécie competitivamente inferior expanda na ausência da espécie competitivamente superior
Nicho fundamental
Nicho realizado
Chthamalus com Balanus
Soltura competitiva
Localização na zona Inter-mareia
Taxa d
e c
resc
iment
o Estudos de Competição no Campo
Interações: Impactos
Nicho Realizado
Limite abiótico
Interações bióticas:
Predação por caramujos
Dessecação
Textbook Fig. 4.12
Adulto
s
Larv
as
Eleva
ção
na z
ona int
er-
mare
ia
Distribuição Efeitos relativos
Interações abióticas
competição
predação
Chthalamus tem seu limite superior fixo pela dessecação e o limite inferior imposto por Balanus
A retirada de Balanus fortalece o crescimento de Chthalamus
Com a retirada de Chthalamus, Balanus não invade
O limite superior de Balanus estabelicido pela dessecação e o limite inferior pela predação de estrelas de mar
Com a retirada das estrelas de mar, Balanus invade
Estudos de Competição no Campo
Competição Intraespecífica
– Yoda (1963). Descreve o aumento da biomassa de plantas individuais com a queda de número de plantas competidoras. Log w = -3/2 (log N) + log c w = massa média da planta N = densidade da planta C = constante w = cN3/2
A Freqüência da Competição
Vistas diferentes da competição – Gurevitch et al. 1992
Não encontraram diferencias em competição entre tipos de habitat mas encontraram que os filtradores e herbívoros competirem mais do que os carnívoros ou plantas.
– Grime 1979 Competição não importante para plantas em ambientes de baixa produtividade
– Tilman 1988 Competição ocorre em todo gradiente de produtividade
Joe Connell (1983) – Competição encontrada em 55% dos 215
trabalhos avaliados
A Freqüência da Competição
Joe Connell (1983). – Efeitos do número de espécies
competidoras – Competição em pares de espécies (90%) – Competição em espécies múltiplas (50%)
dos estudos
A Freqüência da Competição
Os estudos empíricos da competição interespecífica
Revisão da literatura por Connell e Schoener
A competição interespecífica amplamente distribuída naturalmente (55%-75% dos estudos) – Varia por nível trófico
– Tipo de ambiente (maior no ambiente marinho do que terrestre)
– Maior em alguns organismos do que em outros (vertebrados comparados com invertebrados) por que?
Água doce
Marinho Habitat
Terrestres
Vertebrados
Invertebrados
Taxa
Carnívoros
Herbívoros
Plantas
70 60 50 40 30 20 10 0
Porcentagem de competição
A F
reqü
ênci
a d
a C
omp
etiç
ão
A Freqüência da Competição Grupo Mecanismo Taxonômico Consumo Preempção Crescimento Químico Territorial Encontro Outro Água Doce Plantas 0 0 1 1 0 0 0 Animais 13 1 0 1 1 5 2 Marinho Plantas 0 6 4 1 0 0 0 Animais 9 10 6 0 7 6 0 Terrestre Plantas 28 3 11 7 0 1 0 Animais 21 1 0 1 11 15 6 Totais 71 21 22 11 19 27 17
Schoener (1985) a partir de 188 estudos publicados
•Mecanismos da competição (Schoener, 1963)
Freqüência da competição – 55% a 75% de espécies envolvidos – Competição é freqüentemente assimétrica
Seis mecanismos da competição – Consumo – Ocupação prévia – Por crescimento – Química – Territorial – Encontro
Resumo: a Freqüência de Competição
A Freqüência da Competição
Joe Connell (1983) – Opiniões diferentes - Schoener (1983)
Falhas comuns das pesquisas – Os resultados positivos são mais fáceis de publicar – Os cientistas não estudam sistemas
aleatoriamente e podem pesquisar em sistemas onde a competição é mais provável
Falhas de revelar a importância da competição – a maioria das espécies evoluíram para escapar da
competição e a conseqüente carência de aptidão pode ser secundária
– A competição pode ocorrer com freqüências baixas e em anos onde os recursos estão escassos
Problemas com a Competição
– Problemas da aplicação a competição? Sempre podemos encontrar diferencias de nicho entre duas espécies, mas essas diferencias permitam a coexistência? Não existe a extensão da amplitude ou outras espécies? Não podemos descobrir sem um programa de pesquisa de longa duração! Se não existem diferencias, não podemos que assegurar que não pesquisamos suficiente (por isso, o princípio não pode ser falsificado)
Como determinar se a competição inter-específica está acontecendo
ou já aconteceu? (Wiens, 1989)
1. Necessidade de uma distribuição de tabuleiro de xadrez
2. A sobreposição de uso de recursos das espécies
3. Ocorre a competição intra-específica
4. O recurso é limitado
5. Uma ou mais espécies está limitada
6. Outras hipóteses não se ajustam.
Exemplo de ajuste dos critérios 1 e 2 (Wiens, 1989).
Se alimentam longe da costa
Se alimentam próxima a costa
Comprimento do corpo Do peixe (cm)
Porc
ent
agem
da
die
ta
Observações na natureza sugerem que a competição interespecífica existe
Incluía padrões nos quais espécies próximas evitam a competição
– Alopatria geográfica (espécies se trocam no espaço ou tempo);
– Habitats diferentes, métodos de forrageio (aranhas)
– Expansão do nicho na ausência de competidoras
MAS essas observações podem ser explicadas por mecanismos distintos a competição interespecífica, e podem resultar de forças evolutivas passadas e não das interações atuais
Mas é a competição?
De qual outra forma podemos explicar essas idéias? – Evitar conflitos.
– Não a sobrevivência do mais apto, mas pelo menos perceptível.
Melhor atrapalhar.
– Caminho da resistência menor