EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS NAS REUNIÕES...

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Ano 19 - Nº 92 EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS NAS REUNIÕES MEDIÚNICAS •Editorial •Deus •Evocação dos espíritos nas reuniões mediúnicas •A prece •Os espíritas estão “morrendo” mal •Curiosidades •A Evangelização e o castelo de açúcar Julho/agosto/setembro - 2013

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Ano 19 - Nº 92

EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS NAS REUNIÕES MEDIÚNICAS

•Editorial•Deus•Evocação dos espíritos nas reuniões mediúnicas•A prece

•Os espíritas estão “morrendo” mal•Curiosidades•A Evangelização e o castelo de açúcar

Julho/agosto/setembro - 2013

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Ar�gos, notas, avisos, etc. enviados para publicações serão subme�dos à apreciação

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Julho/agosto/setembro - 2013Ano 19 - Nº 92

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A PERFEIÇÃO MORAL

A perfeição de que a humanidade está susce�vel é rela�va, porquanto perfeição absoluta só Deus a possui. Somos viajantes em busca das qualidades que nos possibilitem alcançar a perfeição moral, que estamos muito distantes, ainda. Como encontrá‐la? Entendemos que só amando. Trabalhando nossos inimigos – internos e externos ‐, fazendo todo o bem que pudermos, como também, buscando na oração os recursos para pra�car as virtudes existentes em nós e ainda adormecidas que irão despertar sem preocuparmos‐nos qual a mais meritória, uma vez que todas indicam o progresso do espírito. Contudo, tenhamos em mente que a virtude mais meritória é aquela que se baseia na mais desinteressada caridade, a q u e l a q u e fa z o b e m s e m i d e i a preconcebida. P o r o u t r o l a d o , a n t e s d e censurarmos as imperfeições dos outros, devemos ver se de nós não poderão dizer o mesmo. “A�re a primeira pedra aquele que es�ver sem pecado”. Ensina Jesus. Jamais olvidemos que a moral, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais, que cons�tuem o homem de bem. A s s i m , co n fo r m e a s s e ve ra o Codificador: “Reconhece‐se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más

inclinações”, lê‐se, também, no Evangelho Segundo o Espiri�smo: “O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros”. O dever é lei da vida. É o resumo prá�co de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angús�as da luta; é austero e brando; pronto a dobrar‐se às mais diversas complicações, e conserva‐se inflexível diante da tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria. ESE ‐Cap. XVII ‐ Item 7. Prolatado está na Lei maior, a Lei do Progresso que, aquele que cumpre com o seu dever, no caminho se encontra da perfeição. O tempo urge, a vida corre célere, a qualquer momento poderemos ser chamados para vivenciarmos outras experiências além daqui. E nossas imperfeições, caros irmãos, estas viajarão também! Meditemos e trabalhemos para incessantemente combater nossas i m p e r f e i ç õ e s m o r a i s . S ó a s s i m alcançaremos o estágio ideal para uma viagem sem excessos de bagagem, sem as tralhas que a ferrugem corroem, assim, livres, levarmos só os tesouros que podem ser armazenados no reino dos Céus – nossos valores morais!

Nota: Transcrito do Fonte de Luz, nº 25, ano III – 1998.

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DEUS

EURÍPEDES BARBOSA

D e s d e t e m p o s i m e m o r i a i s , a interpretação de Deus tem recebido os mais preciosos inves�mentos intelec�vos que se possa imaginar. Confundido com as suas obras, ele foi temido pelos povos primi�vos. À medida que os conceitos é�cos e filosóficos evoluíram, a compreensão da sua natureza teve várias alterações. O conceito do Ser Supremo recebeu de pensadores e escolas de pensamento as mais diversas proposições, jus�ficando ou negando‐lhe a realidade. Posteriormente, para uma perfeita elucidação do tema, concluiu‐se pela legi�midade da sua existência, graças a q u a t r o g r u p o s d e c o n s i d e r a ç õ e s : cosmológicas, que o explicam como a causa ú n i ca d a s u a p ró p r i a ca u s a l i d a d e ; ontológicas, que apresentam Deus perfeito em todos os seus atributos e na própria essência; teleológicas, mediante as quais o pensamento humano, penetrando na estrutura e ordem do universo, não encontra outra resposta além daquela que procede da existência de um criador; e morais, segundo a qual Deus está presente no homem, mediante a sua responsabilidade moral e a sua própria liberdade. D i ve rs a s e s co l a s fi l o s ó fi ca s e correntes de pesquisadores tentaram aniquilar histórica e emocionalmente a existência de Deus, por ser incompa�vel com a razão e mediante conclusões cien�ficas apressadas. Mais de uma vez ostentou‐se que “Deus havia morrido”, proclamando‐se a desnecessidade da fé, como da sua paternidade. Mas, imediatamente, esses

precipitados negadores voltaram a aceitar a realidade de Deus. Sócrates nominava Deus “a razão perfeita”. Platão o designava por “ideia do bem”. Aristóteles o considerava “o primeiro motor, o motor não movido, o ato puro”. João, o evangelista, afirmara na sua 1ª epístola 4:8 – “Deus é amor!” Muitas vezes dizia o Mestre Jesus: ‐“meu pai!” A doutrina espírita, numa abordagem profunda do universo, explica Deus racionalmente, levando‐nos a uma crença segura, inabalável na sua existência. Desde Allan Kardec, Deus deixou de ser antropomórfico e exclusivo de nosso planeta, para se tornar o “Criador Incriado” de todas as coisas, a Suprema Inteligência Cósmica, o Princípio de tudo... “Olhai o firmamento e vede a obra das suas mãos”, proclama o salmista Davi, no canto 19, verso 1º. Com o mecanismo do universo, Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras. Assim, tudo leva à causa essencial de tudo: Deus! Santo Agos�nho dizia: “Mas se me perguntarem “Que é Deus”? Eu não sei; se não me perguntarem, eu sei". Por fim, no desdobramento de nossas experiências, acabamos todos reconhecendo a presença Divina, exercitando sua jus�ça perfeita, dando a cada um segundo as suas obras, como ensinou Jesus. Portanto, transformemos a crença em Deus, numa gloriosa vida com Deus!

Livros consultados:O Livro dos espíritos. Allan Kardec – FEBEstudos espíritas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Divaldo P. Franco ‐ FEB

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EVOCAÇÃO DE ESPÍRITOS NAS REUNIÕES MEDIÚNICAS

Iniciamos esses despretensiosos comentários formulando ao leitor uma pergunta. É aconselhável a evocação de espíritos nas reuniões mediúnicas?

Antes de adentrarmos na resposta à questão ora formulada, consideramos oportunos alguns comentários sobre as caraterís�cas do espiri�smo em terras brasileiras, consequência da ação dos espíritos reveladores e dos traços culturais do povo brasileiro. Não se cogita aqui de se falar de um espiri�smo à brasileira, diferente do espiri�smo codificado no país de Kardec.

Uma caraterís�ca marcante do espiri�smo em nosso país é o destaque dado ao aspecto religioso que, a nosso ver, é benéfico, pois desemboca na moral cristã que, segundo Emmanuel, no livro O Consolador, simboliza a parte superior do triângulo de forças espirituais composto também pelos aspectos cien�fico e filosófico. É preciso não confundir o que estamos falando com o significado da expressão usada pelo prof. Herculano Pires em vários livros e ar�gos de sua lavra, em que alerta o movimento espírita para os perigos da igrejificação do espiri�smo, situação em que as casas espíritas se transformariam em templos religiosos tradicionais com a adoção de culto exterior. Acreditamos, em sã consciência, que n i n g u é m o u s a r á d i s c o r d a r d a s preocupações do incansável divulgador da obra de Kardec com os possíveis desvios de rumo do movimento espírita.

Finalizando este introito, frisamos que certas caraterís�cas adquiridas pelo

espiri�smo em nosso país, que encontraram aceitação na alma generosa do povo brasileiro, em face dos seus ascendentes étnicos, culturais e espirituais, em nada alteram a essência da doutrina codificada por Allan Kardec. Ao contrário, vêm despertar o sen�mento de amor e caridade que cons�tui a essência da mensagem de Jesus. Nesse sen�do, vale a pena relembrar o que diz a questão 886 de O Livro dos Espíritos que retrata muito bem o aspecto da moralidade, um dos pilares do edi�cio da codificação: Q. 886. Qual o verdadeiro sen�do da palavra caridade, como a entendia Jesus? “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”¹

Eis aí a maior necessidade de todos nós, adeptos da doutrina da Terceira Revelação, e por que não dizer de toda a Humanidade.

Não fo i por outra razão que Emmanuel, no livro Doutrina e Aplicação, esclarece, de forma magistral, ao destacar a importância do aspecto religioso do espiri�smo: Em Espiri�smo, a Ciência indaga, a Filosofia conclui e o Evangelho ilumina [...]. A Ciência e a Filosofia são os

2meios. O Evangelho é o fim. (Grifos nossos.)

Concluída essa abordagem inicial, passamos a responder a pergunta formulada, a respeito da evocação de espíritos nas reuniões mediúnicas.

É o próprio Emmanuel quem aborda esse assunto com muita c lareza e obje�vidade ao responder a questão nº 369, do livro O Consolador.

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Obras Consultadas:1KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 5. ed. de bolso. Rio de Janeiro: FEB, 1999. Q. 886, p. 407.2XAVIER, Francisco C. Doutrina e aplicação. Diversos Espíritos. 1.ed. São Paulo: CEU, 1989. Cap. Fundamentos do espiri�smo, p. 24.3XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 5. edição. Rio de Janeiro: FEB, 1970. Q.369, p. 195.

Vejamos a íntegra da citada pergunta:369. – É aconselhável a evocação

direta de determinados Espíritos? Não somos dos que aconselham a

evocação direta e pessoal, em caso algum. Se essa evocação é passível de êxito,

sua exequibilidade somente pode ser examinada no plano espiritual. Daí a necessidade de sermos espontâneos, porquanto, no complexo dos fenômenos espirí�cos, a solução de muitas incógnitas espera o avanço moral dos aprendizes sinceros da Doutrina. O estudioso bem intencionado, portanto, deve pedir sem exigir, orar sem reclamar, observar sem pressa, considerando que a esfera espiritual lhe conhece os méritos e retribuirá os seus esforços de acordo com a necessidade de sua pos ição evolu�va e segundo o merecimento do seu coração.

Podereis objetar que Allan Kardec se i n t e r e s s o u p e l a e v o c a ç ã o d i r e t a , procedendo a realizações dessa natureza, mas precisamos ponderar, no seu esforço, a tarefa excepcional do Codificador, aliada a necessidades e méritos ainda distantes da

3esfera de a�vidade dos aprendizes comuns.Emmanuel, ao responder essa

questão, desaconselha a evocação direta de espíritos em qualquer situação. Não estabelece nenhuma exceção. Jus�fica a r e s p o s t a e s c l a r e c e n d o q u e c a b e exclusivamente aos mentores espirituais a análise e a seleção dos espíritos que serão trazidos à reunião mediúnica. Adita ainda o preclaro mentor que determinados aspectos inerentes ao obsessor e ao obsidiado requerem análise de profundidade que somente pode ser feita no plano espiritual.

Quanto ao fato de Kardec ter se u�lizado da evocação, Emmanuel alerta para a tarefa excepcional do codificador e para os méritos que aquele possui, muito acima das qualidades do trabalhador comum.

Alguns confrades alegam que tal orientação deve ser vista como uma opinião pessoal de Emmanuel, portanto, não subme�da ao crivo da universalidade do ensino dos espíritos. Por essa razão, teria apenas o peso de uma opinião. Permi�mo‐nos ponderar com os que pensam dessa forma, que Emmanuel foi um dos espíritos que par�cipou da codificação, ditando mensagem que consta em O Evangelho segundo Espiri�smo, capítulo XI, in�tulada O egoísmo. A nosso ver, não se jus�fica qualquer dúvida sobre essa orientação, uma vez que procede de um espírito de ordem elevada. Ademais, devemos ainda considerar que nessa orientação como em toda sua obra, Emmanuel se u�lizou de um médium de excepcionais qualidades, de integridade moral irreprochável, que é o nosso es�mado Chico Xavier.

Ora, se a evocação é desaconselhada, devem os dirigentes e médiuns integrantes das reuniões mediúnicas serem cuidadosos e diligentes a fim de não contribuírem para que espíritos que estão fora do programa de atendimento dos mentores espirituais penetrem o recinto da reunião, tumultuando o trabalho desenvolvido pelos dirigentes desencarnados.

Finalizando, esperamos que esses comentários possam ajudar os dirigentes de reuniões mediúnicas a refle�rem sobre o papel que lhes cabe desempenhar nessas reuniões.

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Nasceu em Riacho do Sangue‐CE, atual Jaguaretama, em 29 de agosto de 1831, desencarnou no Rio de Janeiro‐RJ, em 11 de abril de 1900. Foi médico, militar, escritor, jornalista, polí�co e grande expoente da Doutrina Espírita no Brasil.

Após estudar por alguns anos as obras de Allan Kardec, em 16 de agosto de 1886, aos cinquenta e cinco anos de idade, perante grande público (es�mado, conforme os seus biógrafos, entre mil e quinhentas e duas mil pessoas) no salão de conferências da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, em longa alocução, jus�ficou a sua opção em abraçar o Espiri�smo.O evento chegou a ser referido em nota publicada pelo jornal "O Paiz" de maior circulação à época.

A PRECERAIMUNDO LEANDRO

Uma das mais expressivas mensagens de Jesus encontra‐se no evangelho de Marcos, capítulo XI, v.24: "O que quer seja que pedirdes na prece, crede que o obtereis, e vos será concedido.»

O estudo da doutrina espírita permite adquirir visão mais clara do poder da oração e dos pedidos ao Pai celes�al, no entanto o grande obje�vo desta doutrina é a reforma ín�ma de seus adeptos, par�cularmente a elevação da qualidade da maneira de pensar.

S e g u n d o Ka rd e c , a p re c e é u m a invocação, por meio da qual um ser se coloca em comunicação mental com outro ser, ao qual se dirige. Pode ter como obje�vos fazer pedidos ou agradecimentos ou s implesmente para glorificação de Deus, em ato de humildade.

As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos espíritos encarregados da execução das suas vontades. Podemos orar para outros seres, na qualidade apenas de intermediários. Mas, Deus é o grande receptor das vibrações das preces. É a autoridade maior, absoluta e amorosa.

Para entendermos os mecanismos de ação da prece precisamos lembrar que nos encontramos mergulhados no que Kardec denominou de fluido cósmico universal, que ocupa todos os espaços do universo. Este fluido recebe os impulsos da vontade. Ele é o veículo das vibrações do pensamento, como o ar é o veículo das vibrações do som. A diferença está no fato de que no ar as vibrações sonoras são limitadas. No fluido cósmico universal as vibrações do pensamento se estendem ao infinito.

Assim, as preces sempre são ouvidas pelos espíritos em quaisquer lugares onde se encontrem. Victor Hugo refere‐se aos "centros de registros e avaliação das roga�vas humanas”, espalhados pelas províncias próximas da Terra, que recebem as solicitações, examinam a i m p o r tâ n c i a e u rg ê n c i a d o s p e d i d o s , respondendo conforme o caso.

O b e n e � c i o d a p r e c e p o d e s e r instantâneo, no momento exato da prece, por receber ondas benéficas, reconfortantes e de pensamento o�mista. A vibração da mente em

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti

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Bibliografia.KARDEC, Allan ‐ O Evangelho segundo o Espiri�smo. Capítulo XXVIII, IDE, 185ª. Edição, 1978Divaldo P Franco/Vítor Hugo ‐ Calvário de libertação. 2ª Parte, cap. 2 – Ed. Leal 3ª edição. 1988.Divaldo P. Franco/Joanna de Angelis. Lampadário Espírita.

“OS ESPÍRITAS ESTÃO MORRENDO MAL”

JORGE HESSEN

oração sincroniza com as ondas teledinâmicas do mundo espiritual superior, atraindo atenção e interesse dos espíritos encarregados do equilíbrio na terra.

A prece harmoniza o tom vibratório do i n d i v í d u o, r e v i t a l i za o m e t a b o l i s m o perispiritual, reorganizando o campo das moléculas, resultando em ação salutar. Assim a prece evita doenças originárias de vibrações desorganizadas da mente desequilibrada. É agradável o ambiente de templos, de mosteiros e de casas espíritas onde se pra�ca a prece autên�ca.

Mas, é importante lembrar que o poder da prece está no pensamento. A energia da corrente depende do vigor do pensamento e da vontade de quem ora. Ela não depende de palavras, de ves�mentas, nem de cerimoniais. Preces decoradas, sem sen�mento, são pouco eficazes.

A prece é importante para tudo. Ajuda no trabalho. Socorre na família. Serve para apaziguar inimigos, arrefecer adversários e tornar agradáveis pessoas an�pá�cas, quebra a desarmonia. Fazer uma súplica a Deus pelo bem estar de um inimigo, seria mostra de boa

disposição para seguir a Jesus, que pediu que déssemos amor pra nossos inimigos.

Segundo Victor Hugo "Orar é inundar‐se de forças poderosas do mundo invisível para atuar com segurança no mundo das formas visíveis". As vibrações que emi�mos retornam para nós, às vezes com intensidade maior. Vibrações de ódio e desequilíbrio retornam avassaladoras. A prece amorosa retorna calmamente, confortadora. Precisamos nos educar para o hábito da prece.

Joanna de Ângelis recomenda que seria ó�mo se conseguíssemos viver sempre em estado de prece. Seria uma grande reforma ín�ma, capaz de imprimir em nosso pensamento teor vibratório permanente de equilíbrio, de paz, de amor, de prece.

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Aos espíritas sinceros e/ou simpa�zantes do Espiri�smo precisamos alertar: “Ninguém tem o direito de acender uma candeia e ocultá‐la sob o alqueire, quando há o predomínio de sombras solicitando claridade“. Muitos espíritas que, presunçosamente, se autoavaliam equilibrados estão desencarnando muito mal. Nessas condições, estão os espíritas desonestos, adúlteros, men�rosos, ambiciosos, mercan�listas inescrupulosos das obras espíritas, os �rânicos dos Centros Espíritas, os que trabalham nas hostes espíritas só para auferirem vantagens pessoais, os supostos médiuns que ficam ricos com a venda de livros de baixíssimo nível doutrinário, etc., etc. Este úl�mo aspecto preocupa muito, pois, atualmente, existe uma enxurrada de publicações de livros “psicografados” que não passam de ficções de péssima qualidade. Livros com erros absurdos de gramá�ca, assuntos empolados, ideias desconexas, oriundas dos subprodutos de mentes doentes, de médiuns e/ou supostos “espíritos”, que visam �rar dinheiro dos neófitos com a venda de tais entulhos an�‐

doutrinários, mas que enchem os olhos dos incautos pela imaginação fantasiosa. I n s i s t e n t e s , e s s e s a p a r e n t e s “psicógrafos” ou despreparados “espíritos” estão construindo denso universo de sombras sobre o Projeto Kardequiano, confundindo pessoas inexperientes, que batem à nossa porta em busca de esclarecimento e consolação. Esses “médiuns” e/ou “espíritos inferiores” ocultam, sob o empolamento (enganação), o vazio de suas ideias esquisitas. Usam de uma linguagem pretensiosa, ridícula, obscura, forçando a barra para que pareça profunda. ‐ Até quando? ‐ Eis a questão! ‐ O tempo urge.

Fonte: h�p://jorgehessen.net h�p://jorgehessenestudandoespiri�smo.blogspot.com

CURIOSIDADES - GOTAS FILOLÓGICASPARA NÃO FALAR EM REENCARNAÇÃO?!

MILTON O'REILLY DE SOUSA

A má interpretação de uma doutrina nunca prova a sua falsidade e sim a incapacidade, ou a má fé, de seus intérpretes.

Vemos uma confirmação de nossa asser�va na tradução do versículo 28 do capítulo 19 do Evangelho, segundo Mateus.

A tradução de Huberto Rohden é a seguinte – “Respondeu‐lhe Jesus: Em verdade vos digo que, no mundo regenerado, quando o Filho do Homem es�ver sentado no trono de sua glória, também vós que me seguistes estareis sentados em doze tronos e julgareis as doze tribos de Israel”.

O padre Antonio Pereira de Figueiredo assim traduziu o aludido versículo – “E Jesus

lhes disse: Em verdade vos afirmo que vós, quando no dia da regeneração es�ver o Filho do Homem assentado no trono de sua glória, vós, torno a dizer, que me seguistes, também estareis assentados sobre doze tronos e julgareis as doze tribos de Israel”.

Firmada na versão inglesa de 1961, é a seguinte a tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas – “Jesus disse‐lhes: Deveras, eu vos digo: Na recriação, quando o Filho do Homem se assentar no seu glorioso trono, vós, os que me seguistes, também estareis assentados em doze tronos, julgando as doze tribos de Israel”.

Na Bíblia de Jerusalém, edições

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No�cia bibliográfica. Sabedoria do Evangelho, C.T. Pastorino. Introduzione Alla Biblia – P. Teodorico Ballarini.

Fonte: Presença Espírita – Outubro/1982 – nº 104.

Nota da redação ‐ O capítulo 19, versículo 28, do Evangelho de Mateus, tradução de Haroldo Dutra Dias, edição do Conselho Espirita Internacional, diz: “E Jesus lhes disse: Amém vos digo que vós, que me seguistes, no renascimento, quando o filho do Homem se assentar no trono de sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos para julgar as doze tribos de Israel”.(Grifo nosso.)

Lit. “renascimento, reencarnação; regeneração”. (O Grifo é nosso.)

Paulinas, assim está – “Disse‐lhes Jesus: Em verdade vos digo que, quando as coisas forem renovadas e o Filho do Homem se assentar no seu trono de glórias, também vós, que me seguistes, vos sentareis em doze tronos, julgando as doze tribos de Israel”.

Ora, o saudoso Carlos Juliano Torres Pastorino, defendendo a tese de que os Evangelhos devem ser lidos e meditados na língua original (grego) para que se percebam as minúcias dos significados, pois, baseados nas traduções correntes, os comentadores são m u i t a s v e z e s l e v a d o s a t r a i r, c o m interpretações erradas, absurdas e até por vezes contrárias, o texto verdadeiro do ensino do Mestre, traduziu assim o citado versículo, diretamente do original grego, conforme consta de sua obra Sabedoria do Evangelho, 6º volume, página 111 – “Em verdade vos digo que vós, que me seguistes na reencarnação, cada vez que o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória sentareis também vós sobre doze tronos, discriminando as doze tribos de Israel”.

Se compararmos esta úl�ma com as precedentes traduções, verificaremos que nas anteriores foi omi�da a expressão – “na reencarnação”, com inobservância do original grego – “em têi paliggenesíai”, termo familiar aos pitagóricos e estoicos, para exprimir o a que chamamos, ainda hoje, reencarnação: a palingênese, o renascimento, na matéria, do espírito imortal, o que deduzimos do estudo escriturís�co do Velho Testamento, onde se dis�nguem duas coisas – 1) a RESSURREIÇÃO (do espírito), que consis�a no ressurgir do espírito depois da morte, saindo do cadáver; 2) a REENCARNAÇÃO, ou o “reviver” na carne, com outro corpo, isto é, a volta à vida corporal.

Pois bem, foi à interpretação errada de uma ideia tão s imples que levou os “especialistas” a descobrir uma “ressurreição da CARNE”, em vez de uma “RESURREIÇÃO NA CARNE”. Mas como não podiam negar o

fato concreto e expresso com clareza m e r i d i a n a e n ã o q u e r i a m a d m i � r a reencarnação, resolveram que a ressurreição “da carne” se daria no “fim dos tempos”, ou seja, depois que a terra fosse aniquilada. E só então passaríamos todos a viver em um “ciclo espiritual”, carregando como contrapeso a carne e os ossos. E chegam a defender que alguns Espíritos de “alta perfeição” já levarão aquele céu espiritual o próprio corpo material... E dizem: “creio... na ressurreição da carne” quando se trata da “ressurreição, na carne”, do espírito imortal, ou seja, a reencarnação.

Por que tal omissão? Teria sido propositada? Se tal propósito se verificou, ele é do tradutor da Vulgata que, omi�ndo a expressão – na reencarnação, levou os tradutores a versão la�na a omi�‐la, ainda que não �vessem a intenção que, se exis�u, foi come�da por Jerônimo, isto é, Sofrônio Eusébio Jerônimo, o São Jerônimo da Igreja Católica, a quem foi confiada, pelo Papa Dâmaso, uma revisão das an�gas versões la�nas, trabalho iniciado em 383 em Roma e concluído em 405‐406 em Belém. Foi duplo: primeiro da revisão, depois da tradução.

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A Evangelização e o Castelo de Açúcar DIJ

EQUIPE DE EVANGELIZAÇÃO A escola de Evangelizaço Infantouvenil Irã Scheilla, no ano de 2008, resolveu inovar com a apresentação de uma história infan�l pelos próprios evangelizadores. A história foi O castelo de Açúcar, de Robson Dias, espírito de Vovó Amália. A intenção era oferecer uma apresentação especial para os nossos evangelizandos no encerramento das a�vidades. Nesta história todos os personagens são formigas, viramos formigas. Formiga rainha, formigas soldados, formigas trabalhadoras. O enredo acontece em torno das peripécias da formiga Egolanda, em linguagem simples e obje�va, a história induz à reflexão sobre valores fundamentais à convivência harmoniosa, como o amor, o perdão, o diálogo, a fraternidade. A par�r da “Egolanda”, nos apropriamos da pedagogia de projetos e a associamos ao currículo proposto pela FEB. O obje�vo é tornar nossas a�vidades mais dinâmicas e prazerosas. Podemos dividir nossas a�vidades em dois momentos: antes da Egolanda e depois da “Egolanda”. Somos gratos ao Castelo de Açúcar da Vovó Amália. No ano seguinte, em 2009, criamos o Castelo de Açúcar II. Egolanda, em suas aventuras, mostra às crianças a importância do estudo e do trabalho. Projeto: Transformação da Semente do Amanhã. Em 2010, entra em cena, Vovó Nena. Ela apresenta personagens de histórias infan�s espíritas e enfa�za a importância da leitura. Projeto: Vovó Nena e o mistério do Papa Livros. Já em 2011, Vovó Nena apresenta o Pequeno Príncipe, personagem que usamos para o Projeto Conhece a � mesmo. No ano de 2012 desenvolvemos o Projeto Transição Planetária e sempre que necessário recorríamos aos nossos amigos Egolanda, Vovó Nena, Tartaruguinha Verde, Firulin, Docemel, Carneiro, Burro, Árvore, Papa Livros. Alguns personagens eram de histórias já conhecidas, outros foram criados Neste ano, estamos trabalhando o projeto: O Pequeno Cidadão no Mundo de Regeneração. A cada ano, por meio de projeto nos aprimoramos e propomos novas a�vidades. Uma que muito nos alegra é o dia da família na Evangelização, a�vidade que promovemos para o encerramento do primeiro semestre com o obje�vo de integrar pais, filhos e a escola de Evangelização. A programação foi bem diversificada, com apresentação do coral Nilo Sheik, do Coralzinho Meimei, do Grupo Harmonia e oficina para os pais que oportunizou a reflexão sobre o poder do exemplo na educação. Para finalizar esse dia, servimos às famílias um almoço tendo como cardápio galinhada, tutu de feijão e salada. Buscamos realizar um trabalho dinâmico e cria�vo, que nos auxilie a alcançar nossos obje�vos dentro da Seara do Cristo. Hoje queremos convidá‐los a conhecer um trabalho de muito amor e de grande aprendizado. Venha nos visitar sábado às 9h30.

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NOTÍCIAS DO ECOAR – 2014

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O Evangelho Segundo o Espiritismo

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