Evolução do Ensino de Fisica No Brasil

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    HISTRICO DO ENSINO DE FSICA NO BRASIL

    Nos dias de hoje podemos notar uma evoluo na produo acadmica acerca do

    ensino de Fsica no Brasil. Isso se deve a existncia de um nmero considervel de

    pesquisadores principalmente a partir da d!cada de "# que atuam em vrios $rupos

    contri%uindo ativamente para a consolidao dessa rea atrav!s da or$ani&ao de

    meios para divul$ar seus tra%alhos como revistas e sites so%re o assunto eventos

    voltados para a rea e um nmero crescente de cursos de p's($raduao latu sensue

    stricto sensupelo pas.

    No )im dos anos *# e incio dos anos +# )oram o%servadas vrias a,es que )acilitaram

    a construo dos primeiros $rupos de pesquisa de ensino de )sica tais como na

    -niversidade Federal do io /rande do 0ul e na -niversidade Federal de 0o 1aulo

    que possuem re$istros comprovando o incio de suas atua,es na rea. No ano de2"*3 temos a normati&ao do ensino criao do 04N56 70ervio Nacional de

    5prendi&a$em 6omercial8 e o sur$imento do IB446 7Instituto Brasileiro de 4ducao

    6incia e 6ultura8 que )oram apontados pelos entrevistados como umas das cria,es

    importantes na constituio da rea pois implantou vrios projetos de cincias no pas.

    4ntre os perodos de 2"+# a 2"9# houve uma evoluo considervel da pesquisa aqui

    no pas. 6om a instituio do ensino p%lico no Brasil a partir de 2":9 at! a d!cada de+# a $rande maioria dos livros direcionados ao ensino secundrio na rea de cincias

    era uma mera traduo dos modelos europeus e tudo era aprendido so% a 'tica de

    ensino desses pases limitando assim os pro)essores e alunos a metodolo$ia europeia.

    5 situao comeou a mudar com o sur$imento do IB446 em 2"*3 pois o instituto

    toma a liderana e comea a produ&ir materiais didticos na rea de ensino de

    cincias al!m de proporcionar a implantao de vrios projetos como )eiras de

    cincias clu%e de cincias e criao de museus incentivo a pesquisas e treinamento

    de pro)essores. 4m 2"+; sur$em os primeiros materiais produ&idos pelo IB466< =its de

    qumica para o ensino m!dio e em 2"++ ! desenvolvido um projeto de iniciao

    cient)ica destinado a criao de =its de >umica Fsica e Biolo$ia que seriam diri$idos

    aos cursos primrios e secundrios. Nessa )ase os projetos tiveram o apoio da

    Fundao oc=e)eller e do ?inist!rio da 4ducao.

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    5t! a d!cada de sessenta so encontradas evidncias de que o ensino de Fsica era

    @tradicional e ver%alista@. ?udanas ocorreram a partir de 2"3* com a introduo do

    1hAsical 0cience 0tudA 6ommittee ou 1006 projeto or$ani&ado na d!cada de

    cinquenta nos 4-5. 5s mudanas re)erem(se tentativa de tornar relevante o

    contedo que permita aos alunos entender a estrutura %sica da Fsica e tam%!m o

    m!todo cient)ico. Foi dada relevCncia aprendi&a$em por desco%erta e ao ensino

    experimental. 1ara ?oreira 72"93 p. *38 a orientao )ornecida pelo 1006 identi)ica(

    se com a n)ase curricular da @estrutura da cincia@ onde a Fsica ! vista no como um

    conjunto de )atos mas como um processo em evoluo por meio do qual os homens

    procuram compreender a nature&a do mundo )sico. D 1006 )oi utili&ado no se$undo

    $rau das escolas %rasileiras entre 2"3* e 2"E2 aproximadamente. ?uitos pro%lemasre)erentes ao ensino de Fsica no )oram solucionados com a implementao desse

    projeto e um dos )atores tidos como determinante deste relativo insucesso )oram as

    di)erenas socioeconmicas e culturais existentes entre 4-5 e Brasil. 5ssim em 2"E#

    )oram requisitadas ver%as para a implementao de novos projetos a$ora nacionais

    para o ensino de Fsica.

    5inda na d!cada de 3# numa reunio dos secretrios executivos das comiss,es da

    -N406D o Brasil ! escolhido como sede para a implantao de um novo m!todo de

    ensino chamado Gnovos m!todos e t!cnicas de ensino de )sicaH. 4sse )oi o primeiro

    passo de um pro$rama de cincias reali&ado pela -N406D em vrios pases do

    mundo e aca%ou colocando o IB446 na dianteira do ensino de cincias e o elevou a

    modelo que )oi se$uido por vrios outros pases como a 6olm%ia e a ene&uela

    devido ao sucesso do m!todo de ensino implantado.4m 2"3+ so criados seis centros

    de cincias pelo ?46 que tinham como o%jetivo treinar pro)essores produ&ir e

    distri%uir livros(texto e materiais de la%orat'rio para as escolas de seus respectivos

    centros. 4m 2"3E ! criado o F-NB46 que se ocupa de industriali&ar todo o material

    produ&ido al!m de criar cursos para pro)issionais do ensino primrio e pro$ramas

    espec)icos para o ensino superior. 5t! o )inal dos anos 3# )oram criados ao todo 2+

    projetos para o ensino primrio e secundrio no pas sendo a maioria tradu,es de

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    projetos americanos e in$leses. 5t! 2"3+ )oram produ&idos cerca de ;+.### =its entre

    nacionais e internacionais.

    Dutro projeto importante no desenvolvimento do movimento curricular )oi a instituio

    do 14?4N 71rojeto Nacional para a ?elhoria do 4nsino de 6incias8. 4ste projeto

    sur$e com a promul$ao da Jei +3";KE2 que criou o ensino pro)issionali&ante tendo

    como o%jetivos ajudar nas novas exi$ncias impostas pelas modi)ica,es curriculares

    pela qual o pas passava. D pro$rama contou com o apoio da -05IL e do ?46

    criando : importantes projetos< D 1rojeto de 4nsino de Fsica do Instituto de Fsica da

    -01 em 2"E; o 1rojeto Nacional de 4nsino de >umica de ;M $rau li$ado ao 646IN4

    72"E;8 e o 1rojeto de 4nsino de 6incias 71468 li$ado ao 646I0 entre outros que

    )oram )inanciados at! o )im dos anos E#.

    Fa&endo uma anlise dos trinta anos de )uncionamento do IB446 F-NB46 e do

    14?4N perce%e(se que a participao desses movimentos curriculares na criao

    de projetos na rea de ensino de cincias )oi extremamente importante para o

    desenvolvimento do ensino no pas. 5 atuao dos projetos )oi enorme identi)icados

    no total *; projetos curriculares nos quais )oram produ&idos materiais dos mais

    diversos tipos. 0e$undo Barra e Jorent& 72"938 na anlise das atividades dessas

    institui,es existiram dois momentos de renovao curricular no ensino de 6incias no

    Brasil que vai de 2"+# a 2"9#< o primeiro )oi o de traduo de o%ras americanas e

    in$lesas e lo$o depois a criao de o%ras $enuinamente nacionais que se adequassem

    as necessidades das escolas %rasileiras no que di& respeito a cincia. Num primeiro

    momento os )atores que in)luenciaram as mudanas no ensino do Brasil )oram

    externos com a introduo e auxlio da -N406D e )unda,es americanas. 6om o

    passar do tempo devido a di)iculdade de adaptao dos projetos estran$eiros houve

    um interesse interno em modi)icar a estrutura em ensino de cincias sur$indo os

    projetos nacionais que tornaram tais materiais didticos mais e)icientes por estarem

    adequados a realidade das escolas %rasileiras. 4ssa )ase coincide com o sur$imento

    dos primeiros $rupos de ensino de Fsica em que so desenvolvidos os primeiros

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    de textos e materiais didticos e participa,es em con$ressos e simp'sios no Brasil. 5

    implantao no incio )oi di)icultada pois a 6Cmara de p's($raduao da -niversidade

    de 0o 1aulo jul$ava necessria a participao da Faculdade de 4ducao com o

    Lepartamento de Fsica. 5 implantao de)initiva do curso ocorreu em 2"E: quando

    se$uindo recomenda,es da 6Cmara o ento Instituto de Fsica das -01 e a

    Faculdade de 4ducao 7F4-018 entraram em acordo colocando em )uncionamento

    curso de p's($raduao em 4nsino de 6incias ( modalidade Fsica sendo na !poca

    um dos poucos cursos envolvendo campos de cincias exatas e humanas.

    6om a consolidao da pesquisa e da p's($raduao em ensino de cincias houve

    uma intensi)icao da atuao na rea por parte dos pro)essores de cincias e )sica. D

    F5I aconteceu na d!cada de 2"E# atrav!s do /4O4F 7/rupo de 4studo em Oecnolo$iade 4nsino de Fsica8 em )orma de instruo pro$ramada tendo $rande penetrao nas

    escolas da !poca. D terceiro projeto para o ensino de )sica )oi o 1B4F 71rojeto

    Brasileiro para o 4nsino de Fsica8 desenvolvido pela F-NB46.

    Nessa mesma d!cada mais precisamente em 2"E# sur$e o primeiro 0imp'sio

    Nacional de ensino de Fsica 70N4F8 encontro que passou a ocorrer a cada trs anos

    onde participantes de vrios locais do Brasil se renem tentando assim contri%uir para

    a melhoria do ensino. Ds simp'sios devido ao seu sucesso existem at! hoje tentando

    assim melhorar e mudar a viso tradicional do ensino.

    ENSINO DE FISICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

    5 despeito de sua importCncia do interesse que possa despertar e da variedade de

    temas que envolvem o ensino de 6incias Naturais tem sido )requentemente condu&ido

    de )orma desinteressante e pouco compreensvel.5s teorias cient)icas por sua complexidade e alto nvel de a%strao no so

    passveis de comunicao direta aos alunos de ensino )undamental. 0o $randes

    snteses distantes das ideias de senso comum. 0eu ensino sempre requer adequao

    e seleo de contedos pois no ! mesmo possvel ensinar o conjunto de

    conhecimentos cient)icos acumulados.

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    5 a%orda$em dos conhecimentos por meio de de)ini,es e classi)ica,es estanques

    que devem ser decoradas pelo estudante contraria as principais concep,es de

    aprendi&a$em humana como por exemplo aquela que a compreende como

    construo de si$ni)icados pelo sujeito da aprendi&a$em de%atida no documento de

    Introduo aos 1arCmetros 6urriculares Nacionais. Oorna(se de )ato di)cil para os

    estudantes apreenderem o conhecimento cient)ico que muitas ve&es discorda das

    o%serva,es cotidianas e do senso comum. 1or exemplo o conceito de adaptao dos

    seres vivos. 4xprime uma ideia di)erente do uso cotidiano do termo ao se di&er que um

    vaso de planta est %em adaptado numa janela.

    5 o%servao do caminho dirio do 0ol em relao ao hori&onte )a& pensar que nossa)onte de lu& $ira ao redor do lu$ar onde vivemos uma ideia di)erente do que prop,e a

    6incia. 0o inmeras as pesquisas %uscando contri%uir para o ensino que

    investi$aram como crianas e jovens pensam di)erentes contedos e ela%oram ideias

    cient)icas demonstrando seu modo de pensar distinto do adulto. 5 mo%ili&ao de

    conhecimentos adquiridos pela vivncia e pela cultura relacionada a muitos contedos

    em situa,es de aprendi&a$em na escola ! um pressuposto %sico para a

    aprendi&a$em si$ni)icativa.

    5ssim o estudo das 6incias Naturais de )orma exclusivamente livresca sem

    interao direta com os )enmenos naturais ou tecnol'$icos deixa enorme lacuna na

    )ormao dos estudantes. 0one$a as di)erentes intera,es que podem ter com seu

    mundo so% orientao do pro)essor. 5o contrrio di)erentes m!todos ativos com a

    utili&ao de o%serva,es experimentao jo$os di)erentes )ontes textuais para o%ter

    e comparar in)orma,es por exemplo despertam o interesse dos estudantes pelos

    contedos e con)erem sentidos nature&a e cincia que no so possveis ao se

    estudar 6incias Naturais apenas em um livro.

    5s intera,es entre os )enmenos e destes com di)erentes aspectos da cultura no

    momento atual ou no passado estudadas recentemente com maior n)ase nas

    6incias Naturais esto ausentes.

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    5 compreenso do que ! 6incia por meio desta perspectiva enciclop!dica livre e

    )ra$mentada no re)lete sua nature&a dinCmica articulada hist'rica e no neutra

    con)orme ! colocada atualmente. 4st ausente a perspectiva da 6incia como

    aventura do sa%er humano )undada em procedimentos necessidades e di)erentes

    interesses e valores.

    Buscando superar a a%orda$em )ra$mentada das 6incias Naturais di)erentes

    propostas tm su$erido o tra%alho com temas que do contexto aos contedos e

    permitem uma a%orda$em das disciplinas cient)icas de modo inter(relacionando

    %uscando(se a interdisciplinaridade possvel dentro da rea de 6incias Naturais.

    514NLIP5/4? 0I/NIFI65OI5 LD0 6DNO4QLD0 L4 6IRN6I50 N5O-5I0

    1ara pensar so%re o currculo e so%re o ensino de 6incias Naturais o conhecimentocient)ico ! )undamental mas no su)iciente. S essencial considerar o desenvolvimento

    co$nitivo dos estudantes relacionado a suas experincias sua idade sua identidade

    cultural e social e os di)erentes si$ni)icados e valores que as 6incias Naturais podem

    ter para eles para que a aprendi&a$em seja si$ni)icativa.

    1or meio de temas de tra%alho o processo de ensino e aprendi&a$em na rea de

    6incias Naturais pode ser desenvolvido dentro de contextos social e culturalmente

    relevantes que potenciali&am a aprendi&a$em si$ni)icativa. Ds temas devem ser

    )lexveis o su)iciente para a%ri$ar a curiosidade e as dvidas dos estudantes

    proporcionando a sistemati&ao dos di)erentes contedos e seu desenvolvimento

    hist'rico con)orme as caractersticas e necessidades das classes de alunos nos

    di)erentes ciclos.

    D interesse e a curiosidade dos estudantes pela nature&a pela 6incia pela Oecnolo$ia

    e pela realidade local e universal conhecidos tam%!m pelos meios de comunicao

    )avorecem o envolvimento e o clima de interao que precisa haver para o sucesso das

    atividades pois neles encontram mais )acilmente si$ni)icado.

    Orata(se portanto de or$ani&ar atividades interessantes que permitam a explorao e

    a sistemati&ao de conhecimentos compatveis ao nvel de desenvolvimento

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    intelectual dos estudantes em di)erentes momentos do desenvolvimento. Leste modo

    ! possvel en)ati&ar as rela,es no Cm%ito da vida do -niverso do am%iente e dos

    equipamentos tecnol'$icos que podero melhor situar o estudante em seu mundo.

    Li&er que o aluno ! sujeito de sua aprendi&a$em si$ni)ica a)irmar que ! dele o

    movimento de ressi$ni)icar o mundo isto ! de construir explica,es mediado pela

    interao com o pro)essor e outros estudantes e pelos instrumentos culturais pr'prios

    do conhecimento cient)ico. ?as esse movimento no ! espontCneoT ! construdo com

    a interveno )undamental do pro)essor.

    S sempre essencial a atuao do pro)essor in)ormando apontando rela,es

    questionando a classe com per$untas e pro%lemas desa)iadores tra&endo exemplosor$ani&ando o tra%alho com vrios materiais< coisas da nature&a da tecnolo$ia textos

    variados ilustra,es etc. Neste momento os estudantes expressam seu conhecimento

    pr!vio de ori$em escolar ou no e esto reela%orando seu entendimento das coisas.

    ?uitas ve&es as primeiras explica,es so construdas no de%ate entre os estudantes

    e o pro)essor.

    S importante portanto que o pro)essor tenha claro que o ensino de 6incias Naturais

    no se resume na apresentao de de)ini,es cient)icas como em muitos livros

    didticos em $eral )ora do alcance da compreenso dos alunos. Le)ini,es so o

    ponto de che$ada do processo de ensino aquilo que se pretende que o estudante

    compreenda e sistemati&e ao lon$o ou ao )inal de suas investi$a,es. 5o planejar

    cada tema seleciona pro%lemas que correspondem a situa,es interessantes a

    interpretar.

    Nos primeiros ciclos por meio de di)erentes atividades os estudantes conhecem

    )enmenos processos explica,es e nomes de%atendo diversos pro%lemas e

    or$ani&ando vrias rela,es.

    Nos 1arCmetros 6urriculares Nacionais de 6incias Naturais os alcances de

    aprendi&a$em dos di)erentes conceitos esto explicitados nos textos voltados aos

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    contedos de cada ciclo. 6on)orme pressuposto $eral dos 1arCmetros 6urriculares

    Nacionais explicitando no seu documento de Introduo da mesma )orma que os

    conceitos 7os contedos explicativos das 6incias Naturais8 tam%!m so contedos

    para planejamento e ensino e aprendi&a$em os procedimentos as atitudes e os

    valores humanos.

    4m 6incias Naturais os procedimentos correspondem aos modos de %uscar

    or$ani&ar e comunicar conhecimentos.

    D ensino de procedimentos s' ! possvel pelo tra%alho com di)erentes temas de

    6incias Naturais que sero investi$ados de )ormas distintas com ateno para

    aqueles que permitem ampliar a compreenso da realidade local. No contexto da

    aprendi&a$em si$ni)icativa os alunos so convidados a praticar os procedimentos noincio a partir de modelos o)erecidos pelo pro)essor e aos poucos tornando(se

    autnomos. 1or exemplo ao tra%alhar o desenho de o%servao o pro)essor inicia a

    atividade desenhando no quadro conversando com a classe so%re os detalhes de

    cores e )ormas que permitem que o desenho cient)ico seja uma representao do

    o%jeto ori$inal.

    4m se$uida os alunos podem )a&er seu pr'prio desenho de o%servao esperando se

    que esse primeiro desenho se assemelhe ao do pro)essor. 4m outras oportunidades

    podero comear o desenho de o%servao sem o modelo do pro)essor que ainda

    assim conversa com os alunos so%re detalhes necessrios ao desenho.

    4m momento posterior os alunos j )a&em a interpretao do texto sem ajuda mas

    ainda necessitam de auxlio para a ela%orao de texto )inal. 5t! que completando a

    escolaridade tanto o roteiro como a pesquisa em si podem ser )eitos inteiramente

    pelos pr'prios alunos sem a inter)erncia do pro)essor que ainda assim discute o

    tema esclarece o o%jetivo da pesquisa levanta a %i%lio$ra)ia e orienta a ela%orao do

    texto )inal.

    Nos ciclos )inais salientam(se a produo de textos in)ormativos e esquemas

    crescentemente mais complexos e outros procedimentos para a explorao e a

    comunicao dos temas e pro%lemas em estudo sempre com crescente autonomia.

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    >uanto ao ensino de atitudes e valores explicitamente ou no o processo

    educacional as prticas escolares e a postura do pro)essor estaro sempre

    sinali&ando coi%indo e le$itimando atitudes e valores.

    4m 6incias Naturais o desenvolvimento de posturas e valores envolve muitos

    aspectos da vida social da cultura do sistema produtivo e das rela,es entre o ser

    humano e a nature&a. Incentivo s atitudes de curiosidade de persistncia na %usca e

    compreenso das in)orma,es de preservao do am%iente e sua apreciao est!tica

    de apreo e respeito individualidade e coletividade tem lu$ar no processo de ensino

    e aprendi&a$em.

    No planejamento e no desenvolvimento dos temas de 6incias Naturais em sala de

    aula cada uma das dimens,es dos contedos )atos conceitos procedimentosatitudes e valores devem estar explicitamente tratados. S tam%!m essencial que sejam

    levadas em conta por ocasio das avalia,es de )orma compatvel com o sentido

    amplo que se adotou para os contedos do aprendi&ado.

    Ds o%jetivos de 6incias Naturais no ensino )undamental so conce%idos para que o

    aluno desenvolva competncias que lhe permitam compreender o mundo e atuar como

    indivduo e como cidado utili&ando conhecimentos de nature&a cient)ica e

    tecnol'$ica. 4sses o%jetivos de rea so coerentes com os o%jetivos $erais

    esta%elecidos para o ensino )undamental.

    D ensino de 6incias Naturais dever ento se or$ani&ar de )orma que ao )inal do

    ensino )undamental os alunos tenham desenvolvido as se$uintes capacidadesumica /era 4ducao e Incluso

    ,

    ?ecCnica >uCntica I Fsica ?oderna I

    Ja%orat'rio de Fsica ?odernaF-NL5?4NOD0 L5 JVN/-5B50IJ4I5 L4 0IN5I0

    Oeoria 4letroma$n!tica II 1DB5BIJIL5L4 4 40O5OI0OI65

    4voluo do 6onhecimento 6ient)ico 4st$io 0upervisionado I

    ?ecCnica 5naltica

    -

    Fsica 4statstica Instrumentao para o 4nsino I

    ?ecCnica >uCntica II Fsica ?oderna II

    4strutura da ?at!ria 5vanada 1ro$ramao I

    Ja%orat'rio de 4strutura da ?at!ria5vanada 4st$io 0upervisionado II

    ?ono$ra)ia I

    ?ecCnica >uCntica III Ja%orat'rio de Fsica ?oderna

    ?ono$ra)ia II ?ecCnica

    Instrumentao para o 4nsino II

    4st$io supervisionado II

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    /

    4voluo do 6onhecimento 6ient)ico

    ?ono$ra)ia I

    Instrumentao para o 4nsino III

    4st$io 0upervisionado I

    '0

    1esquisa e 1rtica 1eda$'$ica no 4nsinode Fsica

    4letroma$netismo

    ?ono$ra)ia II

    4st$io 0upervisionado

    4ssas so as $rades curriculares de am%as as modalidades do curso de )sica

    da -F40. 5s disciplinas marcadas de a&ul so comuns aos dois cursos as marcadasde violeta so exclusivas do %acharel 7disciplinas de exatas8 as verdes vermelhas e

    amarelas so as exclusivas da licenciatura 7verdes< est$iosT amarelas< peda$'$icas

    ou para al$uns tam%!m conhecidas como humanasT vermelho< exatas8. 5trav!s da

    ta%ela conse$uimos ver %em semelhanas e di)erenas entre as $rades curriculares e

    podemos em nmeros o%ter.

    Ba!are" L#e$#a%&ra

    2* 2*:

    +

    ;:

    6omparando apenas em quantidades de disciplinas pode se notar que mais de

    +#] da $rade curricular ! comum as duas modalidades tornado %oa parte das

    modalidades similares.0e considerarmos que as trs disciplinas de exatas da

    licenciatura7vermelho8 equivalem a trs do %acharel com ementa similar temos que o

    %acharel cursa 22 disciplinas a mais de exatas7)sica matemtica e la%orat'rios8 que a

    licenciatura. 5ssim a $rade de %acharel tem 33] aproximadamente de semelhana

    com a licenciatura. D que leva a pensar< 0er que estas duas modalidades realmente

    esto distantes umas das outrasU

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    0o modalidades similares por!m com o%jetivos di)erentes uma com o%jetivo

    de )ormar pesquisadores e outra com o%jetivo de )ormar pro)essores. 1or!m se

    esquece que o %acharel muitas ve&es se torna pro)essor sem ter passado pelas

    experincias que as mat!rias peda$'$icas e est$ios supervisionados podem lhes

    o)erecer para lecionarem.

    >uanto a car$a horria podemos o%servar na ta%ela a se$uir