Evolução dos sistemas excretores

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1.6.2- Evoluo dos sistemas excretores em diferentes grupos Platelmintes Os Platelmintes, como a planria, os tbulos excretores designam-se protonefrdi os, que se distribuem por todo o corpo, associados a uma rede de canais que se c omunicam com o exterior atravs de poros excretores. Os protonefrdios so tbulos com o topo alargado e fechado por clulas especial izadas denominadas clulas-flama. Como os platelmintes no apresentam sistema circulatrio, as clulas-flama encon tram-se mergulhadas no fluido que banha as clulas do corpo. Este fluido filtr ado para as clulas-flama e o batimento dos clios desloca-o ao longo dos tbulo s que o drenam para os ductos excretores que, por sua vez, esvaziam-se para o me io exterior atravs dos poros excretores. Aneldeos Nos aneldeos, os vasos sanguneos esto intimamente associados aos rgos excre tores. Nos rgos excretores da minhoca observa-se uma associao tpica de tbu los, que se designam por metanefrdios. Cada metanefrdio constitudo por um tbulo aberto nas duas extremidades e enr olado em serpentina. Em cada metanefrdio o nefrostoma (funil ciliado localizado na extremidade mais interna do metanefrdio) colecta o fluido celmico do segmento anterior a ele. medida que este fluido se desloca ao longo do tbulo, o epitlio que rodeia o l men vai reabsorvendo as substncias teis para os capilares sanguneos. O fluid o que no reabsorvido acumula-se na bexiga que se esvazia periodicamente atrav s do poro excretor. Insectos Os tbulos de Malpighi so os rgos excretores dos insectos e de outros Artrpo des terrestres que possuem um sistema circulatrio aberto. Os tbulos de Malpigh i so estruturas que se desenvolvem na poro posterior do corpo, estando a sua extremidade livre fechada e mergulhada na cavidade do corpo banhada pelo sangue, dando-se a filtrao atravs da parede do tubo. O filtrado conduzido para o recto, onde so reabsorvidas para o sangue, por gl ndulas rectais especializadas, grandes quantidades de gua e alguns sais minera is. O cido rico e outras substncias so eliminados como uma pasta semi-seca junta mente com as fezes.

Vertebrados Os vertebrados possuem como rgos de excreo e de osmorregulao os rins. Este s so rgos compactos que tm como unidades funcionais os nefrnios, que so es truturas associadas a formaes vasculares. Os nefrnios revelam um progressivo aumento de complexidade desde os Peixes at aos Mamferos. Ao longo do desenvolvimento embrionrio dos Vertebrados observa-se uma evoluo gradual a partir da mesoderme de trs tipos de rins: pronefro, ou primeiro rim (o primeiro no tempo e com posio mais anteri or no organismo), tem uma localizao cervical; mesonefro, ou segundo rim, com uma localizao torcica;

metanefro, terceiro rim ou rim definitivo, tem uma localizao junto das vrtebras lombares.

1.6.3- Funcionamento do rim humano Os rins so rgos excretores compactos que regulam a composio do sangue e for mam a urina, que transportada a partir dos rins para a bexiga atravs dos uret eres. A bexiga esvazia-se para o exterior atravs da uretra. Duas regies funcionais dos rins so o crtex renal e a capa medular. A urina fo rmada nessas regies drenada para uma cmara central, a plvis renal, que cond uz aos ureteres. Posicionados de forma radial nos rins esto centenas de milhares de nefrnios, a s unidades funcionais dos rins. O nefrnio constitudo por uma poro tubular, o tubo urinfero, associado a f ormaes vasculares das quais se destaca um glomrulo de vasos capilares. No tubo urinfero podem distinguir-se vrias regies: Cpsula de Bowman zona inicial, em forma de taa, de parede dupla, loc alizada no crtex renal; Tbulo contorcido proximal poro tubular que se segue cpsula de Bo wman e que se localiza ainda no crtex renal; Ansa de Henle poro do tubo urinfero em forma de U, constituda por um ramo descendente e um ramo ascendente, ambos localizados na zona medular do r im; Tbulo contorcido distal zona terminal do tubo urinfero localizada no crtex.

A presso sangunea faz com que a gua e todos os pequenos solutos do plasma san guneo dos capilares glomerulares atravessem a parede da cpsula e entrem no lm en do tbulo urinfero formando um filtrado que processado a medida que se mov e ao longo do tbulo. A partir do glomrulo, o sangue movimenta-se numa artria eferente para um segun do grupo de capilares, os capilares peritubulares, que envolvem os tbulos conto rcidos distal e proximal. Estendendo-se para baixo est uma rede de capilares as sociados com a ansa de Henle. O fluido intersticial que banha o nefrnio possui um contnuo trfico de substncias que passam entre as vrias regies do tbulo urinfero e o plasma sanguneo dos capilares do nefrnio. Esta mudana qumica c onsiste na secreo, adio selectiva de compostos do sangue para o filtrado den tro do tbulo, e a reabsoro, o transporte de substncias de volta para o sangu e a partir do filtrado. O processamento do filtrado continua no ducto colector, e o produto final, agora chamado urina, vai para a plvis renal.