Evolução Histórica

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL : DA IDADE MÉDIA AO SÉCULO XX.

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História da Pedagogia

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  • EVOLUO HISTRICA DAEDUCAO ESPECIAL : DA IDADE MDIA AO SCULO XX.

  • HISTRICO E CONTEXTUALIZAO DE EDUCAO ESPECIAL Critrio bsico de organizao:No final da Idade Mdia fenmeno metafsico e espiritual.Sculo XVI Reforma Protestante. Entretanto, a rigidez tica carregada da noo de culpa e responsabilidade, conduziu a uma grande intolerncia.Com uma viso pessimista do homem,quando lhe faltava a razo,era visto como uma besta demonaca ou como ser do mal.

  • Martin Lutero (1483-1546) Prevaleceu as mesmas concepes das deficincias, primria e tendenciosa onde afog-lo ou orar por ele foram utilizadas como prticas eficazes e morais.

    At o sculo XVII as concepes das deficincias estiveram ligadas ao misticismo e ao ocultismo.

  • Tipo de atendimento: isolamento, segregao. Concepo que motivou o tipo de atendimento feito: Caracterizao dos indivduos (loucos, marginais, doentes mentais,deficientes), enquadrando- os em categorias para facilitar seu tratamento.Prticas disciplinares.

  • Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus Von Hohenhein, Paracelso (1493-1541). Mdico e alquimista, considerava que traumatismos e doenas poderiam resultar em deficincia. HISTRICO DAS FIGURAS EMINENTES PARA A EDUCAO ESPECIAL ENTRE OS SCULOS XVI E XX. Idade Moderna Escreve Sobre as doenas que privam os homens da razo, publicada aps sua morte na qual, pela primeira vez, a loucura e a idiotia passam a ser considerados problemas mdicos e no mais teolgicos ou morais.

  • Jernimo Cardano (1501- 1576) Filsofo, mdico e matemtico. Influenciado pela astrologia, acreditava em poderes especiais e foras csmicas como sendo responsveis pelos comportamentos tidos como inadequados. Preocupao com o aspecto pedaggico do deficiente. Ambos mdicos defendiam a idia de que os portadores de deficincia mental eram um enigma mdico e que isso acontecia por uma fatalidade hereditria ou congnita, passando a cham-los de cretinos, idiotas ou amentes, no acreditando que pudessem ser educados e recuperados.

  • Thomas Willis (1621-1675) Publica o Cerebri Anatome e inaugura uma viso organicista diante dos quadros de deficincia mental.Padre Vicente de Paulo (1581-1660) Com o auxlio de Luiza de Marillac funda a congregao religiosa Irms Caridade,formada por camponesas que, por amor a Jesus Cristo, dedicavam-se exclusivamente ao servio dos pobres.

  • Segundo John Locke A experincia o fundamento de todo o nosso saber. As observaes que fazemos sobre os objetos sensveis externos ou sobre as operaes internas da nossa mente, e que percebemos, e sobre as quais refletimos ns mesmos, o que supre o nosso entendimento com todos os materiais de pensamento John Locke (1632 - 1704) Filsofo e mdico, publicou a obra Essay que revolucionou as doutrinas vigentes sobre a mente humana e suas funes. Com a viso naturalista da atividade intelectual, a mente pgina em branca

  • Estevan Bonnot de Condillac (1715 -1780) Maior filsofo do Iluminismo francs, publicao de Trait ds Sensations. O filsofo enfatiza que: ... todas as idias devem nascer das sensaes e das operaes mentais, que so as prprias sensaes transformadas.

    Jean-Jacques Rousseau (1772-1778) Influncia da Teoria do Conhecimento e Aprendizagem de Locke no seu pensamento educacional. Defendia que a vontade individual no deveria ser prisioneira da vontade coletiva e que a liberdade era um dever da natureza humana.

  • Idade Contempornea Jean Marc Gaspard Itard (1774 1838) Mdico e reeducador de surdos. Fundador da otorrinolaringologia. Entendia a idiotia como insuficincia cultural.

    Johan Heinrich Pestalozzi (1746-1820) Filsofo, educador e fundador de colgios para crianas carentes. A criana, na concepo de Pestalozzi, era um ser puro, bom em sua essncia e possuidor de uma natureza divina que deveria ser cultivada e descoberta para atingir a plenitude".

  • Charles Michel Eppe (1712-1789) Abade e fundador da primeira instituio especializada em surdos mudos. Inventou o mtodo de sinais, destinado a complementar o alfabeto manual e utilizado para designar muitos objetos que no podiam ser percebidos pelos sentidos.Augusto Frederico Froebel (1782-1852) Criao de sistema de educao especial com materiais e jogos para a primeira infncia, aplicvel a crianas deficientes mentais. Fundou o primeiro jardim-de-infncia em 1816, na cidade alem de Blankenburg.

  • Esquirol (1772 - 1840) Para ele, idiotia era resultado de carncias infantis ou condies pr e peri-natais problemticas, enquanto o termo cretinismo deveria ser utilizado para os casos mais graves. Esquirol estabeleceu claramente a diferena entre a idiotia (definida como ausncia de desenvolvimento intelectual desde a infncia devido a carncias infantis ou condies pr e perinatais), a confuso mental (entendida como condio passageira de incidncia mais ou menos geral) a loucura (caracterizada como perda irreversvel da razo e suas funes),(PESSOTTI, 1984).

  • Edouard Seguin (1812 - 1880) Mdico fisiologista. o primeiro a indicar causas orgnicas, hereditrias ou no, ambientais e psicolgicas como especficas da idiotia. Belhomme (1824) Discpulo de Esquirol. Definiu e ordenou os tipos de classificao da deficincia mental. Dividiu em duas categorias idiotia e imbecilidade. A primeira, em dois graus, e a segunda, em trs. Essas classificaes mostraram a possibilidade de se educar os deficientes mentais, de acordo com os graus de comprometimento

  • IMAGENS RETRATADAS DA POCA Madona e Criana, de Andrea Mantegna (1431-1506) A Virgem e o Menino Andra Mantegna Meninos imbecis, internos do Pennsylvania Training School for Feeble-Minded Children (1857)

  • Idiota mongolide (1890Cretinismo (Tretgold, 1922)

    IMAGENS RETRATADAS DA POCA

  • At sculo XVIII, as noes sobre deficincia estavam sempre ligadas ao misticismo e ao ocultismo. No havia o entendimento sobre diferenas individuas e a condio de deficiente era considerada imutvel. At o final do sculo XIX, encontravam-se na literatura diversas expresses para se referir ao atendimento educacional dos portadores de deficincia como Pedagogia dos anormais, Pedagogia Teratolgica, Pedagogia curativa ou teraputica, Pedagogia da assistncia social e Pedagogia emendativa.Em 1866, foi publicada a obra Observations on Ethnic Classification of Idots, em Londres, de Langdon Down. Essa obra tornou clebre o seu autor por descrever a Sndrome de Down, que era chamada mongolismo. Esta referncia era devida grande semelhana existente entre as pessoas que tinham a sndrome e as da raa monglica.

  • A mdica italiana Maria Montessori foi outra importante educadora que muito contribuiu com a EE. Ela aprimorou os mtodos de Itard e Seguin e desenvolveu um programa de treinamento para crianas deficientes mentais nos internatos de Roma. Suas tcnicas foram levadas para diversos pases da Europa e sia. Montessori enfatizou, entre outras coisas, a auto-educao pelo uso de materiais didticos, criando um mtodo que procurava adequar a didtica s peculiaridades motivacionais do aluno.Montessori, assim como Pestalozzi, criou sistemas pedaggicos eficazes para a infncia em geral, baseando seus mtodos em crianas intelectualmente deficientes e, posteriormente, estendendo esses mtodos s crianas normais.

  • AS DEZ REGRAS DE EDUCAO ADEQUADAS TANTO PARA AS CRIANAS NORMAIS EM IDADE PR-ESCOLAR COMO PARA CRIANAS TRINVEIS TAMBM EM IDADE ESCOLAR, DEFINIDAS POR MONTESSORI:

    1. As crianas so diferentes dos adultos e necessitam ser tradadas de modo diferente.2. A aprendizagem vem de dentro e espontnea; a criana deve estar interessada numa atividade para ser motivada.3. As crianas tm necessidade de ambiente infantil que possibilite brincar livremente. Jogar e manusear materiais coloridos.4. As crianas amam a ordem.

  • 5. As crianas devem ter liberdade de escolha, por isso necessitam de material suficiente para que possam passar de uma atividade para a outra, conforme os ndices de interesse e de ateno os exijam.6. As crianas amam o silncio.7. As crianas preferem trabalhar a brincar.8. As crianas amam a repetio.9. As crianas tm senso de dignidade pessoal; assim no podemos esperar que faam exatamente o que mandamos.10. As crianas utilizam o meio que a cercam para se aperfeioar, enquanto os adultos usam a si mesmos para aperfeioar o meio.

  • A EVOLUO DA EDUCAO ESPECIAL NA AMRICA

    Em 1817, foi criada nos Estados Unidos a primeira escola pblica para surdos.Cinquenta anos depois que Valentin Hauy havia fundado a primeira escola para crianas cegas, instalou-se nos Estados Unidos, 1829, o primeiro internato para cegos. A primeira escola inteiramente subsidiada pelo Estado foi Ohio School For the Blind instalada em 1837. A importncia do fato se deve ao despertar da sociedade para a obrigao do Estado com a educao dos portadores de deficincia.O primeiro internato pblico para os deficientes mentais que se tem notcia foi criada em 1848, em Massachusetts, introduzindo o mtodo Seguin.O perodo de 1817 a 1850 foi muito benfico para educao das crianas deficientes, muitas escolas para cegos, surdos e deficientes mentais apareceram. Para os deficientes fsicos, os programas surgiram dcadas mais tarde.

  • Por iniciativa do pai de uma criana com paralisia cerebral, em 1940, o jornal Times, de Nova York, publicou um anncio que levou criao de uma organizao para essas crianas. Nesta organizao os pais levantavam fundos para os centros de treinamento e pesquisa, estimulando as iniciativas do governo no sentido de criar uma legislao que proporcionasse os recursos necessrios s demandas.Por volta de 1950, os pais de crianas com desenvolvimento mental retardado, excludos da escola devido a leis que dificultavam o seu ingresso ou permanncia, organizaram-se e criaram a National Association For Retarded Children (Narc). Essa organizao exerceu grande influncia em vrios pases e, no Brasil, foi a inspirao para a criao das Associaes de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAES).

  • HISTRIA DA EDUCAO ESPECIAL NO BRASIL AT 1950A primeira forma de atendimento escolar para pessoas com necessidades especiais foi uma instituio especializada particular para pessoas com necessidades especiais foi uma instituio especializada particular destinada aos deficientes fsicos, em 1600, em So Paulo.Na rea jurdica, a primeira Constituio do Brasil (1824) privava o incapacitado fsico ou moral do direito poltico, muito embora a referida Constituio previsse a instruo primria e gratuita para todos. Antes mesmo de qualquer esforo para o atendimento aos deficientes, a sociedade j se protegia do adulto deficiente.

  • ATENDIMENTO AOS DEFICIENTES VISUAIS

    A primeira iniciativa aconteceu em 1854, quando D. Pedro II fundou, na cidade do Rio de Janeiro, atravs do Decreto Imperial n 1428, o chamado Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Em 1891, no governo republicano, o nome foi trocado para Instituto Nacional dos Cegos. Em 1891, a escola recebeu a denominao de Instituto Benjamin Constant (IBC), em homenagem ao ilustre e atuante professor de matemtica, Benjamin Constante Botelho de Magalhes, que foi diretor da instituio.Em 1942, foi editada a primeira Revista Brasileira para Cegos. No ano de 1946, uma Portaria ministerial equipara o curso ginasial mantido pelo IBC ao ginsio comum, dando incio ao ensino integrado para cegos. Em 1947, o Instituto, juntamente com a Fundao Getlio Vargas do Rio de Janeiro, realizou o primeiro Curso de Especializao de Professores na Didtica para cegos.Outro acontecimento que marcou poca foi a instalao, em So Paulo, da Fundao para o Livro do Cego no Brasil, em maro de 1946.

  • ATENDIMENTO AOS DEFICIENTES AUDITIVOSErnesto Huet e seu irmo tiveram a idia de fundar uma escola para surdos-mudos no pas e o Imperador D. Pedro II, influenciado pelo Marqus Abrantes, apoiou.Incio da escolaIBC (instituto Benjamim Constant) cursos de tipografia e encadernao para os meninos e tric para as meninas.INES ( Instituto Nacional de Educao de Surdos ) sapataria e encadernao, pautao e dourao.

  • Em 1882- Congresso de Instruo PblicaEm 1929 em Campinas, Instituto Santa Terezinha1933 o Instituto transferido para So Paulo1970 Sistema de externato para meninas e meninos incluindo-os no ensino regular.Instituto bem conceituado, oferecia atendimento mdico, fonoaudilogo , psiclogo e social.Em 1935 foi criada a Pestalozzi, em Belo Horizonte.

  • Em 1952 - Foi fundada a Escola Municipal Hellen Keller.Em 1976 recebeu o nome de Escola Municipal de Educao Infantil e de Nvel Fundamental para Deficientes Auditivos Hellen Keller.Em 1988- Foram criadas mais quatro escolas.PUC-SP (Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo)

  • ATENDIMENTO AOS DEFICIENTES FSICOS

    Em 1931/1932 Primeiras iniciativasEscola mista do pavilho Fernandinho da Santa Casa de Misericrdia uma classe especialEm 1959 e 1969 Mais duas classesEnsino HospitalarEm 1982 mais de 10 classes estaduais Escolas IsoladasEm 1943- Lar Escola So Francisco, em So PauloEm 1950- Foi fundada a (AACD) associao de assistncia criana defeituosa, um dos mais importantes centros de reabilitao do brasil.

  • ATENDIMENTO AOS DEFICIENTES MENTAIS

    Final do imprio so encontradas duas instituies para deficientes mentais.Uma em 1874 no hospital Juliano Moreira, em SalvadorOutra em 1887 no Rio de Janeiro- atendia tambm deficientes fsicos e visuaisEm 1926- criado o instituto Pestalozzi, em porto alegre pelo casal Thiago e Johanna Wurth, introduziram a concepo da ortopedagogia das escolas auxiliaresFoi transferido ( Pestalozzi) para canoasExpanso das outras instituies

  • Em 1952- em So Paulo, a sociedade cria o curso intensivo de especializao de professoresEm 1954 APAE ( associao de pais e amigos excepcionais)

    importante destacar que a educao especial se institucionalizou no Brasil em termos de centralizao e planejamento, com os planos setoriais de educao na dcada de 1970.

  • PRINCIPAIS INSTITUIES PARA DEFICIENTES NO BRASIL:

    IBC( Instituto Benjamim Constant) INES ( Instituto Nacional de Educao de Surdos)APAE ( Associao de Pais e Amigos Excepcionais) Sociedades PestalozzisAACD ( Associao de Assistncia Criana Defeituosa) Associao Lar-Escola So Francisco

  • CONCLUSO

    O atendimento aos deficientes visuais, auditivos, fsicos e mentais teve significativo avano a partir da criao das instituies especializadas, principalmente a partir de 1850.

  • HISTORIA DA EDUCAO ESPECIAL NO BRASIL APS 1950

    O preconceito e os tabus durante sculos foram responsveis por mant-los afastados do convvio social. Os sentimentos predominantes que os deficientes provocavam nos outros eram de vergonha, de medo e de incmodo.

  • AS PESSOAS COM E AS SEM DEFICINCIA COMEARAM A SE MODIFICARAt o sculo XIX, no havia preocupao com a educao dos deficientes. A Educao Especial no Brasil foi marcado por iniciativas oficiais e particulares isoladas.No sculo XX ocorreu a criao de instituies especializadas. Na segunda metade do sculo XX foi marcada por iniciativas oficiais de mbito nacional. Nessa poca, a Educao Especial comeou a aparecer no cenrio educacional brasileiro de maneira mais afetiva.

  • A EVOLUO DA EDUCAO ESPECIAL NO BRASILMazzotta (1999) fez um estudo detalhado do perodo de 1557 a 1993 para procurar, identificar, compreender e explicar as propostas.Ele percebeu incoerncia entre os princpios definidos nos textos legais e as propostas consubstanciadas nos planos oficiais, isso se deu ausncia de uma Poltica da Educao Especial.

  • CRONOLOGIA DA EVOLUO DA EDUCAO ESPECIAL NO BRASIL

  • 1957- Foi criada a Campanha para a Educao do Surdo Brasileiro (CESB).

    Tinha por finalidade promover as medidas necessrias educao e assistncia em todo territrio nacional.Poderia promover aes de forma direta ou convnios com entidades pblicas ou particulares.

  • 1958- Foi criada a Campanha Nacional de Educao e Reabilitao de Deficientes da Viso.

    Vinculada ao Instituto Benjamin Constant (IBC), onde dois anos depois, teve seu nome alterado para Campanha Nacional para a Educao dos Cegos (CNEC).O objetivo era oferecer oportunidades de atendimento educacional aos deficientes visuais.Entre eles estavam includos o treinamentos, a especializao de professores e de tcnicos no campo da educao e reabilitao de deficientes visuais.

  • 1960- Foi criada a Campanha Nacional de Educao e Reabilitao de Deficientes Mentais (Cademe).

    S ocorreu por influencia de movimentos liberados pelas Associaes de Pais e Amigos dos Excepcionais e pela Sociedade Pestalozzi.Sua finalidade em todo territrio nacional era promover a educao, o treinamento, a reabilitao, e a assistncia educacional das crianas retardadas e de outros deficientes mentais de qualquer idade ou sexo.

  • 1972- Foi formado um Grupo-Tarefa da educao.

    Surgiu para delinear a poltica e as linhas de ao do governo na rea da educao de excepcionais.Foi responsvel pela vinda ao Brasil do Norte-Americano James Gallagher , que fez proposta para estruturao da Educao Especial, assim contribuindo com a criao do Ministrio da Educao e Cultura chamado CENTRO NACIONAL de EDUCAO ESPECIAL (Cenesp).

  • 1973- O Cenesp foi criado com:A finalidade de promover a expanso e a melhoria do atendimento dos excepcionais.

    Com esse surgimento foram extintas as Campanhas Nacionais, tanto para a educao dos cegos quanto para a educao e reabilitao de deficientes mentais eos acervos passaram a permanecer ao novo rgo.

  • 1975- Foi aprovado pelo regimento interno, na portaria n 550, 29 de outubro de 1975, a organizao, competncia e atribuies de cenesp.Sua finalidade planejar, coordenar e promover o desenvolvimento da Educao Especial no perodo pr- escolar, no ensino de 1 e 2 graus, no superior e no supletivo. O Cenesp teve sua cede no Rio De Janeiro ao lado do Benjamin Constant, na Urca.A Portaria n 696, de 15 de dezembro de 1981, aprovou um novo Regimento Interno e revogou o anterior, sendo realizadas alteraes apenas na superviso de suas atividades. organizao administrativa, que era composta de seis unidades, foi acrescida mais uma. O Cenesp foi transformado em Secretaria de Educao Especial (SESPE). Manteve as mesmas competncias com extino apenas do conselho consultivo.O Instituto Benjamin Constant e o Instituto Nacional de Educao do surdos permaneceram como rgos autnomos, vinculado Sespe para efeitos de superviso ministerial.Com a criao da Sespe, foi ento transferida do Rio de Janeiro para Braslia-DF.

  • 1990:Com a transferncia para Braslia, o poder poltico foi deslocado para a Capital Federal com a reestruturao do ministrio da Educao, foi extinta a Sespe e as atribuies relativas Educao Especial passando a ser responsabilidades da Secretaria Nacional de Educao Bsica (Senesb).Sendo includo nessa Secretaria o Departamento de Educao Supletiva e Especial (Dese).

  • 1992:

    Houve reorganizao dos ministrios e a Secretaria de Educao Especial (Seesp) foi novamente ativada, como rgo especfico do Ministrio da Educao e do Desporto.

  • AVANOS E CONQUISTAS NA EDUCAO ESPECIAL

  • DECLARAO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

    um texto de referncia tica que estabelece os direitos naturais de todos os seres humanos, independentemente de nacionalidade, cor, sexo, orientao religiosa, poltica (TONELLO, 2001).Este documento garante a educao para todos, instintivamente, quaisquer que sejam a condio social.

  • Todo ser humano conta com possibilidades reias, mnimas que sejam de alcanar pleno desenvolvimento de suas habilidades e de adaptar-se positivamente ao ambiente normal.

    Todo ser humano, por menor contribuio que possa dar a sociedade, deve fazer jus ao direito de igualdade de oportunidades, que lhe assiste como integrante de uma sociedade.

  • CONVENO SOBRE OS DIREITOS DAS CRIANASAConveno Internacional sobre os Direitos da Crianafoi um tratado que visou proteo de crianas e adolescentes de todo o mundo, foi aprovada na Resoluo 44/25 daAssembleia, em 20 de novembrode1989 e foi ratificada pelo Brasil em 24 de setembro de 1990.Dentre os princpios consagrados pela Conveno, esto o direito vida, liberdade, as obrigaes dos pais, da sociedade e do Estado em relao criana e adolescente. Os estados signatrios (Estados Partes) ainda comprometem-se a assegurar a proteo dos menores contra as agresses, ressaltando em seu artigo 19 o combate sevcia, explorao eviolncia sexual.

  • No que tange os direitos dos portadores de necessidades especiais o artigo 23 prescreve:1. Os Estados Partes reconhecem que a criana portadora de deficincias fsicas ou mentais dever desfrutar de uma vida plena e decente em condies que garantam sua dignidade, favoream sua autonomia e facilitem sua participao ativa na comunidade.2. Os Estados Partes reconhecem o direito da criana deficiente de receber cuidados especiais e, de acordo com os recursos disponveis e sempre que a criana ou seus responsveis renam as condies requeridas, estimularo e asseguraro a prestao da assistncia solicitada, que seja adequada ao estado da criana e s circunstncias de seus pais ou das pessoas encarregadas de seus cuidados.

  • DECLARAO DE SALAMANCA

    A Declarao de Salamanca o documento resultante da Conferncia Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais que ocorreu em 1994 na cidade de mesmo nome, Salamanca na Espanha.Esta Conferencia objetivou promover a educao para todos, e tiveram como princpios norteadores as polticas necessrias para favorecer o enfoque da educao integradora, capacitando as escolas para atender as crianas, principalmente as que tm necessidades educativas especiais.

  • A Declarao de Salamanca orienta as prticas da educao para todos, pois as escolas, agora integradoras, devem acolher as crianas independentemente se suas condies fsicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingusticas.

    Esta Declarao advoga a pedagogia centrada na criana.

  • Dois pontos proclamados no documento so:

    Cada criana tem caractersticas, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe so prpria.

    Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenha em vista toda a gama dessas diferentes caractersticas e necessidades.

  • FIM