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A evolução do Linux PorRicardo Naruki Hiramatsu Objetivos do Trabalho Este trabalho visa apresentar a trajetória do desenvolvimento do Linux, analisar os aspectos que o fizeram ele se tornar um grande sistema operacional e as suas perspectivas para o futuro. Um breve histórico O Linux surgiu idealizado pelo Linus Torvalds, um estudante computação da Finlândia, que desejava possuir um sistema operacional que pudesse estudar e até fazer a suas implementações, mas, via os sistemas operacionais proprietários muitas vezes com preços proibitivos que impossibilitavam muitos de possuírem, principalmente aqueles que o desejassem aprofundar no seu conhecimento. No dia 25 de agosto de 1991 foi o início de tudo, quando Linus Torvalds divulgou no newsgroup “comp.os.minix” que estava desenvolvendo como hobby um sistema operacional livre para computadores AT-386. Este poderia ter sido mais um projeto de qualquer estudante ou desenvolvedor, mas, graças à internet e de milhares de pessoas dispostas a auxiliar Linus em sua tarefa, dias depois foi disponibilizada uma versão 0.01, que para todos os efeitos pelo próprio número era muito limitado. Nos seus primórdios, o Linux mal podia ser chamado de sistema operacional. O que realmente existia eram alguns driveres de dispositivos e um suporte rudimentar a discos rígidos. Linhas de código embrionários rodavam contornando MS-DOS do 386, mas precisavam do mesmo MS-Dos para as demais funções, incluindo a inicialização da máquina. Mas o objetivo de Linus era fazer um sistema mais estável e modular que o Dos, que pudesse ser melhorado por qualquer um, independente de um fornecedor comercial.

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A evolução do Linux

PorRicardo Naruki Hiramatsu

Objetivos do Trabalho

Este trabalho visa apresentar a trajetória do desenvolvimento do Linux, analisar os aspectos que o fizeram ele se tornar um grande sistema operacional e as suas perspectivas para o futuro.

Um breve histórico

O Linux surgiu idealizado pelo Linus Torvalds, um estudante computação da Finlândia, que desejava possuir um sistema operacional que pudesse estudar e até fazer a suas implementações, mas, via os sistemas operacionais proprietários muitas vezes com preços proibitivos que impossibilitavam muitos de possuírem, principalmente aqueles que o desejassem aprofundar no seu conhecimento.

No dia 25 de agosto de 1991 foi o início de tudo, quando Linus Torvalds divulgou no newsgroup “comp.os.minix” que estava desenvolvendo como hobby um sistema operacional livre para computadores AT-386. Este poderia ter sido mais um projeto de qualquer estudante ou desenvolvedor, mas, graças à internet e de milhares de pessoas dispostas a auxiliar Linus em sua tarefa, dias depois foi disponibilizada uma versão 0.01, que para todos os efeitos pelo próprio número era muito limitado.

Nos seus primórdios, o Linux mal podia ser chamado de sistema operacional. O que realmente existia eram alguns driveres de dispositivos e um suporte rudimentar a discos rígidos. Linhas de código embrionários rodavam contornando MS-DOS do 386, mas precisavam do mesmo MS-Dos para as demais funções, incluindo a inicialização da máquina. Mas o objetivo de Linus era fazer um sistema mais estável e modular que o Dos, que pudesse ser melhorado por qualquer um, independente de um fornecedor comercial.

O dia 5 de janeiro de 1992 marca o lançamento do Kernel 0.12, e torvalds autoriza o uso comercial do Linux. Era um embrião de licença livre, mas ainda muito restritiva se comparada à GPL.

Já no fim de 1992 já existiam os primeiros conceitos de distribuição Linux: pacotes contendo Kernel e aplicativos diversos que formariam o kit de instalação e utilização. Ainda nada profissionais, pois, eram uns monstrengos que eram baixadas da internet e gravadas em disquetes. O inicio da profissionalização teve como o marco uma outra distribuição realizada pela Yggdrasil, que disponibilizou em CD-Rom e determinou praticamente todos os padrões subseqüentes.

Em 16 de abril de 1994 o kernel chega à versão 1.0, que pelo próprio nome sugere estava pronto. Quatro meses depois surge o Red Hat, uma distribuição que usou um coceito moderno aceito até hoje, um sistema GNU/Linux em CD-Rom, com várias aplicações de escritórios a de servidores específicos e manuais de instalação e utilização. O surgimento do Red Hat é uma referência para o Linux, pois dele surgiram

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muitas outras distribuições conhecidas atualmente como o Mandrake, Turbo Linux, Caldera.

No ano de 1999, Linux evoluiu muito permitindo atingir um outro público, estava pronto para Dekstop, depois de um longo período de evolução com interfaces verdadeiramente amigáveis, permitindo aos usuários leigos a manipulação.

Em 2000 o linux também já se consolidava no mercado de redes, para aplicações criticas como de simulações espaciais, animações gráficas para filmes (o mais famoso é o do filme Titanic de James Cameron)

O crescimento do Linux

Foram diversos fatores que fizeram o linux alcançar o atual patamar de um sistema respeitado:

O fator essencial foi a internet que sem ela não seria possível reunir um grupo grande de colaboradores espalhando pelo mundo. Seria praticamente inconcebível ele ter surgido em um período anterior pelo fato da rede ser muito restrita a poucas pessoas.

A produção do kernel se deu pelo processo de produção chamado de “bazar” diferentemente de outros softwares que eram produzidos pelo sistema de “catedral” principalmente aqueles mais complexos como o Kernel de um sistema operacional ou mesmo o Emacs eram feitos por um grupo pequeno de magos da computação enclausurados dedicando tempo integral para o desenvolvimento do software.

Um outro fator que não pode ser deixada de lado é o tipo de licença imposta para o sistema que é o GPL, que permite que qualquer um possa usar os programas que estão sob ela, com o compromisso de não tornar os programas fechado e comercializados. Ou seja, você pode alterar qualquer parte do Linux, modifica-lo e até comercializa-lo, mas você não pode fecha-lo ( não permitir que outros usuários o modifiquem) e vendê-lo.

Os mitos do Linux

Atualmente o Linux já concorre como gente grande, juntamente com outros sistemas, mas, esta aceitação demorou a ser alcançada pelo simples fatos de se é de graça não é bom, não existe um suporte técnico, a economia não é real, sistema aberto não é para operações críticas, o sistema não está pronto para dekstop, estes são alguns dos mitos freqüentes que ainda persistem em existir e o moral da história é que eles são banalizados. E não é mais uma questão de tecnologia, mas sim, um modelo de negócios, então, empresas que adotam um sistema colaborativo estão mais abertos.

O Futuro

Uma pesquisa realizada no Brasil pela International Data corporation (IDC) realizada para Oracle revela que o mercado brasileiro de Linux deverá crescer 9,62% até 2007, a uma taxa anual constante de crescimento. A IDC constatou ainda que entre os desktops pesquisados, 92,90% utilizavam sistemas operacionais da Microsoft. Entretanto, em

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mais da metade da amostra, os sistemas operacionais eram antigos, o que deverá incentivar a migração de plataforma em até dois anos.

Segundo os especialistas, haverá um crescimento significativo da plataforma Linux, que já tem presença em 7,25% dos desktops em 2004. Em 2002, a plataforma aberta representava apenas 2,96%.

Em servidores, a penetração da plataforma na base total deverá aumentar de 16,97% em 2003 para 24,14% neste ano. A grande fonte de migrações para o Linux são os sistemas operacionais Netware, Unix e Windows antigos.

Para os fabricantes de computadores não é interessante fazer funcionar os seus computadores com sistemas operacionais proprietários, pois, encarece o produto final. Hoje muitos fabricantes pensaram nisso e estão produzindo suas geladeiras, televisores, DVD-Players com linux embarcado.

Conclusão

Não é tão simples falar do linux como se bastasse falar de um sistema operacional, que é o desenvolvimento do seu Kernel, e as suas previsões para o futuro, pois ele está inserido numa revolução na forma de produção que é o método “bazar” de programação e a sua distribuição que utiliza licença GPL. Ficando uma questão até que ponto o linux vai crescer? Será realmente o fim os programas proprietários?