EVOLUÇÃO DO COPROCESSAMENTO E O NOVO CICLO DE …...Modelo de Negócio (Receita com recicláveis e...
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EVOLUÇÃO DO COPROCESSAMENTO E O NOVO CICLO DE CRESCIMENTO
05/05/2020 – Tecnologia de Coprocessamento
Resíduos Sólidos Urbanos - Panorama
Panorama do Resíduo Sólido Urbano no Brasil:
• Lixo gerado = 79,1 milhões de toneladas
• Aterro Sanitário = 43,3 milhões de toneladas (54,7%)
• Disposição Inadequada = 35,8 milhões de toneladas
(45,3%)
• Cerca de R$ 1,5 bilhões/ano de gastos em saúde pública
pela exposição inadequada do lixo
(Fonte: ISWA, 2015 e ABRELPE, 2019)
Resíduos Sólidos - Queremos manter o modelo atual?
Agronegócio
Química
Pneus
Automotores
Siderúrgia Papel e Celulose
RSU
Aterro sanitário
Hierarquia de gestão de resíduos
PNRS 12.305/10
Definição – Coprocessamento
750 ºC à 1.250 °C
Operação
combinada
1.450 °C
Tecnologia de destinação final de resíduos em fornos de cimento que não
gera novos resíduos e contribui para a preservação de recursos naturais,
por substituir matérias primas e combustíveis fósseis no processo de
fabricação do cimento.
Coprocessamento - Forno de cimento
Aspectos Legais
ESTADUAIS
- RS: Resolução 02/2000 e Portaria16/2010
- PR: Resolução 76/2009, 50/2005 e Portaria 202/2016
- SP: Norma Técnica P4.263/2003 e SMA 38/2017
- MG: Deliberação Normativa 154/2010
- GO: Instrução Normativa 11 e 12/2016
- RJ: Diretrizes 1311/1994 e 1314/2002
FEDERAIS
- Lei 12.305/10 – Política Nacional Resíduos
Sólidos
- CONAMA 264/1999
- CONAMA 316/2002
- CONAMA 382/06 e 436/2011
- Portaria interministerial Nº 274
Proibido Aterrar - Resíduos de alta inflamabilidade
FEPAM 016/2010
IAP Nº 212 /2019
Coprocessamento contribuindo para um mundo melhor!
Ambiental
• Preserva recursos naturais
• Reduz emissões dos gases que causam o efeito
estufa
• Possibilita o crescimento de outras tecnologias
adequadas de destinação
Social
• Gera empregos diretos e indiretos
• Contribui para a erradicação de
lixões
Econômico
• Aumenta a vida útil de aterros sanitários
• Redução com gastos em saúde publica
• Diminui custos de energia térmica
EVOLUÇÃO DO COPROCESSAMENTO
Visão Geral - Coprocessamento
- 100 fábricas
64 integradas 36 moagens
- 38 fábricas licenciadas para coprocessamento
Fonte: SNIC
Fábricas integradas Moagens
Indústria do Cimento Brasileira
Combustíveis Alternativos
* Coprocessamento de Resíduos; Biomassas; etc Fonte: BEN / MME
Fonte: Panorama de Coprocessamento 2019
2000 a 2017: Aproximadamente 14 Milhões de toneladas
Evolução do Coprocessamento
Matérias Primas Alternativas - 2017
Matéria Prima Alternativa
(porcentagem em toneladas)
A utilização de resíduos como matéria prima
alternativa, reduz o impacto ambiental e
prolonga a vida útil das jazidas.
Cerca de 115 mil toneladas de matérias primas alternativas foram
coprocessadas
Fonte: Panorama de Coprocessamento 2019
Combustíveis Alternativos - 2017
Mais de 1.050 MM de toneladas de resíduos coprocessados
(Porcentagem por poder calorífico em kcal/kg)
Fonte: Panorama de Coprocessamento 2019
Substituição térmica = 12%
ROADMAP - 2020 / 2050
NOVO CICLO DE CRESCIMENTO
Transição para o baixo carbono na indústria do cimento
Roadmap – 2020 / 2050 (taxa de substituição) – Versão 2º
Combustíveis Alternativos
Fonte: Roadmap Tecnológico do Cimento - Brasil
Ano 2014 2020 2030 2040 2050
Total (Resíduos + Biomassas) 16% 22% 35% 45% 55%
Resíduos 9% 15% 29% 36% 44%
Industriais / Comerciais 0% 5% 11% 14% 17%
Industriais perigosos 4% 3% 3% 4% 4%
Pneus Inservíveis 5% 5% 5% 5% 5%
Resíduos Sólidos Urbanos (CDR) 0% 2% 10% 13% 18%
Biomassas 7% 7% 6% 9% 11%
Carvão Vegetal 6% 4% 0% 0% 0%
Lodo de Esgoto 0% 1% 3% 6% 7%
Resíduos Agrícolas 1% 2% 3% 3% 4%
Potencial CDR – Região SP
3 plantas integradas de cimento
Potencial para coprocessar 250 a 300 Mil t de CDR
RSU gerado anualmente por aproximadamente 900 Mil habitantes
Equivalente a 40 mil caminhões não dispostos em aterro por ano
Destinação Ambientalmente Adequada
Fonte: ABCP
Potencial de utilização no Brasil
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
55%
60%
65%
Germany Czech Republic
Belgium Poland Sweden France Portugal Bulgaria Brazil Italy Greece
62% 16%
58% 21%
49%
35%
19%
0%
3%
18%
36%
Reciclagem Coprocessamento
Fonte: Ecofys Abril/2017- Status and prospects of coprocessing of waste in EU cement plants / European Environment Agency
O que falta para avançar?
Regulações / Governo
Alta • 1º passo - Abertura do governo ao diálogo – Interatividade • Marco Regulatório (ex: SMA 38/2017) • Modelos Regionais (Consórcios/PPP)
Econômico Alta
• Situação macroeconômica instável dificulta os investimentos (elevado endividamento)
• Dificuldades para acessar linhas de crédito • Taxa câmbio desfavorável • Viabilidade Financeira – Maior desafio!
Técnico / Processo
Média • Características regionais do RSU • Elevada umidade - Processo de secagem ($$$)
Ambiental Média • Licenciamento = Sinergia entre a indústria para trocas técnicas e legais para atender
às novas necessidades
Coprocessamento e Economia Circular
TRANSFORMAR resíduos em RECURSO é chave para uma economia circular, tendo a indústria do cimento
muito a contribuir na geração de SOLUÇÕES sustentáveis para a sociedade.
DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE MEIO AMBIENTE E COPROCESSAMENTO
CORPORATIVO
COPROCESSAMENTO NO ESTADO DE
SÃO PAULO
Agenda
2. AMPLIAÇÃO DO COPROCESSAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO
3. COPROCESSAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
1. INTERCEMENT NO MUNDO, NO BRASIL E NO ESTADO DE SÃO PAULO (VISÃO DO COPROCESSAMENTO)
© InterCement Copyright,
2019 25
INTERCEMENT NO MUNDO, NO BRASIL E NO ESTADO DE SÃO PAULO (VISÃO DO COPROCESSAMENTO) Substituição Térmica das Operações da Intercement pelo Mundo
(16,8%)
(3,8%)
(22,7%)
(14,1%)
(6,2%)
(16,1%)
RESULTADO
MUNDO
(15,2%)
Todas as fábricas
operadas pela
Intercement pelo
mundo realizam o
Coprocessamento de Resíduos
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2019 26
Brasil
RS
SP
MG MS
GO
AL BA
INTERCEMENT NO MUNDO, NO BRASIL E NO ESTADO DE SÃO PAULO (VISÃO DO COPROCESSAMENTO) Substituição Térmica das Operações da Intercement pelo Brasil
Fábrica Estado ST
Apiaí SP 1,9%
Bodoquena MS 16,4%
Cajati SP 27,4%
Campo Formoso BA 24,5%
Candiota RS 41,8%
Cezarina GO 24,8%
Ijaci MG 28,3%
São Miguel dos Santos AL 9,4%
Total Brasil 22,7%
Material ST
Pneus 12,0%
CDRs (*) 6,4%
Biomassa
s 4,2%
Total Brasil 22,7% (*) 88.320 ton no ano de 2019
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2019 27
Brasil
INTERCEMENT NO MUNDO, NO BRASIL E NO ESTADO DE SÃO PAULO (VISÃO DO COPROCESSAMENTO) Substituição Térmica das Operações da Intercement no Estado de São Paulo
Fábrica Resíduos ST
Atual
Apiaí Biomassa 1,9%
Cajati Pneu 27,4%
Cajati Apiaí
As operações de produção de Clínquer da
InterCement estão centradas na Região do Vale do
Ribeira nas cidades de Apiaí e Cajati.
Apesar de uma expressiva ST em Cajati, baseada
em Pneus, as operações do Estado ainda não
utilizam qualquer tipo de CDR (de RSU ou RSI).
SP
Agenda
2. AMPLIAÇÃO DO COPROCESSAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO
3. COPROCESSAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
1. INTERCEMENT NO MUNDO, NO BRASIL E NO ESTADO DE SÃO PAULO (VISÃO DO COPROCESSAMENTO)
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2019 29
AMPLIAÇÃO DO COPROCESSAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Potencial de CDRs das Unidade de São Paulo
Cajati Apiaí
SP
Fábrica Resíduos ST
Atual
Apiaí Biomassa 1,9%
Cajati Pneu 27,4%
ST
Potencial
24,0%
46,0%
• A ÚNICA MANEIRA DE ALCANÇAR AS METAS DE
CRESCIMENTO NO USO DE CDR’s NO ESTADO DE
SÃO PAULO E ATRAVES DO USO CONJUNTO DE
CRDi E CDRu, DE FORMA ASSEGURA A
PERFORMACE DA UNIDADE INDUSTRIAIS.
Agenda
2. AMPLIAÇÃO DO COPROCESSAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO
3. COPROCESSAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
1. INTERCEMENT NO MUNDO, NO BRASIL E NO ESTADO DE SÃO PAULO (VISÃO DO COPROCESSAMENTO)
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2019 31
COPROCESSAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Overview
PRINCIPAIS PLAYERS DO MERCADO (Tratamento de Resíduos Industriais)
Perigosos e Não Perigosos
Fonte: IC
• O Estado com a maior geração de resíduos
industriais do Pais e também o maior exportador
de CDRi (industrial), não utilizando esse
potencial dentro do próprio estado;
• A atual dificuldade em se Licenciar a utilização de
CDRi (Blends) no estado, reduz em muito o
potencial de utilização de CDRu, pois esse não
possui qualidade suficiente para sustentar altos
índices de substituição térmica;
• Hoje já protocolamos pedido de Licenciamento
para utilização de CDRu para Unidade de Apiaí e
em breve entraremos com o pedido de
licenciamento para CDRi. O mesmo se passará
com Cajati quando da conclusão dos estudos já em estágio avançado.
Uma fração
importante dos RSI
produzidos no
estado de São Paulo
são aterrados devido
aos limites de custo
logístico impostos a
viabilização da
operação de
coprocessamento.
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2019 32
SDG ATENDIDOS PELO PROJETO
MUITO OBRIGADO
APRESENTAÇÃO CONFIDENCIAL
Outubro 2019
CDR
Combustível Derivado de Resíduo
35
Geração de Resíduos Sólidos no Brasil
Geração anual de 78 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU)*
41% dos resíduos coletados são despejados em locais inadequados*
Apenas 3% dos resíduos sólidos são reciclados**
Grande desafio para avançarmos em tecnologias que promovam o crescimento da reciclagem e a recuperação
energética
Fontes:
*Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil 2017 (Abrelpe)
**A organização coletiva de catadores de material reciclável no Brasil 2017 (Ipea)
***Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Industriais 2012 (Ipea)
37
Solução Global
http://www.cewep.eu/2018/07/05/municipal-waste-treatment-2016/
Quanto maior a geração de energia a partir do lixo, maior o índice de reciclagem:
38
O Coprocessamento
Ganho de Competitividade e Geração de Valor
Prestação de serviços de Coprocessamento
Prestação de serviços de gestão de resíduos
Produto final mais sustentável
Aumento da eco eficiência
Substituição de combustível não-renovável
Redução da “pegada” de CO2 (emissão de GEE)
Eliminação de passivos ambientais
+ Benefícios Sociais
Redução do volume destinado a aterros
Potencial redução de custo para as municipalidades (ex. saúde publica)
Geração de empregos diretos e indiretos
Contribuição para alavancar a Reciclagem
Desafios
Investimentos
Estabilidade operacional
Controles ambientais
Normais estaduais não padronizadas
39
Investimentos Necessários – Indústria do Cimento
Sistemas Flexíveis
Transportadores Fechados
Áreas cobertas e impermeáveis
Operação 100% automatizada
R$10 a R$30 milhões
40
Desafios Operacionais
Monitoramento das emissões (contínuo e descontínuo)
Qualidade físico-químicas dos resíduos
Desgastes mecânicos e de refratários
Entupimentos (cloro)
41
Investimentos Necessários – Preparação do Resíduo
Flexibilidade de recebimento
Plantas para Resíduo Industrial/Comercial
Plantas c/ Trat. Mecânico Biológico
Combate à Incêndio
R$15 a R$100 milhões
42
CDR
Combustível Derivado
de Resíduo
43
Desafios
Modelo de Negócio (Receita com recicláveis e CDR como dedução de
custo de destinação e aumento vida útil dos aterros)
Regulamentação do CDR
Investimentos (plantas de pré processamento e sistemas de injeção)
Resultados
Resolução SMA 038 - 31 de Maio de 2017 (Guidelines)
Investimento nas plantas de pré processamento de CDR (4 operações)
Investimento nos sistemas de injeção (2016)
Licença de Operação obtida em Fevereiro de 2019
Oportunidade de uma nova destinação para o
resíduos sólido urbano
CDR
Combustível Derivado de Resíduo
Em nossa fabrica de Salto de Pirapora substituímos 3.000t/mês de
coque de petróleo por 5.000t/mês de CDR Reduzimos a necessidade de extração
mineral e logística de transporte de uma fonte não renovável (coque de petróleo) e portanto, reduzimos as emissões de gases
(CO2, NOX e SOX) por tonelada produzida.
R$30 milhões
Investido em sistemas de injeção
e analisadores de gases na primeira fase
Redução do combustível fóssil em 35%
65.000 t/ano (2019):
Redução de 22.800 t / ano de CO2 (emissões diretas) e
54.500 t / ano de CO2 equiv. (emissão de metano nos aterros)
150.000 t/ano (potencial):
Redução de 52.650 t / ano de CO2 (emissões diretas) e 125.850 t / ano de CO2 equiv. (emissão de metano nos aterros)
* Considerando a redução direta das emissões no forno de clinquer e a emissão de metano gerado pela
decomposição do material orgânico.