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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ EW-DOG: GUIA RETRÁTIL COM COMPARTIMENTO PARA COLETORES ALINE HORNBURG Professora Orientadora Carla Arcoverde de Aguiar CURSO DE DESIGN INDUSTRIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO BALNEÁRIO CAMBORIÚ, 2009. 1

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

EW-DOG: GUIA RETRÁTIL COM COMPARTIMENTO PARA COLETORESALINE HORNBURG

Professora Orientadora Carla Arcoverde de Aguiar

CURSO DE DESIGN INDUSTRIALTRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BALNEÁRIO CAMBORIÚ, 2009.

1

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ALINE HORNBURG

EW-DOG: GUIA RETRÁTIL COM COMPARTIMENTO PARA COLETORES

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Design Industrial da Universidade do Vale do Itajaí para a obtenção do título de BACHAREL em DESIGN INDUSTRIAL, sob a orientação da professora Carla Arcoverde de Aguiar

BALNEÁRIO CAMBORIÚ2008

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DEDICATÓRIA

Em especial às duas alegrias caninas da minha vida, Belinha e Ringo.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais por praticamente tudo. Pelos erros e acertos que tanto me ajudaram a ser quem sou hoje;

A todos os meus familiares, amigos e ao meu namorado Fábio que pude conhecer durante este tempo de faculdade e que sempre esteve ao meu lado me apoiando da melhor maneira possível;

A uma amiga em especial, Christine, que conheci no primeiro dia de aula, por poder contar com ela sempre que preciso e que tanto me ajudou neste projeto;

A minha orientadora Carla e a todos os professores que me aguentaram e que de alguma forma contribuíram para esta conquista.

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Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife.

Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve.

Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro.

Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro.

Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos,

tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir

o que realmente importa ou não…(Grogan, 2006)

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RESUMO

Este artigo apresenta o projeto de uma guia retrátil com compartimento para sacolas e/ou coletores de dejetos caninos, abordando, sobretudo a prática de atividades de lazer com cães e o resultado que estas atividades estão gerando por falta de consciência dos donos de cães. A acepção do projeto iniciou-se através de pesquisas/questionários e entrevistas relacionadas a não utilização de coletores e sacolas devido a dificuldade de transporte destes dejetos até um lixeiro específico e até mesmo a situações vergonhosas. Com isto, foram estudadas algumas alternativas que iriam desde coletores propriamente ditos até a idéia principal de uma guia, que já é um equipamento necessário ao passeio do cão, com um compartimento para guardar sacolas para a coleta de dejetos caninos, fazendo com que se mantenham locais públicos sempre limpos e longe de doenças que são transmitidas através destes dejetos.

Palavras-chave: Lazer. Locais públicos. Dejetos caninos.

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ABSTRACT

This article presents the design of a guide with retractable compartment for bags and / or collectors of canine waste, addressing in particular the practice of leisure activities with dogs and the result that these activities are causing a lack of awareness of the owners of dogs. The purpose of the project has been initiated through research / questionnaires and interviews related to non-use of bags and collectors because of the difficulty of transporting such waste to a trash dump area specific situations and even shameful. With this, some alternatives that were studied were collectors themselves up since the main idea of a guide, which is an equipment required to walk the dog, with a compartment for storing bags for collecting dog waste, so that they remain public places where clean and away from diseases that are transmitted through the slurry.

Keywords: Leisure. Public places. Canine waste.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa Conceitual .....................................................................................................14Figura 2 – Portes dos cães ........................................................................................................20Figura 3 – Painel Estética .........................................................................................................23Figura 4 – Painel Materiais ......................................................................................................23Figura 5 – Expressão do produto .............................................................................................27Figura 6 – Tema Visual ............................................................................................................27Figura 7 – Público Alvo ...........................................................................................................27Figura 8 – Alternativa Final 1 ..................................................................................................29Figura 9 – Alternativa Final 2 ..................................................................................................29Figura 10 – Alternativa Final 3 ................................................................................................30Figura 11 – Análise das Alternativas Finais .............................................................................30Figura 12 – Alternativa Escolhida ............................................................................................31Figura 13 – Ambientação da Guia ............................................................................................32Figura 14 – Construção Modelo Volumétrico ..........................................................................32Figura 15 – Modelo Volumétrico 01 ........................................................................................33Figura 16 – Modelo Volumétrico ............................................................................................33Figura 17 – Percentil 5% e 95% ...............................................................................................33Figura 18 – Sacolas e dejetos em adequação com a guia .........................................................34Figura 19 – Forma de Inspiração .............................................................................................35Figura 20 – Harmonia .............................................................................................................36Figura 21 – Equilíbrio da Guia ................................................................................................37Figura 22 – Inspiração Anos 60 ...............................................................................................37Figura 23 – Coloração em Contraste ........................................................................................38Figura 24 – Opção de Cor 01 ...................................................................................................39Figura 25 – Opção de Cor 02 ...................................................................................................39Figura 26 – Opção de Cor 03 ...................................................................................................40Figura 27 – Percentuais 5% e 95% ..........................................................................................43Figura 28 – Capacidade de Sacolas no Compartimento ..........................................................44Figura 29 – Capacidade de dejetos caninos no compartimento ...............................................44Figura 30 – Posição correta para deslocamento .......................................................................45Figura 31 – Posição com o cachorro puxando .........................................................................45Figura 32 – Postura correta para levantar cargas .....................................................................46Figura 33 – Tipos de Manejo Grosseiro ...................................................................................46Figura 34 – Tipos de Manejo Fino ...........................................................................................47Figura 35 – Sistema de Trena ...................................................................................................56Figura 36 – Base Retrátil .........................................................................................................56Figura 37 – Vista explodida do produto ...................................................................................57Figura 38 – Base da guia e silicone ..........................................................................................57Figura 39 – Base da guia em perspectiva .................................................................................58Figura 40 – Fita e Mosquetão ..................................................................................................58Figura 41 – Base do Compartimento .......................................................................................59Figura 42 – Partes do Produto em ABS ...................................................................................59Figura 43 – Corda Trançada de Poliéster (PET) ......................................................................60Figura 44 – Fitas Expressas .....................................................................................................61Figura 45 – Mosquetão de INOX - Iate ...................................................................................61Figura 46 – Fita de Aço Alto Carbono .....................................................................................62Figura 47 – Parafuso Fenda Philips .........................................................................................62Figura 48 – Desenho Esquemático de uma Injetora ................................................................63

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Figura 49 – Processo de Injeção ..............................................................................................64Figura 50 – Processo de Injeção 02 .........................................................................................64Figura 51 – Acabamento de Verniz ..........................................................................................65Figura 52 – Sistema Touch Bin® .............................................................................................65Figura 53 – Sistema de Botão Shurter .....................................................................................66Figura 54 – Botão Shurter ........................................................................................................66Figura 55 – Sistema de Travamento da Guia ...........................................................................67Figura 56 – Disposição dos 4Ps ...............................................................................................68Figura 57 – Marca EW-DOG ...................................................................................................69Figura 58 – Embalagem EW-DOG 01 .....................................................................................70Figura 59 – Embalagem EW-DOG Aberta e Verso .................................................................70Figura 60 – A Arte de Dobrar Sacolas ......................................................................................71Figura 61 – Pet Shop Planet Dogs Fachada .............................................................................72Figura 62 – Pet Shop Planet Dogs Interior ..............................................................................72Figura 63 – The Green Dog .....................................................................................................72Figura 64 – Cartaz de Divulgação ............................................................................................73

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Metodologia de Löbach ..........................................................................................15Figura 2 – Metodologia Adaptada ............................................................................................15Figura 3 – Medidas de Variações .............................................................................................42

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................13

2 METODOLOGIA ...............................................................................................................15

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...........................................................................................163.1 LAZER SOCIAL ................................................................................................................163.2 DESENVOLVIMENTO ECOLÓGICO ............................................................................173.2.1 Meio Ambiente ...............................................................................................................173.3 COMPANHIA ....................................................................................................................183.4.1 Animal de Estimação ....................................................................................................193.5 DEJETOS CANINOS EM VIAS PÚBLICAS ..................................................................223.6 ESTADO DO DESIGN ......................................................................................................22

4 PESQUISA DE CAMPO ....................................................................................................24

5 PROBLEMA DE PROJETO .............................................................................................25

6 CONCEITUAÇÃO .............................................................................................................266.1 FERRAMENTAS PROJETUAIS ......................................................................................266.1.1 Briefing ...........................................................................................................................266.1.2 Painéis Semânticos ........................................................................................................26

7 CONCEPÇÃO .....................................................................................................................287.1 TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE......................................................................................287.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ....................................................................................287.3 ALTERNATIVA ESCOLHIDA ..........................................................................................317.4 MODELO VOLUMÉTRICO .............................................................................................327.4.1 Adequações Volumétricas .............................................................................................33

8 MEMORIAL DESCRITIVO .............................................................................................358.1 FUNÇÃO ESTÉTICO FORMAL ......................................................................................358.1.1 Forma .............................................................................................................................358.1.2 Gestalt ............................................................................................................................358.1.2.1 Harmonia ......................................................................................................................368.1.2.2 Equilíbrio .....................................................................................................................368.1.2.3 Contraste / Cores / Materiais ........................................................................................378.1.2.4 Simplicidade .................................................................................................................388.1.2.5 Arredondamento ...........................................................................................................388.2 FUNÇÃO SIMBÓLICA ....................................................................................................388.3 FUNÇÃO DE USO ............................................................................................................408.4 FUNÇÃO ERGONÔMICA ...............................................................................................418.4.1 AEP .................................................................................................................................418.4.2 Usabilidade ....................................................................................................................428.4.3 Adequação Antropométrica ..........................................................................................428.4.4 Adequação Biomecânica ...............................................................................................448.4.5 Adequação Fisiológica / Ambiental ..............................................................................478.4.6 Adequação Cognitiva ....................................................................................................478.4.7 Desenho Técnico ............................................................................................................48

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8.5 FUNÇÃO TÉCNICA .........................................................................................................568.5.1 Tecnológica .....................................................................................................................568.5.2 Sistema Construtivo ......................................................................................................578.5.3 Materiais ........................................................................................................................598.5.3.1 Acrilonitrila Butadieno Estireno – ABS .......................................................................598.5.3.2 Silicone .........................................................................................................................608.5.4 Processos e Fabricações ................................................................................................628.5.4.1 Injeção ..........................................................................................................................638.6 FUNÇÃO OPERACIONAL ..............................................................................................658.6.1 Sistema de abertura do compartimento ......................................................................658.6.2 Sistema de travamento da guia ....................................................................................668.7 FUNÇÃO ECOLÓGICA / SUSTENTABILIDADE .........................................................678.8 FUNÇÃO COMERCIAL ...................................................................................................678.8.1 Produto ...........................................................................................................................688.8.1.1 Diferenciais ..................................................................................................................688.8.1.2 Qualidade .....................................................................................................................688.8.1.3 Marca ...........................................................................................................................698.8.1.4 Embalagem ...................................................................................................................708.8.2 Preço ...............................................................................................................................718.8.3 Praça ou Ponto ..............................................................................................................718.8.3.1 Pontos de Venda ...........................................................................................................728.8.4 Promoção .......................................................................................................................738.8.4.1 Propaganda ...................................................................................................................738.9 FUNÇÃO INFORMACIONAL .........................................................................................74

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................75

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................76

11 APÊNDICES ......................................................................................................................79

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1 INTRODUÇÃO

O conteúdo abordado neste trabalho refere-se a uma pesquisa que teve como tema principal a atividade de lazer com cães. Assim como acontece com os seres humanos, os cães também necessitam praticar atividades físicas. Segundo Ravaglia (2008) na prática, os cães promovem a integração entre as pessoas, tornando-as mais sociáveis. Este acrescenta ainda um estudo realizado pela University New South Wales (Austrália) que mostrou que 41% dos proprietários de cães caminham 18% a mais do que os que não têm cachorros.

Mesmo que os cães incentivem de certo modo a prática destas atividades é fundamental saber que estes também possuem suas necessidades (fezes e urinas) e muitas vezes estas acontecem durante um simples passeio pelo parque, o que se deve ter em mente é que estes dejetos precisam ser recolhidos e destinados a locais próprios. Muitas fezes de cães contaminados transmitem doenças sérias para os seres humanos e também para o próprio cão, chamadas estas de Zoonoses1.

Pereira (2008) afirma que os animais podem se infestar de diversas maneiras, como em passeios na rua, praça ou na praia. As formas de infestação vão desde a ingestão de ovos e larvas dos vermes presentes no ambiente, penetração de larvas na pele e até mesmo via placentária ou mamária. A maneira mais fácil de controlar estas transmissões é manter o animal sempre limpo e os locais em que eles despejam suas fezes também.

Assim sendo, a pesquisa teve como principal objetivo o desenvolvimento de um produto que auxilie o transporte de dejetos caninos em momentos de lazer até uma lixeira adequada e/ou a própria residência do usuário. Para alcançar o objetivo em questão foram necessárias pesquisas de campo avaliando as reais necessidades e dificuldades em coletar os dejetos; entrevistas com profissionais da área alertando sob a seriedade de doenças transmitidas pelas fezes caninas; verificação da falta de hábito das pessoas em coletar dejetos de seus próprios cães; priorização de problemas em necessidades específicas na hora do passeio com os cães em lugares públicos.

A pesquisa justifica-se pelo fato de ser claramente visível a presença de dejetos expostos em locais públicos e a freqüente prática de exercícios físicos com cães nestes locais, favorecendo a criação de um produto que incentive o uso da coleta de dejetos caninos, que não haja a necessidade de mais um equipamento ou acessório nos momentos de lazer com os cães e que ajude a conscientização dos donos desses.

Para a identificação do problema desta pesquisa, foram feitas leituras e processos específicos reconhecidos como método de pesquisa. Após a área de interesse, levantou-se materiais próprios e também pesquisas de campo e questionários necessários à problematização.

As limitações e delimitações do projeto estão ligadas diretamente ao público alvo, usabilidade e questões ambientais e de saúde, tanto do usuário quanto do animal de estimação. O produto terá, então, seu público destinado à donos de cães, que praticam atividades de lazer com estes, de ambos os sexos e diferentes faixa etária.

O produto entende-se por funções secundárias, não necessitando de segundos acessórios, abordando então, a idéia de ter-se uma guia com um compartimento para sacolas e/ou coletores. Possuindo um espaço interno relativamente adequado e distribuído de forma

1 Disponível em: http://www.bayerpet.com.br/zoocao/riscos/aspx13

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inteligente, se acaso necessitar, pode-se estar guardando sacolas e/ou coletores até um local específico para a retirada da mesma.

A revisão bibliográfica descrita a seguir, teve seu embasamento no mapa conceitual – apresentado pela figura 1 – onde demonstra o caminho tomado para se chegar ao desenvolvimento do produto.

Figura 1: Mapa ConceitualFonte: Arquivo Pessoal

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2 METODOLOGIA

A metodologia adotada para a realização do projeto teve base na metodologia de Löbach (2001). O autor defende que as etapas de um processo de design não devem ser distintas, elas se interpenetram, se relacionam entre si.

O processo de design é tanto um processo criativo, como um processo de solução de problemas concretizado em um projeto industrial, incorporando as características que possam satisfazer às necessidades humanas de forma duradoura. Löbach (2001) divide este processo em quatro fases: Análise do problema, geração de alternativas, avaliação das alternativas e realização da solução do problema, encontrados na tabela 1.

A partir desta metodologia fez-se uma adaptação, onde as mudanças foram para que sejam mais esclarecidas quanto ao produto do projeto, de primeiro pode ser notada a divisão das fases, fez-se apenas 3 e subdividiu-as de maneira simples. A primeira, sendo a preparação, onde manteve-se os itens abordados pelo Löbach (2001) e retirados os que não faziam coerência com o projeto. Na segunda fase, ao invés de duas inteiras, desenvolveu-se uma que integrasse os mesmos itens, e na terceira fase, utilizou-se de soluções projetuais finais referentes à metodologia feita pelos designers já citados.

Ficando objetiva e bastante voltada ao EcoDesign e materiais reutilizados, escolhendo sobretudo a melhor solução do projeto ao final.

Apesar das mudanças entre as duas, o objetivo e a linha de raciocínio mantiveram-se os mesmos – optando sempre em levar mais em conta o lado ecológico para com o desenvolvimento do produto.

Tabela 1: Metodologia de Löbach Tabela 2: Metodologia Adaptada Fonte: Löbach (2001) Fonte: Arquivo Pessoal

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Processo Criativo Processo de solução do problema Processo de design (desenvolvimento do produto)

1. Fase de preparação Análise do problema Análise do problema de design

Conhecimento do problema Análise da necessidade

Coleta de informações Análise da relação social (homem-produto)

Análise das informações Análise da relação com ambiente (produto-ambiente)

Desenvolvimento histórico

Análise de mercado

Análise da função (funções práticas)

Análise estrutural (estrutura de construção)

Análise da configuração (funções estéticas)

Análise de materiais e processos de fabricação

Patentes, legislação e normas

Análise de sistema de produtos (produto-produto)

Distribuição, montagem, serviço a clientes, manutenção

Discrição das características do novo produto

Definição do problema, clarificação do Descrição das características do novo produto

problema, definição de objetivos Exigências para com o novo produto

2. Fase da geração Alternativas do problema Alternativas do design

Escolha dos métodos de solucionar Conceitos do design

problemas, produção de idéias, geração Alternativas de solução

de alternativas Esboço de idéias

Modelos

3. Fase da Avaliação Avaliação das alternativas do problema Avaliação das alternativas de design

Exame das alternativas, processo de Escolha da melhor solução

seleção, processo de avaliação Incorporação das características ao novo produto

4. Fase da realização Realização da solução do problema Solução de design

Realização da solução do problema, Projeto mecânico

Nova avaliação da solução Projeto estrutural

Configuração dos detalhes (raios, elementos de manejo, etc.)

Desenvolvimento de modelos

Desenhos técnicos, desenhos de representação

Documentação do projeto, relatórios

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nesta etapa do projeto são descritas as categorias referentes aos itens citados no mapa conceitual, ilustrado pela figura 1. Inicia-se com base no estudo do lazer social, que tem por iniciativa para os demais sub-capítulos descritos adiante.

3.1 LAZER SOCIAL

Um dos conceitos mais conhecidos para o lazer, se dá por Camargo (1989) que o define como qualquer atividade que não seja profissional ou doméstica:

Um conjunto de atividades gratuitas, prazerosas, voluntárias e liberatórias, centradas em interesses culturais, físicos, manuais, intelectuais, artísticos e associativos, realizadas num tempo livre roubado ou conquistado historicamente sobre a jornada de trabalho profissional e doméstico e que interferem no desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos. (CAMARGO, 1989)

Além de ser um termo generalista, mostra-se claramente que o lazer é realizado por vontade própria, por precisar de um tempo para descansar da vida rotineira em que todos acabam levando. Com base no lazer, pode-se levar em conta o lado social desta história, que vem sendo uma atividade necessária ao desenvolvimento psico-social do homem – que por si se interliga a disponibilidade de um tempo dedicado a ele. Acaba sendo mais diretamente relacionado às classes sociais menos favoráveis relativo as suas situações econômicas.

Levando a duas situações distintas e interligadas de formas a se fundirem no mesmo instante, o bem comum – voltado ao público, e as situações de um todo, e o bem estar – do próprio indivíduo em questão, citado, portanto no seu bem comum.

Dentre os lazeres sociais, o bem comum assume especial interesse para com este projeto. Compreende-se o bem comum como o todo, se apresentando tanto por uma sociedade quanto por uma comunidade um pouco mais restrita, mas que da mesma forma pensa num bem geral destes envolvidos, não deixando pra trás que se pensa inteiramente no bem de cada um para com a sociedade (MARTINS, 2007).

De toda forma, todas têm uma missão peculiar: alcançar um bem ou conjunto de bens ou interesses mediante atividades coletivas, e que gerem benefícios tanto para o todo, como para as Comunidades e seus membros. Podendo ser compreendido por três itens: a família, o estado e o próprio indivíduo.

É na família que se envolvem as vivências emocionais desenvolvidas entre os membros presentes, e também pela hierarquia sexual e etária que conduz a análise de todo seu funcionamento e centra-se no seu binômio amor.

Pérsio Santos de Oliveira (1998, p. 115) diz que “A família é o primeiro grupo social em que vivemos. É um tipo de agrupamento social cuja estrutura em alguns aspectos varia no tempo e no espaço”. Este tipo de “instituição” serve como um meio às necessidades de uma sociedade, assim como todas as outras instituições.

O estado é basicamente o agente de um controle social, diferentes da instituição família, possui o poder de regular as relações entre os membros de uma sociedade (ALMEIDA, 2006). Independente da comunidade, o estado tem o direito de recorrer a violência, obrigar as

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pessoas a fazerem algo, contudo uma instituição.

O estado é constituído basicamente de três elementos: o território, a população e ao governo, que se coloca a frente dos órgãos fundamentais do Estado e que em seu nome exercem o poder político.

E por fim, o indivíduo que segundo Fernandes (1952) é: “Ente ou ser que constitui um todo distinto em relação à espécie; pessoa; exemplar de uma espécie qualquer”. O homem tem a necessidade de seus semelhantes para sua própria sobrevivência, também para com a perpetuação de sua espécie e realização pessoal.

Interagir e socializar-se são itens indispensáveis para a humanidade. Entende-se para esta proposta que para que o indivíduo mantenha uma boa saúde física e mental, o estado e a família assumem papéis importantes. Para o projeto de auxílio à coleta de fezes caninas entende-se que o estado deve realizar sua função regulatória e coibir ambientes insalubres; a família e seus componentes, incluindo cada indivíduo e até mesmo o animal de estimação, são essenciais podendo/devendo fazer parte do convívio social do todo, mantendo os locais limpos.

3.2 DESENVOLVIMENTO ECOLÓGICO

Os seres vivos não possuem capacidades de se desenvolverem sozinhos, ou seja, necessitam de energias e matérias do meio ambiente para sobreviverem. A ecologia estuda as relações entre todos os seres vivos, de forma separada ou não.

A ecologia social, por outro lado, nasceu a partir do momento em que a reflexão ecológica deixou de se ocupar apenas do estudo do mundo natural para abarcar também os múltiplos aspectos da relação entre os homens e o meio ambiente, especialmente a forma pela qual a ação humana costuma incidir destrutivamente sobre a natureza. (LAGO; PÁDUA, 1989)

A importância do pensamento/desenvolvimento ecológico surge a partir da idéia de que a atual crise ecológica não poderá ser efetivada através de simples medidas tomadas para a conservação ambiental, mas com uma mudança em que se interligue tanto o desenvolvimento cultural como o econômico à forma de relacionamento dos homens entre si para com a natureza.

Os seres humanos são as criaturas mais influentes do planeta, todas as atividades, industrializações e até mesmo comportamentos, agridem de uma maneira absurdamente catastrófica futuramente ao meio ambiente, se tratadas de forma errada.

3.2.1 Meio Ambiente

O meio ambiente pode ser entendido pelo ar que se respira, pela água que se bebe e também as conseqüências causadas no próprio lugar em que se vive.

De acordo com o CONAMA2 “Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis, influencia e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

2 Disponível em: http://www.mma.gov.br/conama/17

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Num todo a organização e/ou comunidade é responsável pelo meio que a cerca, ou seja, meio ambiente, pelas medidas tomadas, cuidados e preservações.

Segundo o Ambiente Brasil3, o impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população; as atividades sociais e econômicas; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais. Cuidar e preservar são indispensáveis.

Para o projeto da coleta de dejetos, assume-se que para não modificar o ambiente e o meio em que se vive, deve-se educar a sociedade no convívio com seus animais para que o direito de alguns não se transformem em incomodo para os demais. Segundo Fernandes (1996), educação é “O processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social”. Assim sendo, ao passear em parques e demais vias públicas, o proprietário deve ser responsável pelas fezes de seus cães – recolhendo estes e destinando à locais apropriados.

Para que esta coleta se torne uma tarefa mais fácil é necessário que as fezes caninas estejam mais sólidas e para tornar isto possível é importantíssimo que o cão tenha uma alimentação saudável, segundo MELO (2008), da mesma forma que alguns alimentos deixam as fezes mais sólidas, como por exemplo o osso palito (feito de farinha de couro bovino e gelatina), existem também os alimentos que deixam as fezes mais liquidas, como carne com muita gordura ou uma ração com menos fibras.

A quantidade e qualidade da fibra que existe na ração do canino influencia demasiadamente na solidez e redução de odores nas fezes, afirma MELO (2008). Portanto, mantendo os dejetos caninos sólidos e recolhendo estes de forma adequada, cada um estará fazendo sua parte para com a sociedade e com os indivíduos em que nela vivem. O simples ato da coleta destas fezes evita a proliferação de doenças e mantém a saúde do animal e do indivíduo.Uma definição bastante abrangente que consta do Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde, organizado por Rey (2000), é a seguinte:

Saúde é uma condição em que um indivíduo ou grupo de indivíduos é capaz de realizar suas aspirações, satisfazer suas necessidades e mudar ou enfrentar o ambiente. A saúde é um recurso para a vida diária, e não um objetivo de vida; é um conceito positivo, enfatizando recursos sociais e pessoais, tanto quanto as aptidões físicas. É um estado caracterizado pela integridade anatômica, fisiológica e psicológica; pela capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares, profissionais e sociais; pela habilidade para tratar com tensões físicas, biológicas, psicológicas ou sociais com um sentimento de bem-estar e livre do risco de doença ou morte extemporânea. É um estado de equilíbrio entre os seres humanos e o meio físico, biológico e social, compatível com plena atividade funcional. (REY, 2000)

Desta forma, pode-se evitar muitas doenças e manter a saúde de quase toda uma sociedade, fala-se mais adiante sobre as principais doenças transmitidas através das fezes caninas.

3.3 COMPANHIA

Uma investigação experimental liderada por Carol Ryff, da Universidade de Wisconsin e publicada no Journal of Psychotherapy & Psychosomatics, trata das conseqüências biológicas 3 Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/gestao/diretrizes_ambientais/

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do bem-estar psicológico (News Medical Net4).

Os pesquisadores tentaram atender aos aspectos positivos e negativos da saúde mental. Essas distinções visam melhorar a compreensão de como o bem-estar ou o mal-estar psicológico poderá comprometer o biológico/fisiológico do organismo.

Contudo a companhia do indivíduo se faz por necessária desde os primórdios, o homem não consegue viver sozinho, longe de uma sociedade ou grupo de outras pessoas. É de eficácia a idéia de que se precisa um dos outros para a própria sobrevivência, esta companhia muitas vezes é ligada à falta de carinho e ou percepções.

Se é uma espécie com uma série de características estruturais, entre elas o fato do filhote humano depender totalmente de cuidados externos para sua sobrevivência. E cuidados que duram muito tempo. Esta necessidade, inicialmente restrita à relação mãe-filho, ajudou o humano a aprender o prazer de estar junto, no cuidado com o outro(a).

A necessidade de viver em grupo, em busca de ajuda mútua e proteção, cuidando das crianças e tendo o prazer do contato e da convivência, em uma interação que envolve a emoção e a linguagem, foi a origem e ainda é o determinante da forma de viver em grupo tão humana que chama-se família, explicada anteriormente.

3.4 ANIMAL DE ESTIMAÇÃO

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística5, na cidade de São Paulo há um animal de estimação para cada 3 habitantes. Geralmente os bichinhos são procurados para aumentar as famílias e fazer companhia, mas logo se tornam alvo de mimos e diversão.

A interação entre pessoas e animais, seja com troca de carinho, sentimentos, confiança, lealdade, preocupação e/ou emoções variadas, são verdadeiros “remédios” contra ansiedade, depressão, estresse e baixa auto-estima. BORGES (2008), descreve que muitos hospitais utilizam essa convivência para motivar seus pacientes, seja em casos de doenças graves como o câncer, a aids e a sindrome de down, até mesmo doenças de fundo comportamental, como a própria depressão e o estresse. Essa técnica de tratamento, que põe o homem em contato com os animais, é mais conhecida como zooterapia.

Maciel (2007) explica que a zooterapia explora a fundo todos os sentidos da interação homem-animal e estuda o benefício dessa relação. Aqui no Brasil esse tipo de terapia é bem recente. Nos Estados Unidos e na Europa esse estudo já está mais avançado e é usado já há algum tempo.

Apesar da companhia de um animal de estimação dar trabalho, ela é sempre gratificante. Todos acabam tendo um carinho especial pelo animal que possuem seja ele uma lagartixa, aranha ou até o mais comum, como o cachorro. A psiquiatra Dalka Castanheira Gattaz explica:

Na verdade os animais domésticos acabam adquirindo um comportamento bem similar ao do homem, particularmente ao do dono. E, além disso, eles são seres vivos: sentem, demonstram emoções, tomam iniciativas e etc. Por isso que a relação do dono com seu bicho de estimação acaba sendo muito forte e significativa.

4 Disponível em: http://www.news-medical.net/?id=166045 Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/

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(GATTAZ, 2007)

O simples fato dos cães fazerem festa quando o dono chega em casa faz com que a pessoa melhore a auto-estima, tenha mais facilidade de comunicação, mude de humor e até se sinta mais importante, tudo isso até mesmo sem se dar conta.

Gattaz (2007) ainda completa: “Quando as pessoas possuem um animal em sua casa, mesmo que seja um peixinho, elas chegam a ter uma responsabilidade maior e sentem necessidade de dedicar-se a ele”.

Segundo informações da Iahaio6 (Associação Internacional das Organizações para a Interação Homem-Animal), a companhia de cães e gatos é essencial para a qualidade de vida do homem. No caso dos adultos, principalmente aqueles que vivem sozinhos, os animais são como um membro da família, compensando as necessidades de afeto e atenção que só os animais nos sabem dar.

Um dos animais mais populares para a companhia do ser humano é o cão, já citado como uma das melhores companhias, além de ser visto em grande número na maioria das cidades do mundo.

3.4.1 Cão

TARDELLI (2003) explica que há indícios de que o homem domesticou o cão entre 15.000 e 13.000 anos atrás. O que é considerado certo é que o cão foi o primeiro animal domesticado pelo homem.

Esta aparente falta de bases científicas interessadas em cães é parcialmente devido ao estigma da domesticação. Brock (1994) explica que a despeito do fato de Darwin claramente ter derivado muito de sua teoria de evolução pela seleção natural do estudo de variedades de espécies domésticas, como os cães, os biólogos e estudiosos do comportamento mais modernos vêem os animais domésticos como anti-naturais e portanto indignos ou impróprios como objeto de uma investigação científica séria.

Uma grande característica dos animais e que os difere do reino vegetal, é o fato de manterem contatos sociais entre si. Os cães não representam uma exceção, podendo ser incluídos entre os mais sociáveis. Essa é uma característica pouco comum entre os animais, sendo compartilhada apenas - principalmente - por macacos primatas, cavalos e gatos.

Os cães possuem diferentes raças e com estes portes, que os diferem de cães para guarda ou de companhia. Melo (2008) diz que basicamente a classificação quanto aos tamanhos de cães se dividem em 4 portes: até 10k porte pequeno, de 10k à 20k porte médio, de 20k à 40k porte grande e acima de 40k são os portes gigantes, também chamados de Molosso, mostrado na figura 2:

6 Disponível em: http://www.iahaio.org/20

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Figura 2: Portes dos Cães Fonte: Arquivo Pessoal

O Canil Bruno Tausz7 e o site Saúde Animal8 relacionam as principais raças referentes aos portes de cães ilustradas na figura 1, sendo:

• pequeno porte: Beagle, Chinese Crested, Teckel, Fox Paulistinha, Pug, Buldog Francês, Poodle Toy e Yorkshire;

• médio porte: Retrivier do Labrador, Springer Spaniel Inglês, Weimaraner, Afegan, Setter Irlandês e Airedale Terrier;

• grande porte: Dinamarquês, Mastim Napolitano, Fila Brasileiro, Kuvasz, Dobermann, São Bernardo e Pastor Alemão, e

• molossos: Cão da Serra da Estrela, Cão de Castro Laboreiro, Cão de Presa Maiorquino, Dogue de Bordéaus e Leonberguer.

Cada raça destas possuem suas principais características e tipos de comportamentos diferenciados. Além disso, os cães possuem suas necessidades assim como qualquer ser vivo: alimentação, vacinações e exercícios. O exercício é tão necessário para o cão como para os humanos e está profundamente ligado à sua saúde física, mental e emocional. O Arca de Noé9

explica que um cão sedentário é um cão aborrecido, muitas vezes com peso a mais e, em geral, menos saudável. A obesidade é um dos maiores problemas nos cães mais velhos e normalmente deve-se à falta de exercício.

Estes exercícios incluem caminhadas pelas ruas da cidade, em parques e lugares onde possam correr mais livremente, o Arca de Noé10 ainda afirma que os passeios curtos são melhores para a saúde do seu cão do que os longos passeios. As caminhadas podem ser feitas a passo rápido, desde que o veterinário tenha dado a sua aprovação. Outro ítem bastante importante e que não deve ser deixado de lado é a obrigação do condutor de recolher todo e qualquer dejeto despejado pelo cão nos locais públicos para que estes passeios não atrapalhem nem impliquem na saúde do próximo, como cita-se mais adiante.

7 Disponível em: http://www.brunotausz.com.br/novo_site/8 Disponível em: http://www.saudeanimal.com.br/artig141.htm9 Disponível em: http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/exercicios_para_o_cao_senior/2810 Disponível em: http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/exercicios_para_o_cao_senior/28

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3.5 DEJETOS CANINOS EM VIAS PÚBLICAS

É notável a grande presença de dejetos caninos e de outros animais em ruas e praças das cidades. “Além de proporcionar aos cães lazer e exercícios, […] deve-se conscientizar a população sobre as doenças que os animais podem provocar e ressaltar a importância do recolhimento dos dejetos deixados no calçadão da orla e ruas da Cidade”, afirmou o secretário de Serviços Urbanos (Sesurb), Sergio Bonito (2006).

Algumas fezes dos animais possuem vermes que podem causar problemas sérios aos homem e também aos cães, o Panorama Canino11 reforça como exemplo as principais doenças, sendo elas: Larva migrans visceral - doença causada por um parasita denominado TOXOCARA CANIS, cujos ovos são liberados aos milhares, por dia, nas fezes de cães e gatos; Larva migrans cutânea - popularmente conhecida como “bicho geográfico”, é uma doença causada por um parasita do intestino de cães e gato, chamado de Ancylostoma brasiliensis, que penetra no homem através da pele, atingindo várias partes do corpo, com o surgimento de prurido( coceira) e formação de crostas; Giadiarse - parasitose causada pelo protozoário Giárdia lamblia, presente nas fezes dos animais domésticos . O homem pode adquirir doença através do contato com estas fezes ou pela ingestão de alimentos contaminados pelos ovos do parasita , veiculados por moscas e baratas; Também a Toxoplasmose - causado por um protozoário denominado Toxoplasma gondii, é uma doença potencialmente séria em fetos, recém nascidos e indivíduos infectados pelo vírus da AIDS.

Sobretudo, como já foi descrito, deve-se ressaltar que os cães precisam de passeios rotineiros, de exercícios e da socialização, tirando isto deles não resolveria-se o problema mas agravariam outros demais. O que deve ser feito é conscientizar os donos destes cães, que são os maiores culpados por estes dejetos serem deixados nas ruas.

Com isso, o produto em desenvolvimento busca esta conscientização de forma inovada e eficaz, fazendo com que os donos acabem usufruindo da Guia e utilizando os sacos coletores sem que isto seja um incômodo.

3.6 ESTADO DO DESIGN

Realizou-se uma pesquisa do estado do design com o intuito de absorver ao que há de mais novo em produtos no mercado, visando variados setores e destaques no meio estético e de materiais. Desenvolveram-se dois painéis que apontam aspectos estéticos e materiais.

No painel de estética, representado pela figura 3, destacou-se produtos dos quais as linguagens estéticas estão em alta, podendo ser adaptado ao produto de maneira inteligente e eficaz. De um modo mais amplo, se levou em consideração produtos discretos mas com grande eficácia no que lhes são propostos, também há a influência do minimalismo proposto ao produto em desenvolvimento.

No painel de material, mostrado na figura 4, foram abordados produtos que se preocupam com o meio ambiente e que também buscam um valor estético diferenciado. Destacou-se matérias primas reutilizadas e ecologicamente corretas, mantendo sempre a qualidade, resistência e durabilidade aos produtos fabricados com estes tipos de materiais. Também relacionado no painel, pode-se observar produtos que proporcionam odores agradáveis aos ambientes, tendo por iniciativa papeis de parede com cheiro.

11 Disponível em: http://www.panoramacanino.com.br/news.html22

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Figura 3: Painel Estética Figura 4: Painel Materiais Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

Com todas as informações obtidas pelo estado do design, eleva-se, sobretudo, a influencia de produtos cada vez mais simples de estética porém tendo suas funcionalidades e tecnologias inteligentes. Qualquer mecanismo que venha a ser utilizado deve atender as expectativas do usuário de forma descomplicada facilitando na coleta dos dejetos, que por sua vez já é um ato bastante delicado. Na questão da estética, incorpora-se formas limpas, claras e objetivas, sendo discreto aos que vêem.

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4 PESQUISA DE CAMPO

Assim que se obtém a pesquisa bibliográfica, utiliza-se a pesquisa de campo que procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, fundamentando assim, toda a pesquisa bibliográfica já feita. A pesquisa de campo auxiliou as informações atuais do mercado pet e também o público alvo referente aos donos de animais de estimação, mais especificamente os cães.

Sendo assim, foi elaborado um questionário aplicado à 76 (setenta e seis) donos de cães, com ambos os sexos, residentes na cidade de Balneário Camboriú e região durante o período de setembro à novembro de 2008. O questionário teve perguntas que buscaram desde aos tamanhos dos cães, a quantidade de vezes em que saem para passear com seus donos, quanto à utilização de coletores de dejetos e qual a opinião destas pessoas quanto à esta nova educação e comportamento. Em apêndice 01 podem ser visualizados os gráficos e análises deste questionário.

Segundo os questionários aplicados é que se viu a necessidade de um produto que auxiliasse a coleta dos dejetos caninos em momentos de lazer, parques e vias públicas, contando que nem sempre se pode estar perto de uma lixeira, e carrega-se junto ao passeio sacolas e/ou coletores de dejetos caninos. Abordou-se muito a falta de produto discreto no mercado, juntamente à falta de conscientização das pessoas que passeiam com seus cães nestes locais públicos.

Outro recurso utilizado para a pesquisa de campo foi a entrevista, aplicada à um profissional da área, Renato Melo, encontrado em apêndice 02 e que trouxe muita informação rica quanto à importância e necessidade das coletas caninas. Um dos assuntos que influenciou no projeto foi a enfase para que as pessoas não tivessem vergonha de utilizar coletores e sim se sentissem bem no que estariam fazendo. Falou-se também quanto à saúde e importância da alimentação dos cães para que estes tivessem fezes mais sólidas e fáceis de serem coletadas.

Segundo a entrevista, o produto deve ter um forte poder publicitário e algo diferencial que faça com que as pessoas se conscientizem e busquem a utilização e a coleta dos dejetos, como já sitado acima.

Finalizando a pesquisa de campo, com todas estas informações obtidas, é que se adquiriu forte influencia para o próximo passo do projeto, que é a conceituação, comprovando todos estes resultados alcançados.

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5 PROBLEMA DE PROJETO

Com finalidade nas análises das pesquisas realizadas, tanto as bibliográficas quanto as de campo e também tendo auxílio às ferramentas de projeto, passa-se para a etapa de elaboração de um problema que realmente seja coerente e realista, buscando ser solucionado com este projeto. O problema encontrado quanto às fezes caninas em vias públicas, consiste em:

Como auxiliar as pessoas que tem cães e passeiam regularmente com estes, no momento em que despejam seus dejetos em locais públicos?

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6 CONCEITUAÇÃO

Depois de finalizadas as etapas anteriores das pesquisas, é que se começa a estabelecer melhor os conceitos envolvidos no produto.

É nesta parte do projeto que utiliza-se de meios que facilitem a obtenção de uma referência conceitual para a fase posterior, a de geração de alternativas. Dentre estes meios estão destacadas as ferramentas projetuais, as quais auxiliarão e resultarão na conceituação do produto em desenvolvimento.

6.1 FERRAMENTAS PROJETUAIS

As ferramentas de projeto alimentam o desenvolvimento do produto, tendo como base as informações concebidas por estas. Baxter (2000) diz que: “podem ser consideradas como um conjunto de recomendações para estimular idéias, analisar problemas e estruturar as atividades de projeto”.

Desta forma, utilizou-se das seguintes ferramentas que ajudaram a complementar certos dados específicos: briefing e painéis semânticos.

6.1.1 Briefing

Rebouças (2008) afirma que briefing é: “Numa visão geral, um documento que apresenta características de um produto ou serviço, da marca e da empresa do anunciante”.

É uma fase essencial ao projeto, que auxilia principalmente nos detalhes e características que o cliente espera deste produto. Para isto, utilizou-se um modelo de briefing com questões que buscam detalhar mais profundamente os objetivos do produto.

Assim sendo, e com base nos dados e informações obtidos, apresentou como principal função auxiliar o transporte dos dejetos caninos em momentos de lazer. Ainda, como uma segunda função, reter o mal cheiro causado pelos dejetos caninos.

É necessário que o produto tenha uma fácil limpeza, pelo menos no recipiente em que forem deixadas as sacolas com ou sem dejetos, leveza e firmeza para os passeios e sem deixar pra trás uma estética limpa e diferenciada das demais guias já existentes no mercado. O material priorizará a resistência e a ergonomia na pega da guia, possibilitando o usuário de facilidades na hora do manuseio, encaixes diferenciados dos componentes.

6.1.2 Painéis Semânticos

O painéis semânticos utilizados foram o de Baxter (1998), sendo dividido em três etapas, em que cada uma delas especifica determinado aspecto do produto:

O painel de expressão, figura 5, do produto define o que se espera do produto através de figuras. Estas imagens representam características buscadas para a realização do produto em desenvolvimento. As palavras utilizadas para expressar este painel foram: leveza, minimalismo, absorção de odores, discreto, ecologicamente correto e funcional.

O painel de tema visual, figura 6, absorve as mesmas características sitadas na expressão do

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produto, porém em produtos que já existam no mercado e que obtenham estas características específicas como principais funções.

Por fim, o painel de público alvo, figura 7, onde se define através de imagens qual o público que será atingido pelo produto, pessoas ligadas ao esporte e que gostem de animais de estimação, principalmente cães, ligadas à natureza e uma visão ecológica para com a sociedade e os seus indivíduos.

Figura 5: Expressão do Produto Figura 6: Tema Visual Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 7: Público AlvoFonte: Arquivo Pessoal

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7 CONCEPÇÃO

Neste capítulo serão descritas as ferramentas de criatividade utilizadas para a geração de alternativas, características das alternativas finais e também os prós e contras. Adaptações com a alternativa escolhida, conceitos e conclusões da escolha desta.

7.1 TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE

As técnicas de criatividade abordadas neste desenvolvimento de produto, nada mais foram do que métodos heurísticos de estimular a criatividade há novas idéias e sugestões. Para isso, utilizou-se de três técnicas bases:

635 - Esta técnica foi aplicada em sala de aula com mais 5 participantes, colocou-se o problema de cada projeto em questão e utilizou-se de novas idéias e soluções, muitas vezes, não observadas anteriormente.

MESCRAI - é uma sigla composta das iniciais de "modifique, substitua, combine, rearranje, adapte e inverta". É uma lista para estimular a busca de formas alternativas para transformar um produto existente. Utilizou-se após a idéia de uma guia com compartimento para sacolas, e aí então, novas idéias e modificações perante a guia base.

Brainstorming – Esta técnica desenvolveu-se melhor com a situação de geração de alternativas já com soluções previamente detalhadas. Usou-se então para criar novas formas e melhores situações para com o produto em desenvolvimento.

A etapa seguinte do projeto trata-se da geração de alternativas, ou seja, a realização e análise final da solução selecionada.

7.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Na geração de alternativas utilizam-se todas as características especificadas como essenciais ao produto, e abordam-se de forma a melhorar o problema requisitado.

Desta forma, foram elaboradas cerca de 25 alternativas de produtos, dentre eles guias, lixeiras específicas e coletores, vide todas as alternativas em apêndice 03. Destes foram destacadas 3 alternativas finais que apresentaram melhores resultados às especificações e também visaram mais o lado do auxílio a coleta com quaisquer tipo de coletor e/ou sacolas.

Na alternativa final 1, ilustrada pela figura 8, a guia tem características bastante inovadores quanto à outras guias retráteis, possui um formato triangular com as pontas arredondadas e um sistema de materiais vazados, proporcionando melhor circulação ao produto. A parte da pega foi desenhada de maneira a adequar-se melhor à ergonomia da mão em forças maiores, e ainda possui uma proteção entre a parte do compartimento.

O compartimento para sacolas é uma espécie de acessório agregada, ou não, à guia. O espaço interno é bastante amplo proporcionando melhor adequação aos variados tipos de coletores e dejetos. O sistema de abertura deste compartimento é a base de rolagem, onde um simples toque puxando a tampa a faria deslizar e abrir totalmente o espaço.

Outra característica importante desta alternativa é que mesmo sem o acessório para sacolas a

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guia pode ser utilizada normalmente, sem que haja a necessidade deste. Ficando a opção do usuário de utilizar ou não nas caminhadas.

Figura 8: Alternativa Final 1Fonte: Arquivo Pessoal

A Alternativa 2, mostrada na figura 9, é mais compacta e de fácil utilização, as características visuais são mais limpas e claras e também possui formas arredondadas. O espaço da pega foi baseado na guia anterior, de ergonomia correta e firme, possuindo também uma espécie de proteção às mãos, para que na hora do passeio não venha a machucar.

No compartimento da guia utilizou-se um sistema deslizante para o fechamento da tampa, e o interior desta parte é feito com materiais que inibam os odores desagradáveis. Porém, este sistema do compartimento não se destaca da guia, como na outra alternativa, mas sim fica fixo dificultando na hora da limpeza e obrigando o usuário à leva-lo sempre nos passeios.

Figura 9: Alternativa Final 2Fonte: Arquivo Pessoal

A alternativa 2, ilustrada pela figura 10, possui uma forma inicial baseada em um volante que utiliza da pega para uma melhor ergonomia estudada, acompanhando a pega horizontal. O compartimento para as sacolas é destacável, facilitando a limpeza e a utilização, seu espaço

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interno é adequado e não muito amplo.

A tampa deste compartimento tem-se por idéia inicial, um sistema de fechamento por imã, em que pode ser retirada totalmente. A parte da guia retrátil, já está praticamente resolvida, utilizando do formato da guia para este sistema e não precisando de um outro espaço devidamente para este.

Figura 10: Alternativa Final 3Fonte: Arquivo Pessoal

Estas alternativas foram devidamente analisadas, conforme figura 11, onde apenas uma delas teve maior destaque por apresentar requisitos de maior importância ao produto, tornando-se desta forma, a alternativa escolhida.

Figura 11: Análise das Alternativas FinaisFonte: Arquivo Pessoal

A alternativa desenvolvida e escolhida teve suas devidas adequações e evoluções, referente a alternativa 3, apresentando um formato inovador e diferenciado de todas as guias retráteis já existentes e dentre as outras alternativas geradas. Possui uma forma ergonômica adequada e bem ajustada à cada espaço, um tamanho de armazenamento das sacolas apropriado e

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também o sistema da guia retrátil mais bem resolvido do que as outras alternativas. Sendo tais características abordadas mais detalhadamente no capitulo seguinte.

7.3 ALTERNATIVA ESCOLHIDA

A alternativa final se adequa melhor aos conceitos previstos antes na pesquisa, contudo com uma estética mais agradável ao minimalismo. A guia retrátil é basicamente a ligação de dois produtos em um só, tendo por função principal a guia retrátil, já utilizada em passeios com cães, e um esquema de armazenamento de sacolas e também, se necessário, sacola com fezes caninas até um lixeiro adequado.

Figura 12: Alternativa escolhidaFonte: Arquivo Pessoal

Pode-se então ser analisado cada item individualmente, apresentando funções diferentes mas que se interligam na questão “passeio”. Já que é necessária a utilização de guias, unindo a coleta de dejetos de maneira menos agressiva e vergonhosa.

A parte em que refere-se a guia retrátil é composta pela base externa, onde tem-se a intenção de um plástico ou algum material que imite-o e que seja resistente, brilhante e que se molde facilmente. A parte interna formada pela guia, preferencialmente tubular feita a base de uma corda resistente e também de fácil trabalhabilidade. E por ultimo, o sistema utilizado para a guia retrátil que se adequará no interior da guia, de uma maneira muito parecida ao de uma trena.

A guia possui uma pega bastante agradável ao que se tem no mercado atualmente, seu formato cilíndrico faz com que facilite o manuseio, além disso na parte específica da pega possui ainda um silicone que envolve tal parte auxiliando transpirações e escorregões.

Já no recipiente destinado à sacolas e dejetos, deixou-se um espaço adequado interno para a colocação das sacolas e coletores que possam ser utilizados também. O recipiente se envolve por um perfil que se encaixa sobre a guia, podendo ser retirado facilmente para possíveis lavagens do produto. Ainda na parte interna do recipiente foi utilizado um silicone que se encaixa no formato adequado, possuindo um aditivo que retém o odor e ajude na manutenção da guia.

A guia tem por facilidade a escolha de sua utilização, podendo ou não ser carregado o recipiente nos passeios, principalmente quando o passeio e bastante próximo e acaba-se tendo certeza que o cão não precisará despejar suas sacolas.

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Com isto, entende-se que, conseguiu-se com a proposta, atingir os objetivos propostos durante o processo de pesquisa. Onde a guia acaba camuflando sacolas e coletores no seu interior e facilitando a atividade de coleta dos dejetos caninos, podendo ser representada melhor na ambientação gerada, conforme figura 13.

Figura 13: Ambientação da GuiaFonte: Arquivo Pessoal

7.4 MODELO VOLUMÉTRICO

Após a alternativa escolhida, e as medidas previamente decididas, esta etapa consiste na fabricação do modelo volumétrico, tendo como objetivo a melhor visualização do produto e análise das medidas e proporções.

O modelo volumétrico não atende aspectos de aparência, bem como a sua funcionalidade, tendo grande importância as medidas e adequações definidas para o produto final.

A confecção do modelo volumétrico, demostrada pela figura 14, foi desenvolvida através de mangueiras em Policloreto de Vinila - PVC, que possuía a medida de pega já estabelecida. O sistema de compartimento para sacolas e dejetos foi feito com Poliuretano – PU, que tem uma fácil trabalhabilidade. Silicone interno para reter odores foi feito com papel simulando espaço interno.

Figura 14: Construção Modelo VolumétricoFonte: Arquivo Pessoal

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A guia teve suas medidas iniciais finais com diâmetro total de 16,5 cm e pega com diâmetro de 2,5 cm, o sistema do botão foi apenas demonstrado com PU recortado para base de ilustração. O modelo finalizado pode ser verificado nas figuras 15 e 16.

Figura 15: Modelo Volumétrico 01 Figura 16: Modelo Volumétrico 02 Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

7.4.1 Adequações Volumétricas

Após o desenvolvimento do modelo volumétrico fez-se as adequações necessárias ao produto, assim como todas as medidas internas e externas.

Tendo referência a guia quanto a pega que a princípio era de 25mm assim como toda a extensão do diâmetro da guia, e com os estudos ergonômicos aplicados à percentuais de homem 95% e mulher 5% pode-se notar pela figura 17 que a guia deveria ser pouca coisa mais grossa, necessariamente na parte da pega. Fez-se então uma capa pra pega que fizesse com que esta tivesse uma medida final de 30mm, adequando-se melhor aos usuários e obtendo mais firmeza.

Figura 17: Percentil 5% e 95%Fonte: Arquivo Pessoal

Contudo, em relação ao diâmetro total do produto, no caso as medidas externas, continuarão as mesmas já adotadas antes, que pode ser visto com referenciais humanos na figura 16, que ficaram de 165mm.

A medida interna da guia, onde se localiza o compartimento para os coletores teve a medida máxima aproveitada internamente e o seu aproveitamento foi adequado, cabem várias sacolas de uma vez e também, se houver a necessidade, dejetos caninos ensacados para o transporte até uma lixeira adequada. A figura 18 apresenta este espaço e também inserções destas sacolas e dejetos caninos.

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Figura 18: Sacolas e Dejetos em Adequação com a GuiaFonte: Arquivo Pessoal

Tendo estas adequações é que se deu início as adequações antropométricas e biomecânicas, que serão descritas mais adiante. Em um todo as medidas principais foram adequadas de maneira correta e condizente com percentuais humanos e produtos reais.

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8 MEMORIAL DESCRITIVO

Este memorial tem por objetivo descrever e especificar de forma clara os detalhes e subsistemas da guia retrátil, assim como a sua produção e materiais específicos para cada parte, é apresentada também a função ergonômica, de uso, finalizando todas as funções comerciais e de marketing envolvidas no produto em desenvolvimento.

8.1 FUNÇÃO ESTÉTICO FORMAL

Nesta etapa são descritas e fundamentadas as formas, harmonias, equilíbrios e contrastes equivalentes ao produto. Usa-se por base as leis da gestalt para fundamentar algumas das características adotadas e explicadas detalhadamente a seguir.

8.1.1 Forma

A forma pode ser definida por Gomes Filho (2000, p. 39) como “[...] a figura ou a imagem visível do conteúdo. De um modo mais prático, ela nos informa sobre a natureza da aparência externa de alguma coisa. Tudo que se vê possui forma.”

Neste caso, a forma utilizada como base inspiratória para a guia foi o volante da Wii12 para jogar videogame de automóveis (mostrada claramente na figura 19). Adequou-se pois, a forma de círculo / ponto, a qual é geometricamente singular e não possui extensão.

Figura 19: Forma de InspiraçãoFonte: Arquivo Pessoal

A guia retrata o volante e reflete a forma perfeitamente esférica e de forte atração visual. Utilizou-se esta por se adequar também ao sistema da guia retrátil, descrita mais adiante.

8.1.2 Gestalt

Gomes Filho (2000, p. 17) afirma que “Na formação de imagens, os fatores de equilíbrio, clareza e harmonia visual constituem para o ser humano uma necessidade”

12 Disponível em: Console de Videogame com um controle revolucionário, desenvolvido pela empresa japonesa Nintendo com sensibilidades a movimentos único.

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Utilizou-se das Leis da Gestalt para a elaboração destes fatores, sendo representados pela harmonia, equilíbrio e contraste do produto.

8.1.2.1 Harmonia

A harmonia é definida por Gomes Filho (2000, p. 51) como sendo “[...] o resultado de uma perfeita articulação visual na integração e coerência formal das unidades ou partes daquilo que é apresentado, daquilo que é visto”. Desta forma, fala-se da distribuição do depósito de sacolas agregado à guia.

Como se pode ver na figura 20, na guia existe um acessório agregado para a disposição de sacolas e também dejetos caninos, o qual teve sua distribuição por meio da simetria, portanto enfatiza-se uma estética mais harmônica. É possível observar a harmonia existente na localização e posição deste acessório, de forma que se revela sobretudo a simplicidade da organização formal e do equilíbrio simétrico.

Figura 20: HarmoniaFonte: Arquivo Pessoal

As linhas representadas na figura 20 demonstram as simetrias utilizadas para o desenho do produto final, não havendo conflitos formais no padrão nem no estilo do objeto. Observa-se portanto, relações bem simples entre os elementos do produto.

8.1.2.2 Equilíbrio

Gomes Filho (2000, p. 57) ainda cita equilíbrio como sendo “[...] o estado de distribuição no qual toda a ação chegou a uma pausa.”

Exemplificando, o equilíbrio nada mais é do que um todo que gera consequência a todos os meios, e que se qualquer parte for modificada, conflitará novamente ao todo do produto.

No caso da guia em vista de topo, como na figura 21, o peso maior da imagem se dá na parte superior, na qual é fixado o acessório referente ao compartimento das sacolas, por ter, relativamente, mais elementos visuais nesta posição. Já na vista lateral, pode-se observar claramente que o peso da imagem se dá pelo lado direito, pelo qual a guia retrátil se projeta, situando ainda neste o compartimento das sacolas.

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Figura 21: Equilíbrio da GuiaFonte: Arquivo Pessoal

8.1.2.3 Contraste / Cores / Materiais

O contraste é uma das técnicas mais importantes para o produto em desenvolvimento, segundo Donis (1997, p. 108) o contraste “Desequilibra, choca, estimula, chama a atenção. Sem ele a mente tenderia a erradicar todas as sensações, criando um clima de morte e de ausência do ser”.

O contraste da guia está diretamente ligado as cores do produto e aos materiais de cada uma de suas partes, tornando o produto discreto, mas esteticamente contrastante. Usou-se como base de inspiração as cores e texturas dos anos 60, como mostra a figura 22.

Figura 22: Inspiração Anos 60Fonte: Arquivo Pessoal

O plástico e as cores brilhosas estavam em alta nesta década, assim como as cores escolhidas para a guia. A pega é de material brilhoso e branco, contrastando com detalhes da guia feitos com cores específicas, como na figura 23. Desenvolve-se estudos das cores e em relação aos diferentes sexos, tanto dos donos quanto dos cães, baseou-se portanto, em cores preferenciais – explicadas melhor adiante.

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Figura 23: Coloração em Contraste Fonte: Arquivo Pessoal

8.1.2.4 Simplicidade

Esta técnica abordada no produto tem por objetivo o menor numero de elementos possíveis em determinadas situações. Gomes Filho (2000, p. 78) diz que “A simplicidade se caracteriza por organizações formais fáceis de serem assimiladas, lidas e compreendidas rapidamente.”

A harmonia do produto se caracteriza pelo baixo número de informações contidas, e contudo os elementos estão bem organizados e há um equilíbrio formal no peso destes elementos.

8.1.2.5 Arredondamento

Gomes Filho (2000, p. 85) afirma que “O arredondamento tem como característica marcante a suavidade e maciez que as formas orgânicas geralmente transmitem.”

O produto tem sua forma arredondada e de linhas contínuas e suaves, sendo de fácil leitura por conter tais formas na própria natureza, fazendo com que sua leitura seja fácil, clara e agradável.

8.2 FUNÇÃO SIMBÓLICA

A função simbólica se relaciona diretamente ao cliente, dentre os aspectos que irão influenciar na vida pessoal e social deste. Traz ainda o que o produto propõe com suas formas, cores e também com sua funcionalidade.

Quanto a funcionalidade principal do produto que é de auxiliar a coleta de dejetos caninos em vias públicas, pode-se verificar uma forte influência no lado ecológico e social que este viabiliza. Rousset13 (2005) afirma que “O combate ecológico se alia ao combate de transformação social. Não pse trata de uma esfera separada, que estaria protegida dos contrastes sociais e das relações de poder”. Desta forma, o produto busca conscientizar os donos de animais de estimação da importância da coleta destes dejetos, mantendo as vias públicas limpas e os animais e humanos longe de doenças.

O símbolo da patinha sobre a guia, como ilustra a figura 23, somente quer mostrar que o

13 Disponível em: http://www.partes.com.br/socioambiental/gerab/rousset.asp38

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produto é voltado a linha pet. Assim sendo, destaca-se de maneira harmoniosa com seus elementos de formas simples e limpas.

Quanto as cores escolhidas para a guia, baseou-se nas preferências quanto aos sexos das pessoas. Farina (1990, p. 138) mostra uma pesquisa realizada com o Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, no ano de 1980 e 1981, em que: “O azul é preferido tanto pelos homens como pelas mulheres, solteiros e casados. […] a segunda cor preferida pelo homem solteiro e pela mulher casada: o verde”. Sendo assim, para todos os donos de animais de estimação que forem do sexo masculino ou tiverem cães machos optariam pela escolha da figura 24, um verde-azulado.

Figura 24: Opção de cor 01Fonte: Arquivo Pessoal

Ainda citando a mesma pesquisa realizada “O amarelo é a segunda cor preferida pelos homens casados”. Assim sendo, usou-se da cor amarela para o público que está meio indeciso ou que não pretende optar por um determinado sexo, visualizando a imagem da figura 25.

Figura 25: Opção de cor 02Fonte: Arquivo Pessoal

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E também quanto ao vermelho-goiaba, ilustrado pela figura 26, Farina (1990, p. 138) diz que na pesquisa “O vermelho e o amarelo são duas cores preferidas pelos solteiros e pelas solteiras em igual porcentagem”. Utilizou-se então um tom goiaba da cor vermelha por ser de forte tendência nos anos 60, como já falou-se anteriormente.

Figura 26: Opção de cor 03Fonte: Arquivo Pessoal

Ainda falando das cores aplicadas, pode-se citar as escolhas referentes às sensações acromáticas e cromáticas e seus significados psicológicos, citados por Farina (1990, p. 112-113):

Branco – possui ordem, simplicidade, limpeza, bem, pensamento, juventude, otimismo, piedade, paz, pureza, inocência, dignidade, afirmação, modéstia, deleite, despertar, infância, alma, harmonia, estabilidade, divindade.

Verde-azulado – traz persistência, arrogância, obstinação, amor próprio, elasticidade da vontade.

Amarelo – busca iluminação, conforto, alerta, gozo, ciúme, orgulho, esperança, idealismo, egoísmo, inveja, ódio, adolescência, espontaneidade, variabilidade, euforia, originalidade, expectativa.

Vermelho – possui dinamismo, força, baixeza, energia, revolta, movimento, barbarismo, coragem, furor, esplendor, intensidade, paixão, vulgaridade, poderio, vigor, glória, calor, violência, dureza, excitação, ira, interdição, emoção, ação, agressividade, alegria comunicativa, extroversão.

Finalizando-se, as cores foram escolhidas com fortes influências psicológicas e também sensoriais, como já descritas acima. Com as opções em cores, espera-se que o produto agradará uma vasta gama de donos de cães em busca de um lado ecológico e consciente.

8.3 FUNÇÃO DE USO

O produto tem como uso principal duas funções: a guia retrátil e o compartimento para

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guardar sacolas e dejetos.

A função da guia retrátil diz respeito há uma ferramenta já utilizada em passeios com cães. Esta tem por função fazer com que o cão não saia de perto do dono nem tente escapadas rápidas, mas sim fique a uma distância razoável e respeite o limite deste.

A guia retrátil tem o diferencial de poder estabelecer diferentes distâncias entre o cão e o dono, sendo mais utilizada para cães de pequeno e médio porte pela resistência ao equipamento interno. A guia ainda possui um dispositivo que em determinada distância, pode ser acionado por um botão, travando-a, fazendo com que o cão não puxe mais.

Na função de armazenamento das sacolas para os dejetos, considerou-se o espaço existente na própria guia para resguardá-los, não existindo a necessidade de um outro objeto.

O compartimento tem por função guardar sacolas de supermercado ou outras, além de coletores que caibam no espaço específico durante os passeios com cães, para que quando for necessário sejam retiradas do compartimento e utilizadas para a limpeza dos dejetos caninos.

Pode ser também utilizada para guardar estes dejetos nas sacolas dentro do compartimento até lixeiros próximos, deixando o dono do cão mais confortável a tal situação, incentivando o uso de coletores e/ou sacolas para estes dejetos.

8.4 FUNÇÃO ERGONÔMICA

As funções ergonômicas auxiliam nas adequações do produto quanto a medidas e variáveis. Podem ser entendidas por AEP, usabilidade, adequação antropométrica, biomecânica, fisiológica/ambiental e cognitiva, representando-se no final deste capítulo o desenho técnico final.

8.4.1 AEP

A adaptação ergonômica de produto se diz pela adequações das necessidades humanas entre todos os sistemas de cada produto. Iida (2005) ainda defende que a ergonomia já não é mas somente superficial como era há alguns anos atrás, mas sim, são as definições de sistemas e configurações gerais dos produtos.

Iida (2005) também diz que para que haja funcionamento correto dos produtos eles precisam ter três características básicas que podem ser descritas por: qualidade técnica, ergonômica e estética.

A qualidade técnica referente ao compartimento para sacolas possui somente uma tampa com um sistema de abertura de toque de fácil manejo, contudo seu espaço interno também se adequa a sua função por reter as sacolas de maneira discreta e também retendo os possíveis odores com uma capa protetora dentro do compartimento. Para facilitar a limpeza, desenvolveu-se uma capa interna ao compartimento feita para reter odores e proteger de possíveis sujeiras, na qual retira-se a capa e lava-se normalmente.

A qualidade ergonômica da guia pode ser entendida por fácil manuseio e usabilidade do produto, possui também instruções rápidas na embalagem, não havendo necessidades maiores quanto a utilização do botão no travamento e destravamento da guia por já ser conhecida por

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outras guias. A guia retrátil pode ser descrita por suas facilidade de manejo, por causa de seu formato adequado conseguindo exercer o manejo de maneira correta e eficaz.

Na qualidade estética pode ser descrita a idéia que o produto representa de ser discreto, fazendo com que o usuário utilize-o tornando o ambiente mais limpo e saudável de uma maneira tranquila e eficaz. A forma simples e minimalista do produto, juntamente com suas cores escolhidas ajudam na concepção que o produto busca alcançar.

8.4.2 Usabilidade

Nesta etapa desdobram-se as facilidades de uso que o produto propõe, assim como, manutenção, limpeza, transporte e armazenamento.

A questão de limpeza do produto é de fácil uso, levando em consideração que possui formas arredondadas na maioria de sua extensão. Seu material por ser ABS também ajuda na manutenção de limpeza, podendo ser feita com pano úmido ou até mesmo contato direto com a água.

A manutenção do produto se adequa ao tipo de utilização que este terá. Como é um produto com material resistente, acredita-se que não haverão grandes problemas quanto as assistências de sistemas únicos. Se acaso haver a necessidade, troca-se todo o produto por um novo, desde que esteja dentro do prazo de garantia.

Se, por ventura, o produto vier a se danificar por maus cuidados/usos, este terá que ser reposto por conta do comprador, ou seja, este pagará por um novo produto.

Se o sistema retrátil da guia travar internamente por algum motivo, pode-se abrir a base da guia pelo parafuso e engates, conseguindo assim, arrumar o sistema de maneira fácil e rápida.Quanto ao armazenamento do produto, a guia tem uma embalagem diferenciada que faz com que se pendurada em algum local da casa, ao voltar do passeio com o cão, o dono pode armazenar sua guia na própria embalagem, esta protegerá e não ocupará espaços maiores. A embalagem será mais detalhada adiante, mas antecipa-se que esta tem uma espécie de bolsa em sua parte interior que acomoda a guia facilmente.

8.4.3 Adequação Antropométrica

Neste capítulo são mostradas as medidas físicas do corpo humano relativamente adequadas ao produto em desenvolvimento. Segundo Iida (2005, p. 98) “Homens e mulheres diferenciam-se entre si desde o nascimento. Os meninos são 0,6 cm mais compridos e 0,2 kg mais pesados, em média.”

Para o produto usou-se de medidas extremas da população brasileira, o homem mais alto (95%) e a mulher mais baixa (5%), tomando-se como base somente a estatura do indivíduo e as medidas do tamanho das suas mãos, pois o produto precisa se adaptar para ambos os sexos e dimensões.

Com isso, usou-se de medidas ditadas por Iida (2005) como variações extremas de um estudo realizado com adulto norte-americanos, podendo ser verificadas mais claramente na tabela 3:

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Variações Altura (em cm) Largura da palma (em cm)Mulher 5% 152,78 7,34Homem 95% 186,65 9,76

Tabela 3: Medidas de VariaçõesFonte: Arquivo Pessoal

Estas medidas foram usadas para a elaboração de adequações antropométricas estáticas, pois segundo Iida (2005, p. 137) “[...] produtos e equipamentos que exigem relativamente poucos movimentos, podem ser usados os dados de antropometria estática”. Sendo assim, como a variação de posição quanto à pessoa que estará passeando com o cão é mínima, utilizou-se desta forma.

Com relação a pega da guia, pode-se levar em consideração que Iida (2005, p. 246) afirma que “Observa-se que os melhores resultados quanto à transmissão de forças são obtidos com os diâmetros de cilindros entre 3 a 5 cm. As áreas de contato são melhores com os diâmetros de 5 a 7 cm, mas estes cilindros não permitem uma boa pega”

Dentro destas considerações, como o diâmetro do produto é de 2,5 cm, fez-se uma cobertura somente para a parte da pega da guia, gerando um cilindro de pega máxima de 3,0 cm, ou seja, dentro do padrão recomendado, evitando-se desta forma um efeito de peso na questão estética do produto como um todo. Abaixo demostra-se as variações entre os percentuais de 5% feminino e 95% masculino na figura 27.

Figura 27: Percentuais 5% e 95%Fonte: Arquivo Pessoal

Na figura 24, a qual mostra as relações entre a guia e o usuário, pode-se verificar que a parte onde está em branco seria a guia com 2,5 cm e a parte onde está pintado de verde é a variação para 3,0 cm que fica com um manejo melhor. Na vista superior da figura 27, mostra a adequação do comprimento da pega em silicone, feito com 13 cm e aceito tanto no percentil 5% feminino quanto o 95% masculino.

Outra medida considerada foi o compartimento interno para sacolas, na qual se estabeleceu como parâmetro sacolas de mercado e também o tamanho das fezes caninas, determinando-se o tamanho interno de 10,4 por 5,7 cm. Quanto a disposição para sacolas o espaço interno foi

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suficientemente bom, conseguindo incluir mais de sete sacolas de mercado, mostradas na figura 28.

Figura 25: Capacidade de sacolas no compartimentoFonte: Arquivo Pessoal

E quanto as fezes caninas, o tamanho é suficiente para até duas medidas de dejetos caninos de cães de porte médio, mostrados na figura 29.

Figura 26: Capacidade de dejetos caninos no compartimentoFonte: Arquivo Pessoal

Com isso, entende-se que o espaço interno já citado é suficientemente bom para guardar sacolas, coletores e também, se necessário, sacolas com dejetos caninos de maneira segura e eficaz.

8.4.4 Adequação Biomecânica

Nesta etapa do trabalho são descritas as movimentações feitas durante o uso da guia, posições e até mesmo esforços relacionados as melhores adequações para cada tipo de postura.

Como a guia é voltada a passeios diários com cães, o trabalho exercido é dinâmico. Iida (2005, p. 162) diz que “O trabalho dinâmico ocorre quando há contrações ou relaxamentos alternados dos músculos, como nas tarefas de martelar, serrar, girar um volante, ou caminhar.”

Os trabalhos exercidos no caso da guia podem ser separados da seguinte forma: força para 44

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empurrar e puxar, levantamento de cargas e pegas adequadas. Estas posturas e forças estão ilustradas com bonecos ergonômicos nos percentis 5% feminino e 95% masculino, como já citados no sub-capítulo de adequação antropométrica.

A posição de pé com deslocamento das pernas é a correta para caminhar com cães, Iida (2005) afirma que até 20 minutos nesta mesma posição não há problemas, pois é uma postura normal, porém se houver forças maiores, como no caso do cão puxar muito, já utiliza-se de forças para empurrar e puxar que necessitam de mais atenção. A posição com deslocamento das pernas pode estar sendo conferida na figura 30.

Figura 30: Posição correta para deslocamento das pernas Fonte: Arquivo Pessoal

Além desta posição, o usuário tem também a facilidade em estar sendo puxado pelo cão, como não foi encontradas informações para esta posição, utilizou-se da técnica de observação para representar com bonecos ergonômicos tal situação. Podendo estar sendo verificada na figura 31.

Figura 31: Posição com o cachorro puxando Fonte: Arquivo Pessoal

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Quanto ao levantamento de cargas, utilizado para a coleta dos dejetos caninos durante o passeio com o cão, foram analisadas as posturas corretas referente a esta ação. Iida (2005, p. 180) diz que “[...] recomenda-se que o levantamento de cargas seja realizado sempre com a coluna na posição vertical, usando-se da musculatura das pernas […], que são mais resistentes.”

Sendo assim, a figura 32 ilustra essa postura correta de maneira que o usuário possa se abaixar para coletar os dejetos caninos sem que acabe se machucando ou forçando musculaturas.

Figura 32: Postura correta para levantamento de cargasFonte: Arquivo Pessoal

Na questão de manejo e pega da guia baseou-se no que Iida (2005) representa ser manejo grosseiro, ou seja, é exercido pelo centro das mãos e os dedos têm a função de prender enquanto os punhos e braços exercem os movimentos necessários. A figura 33 ilustra os manejos grosseiros e suas melhores pegas.

Figura 33: Tipos de manejo grosseiroFonte: Iida (2005)

Como foi definida a pega geométrica, esta se diz por assemelhar à uma figura geométrica no caso da guia um cilindro. Iida (2005) diz que este tipo de pega tem vantagem por flexibilidade no uso e permite variações de pegas adaptando-se melhor a diferentes medidas.

Quanto ao sistema de toque para abertura da tampa é feito por manejo fino, sendo necessário apenas um toque para que esta se abra. A figura 34 ilustra os principais tipos de manejo fino.

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Figura 34: Tipos de manejo finoFonte: Iida (2005)

8.4.5 Adequação Fisiológica / Ambiental

Como o produto tem contato direto com as mãos do usuário, a pega da guia provoca umidade fazendo com que as mãos transpirem. Para corrigir este possível problema foi desenvolvido um revestimento em elastômero de silicone na base da guia, ajudando a neutralizar as transpirações.

Segundo Lima (2006) o elastômero de silicone é fortemente resistente a altas e baixas temperaturas (-70º a 250º), com isso sempre que a temperatura se elevar o indivíduo não irá transpirar tão facilmente, pois o silicone irá proteger este desvio na temperatura.

O ABS, material que reveste 80% do produto, é resistente a diferentes variações térmicas como umidades, dias quentes, frios e chuvosos. Assim sendo, o produto garante uma vida útil muito maior ao usuário.

8.4.6 Adequação Cognitiva

A adequação cognitiva busca compreender o funcionamento do produto de maneira a facilitar a interação com o usuário, obtendo aceitação deste. Para isto, utilizou-se os critérios e sub-critérios desenvolvidos por Bastien; Scapin (1993) no qual serão abordados somente os critérios relevantes ao produto em desenvolvimento.

Condução: para abertura da tampa do compartimento existe um rebaixo indicando a posição certa para o funcionamento da abertura da tampa e ainda um alto-relevo escrito “aperte”. Desta forma, o usuário tem a disposição interna do compartimento para guardar sacolas ou deixá-las com dejetos até um lixeiro próximo.

- presteza: o produto tem suas principais informações de uso quanto ao compartimento para sacolas e botão de travamento da guia em sua embalagem, não necessitando de um manual separado para este, pois suas funções são simples e fáceis de serem manuseadas.

- agrupamento/distinção: toda a base do compartimento é anexado à guia em função de um encaixe simples que o trava somente apertando-o sobre a guia e permanece travado durante todo o passeio até que se solte de novo manualmente.

- legibilidade: o produto apresenta boa legibilidade tanto quanto a utilização do botão que faz abrir a tampa, quanto o botão que trava a guia. O botão para travar a guia só possui informações quanto a utilização na embalagem, para que este não se sobressaia e não havendo necessidades maiores, pois todas as guias retráteis possuem um botão parecido. O sistema para fechar a tampa do compartimento tem a palavra “aperte” em caixa alta para que se tenha uma leitura fácil.

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Controle explícito: a base do compartimento possui um sistema de toque bastante eficiente ao produto para que este não atrapalhe durante o uso, tornando a coleta fácil, rápida e discreta. - ações explícitas do usuário: a abertura do compartimento é realizada através de um sistema rápido e eficaz, sendo necessário apenas um toque sobre a tampa e da mesma forma para fechar o compartimento. Desta forma evita-se que a tampa abra involuntariamente durante o passeio. O mesmo acontece com o botão da guia, depois de travar a corda com um toque sobre o botão não se destravará sozinho, isso acontecerá somente se o usuário forçá-lo novamente

Adaptabilidade: o compartimento tem por função armazenar sacolas destinadas à coleta dos dejetos caninos, e também possibilitar o transporte de sacolas com dejetos até um local próprio.

- flexibilidade: além do objetivo já citado acima, o usuário pode se adequar ao compartimento carregando outros pertences, se necessário, desde que este caiba no espaço interno e não o danifique.

Homogeneidade/coerência: a guia é totalmente coerente com as coleiras que existem no mercado. O mosquetão possui um tamanho que se adequa facilmente as diferentes coleiras e argolas. O produto é destinado à utilização com cães de pequeno e médio porte para que o sistema retrátil não seja forçado mais do que suporta.

8.4.7 Desenho Técnico

O desenho técnico foi desenvolvido com base nas medidas finais definidas do produto. Primeiramente será mostrada a vista principal com as indicações de cada peça e seus sistemas, após suas partes específicas mais detalhadas.

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8.5 FUNÇÃO TÉCNICA

Nesta etapa do projeto são apresentadas as tecnologias utilizadas para a construção do produto, assim como seus sistemas de construção, materiais utilizados para a elaboração e seus processos de fabricação.

8.4.1 Tecnológica

O sistema retrátil utilizado na guia foi baseado em uma trena de medição, mostrado pela figura 35, a qual ilustra de maneira simples a tecnologia usada nas trenas e também guias retráteis. Como o produto possui medidas diferentes de disposição para este sistema, houveram algumas alterações e adequações.

Figura 35: Sistema de TrenaFonte: Arquivo Pessoal

O sistema retrátil da guia baseou-se quase que por completo no sistema de trena, sendo que este foi adaptado para um novo formato. Portanto, houveram algumas modificações quanto a base que faz com que a corda consiga esticar e retrair sempre que necessário. O formato do sistema da guia pode ser analisado pela figura 36.

Figura 36: Base retrátilFonte: Arquivo Pessoal

A mola que faz a base interna girar ficou basicamente igual a de uma trena, tendo alterações nas medidas de comprimento em função da guia ser maior externa e internamente possuindo dimensões diferentes, assim como seu formato. Desta forma, o que faz com que a guia seja retrátil é o sistema de mola e a corda da guia localizada externamente na base, permitindo que a guia se expanda quando o cachorro puxar.

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8.5.2 Sistema Construtivo

O sistema construtivo baseia-se nas montagens e sistemas de montagens de cada peça que contém a guia, com isto fez-se primeiramente uma vista explodida do produto, figura 37, e após foram definidos os detalhamentos específicos de cada sistema.

Figura 37: Vista Explodida do ProdutoFonte: Arquivo Pessoal

Primeiramente são produzidas as partes principais da guia, a base de ABS, a base retrátil de PEAD e a pega do silicone, após são feitos os encaixes e montagens dos sistemas seguintes necessários a finalização da guia.

Na vista mais detalhada da base da guia, figura 38, pode verificar-se que a base é envolvida por uma camada que fará parte da pega, feita de Silicone SI necessitando apenas um encaixe na base para que o Silicone se fixe corretamente na guia. Desta forma, o Silicone pode ser retirado para possíveis limpezas e abertura total da base.

Figura 38: Base da guia e siliconeFonte: Arquivo Pessoal

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Na base da guia serão feitas duas partes, uma superior e outra inferior, para que a superior se encaixe e fique fixa na inferior colocou-se um parafuso com 10 mm de comprimento, e ainda quatro encaixes, este sistema facilitará a abertura do produto pelo usuário. Os encaixes são simples e fáceis de serem manuseados e o material utilizado foi o próprio ABS, que contorna a base e foi fabricado direto no molde da injeção.

Para o sistema retrátil a base foi feita em PEAD, que é um material resistente e na parte interna, como mostra a figura 39, é encaixada a mola de fita de aço para a base poder girar e expandir a corda que é fixada também na base, porém na parte externa.

A corda é fixada na base por meio de colagem, onde a ponta final é fixada com pressão, ficando resistente. A mola é fixada por meio de encaixe, no qual há um rebaixo na própria base para que esta fique junta a mola.

Figura 39: Base da Guia em perspectivaFonte: Arquivo Pessoal

A corda, que está fixa à base da guia, tem em sua outra extremidade uma peça de plástico fazendo com que a corda se encontre com a fita externa, esta peça possui um travamento próprio, necessitando apenas passar por fora da corda e travar. O mosquetão é fixado na fita por meio de uma alça que o próprio mosquetão possui, podendo ser visualizadas na figura 40.

Figura 40: Fita e mosquetãoFonte: Arquivo Pessoal

Além de todas estas partes que compõem a guia, há também a base de compartimento, figura 41, que é composta de uma tampa com uma dobradiça própria desenvolvida direto no molde de injeção da base e ainda um sistema de fecho toque conhecido como Touch Bin, apenas

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encaixado em um espaço específico na base, podendo ser trocado sem dificuldades.

Figura 41: Base do CompartimentoFonte: Arquivo Pessoal

Ainda na base de compartimento há um sistema de travamento direto com a guia. A base possui encaixes em seu lado inferior, pelo qual apenas pressionando sobre os buracos existentes na guia, esta se fixa de maneira segura. Para a retirada desta, basta puxar que a base se solta da guia.

8.5.3 Materiais

Os materiais descritos nesta etapa são os utilizados para todas as partes descritas do produto, assim como as externas e internas. Explicar-se-ão os materiais e as peças que contém cada um deles.

8.5.3.1 Acrilonitrila Butadieno Estireno - ABS

O termoplástico Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS) foi utilizado em algumas partes do produto que necessitam de maior resistência e acabamentos superficiais melhores, podendo ser visualizados na figura 42 como: base externa da guia (1) base e tampa do compartimento (2) e fechamento da corda (3).

Figura 42: Partes do produto em ABSFonte: Arquivo Pessoal

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Lima (2006) diz que o ABS possui um excelente acabamento superficial, uma excelente rigidez e ótima resistência, principalmente a impactos – o que é de importância ao produto – e após o seu processamento apresenta ótima aparência na superfície.

Além de ter um alto brilho, é capaz de produzir detalhes com extremas precisões, como no caso do rebaixo em detalhe da patinha. Este material é bastante utilizado em telefones, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, brinquedos, etc.

8.5.3.2 Silicone - SI

Este material foi utilizado na parte da pega da guia e também da capa interna do compartimento para sacolas.

O Silicone é caracterizado por Lima (2006, p. 176) como sendo “Polímeros semi-orgânicos de alto peso molecular formado por cadeias longas de átomos alternados de silício e oxigênio”. Assim sendo, o Silicone é bastante estável em relação a altas e baixas temperaturas, como já falado anteriormente, assim como possui ótima resistência aos raios ultra violetas e ao ozônio.

Outro fator importante do Silicone é que além dessas propriedades, não existem registros de que tenha provocado algum tipo de reação alérgica no ser humano. Sendo assim, o silicone pode ser manipulado com segurança, sem o risco de provocar poluição ou danos à saúde humana.

Existe ainda a necessidade de alterar a propriedade do silicone SI usado para a capa interna, precisando reter os possíveis odores causados pelos dejetos. Desta forma, não existirá problemas de retenção de odor nos outros compartimentos do produto, mas sim somente nesta capa protetora.

Para isto usou-se de um aditivo do tipo masterbatch adicionado ao silicone no processo de fabricação. O TEGO® Sorb é um masterbatch que retém odores e foi lançamento na feira Brasilplast 2009, seu fabricante é a Evonik Industries14.

Além da fabricação destes materiais descritos, existem peças da guia que serão terceirizadas por fabricantes seguros, de modo que a guia se finalize por completa. Estas partes são a corda da guia, a fita, o mosquetão, a mola (fita de aço), o parafuso e o fixador da corda da guia. Corda da guia

O Poliéster (PET) foi utilizado para a corda da guia, na parte interna. Esta corda trançada de poliéster será terceirizada, sendo adquirida por rolos pela empresa Rodocordas15 situada em Itajaí – Santa Catarina. Suas principais características são: boa resistência a ruptura, fácil manuseio, ótima resistência a intempéries e opção econômica aconselhada. Podendo ser visualizada na figura 43.

Figura 43: Corda Trançada de Poliéster (PET)Fonte: http://rodocordas.com.br/produto.php?codigo=1205

14 Disponível em: http://www.degussa.com.br/15 Disponível em: http://rodocordas.com.br/produto.php?codigo=1205

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A corda tem diâmetro de 0,35 cm, o rolo possui comprimento total de 153 m e são fabricadas 100% em poliéster reciclado.

Fita da guia

Para um melhor acabamento externo da guia, utilizou-se fitas para prender-se ao mosquetão. As Fitas Expressas16 possuem um anel elástico interno em uma das extremidades o que substitui o "String" para estabilizar o mosquetão, melhorando assim o manuseio e facilitando o uso. São fabricadas em Poliéster de Alta Tenacidade que garante maior resistência mecânica e a agentes químicos, possui 25 cm de comprimento. Estas são mostradas na figura 44, e fabricadas na cor preta, para não ficar diferente da corda interna.

Figura 44: Fitas ExpressasFonte: www.kailash.com.br

Mosquetão

O mosquetão, é um anel metálico que possui um segmento móvel, chamado gatilho, que se abre para permitir a passagem do anel da coleira do cão, para que este fique fixo a guia. Este produto será terceirizado pela empresa Iate17, o modelo escolhido para a guia foi o mosquetão de aço INOX giratório (representado pela figura 45) que faz com que a guia não se enrosque.

Figura 45: Mosquetão de INOX – IateFonte: www.iate.biz/produtos/mosquetao-inox.html

Fita de Aço Alto Carbono – Mola da Guia

A fita de aço será utilizada para a mola interna da guia, fazendo com que esta seja retrátil. O Sandsteel18 define as fitas de aço com alto teor de carbono como “[...] utilizados em peças planas e processos de baixa conformação. Sua característica principal é a alta resistência mecânica aliada a boa tenacidade, podendo ser utilizado na condição sem têmpera ou pré-16 Disponível em:

http://www.kailash.com.br/site/index.php/produtos/seguranca/costura_l_fitas_l_acessorios/fita_expressa_22kn

17 Disponível em: http://www.iate.biz/produtos/mosquetao-inox.html18 Disponível em: http://www.sandsteel.com/default.asp

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temperado.”

Esta terá sua dimensão de 0,15 mm de espessura, 1 m de comprimento e 10 mm de altura, tendo estas medidas referente ao tamanho interno da base retrátil. A figura 46 ilustra essa fita de acordo com a que será utilizada na guia, sendo adquirida pela Sandsteel.

Figura 46: Fita de aço alto carbonoFonte: www.sandsteel.com/default.asp

Parafuso para prender a guia

Para prender a guia será utilizado um único parafuso de Fenda Philips ChipBoard da empresa Reipar19 por ser fácil de desparafusar em casos necessários. Ilustrado pela figura 47, possui a cabeça chata e escolhe-se o acabamento Zincado Branco, pelas demais peças da guia serem brancas, tornando-o discreto.

Figura 47: Parafuso Fenda PhilipsFonte: www.reipar.com.br

Suas dimensões conforme a figura 47 são de:

L (comprimento): 10 mmD (diâmetro da cabeça): 6 mmh (altura da cabeça): 2,34 mmd (diâmetro): 3 mm

Além do parafuso central para prender a guia, será utilizado um acabamento superficial na guia para que esta fique fixa de maneira segura. Esse acabamento será feito direto no ABS em sua fabricação.

8.5.4 Processos e Fabricação

Os processos e fabricações descritos nesta etapa são unicamente dos materiais escolhidos para serem fabricados, não compreendendo aos produtos e materiais terceirizados por fabricantes.

19 Disponível em: http://www.reipar.com.br/parafuso-chip-board-cabeca-panela.php62

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8.5.4.1 Injeção

O matéria-prima do ABS foi utilizada em 3 partes específicas da guia, ilustradas na figura 40, a base da guia, o botão da base da guia e a base do compartimento para sacolas. Além destas, há também as partes da guia feitas por PEAD, são elas a base retrátil e a base do botão de travamento da guia. O silicone SI também será produzido por base de injeção que serão a pega (dividida em duas partes) e a capa protetora do compartimento.

Desta forma, todas estas partes separadas serão feitas por meio de processo de injeção. Lima (2006) afirma que a produção econômica deste processo é altíssima, porém os investimentos em equipamentos são altos porque necessitam além das injetoras, equipamentos para refrigeração, torres de refrigeração, matrizaria, instalações apropriadas de armazenamento e transporte interno.

Para o processo de injeção são necessários primeiramente os moldes metálicos de cada peça, feitos em aço-ferramenta, sendo mais resistente ao desgaste do processo. Abaixo, na figura 48, pode-se visualizar um desenho esquemático de uma injetora, especificadas todas as partes principais deste maquinário.

Figura 48: Desenho Esquemático de uma InjetoraFonte: http://www.ni.com/

O processo de fabricação pode ser descrito segundo Lima (2006) de maneira que primeiramente são depositados os grãos termoplásticos dentro do funil de carga, que além de armazenar ele dosa a entrada de volume certo do material. Depois que o material já está no êmbolo, a rosca é rotacionada pela máquina motora de maneira a conduzir o material até os aquecedores (em função do atrito gerado pelo movimento e da ação das resistências elétricas posicionadas ao longo do percurso) chegando ao final praticamente fundido. É nesta etapa que o material é pressionado ao “bico de injeção”, ilustrado na figura 49, e após para o canal de injeção que o molde possa preencher as cavidades, aqui funciona não mais rotacionando, mas com uma seringa de injeção empurrada por pistões posicionados na região posterior da máquina.

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Figura 49: Processo de InjeçãoFonte: Lima (2006)

Após o término de preenchimento da cavidade, precisa-se resfriar as peças do molde, isso é feito pela passagem de água gelada pelos dutos encontrados no interior das paredes do molde. Desta forma, com a peça já resfriada, o molde é aberto para a peça ser retirada. Como as peças para este processo são mais detalhadas será necessário o pino extrator, este processo pode ser visualizado na figura 50, que tem por função empurrar a peça presa ao molde.

Figura 50: Processo de Injeção 02Fonte: Lima (2006)

Além deste processo de produção em algumas peças serão feitos acabamentos diferenciados,

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de acordo com o que se espera do produto final montado e finalizado. Na base da guia, que são as duas partes separadas, mais o botão para travamento retrátil o ABS terá um acabamento superficial de alto brilho.

O acabamento destas peças será feito com tintas de verniz automotivo da empresa Testor20 que possui uma vasta gama de cores destes verniz, para utilização também nos detalhes coloridos da peça. As cores serão o branco, para todas as bases, o vermelho-goiaba para tais modelos, amarelo e verde-azulado para outros tais modelos, já citados anteriormente. A figura 51 ilustra os acabamentos e as cores específicas. Os outros acabamentos como serão internos não terão acabamentos superficiais.

Figura 51: Acabamentos de VernizFonte: http://www.testors.com/products/137029

8.6 FUNÇÃO OPERACIONAL

A função operacional é responsável pelos sistemas existentes no produto, para que este tenha um bom funcionamento e vida útil. Os sistemas necessários para a guia retrátil são os de abrir e fechar a tampa do compartimento e o travamento da guia para que este limite o cão na distância entre o dono.

8.6.1 Sistema de abertura do compartimento

O sistema de abertura da tampa do compartimento para sacolas será feito por um sistema de abertura por toque. O sistema Touch Bin® (figura 52) é encontrado na empresa Brabantia21

no qual apenas um toque é preciso para que a tampa se abra e outro toque sobre a tampa para que esta se feche.

Figura 52: Sistema Touch Bin® Fonte: www.brabantia.com

Este sistema é anexado na parte interna do compartimento, na tampa só se necessita de um

20 Disponível em: http://www.testors.com/products/13706121 Disponível em: http://www.brabantia.com/Flash/page/2/-/en#/page/21/2992/en/

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rebaixo para indicar o toque e uma peça que será feita junto a tampa para que esta se fixe ao Touch Bin®.

8.6.2 Sistema de travamento da guia

O sistema de botão escolhido para trancar e soltar a guia foi o da empresa Shurter22

especializada em botões de iluminação, porém será utilizado somente o sistema de toque para travar e destravar (como mostra a figura 53).

Figura 53: Sistema de botão Shurter Fonte: http://www.schurter.ch

Este sistema tem uma base interna maior, porém na sua superfície o que fica visível é uma elevação obtendo um toque preciso. A figura 54 ilustra uma vista externa do botão mostrado pela empresa Shurter, que por sua vez terá adequações quanto ao formato da guia. Este será todo a base de PEAD e sua superfície, para ficar de acordo com o restante da guia, será de ABS. Apenas um toque faz a guia travar e outro toque destrava-a.

Figura 54: Botão ShurterFonte: http://www.schurter.ch

No fundo do botão há um formato coincidente com a base da mola no qual faz com que o sistema pare de funcionar, travando a guia, ilustrado na figura 55.

22 Disponível em: http://www.schurter.ch/products/product_news.asp?sge=input_systems&language_id=1066

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Figura 55: Sistema de travamento da guiaFonte: Arquivo Pessoal

8.7 FUNÇÃO ECOLÓGICA / SUSTENTABILIDADE

A Ambiente Brasil23 informa que o lixo brasileiro contém de 5% a 10% de plásticos, dependendo do loca, sendo que o ideal é que este lixo seja reciclado e recuperado. A reciclagem destes plásticos exige cerca de 10% da energia utilizada em um primeiro processo e mesmo assim entre todos os plásticos produzidos no Brasil, somente 15% são reciclados.

Como a guia possui mais de 80% de sua composição feita a base de plásticos, dentre eles o PEAD e o ABS, isso foi pensado para que ao se retirar seus sistemas internos esta possa ser destinada a reciclagem sendo levadas a postos específicos.

Os demais itens, como o sistema de mola da guia ou os botões, devem ser destinados às lixeiras específicas para cada material.

Sobretudo, a guia suporta diferentes tipos de sacolas que podem ser levadas em seu interior, não são necessárias que estas sacolas sejam biodegradáveis, porém a guia tenta incentivar o uso com propagandas em sua embalagem. Desta forma, as sacolas podem ser deixadas no meio ambiente sem mais preocupações, pois assim viram adubos juntamente com os dejetos caninos.

A guia possui uma vida útil determinada entre 3 a 5 anos, desde que com certos cuidados quanto à possíveis quedas ou mal uso. Seus sistemas são bastante resistentes e seus materiais possuem características de utilidade bastante longas.

8.8 FUNÇÃO COMERCIAL

Atualmente, o composto ou mix de marketing é conhecido internacionalmente como “Os 4 Ps do Marketing”. Na visão de Kotler (1998), composto mercadológico é o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos no mercado-alvo. Neste contexto, o Produto, Preço, Promoção e Ponto de venda os conhecidos e chamados 4Ps ou composto mercadológico (ilustrado pela figura 56) são, portanto, ferramentas do marketing.

23 Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/reciclagem/plastico.html#reciclagem

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Figura 56: Disposição dos 4PsFonte: Serrano24 (2006)

8.8.1 Produto

O produto é o primeiro elemento do Composto Mercadológico: todos os demais componentes dependem do estudo e conhecimento do produto. O preço, a praça e a promoção só podem ser definidas após um estudo do produto e da identificação de seu mercado-alvo.

8.8.1.1 Diferenciais

A guia retrátil com compartimento para coletores foi desenvolvida pela falta de conscientização de donos de animais de estimação, mais propriamente o cão. Como já foi citado as pesquisas relatam que as pessoas acabam não usando coletores e/ou sacolas na coleta de dejetos caninos, muitas vezes, por vergonha ou por não existir um local próximo para o despejo destes dejetos.

Com isso, procurou-se produtos atuais utilizados para a coleta de dejetos caninos e fez-se uma análise dos aspectos que estes produtos possuem que acabam gerando a não ou pouca aquisição destes. E por fim, uma das características mais impactantes é quanto a forma e agrupamento dos elementos estéticos, outra característica é a falta de conhecimento dos usuários referente à importância da coleta dos dejetos caninos, assim como a falta de propaganda destes coletores.

A guia retrátil com compartimento para coletores, busca atingir os usuários e futuros usuários de maneira que se sintam importantes em estarem coletando os dejetos de seus cães. Assim sendo, o produto tem seu compartimento discreto e de fácil utilização, para que quando necessário sejam feitas as coletas de maneira rápida, discreta e eficaz. As cores também foram escolhidas de acordo com produtos que traduzam limpeza, como a cor branca, na qual se agregam outras cores em detalhes pequenos para a diferenciação dos elementos.

8.8.1.2 Qualidade

Tendo em mente que o produto é novo no mercado, é preciso oferecer aos consumidores um certo nível de conforto, pois se o produto não der certo, eles podem querer receber o dinheiro de volta. O principal é a facilidade, para isto gerou-se um sistema de troca, se houver alguma falha de fábrica ou posteriores panes nos sistemas, o usuário pode no período de 1 (um) ano

24 Disponível em: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/4_Ps_do_Marketing.htm68

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com o certificado de garantia, requisitar esta troca.

Com isso, o comprador fica mais seguro ao adquirir o produto e não tem medo de que na primeira utilização este tenha problemas ou não funcione corretamente da maneira que lhe foi proposto.

8.8.1.3 Marca

A construção de uma marca forte para o produto é conseqüência de um relacionamento satisfatório com o mercado-alvo. Quando esta identificação positiva se torna forte o bastante, a marca passa a valer mais do que o próprio produto oferecido.

Desta forma, o nome da marca teve por objetivo promover uma fácil pronúncia, para posteriormente ser lembrada rapidamente. O produto pretende atingir não só o Brasil, mas também outros países futuramente, desta forma, o nome da marca foi escolhido na língua inglesa, por ser uma linguagem universal.

Para o nome do produto juntou-se duas palavras vindas da língua inglesa: ew, cuja tradução em português refere-se a "eca"; e dog que significa cão; formando a marca EwDog. O nome remete ao tema de projeto, cujo objetivo é o auxilio na coleta de dejetos caninos, adequando-se então a proposta definida. Assim sendo, a EW-DOG tem a intensão de ser uma marca ingênua e divertida em relação ao ato de coletar os dejetos.

Para esta marca buscou-se estabelecer alguns parâmetros de ligação entre o objetivo do produto e todos os aspectos relevantes a coleta dos dejetos caninos. Para que isto fosse possível, primeiramente escolheu-se dentre algumas fontes a que mais se identificasse com o nome da marca EW-DOG.

Sendo assim, definiu-se a Balonez Fantasia BR (Normal), por ter seu formato arredondado e alguns detalhes que se interligam a marca. A cor Verde-Menta envolveu a guia de maneira a buscar o lado ecológico que o produto propõe, o de conscientizar as pessoas a manterem ambientes públicos limpos, voltado a ecologia.

Da mesma forma, como logotipo escolheu-se a simbologia artística de um dejeto canino, tendo forte ligação ao produto e fazendo com que sejam transmitidas de maneira agradável e divertida. As cores também foram baseadas nas da marca, o Verde-Menta junto ao Margenta, agrega forte destaque. Ainda se aplica uma espécie de quadrado que apenas foi adicionado para o fechamento do símbolo em forma de botão, acionando a conscientização. Isso é melhor visualizado na figura 57, com adaptações em fundo claro e escuro.

Figura 57: Marca EW-DOGFonte: Arquivo Pessoal

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8.8.1.4 Embalagem

O mais importante da embalagem é que ela se comunique diretamente com o cliente até que ele tome a decisão de compra. Se estiver em uma prateleira com outros produtos similares, o produto não pode apenas parecer bonito, ele tem que gritar sua mensagem para ser notado.

A embalagem da Ew-Dog é diferenciada e ecológica (ilustrados pelas figuras 58 e 59), e ainda traz informações quanto a utilização correta do produto, além do melhor modo de se guardar as sacolas para coleta, a importância da coleta dos dejetos caninos e também o incentivo do uso de sacolas biodegradáveis para que os dejetos possam ser despejados no próprio quintal e/ou natureza.

Figura 58: Embalagem EW-DOG 01Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 59: Embalagem EW-DOG Aberta e o VersoFonte: Arquivo Pessoal

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Outra característica bastante interessante da embalagem é que além de ser totalmente com material resistente e reciclado, ela possui um gancho que pode ser pendurado em casa para que esta sirva de apoio para guardar a guia.

A figura 60 mostra dicas fornecidas no verso da embalagem destacadas para que o usuário consiga dobrar suas sacolas de maneira que elas fiquem menores.

Figura 60: A arte de dobrar sacolasFonte: Arquivo Pessoal

8.8.2 Preço

Preço é a quantia em dinheiro que se cobra por um produto ou serviço. Brasil25 (2008) informa:

Quanto você deve cobrar por seu produto? Isso depende. Se seu negócio for, por exemplo, o de locação de Vídeo e DVD, deve ser o mínimo possível. Se tiver uma banca de revistas, será o mesmo que em todas as outras. Contudo, se tiver uma joalheria, o preço agrega valor ao produto, indicando seu nível (Você preferiria ganhar um anel de dois mil ou de cinco mil reais?). A definição do preço deve ir ao encontro do seu produto e da realidade do seu consumidor em potencial.BRASIL (2009)

Portando o preço do produto deve ter uma concentração de dados referentes a sua qualidade, potencial, público e também a importância e valor deste.

Na guia retrátil não se conseguiu chegar a um preço específico, por ser difícil a percepção de uma linha de produção, tendo base em produtos que seriam terceirizados por atacado, e não por varejo, mas estima-se que o produto não alcance um custo muito elevado, levando em conta seus materiais e tecnologias.

8.8.3 Praça ou Ponto

A praça escolhida para a divulgação e venda do produto condiz muito com o sucesso que este

25 Disponível em: http://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/marketing-e-propaganda/os-4-ps-do-marketing-2822/artigo/

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poderá obter, desde a localização da loja até o local do mostruário onde o produto estará exposto.

8.8.3.1 Pontos de venda

O produto tem por intenção a venda em Pet Shops, onde acontece a busca por materiais e produtos voltados aos animais de estimação. Existem estabelecimentos de diferentes potenciais aquisitivos, a guia busca atrair diferentes públicos para que haja a divulgação e futuramente a conscientização de grande maioria dos usuários.

Com isso, mostrou-se um exemplo de possível distribuição para o Pet shop Planets Dog26 (figuras 61 e 62) o qual venderia o produto em suas estantes, divulgando-o em formas de cartazes. A loja encontra-se na cidade de São Paulo e possui um espaço amplo, com auxílios de veterinários especializados em animais domésticos.

Figura 61: Pet Shop Planets Dog Fachada Figura 62: Pet Shop Planets Dog Interior Fonte: www.planetsdogespaco.com.br/ Fonte: www.planetsdogespaco.com.br/

Outro meio escolhido para a venda do produto seria via internet, com sites especializados em vender produtos para animais de estimação. Pode-se destacar o site internacional The Green Dog27, no qual se venderia as guias, iniciando-se desta forma a divulgação internacionalmente.

Figura 63: The Green DogFonte: www.thegreendogcompany.co.uk

26 Disponível em: http://www.planetsdogespaco.com.br/27 Disponível em: http://www.thegreendogcompany.co.uk

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O site internacional The Green Dog28 busca diferenciais em produtos ecológicos ou que possuam visões ecológicas, assim como produtos naturais, mostrado na figura 63.

8.8.4 Promoção

Esta etapa revela todas as tarefas de comunicação que visam promover o consumo do produto em questão da melhor maneira possível. As formas utilizadas para esta comunicação foram propagandas feitas através de cartazes, outdoors e divulgação eletrônica – um site com informações principais do produtos.

8.8.4.1 Propaganda

A propaganda tem um papel muito importante no sucesso do produto, é essencial que este divulgue informações necessárias e, no caso da guia, faça com que o usuário pense duas vezes ao deixar dejetos caninos na rua, sem que haja uma coleta específica. Desta forma, criaram-se cartazes, figura 64, que serão deixados em Pet Shops, outdoors e divulgação de mídias eletrônicas.

Figura 64: Cartaz de DivulgaçãoFonte: Arquivo Pessoal

28 Disponível em: http://www.thegreendogcompany.co.uk73

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8.9 FUNÇÃO INFORMACIONAL

Esta etapa tem por objetivo sinalizar e destacar os principais meios que foram utilizados para divulgação, informações de funcionamento e dicas. A EW-DOG pretende atingir o maior número de pessoas que se preocupam com a saúde dos seus animais e também de suas próprias.

Assim sendo, algumas características principais são destacadas, como a frase, citada na embalagem e também nos meios de propaganda que foi “Torne o passeio do seu cão um ato ecológico”.

Houve também as informações de como dobrar sacolas grandes e abastecer mais a guia, quanto ao travamento da guia por meio do botão, abertura do compartimento e inserção das sacolas e também o incentivo ao uso de sacolas biodegradáveis.

Outros tipos de informações foram os de sinalizações, como no compartimento para sacolas, o qual tem um relevo com a palavra “aperte”. Este tipo de informação é discreto, porém auxilia nos primeiros momentos em que se adquire a guia, assim como as informações contidas na embalagem do produto.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para o desenvolvimento deste projeto levou-se em conta os seguintes aspectos: principalmente, aspectos ecológicos e sociais de locais destinados ao lazer, como vias públicas, parques, praias, calçadas, dentre outros; a falta de cultura e de conscientização de donos de animais de estimação, mais precisamente cães, que durante os passeios rotineiros deixam de coletar as fezes do próprio cão; dificuldades quanto à coleta e à locais onde não existem lixeiras próximas.

Todas estas informações ajudaram na etapa de pesquisa do problema, a qual foi relatada e comprovada na etapa da pesquisa bibliográfica e também nos questionários aplicados.

Assim, definiram-se os aspectos conceituais do produto em desenvolvimento, sendo auxiliado por ferramentas de projeto, as quais contribuíram para a criação de um novo produto que auxilie a coleta das fezes caninas e ajude na conscientização dos donos de animais de estimação.

A guia não apresenta concorrentes diretos, uma vez que o dono atualmente deve levar a guia - necessária para passeios – e ainda, coletores próprios ou sacolas de mercado muitas vezes como um incômodo a mais, causando a não utilização de nenhum coletor, deixando as fezes em locais abertos causando, na maioria das vezes, proliferação de doenças.

O produto é apresentado com linhas simples e funções objetivas. São dois produtos úteis embutidos em um só, tendo a sua utilização facilitada e diferenciada. Pode ser levada ao passeio somente a guia, e também se for necessário há a possibilidade de se retirar o outro produto para lavar, no seu interior também possui uma espécie de capa protetora que se encarrega de proteger de odores desagradáveis o produto como um todo e auxilia na sua limpeza.

O desenho da guia foi elaborado de maneira que a pega tenha uma proteção feita de silicone que ajuda a transpiração e também a sua ergonomia. O sistema de abertura do recipiente para sacolas, é feito por um toque sobre a tampa que a faz abrir.

Portanto, a guia é um produto que proporciona uma melhor atividade de lazer com o cão, conseguindo conscientizar as pessoas da importância da coleta de dejetos, das doenças que estarão sendo evitadas com este ato e também da manutenção da limpeza das vias públicas.

O produto tem o processo de fabricação simples e de maneira que em uma linha de produção não haja muito trabalho manual, somente as montagens das peças e finalizações. A forma escolhida para os elementos da guia são 90% arredondadas e limpas, levando pontos positivos também em relação a limpezas necessárias.

Ainda tem-se a intenção de incentivos a implementação de lixeiras específicas para os dejetos caninos, juntamente com seus sistemas de coletas públicas, o que auxiliaria na resolução do problema maior citado na pesquisa, que é o de sujeiras em vias públicas e facilitaria ao usuário de coletores no momento de se desfazer destes.

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11 APÊNDICES

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APÊNDICE 01:

Entrevista

Foi realizada uma entrevista com o proprietário do PetShop Molecão situado na cidade de Jaraguá do Sul, Renato Melo de 35 anos, trabalhou mais de 7 anos na Bayer, empresa especializada na saúde animal, onde adquiriu muita experiência no área. Segue lista dos assuntos discutidos durante a entrevista:

1. Existe uma classificação quanto aos tamanhos e portes de cães?Basicamente a classificação quanto aos tamanhos de cães se dividem em 4 portes: até 10 kg porte pequeno, de 10 kg à 20 kg porte médio, de 20 kg à 40 kg porte grande e acima de 40kg são os portes gigantes, também chamados de Molosso.

2. Cada porte possui tamanho/consistência diferente quanto aos seus dejetos?Falando de volume, um Pincher pode fazer de 30 à 130 gramas de fezes, quanto um Dog Alemão pode fazer de 100 gramas à 1,5kg de fezes. Já a consistência das fezes tem muito a ver com fibras, dependendo muito da ração e do que é oferecido ao cão, além da ração.

3. Qual a melhor alimentação para que o cão tenha seus dejetos mais sólidos?Existem alguns alimentos que deixam as fezes mais sólidas, como por exemplo o osso palito (feito de farinha de couro bovino e gelatina). E existem também os alimentos que deixam as fezes mais liquidas, como carne com muita gordura ou uma ração com menos fibras.Também é muito comum em rações melhores, certos elementos que ajudam na solidez e reduz odores desagradáveis das fezes e urina como o extrato de iúca (uma batata Mexicana) ou também o uso da aveia, porém muito difícil encontrar alguma ração que use-a, até mesmo pelo preço. O cão tem essa capacidade de se adaptar à alimentação, se você sempre der comida caseira ao cão ele não vai ter diarréia, ele terá sim, um volume de fezes muito grande, porque muitos dos elementos da comida caseira não são ideais ao cão. Já se um cão que não come comida caseira, comer, aí o estômago dele vai estranhar e provavelmente ele vai ter dor de barriga, deixando suas fezes amolecidas.Acontece muito de o cão ter dor de barriga na segunda-feira, pois ele acompanha os donos no final de semana e acaba comendo das suas alimentações.

4. Qual a procura de coletores de fezes para cães?A procura de coletores de fezes é quase zero, o pessoal não tem o hábito, eu vejo algumas pessoas falando que usam sacolas de mercado e que são as tais poucas pessoas que usam, agora comprar coletor quase não se escuta falar, eu ouvia falar disso bastante em São Paulo e lá já tem pá de papel desmontável pra você usar na rua, descartável. Quando eu morava e trabalhava lá havia essa procura e era demasiada, aqui é praticamente zero.Um pouco pelo lado cultural e de conscientização aonde os próprios veterinários já vem falando bastante nesse assunto e reforçando sempre, principalmente se falando da saúde do cão, do próprio dono e das pessoas que convivem com o cão.A Bayer é uma das pioneiras desta campanha, é uma empresa que trabalha bastante em cima de higienização de ambientes, de ruas, praças e praias.

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APÊNDICE 2

Questionário

Neste capítulo apresentam-se os resultados do questionário aplicado à 76 (setenta e seis) donos de cães, com ambos os sexos, residentes na cidade de Balneário Camboriú e região.O questionário foi aplicado via internet, realizado pelo site GoogleDoc e aplicado nos meses de setembro, outubro e novembro de 2008.

3.2.1 Respostas dos participantes do questionário

1. Identificação do cãoo Idade

21%

14%22%

43%

1 ano ou menos

entre 2 5 anos

entre 6 9 anos

10 anos ou mais

Gráfico 1: Percentual de cães dos donos participantes por idadeFonte: Arquivo do aluno

Pode-se perceber que de todos os entrevistados, a maior porcentagem é de cães com idade entre 2 à 5 anos tendo 43%, e também grande número de filhotes (1 ano ou menos) com 22%.

1.2 Sexo

46%

54%Macho Fêmea

Gráfico 2: Percentual de cães dos donos participantes por sexoFonte: Arquivo do aluno

Pode-se perceber que quanto ao sexo do cão se obteve um resultado equilibrado, mas com uma maior porcentagem de cão macho - 43%.

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1.3 Raça

Raças: Nº de donos que possuem cães com estas raças:

Akita Inu 01Basset Hound 01Beagle 03Boxer 02Bulldog 02ChowChow 01Cocker 03Daschund 03Fox Paulistinha 02Lhasa Apso 07Labrador 02Maltese 01Pastor Alemão 02Pastor Belga 01Pincher 09Pequinês 01Pitt Bull 03Poode 13Rottweiler 03Schnauzer 02Shih Tzu 01Vira Lata 06Weimaraner 02Yorkshire 05

Tabela 3: Raças de cães Fonte: Arquivo do aluno

Pode ser observado que quanto às raças de cães cujo donos foram entrevistados, existe uma variedade bastante grande, porém a grande maioria possui raças com portes menores.

1.4 Alimentação

81%

12%

7%

Ração

Comida caseira

Outros

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Gráfico 3: Percentual da alimentação dada aos cãesFonte: Arquivo do aluno

Pode-se observar que ração é o tipo de alimentação mais oferecida aos cães, ocupando 81% do gráfico, 17% são de comidas caseiras. Sabendo-se que a ração é a alimentação mais apropriada ao cão, das 9 pessoas que responderam dar comida caseira aos seus cães, 7 alegaram oferecer também a ração entre outros produtos alimentícios caninos.Os que optam por oferecer outro produto ao cão, seguem suas respostas:

Outro: (tipo de alimento oferecido ao cão) Nº de donos que oferecem estes tipos de alimentos

Preciso misturar ração com comida (carne, frango) e às vezes algum petisco canino

01

Ração, biscoito, chocolate, comidas especiais para cães

01

Ração, comida caseira e frutas 01Ração, restos de comida e comida dos gatos 01Leite e pão 01

Tabela 4: Outros tipos de alimentos oferecidos aos cães Fonte: Arquivo do aluno

O que leva a observar que ainda que os cães se alimentem de comida caseira ou de outros tipos de alimentos, na maioria das vezes a ração é dada como auxílio.

2 Atividades que o dono pratica com seu cão2.1 Você costuma praticar atividades de lazer com seu cão?

78%

22%

Sim Não

Gráfico 4: Percentual de donos que praticam atividades de lazer com os cãesFonte: Arquivo do aluno

Além de o gráfico estar sendo preenchido com 78% de pessoas que costumam praticar atividades de lazer com seus cães, ainda existem 22% de pessoas que não praticam.

2.2 Quais atividades?

Atividades de lazer praticadas com os cães:

Nº de donos que praticam estas atividades:

Corridas 14Caminhadas 54Natação ao ar livre 4

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Surf 1Passeios de moto ou carro 23Não pratico 13Outros 6

Tabela 5: Atividades de lazer praticadas com os cães Fonte: Arquivo do aluno

Como esta questão era de múltipla escolha, foi feito uma tabela para demonstrar tais atividades, sendo que caminhada é a atividade mais praticada segundo o questonário, sendo com 54 pessoas.

Outros: (atividades de lazer) Nº de donos que praticam estas atividades:Buscar bolinhas 01Correr atrás de bolas 01Brincadeira de buscar brinquedos 01Passeios rápidos a pé 01Brincar com brinquedos 01Com brinquedos, ex.: Bolas (correr atrás) 01

Tabela 6: Atividades de lazer praticadas com os cães, alem das citadasFonte: Arquivo do aluno

Dentre todas as outras opções a grande maioria falou de brincar com o cão no intuito de fazê-lo buscar bolas ou algum outro objeto.

2.2 Com que freqüência executa estas atividades?

31%

25%

20%

8%

8%

8% 3 vezes por semana

2 vezes por semana

1 vez por semana

1 vez a cada 15 dias

1 vez por mês

Outros

Gráfico 5: Percentual de freqüência destas atividadesFonte: Arquivo do aluno

O gráfico anterior é representado pela freqüência com que os donos de cães praticam atividades de lazer, mostra que a grande maioria pratica atividades até 3 vezes por semana.

Outros: Freqüência com que pratica atividade de lazer com o cão:

Todos os dias 031 a 2 vezes por dia 02

Tabela 7: Outra freqüência com que pratica atividade de lazerFonte: Arquivo do aluno

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Dentre as opções optadas por “outros” todos praticam alem de 3 vezes por semana, sendo com 03 pessoas que praticam todos os dias e 02 que praticam 1 ou 2 vezes por semana.

2.3 Na execução dessas atividades seu animal já precisou fazer suas necessidades (urinar ou defecar)?

87%

13%

Sim Não

Gráfico 6: Percentual de cães que necessitaram fazer necessidades em locais públicosFonte: Arquivo do aluno

O gráfico preenche 87% dos cães que necessitaram fazer suas necessidades em locais públicos, na hora em que praticavam atividades de lazer.

2.4 Se sim, como você executou esta coleta?

71%

12%

7%

10%

Sacolas plásticas

Papéis

Coletores de fezes

Outros

Gráfico 7: Percentual de pessoas e do que usaram na coletaFonte: Arquivo do aluno

O gráfico revela que apenas 7% das pessoas que precisaram limpar as fezes de seus cães nas ruas, utilizaram coletor de fezes específico, enquanto isso 71% utilizam sacolas plásticas.

2.5 Quais os problemas que você percebe em relação a estas coletas?

Problemas encontrados: Número de pessoas:O nojo das outras pessoas e até de ter que ajuntar

08

Tranqüilo, pois, o meu cão não sai do jardim, então ele faz suas necessidades por perto sempre

01

O fato de não ser um hábito faz da atitude estranha, como carregar alguma coisa que possa ajudar na coleta, onde colocar se no lugar não tiver lixeira e como não ter contato com as fezes

01

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Fezes amolecidas 05Nenhum, utilizo os coletores pela praticidades, mas algumas vezes utilizo também papel toalha e sacola plástica no caso de urina, pois o coletor só serve para fezes

01

A falta de consciência das outras pessoas que não coletam

05

Falta de material adequado 06Falta de local adequado para despejar as fezes após a coleta

08

É ruim ter de abaixar para coletar 01Contato com as fezes, mesmo que por meio de sacolas acaba sentindo

06

Armazenamento durante o passeio 03Nenhum problema quanto coletar 04

Tabela 8: Problemas encontrados na coletaFonte: Arquivo do aluno

A tabela mostra a grande gama de problemas encontrados na hora em que é necessário o uso da coleta, dentre eles os mais gritantes são a vergonha em que os donos tem quanto ao que as outras pessoas irão achar, e a falta de um local específico para serem deixadas estas coletas e não junto ao lixeiro normal, há também a falta de conscientização dos donos de animais e estimação e também o contato direto e indireto com as fezes.

2.6 Se existisse um produto específico e mais eficaz para esta coleta, você o levaria para sua atividade de lazer com o cão?

89%

11%

Sim Não

Gráfico 8: Produto específicoFonte: Arquivo do autor

Esta resposta revela que é de suma importância um produto eficaz ao problema, e que se de fato seja resolvido haverá pessoas adquirindo destes e se conscientizando.

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