EX FOLHA TRA - Bancários Blumenau · Trabalhista e Previdenciária e e e ... reclamação...

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EXTRA FOLHA Informativo do Sindicato dos Bancários de Blumenau e Região www.bancariosblumenau.org.br Abril / 2017 PREVIDÊNCIA SEEB promove debate sobre Reforma da Previdência. Pág. 7 TRABALHISTA Reforma acaba com direitos e segue regime de urgência. Pág. 3 GREVE GERAL Debate sobre reforma da Previdência no dia 11/4 Bancários aprovam adesão à Greve Geral do dia 28 de abril. Assembleia da categoria realizada dia 19/4 deliberou por unanimidade paralisação nas agências bancárias. Folha Extra-Abril-17.indd 1 24/04/2017 12:46:56

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EXTRAFOLHA Informativo do Sindicato dos Bancários de Blumenau e Região www.bancariosblumenau.org.br

Abril / 2017

PREVIDÊNCIA

SEEB promove debate sobre Reforma da Previdência. Pág. 7

TRABALHISTA

Reforma acaba com direitos e segue regime de urgência.

Pág. 3

GREVE GERAL

Debate sobre reforma da Previdência no dia 11/4

Bancários aprovam adesão à Greve Geral do dia 28 de abril.

Assembleia da categoria realizada dia 19/4 deliberou por unanimidade

paralisação nas agências bancárias.

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Reforma Trabalhista acaba com direitosUma publicação do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Blumenau e Região SEEB

www.bancariosblumenau.org.br

Diretor de Imprensa e ComunicaçãoMarcos Tullio

Elaboração e DiagramaçãoMarcos Tullio

FotosArquivo do SEEB

ImagensInternet

Tiragem1.400 exemplares

ImpressãoKasburg Gráfica e Editora

EndereçoRua Coronel Vidal Ramos, 282 CEP: 89.010-330 Blumenau - SC

Telefone: (47) 3326-3116(47) 3322-5036 - fax

EXTRAFOLHA

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GREVE GERAL28 de abrilsexta-feiracontra as reformasTrabalhista e Previdenciária

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DIA DO TRABALHADOR01 de maiosegunda-feiraDia de reflexão sobre nossa história de lutas

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SEDE CAMPESTRE01 de maio segunda-feiraDia do TrabalhadorFechada no feriado

AGENDA

Voz Bancária é o programa do SEEB Blumenau e Região transmitido na Rádio Comunitária Fortaleza, ao vivo, às terças-feiras às 10 horas. Participe pelo telefone 3378-4093 ou pelo e-mail [email protected] Sintonize: 98,3 FMradiocomunitariafortaleza.com.br

Greve Geral contra as reformas Em meio à crise temos que tomar cuidado com os lo-bos com pele de cordeiro A seu lado estão 1,7 mil empresários que formam o Lide, organização que fun-dou em 2003 para fortalecer a “livre-iniciativa do desen-volvimento econômico e so-cial” e promover encontros entre líderes do setor produtivo. Dono de 17 revistas sobre consu-mo, luxo e negócios, a soma da produção destes empresários representa, de acor-do com Doria, 52% do PIB privado na-cional. Aconselhado por pes-soas próximas a evitar “ma-lhas de cashmere nas costas”, a fim de desfazer a imagem ligada à elite, o apresenta-dor promete à reportagem que vai substituir o figurino formal por “jeans, camiseta e tênis” em sua aproximação com o “segmento dos traba-lhadores, do proletariado”. O primeiro turno da pré-campanha foi marcado por brigas, denúncias e pro-blemas na contabilização dos votos. Esse é o politico que se diz não politico que está se preparando para ser candi-dato a presidente, criticando a situação do Pais. No en-

tanto, até agora se demons-tra favorável às reformas que retiram direitos dos tra-balhadores. E seu partido tem sido o principal aliado do governo Temer. O nome dele: João Doria. Temos que tomar cui-dado, pois já assistimos a esse filme.

Na década de 80, quando Jose Sarney afun-dou o País em crise, geran-do greves e movimentos em todo o Brasil, com inflação gigante, o Sr. Collor de Melo surge como politico novo, inteligente, como salvador, caçador de marajás; coin-cidência ou não, também era dono de meios de comu-nicação em Alagoas e tinha uma grande inserção na mí-dia em geral, principalmente na Rede Globo e Veja. Precisamos ficar aten-tos, queremos solução para a crise, queremos o fim das reformas que retiram nos-sos direitos, pelo fim da cor-rupção, porém não podemos novamente cair nessa ar-

madilha de em 2018 eleger um aventureiro, midiático para afundar ainda mais o País. Neste dis 28 de abril é dia de paralisarmos nossas atividades para fazer frente a essa ânsia do governo Temer e seus aliados de simples-mente promoverem uma de-

vassa nos direitos trabalhistas e previ-denciários, haja vista que já con-seguiram aprovar a Terceirização e Te-mer já a sancionou. Trabalhadores! Vamos nos mobi-lizar a fim de frear

esses ataques contra nossos direitos. Vamos participar das manifestações e parali-sações das atividades. Dia 28 de abril é Greve Geral contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, que só tiram direitos dos tra-balhadores! Nenhum direito a menos! E avançar nas con-quistas!

Leandro Spezia, presidente do SEEB Blumenau e Região

EDITORIAL

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Reforma Trabalhista acaba com direitos

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SEDE CAMPESTRE01 de maio segunda-feiraDia do TrabalhadorFechada no feriado

Greve Geral contra as reformas O substitutivo ao PL 6787/16, apre-sentado pelo rela-tor, Rogério Marinho (PSDB/RN), à Câmara dos Deputados, quer alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), revogando e al-terando vários artigos. A proposta é nefasta em toda sua extensão, mas alguns pontos se destacam por atacarem os direitos mais básicos da classe trabalhadora. Desta-ca-se, por exemplo, a prevalência do nego-ciado sobre o legislado (a negociação pode flexibilizar o que está na CLT). Outros direi-tos importantes ataca-dos são o contrato e a jornada de trabalho. Na prática, a jornada de 44 horas deixaria de existir e as novas mo-dalidades de contrato, de trabalho intermi-tente, por jornada ou hora de serviço, te-letrabalho, colocam os trabalhadores em per-manente insegurança, pois nunca se sabe até quando se estará “em-pregado” e quanto se vai ganhar. Abaixo, um in-forme curto e objetivo dos pontos do PL apre-sentado tem.I – Flexibilização do contrato e das relações de trabalho.Fim do contrato de tra-balho por tempo inde-terminado com benefí-cios e proteção social: Estabelece as con-dições para ampliação

da terceirização de forma generalizada e irrestrita e para acabar com a responsabili-dade da contratante; Amplia o prazo e reduz as condicionan-tes para utilização do contrato de trabalho temporário; Amplia a jornada e a possibilidade de uti-lização do trabalho em tempo parcial; Cria o contrato de trabalho intermitente.Aumento da jornada e aumento da exposição ao adoecimento e aci-dente de trabalho: Estabelece um con-junto de alterações sobre a jornada de tra-balho com redução dos horários de almoço e descanso; Amplia o uso de hora extra e do banco de horas, permitindo inclusive a existência concomitante de am-bos; Cria medidas para dificultar e restringir a contagem do tempo da hora extra, desca-racterizando o que é tempo estritamente a serviço do emprega-dor; Cria mecanismos para facilitar o uso de jornada extensa e ex-tenuante; possibilita a prorrogação da jorna-da insalubre, expondo as mulheres gestantes e lactantes à insalu-bridade com riscos à saúde da mãe e da cri-ança; Cria mecanismos para isentar o empre-

gador da responsabili-dade com as condições de saúde e segurança dos trabalhadores no teletrabalho; Restringe a apli-cação da Lei de Cotas.Na prática, o projeto expõe o trabalhador a uma condição de servidão ao trabalho através de jornadas ex-tensas, com uma vida laboral dependente do chamado “bico” que, sem definição clara de jornada e horário de trabalho, não permite controlar seu tempo e organizar sua vida pessoal, familiar e so-cial. Aumenta terri-velmente a condições de trabalho insalubres com graves reflexos para a saúde e segu-rança do trabalhador, aumentando o adoeci-mento e a morte no trabalho. É desuma-no ao permitir expor gestantes e lactantes a condições insalubres e inviabilizar a aplicação da Lei de Cotas para pessoas com deficiên-cia e reabilitados.II - Fim das institui-ções de proteção ao trabalhador.Organização sindical – inviabiliza a organi-zação e a ação sindical Estabelece o fim da obrigatoriedade do imposto sindical; Exige autorização do trabalhador para cobrança de qualquer contribuição sindical comprometendo a sin-dicalização e a susten-tação financeira;

Acaba com a as-sistência do sindicato à homologação; Cria a figura de uma representação no local de trabalho indepen-dente do sindicato e que competirá com ele em suas atribuições; Restringe o papel do sindicato na nego-ciação coletiva através do acordo individual de trabalho e do acor-do tácito.Negociação coletiva – expõe o trabalhador a negociação individual Fragiliza a nego-ciação coletiva ao reti-rar da lei a condição de piso, sobrepondo o ne-gociado ao legislado; Cria uma série de condições para expor o trabalhador à nego-ciação e ao acordo in-dividual com o empre-gador; Subordina as con-venções coletivas aos acordos coletivos; Justiça do Trabalho – promove um verdadei-ro desmonte da Justiça do Trabalho. Limita a atuação da Justiça do Trabalho na elaboração de súmulas e enunciados ao que já está em lei e cria uma série de regras para di-ficultar sua produção; Subordina direito do trabalho ao direito comum; Estabelece como pressuposto para sua atuação o princípio da intervenção mínima no julgamento das convenções e acordos coletivos;

Estabelece o uso da arbitragem e das co-missões de conciliação prévia; Cria um termo de quitação anual; Limita o acesso gra-tuito à justiça do tra-balho; Dificulta o acesso aos créditos trabalhis-tas através de mano-bras nas definições de responsabilidades en-tre os sócios; Cria uma série de constrangimentos ao trabalhador para im-pedi-lo de entrar com reclamação trabalhis-ta, definindo situações que podem responsa-bilizar e onerar tanto os reclamantes, quan-to seus advogados e testemunhas. O substitutivo do relator, Rogério Marinho, além de re-tirar direitos e expor a classe trabalhadora à precarização cres-cente das condições de trabalho, com redução de renda, exposição à instabilidade, à inse-gurança e ao adoeci-mento, promove um verdadeiro desmonte das instituições que protegem o trabalha-dor, como a organi-zação e a ação sindical, e a atuação da Justiça do Trabalho. O regime de urgência foi aprovado no dia 19 de abril na Câmara dos Deputa-dos, depois de uma manobra do seu presi-dente Rodrigo Maia, por 287 a 144.

EDITORIAL TRABALHISTA

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Santander é processado em R$ 460 milhõesASSÉDIO MORAL

O Banco Santander é processado em R$ 460 milhões por assédio e es-tresse. Fiscalização do trabalho apontou modelo organizacional baseado tam-bém em metas abusivas e ameaças de demissão.

Brasília – O Ministério Público do Tra-balho (MPT) ajuizou Ação Civil Pública (ACP), com abrangência nacional, con-tra o Banco Santander. O pedido de in-denização por danos morais é em valor não inferior a R$ 460 milhões, 1% do lucro do Banco entre 2010 e 2016. Se-gundo o MPT, o Santander adota um modelo de organização de trabalho ba-seado na gestão por estresse e humilha-ção. Estabelece metas extremamente elevadas que sofrem aumentos cons-tantes, as cobranças são excessivas, há sobrecarga de trabalho, ameaças de de-missão pelo não atingimento de metas e os bancários ainda são punidos quando clientes fazem saques em aplicações. Toda essa pressão resulta em danos ir-reparáveis à saúde dos trabalhadores e também aos cofres públicos, já que a es-timativa de gastos do INSS com os em-pregados adoecidos do Santander chega a R$ 90 milhões.

As irregularidades que geraram a ação foram levantadas pelos audi-tores fiscais do Trabalho, que apura-ram a pressão psicológica e as ameaças constantes implícitas e explícitas de demissão dos bancários, bem como o subdimensionamento do quadro de em-pregados como punição pelo não-cum-primento das metas. Segundo os auditores “o estabe-lecimento de metas praticamente im-possíveis de serem atingidas, seguido da cobrança pelo atingimento destas metas por seus superiores, caracteriza grave inadequação da organização do trabalho às características psicofisio-lógicas dos trabalhadores que, con-sequentemente, trará a curto e médio prazo danos graves e irreparáveis à saúde na vida dos bancários do Banco Santander”.

Questionário aplicado em SC

Para construir um diagnóstico preciso das condições laborais e da saúde dos bancários do Santander, os auditores fiscais do Trabalho aplicaram questionários em várias agências do es-tado de Santa Catarina com resultados preocupantes.

Veja o percentual de respostas com relação às perguntas feitas em uma das agências de Criciúma:

- Meta de produtividade é excessiva para 88%;- Cumprimento da meta prejudica saúde e vida social para 55%;- Meta aumenta sem correspondência com a realidade econômica da agência para 66%;- Cobrança é excessiva ou gera cons-trangimento para 66%;- Quem não cumpre metas é ameaçado de demissão para 77%;- Sentem muita fadiga ou pressão exces-siva para 66%;- Sentiram, nos últimos 6 meses, ansie-dade em relação ao trabalho para 100%;- Sentiram, nos últimos 6 meses, dificul-dades para dormir para 44%- Tomaram, nos últimos 6 meses remé-dios para ansiedade ou para dormir para 33%.

Na Avaliação dos Riscos Psicos-sociais e Impactos à Saúde dos Traba-lhadores do Banco Santander em uma das agências do Banco em Santa Cata-rina verificou:

- O ritmo acelerado de trabalho para 91,2% dos entrevistados;- A carga de trabalho é excessiva para 86,9% dos entrevistados;- O volume de trabalho é excessivo para 79,4% dos entrevistados;- A carga cognitiva está presente nas atividades para 89% dos en-trevistados;- O ritmo de trabalho é frenético para 87% dos entrevistados.

Avaliações Psicológicas Avaliações psicológicas em di-versas agências em Santa Catarina, por meio do instrumento SRQ 20 (avaliação do sofrimento mental), concluiu que os bancários do Santander “se encontram em níveis de sofrimento extremo em decorrência das distorções na organi-zação e condições de trabalho”.

De acordo com os dados levan-tados pela especialista, na abordagem sobre pensamentos depressivos, 86% disseram que têm dificuldade em tomar decisões, 86% têm dificuldade de pen-sar com clareza, e 43% pensam em dar fim à sua vida, ou seja, apresentam ideação suicida. “É lamentável, quase metade dos trabalhadores entrevista-dos referiu já ter pensado em dar fim à sua vida. Os relatos dos trabalhadores descrevem níveis insuportáveis de so-frimento relacionado aos contingentes laborais”, afirma a psicóloga.

Danos Graves

Levantamento dos benefícios previdenciários concedidos aos em-pregados do Santander no período de 2010 a 2015 concluiu que em 2010 os benefícios por transtornos mentais cor-respondiam a 20,41% da totalidade dos benefícios concedidos ao Banco. Em 2015 este percentual subiu para 37,29%, mesmo com as demissões naquele ano. O relatório aponta que “os benefícios acidentários (B91) associados ou não ao NTEP e previdenciários (B31 e B32) associados ao NTEP somam 7.677 BIs. O custo total destes benefícios foi esti-mado em R$ 90.171.773,02.

Metas Abusivas Nos depoimentos colhidos pelo MPT ficou comprovada a completa ina-dequação da organização do trabalho no Banco Santander que vem gerando uma legião de jovens acometido de transtor-nos mentais. Problemas gerados prin-cipalmente por metas impossíveis de serem conquistadas.

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Santander é processado em R$ 460 milhões Em 2015, os dados apresentados pelo Banco Santander ao MPT revela-ram que o percentual de atingimento de metas foi extremamente baixo. Em outubro de 2015, por exemplo, somente 26% dos bancários do Santander atingi-ram as metas.

O percentual de atingimento das metas, público submetido a metas e percentual de atingimento estão rela-cionados a seguir:

2015 – Rede comercial

Para os auditores do Trabalho “as metas abusivas, as cobranças exces-sivas, o subdimensionamento e a im-posição de metas aos bancários do setor operacional da agência, além de trazer graves prejuízos à saúde dos emprega-dos do Banco Santander, vêm gerando lesões aos direitos dos consumidores em razão de tempo excessivo de espera em filas; vendas casadas; não recebi-mento de títulos de crédito mesmo de correntistas do banco e em dinheiro; al-teração de tarifas bancárias sem autori-zação dos clientes, dentre outras”.

Ação Regressiva Em razão da grave inadequação da organização do trabalho, dos danos ao INSS da ordem de R$ 90 milhões de reais e da negligência da empresa em assegurar um ambiente de trabalho seguro, o MPT remeterá a Advocacia Geral da União (AGU) toda a prova pro-

duzida para eventual ajuizamento de ação regressiva coletiva para reaver os valores pagos pelo INSS aos emprega-dos do Banco Santander, nos termos do art. 120 da Lei nº 8.213/91.

Além da indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 460 milhões, os procuradores pedem que o Santander se abstenha de exigir metas abusivas. Também foi requerido a redução de, no mínimo, 40% do volume de me-tas e produtos bancários, que o Banco abstenha-se de proceder o aumento de metas em percentuais superiores a 10% ao ano, institua metas trimestrais e acabe com as metas na área operacional e com a estipulação de produtividade negativa quando os correntistas fazem saques em aplicações financeiras. Em razão dos graves dados ao meio ambiente do trabalho, o Ministé-rio Público do Trabalho requer ainda a declaração de proibição do Banco San-tander em contratar com o Poder Públi-co pelo prazo de 10 anos, nos termos do art. 22 da Lei nº 22 da Lei nº 9.605/98.

O MPT solicitou que a ação fosse distribuída por conexão em razão de outra ação mais antiga que tramita na 3ª Vara do Trabalho de Brasília onde se discute matéria semelhante.

A ação foi ajuizada após a reali-zação de diversas audiências no MPT sem acordo sobre a matéria.

Inquérito Criminal

O MPT requisitou, nos termos do art. 7º, II da Lei Complementar nº 75/93, a instauração de inquérito poli-cial, à cargo da Polícia Federal, para apurar os crimes lesão corporal, cons-trangimento ilegal e frustação de di-reito assegurado em lei trabalhista e de exposição a vida e a saúde de outrem a risco, contra os diretores do Banco e de-mais responsáveis por tais condutas.

Mês Público Conquistou RV %Jan 17.058 8.195 48%Fev 17.104 8.551 50%Mar 17.077 9.268 54%Abr 20.328 9.140 45%Mai 20.371 10.231 50%Jun 20.382 10.265 50%Jul 20.388 7.738 38%Ago 20.382 6.490 32%Set 20.518 6.309 31%Out 20.307 5.202 26%Nov 20.286 6.871 34%Dez 19.942 7.731 37%

SEEB Blumenau e Região

O Sindicato dos Bancários de Blumenau e Região, em parceria com os demais sindicatos da FETEC-SC colheu inúmeros documentos, com atuação do fiscal do Trabalho, Paulo Cervo, que fis-calizou as agências de diversas cidades do Estado, para subsidiar a Ação Civil Pública do Ministério Público do Tra-balho de Santa Catarina.

O procurador do Ministério Público do Trabalho de Santa Catari-na, Dr. Sandro Sardá, reuniu as provas necessárias, das quais também laudos de profissionais da psicóloga Dra. Elisa Ferreira, e do auditor ambiental Elvis Dias, que foram utilizados na referida Ação Civil Pública do MPT/SC.

O SEEB Blumenau e Região contribuiu de forma significativa para que essa Ação pudesse responsabilizar o Banco Santander pelas práticas cos-tumeiras de assédio moral e adoecimen-to dos empregados para atingimento de metas inalcançáveis.

Leandro Spezia, presidente do SEEB, tem acompanhado as audiên-cias públicas do Ministério Público do Trabalho, em Florianópolis, e disse que “os bancos, definitivamente, de-vem ser responsabilizados com altas multas, a exemplo do Itaú, mais re-centemente, para se absterem de preju-dicar os bancários com metas inalcan-çáveis, adoecimento contumaz, como síndrome do pânico, depressão, e des-respeito às leis trabalhistas do nosso País”.

Mais uma condenação contra o Santander por assédio!

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CEE/Caixa protesta contra desmonte

CAIXA EDONÔMICA

A CEE/Caixa - Comis-são Executiva dos Emprega-dos da Caixa, da qual integra Edson Heemann, do SEEB Blumenau e Região, protes-tou contra o desmonte da Instituição e solicitou que a PLR seja recalculada com base no lucro líquido recor-rente, que foi de R$ 4,9 bi-lhões. Com o slogan “Ne-nhum direito a menos”. a CEE deu o recado à Caixa du-rante negociação, realizada dia 7 de abril, em Brasília. A CEE protestou contra os valores da segunda parcela da PLR pagos dia 31/3 e a prática antissindical da Em-presa ao apontar a greve na-cional de 2016 como uma das causas da queda nos lucros no ano passado. A Comissão Execu-tiva reivindicou que a Caixa reveja os valores da segunda parcela da PLR e faça uma nova distribuição com base no lucro recorrente, que foi de R$ 4,967 bilhões. Com isso, amplia-se a margem para pagamento tanto na re-gra básica quanto na parcela adicional e da PLR social, e representaria, para a maioria dos empregados, um ganho a mais de 20% em relação ao valor que receberam no dia 31 de março. Segundo simulações feitas pelo Dieese, tendo por base o lucro recorrente, o em-pregado com remuneração de R$ 2.748,00, receberia a mais de PLR R$ 1.108,10; quem recebe R$ 5 mil teria direito à diferença de R$ 1.350,11; quem ganha R$ 9.333, 81 teria R$ 1.815,84. Os representantes da Empre-sa se comprometerem a en-caminhar o pleito à direção.

Desmonte A CEE/Caixa repu-diou, na mesa de negociação, o processo de desmonte da Caixa e os ataques aos di-reitos dos trabalhadores. A Comissão cobrou dos inter-locutores da Empresa infor-mações sobre o fechamento e fusão de agências anunciadas pelo presidente Gilberto Oc-chi no início do mês.

Os representantes da Caixa alegaram que não têm conhecimento de quais uni-dades e que critérios serão usados para fechá-las. Foram cobrados es-clarecimentos também so-bre a reestruturação. O ar-gumento da Caixa é que não foi iniciada uma nova onda e que estão sendo feitas ade-quações em algumas filiais. Pressionada, a Caixa ficou de repassar mais detalhes sobre o processo. A CEE/Caixa ques-tionou sobre o pagamento de horas extras aos traba-lhadores das agências que es-tão abrindo duas horas mais cedo ou que vão abrir aos sábados por conta das contas inativas do FGTS.

A Empresa não está pagando o adicional de hora extra de 100%. A Comissão Executiva vai acrescentar a irregularidade à denún-cia que existe no Ministério Público do Trabalho. A Comissão reivindi-cou que seja revista a con-vocação de empregados para trabalharem aos sábados no autoatendimento de agências

que não irão abrir. Na avalia-ção da CEE, isso representa uma ameaça à segurança dos trabalhadores e dos próprios clientes. A Caixa rejeitou a reivindicação. Os representantes dos trabalhadores defenderam ainda a retomada urgente das contratações. Os problemas nas agências de todo o País se agravaram com a liberação dos saques das contas inati-vas do FGTS. A posição da Empresa foi de total intran-sigência: não haverá novas contratações, nem mesmo para repor os empregados que estão saindo no Progra-ma de Desligamento Volun-tário Extraordinário (PDVE). Conforme a Caixa, 4.519 trabalhadores aderiram

ao Programa, mas a Empresa não tem o número exato de desligamentos, porque as demissões ainda estão sendo homologadas. O Banco con-firmou também que aceitou novas adesões fora do prazo, mais precisamente até o dia 31 de março, data-limite para desligamento. Saúde Caixa A CEE/Caixa propôs

discutir com as repre-sentações dos traba-lhadores o provision-amento que o Banco tem de fazer, por exi-gência do Banco Cen-tral, para cobrar des-pesas futuras com o plano de saúde, para fortalecer a base de capital da Instituição. Outros pontos Descomissionamento arbitrário - A Caixa in-formou que até o dia 24 de abril iria divul-gar o normativo com as novas regras para

descomissionamento, que foram definidas pelo grupo de trabalho paritário e ho-mologada na mesa de nego-ciação, no dia 24 de janeiro. Será divulgada também a cartilha com orientações aos empregados.PSI - Os processos seletivos internos serão retomados até o final deste mês. Segundo a Caixa, os PSIs foram suspen-sos por conta de estudos de redimensionamento. Mobilização Sindicatos devem mo-bilizar os empregados para participarem da Greve Geral no dia 28 de abril ,convocada pelas centrais sindicais con-tra a reforma da Previdência e a reforma Trabalhista. Fonte: Fenae, com SEEB

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impossibilitar qualquer aces-so à aposentadoria. E citou exemplos tanto de homens como de mulheres em relação às dificuldades para se man-terem os 25 anos de con-tribuição ao INSS. Também esclareceu que essa Reforma Previdenciária poderá passar

se não houver manifestação contrária da sociedade. Dr. Hélio conclamou a todos a utilizares as redes so-ciais e atenderem aos chama-dos das entidades sindicais para se organizarem nas mo-bilizações e manifestações contra a Reforma da Previ-dência, dizendo que não há rombo na Previdência, e que, ao contrário, a Previdência é superavitária. Leandro Spezia abriu inscrições ao debate, do qual muitas dúvidas foram sana-das pelos presentes à mesa. E ao final Leandro aprovei-tou para dar a notícia de que o Santander foi condenado pelo MPT em 460 milhões por assédio moral em relação aos empregados pelo cum-primento de metas, como fruto de um trabalho conjun-to da FETEC-SC e MPT/SC, com base nos levantamen-tos realizados pelo fiscal do Trabalho Paulo Cervo. Mais informações às páginas 4 e 5 desta edição do Folha Extra.

SEEB promove debate sobre PEC 287 da Reforma da Previdência do Governo Temer. O SEEB Blumenau e Região realizou no dia 11 de abril, no auditório do Sindi-cato dos Trabalhadores Têx-teis de Blumenau, um Debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição 287, conhe-cida como Reforma da Previ-dência. Os convidados para o debate foram Ralf Marcos Ehmke, presidente do Con-sad do ISSBLU, represen-tante titular do Sindicato dos Servidores Públicos do En-sino Superior de Blumenau – SINSEPES; Ivo Marcos Theis, professor de Economia da FURB, economista, mes-tre em Administração pela UFSC e doutor em Geogra-fia pela Universitat Tuebin-gen, pesquisador dos temas: planejamento regional, CT&I e desenvolvimento territorial no Brasil. da FURB; e o Dr. Hélio Gustavo Alves, advo-gado, mestre e doutor em di-reito das relações sociais pela PUC-SP, presidente de Honra do Instituto dos Advogados Previdenciários IAPE, presi-dente da Comissão de Assun-tos Previdenciários da OAB-Blumenau-SC, membro da Comissão de Seguridade So-cial da Seccional da OAB-SC, professor da Escola Superior da Advocacia em São Paulo, professor de Pós-graduação em Direito Previdenciário em diversas universidades, diretor da HGA Educação Continuada e autor de obras em direito previdenciário. Leandro Spezia, presi-dente do SEEB, compôs a mesa, e falou da importância de se promoverem debates

com os trabalhadores, com os estudantes e a população em geral, a fim de provar que essa proposta de Reforma da Previdência é mais para acabar com a Previdência. O professor Ivo Mar-cos Theis, da FURB, explici-tou com ênfase a forma de

desmonte que o governo vem implantando com a Reforma Previdenciária, a Terceiri-zação, e a Reforma Trabalhis-ta, com seríssimos prejuízos aos trabalhadores e, princi-palmente, aos jovens que es-tão por entrar no mercado de trabalho, dificultando, assim, as condições para se habili-tarem à aposentadoria. O professor Ralf, do SINSEPES, fez uma análise do porquê o governo querer por querer fazer reformas que mexem drasticamente com os trabalhadores e a popu-lação, dentro do seu projeto de Ponte para o Futuro, que beneficia os grandes con-glomerados em detrimento dos pequenos. O Dr. Hélio Gustavo, especialista em Direito Pre-videnciário, apresentou de forma simples e objetiva qual é a proposta do governo para reformar o sistema de segu-ridade social do País. Argu-mentou que a Terceirização e a Reforma Trabalhista vão

SEEB promove debate sobre Previdência AUDIÊNCIA

Dirigentes sindicais e bancários da base do SEEB Blumenau estiveram em Flo-ripa, na audiência pública da Comissão de Direitos Hu-manos do Senado Federal, sobre Reforma da Previdên-cia, na Assembleia Legislati-va, coordenada pelo senador Paulo Paim, no dia 3 de abril. Trabalhadores de di-versas categorias lotaram o plenário da AL, assim como o saguão principal, com a as-sistência de um telão da TV Alesc, do qual todos acom-panharam as falas de depu-tados estaduais e federais contrários à Reforma.

O senador Paulo Paim foi o último a falar naquela manhã de segunda-feira, sa-lientando que “só a mobili-zação dos trabalhadores vai conseguir barrar os projetos que retiram direitos e que es-tão tramitando no Congres-so Nacional.”

Paulo Paim disse que “o governo de Michel Te-mer é covarde, e não ataca o problema da Previdência, mas destrói uma importante ferramenta de distribuição de renda do País.”

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O Torneio de Pes-ca promovido pelo SEEB reuniu bancários na sede campestre para uma grande confraternização. O Torneio aconte-ceu no dia 08 de abril, com início às 10 horas, reunindo quase 100 pessoas, entre bancários e dependentes. O almoço foi mar-cado por delicioso caldo de peixe e peixe assado e frito.

Antes mesmo do al-moço já era servido um de-licioso petisco de bolinho de peixe aos pescadores que, mesmo diante de uma garoa fina, permaneceram pacientes a espera dos pei-xes fisgarem suas iscas. As demais fotos do Torneio podem ser visuali-zadas em Eventos-fotos na página do SEEB, na Inter-net.

Torneio de Pesca confraterniza bancários

Troféus entregues aos campeões

CAMPEÃO: Josiani, esposa do Antonio (BB Velha)

VICE-CAMPEÃO: Sulênia (BB Centro - Ag. 2309)

3º LUGAR: Antonio (BB Velha) CAMPEÕES DO TORNEIO DE PESCADestaque para Salésio, esposo da Sulênia (BB Centro)

TORNEIO DE PESCA

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