Exames Biquimicos Cardiologia para Nutricionistas

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Uréia sérica Este teste é usado para medir a fração de nitrogênio da uréia, produto final principal do metabolismo de proteína. Formada no fígado, a partir de amônia e excretada pelos rins, a uréia constitui 40 a 50% do nitrogênio não-protéico do sangue. O nível de uréia reflete a ingestão de proteína e a capacidade excretora renal, porém é um indicador menos confiável de uremia do que o nível de creatinina sérica. Objetivos •Avaliar a função renal e auxiliar no diagnóstico de doença renal. •Auxiliar na avaliação de hidratação. Valores normais: normalmente variam de 10 a 45 mg/dl, ligeiramente mais altos em pacientes mais idosos. Achados anormais Níveis de uréia elevados ocorrem em doença renal, fluxo sangüíneo renal reduzido (desidratação, por exemplo), obstrução do trato urinário e em catabolismo de proteína aumentado (queimaduras). Níveis deprimidos de uréia ocorrem em comprometimento hepático grave, desnutrição e super-hidratação. Creatinina sérica Junto com os níveis de uréia, a análise dos níveis séricos de creatinina fornece indicação de lesão renal. A creatinina é um produto final não-proteína do metabolismo da creatina que aparece no soro em quantidades proporcionais à massa muscular corpórea. Objetivos •Avaliar a filtração glomerular renal. •Rastrear lesão renal. As concentrações de creatinina em homens, normalmente, variam de 0,8 a 1,2 mg/dl; em mulheres, de 0,6 a 0,9 mg/dl. Achados anormais Níveis elevados geralmente indicam doença renal que tenha prejudicado seriamente 50% ou mais dos néfrons. Os níveis elevados podem também estar associados a gigantismo, hipertireoidismo e acromegalia. Creatino-fosfoquinase (CPK) total e frações A CPK é uma enzima que catalisa o caminho metabólico creatina-creatinina em células musculares e tecido cerebral. Um aumento acima dos níveis séricos normais indica trauma em células com alto teor de CPK. O fracionamento e medição de três isoenzimas de CPK distintas - CK-BB (CK1), CK-MB (CK2) e CK-MM (CK3) - substituíram o uso de níveis de CPK total para localizar o local de destruição tecidual aumentada em IM agudo. A CK-BB, raramente vista no soro, é a mais prevalente em tecido cerebral. A CK-MM é encontrada principalmente no músculo esquelético; a CK-MB no músculo cardíaco. Lesões ao músculo cardíaco liberam isoenzimas CK-MM, CK-MB e DHL para dentro do soro.

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Lista de interpretação de exames Bioquimicos voltados ao Nutricionista que atua em Cardiologia

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Uréia sérica

Este teste é usado para medir a fração de nitrogênio da uréia, produto final principal do metabolismo de proteína. Formada no fígado, a partir de amônia e excretada pelos rins, a uréia constitui 40 a 50% do nitrogênio não-protéico do sangue. O nível de uréia reflete a ingestão de proteína e a capacidade excretora renal, porém é um indicador menos confiável de uremia do que o nível de creatinina sérica.

Objetivos

•Avaliar a função renal e auxiliar no diagnóstico de doença renal.•Auxiliar na avaliação de hidratação.Valores normais: normalmente variam de 10 a 45 mg/dl, ligeiramente mais altos em pacientes mais idosos.

Achados anormais

Níveis de uréia elevados ocorrem em doença renal, fluxo sangüíneo renal reduzido (desidratação, por exemplo), obstrução do trato urinário e em catabolismo de proteína aumentado (queimaduras).Níveis deprimidos de uréia ocorrem em comprometimento hepático grave, desnutrição e super-hidratação.

Creatinina sérica

Junto com os níveis de uréia, a análise dos níveis séricos de creatinina fornece indicação de lesão renal. A creatinina é um produto final não-proteína do metabolismo da creatina que aparece no soro em quantidades proporcionais à massa muscular corpórea.

Objetivos

•Avaliar a filtração glomerular renal.•Rastrear lesão renal.As concentrações de creatinina em homens, normalmente, variam de 0,8 a 1,2 mg/dl; em mulheres, de 0,6 a 0,9 mg/dl.

Achados anormais

Níveis elevados geralmente indicam doença renal que tenha prejudicado seriamente 50% ou mais dos néfrons. Os níveis elevados podem também estar associados a gigantismo, hipertireoidismo e acromegalia.

Creatino-fosfoquinase (CPK) total e frações

A CPK é uma enzima que catalisa o caminho metabólico creatina-creatinina em células musculares e tecido cerebral. Um aumento acima dos níveis séricos normais indica trauma em células com alto teor de CPK. O fracionamento e medição de três isoenzimas de CPK distintas - CK-BB (CK1), CK-MB (CK2) e CK-MM (CK3) - substituíram o uso de níveis de CPK total para localizar o local de destruição tecidual aumentada em IM agudo. A CK-BB, raramente vista no soro, é a mais prevalente em tecido cerebral. A CK-MM é encontrada principalmente no músculo esquelético; a CK-MB no músculo cardíaco. Lesões ao músculo cardíaco liberam isoenzimas CK-MM, CK-MB e DHL para dentro do soro.

Objetivos

• Detectar e diagnosticar IM agudo e reinfarto.• Avaliar causas possíveis de dor no peito e monitorar a gravidade de isquemia miocardiana após cirurgia cardíaca,

cateterização cardíaca ou cardioversão.• Detectar desordens de músculo esquelético que não sejam neurogênicas na origem, como, por exemplo, distrofia muscular

de Duchenne e dermatomiosite precoce.

Achados anormais

Os níveis de CPK total podem elevar-se em casos de distrofia muscular, miosite viral, polimiosite, doença cérebro-vascular aguda, isquemia cerebral, hipocalemia grave, envenenamento por monóxido de carbono, hipertermia maligna ou cardiomiopatia alcoólica.

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A isoenzima CK-BB detectável pode indicar lesão tecidual cerebral, tumores malignos disseminados, choque grave ou deficiência renal. A isoenzima CK-MB maior que 5% dos níveis de CPK total (ou mais que 10 U/L) indica IM. Em IM agudo e após cirurgias cardíacas, o CK-MB começa a elevar-se em 2 a 4 horas, atinge um pico entre 12 e 24 horas e, usualmente, retorna ao normal em 24 a 48 horas; as elevações persistentes ou níveis crescentes indicam lesão miocárdica em andamento. Os valores de CPK total seguem aproximadamente os mesmos padrões, porém aumentam ligeiramente mais tarde. Os níveis de CK-MB podem não aumentar em insuficiência cardíaca congestiva ou em angina pectoris desacompanhada de necrose celular miocárdica.

As Troponinas

A sensibilidade das troponinas é similar a da CK-MB durante as primeiras 48 horas após o desconforto torácico, situando-se em 50% a 65% dentro das primeiras 8 horas. Dessa forma, ambas, não são efetivas como marcadores precoces do IAM, mas em dosagens múltiplas atingem 100% de sensibilidade.

As troponinas cardíacas I e T são muito específicas para eliminar os diagnósticos falsos positivos de IAM em pacientes com CK-MB elevado por injúria em musculatura esquelética. A escolha como o melhor marcador para IAM tem, contudo, recaído sobre a troponina I , que demonstrou ser específica para IAM no hipotiroidismo, rabdomiolise, lesão de músculo esquelético, queimaduras, intoxicação por cocaína e período perioperatório, não obstante, ser possível a elevação de ambas, T e I, em 10% a 30% dos pacientes com insuficiência renal crônica sem infarto.

Os interferentes apontados como causadores de falsas elevações da troponina I, são a presença de fibrina , eritrócitos e outros materiais particulados no soro/plasma ou a ocorrência de anticorpos heterófilos.