Exegese de corintios

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AS EPSTOLAS AOS CORNTIOS

Em nossas bblias, temos duas epstolas de Paulo aos Corntios. Entretanto, sabemos que elas seriam pelo menos trs. Em I Cor.5.9, Paulo se refere a uma carta anterior, a qual no chegou s nossas mos. Em II Cor. 7.8 existe referncia a outra carta que pode ser I Corntios. Alguns comentaristas sugerem que a carta mencionada em II Cor.7.8 seja uma outra epstola. Nesse caso, teramos quatro epstolas. Trabalhando ainda com hipteses, sugere-se que essa epstola corresponda aos captulos 10 a 13 de II Corntios, os quais poderiam ter sido ali agrupados posteriormente.

Temos ento o seguinte esquema: 1a carta - desaparecida - existncia garantida por I Cor.5.9 2a carta - a que chamamos I Corntios. 3a carta - desaparecida existncia hipottica. 4a carta a que chamamos II Corntios. Paulo era um missionrio estrategista. Ele escolhia as cidades para as quais se dirigia com muito critrio e cuidado. Corinto era uma as maiores e mais importantes cidades do mundo como tambm Roma feso e Alexandria. Por que Paulo escolheu Corinto? Por que ele permaneceu dezoito meses nessa cidade? Eis abaixo algumas questes porque Paulo resolveu plantar uma igreja nesta cidade.

Atos 18.18 nos informa sobre o incio da igreja. Logo depois de sua chegada a Corinto, Paulo encontra o casal quila e Priscila, fazedores de tendas por profisso. Paulo trabalha com eles e com isso ganha o seu sustento. No seu tempo livre ele visita a sinagoga judaica e participa na exposio das Escrituras Sagradas. Depois que os seus colaboradores Timteo e Silas chegam a Corinto, ele pode se dedicar totalmente pregao da palavra, pois eles presumivelmente trouxeram ofertas em dinheiro da Macednia. Paulo professa a Jesus como o Messias de Israel e isso leva ruptura com a sinagoga. Paulo muda, juntamente com os seus seguidores, para a casa vizinha de um homem temente a Deus, Justo. Ali ento se rene o grupo base da igreja: famlias judaicas que esto crendo em Jesus Cristo. Em colaborao com eles Paulo evangeliza por um ano e meio. Tanto judeus quanto gregos se convertem. Depois do novo procnsul Glio ter iniciado o seu mandato, feita uma acusao contra Paulo e seus amigos, incitada pelos lderes da sinagoga. A acusao no tem conseqncias. Em vez disso, h tumultos anti-semitas. A igreja crist no atacada. Talvez por isso que eles no conseguiam entender por que Paulo tinha sofrido tanta oposio em outros lugares. verdade que na sua composio a igreja tinha um potencial enorme para tenses: cristos-judeus e cristos-gentios, pessoas abastadas (At 18.7; Rm 16.23) e muitos entre eles das camadas sociais mais baixas (1Co 1.26).

2 etapa: o ministrio de Apolo Mais ou menos no outono de 51 d.C. Paulo deixa Corinto e viaja para Antioquia na Sria, passando pela Macednia e sia Menor. quila e Priscila o acompanham na primeira parte da viagem; depois ficam em feso. L eles encontram um judeu de Alexandria chamado Apolo (At 18.23-28). Esse conhecia Jesus e estava empolgado com ele. Telogo e orador muito capacitado, difundia o ensino sobre Jesus. Entretanto, quila e Priscila percebem logo que ele ainda no entendeu tudo corretamente. Ele tampouco foi batizado sob o nome de Jesus, pois s conhece o batismo de Joo. O casal ento instrui Apolo na f em Jesus Cristo e o envia com uma carta de recomendao para a Acaia e tambm para Corinto. L se evidenciam a sua capacidade teolgica e o seu dom de orador. Ele apia os membros da jovem igreja nas suas disputas com os judeus ao demonstrar pelas Escrituras Sagradas que Jesus Cristo o Messias prometido. Podemos supor mas no concluir definitivamente , com base na 1 carta aos Corntios (1.1), que por meio disso Apolo conquistou para a f em Jesus o chefe da sinagoga Sstenes, que tinha sido espancado diante do tribunal de Glio (At 18.17). De qualquer forma, o ministrio de Apolo teve um impacto to grande na igreja de Corinto que um grupo se chamava os de Apolo (1Co 1.12; 3.4). Mesmo assim, Paulo no viu em Apolo um concorrente, mas um obreiro com dons e chamado totalmente diferentes (1Co 3.5-15), mesmo que tenha sido dolorido para ele ouvir que, em comparao com Apolo, o seu dom de falar era pouco reconhecido pela igreja de Corinto (2Co 10.10; 11.6).

3 etapa: Mudana de cristos do oriente para Corinto A situao na igreja se torna mais complicada ainda quando chegam a Corinto cristos do oriente. No podemos afirmar se eles vm de Jerusalm. O que est claro que esto relacionados a Pedro. Eles utilizam a forma hebraica do nome que Jesus tinha dado ao seu discpulo Simo, Cefas. Isso j nos d indicao clara da origem desse grupo. So cristos-judeus que sabem que Jesus colocou Simo como rocha (hebraico kepha) para a sua igreja. Eles crem que a unidade da igreja estar garantida se todos os grupos da igreja se submeterem a Pedro. Para eles esta questo est clara. Eles so de Pedro (1Co 1.12). As duas cartas aos Corntios mostram que os seus membros conheciam a igreja primitiva. Eles sabiam que os outros apstolos eram casados (1Co 9.5), que Tiago, o irmo do Senhor, tinha posio especial na igreja (1Co 15.7), que Jesus tinha chamado doze apstolos (1Co 15.5), que os pregadores do evangelho deviam viver disso (1Co 9.14), que os apstolos realizavam milagres (2Co 12.12), que Jesus tinha proibido o divrcio (1Co 7.10). Mas impossvel distinguir com exatido entre o que provinha de Paulo nessa imagem que faziam de Jesus e o que a tradio da primeira igreja introduziu no seu conceito sobre Jesus. Os cristos que tinham vindo do oriente desconheciam Paulo e o seu ministrio. Os outros apstolos tinham aberto o caminho para a sua vinda a Jesus. Eles no tinham inteno alguma de introduzir a lei mosaica na igreja de Corinto. J na sua igreja-me se falava de nova aliana, da nova igreja, da f. Mas esses primeiros apstolos tinham se tornado

super-apstolos (2Co 11.5; 12.11). Era necessrio que as igrejas fundadas por Paulo se submetessem a esses apstolos, especialmente a Pedro, no era?

4 etapa: O aparecimento dos fanticos Essa quarta etapa apresenta o maior perigo para o desenvolvimento sadio da igreja. Surgem pessoas que afirmam se basear em Cristo (1Co 1.12; 2Co 10.7). bem provvel que Paulo esteja se referindo a eles quando, em vrios trechos, fala em algum, alguns (1Co 3.18; 4.18; 15.12). Podia at parecer que era um grupo que queria comprometer a igreja com Cristo. Mas a sua autodenominao os de Cristo no soa como um convite para que todos voltem sua base comum. A expresso exclusivista e soa como grito de guerra. De si mesmo dizem que pertencem a Cristo, aos outros negam essa realidade. Questionam se Paulo de fato tem o Esprito Santo (1Co 7.40), se ele um verdadeiro apstolo (1Co 9.2; 15.9), se tem o dom de lnguas (1Co 14.18), se recebeu revelaes de Jesus (2Co 12.1) e se Cristo de fato fala por intermdio dele (2Co 13.3). Eles questionam a autoridade do apstolo. Muitas afirmaes dele so reaes a esse questionamento. difcil crer como pessoas ganhas para Jesus por meio de Paulo podem, mais tarde, falar dessa forma sobre ele.

O mais assustador de tudo que no se trata aqui somente de uma controvrsia pessoal. Esses opositores esto proclamando uma nova doutrina e uma nova tica. Eles no vem problema algum no fato de os homens da igreja se envolverem com as moas de Corinto (1Co 6.12). No casamento exigem abstinncia sexual (1Co 7.1-7) e, por motivos espirituais, chegam at a exigir o divrcio (1Co 7.10-12). Reivindicam liberdade para participarem de festas aos dolos (1Co 10.23). Menosprezam a ceia do Senhor (1Co 11.17-34). Falam muito do Esprito Santo e seus dons, principalmente o falar em lnguas (1Co 1214). Esto to convictos da renovao por meio do Esprito de Deus, que consideram desnecessria a ressurreio do corpo (1Co 15). Epstola dos Corntios a Paulo - Este escrito clama descrever os ensinos de Simo, o mago, incluindo a idia de que Deus no Todo-Poderoso, que a ressurreio falsa, que Cristo no foi Deus verdadeiramente encarnado corporalmente (idia docetista), que os anjos fizeram o mundo, e que os profetas foram imprecisos. A Terceira Epstola aos Corntios um texto pseudepgrafo do apstolo Paulo. uma das partes dos Atos de Paulo e foi concebido como sendo uma resposta dele Epstola dos Corntios a Paulo. A verso sobrevivente mais antiga a do Papiro de Bodmer X. Sua criao foi obviamente sugerida pela carta perdida de Paulo citada em I Corntios 5:9 e I Corntios 7:1. Ela foi composta por um presbtero catlico em aproximadamente 160-170 dC e um ataque disfarado a alguns erros principais do Gnosticismo. Esta correspondncia sempre teve circulao independente, mas recentemente se provou que o documento foi incorporado nos Atos de Paulo.[1]

Relao com o Cnon Esttua de So Paulo na capela do Castelo de Praga com citao de I Corntios 15:10 Na tradio ocidental, esta epstola nunca foi considerada como sendo cannica e no sculo IV dC passou fazer parte dos apcrifos do Novo Testamento. Escritores latinos e gregos so completamente omissos sobre esta carta, embora cpias nestas lnguas tenham sido encontradas.[1]J na tradio oriental, na Igreja Ortodoxa Sria, Aphrahat (ca. 340 dC) a considerou como cannica e Efrm da Sria (m. 373 dC) aparentemente concordou[2][3] pois escreveu um comentrio sobre isso. Ela est includa na Doutrina de Addai, embora no esteja na Peshitta, a traduo siraca da Bblia, ainda que nela tambm no conste II Joo, III Joo, II Pedro, Epstola de Judas e o Apocalipse, textos universalmente reconhecidos como sendo cannicos (veja Antilegomena). Embora parte da Bblia Armnia de Oskan de 1666, ela estava num apndice da Bblia armnia de Zohrab de 1805 que seguiu o cnon da Vulgata e atualmente no faz mais parte do Novo Testamento da Igreja Apostlica Armnia.[4] Ela tambm no constava na lista de textos cannicos de Anania Shirakatsi no sculo VII, mas apareceu nas listas de Mechitar de Ayrvank (sculo XIII) e Gregrio Tat'ew (sculo XIV).[5]O texto est estruturado como uma tentativa de corrigir as alegadas falhas de interpretao da Primeira e da Segunda Epstola aos Corntios, que o autor (geralmente chamado de "pseudo-Paulo"), teria conhecido pela

Epstola dos Corntios a Paulo (tambm apcrifa). De acordo com ela (que o captulo anterior nos Atos de Paulo), quando a carta foi escrita Paulo estava na priso por causa de Stratonice, a esposa de Apolofanes. Objetivamente, a epstola procura corrigir a interpretao da frase Ora digo isto, irmos, que a carne e o sangue no podem herdar o reino dos cus, nem a corrupo herdar a incorrupo. (I Corntios 15:50)[6], que, segundo alguns acreditavam, ensinaria que a ressurreio dos mortos no poderia ser fsica. Acredita-se que este argumento dos gnsticos ganhou tanto terreno que alguns cristos ortodoxos sentiram necessidade de criar esta epstola falsa para cont-los.[1] Os gnsticos sabidamente citavam esta parte de I Corntios, enfurecendo cristos - como Ireneu de Lyon - que defendiam que a ressurreio seria fsica e no espiritual. Segundo Ireneu esta passagem "sempre citada pelos herticos para apoiar suas tolices" (Contra Heresias V.9).[7] Corinto era, tambm, uma cidade importantssima na rea dos esportes. A prtica dos jogos stmicos de Corinto s era superada pelos jogos olmpicos de Atenas. Corinto era uma cidade que atraa gente do mundo inteiro para a prtica esportiva. Embora Corinto fosse uma cidade acentuadamente intelectual, era ao mesmo tempo profundamente depravada moralmente. Talvez, Corinto tenha ganhado a fama de ser uma das cidades mais depravadas da histria antiga. A palavra korinthiazesthai, viver como um corntio, chegou a ser parte do idioma grego, e significava viver bbado e na corrupo moral.

A cidade de Corinto era corrompida por algumas razes: Problema de diviso (1:10-17): A famlia de Cloe disse a Paulo que a igreja estava desenvolvendo um esprito partidrio, declarando fidelidade a vrios pregadores famosos. Paulo ficou horrorizado. Eles estavam tentando arrancar os membros de Cristo dividindo seu corpo. Paulo insistiu que ele no foi crucificado por eles e que eles no foram batizados no nome dele. De fato, ele se alegrava por ter batizado pessoalmente poucos deles, para que assim no tivessem base para dizer que eram "de Paulo". Problema de sabedoria humana (1:18-31): A questo da diviso tinha origem num problema mais fundamental: uma exaltao da sabedoria humana, seja a filosofia grega, ou a viso judaica do rei conquistador, que totalmente contrria ao caminho de Deus. O evangelho apresentando um Messias crucificado parecia absurdo para eles, como se falasse de "gelo frito." Mas Deus intencionalmente escolheu redimir o homem de um modo que o mundo considera loucura, para humilhar os homens. Seu lema : "Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1:31). A prostituio. Naquela cidade, a deusa Afrodite era adorada e tinha o seu templo sede na Acrpole, uma montanha com mais de 560 metros de altura, na parte mais alta da cidade. Afrodite era considerada a deusa do amor. Mil sacerdotisas trabalhavam com prostitutas cultuais nesse templo de Afrodite. Milhares de corntios adoravam seus deuses visitando essas sacerdotisas O homossexualismo. Corinto era uma cidade onde ficavam os principais monumentos de Apolo. A adorao a Apolo induzia a juventude de Corinto

bem como a juventude grega em geral a se entregar ao homossexualismo. Talvez Corinto fosse o centro homossexual do mundo na poca. Muitos membros da igreja de Corinto, antes da sua converso, tinham vivido na prtica do homossexualismo (1Co 6.9-11) A Carnalidade. Havia na igreja de Corinto divises e prticas sexuais desregradas. A igreja de Corinto era uma igreja infantil e carnal.Como era habitual, a igreja de Corinto tambm estava dividida sobre este assunto, haviam dois grupos extremistas, o primeiro grupo pensava que sexo pecado, mesmo no casamento. Este grupo defendia o celibato, como um estado superior ao casamento. O segundo grupo, julgava que o casamento no era opcional, mas obrigatrio. Para estes o celibato era moralmente inferior ao casamento. Paulo faz todas as concesses ao ponto de vista deles. Concorda que o celibato bom, e expe algumas das suas vantagens. Mas considera o casamento como normal. Jamais disse que o celibato superior ao casamento. Considera o casamento como normal, mas reconhece que h alguns aos quais Deus conferiu um dom especial, devendo eles permanecer solteiros. bom que o homem no toque em mulher (v.1b) Neste contexto tocar refere-se ao casamento. O conceito de Paulo que os solteiros esto livres para servir a Deus sem as preocupaes subordinadas ao estado dos casados. Mas isto no implica que o estado dos casados no seja bom tambm. Ele disse que o celibato bom, mas no compulsrio, o celibato uma, o permitido seu mas no prprio ordenado. marido. mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua prpria esposa, e cada

A regra geral que o os homens se casem, pois a tentao grande. A soluo certa que cada um se case. Neste ponto Paulo tambm trata da pureza do casamento pois cada um deve ter sua prpria esposa e seu prprio marido condenando aqui a poligamia e a poliandria. Aqui tambm condenado o casamento homossexual, pois fica claro a relao hererosssexual. Ainda que a unio homossexual se torne legal entre os homens, perante Deus sempre ser condenada e abominvel. Paulo ponderou que, entre casar ou ficar solteiro, era melhor casar para manter-se puro e no cair em tentao sexual e emocionais, mas alertava que elas devem ser satisfeitas no relacionamento conjugal, pois conforme a vontade de Deus, o sexo pra ser desfrutado no casamento. Motivos Estado Dificuldade Liberdade Dom Desejo Evitar Falta Motivos Melhor No Desejo casar de de e de na para vocao de aliana vida o para no com ocasio para que pecado casar viver para celibato conjugal ministrio o casar descrente (subtendido) o abrasado casar celibato o Celibato 7.26 7.28 7.32-35 7.7 7.39 7.39 7.39 casamento 7.9 7.36 7.39

Deverenocasamento

O marido conceda esposa o que lhe devido, e tambm, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher no tem poder sobre o seu prprio corpo, e sim o marido; e tambm, semelhantemente, o marido no tem poder sobre o seu prprio corpo, e sim a mulher. No vos priveis um ao outro, salvo talvez por mtuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes orao e, novamente, vos ajuntardes, para que Satans no vos tente por causa da incontinncia. E isto vos digo como concesso e no por mandamento.( vv. 3-6) O casamento tem suas obrigaes. Paulo os lembra de que cada parceiro tem os seus direitos. O termo grego utilizado est relacionado a dbito. Paulo concita cada um pagar o que devido. Cada um deve obrigaes ao outro. Paulo destaca a completa igualdade dos direitos conjugais (7.3,4). O imperativo conceda indica o dever habitual. O esposo faz sua esposa mais feliz, quando paga sua dvida, e cumpre seu dever de marido, tanto relativo vida conjugal, como moral, social e religiosa. E lembra-se que ela no existe para satisfazer seus desejos. O sucesso do casal est em obedecer a certos preceitos. No somente pagar a dvida, mas manter um crdito de confiana entre os dois, no seu labor dirio. O dever da esposa no somente fazer saborosas refeies, cuidar da casa, e ser me carinhosa. O marido tambm precisa de seu carinho, de beijos. Paulo ainda prossegue A mulher no tem poder sobre o seu prprio corpo, e sim o marido; e tambm, semelhantemente, o marido no tem poder sobre o seu prprio corpo, e sim a mulher Nem as esposas nem os esposos tem o direito de usar os seus corpos completamente como queiram. Tem obrigaes um para com o outro, a chantagem sexual no casamento um

pecado. A satisfao sexual um direito legtimo do cnjuge. A ausncia do sexo no casamento um pecado. Diante dos julgamentos dos partidrios que se encontravam na igreja de Corinto, Paulo nos mostra que este julgamento e a admirao no tinham a mnima importncia, pois ele enfoca que os ministros de Deus, so realmente servos, e somente Deus poder fazer um julgamento deles. Apesar de os apstolos serem somente servos de Cristo, no deviam ser menosprezados. Tinham sido encarregados de uma grande misso, e por essa razo, tinham um ofcio honroso

E quem so os verdadeiros ministros de Deus, segundo a Bblia? Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistrios de Deus. (4.1)

Ministros - A palavra que Paulo emprega aqui hyprets , aplicava-se a um remador inferior, isto , um que remava no grupo de remos da parte de baixo de um grande navio. Nos grandes navios romanos existiam as gals, que eram pores onde trabalhavam os escravos sentenciados morte. Aqueles escravos sentenciados morte prestavam um servio antes de morrer. Eles tinham seus ps amarrados com grossas correntes e trabalhavam exausto sob o flagelo dos chicotes at morte.

Despenseiros oikonomos era o superintendente de uma propriedade. Para que um rico proprietrio de terras no fosse um escravo para os seus escravos, tinha que delegar a outrem o trabalho rotineiro de administrao

(1

Corntios,

Introduo

e

comentrio.

Leon

Morris)

Estava sujeito ao seu senhor, e tinha que prestar contas, pois mandava nos demais escravos. Uma das principais caractersticas era a fidelidade. Portanto, Paulo condena o julgamento dos servos de Deus, pois desta forma comparavam os seus ministrios e caiam no erro de menosprezar uns e exaltar outros. 5. Quando Paulo viesse, cada um lhe entregaria o total de sua separao semanal, que Paulo levaria ou mandaria para os crentes pobres de Jerusalm. No se faria coleta alguma quando Paulo viesse, porquanto esta j fora feita, j estava pronta. Paulo somente a tomaria para encaminh-la ao seu destino. Ofertas Notemos no texto a expresso "pr de parte", separar, reservar, depois de um balano na situao, "conforme a prosperidade". Ora, se se tratasse de coleta feita num culto, Paulo no usaria estas expresses. Notemos mais a demolidora expresso "em casa" que est no texto original, e tambm nas melhores tradues. Isto liquida a pretenso de ser a coleta feita na igreja. Notemos ainda a expresso "e v juntando", o que indica uma acumulao que se formava gradativamente mediante peridicas reservas de dinheiro.

Por que num "primeiro dia da semana"? Porque com o sbado findava-se a semana. Os cristos eram previdentes e organizados. Era costume, no incio da semana, logo no seu primeiro dia, planejarem suas atividades seculares, considerarem os gastos da semana anterior, anteciparem providncias e fazerem previso dos gastos para a nova semana. Uma questo de

contabilidade domstica. Paulo lhes recomenda que, ao fazerem a costumeira previso, no incio da semana, no se esqueam de separar, o que fosse possvel, em dinheiro para os pobres de Jerusalm, colocando o donativo numa caixa em seus lares. A idia de Culto ou de reunio dominical completamente estranha ao texto, e seria uma deslealdade Bblia for-la aqui.

Corinto era uma cidade com muitos deuses e muitos dolos. At hoje, quando se visita Corinto, pode se visualizar enormes esttuas e monumentos que foram dedicados aos deuses. Por ver a cidade perdida no cipoal de uma infinidade de deuses, Paulo entendeu que estavam precisando do Deus verdadeiro Diviso na igreja

Logo que Paulo saiu de Corinto, aps ter fundado a igreja, Apolo chegou e deu prosseguimento ao trabalho (At.18.24-28). Como disse o apstolo: "Eu plantei, Apolo regou.." (I Cor.3.6). Sua obra foi importante e digna de reconhecimento. Ele era homem eloqente e conseguiu conquistar a simpatia de muitos corntios. Ao que parece, os irmos ficaram impressionados com a pessoa de Apolo e comearam a fazer comparaes com Paulo, que talvez no falasse to bem. (I Cor.2.1-5; II Cor. 10.10). Muitos chegaram a desprezar o apstolo Paulo, questionando sua autoridade e seu ministrio. (I Cor.1.11-14). Formaram-se ento partidos dentro da igreja: os de Paulo, os de Apolo, os de Cefas (Pedro em Aramaico) e os de Cristo (I Cor.1.12). No sabemos se Pedro esteve pessoalmente em Corinto. Pode ser que sim. De qualquer forma, mais

provvel que o nome de Pedro tenha sido levado por judeus cristos que vieram de Jerusalm. Talvez esse grupo corresponda aos judaizantes que tantos problemas criaram para Paulo.

O fato de alguns se intitularem "de Cristo" pode ter sentido positivo ou negativo. Isso poderia significar uma consagrao maior, uma rejeio ao partidarismo, mas pode tambm indicar independncia, rejeio a todo tipo de liderana e uma manifestao "orgulho espiritual". Conquanto no possamos tirar concluses sobre isso na primeira epstola, o texto de II Cor. 10.7 parece mostrar que aqueles que se diziam "de Cristo" eram os mais problemticos. Religio e alimentao (I Cor.8.10; 10.27). Assim como ocorria no judasmo, os sacrifcios de animais eram comuns em diversas religies. Parte do animal era queimado sobre o altar. Outra parte era servida aos ofertantes, sacerdotes e convidados. Eram, portanto, freqentes as refeies nos templos pagos. Desta influncia surgiram dois problemas para a igreja: 1 Os cristos realizavam refeies na igreja em ambiente tumultuado e chamavam isso de ceia do Senhor. Os ricos levavam grande quantidade de comida e bebida para a igreja. Chegavam at a ficar embriagados (I Cor.11.20-22). Enquanto isso, os irmos pobres muitas vezes no tinham o que levar. Isso se tornava ento uma situao constrangedora e humilhante. Por isso, Paulo perguntou: "No tendes, porventura, casas onde comer e beber?" As reunies da igreja no podiam reproduzir as refeies dos templos pagos. Ento, o apstolo orienta como deve ser a ceia do Senhor: com reverncia, ordem e santidade (I Cor.11.23-34).

2 Outro problema que as refeies nos templos pagos eram acontecimentos sociais e, eventualmente, os cristos poderiam ser convidados para participar. Estariam ento diante de um alimento sacrificado aos dolos. Paulo diz que, j que o dolo nada, uma iluso, ento a carne sacrificada como outra carne qualquer. Ali no existe nenhuma maldio nem contaminao. Porm, se um cristo, que antes adorava naquele templo pago, v um irmo comendo ali a carne do sacrifcio, ele pode se sentir tentado a voltar sua prtica antiga. Cria-se ento uma situao de tropeo e confuso. Se a participao em tais refeies pode se tornar motivo de escndalo, ento melhor evit-las (I Cor. 8). Ele diz tambm que o cristo no pode participar da mesa do Senhor (ceia) e da mesa dos demnios (refeies pags). Muitas vezes, a carne desses animais sacrificados ia parar at nos mercados. Sobre isso, Paulo diz que o cristo deveria comprar sem preocupao (10.25). No deveria nem perguntar sobre a origem da carne. Da mesma forma, se o cristo fosse almoar na casa de um mpio, deveria comer de tudo sem perguntar (10.27). Entretanto, se o anfitrio dissesse que aquela carne era de um sacrifcio aos dolos, o cristo deveria recus-la, no por causa do dolo ou por causa do animal, mas porque o comer poderia ser interpretado como participao na idolatria ou, no mnimo, aprovao (10.28).

Religio e Filosofia

Se, naquele tempo, a filosofia grega era influente em todo o mundo, quanto mais em Corinto, que estava na Grcia. A filosofia clssica se caracteriza pela interpretao humana da realidade. Tal pensamento formou e ainda forma muitos conceitos que so geralmente aceitos como verdade. As palavras de Paulo nos fazem entender que os corntios possuam conceitos distorcidos sobre o amor, a liberdade e a sabedoria. Muitas vezes, a filosofia utilizada para montar justificativas para o pecado. Os gregos eram orgulhosos por seu conhecimento filosfico. O apstolo se esmera por mostrar que o entendimento humano loucura. Ele procura mostrar o verdadeiro sentido do amor, da liberdade, da sabedoria, etc.. No texto que vai de 1.18 a 2.16, Paulo confronta a sabedoria humana com a sabedoria divina. Estava em alta o pensamento gnstico, o qual supervalorizava o conhecimento, associando-o salvao humana. A cincia tomava ares de virtude espiritual. Alm de enfatizar a sabedoria divina contra a sabedoria humana, Paulo tambm afirma: "A cincia incha, mas o amor edifica" (I Cor.8.1). A matria era vista pelos gnsticos como maligna. Da surgem vrias heresias: * Se a matria m, o casamento tambm. Paulo combate essa idia em I Cor. 7.5. * A ressurreio do corpo era vista como "materialista". Por isso Paulo expe e defende a doutrina da ressurreio no captulo 15. * Enquanto que alguns gnsticos, diante da suposta malignidade da matria, optavam pelo ascetismo, ou seja, pela negao dos desejos sexuais e a total abstinncia, outros, combinando gnosticismo e cristianismo,

julgavam-se protegidos contra todos os males e, assim, podiam, supostamente, se entregar aos desejos sem restries. Conhecimento, liberdade e amor eram elementos mal interpretados, mal colocados e mal valorizados em Corinto. Isso veio a causar uma srie de problemas na igreja. Alguns julgavam que a liberdade crist lhes dava direito de fazer tudo, quer seja a participao nas refeies dos templos pagos ou mesmo a unio carnal com as meretrizes. Paulo se posiciona contra todas essas variaes da influncia filosfica e da falsa interpretao do cristianismo. Assim, ele condena a libertinagem sexual, ao mesmo tempo em que defende a legitimidade do sexo dentro do matrimnio (I Cor. 6.15-16 e I Cor.7). A liberdade crist , de fato, ampla. Contudo, o amor o seu parmetro maior. Assim, se, no uso da nossa liberdade, ultrapassamos os limites do amor a Deus e ao prximo, samos da liberdade crist e entramos nos domnios do pecado. Por isso, Paulo diz: "Todas as coisas me so lcitas, mas nem todas me convm." (I Cor.10.23). "No sabeis vs que os vossos corpos so membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e f-los-ei membros de meretriz? No, por certo" (I Cor.6.15). Ao usar a expresso "no sabeis", fica evidente a questo do conhecimento. Os corntios sabiam muita coisa, mas era urgente que soubessem sob o ponto de vista de Deus, conforme Paulo estava procurando expor. Com relao aos alimentos sacrificados aos dolos, Paulo deixa claro que a liberdade crist, em princpio, nos permitiria participar deles, uma vez que o dolo uma iluso. Entretanto, vm novamente tona a questo do amor. Se tal exerccio extremo da liberdade for causar escndalo ao prximo, ou

ao irmo, ento o amor no estaria operando. "Ningum busque o proveito prprio, antes cada um o que de outrem." (I Cor.10.24). A soluo Paulo lembra aos corntios que Jesus o fundamento de suas vidas. Entretanto, sobre esse fundamento, estava sendo utilizado material estranho para a construo. Entra a a questo da responsabilidade dos lderes eclesisticos. No sabemos quem liderava a igreja em Corinto. Ao que tudo indica, faltava ali uma liderana forte que conseguisse conduzir a igreja. Vemos que a mesma estava dividida em grupos. Certamente, havia lderes, mas estes no estavam conseguindo uma coeso entre si e entre os membros da igreja. Paulo precisou enviar Timteo (I Cor.4.17; 16.10). Ele insistiu para que Apolo fosse at l, mas isso no foi possvel (I Cor.16.12).

O apstolo chama a ateno da igreja para o seu fundamento: Cristo (I Cor.3.11). Ele tambm a soluo para todas aquelas questes e problemas. A edificao precisa ser coerente com o alicerce. O nosso desenvolvimento na f precisa utilizar doutrinas e conceitos coerentes com a pessoa e o ensino de Cristo. Ele apresenta Jesus como a sabedoria de Deus, justia, santificao e redeno (1.30). Esses elementos precisam estar combinados na vida do cristo: sabedoria, justia, santificao e redeno. A sabedoria humana no produz a justia divina na vida do homem. O conhecimento humano no se vincula santificao e, muitas vezes, abona o pecado. O resultado de tudo isso jamais ser redeno, mas

sim perdio. A filosofia como material de edificao da igreja no lhe daria firmeza. Pelo contrrio, causaria sua queda e runa. Paulo apela para a lembrana da histria de Israel no captulo 10.1-13. Seu objetivo era mostrar que, embora aquele povo tenha sado do Egito sob a poderosa manifestao do poder de Deus, pereceu depois no deserto pelo fato de ter se deixado levar por tentaes diversas. Fica ento traado um paralelo dessa narrativa com a experincia dos corntios, aos quais o apstolo adverte contra os riscos de fracasso na f (10.12). O USO DO VU EM CORNTIOS Como certo que no podemos confundir princpios com costumes, precisamos analisar at que ponto as orientaes de Paulo igreja de Corinto, no que se refere ao uso do vu pelas mulheres, tambm so aplicveis igreja crist da atualidade, inclusive a Igreja Adventista do Stimo Dia. Vamos, primeiramente, analisar um pouco sobre a situao da igreja de Corinto na poca do apstolo. Com base em informaes levadas a Paulo pelos da famlia de Clo (1:11), o apstolo ficou sabendo do esprito divisionista com que vrios setores da igreja se identificavam com lderes especficos (1:10-17). Outros pontos abordados por Paulo em sua epstola podem tambm ter sido relatados a ele pela casa de Clo, ou por outra fonte (talvez Estfanas, Fortunato e Acaico 16:17). Foram eles: Alguns que recaam aos antigos hbitos da vida (cap. 5) Haviam dvidas sobre o matrimnio (cap. 7)

Problemas quanto ao consumo de comidas sacrificadas a dolos pagos (cap. 8) Haviam aqueles que estavam participando de forma errada da Ceia do Senhor (11:17-34) Os dons espirituais estavam trazendo confuso ao culto pblico, especialmente o dom de lnguas (cap. 14) Outros no criam na ressurreio e em temas relacionados a ela (cap. 15) E tambm haviam problemas referentes participao pblica das mulheres no culto (11:2-16) V-se que na igreja de Corinto Paulo enfrentou problemas que no surgiram nas demais igrejas. Ele no preocupa-se em escrever sobre a maioria destes temas s outras igrejas, somente a Corinto. Isso mostra que esta igreja passava por uma crise doutrinria e de costumes, que refletia muito bem a situao cultural e religiosa da poca e do local. vu Era um sinal da honra e da dignidade das mulheres (Gn. 24:65; Cant. 4:1). Tambm considerava-se o vu um sinal de subordinao da mulher ao marido, por isso que no o usavam as mulheres de luto, as prostitutas e as esposas infiis. No tempo dos apstolos, esse costume ainda era largamente praticado, mas parece que em Corinto um movimento de libertao feminina estava se iniciando e tirando a paz da igreja. Por isso, as mulheres estavam tirando o vu no culto pblico, por sentirem que o evangelho as libertava do jugo do marido. Isso estava causando intrigas nos lares e na igreja, e estava tambm repercutindo mal na comunidade, pois as pessoas que presenciavam os cultos cristos escandalizavam-se por ver mulheres sem vu (ou seja, indecentes e desonradas)

tomando parte no culto. Seria realmente aquela uma religio prpria para mulheres honestas e fiis, ou tratava-se de uma seita formada por prostitutas? Era a crtica feita igreja. Ento, como vimos anteriormente, o problema chegou ao conhecimento do apstolo Paulo, que escreveu a carta para orientar igreja sobre este tema, entre outros. A orientao de Paulo Primeiramente, Paulo preocupa-se em reafirmar o princpio bblico da igualdade entre os sexos (7:3-4). Mas, ele tambm confirma que o homem deve ser o cabea da mulher, apesar da igualdade entre ambos (11:3). Em seguida, o apstolo orienta que as mulheres crists seguissem o costume do uso do vu, prprio naquela cidade e ocasio (v.6). V-se que o vu no era para todas as igrejas, mas para aquelas fundadas em lugares, especialmente no Oriente (como era o caso de Corinto), onde seu uso significasse submisso feminina ao marido, como manda a Escritura (Gn. 3:16). Nos vv. 4-16 Paulo trata do tema de cobrir a cabea, especialmente em relao com os servios religiosos. Esta realmente uma das passagens de Paulo qual bem podem ser aplicadas as palavras de Pedro, de que Paulo escreveu "algumas" coisas "difceis de entender" (2Pe 3:16), por isso precisamos estud-la livre de preconceitos ou idias preconcebidas. Devemos deixar que o contexto da passagem fale o que ela realmente significa.

Paulo proclamava uma nova e gloriosa liberdade no Evangelho. Essa proclamao tinha em si a semente do princpio cristo da dignidade do sexo feminino e sua liberao da condio degradada em que eram tidas as mulheres nos pases pagos. O apstolo declarou: "No h judeu nem grego; no h escravo nem livre; no h varo nem mulher; porque todos vs so um em Cristo Jesus" (Gl. 3:28). Essa deveria ser a prtica na vida social da Igreja que estava dando seus primeiros passos. Porm, uma revoluo social to marcante no aconteceria sem problemas. Seria fcil ver como algumas mulheres convertidas ao cristianismo poderiam distorcer e usar mal sua liberdade no Evangelho para causar descrdito igreja. Uma das difamatrias e infundadas acusaes que se apresentaram contra o cristianismo, medida que este se difundia e que despertaram o dio de muitos, foi que os cristos eram imorais. No h dvida de que esta acusao j podia haver-se espalhado nos dias de Paulo. Por isso era muito necessrio que os cristos se abstivessem "de toda espcie de mal" (1Tes. 5:22), e que recordassem o conselho adicional de seu professor: que embora certo proceder seja lcito, pode no ser conveniente (1Co 6:12). Mesmo que o evangelho libertasse as mulheres de sua condio humilhante (mas, no descartava a autoridade que o marido deveria manter sobre a famlia), elas no deveriam utilizar esta liberdade para agir no culto pblico de forma a trazer escndalo, como acontecia com o abandono do uso do vu.

Esta anlise do contexto da 1 epstola aos Corntios no deve ser desconsiderada, se queremos realmente obter a mensagem que o apstolo tinha em mente ao falar quela igreja. O uso do vu por si s no produz honra, pois prostitutas tambm chegaram a us-lo no passado (Gn. 38:14-15). O que as mulheres crists mais deveriam se preocupar era com a decncia do vesturio, pois ele seria uma demonstrao do carter da mulher que se apresentava para participar do culto (1Tim. 2:9). Da mesma forma, os cabelos compridos, somente, tambm no trazem honra, pois a mulher que enxugou os ps do Senhor Jesus, o fez com os prprios cabelos, que eram muito grandes, entretanto sabemos que sua honra no era das melhores (Jo 11:2; Lc 7:37-39). Quanto aos homens, nos dias de Paulo o costume entre os judeus, gregos e romanos era levar o cabelo curto. Entre os israelitas se considerava como vergonhoso que um homem tivesse o cabelo comprido, a menos que tivesse feito o voto de nazireado (Nm. 6:1-5).

. Para a problemtica igreja de Corinto, Paulo tambm adverte que as mulheres deveriam ficar caladas na igreja (1Co 14:34). Seria este um conselho a ser seguido para todas as igrejas? No. Se assim o fosse, ele o teria enviado s demais, mas enviou apenas para a de Corinto, o que mostra o carter local dessa determinao. O princpio o mesmo do uso do vu e da manifestao ordenada do dom de lnguas manter um culto reverente e livre de aparncia do mal, evitando que se traga oprbrio Igreja de Deus.

3. Os homens tambm deveriam cobrir a cabea quando fossem ler as Escrituras (2Cor 3:14-16). Devemos seguir o mesmo costume hoje? O prprio Paulo diz que no, pois os judeus que faziam isso em sua poca o faziam por no conhecerem a liberdade trazida pelo evangelho, como o prprio apstolo declara (v. 16). O princpio envolvido aqui, mais uma vez, a reverncia para com o Senhor.

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