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Exercícios de revisão para a Avaliação Final Aluno(a): ______________________________________________________________ Disciplina: Filosofia ( EAF) Professor(a): Renato Aurélio Série: 1 º ano Turma: ________ Data: ____/____/_____ Introdução a filosofia Pensamento mítico Do mito ao logos Pré-socráticos e a filosofia da natureza Sofistas e a democracia Sócrates e a problematização do homem Platão e o mundo das ideias, alegoria da caverna e república Aristóteles e a experiência, forma e matéria, essência e acidente e política. 1 - UEMA 2015: Leia a fábula de La Fontaine, uma possível explicação para a expressão ”o amor é cego”. “No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é cego? Aconteceu que num certo dia o Amor e a Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. Surgiu entre eles um desentendimento qualquer. Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do assunto o conselho dos deuses. Mas a Loucura, impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se a clamar por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis – a deusa da vingança – e de todos os juízos do inferno, Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu filho não podia ficar cego. Depois de estudar detalhadamente o caso, a sentença do supremo tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a servir de guia ao Amor”. (Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores contos de loucura. Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de Janeiro: Ediouro, 2007). A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para uma realidade humana. Esse tipo de explicação classifica-se como a) estética. b) filosófica. c) mitológica. d) científica. e) crítica.

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Exercícios de revisão para a Avaliação Final

Aluno(a): ______________________________________________________________

Disciplina: Filosofia ( EAF) Professor(a): Renato Aurélio

Série: 1 º ano Turma: ________ Data: ____/____/_____

Introdução a filosofia

Pensamento mítico

Do mito ao logos

Pré-socráticos e a filosofia da natureza

Sofistas e a democracia

Sócrates e a problematização do homem

Platão e o mundo das ideias, alegoria da caverna e república

Aristóteles e a experiência, forma e matéria, essência e acidente e política.

1 - UEMA 2015: Leia a fábula de La Fontaine, uma possível explicação para a expressão ”o amor é cego”.

“No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é cego?

Aconteceu que num certo dia o Amor e a Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. Surgiu entre eles um

desentendimento qualquer. Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do assunto o conselho dos deuses.

Mas a Loucura, impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se

a clamar por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis – a deusa da vingança – e de todos os juízos do

inferno, Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu filho não podia ficar cego. Depois de estudar

detalhadamente o caso, a sentença do supremo tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a servir de guia ao

Amor”. (Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores contos de loucura. Flávio Moreira da

Costa (Org.). Rio de Janeiro: Ediouro, 2007).

A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para uma realidade humana. Esse tipo de explicação classifica-se

como

a) estética.

b) filosófica.

c) mitológica.

d) científica.

e) crítica.

2 - UEG 2013 – O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, recusa e

aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu

comportamento teórico e prático. Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser

humano começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente

suas crenças, valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia:

a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções

e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.

b) existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que

nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão.

c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e

pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.

d) surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas

crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica.

e) emerge quando o homem tem o mito como fonte de controle da natureza.

3 - UNIMONTES 2013: Deleuze e Guattari entendem a filosofia como possibilidade de instauração do caos. Nesse

sentido, a filosofia é capaz de criticar a si mesma e também às outras formas de pensar e agir. Com relação à

filosofia, podemos afirmar:

a) A filosofia não é um conhecimento absoluto e não permite uma atitude crítica sobre todos os saberes. A filosofia

impõe verdades e não permite que se recriem os espaços de discussões.

b) A filosofia não é um conhecimento exato, uma atitude desprovida de crítica sobre todos os saberes. A filosofia

não impõe verdades, mas cria e recria constantemente espaços de discussões.

c) A filosofia não é um conhecimento acabado, mas uma atitude crítica sobre todos os saberes. A filosofia não impõe

verdades, mas cria e recria constantemente espaços de discussões.

d) A filosofia não é um conhecimento, mas uma atitude dogmática sobre todos os saberes. A filosofia impõe

verdades e exclui as pessoas dos espaços de discussões.

e) A filosofia busca responder somente as questões que os mitos definem como verdade.

4 - UNIOESTE 2013: “Nada indigna mais uma cabeça filosófica do que ouvir dizer que, de agora em diante, toda

filosofia tem de ficar aprisionada nos grilhões de um único sistema. Nunca esse espírito se sentira maior do que ao

ver diante de si a infinidade do saber. Toda a sublimidade de sua ciência consistiria justamente em nunca poder

perfazer-se. No instante em que ele próprio acreditasse ter perfeito seu sistema, ele se tornaria insuportável para si

mesmo. Nesse mesmo instante, deixaria de ser criador e se reduziria a um instrumento de sua criatura. […] nada

pode ser mais pernicioso para a dignidade da filosofia que a tentativa de forçá-la a entrar nos limites de um sistema

teórico universalmente válido”. (Schelling).

Considerando o texto acima, é INCORRETO afirmar que:

a) a filosofia tem, além de seu aspecto teórico, um aspecto prático ligado à criação de sistemas.

b) a dignidade da filosofia está em colocar-nos diante de um horizonte infinito de conhecimento.

c) a filosofia, enquanto atividade criadora humana, tem inúmeras possibilidades de expressão teórica.

d) a filosofia é uma atividade que não deve atingir um acabamento definitivo por meio de um sistema teórico.

e) a filosofia, para a grandeza do espírito humano, deve realizar um sistema teórico universal, perfeito e definitivo.

5 - UPE 2013 – “A filosofia, no que tem de realidade, concentra-se na vida humana e deve ser referida sempre a esta

para ser plenamente compreendida, pois somente nela e em função dela adquire seu ser efetivo”. (VITA, Luís

Washington. Introdução à Filosofia, 1964, p. 20).

Sobre esse aspecto do conhecimento filosófico, é CORRETO afirmar que

a) a consciência filosófica impossibilita o distanciamento para avaliar os fundamentos dos atos humanos e dos fins

aos quais eles se destinam.

b) um dos pontos fundamentais da filosofia é o desejo de conhecer as raízes da realidade, investigando-lhe o

sentido, o valor e a finalidade.

c) a filosofia é o estudo parcial de tudo aquilo que é objeto do conhecimento particular.

d) o conhecimento filosófico é trabalho intelectual, de caráter assistemático, pois se contenta com as respostas para

as questões colocadas.

e) a filosofia é a consciência intuitiva sensível que busca a compreensão da realidade por meio de certos princípios

estabelecidos pela razão.

6 - UFSJ 2013: A construção de uma cosmologia que desse uma explicação racional e sistemática das características

do universo, em substituição à cosmogonia, que tentava explicar a origem do universo baseada nos mitos, foi uma

preocupação da Filosofia

a) medieval.

b) antiga.

c) iluminista.

d) contemporânea.

e) renascentista

7 - UNIMONTES 2013 – Muitos pensam que os mitos são lendas restritas aos povos tribais e que teriam desaparecido

com a crítica do pensamento científico moderno. No que se refere ao mito, podemos afirmar, EXCETO

a) O mito é falso e enganador, pois o mesmo falta com a verdade.

b) O mito orienta a vida e o sentido da existência.

c) Os mitos têm como função acomodar o homem em um mundo assustador.

d) As narrativas míticas eram próprias de um mundo onde a oralidade ocupava lugar central na vida humana.

e) o mito antigo era real e criva comportamentos.

8 - UEL 2015 - De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que existe tem que ter um começo.

Portanto, em algum momento, o universo também tinha de ter surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o

universo de repente tivesse surgido de alguma outra coisa, então essa outra coisa também devia ter surgido de

alguma outra coisa algum dia. Sofia entendeu que só tinha transferido o problema de lugar. Afinal de contas, algum

dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada. Existe uma substância básica a partir da qual tudo é feito? A grande

questão para os primeiros filósofos não era saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como a

água podia se transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar em árvores frondosas ou

flores multicoloridas. (Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia

das Letras, 1995. p.43-44).

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da filosofia, assinale a alternativa correta.

a) Os pensadores pré-socráticos explicavam os fenômenos e as transformações da natureza e porque a vida é como

é, tendo como limitador e princípio de verdade irrefutável as histórias contadas acerca do mundo dos deuses.

b) Os primeiros filósofos da natureza tinham a convicção de que havia alguma substância básica, uma causa oculta,

que estava por trás de todas as transformações na natureza e, a partir da observação, buscavam descobrir leis

naturais que fossem eternas.

c) Os teóricos da natureza que desenvolveram seus sistemas de pensamento por volta do século VI a.C. partiram da

ideia unânime de que a água era o princípio original do mundo por sua enorme capacidade de transformação.

d) A filosofia da natureza nascente adotou a imagem homérica do mundo e reforçou o antropomorfismo do mundo

dos deuses em detrimento de uma explicação natural e regular acerca dos primeiros princípios que originam todas

as coisas.

e) Para os pensadores jônicos da natureza, Tales, Anaxímenes e Heráclito, há um princípio originário único

denominado o ilimitado, que é a reprodução da aparência sensível que os olhos humanos podem observar no

nascimento e na degeneração das coisas.

9 - UPE 2013 - Sobre o conhecimento filosófico, atente ao texto que se segue: “O conhecimento filosófico é,

diversamente do conhecimento científico, um conhecimento crítico, no sentido de que põe sempre em problema o

conhecimento obtido pelos processos da Ciência”. (MARTINS, José Salgado. Preparação à Filosofia, 1969, p. 9”.

Tomando como base o conhecimento filosófico, coloque V nas afirmativas verdadeiras e F nas falsas.

( ) A filosofia é um tipo de saber, que não diz tudo o que sabe e uma norma que não enuncia tudo aquilo que

postula. O saber filosófico, portanto, é profundo, mesmo quando parece mais claro e transparente.

( ) A filosofia deve ser estudada e ensinada com base nos problemas que suscita e não apenas em virtude das

respostas que proporciona a esses mesmos problemas.

( ) A filosofia se faz presente como reflexão crítica a respeito dos fundamentos do conhecimento e da ação, por

isso mesmo distinta da ciência pelo modo de abordagem do seu objeto que, no caso desta, é particular e, no caso da

filosofia, é universal.

( ) O percurso da filosofia é caracterizado pela exigência de clareza e de livre crítica.

( ) O conhecimento filosófico apresenta-se como a ciência dos fundamentos. Sua dimensão de profundidade e

radicalidade o distingue do conhecimento científico.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

a) V, F, V, F, V

b) F, V, F, V, V

c) V, V, F, F, V

d) V, V, V, V, V

e) F, V, F, V, F

10 – UEG - A cultura grega marca a origem da civilização ocidental e ainda hoje podemos observar sua influência nas

ciências, nas artes, na política e na ética. Dentre os legados da cultura grega para o Ocidente, destaca-se a ideia de

que:

a) a natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais que podem ser plenamente conhecidos

pelo nosso pensamento.

b) nosso pensamento também opera obedecendo a emoções e sentimentos alheios à razão, mas que nos ajudam a

distinguir o verdadeiro do falso.

c) as práticas humanas, a ação moral, política, as técnicas e as artes dependem do destino, o que negaria a existência

de uma vontade livre.

d) as ações humanas escapam ao controle da razão, uma vez que agimos obedecendo aos instintos como mostra

hoje a psicanálise.

e) que a natureza humana é a única forma e fonte dos conhecimentos acerca das verdades absolutas.

11 - UFU 2013 - A atividade intelectual que se instalou na Grécia a partir do séc. VI a.C. está substancialmente

ancorada num exercício especulativo-racional. De fato, “[...] não é mais uma atividade mítica (porquanto o mito

ainda lhe serve), mas filosófica; e isso quer dizer uma atividade regrada a partir de um comportamento epistêmico

de tipo próprio: empírico e racional”. (SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-socráticos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p.

32).

Sobre a passagem da atividade mítica para a filosófica, na Grécia, assinale a alternativa correta.

a) A mentalidade pré-filosófica grega é expressão típica de um intelecto primitivo, próprio de sociedades selvagens.

b) A filosofia racionalizou o mito, mantendo-o como base da sua especulação teórica e adotando a sua metodologia.

c) A narrativa mítico-religiosa representa um meio importante de difusão e manutenção de um saber prático

fundamental para a vida cotidiana.

d) A Ilíada e a Odisseia de Homero são expressões culturais típicas de uma mentalidade filosófica elaborada, crítica e

radical, baseada no logos.

e) o pensamento mitológico não exerce influencia sobre os comportamentos humanos.

12 - FUVEST 2016 - O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo.

Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcançará todas as suas

consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode

situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações

entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos. (Jean-Pierre

Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado).

De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento da pólis foi

a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de

imagens.

b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços

públicos.

c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do

monarca.

d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de identidades

culturais.

e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus

membros.

13 - UNESP 2015 - A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da

Turquia e na Itália construíram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade. As

construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos deuses. Não

eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram os deuses da comunidade

como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator aglutinador das forças cooperativas da pólis. [...]

A construção monumental foi influenciada por modelos egípcios e orientais. Sem as proezas de cálculo

matemático, desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monumentos gregos teriam sido impossíveis.

(GUARINELLO, Norberto Luiz. História antiga, 2013).

Segundo o texto, um papel fundamental da religião, na Grécia antiga, foi o de

a) eliminar as diferenças étnicas e sociais e permitir a igualdade social.

b) estabelecer identidade e vínculos comunitários e unificar as crenças.

c) impedir a persistência do paganismo e afirmar os valores cristãos.

d) eliminar a integração política, militar e cultural entre as cidades-estados.

e) valorizar as crenças aristocráticas e eliminar as formas de culto populares.

14 - ENEM(Segunda aplicação) 2016

[...] O SERVIDOR — Diziam ser filho do rei...

ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a criança?

O SERVIDOR — Foi ela, Senhor.

ÉDIPO — Com que intenção?

O SERVIDOR — Para que eu a matasse.

ÉDIPO — Uma mãe! Mulher desgraçada!

O SERVIDOR — Ela tinha medo de um oráculo dos deuses.

ÉDIPO — O que ele anunciava?

O SERVIDOR — Que essa criança um dia mataria seu pai.

ÉDIPO — Mas por que tu a entregaste a este homem?

O SERVIDOR — Tive piedade dela, mestre. Acreditei que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te salvou a vida, mas

para os piores males! Se és realmente aquele de quem ele fala, saibas que nasceste marcado pela infelicidade.

ÉDIPO — Oh! Ai de mim! Então no final de tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja aqui pela última vez, já

que hoje me revelo o filho de quem não devia nascer, o esposo de quem não devia ser, o assassino de quem não

deveria matar! (SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM,2011).

O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da tragédia grega, revela o(a)

a) condenação eterna dos homens pela prática injustificada do incesto.

b) legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o crime de parricídio.

c) busca pela explicação racional sobre os fatos até então desconhecidos.

d) caráter antropormófico dos deuses na medida em que imitavam os homens.

e) impossibilidade de o homem fugir do destino predeterminado pelos deuses.

15 – IMED - Na civilização grega, encontram-se as bases da cultura ocidental. No legado deixado pelos gregos NÃO

está:

a) A democracia.

b) O teatro.

c) A geometria.

d) A astrologia.

e) A filosofia.

16 - UNESP 2015 - A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da

Turquia e na Itália construíram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade. As

construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos deuses. Não

eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram os deuses da comunidade

como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator aglutinador das forças cooperativas da pólis. [...] A

construção monumental foi influenciada por modelos egípcios e orientais. Sem as proezas de cálculo matemático,

desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monumentos gregos teriam sido impossíveis. (GUARINELLO,

Norberto Luiz. História antiga, 2013).

A relação estabelecida no texto entre a arquitetura grega e a arquitetura egípcia e oriental pode ser justificada pela

a) circulação e comunicação entre povos da região mediterrânica e do Oriente Próximo, que facilitaram a expansão

das construções em pedra.

b) dominação política e militar que as cidades-estados gregas, lideradas por Esparta, impuseram ao Oriente Próximo.

c) presença hegemônica de povos de origem árabe na região mediterrânica, que contribuiu para a expansão do

Islamismo.

d) difusão do helenismo na região mediterrânica, que assegurou a incorporação de elementos culturais dos povos

dominados.

e) força unificadora do cristianismo, que assegurou a integração e as recíprocas influências culturais entre a Europa e

o norte da África.

17 - FUVEST 2015 - Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em

pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo,

permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se

colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas

da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico da

França. No interior desta elipse de uns 2500km de comprimento, encontravam-se centenas e centenas de

comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então

nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei

soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia). (FINLEY M. I. O mundo de Ulisses. Lisboa:

Editorial Presença, 1972. Adaptado).

Com base no texto, pode-se apontar corretamente

a) a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais

unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios.

b) a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um

povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural.

c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias

adequadas de estruturação e unificação do poder político.

d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga,

que vivia sob outras formas de organização social e política.

e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de consolidar

política e economicamente o Estado nacional.

18. (Unesp 2012) Aedo e adivinho têm em comum um mesmo dom de “vidência”, privilégio que tiveram de pagar

pelo preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma

espécie de revelação, as realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre as partes do

tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda não é. (Jean-Pierre Vernant. Mito e

pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.)

O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos,

a) o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da memória.

b) a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos de seca ou de infertilidade da terra.

c) o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos cultos aos deuses da tradição clássica.

d) a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica.

e) o esforço de diferenciar as cidades-estados e reforçar o isolamento e a autonomia em que viviam.

19. (Uncisal 2012) O conhecimento mítico apresenta características próprias que o diferencia de outros modos de

conhecer. Ele invariavelmente se vincula ao conhecimento religioso, mas conserva suas funções especificas:

acomodar e tranquilizar o homem em meio a um mundo caótico e hostil. Nas sociedades em que ele se apresenta

como um modo válido de explicação da realidade assume uma abrangência tamanha que determina a totalidade da

vida, tanto no âmbito público como privado. Com referência ao conhecimento mítico, é incorreto afirmar que

a) a adesão ao conhecimento mítico ocorre sem necessidade de demonstração, apenas se aceita a autoridade do

narrador.

b) as explicações oferecidas pelo conhecimento mítico essencialmente são de natureza cosmogônica.

c) as representações sobrenaturais são utilizadas no intuito de explicar os fenômenos naturais.

d) a narrativa mítica faz uso de uma linguagem simbólica e imaginária.

e) se pauta na reflexão, apresentando a racionalidade e a cosmologia como componentes definidores do seu modo

próprio de ser.

20. (Unioeste 2011) “O mito é uma narrativa. É um discurso, uma fala. É uma forma de as sociedades espelharem

suas contradições, exprimirem seus paradoxos, dúvidas e inquietações. Pode ser visto como uma possibilidade de se

refletir sobre a existência, o cosmos, as situações de ‘estar no mundo’ ou as relações sociais”. (Everado Rocha).

Mediante essa definição geral de mito é correto afirmar que

a) as sociedades com conhecimentos científico, tecnológico e filosófico complexamente constituídos não possuem

mitos, pois eliminaram as duvidas e os paradoxos.

b) Platão, um dos filósofos mais estudados e influentes do pensamento ocidental, não recorria aos mitos em seus

diálogos, apesar de ter sido o primeiro a utilizar o termo mitologia.

c) alguns mitos oferecem modelos de vida e podem servir como referências para a vida de muitas pessoas mesmo no

século XXI.

d) as sociedades antigas, ocidentais e orientais, foram fundadas sobre o mesmo mito primitivo, variando, apenas, os

nomes de seus personagens.

e) todas as afirmações acima estão corretas.

21. (Unicentro 2010) “Os poemas homéricos têm por fundamento uma visão de mundo clara e coerente.

Manifestam-na quase a cada verso, pois colocam em relação com ela tudo quanto cantam de importante – é, antes

de mais nada, a partir dessa relação que se define seu caráter particular. Nós chamamos de religiosa essa

cosmovisão, embora ela se distancie muito da religião de outros povos e tempos. Essa cosmovisão da poesia

homérica é clara e coerente. Em parte alguma ela enuncia fórmulas conceituais à maneira de um dogma; antes se

exprime vivamente em tudo que sucede, em tudo que é dito e pensado. E embora no pormenor muitas coisas

resultem ambíguas, em termos amplos e no essencial, os testemunhos não se contradizem. É possível, com rigoroso

método, reuni-los, ordená-los, fazer lhes o cômputo, e assim eles nos dão respostas explícitas às questões sobre a

vida e a morte, o homem e Deus, a liberdade e o destino (...)”. (OTTO. Os deuses da Grécia: a imagem do divino na

visão do espírito grego. 1ª Ed., trad. [e prefácio] de Ordep Serra. – São Paulo: Odysseus Editora, 2005 - p. 11).

Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre a função dos mitos na Grécia arcaica, assinale a alternativa

correta.

a) De acordo com os poemas homéricos, os deuses em nada poderiam interferir no destino dos humanos e, assim, a

determinação divina (ananque) se colocava em segundo plano, uma vez que era o acaso (tykhe) quem governava,

isto é, possuía a função de ensinar ao homem o que este deveria escolher no momento de sua livre ação.

b) As poesias de Homero sempre mantiveram a função de educar o homem grego para o pleno exercício da

atividade racional que surgiria no século VI a.C., uma vez que, de acordo com historiadores e helenistas, não houve

uma ruptura na passagem do mito para o logos, mas sim um processo gradual e contínuo de enraizamento histórico

que culminou no advento da filosofia.

c) Os mitos homéricos serviram de base para a educação, formação e visão de mundo que o homem grego arcaico

possuía. Em seus cânticos, Homero justapõe conceitos importantes como harmonia, proporção e questionamentos a

respeito dos princípios, das causas e do porquê das coisas. Embora todas essas instâncias apresentavam-se como tal,

os mitos não deixaram de lado o caráter mágico, fictício e fabular em que eram narrados.

d) O mito já era pensamento. Ao formalizar os versos de sua poesia, Homero inaugura uma modalidade literária bem

singular no ocidente. As ações dos deuses e dos homens, por exemplo, sempre obedeceram a uma ordem pré-

estabelecida, a qual sempre revelou uma lógica racional em funcionamento.

e) Os mitos tiveram função meramente ilustrativa na educação do homem grego, pois o caráter teórico e abstrato da

cultura grega apagou em grande parte os aspectos que se revelariam relevantes na poesia grega.

22. (Enem 2ª aplicação 2010) “Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de

uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse

o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de

Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para

evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,

insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que

entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele

decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia”.

(Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado)).

No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do

mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como

pressuposta a tese do determinismo é:

a) “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” (Jean Paul Sartre)

b) “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” (Santo Agostinho)

c) “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” (Arthur Schopenhauer)

d) “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” (Michel Foucault)

e) “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança.” (Friedrich Nietzsche)

23. (Uece 2019) “É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. A experiência social só pôde tornar-se entre os gregos objetos de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis à sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida”. (VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro:

Bertrand do Brasil, 1989, p. 94).

Com base nessa citação, é correto afirmar que a filosofia nasce

a) após o declínio das ideias mitológicas, não havendo nenhuma linha de continuidade entre estas últimas e as novas ciências gregas.

b) das representações religiosas míticas que se transpõem nas novas representações cosmológicas jônicas.

c) da experiência do espanto, a maravilha com um mundo ordenado e, portanto, belo.

d) da experiência política grega de debate, argumentação e contra-argumentação, que põe em crise as representações míticas.

e) do advento da mitologia que não deixa a política nascer.

24 (Upe-ssa 1 2017) Observe o texto a seguir sobre a gênese do pensamento filosófico: “Com a filosofia, novo critério de verdade se impunha: o critério da logicidade. Verdade é aquilo, que concorda com as leis do lógos (pensamento, razão). É a razão, que nos dá garantia da verdade, porque o real é racional”. (LARA, Tiago Adão. A Filosofia nas suas origens gregas, 1989, p. 54). Sobre a gênese do pensamento filosófico, está CORRETO afirmar que

a) a evidência da verdade com o crivo da racionalidade tem resposta no mito.

b) o critério da logicidade está presente na adesão à crença e ao mito.

c) a gênese do pensar filosófico e a inspiração criadora de sentidos consistem na fantasia.

d) a origem do pensamento filosófico surge entre os gregos, no século VI a.C., na busca por explicação do sobrenatural com a força do divino.

e) o despertar da filosofia grega surge na verdade argumentada da razão com o critério da interpretação.

25 (Upe-ssa 1 2017) Leia o texto a seguir: “O exemplo dos filósofos gregos nos deixou uma grande lição: nunca se conformar com as estruturas existentes como se fossem as únicas possíveis. Quem quer ser criativo no seu momento histórico deve refletir atenta e criticamente: é preciso filosofar. Filosofar é preciso para participar criativamente da luta pela humanização”. (CORDI, Cassiano e Outros. Para Filosofar, 2000, p. 18). No tocante ao pensamento grego, assinale a alternativa CORRETA.

a) No pensamento grego, o diálogo foi o exercício da filosofia de Sócrates para expandir um projeto de humanização.

b) No pensamento grego, a busca pelo bem na vida em sociedade estaria dissociada da criticidade.

c) Filosofar é refletir as estruturas existentes; o bem e a verdade seriam separáveis do ato de humanização.

d) No pensamento grego, o conhecimento deve estar atrelado às impressões sensoriais; ser criativo é permanecer na esfera da opinião.

e) A dimensão relacional entre o conceito e a realidade tem valor secundário na esfera crítica da filosofia.

26. (Upe-ssa 1 2016) Sobre a gênese da filosofia entre os gregos, observe o texto a seguir: “Seja como termo, seja como conceito, a filosofia é considerada pela quase totalidade dos estudiosos como uma criação própria do gênio dos gregos. Quem não levar isso em conta não poderá compreender por que, sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental tomou uma direção completamente diferente da oriental”. (ANTISERI, Dario e RELAE, Giovanni. História da Filosofia, 1990, p. 11)).

Sobre a gênese do pensamento filosófico entre os gregos, é CORRETO afirmar que

a) a experiência concreta da racionalidade estava isenta da vida política na Pólis Grega.

b) a prática político-democrática, atrelada ao enfoque irracional da vida em sociedade, foi o terreno fértil para a gênese do pensamento filosófico.

c) sob o impulso dos gregos, a dimensão racional se impõe como critério de verdade. A filosofia é fruto desse projeto da razão.

d) a filosofia é fruto do momento cultural em que a sensibilidade e a fantasia impõem-se sobre a razão.

e) na gênese do pensamento filosófico grego, na civilização ocidental, a forma de sabedoria que se sobrepunha à ciência filosófica, eram as convicções religiosas fundamentadas na razão pura.

27. (Enem PPL 2016) O aparecimento da pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C., constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade foi plenamente sentida pelos gregos, manifestando-se no surgimento da filosofia. (VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2004 (adaptado)).

Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a)

a) constituição do regime democrático.

b) contato dos gregos com outros povos.

c) desenvolvimento no campo das navegações.

d) aparecimento de novas instituições religiosas.

e) surgimento da cidade como organização social.

28. (Uel 2019) Leia o texto a seguir. “Os corcéis que me transportam, tanto quanto o ânimo me impele, conduzem-

me, depois de me terem dirigido pelo caminho famoso da divindade [...] E a deusa acolheu-me de bom grado, mão

na mão direita tomando, e com estas palavras se me dirigiu: [...] Vamos, vou dizer-te – e tu escuta e fixa o relato que

ouviste – quais os únicos caminhos de investigação que há para pensar, um que é, que não é para não ser, é caminho

de confiança (pois acompanha a realidade): o outro que não é, que tem de não ser, esse te indico ser caminho em

tudo ignoto, pois não poderás conhecer o não-ser, não é possível, nem indicá-lo [...] pois o mesmo é pensar e ser”.

(PARMÊNIDES. Da Natureza, frags. 1-3. Trad. José Trindade Santos. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2009. p. 13-15).

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Parmênides, assinale a alternativa correta.

a) Pensar e ser se equivalem, por isso o pensamento só pode tratar e expressar o que é, e não o que não é – o não

ser.

b) A percepção sensorial nos possibilita conhecer as coisas como elas verdadeiramente são.

c) O ser é mutável, eterno, divisível, móvel e, por isso, a razão consegue conhecê-lo e expressá-lo.

d) A linguagem pode expressar tanto o que é como o que não é, pois ela obedece aos princípios de contradição e de

identidade.

e) O ser é e o não ser não é indica que a realidade sensível é passível de ser conhecida pela razão.

29. (Upe-ssa 1 2018) Observe o texto a seguir sobre a gênese do pensamento filosófico: “Entre o fim do VII século e o

começo do VI a.C., o problema cosmológico é o primeiro a destacar-se claramente como objeto de pesquisa

sistemática diferente do impreciso complexo de problemas que já ocupavam a mente dos gregos ainda antes do

surgir de uma reflexão filosófica verdadeira e própria”. (MONDOLFO, Rodolfo. O Pensamento Antigo, São Paulo:

Mestre Jou, 1966, p. 31).

O texto retrata, com clareza, o problema cosmológico, objeto de estudo da filosofia

a) Socrática.

b) Platônica.

c) Pré-socrática.

d) Mítica.

e) Pós-socrática.

30 (Ufu 2018) Considere o seguinte texto do filósofo Heráclito (século VI a.C.): “Para as almas, morrer é transformar-

se em água; para a água, morrer é transformar-se em terra. Da terra, contudo, forma-se a água e da água, a alma”.

(Heráclito. Fragmentos, extraído de: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Editora, 2000. Tradução do autor).

Em relação ao excerto acima, podemos afirmar que ele ilustra

a) a concepção heraclitiana que valoriza a importância do movimento na descrição da realidade.

b) a concepção dialética do pensamento heraclitiano, segundo a qual o movimento é uma ilusão dos sentidos.

c) a concepção heraclitiana da realidade, segundo a qual a multiplicidade dos fenômenos subjaz uma realidade

única.

d) o pensamento religioso de Heráclito, segundo o qual a morte é a libertação da alma.

31 – “O homem é a medida de todas as coisas”. Este adágio se relaciona à qual fase da Filosofia Antiga:

a) Pré-socráticos

b) Socráticos

c) Helênicos

d) Sofistas

e) Cosmológicos

32 - UNIMONTES 2010 – “Via de regra, os sofistas eram homens que tinham feito longas viagens e, por isso mesmo,

tinham conhecido diferentes sistemas de governo. Usos, costumes e leis das cidades-estados podiam variar

enormemente. Sob esse pano de fundo, os sofistas iniciaram em Atenas uma discussão sobre o que seria natural e o

que seria criado pela sociedade”. (GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995).

Sobre os sofistas, é incorreto afirmar que:

a) eles tiveram papel fundamental nas transformações culturais de Atenas.

b) eles se dedicaram à questão do homem e de seu lugar na sociedade.

c) eles eram mercenários e só visavam ao lucro na arte de ensinar.

d) eles foram os primeiros a compreender que o “homem é medida de todas as coisas”.

e) eles buscavam persuadir o público nas discussões na ágora.

33 - UNICENTRO 2012 – Sobre a filosofia antiga grega, analise as afirmativas, marcando com V as verdadeiras e com

F, as falsas.

( ) O mundo das ideias perfeitas é criação filosófica dos sofistas.

( ) Platão, enquanto discípulo de Sócrates, baseia-se na busca deste pela essência verdadeira das coisas para

formular sua teoria das ideias.

( ) A ética aristotélica implica uma reflexão sobre a conduta humana.

( ) O método socrático baseia-se em dois aspectos, a ironia e a maiêutica.

( ) Aristóteles foi discípulo de Platão e aceitou plenamente a Teoria das Ideias.

Após análise dessas afirmativas, a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a

a) F F F V V

b) F V F V F

c) V F F V V

d) F V V V F

e) F F V F V

34 - UNICENTRO 2016 - Leia o texto a seguir: “O pensamento de Sócrates e dos sofistas deve ser entendido,

portanto, tendo como pano de fundo o contexto histórico e sociopolítico de sua época, pois tem um compromisso

bastante direto e explícito com essa realidade”. (MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. Dos Pré-Socráticos

a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p.40).

Sobre o contexto histórico e sociopolítico que marca o debate entre Sócrates e os sofistas, conforme aludido no

texto, considere as afirmativas a seguir. Nele encontramos:

I. Debate com atenção voltada para as questões que almejam assegurar os fundamentos da natureza.

II. Tematização das questões de ordem metafísica com a pretensão de racionalização do divino.

III. O interesse pela problemática ético-política perpassa o debate que marca o contexto de ambos.

IV. Compromisso bastante direto, ainda que com posicionamentos distintos, em relação ao exercício da democracia.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

35 - UNICENTRO 2011 - A questão da verdade é encarada pelos sofistas como:

a) Um a priori do espírito.

b) Proveniente da divindade.

c) Expressão de poder absoluto.

d) Produção técnica da racionalidade.

e) Expressão absoluta do conhecimento.

36 - (Upe-ssa 2 2017) Sobre a temática da Filosofia na História, analise o texto a seguir: “Há, pois, uma inseparável

conexão entre filosofia e história da filosofia. A filosofia é histórica, e sua história lhe pertence essencialmente. E, por

outra parte, a história da filosofia não é uma mera informação erudita acerca das opiniões dos filósofos. Senão que é

a exposição verdadeira do conteúdo real da filosofia. É, pois, com todo rigor, filosofia. A filosofia não se esgota em

nenhum de seus sistemas, senão que consiste na história efetiva de todos eles”. (MARIAS, Julián. Historia de la

Filosofia. Madrid, 1956, p. 5).

Assim, é CORRETO afirmar que, na tradição histórica da filosofia,

a) o racionalismo e o empirismo têm estritas relações com a solução integral do problema da vida na religião.

b) os naturalistas pré-socráticos se preocuparam exclusivamente com a subjetividade e a matéria religiosa.

c) o famoso lema “conhece-te a ti mesmo – torna-te consciente de tua ignorância” caracterizou o pensamento

filosófico de Sócrates.

d) o período da filosofia moderna é conhecido por se preocupar com as verdades reveladas.

e) o período medieval teve como preocupação central a singularidade em relação ao sujeito do conhecimento.

37. (Pucpr 2017) Na primeira parte da Apologia de Sócrates, escrita por Platão, Sócrates apresenta a sua defesa

diante dos cidadãos atenienses, afirmando que: “(...) considerai o seguinte e só prestai atenção a isto: se o que digo

é justo ou não. Essa de fato é a virtude do juiz, do orador (...)” (PLATÃO, 2000\2003, p.4). A partir da análise do

fragmento, qual é, segundo Sócrates, a virtude do juiz, do orador, a que se refere o texto em questão?

a) Lidar com a mentira.

b) Dizer a verdade.

c) Tergiversar a verdade.

d) Convencer-se das acusações.

e) É deixar-se guiar somente pela defesa.

38. (Upe-ssa 2 2017) Sobre Filosofia e Reflexão, considere o texto a seguir: “Sobre a Filosofia e Reflexão”.

Exprimir-se-á bem a ideia de que a filosofia é procura e não posse, definindo o trabalho filosófico como um trabalho

de reflexão. O modelo de reflexão filosófica – e ao mesmo tempo seu exemplo mais acessível – é a “ironia” socrática.

(HUISMAN, Denis; VERGEZ, André. Compêndio Moderno de Filosofia, 1987, p. 25).

O autor acima enfatiza o exemplo sobre Filosofia e Reflexão:

a) no ato de interrogar os interlocutores, Sócrates expressava sua atitude reflexiva.

b) a reflexão filosófica se inicia na consciência e na posse do saber.

c) a reflexão filosófica nos faz refletir ao ensinar sua opinião com certeza irrefutável.

d) na reflexão filosófica, Sócrates expressava sua opinião como verdadeira.

e) ao perguntar, Sócrates delimitava o modelo e a posse da sabedoria.

39. (Ufu 2017) A respeito do método de Sócrates, assinale a alternativa que apresenta a definição correta de

maiêutica.

a) Um método sintético, que ignora a argumentação dos interlocutores e prontamente define o que é o objeto em

discussão.

b) Uma estratégia sofística, que é empregada para educar a juventude na prática da retórica, visando apenas ao

ornamento do discurso.

c) Um método analítico, que interroga a respeito daquilo que é tido como a verdadeira justiça, o verdadeiro belo, o

verdadeiro bem.

d) Uma iluminação divina, que deposita na mente do filósofo o conhecimento profundo das coisas da natureza.

40. (Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça;

leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades,

sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência

poderosa, que os leva a se censurarem. E sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir

sua orientação. (BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977).

O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na

a) contemplação da tradição mítica.

b) sustentação do método dialético.

c) relativização do saber verdadeiro.

d) valorização da argumentação retórica.

e) investigação dos fundamentos da natureza.

41. (Ueg 2019) Considerando a história contada por Platão no livro VII da República, mais conhecida como Mito da

Caverna, podemos deduzir que:

a) o homem, apesar de nascer bom, puro e de posse da verdade, pode desviar-se e passar a acreditar em outro

mundo mais perfeito de puras ideias.

b) não podemos confiar apenas na razão, pois somente guiados pelos sentimentos e testemunhos dos sentidos

poderemos alcançar a verdade.

c) a caverna, na alegoria platônica, representa tudo aquilo que impede o surgimento da consciência filosófica, que

possibilitaria uma ascensão para o mundo inteligível.

d) a razão deve submeter-se aos testemunhos dos sentidos, pois a verdade que está no mundo inteligível só será

atingida mediante a sensibilidade.

e) os homens devem se libertar da crença na existência em outro mundo e buscar resolver seus conflitos

aprofundando-se em sua interioridade.

42. (Pucpr 2015) Leia os enunciados abaixo a respeito do pensamento filosófico de Sócrates.

I. O texto Apologia de Sócrates, cujo autor é Platão, apresenta a defesa de Sócrates diante das acusações dos

atenienses, especialmente, os sofistas, entre os quais está Meleto.

II. Sócrates dispensa a ironia como método para refutar as acusações e calúnias sofridas no processo de seu

julgamento.

III. Entre as acusações que Sócrates recebe está a de “corromper a juventude”.

IV. Sócrates é acusado de ensinar as coisas celestes e terrenas, a não acreditar nos deuses e a tornar mais forte a

razão mais débil.

V. Sócrates nega que seus acusadores são ambiciosos e resolutos e, em grande número, falam de forma persuasiva e

persistente contra ele.

Assinale a alternativa que apresenta apenas as afirmativas CORRETAS.

a) II, IV e V.

b) I, III e IV.

c) I, III e V.

d) II, III e V.

e) I, II e III.

43. (Uel 2019) Leia o texto a seguir. “Os melhores de entre nós, quando escutam Homero ou qualquer poeta trágico

a imitar um herói que está aflito e se espraia numa extensa tirada cheia de gemidos, ou os que cantam e batem no

peito, sabes que gostamos disso, e que nos entregamos a eles, e os seguimos, sofrendo com eles, e com toda

seriedade elogiamos o poeta, como sendo bom, por nos ter provocado até o máximo, essas disposições. [...] Mas

quando sobrevém a qualquer de nós um luto pessoal, reparaste que nos gabamos do contrário, se formos capazes

de nos mantermos tranquilos e de sermos fortes, entendendo que esta atitude é característica de um homem [...]?”.

(PLATÃO. A República. 605 d-e. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. 12. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,

2010. p. 470).

Com base no texto, nos conhecimentos sobre mimesis (imitação) e sobre o pensamento de Platão, assinale a

alternativa correta:

a) A maneira como Homero constrói seus personagens retratando reações humanas deve ser imitada pelos demais

poetas, pois é eticamente aprovada na Cidade Ideal platônica.

b) O fato de mostrar as emoções de maneira exagerada em seus personagens faz de Homero e de autores de

tragédia excelentes formadores na Cidade Ideal pensada por Platão.

c) Reagir como os personagens homéricos e trágicos é digno de elogio, pois Platão considera que a descarga das

emoções é benéfica para a formação ética dos cidadãos.

d) Poetas como Homero e autores de tragédia provocam emoções de modo exagerado em quem os lê ou assiste,

não sendo bons para a formação do cidadão na Cidade Ideal platônica.

e) A imitação de Homero e dos trágicos das reações humanas difere da dos pintores, pois, segundo Platão, não estão

distantes em graus da essência, por isso podem fazer parte da cidade justa.

44. (Uel 2015) Leia os textos a seguir: “A arte de imitar está bem longe da verdade, e se executa tudo, ao que

parece, é pelo facto de atingir apenas uma pequena porção de cada coisa, que não passa de uma aparição”.

(Adaptado de: PLATÃO. A República. 7.ed. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Calouste Gulbenkian,

1993. p.457).

O imitar é congênito no homem e os homens se comprazem no imitado. (Adaptado de: ARISTÓTELES. Poética. 4.ed.

Trad. De Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p.203. Coleção “Os Pensadores”).

Com base nos textos, nos conhecimentos sobre estética e a questão da mímesis em Platão e Aristóteles, assinale a

alternativa correta.

a) Para Platão, a obra do artista é cópia de coisas fenomênicas, um exemplo particular e, por isso, algo inadequado e

inferior, tanto em relação aos objetos representados quanto às ideias universais que os pressupõem.

b) Para Platão, as obras produzidas pelos poetas, pintores e escultores representam perfeitamente a verdade e a

essência do plano inteligível, sendo a atividade do artista um fazer nobre, imprescindível para o engrandecimento da

pólis e da filosofia.

c) Na compreensão de Aristóteles, a arte se restringe à reprodução de objetos existentes, o que veda o poder do

artista de invenção do real e impossibilita a função caricatural que a arte poderia assumir ao apresentar os modelos

de maneira distorcida.

d) Aristóteles concebe a mímesis artística como uma atividade que reproduz passivamente a aparência das coisas, o

que impede ao artista a possibilidade de recriação das coisas segundo uma nova dimensão.

e) Aristóteles se opõe à concepção de que a arte é imitação e entende que a música, o teatro e a poesia são

incapazes de provocar um efeito benéfico e purificador no espectador.

45. (Uece 2019) “Talvez [...] a verdade nada mais seja do que uma certa purificação das paixões e seja, portanto, a

temperança, a justiça, a coragem; e a própria sabedoria não seja outra coisa do que esse meio de purificação”.

(PLATÃO. Fédon, 69b-c, adaptado).

Nessa fala de Sócrates, a “purificação” das paixões ocorre na medida em que a alma se afasta do corpo pela “força”

da sabedoria. Com base nisso, assinale a afirmação FALSA.

a) As virtudes são a eliminação das paixões através da sabedoria.

b) Temperança, justiça e coragem resultam da purificação das paixões.

c) A sabedoria é a potência da alma pela qual as virtudes se constituem.

d) A alma atinge a verdade através da virtude da sabedoria.

46. (Uece 2019) Se na Ética a Nicômaco Aristóteles visa encaminhar o indivíduo à felicidade, na Política ele tem por

finalidade alcançar o bem comum, o bem viver. Por isso, ele compreende que a origem da polis está na necessidade

natural do homem em buscar a felicidade. A comunidade natural mais incipiente é a família, na qual seus membros

se unem para facilitar as atividades básicas de sobrevivência. E várias famílias se ligam para formar a aldeia. E as

aldeias se juntam para instituir a polis.

Sobre isso, é correto afirmar que

a) o homem não é naturalmente um animal político, mas é, por natureza, um membro da família.

b) a polis não é uma noção artificial, mas natural, pois é o lugar do homem desenvolver as suas potencialidades em

vista ao bem-viver.

c) a felicidade do homem está nas condições que permitem sua sobrevivência no âmbito da família.

d) a polis se constitui independente das famílias e das aldeias, pois é a única comunidade natural a que o homem

pertence.

47. (Uece 2019) Leia atentamente a seguinte passagem: “A experiência parece um pouco semelhante à ciência

(epistéme) e à arte (tékhne). Com efeito, os homens adquirem ciência e arte por meio da experiência. A experiência,

como diz Polo, produz a arte, enquanto a inexperiência produz o puro acaso. A arte se produz quando, de muitas

observações da experiência, forma-se um juízo geral e único passível de ser referido a todos os casos semelhantes”

(Aristóteles, Metafísica, 981a5).

Com base no texto acima, considere as seguintes afirmações:

I. Somente a ciência é conhecimento universal, cujos juízos gerais se aplicam a todos os casos semelhantes.

II. A tékhne é uma forma de conhecimento universal, pois, com base nas experiências, se forma um juízo geral.

III. Por ser semelhante à experiência, a tékhne não constitui um conhecimento universal.

IV. A experiência é pressuposto dos conhecimentos universais (tékhné e epistéme), mas não é ainda um

conhecimento universal.

É correto somente o que se afirma em

a) I e IV.

b) II e III.

c) I e III.

d) II e IV.

48. (Uece 2019) “Chamo de princípio de demonstração às convicções comuns das quais todos partem para

demonstrar: por exemplo, que todas as coisas devem ser afirmadas ou negadas e que é impossível ser e não ser ao

mesmo tempo”. (ARISTÓTELES. Metafísica, 996b27-30).

Em sua Metafísica, Aristóteles apresenta um conjunto de princípios lógico-metafísicos que ordenam a realidade e

nosso conhecimento acerca dela. Dentre eles está o princípio de não contradição, o qual

a) indica que afirmações contraditórias são lógica e metafisicamente aceitáveis, pois a contradição faz parte da

realidade.

b) estabelece que é possível que as coisas que tenham tais e tais características não as tenham ao mesmo tempo sob

as mesmas circunstâncias.

c) afirma que é impossível que as coisas que tenham tais e tais características não as tenham ao mesmo tempo sob

as mesmas circunstâncias.

d) é normativo, ou moral; portanto, deve ser rejeitado como antimetafísico, ou seja, não caracteriza a realidade.

49. (Upe-ssa 3 2018)

Leia o texto a seguir sobre a Filosofia e a Consciência Moral.

Na ética aristotélica, a sabedoria e a prudência, nossas virtudes intelectivas, formam a diferença específica do ser

humano, tornando-o uma espécie distinta de todas as outras. Então, no homem, a physis deu um fantástico salto

qualitativo quando produziu o intelecto, que é teórico (sabedoria) e, ao mesmo tempo, prático (prudência); através

dessas duas energias, o homem busca as razões profundas da existência e administra a vida quotidiana. (PEGORARO,

Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 49).

Com relação a esse assunto, analise os itens a seguir:

I. A prudência tem o poder de discernir e ponderar as ações do ser humano.

II. O intelecto tem a potencialidade de penetrar na essência das coisas.

III. A prudência dá o norte de toda a prática ética. O papel do homem prudente é o alcance do seu bem possível

diante do excesso ou da escassez.

IV. A prudência ou sabedoria prática induz à decisão do que seja o mal e o bem, do injusto e do justo no âmbito da

vida cotidiana.

Estão CORRETOS

a) apenas I, II e III.

b) apenas II e III.

c) apenas III e IV.

d) apenas I e III.

e) I, II, III e IV.

50. (Uel 2018) Leia o texto a seguir: “Alguns julgam que a grandeza de uma cidade depende do número dos seus

habitantes, quando o que importa é prestar atenção à capacidade, mais do que ao número de habitantes, visto que

uma cidade tem uma obra a realizar. [...] A cidade melhor é, necessariamente, aquela em que existe uma quantidade

de população suficiente para viver bem numa comunidade política. [...] resulta evidente, pois, que o limite

populacional perfeito é aquele que não excede a quantidade necessária de indivíduos para realizar uma vida

autossuficiente comum a todos. Fica, assim, determinada a questão relativa à grandeza da cidade”. (ARISTÓTELES,

Política 1326b6-25 Edição bilíngue. Tradução e notas de António C. Amaral e Carlos C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998. p.

495- 499).

Com base no texto e considerando o papel da cidade-estado (pólis) no pensamento ético-político de Aristóteles,

assinale a alternativa correta.

a) As dimensões da pólis determinam a qualidade de seu governo: quanto mais cidadãos, maior e melhor será a sua

participação política.

b) A pólis não é natural, por isso é importante organizá-la bem em tamanho e quantidade de cidadãos para que a

sociedade seja autossuficiente.

c) O ser humano, por ser autossuficiente, pode prescindir da pólis, pois o bem viver depende mais do indivíduo que

da sociedade.

d) A pólis realiza a própria obra quando possui um número suficiente de cidadãos que possibilite o bem viver.

e) O ser humano, como animal político, tende a realizar-se na pólis, mesmo que esta possua quantidade excessiva de

cidadãos.

Gabarito

1C 2D 3C 4E 5B 6B 7A 8B 9D 10A 11C 12E 13B 14E 15C 16A 17D 18A 19E 20C 21C 22B 23D 24E 25A 26C 27E 28A 29C

30A 31D 32C 33D 34C 35D 36C 37B 38A 39C 40B 41C 42B 43D 44A 45A 46B 47D 48C 49E 50D