Exercícios FCC

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Curso de Gramática 21 [email protected] [email protected] TRE-AMAPÁ - 2011 Médio Língua Portuguesa Atenção : Para responder às questões de números 1 a 12, considere o texto abaixo. 1 5 10 15 20 25 30 35 40 A França, berço da tríade de valores modernos de li- berdade, igualdade e fraternidade, deu passo temerário ao proibir o uso, em espaços públicos, de véus que cubram totalmente o rosto. Trata-se de uma manifestação de into- lerância difícil de reconciliar com os valores que a nação francesa veio a representar no mundo. Na prática, a proibição criminaliza o porte de indumen- tárias tradicionais em alguns grupos muçulmanos, como o niqab (que deixa só os olhos à mostra) e a burca (que os mantém cobertos por uma tela). A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta semana e já motivou a apli- cação de uma multa de cerca de R$ 340. A lei interdita o uso de vestimentas que impeçam a identificação da pessoa, sob o pretexto de que essa dissi- mulação pode favorecer comportamentos suscetíveis de perturbar a ordem pública. Vale para ruas, parques, esco- las, repartições, bibliotecas, hospitais, delegacias e giná- sios de esporte. Domicílios, veículos particulares e locais de culto ficam excetuados. Nesse grau de generalidade, a lei se aplicaria a qual- quer acessório como máscaras ou capacetes que ocul- te o rosto. A intenção de discriminar muçulmanas transpa- rece quando se considera a exceção feita na lei: máscaras usadas no contexto de festas, manifestações artísticas ou procissões religiosas, "desde que se revistam de caráter tradicional". Cristãos, portanto, podem cobrir o rosto no Carnaval, no Halloween ou em procissões. Muçulmanas, no dia a dia, não ainda que a peça seja de uso tradicional. O ar- gumento da obrigatoriedade de identificação é ponderável. A própria legislação admite que a identidade seja confir- mada em recinto policial. A imposição de multa, porém, pa- rece abusiva. A roupa e o uso de adereços como crucifixos ou outros símbolos religiosos deveriam ser considerados parte in- tegrante do direito à expressão da personalidade, o que in- clui a fé. Decerto que em muitos casos o uso do véu é im- posto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos. A medida extrema só encontra explicação no senti- mento xenófobo que se dissemina pela França. Vem a ca- lhar para o presidente Nicolas Sarkozy, que parece dis- posto a tudo para melhorar seus índices de popularidade. (Folha de S.Paulo. Opinião. 13 de abril de 2011) 1. O título que dá conta do assunto tratado com prioridade no texto é: (A) Privilégios dos cristãos. (B) Intolerância à francesa. (C) Datas religiosas e pagãs. (D) Índices de popularidade de Nicolas Sarkozy. (E) Lugares públicos e privados. _________________________________________________________ 2. O autor do editorial, ao (A) referir-se a berço (linha 1), reconhece a França co- mo origem de valores fundamentais, mas, ao men- cionar modernos (linha 1), critica o anacronismo da tríade (linha 1). (B) falar em intolerância (linhas 4 e 5), toma como ponto de referência a cultura europeia contemporânea, que ele considera nada dever à tradição francesa. (C) caracterizar passo (linha 2), manifesta uma avalia- ção pessoal sobre a lei francesa, passando a funda- mentar sua apreciação ao longo do texto. (D) mencionar niqab e burca (linha 9), defende que, na realidade, essas indumentárias são símbolos dos cri- mes praticados por certos grupos muçulmanos. (E) citar a legislação adotada em 2010 (linhas 10 e 11), inicia a argumentação que desabonará totalmente a lei que trata do uso de véus, visto que essa lei não preceitua nada que mereça séria consideração. _________________________________________________________ 3. No aproveitamento que o autor fez da ideia, o grau de ge- neralidade citado (linha 20) remete mais especificamente à não (A) citação do número da lei (linha 13). (B) identificação da pessoa (linha 14). (C) caracterização da forma como a lei interdita (linha 13). (D) definição do pretexto (linha 14). (E) especificação de vestimentas (linha 13). _________________________________________________________ 4. A expressão do texto que está corretamente entendida é: (A) (linhas 4 e 5) manifestação de intolerância difícil de reconciliar / forma de repressão que se manifesta pela dificuldade de conciliação com as pessoas. (B) (linhas 5 e 6) valores que a nação francesa veio a representar no mundo / qualidades francesas que poderiam se tornar símbolos mundiais. (C) (linhas 7 e 8) a proibição criminaliza o porte de indu- mentárias tradicionais / a interdição acaba produ- zindo o crime de porte ilegal de indumentárias tradi- cionais. (D) (linhas 14 e 15) sob o pretexto de que essa dissimu- lação / com a alegação de que essa ocultação. (E) (linhas 15 e 16) pode favorecer comportamentos sus- cetíveis de perturbar a ordem pública / favoreceria comportamentos passíveis de atentar contra regimes democráticos. FCC

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Curso de Gramática 21

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TRE-AMAPÁ - 2011 Médio

Língua Portuguesa

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 12,

considere o texto abaixo. 1

5

10

15

20

25

30

35

40

A França, berço da tríade de valores modernos de li-

berdade, igualdade e fraternidade, deu passo temerário ao

proibir o uso, em espaços públicos, de véus que cubram

totalmente o rosto. Trata-se de uma manifestação de into-

lerância difícil de reconciliar com os valores que a nação

francesa veio a representar no mundo.

Na prática, a proibição criminaliza o porte de indumen-

tárias tradicionais em alguns grupos muçulmanos, como o

niqab (que deixa só os olhos à mostra) e a burca (que os

mantém cobertos por uma tela). A legislação adotada em

2010 entrou em vigor nesta semana e já motivou a apli-

cação de uma multa de cerca de R$ 340.

A lei interdita o uso de vestimentas que impeçam a

identificação da pessoa, sob o pretexto de que essa dissi-

mulação pode favorecer comportamentos suscetíveis de

perturbar a ordem pública. Vale para ruas, parques, esco-

las, repartições, bibliotecas, hospitais, delegacias e giná-

sios de esporte. Domicílios, veículos particulares e locais

de culto ficam excetuados.

Nesse grau de generalidade, a lei se aplicaria a qual-

quer acessório − como máscaras ou capacetes − que ocul-

te o rosto. A intenção de discriminar muçulmanas transpa-

rece quando se considera a exceção feita na lei: máscaras

usadas no contexto de festas, manifestações artísticas ou

procissões religiosas, "desde que se revistam de caráter

tradicional".

Cristãos, portanto, podem cobrir o rosto no Carnaval,

no Halloween ou em procissões. Muçulmanas, no dia a

dia, não − ainda que a peça seja de uso tradicional. O ar-

gumento da obrigatoriedade de identificação é ponderável.

A própria legislação admite que a identidade seja confir-

mada em recinto policial. A imposição de multa, porém, pa-

rece abusiva.

A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou outros

símbolos religiosos − deveriam ser considerados parte in-

tegrante do direito à expressão da personalidade, o que in-

clui a fé. Decerto que em muitos casos o uso do véu é im-

posto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da

mulher, mas basta uma que o faça por vontade própria

para que a lei resulte em violação de seus direitos.

A medida extrema só encontra explicação no senti-

mento xenófobo que se dissemina pela França. Vem a ca-

lhar para o presidente Nicolas Sarkozy, que parece dis-

posto a tudo para melhorar seus índices de popularidade.

(Folha de S.Paulo . Opinião. 13 de abril de 2011)

1. O título que dá conta do assunto tratado com prioridade no texto é:

(A) Privilégios dos cristãos.

(B) Intolerância à francesa.

(C) Datas religiosas e pagãs.

(D) Índices de popularidade de Nicolas Sarkozy.

(E) Lugares públicos e privados.

_________________________________________________________

2. O autor do editorial, ao

(A) referir-se a berço (linha 1), reconhece a França co-mo origem de valores fundamentais, mas, ao men-cionar modernos (linha 1), critica o anacronismo da tríade (linha 1).

(B) falar em intolerância (linhas 4 e 5), toma como ponto de referência a cultura europeia contemporânea, que ele considera nada dever à tradição francesa.

(C) caracterizar passo (linha 2), manifesta uma avalia-ção pessoal sobre a lei francesa, passando a funda-mentar sua apreciação ao longo do texto.

(D) mencionar niqab e burca (linha 9), defende que, na realidade, essas indumentárias são símbolos dos cri-mes praticados por certos grupos muçulmanos.

(E) citar a legislação adotada em 2010 (linhas 10 e 11), inicia a argumentação que desabonará totalmente a lei que trata do uso de véus, visto que essa lei não preceitua nada que mereça séria consideração.

_________________________________________________________

3. No aproveitamento que o autor fez da ideia, o grau de ge-neralidade citado (linha 20) remete mais especificamente à não

(A) citação do número da lei (linha 13).

(B) identificação da pessoa (linha 14).

(C) caracterização da forma como a lei interdita (linha 13).

(D) definição do pretexto (linha 14).

(E) especificação de vestimentas (linha 13).

_________________________________________________________

4. A expressão do texto que está corretamente entendida é:

(A) (linhas 4 e 5) manifestação de intolerância difícil de reconciliar / forma de repressão que se manifesta pela dificuldade de conciliação com as pessoas.

(B) (linhas 5 e 6) valores que a nação francesa veio a

representar no mundo / qualidades francesas que poderiam se tornar símbolos mundiais.

(C) (linhas 7 e 8) a proibição criminaliza o porte de indu-

mentárias tradicionais / a interdição acaba produ-zindo o crime de porte ilegal de indumentárias tradi-cionais.

(D) (linhas 14 e 15) sob o pretexto de que essa dissimu-

lação / com a alegação de que essa ocultação. (E) (linhas 15 e 16) pode favorecer comportamentos sus-

cetíveis de perturbar a ordem pública / favoreceria comportamentos passíveis de atentar contra regimes democráticos.

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Curso de Gramática 22

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5. A própria legislação admite que a identidade seja confir-mada em recinto policial. A imposição de multa, porém, parece abusiva.

Propõe-se a organização das frases acima num só bloco, iniciado por “A imposição de multa parece abusiva”. Para que o sentido original se mantenha, as frases terão de ser conectadas por meio de

(A) ainda que. (B) mas. (C) dado que. (D) contanto que. (E) visto que.

_________________________________________________________

6. É correto afirmar:

(A) Os parênteses (linhas 9 e 10), nos dois casos, aco-lhem retificação do significado comumente atribuído às palavras niqab e burca.

(B) Os termos separados por vírgulas e unidos pelo e

(linhas 16 a 18) − Vale para ruas [...] e ginásios de esporte − formam sequência que vai do ambiente menor para o maior.

(C) As aspas (linhas 25 e 26) indicam que o autor do

segmento não é o editorialista. (D) O travessão depois da palavra não (linha 29) é exi-

gência, pois ele sinaliza que a expressão podem cobrir foi suprimida.

(E) Os travessões (linhas 34 e 35) isolam uma compa-

ração, alojando os termos considerados superiores aos demais.

_________________________________________________________

7. O segmento que expressa ponto de vista normativo por parte do editorialista é:

(A) A França, berço da tríade de valores modernos de

liberdade, igualdade e fraternidade, deu passo te-merário...

(B) Na prática, a proibição criminaliza o porte de indu-

mentárias tradicionais em alguns grupos muçul-manos...

(C) A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta

semana... (D) A imposição de multa, porém, parece abusiva. (E) A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou

outros símbolos religiosos − deveriam ser conside-rados parte integrante do direito à expressão da personalidade...

_________________________________________________________

8. Decerto que em muitos casos o uso do véu é imposto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos.

Considerado o trecho acima, em seu contexto, é legítimo afirmar:

(A) O emprego de “Certamente”, no lugar de Decerto,

expressaria a ideia de certeza, não encontrada no trecho.

(B) Transpondo o uso do véu é imposto pela família

para a voz ativa, a forma verbal obtida é “impõe”. (C) A ausência de vírgula após muitos casos constitui

deslize do autor, pois, nesse específico contexto, ela é obrigatória.

(D) Se, em vez de uma, fossem consideradas “duas mu-

lheres”, o segmento estaria correto assim “mas bas-ta duas que os faça...”.

(E) A expressão para que introduz a finalidade de uma

ação, finalidade que o autor considera desejável.

9. O modo verbal que faz referência a um evento incerto está presente em (A) (linhas 22 e 23) transparece. (B) (linha 23) considera. (C) (linha 25) revistam. (D) (linhas 36 e 37) inclui. (E) (linha 39) basta.

_________________________________________________________

10. A medida extrema só encontra explicação no sentimento xenófobo que se dissemina pela França. Vem a calhar para o presidente Nicolas Sarkozy, que parece disposto a tudo para melhorar seus índices de popularidade. No que se refere ao trecho acima, em seu contexto, é correto afirmar: (A) Substituindo só encontra explicação no sentimento

xenófobo por “só se explica pelo sentimento xenó-fobo”, o sentido e a correção originais são preser-vados.

(B) A palavra xenófobo está grafada corretamente,

assim como ocorre com “xecar”. (C) O segmento que se dissemina pela França corres-

ponde à formulação “que a França dissemina”. (D) O pronome seus remete à França. (E) Se em vez de para melhorar fosse usada a forma

“para que melhore”, a correção da frase estaria ga-rantida.

_________________________________________________________

11. A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou outros símbolos religiosos − deveriam ser considerados parte integrante do direito à expressão da personalidade, o que inclui a fé. Outra redação para o segmento acima destacado, clara, e que preserva o sentido e a correção originais, é: (A) admitidos como interagindo com o direito que se tem

à exprimir a personalidade. (B) analisados como sendo do direito de cada um de

expressar-se enquanto personalidade, configurando parte integrante daquele.

(C) vistos como parte da personalidade que se exprime

em suas partes integrantes. (D) tidos como inerentes ao direito de expressão da per-

sonalidade. (E) defendidos fazendo parte do direito da pessoa de

exprimir sua personalidade, parte esta integrante desse direito.

_________________________________________________________

12. Alterada a pontuação original, a frase que mantém a cor-reção é: (A) Trata-se: de uma manifestação de intolerância difícil,

de reconciliar com os valores que a nação francesa veio a representar no mundo.

(B) A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta

semana; e já motivou a aplicação de uma multa de cerca de R$ 340.

(C) Nesse grau de generalidade, a lei se aplicaria a

qualquer acessório como máscaras, ou capacetes que oculte o rosto.

(D) A própria legislação, admite: − que a identidade seja

confirmada, em recinto policial. (E) A medida extrema só, encontra explicação, no senti-

mento xenófobo que se dissemina pela França.

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Curso de Gramática 23

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13. Entre as frases que seguem, a única correta é: (A) Ele se esqueceu de que? (B) Era tão ruím aquele texto, que não deu para dis-

tribui-lo entre os presentes. (C) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí-

ticas. (D) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações

dos funcionários. (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.

_________________________________________________________

14. Está corretamente empregada a palavra destacada na frase (A) Constitue uma grande tarefa transportar todo aquele

material. (B) As pessoas mais conscientes requereram anulação

daquele privilégio. (C) Os fiscais reteram o material dos artistas. (D) Quando ele vir até aqui, trataremos do assunto. (E) Se eles porem as pastas na caixa ainda hoje, pode

despachá-la imediatamente. _________________________________________________________

15. A palavra destacada que está empregada corretamente é: (A) Diante de tantos abaixos-assinados, teve de acatar a

solicitação. (B) Considerando os incontestáveis contra-argumento,

reconheceu a falha do projeto. (C) Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório. (D) Os guardas-costas do artista foram agressivos com

os jornalistas. (E) Os funcionários da manutenção já instalaram os

corrimãos. _________________________________________________________

16. A alternativa que apresenta frase correta é: (A) Houvessem conseguido os ingressos para o es-

petáculo, não se incomodariam com a previsão de excesso de público.

(B) É útil, dado a quantidade de máquinas avariadas, as

constantes revisões feitas pelos especialistas, com o que evita-se muitas contrariedades.

(C) Últimas pesquisas de importante veículo de comuni-

cação apontou que a juventude, sejam quais for a motivação, passa cada vez mais tempo na internet.

(D) Encaminhando a correspondência aos moradores do

edifício, avisou-lhes de que estavam recebendo im-portante comunicação do síndico.

(E) Não lhe pareciam muito cabível as recomendações

do assessor, por isso resolveu não seguir-lhes total-mente à risca, mas não deixou de desculpar-se por fazê-lo.

_________________________________________________________

17. O segmento grifado está empregado corretamente em:

(A) A incompatibilidade da encomenda e a prestação de serviços gerou o conflito.

(B) A curiosidade é inata do ser humano. (C) Foi sempre devotado pela ciência. (D) A sua declaração o indispôs com os colegas. (E) Compenetrou-se sobre a necessidade de estudar.

18. Os pais do estudante na matrícula devem apresentar seus documentos, e que as fotos devem, obrigatoriamente, es-tarem nítidas.

A redação que torna o aviso acima claro e correto é:

(A) Os pais do estudante, no ato da matrícula, devem

apresentar seus documentos cujas fotos devem obri-gatoriamente, estar nítidas.

(B) Ao fazer a matrícula do estudante, os pais devem

apresentar seus documentos, cujas as fotos devem ser nítidas, obrigatoriamente.

(C) No ato da matrícula, os pais devem apresentar os

documentos do estudante, obrigatoriamente com fo-tos nítidas.

(D) As fotos que devem ser nítidas, devem ser apresen-

tadas pelos pais do estudante ao fazer a matrícula. (E) É obrigatório tanto que os pais do estudante, na ma-

trícula, apresentem os documentos dele e também com fotos nítidas.

_________________________________________________________

19. Deixando o porto, o motor quebrou; ao examinar seu de-feito, ele voltou a funcionar.

Considere que a frase acima se refere ao motor de um barco. Levando em conta a correção e a clareza, assinale o legítimo comentário. (A) Está redigida de modo claro e também correto;

quanto a não se mencionar “barco”: é irrelevante, pois a proximidade entre “motor” e “porto” evidencia que se trata de um “barco”.

(B) Necessita de uma única correção, no início da frase:

“Quando o barco deixou o porto”. (C) Necessita destas únicas correções: a substituição do

ponto e vírgula pelo ponto final e o consequente em-prego da letra maiúscula em "ao".

(D) Necessita de reformulação nos segmentos iniciais

de cada uma de suas partes, respectivamente: “Quando o barco deixou o porto” e “ao ter seu de-feito examinado”.

(E) Necessita de reformulação nos segmentos iniciais

de cada uma de suas partes, respectivamente: “Ao deixar o porto” e “quando examinou seu defeito”.

_________________________________________________________

20. Eles avançavam cautelosamente. Quanto mais avançavam, mais cautela eles tinham. Eles temiam as zonas escuras da grande floresta.

As três frases acima estão reorganizadas, de modo claro e correto, em:

(A) Eles avançavam mais cautelosamente, pois era o te-

mor de zonas escuras da grande floresta, que nela se adentrava.

(B) À medida que avançavam na grande floresta, tor-

navam-se mais e mais cautelosos, pois lhe temiam as zonas escuras.

(C) Era por causa das zonas escuras que avançavam

cautelosamente, e mais ainda, era o temor da gran-de floresta.

(D) Avançando na grande floresta, que tinham temor de

suas zonas escuras, eram cautelosos cada vez mais. (E) Por temer a grande floresta e suas zonas escuras,

era com cautela, e sempre mais que eles avança-vam passo à passo.

FCC

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Curso de Gramática 24

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TRE-RONDÔNIA - 2011 Médio

Atenção: As questões de números 1 a 4 referem-se ao

texto abaixo.

Rio Grande do Norte: a esquina do continente

Os portugueses tentaram iniciar a colonização

em 1535, mas os índios potiguares resistiram e os

franceses invadiram. A ocupação portuguesa só se

efetivou no final do século, com a fundação do Forte dos

Reis Magos e da Vila de Natal. O clima pouco favorável

ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a

pecuária. O Estado tornou-se centro de criação de gado

para abastecer os Estados vizinhos e começou a ganhar

importância a extração do sal – hoje, o Rio Grande do

Norte responde por 95% de todo o sal extraído no país. O

petróleo é outra fonte de recursos: é o maior produtor

nacional de petróleo em terra e o segundo no mar. Os

410 quilômetros de praias garantem um lugar especial

para o turismo na economia estadual.

O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas −

com belas praias, falésias, dunas e o maior cajueiro do

mundo –, do qual faz parte a capital, Natal. O Polo Costa

Branca, no oeste do Estado, é caracterizado pelo contras-

te: de um lado, a caatinga; do outro, o mar, com dunas,

falésias e quilômetros de praias praticamente desertas. A

região é grande produtora de sal, petróleo e frutas; abriga

sítios arqueológicos e até um vulcão extinto, o Pico do

Cabugi, em Angicos. Mossoró é a segunda cidade mais

importante. Além da rica história, é conhecida por suas

águas termais, pelo artesanato reunido no mercado São

João e pelas salinas.

Caicó, Currais Novos e Açari compõem o chamado

Polo do Seridó, dominado pela caatinga e com sítios

arqueológicos importantes, serras majestosas e cavernas

misteriosas. Em Caicó há vários açudes e formações

rochosas naturais que desafiam a imaginação do homem.

O turismo de aventura encontra seu espaço no Polo

Serrano, cujo clima ameno e geografia formada por

montanhas e grutas atraem os adeptos do ecoturismo.

Outro polo atraente é Agreste/Trairi, com sua

sucessão de serras, rochas e lajedos nos 13 municípios

que compõem a região. Em Santa Cruz, a subida ao

Monte Carmelo desvenda toda a beleza do sertão

potiguar – em breve, o local vai abrigar um complexo

voltado principalmente para o turismo religioso. A

vaquejada e o Arraiá do Lampião são as grandes

atrações de Tangará, que oferece ainda um belíssimo

panorama no Açude do Trairi.

(Nordeste. 30/10/2010, Encarte no jornal O Estado de S. Paulo ).

1. O texto se estrutura notadamente (A) com o objetivo de esclarecer alguns aspectos

cronológicos do processo histórico de formação do Estado e de suas bases econômicas, desde a época da colonização.

(B) como uma crônica baseada em aspectos histó-

ricos, em que se apresentam tópicos que sali-entam as formações geográficas do Estado.

(C) de maneira dissertativa, em que se discutem as

várias divisões regionais do Estado com a fina-lidade de comprovar qual delas se apresenta como a mais bela.

(D) sob forma narrativa, de início, e descritiva, a

seguir, visando a despertar interesse turístico para as atrações que o Estado oferece.

(E) de forma instrucional, como orientação a even-

tuais viajantes que se disponham a conhecer a região, apresentando-lhes uma ordem prefe-rencial de visitação.

_________________________________________________________

2. Com a substituição dos segmentos grifados pela expressão entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá ser colocado no plural está em: (A) ... em breve, o local vai abrigar um complexo

voltado principalmente para o turismo religioso. (a região do Agreste/Trairi).

(B) A ocupação portuguesa só se efetivou no final

do século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal. (A ocupação pelos portugueses).

(C) A região é grande produtora de sal, petróleo e fru-

tas ... (A região de dunas, falésias e praias desertas).

(D) O turismo de aventura encontra seu espaço no

Polo Serrano ... (O turismo voltado para ativi-dades de aventura).

(E) ... e começou a ganhar importância a extração

do sal ... (os recursos obtidos com a extração do sal).

_________________________________________________________

3. O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a pecuária. (1o parágrafo) O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima ocorre no segmento também grifado em: (A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Du-

nas − com belas praias, falésias, dunas e o maior cajueiro do mundo...

(B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar

especial para o turismo na economia estadual. (C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final

do século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal.

(D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas

naturais que desafiam a imaginação do homem. (E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo

desvenda toda a beleza do sertão potiguar ...

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Curso de Gramática 25

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4. As informações mais importantes contidas no texto estão resumidas, com clareza e correção, em: (A) Os Polos em que é dividido o Estado do Rio

Grande do Norte é de beleza incomparável, com belas praias, dunas, falésias e açudes de lindo panorama, como também a caatinga. A atividade econômica está concentrada na extração do sal e na exploração do petróleo, em terra e no mar, mas apesar do clima pouco favorável para o cultivo, frutas são produzidas no Estado.

(B) O Rio Grande do Norte é um Estado cuja eco-

nomia se baseia na extração de sal, na pecuá-ria, no turismo e na exploração de petróleo. Quanto às suas riquezas naturais e atrações turísticas, observam-se belas praias, dunas, falésias. Encontram-se, ainda, sítios arqueo-lógicos importantes e várias formações rocho-sas, com serras e cavernas, além de açudes.

(C) No litoral do Rio Grande do Norte encontra-se

belas praias, dunas e falésias, com formações rochosas naturais inacreditáveis, servindo para o turismo, até mesmo de aventura e o eco-turismo, despertando interesse de aventureiros que se dispõem a conhecer toda essa região de belezas com açudes na região que eles se encontram.

(D) O Estado do Rio Grande do Norte, desde a co-

lonização, se divide em Polos, por suas regiões que mostram contraste entre mar e sertão, com produções de frutas, assim como petróleo e sal, com rica história e o artesanato em alguns deles. Também se observa formações rochosas em outros, e pelos açudes, ainda mais os sítios arqueológicos importantes.

(E) O Estado em questão está sobressaindo pela

produção de sal e de petróleo, também na pecuária, desde a colonização, mais ainda que os vizinhos. Ele tem belas praias, dunas, falésias e até vulcão extinto, como sítios arqueológicos de importância em todo o Estado, com seus polos distribuídos por todo ele, e ainda produz cana, mesmo com clima pouco favorável.

_________________________________________________________

Atenção: As questões de números 5 a 8 referem-se ao texto abaixo.

Os ecos da Revolução do Porto haviam chegado

ao Brasil e bastaram algumas semanas para inflamar os

ânimos dos brasileiros e portugueses que cercavam a

corte. Na manhã de 26 de fevereiro, uma multidão exigia

a presença do rei no centro do Rio de Janeiro e a assina-

tura da Constituição liberal. Ao ouvir as notícias, a alguns

quilômetros dali, D. João mandou fechar todas as janelas

do palácio São Cristóvão, como fazia em noites de

trovoadas.

Pouco depois chegou o Príncipe D. Pedro, que

passara a madrugada em conversas com os rebeldes.

Vinha buscar o rei. D. João estava apavorado com a lem-

brança da ainda recente Revolução Francesa. Apesar do

medo, D. João embarcou na carruagem que o aguardava

e seguiu para o centro da cidade. A caminho, no entanto,

percebeu que, em lugar de ofensas e gritos de protestos,

a multidão aclamava seu nome. Ao contrário do odiado

Luís XVI, o rei do Brasil era amado e querido pelo povo

carioca.

(Adaptado de Laurentino Gomes, 1808. São Paulo: Planeta, 2007)

5. Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali,

D. João mandou fechar todas as janelas do palácio

São Cristóvão, como fazia em noites de trovoadas.

(1o parágrafo)

Com a afirmativa acima, o autor

(A) exprime uma opinião pessoal taxativa a respei-to da atitude do rei diante da iminência da Re-volução do Porto.

(B) critica de modo inflexível a atitude do rei, que, acuado, passa o poder para as mãos do filho.

(C) demonstra que o rei era dono de uma persona-lidade intempestiva, que se assemelhava a uma chuva forte.

(D) sugere, de modo indireto, que o rei havia se alarmado com a informação recebida.

(E) utiliza-se de ironia para induzir o leitor à conclu-são de que seria mais do que justo depor o rei.

_________________________________________________________

6. ... como fazia em noites de trovoadas. (1o parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:

(A) Ao ouvir as notícias...

(B) ... D. João embarcou na carruagem...

(C) ... que passara a madrugada...

(D) ... bastaram algumas semanas...

(E) ... que o aguardava...

FCC

Page 6: Exercícios FCC

Curso de Gramática 26

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7. Apesar do medo, D. João embarcou na carruagem que o aguardava e seguiu para o centro da cidade. A caminho, no entanto, percebeu que, em lugar de ofensas e gritos de protestos, a multidão aclamava seu nome. (2o parágrafo)

O trecho acima está reescrito com correção e lógica em: (A) Embora estivesse com medo, D. João subiu na

carruagem que estava esperando por ele e dirigiu-se ao centro da cidade. Entretanto, durante o trajeto, em vez de escutar ofensas e protestos, ouviu o seu nome ser aclamado pela multidão.

(B) Por estar com medo, D. João subiu na carrua-gem que o esperara, dirigindo-se ao centro da cidade. A medida que se aproximava do seu destino, escutou a multidão aclamar o seu no-me, porém não insultando-o e ofendendo-o.

(C) À medida que estava com medo, D. João subiu na carruagem cuja esperara, dirigindo-se ao centro da cidade. Todavia, durante o trajeto, escutaria gritos de aprovação ao invés de ofen-sas e protestos.

(D) Porém, com medo, D. João sobe na carruagem que esperava-o, dirigindo-se para o centro da cidade. Ao estar-se aproximando do seu des-tino, escutaria seu nome sendo aclamado pela multidão, que, para sua surpresa, não protes-tava ou gritavam ofensas.

(E) Estando com medo, todavia, D. João subiu na carruagem que o esperava para se dirigir no centro da cidade. Surpreende-o, pois que, no caminho, escuta a multidão aclamando o seu nome em vez de estar gritando ofensas e pro-testos.

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8. Graças ...... resistência de portugueses e espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio imposto por Napoleão e deu início ...... campanha vitoriosa que causaria ...... queda do imperador francês.

Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,

(A) a - à - a

(B) à - a - a

(C) à - à - a

(D) a - a - à

(E) à - a - à

Atenção: As questões de números 9 a 11 referem-se ao texto abaixo.

O corvo e o jarro

Um pobre corvo, quase morto de sede, avistou de

repente um jarro de água. Aliviado e muito alegre, voou

velozmente para o jarro.

Mas, embora o jarro contivesse água, o nível es-

tava tão baixo que, por mais que o corvo se esforçasse,

não havia meio de alcançá-la. O corvo, então, tentou virá-

lo, na esperança de pelo menos beber um pouco da água

derramada. Mas o jarro era pesado demais para ele.

Por fim, correndo os olhos à volta, viu pedrinhas ali

perto. Foi, então, pegando-as uma a uma e atirando-as

dentro do jarro. Lentamente a água foi subindo até a bor-

da, e finalmente pôde matar a sede.

(Fábulas de Esopo , recontadas por Robert Mathias, Círculo do Livro, p. 46)

9. Típica das fábulas, a moral da história que pode ser

depreendida da leitura de O corvo e o jarro é:

(A) A utilidade é mais importante do que a beleza. (B) Devagar se vai ao longe. (C) O hábito torna as coisas familiares e fáceis pa-

ra nós. (D) A necessidade é a mãe da invenção. (E) Contra esperteza, esperteza e meia.

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10. A reconstrução de um segmento do texto, com um diferente emprego pronominal, que mantém a corre-ção e o sentido originais é: (A) não havia meio de alcançá-la = não havia como

alcançar-lhe. (B) o jarro era pesado demais para ele = o jarro lhe

era por demais pesado. (C) atirando-as dentro do jarro = atirando-lhes para

dentro do jarro. (D) O corvo, então, tentou virá-lo = O corvo, então,

lhe tentou virar. (E) pegando-as uma a uma = pegando-lhes uma a

uma.

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Page 7: Exercícios FCC

Curso de Gramática 27

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11. ... viu pedrinhas ali perto. (3o parágrafo) A passagem para a voz passiva da frase acima re-sulta na seguinte forma verbal: (A) são vistas. (B) tinha visto. (C) foram vistas. (D) viu-se. (E) é visto.

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12. A redação de documentos oficiais deve pautar-se por impessoalidade, clareza, concisão e pelo uso correto da norma culta. Todas essas qualidades são respeitadas no seguinte trecho: (A) Este setor do Governo Estadual, responsável pe-

lo atendimento a vítimas de desastres naturais, elaborou um plano geral de assistência a ser encaminhado às entidades que colaboram nesse atendimento, para a adequada efetivação dos trabalhos nas ocasiões de calamidade públi- ca.

(B) O Instituto Benefício para Todos deverá estar

sendo convidado para fazer parte de uma cam-panha destinada a angariar donativos, que se espera seja suficiente para atender a todos os desabrigados da enchente; conforme estipula-do pela Coordenadoria, que foi considerada de relevante interesse social.

(C) Como Deputado da Bancada Estadual, sinto-

me avexado por que não estou podendo aten-der com mais prontidão e benefícios as vítimas dessa implacável seca, que teve motivos alheios à minha vontade para não conseguir isso.

(D) Membros da Comissão Técnica destinada a

averiguar a distribuição de favores em troca de votos, apurou que o Presidente do Conselho de Agricultores do Estado afirmou ao seu Vice de que ele poderia estar sendo investigado por desvio de verbas.

(E) O critério metodológico de escolha dos parti-

cipantes das equipes de atendimento à vítimas de desastres naturais estão sendo preparados, tendo em vista que é importante observar a correspondência entre tais desastres e o atingi-mento de pessoas nessa situação.

Atenção: As questões de números 13 a 15 referem-se ao texto abaixo.

João e Maria

Agora eu era o herói

E o meu cavalo só falava inglês

A noiva do cowboy

Era você

Além das outras três

Eu enfrentava os batalhões

Os alemães e seus canhões

Guardava o meu bodoque

E ensaiava um rock

Para as matinês

(...)

Não, não fuja não

Finja que agora eu era o seu brinquedo

Eu era o seu pião

O seu bicho preferido

Sim, me dê a mão

A gente agora já não tinha medo

No tempo da maldade

Acho que a gente nem tinha nascido

Chico Buarque e Sivuca 13. I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente

agora já não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado.

II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e

Sim, me dê a mão, os verbos grifados estão flexionados no mesmo modo.

III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pro-

nome nós nos versos A gente agora já não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a forma verbal resultante, sem alterar o contexto, será teríamos.

Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) I, II e III.

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Page 8: Exercícios FCC

Curso de Gramática 28

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14. Eu enfrentava os batalhões

Os alemães e seus canhões

Guardava o meu bodoque

E ensaiava um rock

Para as matinês

Os versos acima estão corretamente pontuados em: (A) Eu enfrentava, os batalhões − os alemães e

seus canhões −, guardava o meu bodoque e ensaiava um rock: para as matinês.

(B) Eu enfrentava, os batalhões, os alemães e seus canhões. Guardava o meu bodoque e en-saiava um rock, para as matinês.

(C) Eu enfrentava: os batalhões, os alemães e seus canhões − guardava o meu bodoque e en-saiava, um rock para as matinês.

(D) Eu enfrentava os batalhões; os alemães e seus canhões: guardava o meu bodoque e ensaiava um rock − para as matinês.

(E) Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões; guardava o meu bodoque e ensaiava um rock para as matinês.

15. É comum que, durante suas brincadeiras, as crianças se ...... para um universo mágico e ...... a identidade de uma personagem admirada, ...... um super-herói ou uma figura da realeza. Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, o que está em: (A) transportem – assumam – seja

(B) transportam – assumiriam – sendo

(C) transportariam – assumiriam – seria

(D) transportam – assumem – seja

(E) transportem – assumem – seria

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TRT- 1ª REGIÃO - 2011 Médio

Atenção: As questões de números 1 a 5 referem-se ao texto abaixo.

Caetano Veloso vem se tornando, cada vez mais, uma

espécie de guru da nova geração da música brasileira. Mas ele não é um guru tradicional, daqueles que inspiram e pontificam. Ao contrário: sua relação com os jovens é de diálogo. Mais que ensinar e aprender, ele troca influências. Fecunda a nova gera-ção e, ao mesmo tempo, se alimenta. Não é de hoje que Caetano é um artista antenado.

De tempos em tempos, Caetano lança um álbum revolu-cionário, em que incorpora o que há de mais moderno na músi-ca de sua época. Foi assim com Tropicália, de 1969, Transa, de 1972, e Estrangeiro, de 1989. Depois, o artista lançou vá-rios álbuns em que atuava apenas como intérprete ou compu-nha de acordo com o estilo que o consagrou. O retorno triunfal ao mundo das reviravoltas musicais foi justamente com o álbum Cê, de 2006, sua mais recente revolução, e que é justamente o marco inicial da fase que Caetano vive hoje. Entrevistador: Você transmite a sensação de ter um espírito jovem. Renova-se a todo instante, é curioso. Você sente uma necessidade visceral de mudanças? Caetano: Não sinto isso como uma necessidade programática. Eu faço por costume. Tem uma frase do intelectual Rogério Duarte que me resume bem: "Gosto do que acontece." Os valores críticos que você desenvolve são muito provisórios e estão desar-mados diante do frescor da realidade. Desse sentimento, nas-ceu o tropicalismo. Para todo mundo da minha geração, gostar do Roberto Carlos e do Erasmo Carlos era um anátema. Você não podia nem remotamente aprovar o que se passava na Jovem Guarda. De repente, ao abrir mão do preconceito, nos permitimos ver o que havia naquele cenário e aquilo nos inte-

ressou. Gostávamos do que acontecia − e ainda gosto. (Adaptado de Bárbara Heckler, Bravo! , fevereiro de 2011, p.26 e p.33)

1. É correto afirmar: (A) A comparação com músicos que representam mo-

vimentos anteriores permite comprovar a afirmativa de que a relação de Caetano com os jovens é de diálogo, atualmente.

(B) O fato de gostar do Roberto Carlos e do Erasmo

Carlos é interpretado por Caetano como aceitação preferencial de composições mais tradicionais, que representam a verdadeira música popular brasileira.

(C) A frase Gosto do que acontece, retomada por

Caetano, sintetiza o que é dito a respeito de sua atuação desde que despontou na música brasileira até o momento atual.

(D) A incorporação do que há de mais moderno na músi-

ca de sua época denota certa posição preconceituosa de Caetano contra músicos mais velhos, ainda atuantes no cenário musical brasileiro.

(E) A nova fase musical de Caetano Veloso, de apro-

ximação com músicos mais jovens, parece colocá-lo muito distante do estilo que o consagrou, durante to-da sua vida artística.

FCC

Page 9: Exercícios FCC

Curso de Gramática 29

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2. Considerando-se os dois parágrafos iniciais, está INCOR-RETO o que consta em:

(A) Os álbuns em que Caetano atua apenas como intér-

prete são de qualidade inferior em relação aos ál-buns de estilo revolucionário lançados por ele.

(B) O texto se desenvolve como um comentário informa-

tivo e avaliativo a respeito da trajetória musical de Caetano Veloso e de sua atuação junto aos novos artistas.

(C) Caetano Veloso, ainda que pertença a uma geração

de músicos mais velhos, compartilha tendências e novas influências com aqueles mais jovens.

(D) O álbum Cê, de Caetano Veloso, assinala uma nova

etapa na vida artística desse compositor e intérprete da música popular brasileira.

(E) A relação de Caetano Veloso com os jovens músi-

cos é pautada por respeito mútuo, com descobertas e estímulos recíprocos.

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3. Em resposta à questão colocada pelo entrevistador, Caetano

(A) aponta as razões por que ele, de tempos em tem-

pos, [...] lança um álbum revolucionário, ou seja, pa-ra atender a um ritmo constante de produção artís-tica.

(B) se coloca enfaticamente como o guru da nova gera-

ção da música brasileira, tomando por referência sua própria história de vida e de compositor.

(C) defende o fato de que não podia nem remotamente

aprovar o que se passava nos outros grupos, mes-mo sabendo tratar-se de preconceito.

(D) se apoia na percepção de que valores críticos [...]

são muito provisórios, para concluir que as consta-tações de gosto individual ou de grupos são de fundamental importância.

(E) reitera sua posição de artista antenado com sua épo-

ca e com a realidade, interessando-se, até hoje, por tudo o que ocorre à sua volta.

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4. É correto entender a citação a Roberto Carlos e a Erasmo Carlos como

(A) argumento em que se baseia a percepção da supe-

rioridade musical de alguns movimentos em relação a outros, independentemente do sucesso que pos-sam gozar junto ao público.

(B) constatação da importância do surgimento de ten-

dências diversas no universo da música brasileira, algumas delas até mesmo revolucionárias, para atin-gir um público de gosto diferenciado.

(C) crítica à atuação de músicos que se mantêm fiéis às

tendências que marcaram época, mas que se en-contram superadas por mudanças de estilo decor-rentes da passagem do tempo.

(D) comparação que vai justificar a afirmativa de que o

Tropicalismo surgiu como contestação, a partir da não aceitação do que estava sendo criado e defendi-do pela Jovem Guarda.

(E) exemplo de que grupos e tendências que surgem

em determinadas épocas têm suas características particulares e devem ser valorizados no universo da música popular.

5. Está inteiramente clara e correta a redação do segmento: (A) O uso de recursos tecnológicos possibilitaram que Caetano interagisse com vários artistas. Todas essas referências não ficam somente no mundo das ideias, pois se percebe sonoridades em músicas do álbum Cê com ligação a ritmos do samba, e até mesmo do rap. (B) Caetano Veloso se move por um circuito cultural amplo e diversificado, e não é difícil encontrar-lhe em apresentações de samba, rock, rap e axé. Filmes, espetáculos de dança e teatro, seja os de grande público, seja os mais alternativos, também estão no roteiro do artista. (C) Caetano faz novas descobertas e lhes compartilha com os mais jovens, sendo uma das fontes de informação do cantor a internet. Atento a imprensa internacional, ele descobriu roqueiros britânicos, que apresentou ao seu grupo, criando músicas sob suas influências. (D) Caetano transforma tudo o que ouve em matéria-prima para suas composições, fazendo jus a ser considerado um dos artistas mais inquietos da música popular brasileira. Renova-se constantemente, incorporando influências de origem e estilos os mais diversos. (E) A presença de Caetano, nos mais variados espetáculos, um séquito de jovens o circunda, que dividem seus gostos musicais com ele. Com suas constantes descobertas, transformaram-no em guru da nova geração de músicos, em que dialoga, e servem-no de inspiração.

Atenção: As questões de números 6 e 7 referem-se ao texto abaixo. De férias no exterior, o compositor Gustav Aschenbach (Dirk Bogarde) parece um homem reservado e civilizado aos olhos daqueles que o conhecem. Basta, no entanto, o início de uma paixão secreta para que comecemos a notar o presságio de sua destruição.

O diretor Luchino Visconti (Obsessão) transforma o romance clássico de Thomas Mann, Morte em Veneza, em “uma obra-prima de poder e beleza” (William Wolf). Como Aschenbach, Visconti é um artista obcecado: seus filmes são ricos em humor, detalhes de época e emoções ferventes em superfícies plácidas. Rendendo a seu executor o Prêmio Especial do 25 o Aniversário do Festival de Cannes, Morte em Veneza, com uma assustadora performance de Bogarde, é o apogeu de Visconti.

(Texto de apresentação do filme Morte em Veneza, de Luchino Visconti, extraído do invólucro do DVD da edição distribuída no Brasil pela

Warner Home Video)

6. Os segmentos parece um homem reservado e civilizado aos olhos daqueles que o conhecem e paixão secreta, ambos do primeiro parágrafo, são retomados de modo genérico no segundo parágrafo por meio, respectivamente, das expressões (A) obra-prima de poder e beleza e romance clássico. (B) superfícies plácidas e emoções ferventes. (C) obra-prima de poder e beleza e um artista obcecado. (D) detalhes de época e emoções ferventes. (E) superfícies plácidas e romance clássico.

7. Basta, no entanto, o início de uma paixão secreta para que comecemos a notar o presságio de sua destruição. Transpondo-se o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: (A) começa-se a notá-lo. (B) começava a ser notada. (C) comece a notar. (D) começamos a notá-la. (E) comece a ser notado.

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Page 10: Exercícios FCC

Curso de Gramática 30

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8. Observe a tirinha reproduzida abaixo.

Calvin

(Bill Watterson, Yukon Ho! , São Paulo, Conrad, 2008, p.93)

É correto afirmar que o humor dessa tirinha do Calvin provém (A) da revelação, no último quadrinho, de que ele não sabia o que era tortellini, a despeito de ter afirmado com veemência o

nojo que sentia por esse prato. (B) da insistência de sua mãe em fazer tortellini para o jantar, mesmo sabendo da repugnância do filho por essa massa. (C) do exagero demonstrado por ele ao pedir para que a mãe não fizesse tortellini para o jantar, algo despropositado ainda

que se considere sua real aversão pelo prato. (D) da constatação final de que ele não sabia como soletrar a palavra tortellini, ainda que nutrisse grande repugnância pela massa. (E) do comportamento impassível da mãe, que se limita a responder monossilabicamente às manifestações descontroladas do filho.

Atenção: As questões de números 9 e 10 referem-se ao texto abaixo.

A tartaruga

Moradores de Copacabana, comprai vossos peixes na

Peixaria Bolívar, Rua Bolívar 70, de propriedade do Sr. Francisco

Mandarino. Porque eis que ele é um homem de bem.

O caso foi que lhe mandaram uma tartaruga de cerca de

150 quilos, dois metros e (dizem) 200 anos, a qual ele expôs em

sua peixaria durante três dias e não a quis vender; e a levou até

a praia, e a soltou no mar.

Havia um poeta dormindo dentro do comerciante, e ele

reverenciou a vida e a liberdade na imagem de uma tartaruga. ***

Não mateis a tartaruga.

(...)

(Rubem Braga, 200 Crônicas escolhidas . 3a ed. Rio de Janei-ro, Record, 1998, p.242)

9. Havia um poeta dormindo dentro do comerciante, e ele

reverenciou a vida e a liberdade na imagem de uma

tartaruga.

Com a frase acima, o autor

(A) sugere que no interior de todo comerciante há um poeta adormecido, pronto a abrir mão do lucro a fa-vor da preservação da vida.

(B) aproxima a poesia do comércio, mostrando como

uma e outro, ainda que de modos distintos, nutrem grande respeito pela vida e pela liberdade.

(C) demonstra que a atividade comercial é de todo in-

compatível com a poesia, isto é, com o cultivo da vi-da e da liberdade.

(D) associa a poesia à veneração da vida e da liberdade

acima de quaisquer benefícios econômicos que pos-sam advir da atividade comercial.

(E) alude à desvalorização da poesia por meio da figura

do poeta que, não tendo como viver de seu verda-deiro ofício, passou a dedicar-se ao comércio.

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10. A substituição do elemento grifado pelo pronome corres-pondente, com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em:

(A) comprai vossos peixes = comprai-os. (B) ele expôs em sua peixaria = ele nela expôs. (C) ele reverenciou a vida = ele lhe reverenciou. (D) um poeta dormindo dentro do comerciante = um

poeta dormindo dentro dele.

(E) Não mateis a tartaruga = Não a mateis.

Atenção: As questões de números 11 a 13 referem-se ao texto abaixo.

Diante da urgência para combater o aquecimento global,

os principais institutos nacionais de patentes discutem sua pos-

sível contribuição para acelerar a difusão de tecnologias de bai-

xa emissão de carbono. Um dos caminhos propostos seria ace-

lerar o processamento das patentes relativas a tais tecnolo-

gias − as chamadas “patentes verdes”.

Isso estimularia a pesquisa e facilitaria o licenciamento

das tecnologias. Um programa-piloto está em andamento nos

Estados Unidos e projetos semelhantes ocorrem em nações co-

mo China, Coreia do Sul e Reino Unido. No Brasil, a viabilida-

de de tal iniciativa está sendo analisada pelo INPI (Institu-

to Nacional da Propriedade Industrial). Caso não haja impedi-

mentos, sua implementação poderá ocorrer já no começo de

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Page 11: Exercícios FCC

Curso de Gramática 31

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Num mundo que depende cada vez mais da geração de

conhecimentos novos para a solução de problemas graves, é

preciso garantir os meios institucionais que permitem valorizar e

difundir as inovações.

Para citar um exemplo, vale mencionar o polietileno ver-

de desenvolvido por importante petroquímica brasileira. A tecno-

logia, ligada à fabricação de plásticos a partir de derivados do

etanol, é a primeira do tipo certificada no mundo como 100% re-

novável. Tecnologias como estas poderão ser privilegiadas com

as “patentes verdes”. (Adaptado de Jorge Ávila. "A sustentabilidade tem pressa". FSP, 07/01/2011)

11. É INCORRETO afirmar que:

(A) Um desenvolvimento sustentável, em que a questão climática é levada em conta, pode ser estimulado com a contribuição de institutos de patentes que in-centivem o desenvolvimento de tecnologias de baixa emissão de carbono.

(B) Certas tecnologias que ajudam a poupar recursos naturais, como aquelas que permitem a manufatura de produtos advindos do etanol, seriam incentivadas com a criação de "patentes verdes".

(C) O fornecimento de "patentes verdes", ou seja, paten-tes voltadas para o desenvolvimento e a difusão de tecnologias que ajudem a combater o aquecimento global, poderá ter efeitos positivos nesse combate.

(D) O surgimento de novas tecnologias que atuem no combate aos efeitos nocivos do aquecimento global depende, necessariamente, da rápida aprovação das chamadas "patentes verdes" pelos institutos nacionais de patentes.

(E) Algumas medidas que contribuam para a solução dos sérios problemas ambientais enfrentados nos dias de hoje podem surgir não apenas de institutos de pesquisa, mas também de institutos de patentes.

12. A tecnologia [...] é a primeira... (4o parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima está em:

(A) Caso não haja impedimentos ... (B) Isso estimularia a pesquisa ... (C) Tecnologias como estas poderão ... (D) ...e difundir as inovações. (E) ...os meios institucionais que permitem ...

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13. O avanço rumo ...... um desenvolvimento sustentável de-pende de diversos fatores, entre os quais estão o estímulo ...... novas tecnologias e o compromisso ético de empre-sas que tenham como prioridade o respeito ...... causas ambientais.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

(A) a − à − as (B) a − a − às (C) à − a − as (D) a − à − às (E) à − à − as

Atenção: As questões de números 14 e 15 referem-se ao texto abaixo.

A associação entre humor e imprensa, especialmente destacada nos países europeus, também ocorreu nos principais centros urbanos brasileiros. No período imperial chegaram a circular cerca de sessenta revistas ilustradas no Rio de Janeiro, que misturavam, de forma peculiar, a charge com uma espécie primitiva de história em quadrinhos, numa produção extrema-mente rica e fértil.

Essa tradição da representação humorística ganha maior força e se aprofunda com o desenvolvimento da imprensa. No início do século XX, quando os jornais começam a tomar um

aspecto mais “jornalístico" e menos "mundano”, há uma proliferação das revistas semanais que, sobretudo pelo avanço nas técnicas das artes gráficas, começam a se separar, em termos empresariais, dos jornais.

(Adaptado de Elias Thomé Saliba. Raízes do riso . São Paulo, Companhia das Letras, 2002, p. 38-39).

14. Leia com atenção as afirmativas abaixo.

I. Em “jornalístico" e "mundano”, as aspas indicam que as palavras empregadas pelo autor possuem um significado especial.

II. A frase A associação entre humor e imprensa, es-pecialmente destacada nos países europeus, tam-bém ocorreu nos principais centros urbanos brasi-leiros mantém-se corretamente pontuada, ao ser alterada da seguinte forma: Especialmente desta-cada nos países europeus, a associação entre humor e imprensa, também ocorreu nos princi-pais centros urbanos brasileiros .

III. Isolado por vírgulas, o segmento de forma peculiar também pode ser isolado por travessões, sem pre-juízo para a coesão do período em que se encontra.

Está correto o que se afirma em:

(A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

15. ... há uma proliferação das revistas semanais que, sobre-tudo pelo avanço nas técnicas das artes gráficas, come-çam a se separar, em termos empresariais, dos jornais.

Uma redação alternativa para a frase acima, mantendo-se a correção, a lógica e o sentido originais, está em: (A) Há revistas semanais proliferando pelo avanço nas

técnicas das artes gráficas, a qual, sobretudo, come-ça, em termos empresariais, a se separar dos jor-nais.

(B) Havendo a proliferação das revistas semanais, so-bretudo pelo avanço nas técnicas das artes gráficas, cuja a qual começa a se separar, em termos empre-sariais, dos jornais.

(C) As revistas semanais que, sobretudo pelo avanço

nas técnicas das artes gráficas que prolifera, come-çam a se separar, em termos empresariais, dos jor-nais.

(D) Sobretudo pelo avanço nas técnicas das artes gráfi-

cas, as revistas semanais proliferam e começam a se separar, em termos empresariais, dos jornais.

(E) O avanço nas técnicas das artes gráficas, que proli-

feram, são porque as revistas semanais começam a se separar, em termos empresariais, sobretudo, dos jornais.

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Page 12: Exercícios FCC

Curso de Gramática 32

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TRT- 4ª REGIÃO - 2011 Médio

Nesta prova, considera-se uso correto da língua portugue-sa o que está em conformidade com o padrão culto es- crito.

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 4, considere o texto abaixo.

O cenário é o luxuoso resort Four Seasons. Sua

decoração sofisticada, com colunas de mármore, lustres

monumentais de cristal e detalhes das escadarias em ouro,

atiça os olhos do turista. Câmera em punho, o ímpeto de

registrar o ambiente logo é interrompido por um dos

funcionários. “É proibido fotografar os homens vestindo roupas

brancas e as mulheres em trajes pretos”, exclamou. Restrições

desse tipo dentro de um hotel internacional são, no mínimo,

estranhas aos olhos ocidentais. No entanto, quando o resort em

questão está localizado em Doha, capital do Catar, ter cuidado

com as fotos é apenas uma das milhares de regras e

imposições a serem respeitadas na cidade.

Nas ruas, nos museus ou nos shoppings de Doha,

sempre existe alguém para impedir os retratos. E se você

conseguir tirar uma foto escondido vai perceber as pessoas

cuidadosamente tampando o rosto. Isso porque o Catar, país

que acaba de ser eleito sede da Copa do Mundo de 2022, vive

sob os preceitos da religião muçulmana. Lá, as mulheres não

podem exibir seus rostos fora de suas residências e adotam as

burcas como traje. As menos tradicionais se escondem apenas

com lenços e véus.

(Natália Mestre, “A cidade dos contrastes”. ISTOÉ PLATINUM , n. 22, Dezembro/Janeiro 2011, p. 72)

1. Compreende-se corretamente do texto: (A) turistas do mundo ocidental estranham, mas os

limites à atuação dos turistas nos hotéis interna-cionais de Doha são ínfimos, considerados os pa-drões dos países orientais.

(B) Doha é a única cidade do Catar onde há milhares de

regras e imposições a serem respeitadas, entre elas as que definem o ato de fotografar.

(C) à exceção do que ocorre no interior de luxuosos

hotéis, em Doha o turista pode tirar fotos, desde que furtivamente e dando aos fotografados tempo de tamparem o rosto.

(D) a exposição que o Catar recebeu na mídia depois de

ter sido eleito sede da Copa do Mundo de 2022 fez que as normas da religião muçulmana se tornassem mais rigorosas.

(E) tanto as mulheres catarianas mais aferradas à he-

rança cultural, quanto as menos, costumam observar o decoro preconizado pela religião que impera em seu estado.

_________________________________________________________

2. No primeiro parágrafo, (A) a particularização das colunas, dos lustres e das es-

cadarias retifica a caracterização do resort feita anteriormente.

(B) emprega-se a expressão os olhos do turista tanto

pelo estímulo provocado pela decoração, como pelo vínculo desta expressão com o tipo de registro men-cionado.

(C) transpondo a frase o ímpeto de registrar o ambiente

logo é interrompido por um dos funcionários para a voz ativa, obtém-se a forma verbal “interrompeu”.

(D) o termo destacado em o ímpeto de registrar o am-

biente logo é interrompido por um dos funcionários tem o mesmo sentido do sublinhado em “Logo em quem ele confiou!”.

(E) a substituição da forma destacada em É proibido

fotografar os homens vestindo roupas brancas por “que estão vestindo” não tornaria a frase mais clara.

_________________________________________________________

3. Nas ruas, nos museus ou nos shoppings de Doha, sempre existe alguém para impedir os retratos. E se você con-seguir tirar uma foto escondido vai perceber as pessoas cuidadosamente tampando o rosto. Isso porque o Catar, país que acaba de ser eleito sede da Copa do Mundo de 2022, vive sob os preceitos da religião muçulmana. Considerado o trecho acima, é correto afirmar: (A) A substituição de alguém por “pessoas” mantém a

correção da frase. (B) O segmento para impedir os retratos expressa uma

causa . (C) Substituindo para impedir os retratos por “afim de

que os retratos sejam impedidos”, preservam-se o sentido e a correção originais.

(D) Em Isso porque, o elemento destacado, não reme-

tendo a nenhuma palavra, expressão ou segmento do texto, foi empregado apenas como forma de realce.

(E) Substituindo Isso porque o Catar [...] vive sob os

preceitos da religião muçulmana por “Isso acontece em função de o Catar [...] viver sob os preceitos da

religião muçulmana”, a correção da frase é mantida.

FCC

Page 13: Exercícios FCC

Curso de Gramática 33

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4. Lá, as mulheres não podem exibir seus rostos fora de

suas residências e adotam as burcas como traje. Outra redação para o segmento acima, clara e correta, é: (A) Adotarem as burcas como traje é porque no Catar é

vetado às mulheres a exibição de seus rostos na parte exterior de suas residências.

(B) Atendendo à imposição de não exibir os rostos para além dos limites de suas residências, no Catar as mulheres adotam as burcas como traje.

(C) Burca é traje do Catar, adotado por mulheres tendo em vista que vetam-nas de mostrar os seus rostos, à exceção do interior de suas residências.

(D) As mulheres do Catar se vestem com burca à medi-da que são proibidas de terem os rostos expostos externamente às residências.

(E) O Catar é onde se interdita as mulheres a exibição de seus rostos fora de suas residências e assim adotam as burcas como traje.

_________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 5 e 6, considere o texto abaixo.

Nas décadas de 1930 e 40, enquanto eu crescia, o

desenhista de quadrinhos ocupava um lugar na hierarquia

cultural não muito inferior àquele ocupado pelo ator de cinema e

pelo inventor. Walt Disney, Al Capp, Peter Arno – quem, agora,

poderia conquistar tanta fama apenas com uma caneta de pena

e um tinteiro?

(John Updike. “A mágica dos quadrinhos”. serrote : uma revista de ensaios, ideias e literatura. n. 2, jul 2009. São Paulo: Instituto Moreira Salles, p. 17) Obs.: Al Capp e Peter Arno − cartunistas americanos

contemporâneos de Walt Disney. 5. No excerto acima, o autor

(A) favorece as lembranças de sua infância em prejuízo de considerações sobre os quadrinhos.

(B) recorre ao ator de cinema e ao inventor para de-monstrar como desenhistas de quadrinhos foram sempre desconsiderados na cultura americana.

(C) manifesta que, embora com poucos recursos, os de-senhistas de quadrinhos de sua infância fascinavam o público.

(D) vale-se de uma pergunta retórica para expressar sua crença: atualmente, quem não domina a alta tecno-logia não consegue distrair a plateia.

(E) critica o lugar de destaque que, no século passado, era concedido aleatoriamente a atores de cinema e inventores.

6. Sobre o que se tem no excerto, é correto afirmar: (A) Nas décadas de 1930 e 40 equivale a “Nas décadas

precedentes”.

(B) enquanto eu crescia marca o início da ação de “ocupar”.

(C) Walt Disney, Al Capp, Peter Arno é sequência que descreve a hierarquia cultural citada, do posto mais elevado para o menos elevado.

(D) tanta caracteriza a reputação dos desenhistas cita-dos, tal como percebida pelo autor.

(E) apenas denota que o autor deprecia a produção de muitos desenhistas de quadrinhos.

_________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 7 a 11, considere o texto abaixo.

I − Errata

• (ed, dc) 1. Lista de retificação de erros que saíram

impressos em uma publicação. A errata é geralmente

impressa em página separada (colada no início ou no fim

do exemplar, ou simplesmente encartada solta) e em

papel diferente do que foi usado na publicação. Traz a

indicação de erros, o número das páginas onde se en-

contram e as formas corrigidas. Alguns profissionais

distinguem errata de corrigenda: este último termo, no

caso, é aplicado para erros redacionais ou de conteúdo,

ao passo que errata diz respeito principalmente a erros de

composição ou de montagem, que escaparam aos

revisores e saíram impressos na publicação. 2. Cada um

dos erros relacionados nessa lista.

(Carlos Alberto Rabaça e Gustavo Guimarães Barbosa. Dicionário de comunicação . 2. ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001, p. 276)

II − O dicionário de onde foi extraído o verbete acima contém

uma página com o título CONVENÇÕES UTILIZADAS NESTA OBRA, e nela se lê:

1. Áreas e acepções

Este dicionário inclui definições em 23 áreas, indicadas da seguinte forma:

• (av) recursos audiovisuais

• (cn) cinema

• (co) teoria da comunicação

• (dc) documentação

• (ed) editoração, artes gráficas

etc.

FCC

Page 14: Exercícios FCC

Curso de Gramática 34

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7. Considerado o que se tem em I e II, a ÚNICA afirmação INCORRETA é: (A) Retificações de textos publicados podem estar relacionadas tanto a questões de redação e de conteúdo, quanto a erros

tipográficos que passam despercebidos aos revisores do material a ser impresso. (B) Há como entender a palavra “errata” em sentido mais amplo, e em sentido mais restrito; no primeiro caso, refere-se a

qualquer tipo de erro numa publicação, e no segundo, somente aos erros de composição ou de montagem. (C) É legítima a inferência de que a palavra corrigenda pode ser usada fora do específico campo da editoração. (D) Embora se admitam variações na composição da errata, é obrigatório que seja impressa em papel diferente do usado na

obra a que se refere e circule separado dela. (E) É legítima a inferência de que consulta a dicionário com vistas ao adequado entendimento de uma palavra num texto

envolve a consulta, inclusive, ao modo como esse dicionário foi organizado. 8. Considerado I, é correto afirmar:

(A) Os parênteses em (colada no início [...] solta) podem ser substituídos por travessões sem prejuízo do sentido e da

correção originais. (B) A substituição de ao passo que por “conforme” mantém o sentido e a correção originais. (C) Tanto em (colada no início ou no fim do exemplar, ou simplesmente encartada solta), quanto em errata diz respeito

principalmente a erros de composição ou de montagem, ou estabelece relação de exclusão entre os elementos associados.

(D) A expressão diz respeito está também empregada em conformidade com o padrão culto escrito em “As manchetes desse

jornal de hoje diz respeito sobretudo às enchentes que ocorrem no país”. (E) Se o que consta no segmento 2 fosse empregado na frase “Cada um dos erros relacionados nessa lista receberam a

devida correção”, a concordância com o padrão culto escrito estaria assegurada. 9. Traz a indicação de erros, o número das páginas onde se encontram e as formas corrigidas.

No período acima, onde está empregado em conformidade com o padrão culto escrito, o que NÃO ocorre na frase: (A) Já no primeiro capítulo, onde a heroína foi caracterizada, pressentia-se seu destino. (B) O colégio onde recebeu os primeiros ensinamentos é este que se vê na foto. (C) Não sabia onde poderia buscar auxílio, mas tinha certeza de consegui-lo. (D) Moro hoje onde sempre quis morar. (E) Ele é sempre hostil, é onde perde a razão.

10. A errata é geralmente impressa em página separada [...] e em papel diferente do que foi usado na publicação.

O segmento destacado acima está empregado corretamente, como acontece com o sublinhado em: (A) Que me corrijam aqueles de quem tenho tanta admiração. (B) Ali está o colega que eu discuti por ter feito anotações no meu livro. (C) Os pais, para que ela deve explicações, nada lhe perguntaram. (D) Os professores, a cujas recomendações ele tanto deve, sempre o apoiaram. (E) As leis com as quais se baseou para fazer a defesa renderam-lhe a vitória.

11. Em diferentes segmentos do texto foi inserida uma vírgula. O segmento que mantém a correção original é:

(A) A errata é geralmente, impressa em página separada... (B) em papel diferente, do que foi usado na publicação. (C) o número das páginas onde se encontram, e as formas corrigidas. (D) Alguns profissionais distinguem errata, de corrigenda... (E) ao passo que, errata diz respeito principalmente a erros de composição ou de montagem.

12. A frase em que o emprego das formas verbais está em harmonia com o padrão culto escrito é:

(A) Estou disposta a revisar o texto, caso ele manifesta interesse quando vier aqui.

(B) Esperamos que ele sentencie a nosso favor, já que nunca retorquimos suas decisões.

(C) Eles ansiam tanto pelo aumento do salário, que sequer discutem o novo valor.

(D) Se ele continui a se mostrar prestativo pouco importa, pois muitos já o odeiam por sua atuação irresponsável.

(E) O desejo de todos é o de que premiamos de acordo com as regras que apusemos no cartaz.

FCC

Page 15: Exercícios FCC

Curso de Gramática 35

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13. O trabalho dele não é dos mais gratificantes, pois, além de garantir um salário razoável, não permite as horas de lazer que necessita, para si e com os familiares.

O período acima está mal estruturado. Considere as novas formas de redigi-lo, apresentadas abaixo.

I. O trabalho dele não é dos mais gratificantes, pois,

apesar de garantir a ele um salário razoável, não lhe permite as horas de lazer de que necessita para si e para o convívio com seus familiares.

II. O trabalho dele não é dos mais gratificantes, visto que lhe garante um salário razoável, não permitin-do, mesmo assim, que usufrua das horas de lazer necessário a si próprio e junto aos familiares.

III. O trabalho dele não é dos mais gratificantes: garan-te-lhe um salário razoável, sim, contudo não permi-te que desfrute das horas de lazer necessárias a si e à convivência com seus familiares.

É correto afirmar que

(A) I, II e III são formulações claras e corretas.

(B) I e II, somente, são formulações claras e corre-tas.

(C) I e III, somente, são formulações claras e corre-tas.

(D) I, somente, é formulação clara e correta.

(E) II e III, somente, são formulações corretas. _________________________________________________________

14. O período redigido de forma clara e correta é:

(A) Sugeriu que os privilégios concedidos a alguns do setor tivessem aplicação ampla e restrita, pois o sucesso era de todos, que nunca se degladiavam pelo serviço mais leve.

(B) Quizeram mediar as pessoas da comunidade atingi-da junto aos órgãos públicos que lhe pudessem conceder ajuda imediata, para o quê foram inca-pazes.

(C) Esse problema social tem caráter difuso, que impos-sibilita quem está fora o reconhecimento de suas vertentes, o que faz com que não podemos solu-cioná-lo logo.

(D) Sua idoneidade é inconteste, por isso suas reivindi-cações são sempre analisadas com respeito, apreço comprovado pelo modo como o tratam à sua che-gada no ministério.

(E) Decidi resolutamente atrelar o meu trabalho a par- tir daquilo em que acredito ser verdade, o que me custou muito suor e lágrimas naquele excêntrico instituto.

15. A frase clara e correta é: (A) Não deixa de ser estranha, a meu ver, a trajetória

desses artesãos que, desde o início da minha pes-quisa, já mostravam de modo flagrante seu desprezo por regras e instituições.

(B) O público alvo para o qual o programa se direciona

admite em entrevistas que não dispõe dos recursos financeiros suficiente para o desenvolvimento das suas atividades.

(C) Trabalhava com muitos imigrantes ilegais franco-

canadenses, onde a maioria não se aceitava ou se via como tal, rejeitando fosse qual fossem as formas de discriminação.

(D) Participou do grupo que fez o relatório, que estava

sempre próximo devido aos horários de reunião coincidirem com suas folgas, que, aliás, não estão nada esparças.

(E) O meio de transporte que usavam era com canoas

sobre o riacho barrento, às quais eles mesmos fabri-cavam, ou à cavalo ou de carro de bois.

_________________________________________________________

TRE-AMAPÁ - 2011 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

B C E D A C E B C A

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

D B E B E A D C D B TRE-RONDÔNIA - 2011

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D E C B D E A C D B

11 12 13 14 15

C A B E A TRT- 1ª REGIÃO - 2011

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C A E E D B E A D C

11 12 13 14 15

D E B C D TRT- 4ª REGIÃO - 2011

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E B E B C D D A E D

11 12 13 14 15

C B C D A

FCC FCC

Page 16: Exercícios FCC

Curso de Gramática 36

[email protected] [email protected]

FCC FCC

Índice remissivo – FCC

O primeiro numeral equivale à página; o segundo, à questão. Gramática

Ortografia 22-10B 23-13A 23-13E 32-3C 35-14B 35-15D

Acentuação gráfica 23-13B 23-13C 23-13D

Substantivo 23-15

Pronome 23-16D 23-18B 26-10 29-5B 30-10 29-5D 31-15B 31-15B

34-9 34-10 35-15C

Verbo 22-9 23-14 25-6 27-13II 27-13III 28-15 31-12 33-4A

34-12

Vozes verbais 22-8B 27-11 29-7 32-2C 32-3C

Advérbio 27-13I

Conjunção 22-5 22-8E 23-18E 23-20 32-2D 32-3C 34-8B 34-8C

Termos integrantes da oração 23-16D 26-10 29-5B 30-10 29-5D

Orações subor. Adjetivas 23-18D 32-2E

Orações subor. Adverbiais 32-3B

Regências 23-17 24-3

Concordâncias 22-8D 22-10E 23-16B 23-16C 23-16E 24-2 25-4A 25-4C

25-4D 29-5A 29-5B 31-15E 34-8D 34-8E 35-13II 35-15B

Crase 23-13D 26-8 29-5D 31-13 35-15E

Pontuação 22-6 22-8C 22-12 23-16C 23-18A 23-18D 28-14 29-5A

29-5E 31-14 34-8A 34-11

Colocação pronominal 23-16B 23-16E 33-4C

Texto

Compreensão/Interpretação

21-1 21-2 22-7 25-5 26-9 28-1 29-2 29-3

29-4 30-8 30-9 31-11 32-1 32-1ª 33-5 33-6

34-7

Relações de sentido 21-4 22-8A 22-10ª 32-3A

Coesão: Referenciação 21-3 22-10D 29-6 32-3D

Tipologia textual 21-1 22-7 24-1

Reescrituras 22-10C 22-11 26-7 31-15 32-3C 32-3E 33-4

Estilística 23-19 23-20 25-4 29-5 33-4 35-14 35-15