Exercicios Figuras de Linguagem

4
1) (ENEM-2001) Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que agrupa significados que se excluem mutuamente. Para Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha abaixo) expressa o maior de todos os oxímoros. Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos retirados do poema “O operário em construção”. Pode-se afirmar que ocorre um oxímoro em a) "Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão." b) "... a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravidão." c) "Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava." d) "... o operário faz a coisa E a coisa faz o operário." e) "Ele, um humilde operário Um operário que sabia Exercer a profissão." MORAES, Vinícius de. Antologia Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 2) (ENEM-2004) Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem

description

v

Transcript of Exercicios Figuras de Linguagem

1) (ENEM-2001) Oxmoro (ou paradoxo) uma construo textual que agrupa significados que se excluem mutuamente. Para Garfield, a frase de saudao de Jon (tirinha abaixo) expressa o maior de todos os oxmoros.

Nas alternativas abaixo, esto transcritos versos retirados do poema O operrio em construo. Pode-se afirmar que ocorre um oxmoro em a) "Era ele que erguia casas Onde antes s havia cho."

b) "... a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravido."

c) "Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava."

d) "... o operrio faz a coisa E a coisa faz o operrio."

e) "Ele, um humilde operrio Um operrio que sabia Exercer a profisso." MORAES, Vincius de. Antologia Potica. So Paulo: Companhia das Letras, 1992.

2) (ENEM-2004) Nesta tirinha, a personagem faz referncia a uma das mais conhecidas figuras de linguagem

a) condenar a prtica de exerccios fsicos. b) valorizar aspectos da vida moderna. c) desestimular o uso das bicicletas. d) caracterizar o dilogo entre geraes. e) criticar a falta de perspectiva do pai.

3) (ENEM-2004) Cidade grande Que beleza, Montes Claros. Como cresceu Montes Claros. Quanta indstria em Montes Claros. Montes Claros cresceu tanto, ficou urbe to notria, prima-rica do Rio de Janeiro, que j tem cinco favelas por enquanto, e mais promete. (Carlos Drummond de Andrade) Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se prpria linguagem. b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos. c) ironia, que consiste em se dizer o contrrio do que se pensa, com inteno crtica. d) denotao, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido prprio e objetivo.e) prosopopia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.

4) (ENEM-2007) O acar O branco acar que adoar meu caf nesta manh de Ipanema no foi produzido por mim nem surgiu dentro do aucareiro por milagre. Vejo-o puro e afvel ao paladar como beijo de moa, gua na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este acar no foi feito por mim. Este acar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, [dono da mercearia. Este acar veio de uma usina de acar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este acar era cana e veio dos canaviais extensos que no nascem por acaso no regao do vale. (...) Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este acar branco e puro com que adoo meu caf esta manh em Ipanema. Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1980, p. 227-8. A anttese que configura uma imagem da diviso social do trabalho na sociedade brasileira expressa poeticamente na oposio entre a doura do branco acar e a) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o acar. b) o beijo de moa, a gua na pele e a flor que se dissolve na boca. c) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o acar. d) a beleza dos extensos canaviais que nascem no regao do vale. e) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas escuras.

5) (Enem Cancelado-2009) Metfora Gilberto Gil Uma lata existe para conter algo, Mas quando o poeta diz: "Lata" Pode estar querendo dizer o incontvel Uma meta existe para ser um alvo, Mas quando o poeta diz: "Meta" Pode estar querendo dizer o inatingvel Por isso no se meta a exigir do poeta Que determine o contedo em sua lata Na lata do poetatudonada cabe, Pois ao poeta cabe fazer Com que na lata venha caber O incabvel Deixe a meta do poeta no discuta, Deixe a sua meta fora da disputa Meta dentro e fora, lata absoluta Deixe-a simplesmente metfora. Disponvel em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 5 fev. 2009.

A metfora a figura de linguagem identificada pela comparao subjetiva, pela semelhana ou analogia entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conhecida figura. O trecho em que se identifica a metfora : a) "Uma lata existe para conter algo". b) "Mas quando o poeta diz: 'Lata'". c) "Uma meta existe para ser um alvo". d) "Por isso no se meta a exigir do poeta". e) "Que determine o contedo em sua lata".