Exercícios sobre figuras de linguagem, 01

Manoel Neves

teoria da literatura Exercícios sobre figuras de linguagem 01

QUESTÃO 01 figuras de linguagem

Indique a alternativa abaixo em que apareça uma metáfora:

Mariano nasceu com disposição de árvore.

Felisberto uivava feito um lobo.

Abrilina é que nem a mãe.

A cegonha é a girafa do ganso.

Teu dorso frio é como um campo de lírios.

QUESTÃO 01 Solução comentada

A metáfora aparece apenas na alternativa “d”. No fragmento em questão, estabeleceu-se uma analogia [entre cegonha e girafa] e não se usou termo comparante.


A oração mas seu Juveniano foi um vitorioso porque, de um jeito ou de outro, pôs um diploma na mão de cada filho assinala o emprego de:

metonímia

metáfora

silepse

hipérbole

pleonasmo


Na frase dada, a expressão pôr o diploma na mão foi usada no sentido de formar, o que constitui uma metonímia.


No verso Permitiu parecesse a chama fria, encontramos algumas figuras de linguagem. Uma delas é:

eufemismo

anacoluto

pleonasmo

elipse

anáfora


Na frase dada – Permitiu parecesse a chama fria –, nota-se a supressão da conjunção que, o que constitui uma elipse.


Leia o fragmento abaixo, extraído da novela “Uma história de amor”, de Guimarães Rosa.

Daí mas descambava a cabeça morre-não-morre o sol. O oôo das vacas: a vaca Belbutina, a vaca Trombeta, a vaca Brindada... O enfile delas todas, tantas vacas vindo lentamente do pasto, sobre o pé de pó.

No trecho acima ocorrem:

personificação e catacrese.

onomatopeia e anacoluto.

anáfora e metáfora.

personificação e onomatopeia.

onomatopeia e sinestesia.


Na expressão cabeça morre-não-morre, há uma personificação. Já em o oôo das vacas, nota-se uma onomatopeia.


Na frase bíblica Comerás o pão com o suor do teu rosto, o enunciador empregou o efeito pela causa – suor em lugar de trabalho. Nesse caso, temos a figura de linguagem chamada:

metáfora

metonímia

hipérbole

silepse

elipse


Pão foi usado no sentido de alimento e suor, no de esforço. Tal processo de substituição é denominado de metonímia.


No verso Eu morro, ó Deus! na aurora da existência, aparecem duas figuras de linguagem, a saber:

hipérbole e anáfora

apóstrofe e antítese

eufemismo e catacrese

gradação e antonomásia

perífrase e pleonasmo


O locutor refere-se a Deus. Trata-se de uma apóstrofe. As palavras morro e aurora da existência constituem opostos. Logo, deve-se assinalar a alternativa “b”.


(ITA) Assinale a opção em que ocorreu a figura de estilo chamada paradoxo.

Flor que se cumpre, sem pergunta.

E os soldados já frios.

Sussurrante de silêncios.

Sustentando seu demorado destino.

Ao pássaro que procura o fim do mundo.


Sussurro e silêncio se opõem. Ao falar que algo é sussurrante de silêncios, o locutor incorre em um paradoxo – fusão de opostos.


(FMU) Em O vento voa/ A noite toda se atordoa, aparece a mesma figura semântica:

metáfora

metonímia

hipérbole

personificação

antítese


Nos dois versos referidos, nota-se a presença de personificação ou prosopopeia. Marque-se, pois, a alternativa “d”.


(ITA) No verso A poesia – é uma luz... e a alma – uma ave, ocorrem:

prosopopeia e hipérbato.

metonímia e antítese.

hipérbole e eufemismo.

pleonasmo e silepse.

metáfora e zeugma.


“Poesia” e “luz”, “alma” e “ave” são realidades dessemelhantes. Constituem metáforas. A ausência da forma verbal “é” constitui zeugma.


(PUC-MG) Em todas as alternativas, a metáfora, nos trechos retirados de Menino de Engenho, foi corretamente transformada em comparação, EXCETO em:

É a cara da mãe! ⇒ É tal qual a mãe!

A várzea era um lago de água barrenta. ⇒ ... a várzea parecia um lago de água barrenta.

É um mar d’água daqui até lá. ⇒ É como um mar d’água daqui até lá.

O pé-d’água vinha zunindo nos cajueiros. ⇒ A chuva forte vinha zunindo nos cajueiros.


Não há termo comparante na alternativa “d”.

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