EXPANSÃO IMOBILIÁRIA NOVOS BAIRROS - ijsn.es.gov.br · A Serra já tem projetos para o entorno da...
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44 DINHEIRO A GAZETA DOMINGO, 24 DE MARÇO DE 2013 EXPANSÃO IMOBILIÁRIA Quatorze regiões em crescimento imobiliário em Vila Velha, Serra e Cariacica devem atrair mais de 4 mil empresas de comércio e serviços NOVOS BAIRROS 35 NEGÓCIOS PARA LUCRAR BERNARDO COUTINHO A jornalista Huslana Loss montou uma delicatéssen no seu próprio bairro MIKAELLA CAMPOS [email protected] Um condomínio surge em meio a uma área deserta. Em volta do empreendi- mento, aos poucos, ruas são pavimentadas. E antes mes- mo que o residencial receba os primeiros moradores, pe- quenos centros comerciais são levantados. A região an- tes vista como um matagal passa a ter um ar de bairro. Quando as famílias se mudam para o novo lar, a área, considerada por mui- tos sem potencial econômi- co, começa a abrigar pe- quenas empresas dos seto- res de comércio e serviços. Essa situação de cresci- mento está sendo vivencia- daem14bairrosdaSerra,de CariacicaedeVilaVelha,que hoje concentram grande parte dos investimentos imobiliários da Grande Vitó- ria. E o rumo do crescimento leva consigo muitas chances de ganhar dinheiro. A im- plantação desses residen- ciaisdeveatrairmaisde4mil novos negócios. Dados do Censo Imobi- liário do Sinduscon de no- vembro do ano passado mostram que, nessas áreas, foram entregues, em 2012, mais de 3 mil unidades, e elas ainda contêm outros 17 mil imóveis em construção. Essas localidades, em processo de consolidação, são ideais para receber pelo menos 35 tipos de negócios convencionais e inovado- res, segundo o especialista em negócios Eduardo Mo- reira, do Sebrae/ES. “Nas regiões em cresci- mento, apesar de o risco ser maior, o empreendedor tem a chance de crescer, pois há escassez de tudo, de lojas conservadoras, como mer- cados, padarias e farmácias. Porém são também interes- santes para negócios inova- dores. Por isso, se houver planejamento, o empreen- dedor tem grande chance de sucesso”, explica Moreira. LOCAIS Em Vila Velha, o eixo de avanço econômico está em Itaparica, Parque das Gaivo- tas e Novo México. Com mais de 7 mil imóveis em construção, os bairros tam- bém atraem shoppings e ga- nham aos poucos novos co- mércios e serviços. Na Serra, o crescimento se concentra próximo ao li- toral e da região de Laran- jeiras. O secretário de De- senvolvimento Econômico da cidade, Everaldo Colo- detti, afirma que o municí- pio tem se preparado para recepcionar os novos em- preendedores. A prefeitura tem oferecido atendimen- tos nos bairros e apresen- tando as possibilidades de crédito para interessados em abrir empresas, princi- palmente nos setores de co- mércio e serviços. “A preocupação em in- centivar a abertura de negó- cios nesses novos bairros es- tá relacionada até com a questão da mobilidade. É importante que as pessoas consumam em seus bairros para evitar deslocamentos e prejuízos ao trânsito”, diz. Um bairro nessa situação é Colina de Laranjeiras, na Serra. A região, em menos decincoanos,recebeuvários projetosdeconstrutorasevi- venciaaconstruçãodeshop- ping e novos condomínios. Por ser uma região pro- missora, moradores do bairro são estimulados a abrir negócios. A jornalista Huslana Loss quis se anteci- par aos investimentos na re- gião. Ela abriu a delicatés- sen São Valentim, especiali- zada em vinho, queijo, cer- veja artesanal amadurecida em barril de uísque, geleias e biscoitos incrementados. “Quandovimmoraraqui, há dois anos, não tinha ne- nhum lugar para comprar um queijo gorgonzola. En- tão,pesquiseiotipodenegó- cio que poderia agradar aos moradores e fiz a delicatés- sen, que tem uma adega cli- matizada, entrega a cerveja eovinhonopontocertopara o consumo. Muitas pessoas gostaramdomeuestabeleci- mento e o consideram um espaço aconchegante”. Huslana conta que abriu o negócio há um ano e num ponto comercial que nin- guém queria. Depois que o São Valentin passou a fun- cionar, outros dois comér- cios foram criados ao lado, uma mercearia e uma loja de móveis de marcenaria. Na mesma rua, também es- tá em construção um centro comercial e, próximo ao lo- cal, foram abertos restau- rantes e um hortifrúti, que entrega as compras na casa das pessoas. “Ainda há uma grande carência, de negó- cios, como uma lotérica”. O presidente da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empre- sas, Pedro Rigo, explica que osbairrosemformaçãocon- tribuem para que os empre- endedores cresçam junto com o mercado imobiliário. “É interessante ver que, nes- ses bairros, os empreende- dores têm inovado para sa- tisfazer o público e, para is- so, investem em negócios inovadores, que, às vezes, não existem nem nas re- giões já mais conhecidas”. CENTRO COMERCIAL Segundo o presidente do Sinduscon, Aristóteles Pas- sos Costa Neto, em alguns empreendimentos, tanto de prédios quanto de casas, as construtoras têm optado por edificar também cen- tros comerciais. “O que cha- ma empresas é a quantida- de de morador. Muitos ne- gócios serão criados”, diz. Um exemplo de condo- mínio que conta com um centro comercial de apoio é o do condomínio Vilas do Mar, na Praia da Baleia, pró- ximo a Manguinhos. A construtora Rossi terminou a obra do espaço, que tem 14 lojas e 29 salas. Os donos dos imóveis aguardam inte- ressados em alugá-los. O casal Bruna Gouveia e William Leandro mora, há um ano, no condomínio. Mas, mesmo gostando da tranquilidade do bairro, eles sentem falta de um comér- cio. Para atender às necessi- dades de alimentação dos moradores do condomínio, Brunacomeçouafabricarpi- zza caseira e chega a vender dez produtos por dia. “Meu sonho era alugar uma loja nesse centro comercial e abrir uma pizzaria”, conta Bruna. Ela espera que logo o minishopping esteja em fun- cionamento. “Como não te- mos nada funcionando aqui, temos que comprar até pão em Laranjeiras”, diz. OPORTUNIDADES “As empresas que podem ser criadas correspondem a 20% dos imóveis em construção” PEDRO RIGO PRESIDENTE DA ADERES 1 ou 2 vagas de emprego Negócios, formais ou in- formais, vão abrir uma ou duas vagas de trabalho.
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44 DINHEIROA GAZETA DOMINGO, 24 DE MARÇO DE 2013
EXPANSÃO IMOBILIÁRIA
Quatorze regiões em crescimento imobiliário em Vila Velha, Serra eCariacica devem atrair mais de 4 mil empresas de comércio e serviços
NOVOS BAIRROS35 NEGÓCIOSPARA LUCRAR
BERNARDO COUTINHO
A jornalista Huslana Loss montou uma delicatéssen no seu próprio bairro
MIKAELLA [email protected]
Um condomínio surge emmeio a uma área deserta.Em volta do empreendi-mento,aospoucos,ruassãopavimentadas.Eantesmes-moqueoresidencial recebaosprimeirosmoradores,pe-quenos centros comerciaissãolevantados.Aregiãoan-tes vista como um matagalpassa a ter um ar de bairro.
Quando as famílias semudam para o novo lar, aárea, considerada por mui-tossempotencialeconômi-co, começa a abrigar pe-quenas empresas dos seto-res de comércio e serviços.
Essa situação de cresci-mento está sendo vivencia-daem14bairrosdaSerra,deCariacicaedeVilaVelha,quehoje concentram grandeparte dos investimentosimobiliáriosdaGrandeVitó-ria.Eorumodocrescimentolevaconsigomuitas chancesde ganhar dinheiro. A im-plantação desses residen-ciaisdeveatrairmaisde4milnovos negócios.
Dados do Censo Imobi-liário do Sinduscon de no-vembro do ano passadomostram que, nessas áreas,foram entregues, em 2012,mais de 3 mil unidades, eelasaindacontêmoutros17mil imóveis em construção.
Essas localidades, emprocesso de consolidação,sãoideaisparareceberpelomenos35tiposdenegóciosconvencionais e inovado-res, segundo o especialistaem negócios Eduardo Mo-reira, do Sebrae/ES.
“Nas regiões em cresci-mento, apesar de o risco sermaior, o empreendedor tema chance de crescer, pois há
escassez de tudo, de lojasconservadoras, como mer-cados, padarias e farmácias.Porém são também interes-santes para negócios inova-dores. Por isso, se houverplanejamento, o empreen-dedortemgrandechancedesucesso”, explica Moreira.
LOCAISEm Vila Velha, o eixo de
avanço econômico está emItaparica, Parque das Gaivo-tas e Novo México. Commais de 7 mil imóveis emconstrução, os bairros tam-bématraemshoppingsega-nham aos poucos novos co-mércios e serviços.
Na Serra, o crescimentose concentra próximo ao li-toral e da região de Laran-jeiras. O secretário de De-senvolvimento Econômicoda cidade, Everaldo Colo-
detti, afirma que o municí-pio tem se preparado pararecepcionar os novos em-preendedores. A prefeituratem oferecido atendimen-tos nos bairros e apresen-tando as possibilidades decrédito para interessadosem abrir empresas, princi-palmentenos setoresdeco-mércio e serviços.
“A preocupação em in-centivaraaberturadenegó-ciosnessesnovosbairroses-tá relacionada até com aquestão da mobilidade. Éimportante que as pessoasconsumam em seus bairrosparaevitardeslocamentoseprejuízos ao trânsito”, diz.
Um bairro nessa situaçãoé Colina de Laranjeiras, naSerra. A região, em menosdecincoanos,recebeuváriosprojetosdeconstrutorasevi-venciaaconstruçãodeshop-
ping e novos condomínios.Por ser uma região pro-
missora, moradores dobairro são estimulados aabrir negócios. A jornalistaHuslanaLossquisseanteci-paraosinvestimentosnare-gião. Ela abriu a delicatés-senSãoValentim,especiali-zada em vinho, queijo, cer-vejaartesanalamadurecidaem barril de uísque, geleiase biscoitos incrementados.
“Quandovimmoraraqui,há dois anos, não tinha ne-nhum lugar para comprarum queijo gorgonzola. En-tão,pesquiseiotipodenegó-cio que poderia agradar aosmoradores e fiz a delicatés-sen, que tem uma adega cli-matizada, entrega a cervejaeovinhonopontocertoparao consumo. Muitas pessoasgostaramdomeuestabeleci-mento e o consideram umespaço aconchegante”.
Huslana conta que abriuonegócioháumanoenumponto comercial que nin-guém queria. Depois que oSão Valentin passou a fun-cionar, outros dois comér-cios foram criados ao lado,uma mercearia e uma lojade móveis de marcenaria.Na mesma rua, também es-táemconstruçãoumcentrocomercial e, próximo ao lo-cal, foram abertos restau-rantes e um hortifrúti, queentrega as compras na casadas pessoas. “Ainda há umagrande carência, de negó-cios, como uma lotérica”.
O presidente da Agênciade Desenvolvimento dasMicro e Pequenas Empre-sas, Pedro Rigo, explica queosbairrosemformaçãocon-tribuemparaqueosempre-endedores cresçam juntocom o mercado imobiliário.
“É interessanteverque,nes-ses bairros, os empreende-dores têm inovado para sa-tisfazer o público e, para is-so, investem em negóciosinovadores, que, às vezes,não existem nem nas re-giões já mais conhecidas”.
CENTRO COMERCIALSegundoopresidentedo
Sinduscon, Aristóteles Pas-sos Costa Neto, em algunsempreendimentos,tantodeprédios quanto de casas, asconstrutoras têm optadopor edificar também cen-troscomerciais.“Oquecha-ma empresas é a quantida-de de morador. Muitos ne-gócios serão criados”, diz.
Um exemplo de condo-mínio que conta com umcentro comercial de apoio éo do condomínio Vilas doMar,naPraiadaBaleia,pró-ximo a Manguinhos. Aconstrutora Rossi terminoua obra do espaço, que tem14lojase29salas.Osdonosdosimóveisaguardaminte-ressados em alugá-los.
O casal Bruna Gouveia eWilliam Leandro mora, háum ano, no condomínio.Mas, mesmo gostando datranquilidadedobairro, elessentem falta de um comér-cio. Para atender às necessi-dades de alimentação dosmoradores do condomínio,Brunacomeçouafabricarpi-zza caseira e chega a venderdez produtos por dia. “Meusonho era alugar uma lojanesse centro comercial eabrir uma pizzaria”, contaBruna.Elaesperaquelogoominishoppingestejaemfun-cionamento. “Como não te-mosnadafuncionandoaqui,temos que comprar até pãoem Laranjeiras”, diz.
OPORTUNIDADES
“As empresas quepodem ser criadascorrespondem a20% dos imóveisem construção”PEDRO RIGOPRESIDENTE DA ADERES
1 ou 2vagas de empregoNegócios, formais ou in-formais, vão abrir uma ouduas vagas de trabalho.
Documento:AG24CA044;Página:1;Formato:(274.11 x 382.06 mm);Chapa:Composto;Data:23 de Mar de 2013 13:12:45
DINHEIRO45DOMINGO, 24 DE MARÇO DE 2013 A GAZETA
Prefeituras querem darnovo conceito às cidades
Em Cariacica, a prefei-tura prepara projetos paraque novos eixos econômi-cos e imobiliários surjamno município. A ideia étransformar áreas ruraisem bairros que vão aten-der, principalmente, aopúblico das classes C e D.
Segundo o secretário dePlanejamento, Juarez Tá-volaRamos, foi feitoumle-vantamento sobre as po-tencialidades de Cariacica.
Hoje, segundo ele, re-giõesquevivemprocessodecrescimento imobiliário ecomercial estão em volta deCampoGrande,daBR262eda Rodovia Leste Oeste.
E a situação vai ficarainda mais intensificadacom a implementação doprojeto urbanístico reali-zado pelo arquiteto JaimeLerner. O objetivo é trans-formar a BR 262 em áreanobre para receber inves-timentos imobiliários etambém novas empresas.
“Além desse projeto,
identificamos 13 áreas pro-pícias para o desenvolvi-mento de residenciais, in-dustriais e comerciais”, diz.
O estudo foi feito pelassecretarias de Planeja-mento, DesenvolvimentoEconômico e pela Compa-nhia de Desenvolvimentoda Cidade.
MESTRE ÁLVAROAssim como Cariacica, a
Serratambémelaborouumprojeto com Jaime Lernerparadarumanovacaraàci-dade e atrair mais empre-endimentos imobiliários eproporcionar a abertura denovas empresas. A propos-ta pretende levar investi-mentos para regiões poucoocupadas, como o entornodo Mestre Álvaro. A secre-tária de DesenvolvimentoUrbano, Ana Cláudia Buf-fon, as diretrizes traçadaspelo plano já têm sido ado-tadas por várias empresasdo setores imobiliários, ho-teleiros e até industriais.
DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DA SERRA
A Serra já tem projetos para o entorno da BR 101
“Meu sonho eraalugar uma loja nessecentro comercial eabrir uma pizzaria”BRUNA GOUVEIAMORADORA DE UMCONDOMÍNIO EMMANGUINHOS. NA FOTO,ELA ESTÁ AO LADO DOMARIDO, WILLIAMLEANDRO. O CASAL FAZPIZZA ARTESANAL, NACOZINHA DOAPARTAMENTO.
BERNARDO COUTINHO
Documento:AG24CA045;Página:1;Formato:(274.11 x 382.06 mm);Chapa:Composto;Data:23 de Mar de 2013 13:19:18
