Experimentos Em Controle e Automação

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Experimentos em Controle e Automação (eca): um Laboratório de Servomecanismos para Desenvolvimento de Controle e Automação. Farlen Souza Grillo [email protected] IFF Adelson Siqueira Carvalho [email protected] IFF Leandro Siqueira Glória [email protected] IFF Resumo:A proposta deste trabalho é desenvolver experimentos na área de controle e automação, que sejam semelhantes aos sistemas de controle desenvolvidos em ambiente corporativo como forma de potencializar o processo de ensino-aprendizagem nas disciplinas(controle clássico, controle digital, controle avançado, laboratório de controle e automação, dentre outras) por meio da relação entre teoria e prática, desta forma, os alunos do curso de engenharia de controle e automação do IFFluminense campus Campos-Centro podem desenvolver as competências desejadas pelas empresas. Estes experimentos, serão desenvolvidos com o auxílio de dois kits da Feedback (kit pêndulo digital e kit servo analógico e digital), pertencentes ao laboratório de automação inteligente (LAI) do Instituto. Para ilustrar os experimentos são utilizadas algumas aplicações didáticas nestes kits e os resultados são apresentados de forma gráfica. Palavras Chave: ensino-aprendizagem - kit pêndulo digital - kit servo analógico - $4 -

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Experimentos em Controle e Automao (eca):um Laboratrio de Servomecanismos paraDesenvolvimento de Controle e Automao.Farlen Souza [email protected] Siqueira [email protected] Siqueira [email protected]:Apropostadestetrabalhodesenvolverexperimentosnareadecontroleeautomao,quesejamsemelhantesaossistemasdecontroledesenvolvidosemambientecorporativocomoformadepotencializaroprocessodeensino-aprendizagemnasdisciplinas(controleclssico,controledigital,controle avanado, laboratrio de controle e automao, dentre outras) por meio da relao entre teoria eprtica, desta forma, os alunos do curso de engenharia de controle e automao do IFFluminense campusCampos-Centropodemdesenvolverascompetnciasdesejadaspelasempresas.Estesexperimentos,sero desenvolvidos com o auxlio de dois kits da Feedback (kit pndulo digital e kit servo analgico edigital),pertencentesaolaboratriodeautomaointeligente(LAI)doInstituto.Parailustrarosexperimentos so utilizadas algumas aplicaes didticas nestes kits e os resultados so apresentados deforma grfica.Palavras Chave: ensino-aprendizagem - kit pndulo digital - kit servo analgico - $4 - 1. INTRODUO Aolongodostemposohomemsemprebuscoudesenvolvernovastcnicase equipamentosquesubstitussemoseutrabalhodeformaaaumentaraseguranadeseu ambienteprofissional,obtermaiorqualidadeerapideznaproduo.Atualmenteateoriade controlesautomticos,queestcadavezmaisintegradareadacomputao,estasendo usadaparatalpropsito.Algoritmoserecursoscomputacionaisestosendoutilizadosafim de realizar os mais diversos tipos de controle. Ossistemasdecontroleautomticosoencontradosemabundnciaemsetoresda indstria,taiscomocontroledequalidadeefabricaodeprodutos,linhademontagem automtica, controle de ferramentas, tecnologia espacial (foguetes) e de armamento, sistemas de transporte, sistemas de potncia, robs e dentre outros. Segundo Schinaid et al. (2003) as recomendaes da ABET Accreditation Board for Engineering and Technology, instituio norte-americana que procura estabelecer critrios de qualidadeespecficosparacadahabilitao,oscursosdegraduaodevemestimulara capacidadeparaaplicarconhecimentodematemtica,cinciaseengenharia;projetare conduzir experimentos; analisar e interpretar resultados; projetar um sistema, componente ou processoparaatenderadeterminadosrequisitos;atuaremequipesmultidisciplinares; identificar,formulareresolverproblemasdeengenharia;podercompreenderanaturezada tica e da responsabilidade profissional; comunicar-se efetivamente (por escrito e oralmente); entenderoimpactodassoluesdaengenharianocontextosocialeambiental;buscara aprendizagempermanente,eaindausartcnicaseferramentasmodernasparaoexerccioda prtica da engenharia. Dentrodestecontexto,oprojetoprocuradesenvolvernaengenhariadecontrolee automao,aexperimentao,baseadaematividadesdelaboratrio,simulandoprocessos semelhantesaodeambientescorporativos,tantocomautilizaodokitpndulodigital quanto com o uso do kit servo analgico digital. Alm disso, motivar os estudantes do curso aoaprendizado,proporcionandoummelhorentendimentodoscontedostericosdeclasse, umavezque,haverummistoentreaparteexperimental(prtica)econceitual(terica). Conceitosabstratossoelegantesepoderosos,masoaprendizadosempremelhoradopela experimentao direta. Estetrabalhoestaorganizadodaseguinteforma:nasegundaseoapresentadoo cursodeengenhariadecontroleaautomao,suasdisciplinasbsicaseespecficas,as reas de atuao do engenheiro e as aplicaes do mesmo nessas. Na terceira seo so expostos e detalhadososkitspertencentesaolaboratrioutilizadosnoprojeto.Naquartaseoa interaodoskitscomosoftwaredesimulaoenaquintaseoalgunsexperimentos possveisnareadecontrolerealizadospormeiodosequipamentos.Jnaseoseisos resultados obtidos, e por fim, na seo sete a concluso da pesquisa. 2. ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAO O curso de engenharia de controle e automao no to antigo quanto as engenharias eltrica,mecnicaecivil,masdefundamentalimportnciaparaodesenvolvimentodeum pas,umavezque,teminflunciadiretaeimportnciacapitalempraticamentetodosos processos industriais. Paraproduziremgrandeescala,comuniformidadeecomqualidade,sonecessrias mquinasquefuncionemsobcontroleautomtico.Dessaforma,pode-sedizerquequalquer processo,sejaelepetroqumico,metalrgico,deproduodeautopeas,deexploraoou tratamento de minrios, de fabricao de cimento, de gerao, transmisso ou distribuio de energiaeltrica,deproduodealimentosoumedicamentos,etc.,temumafasede desenvolvimento realizada por engenheiros daquela rea especfica. Aps essa fase, quando o

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 20112 processovaiserefetivamenteimplementadoecolocadoemregimedeproduo,os engenheirosdecontroleeautomaoprecisamteratuaodestacada.Odesenvolvimentodo projetodasplantas,suapartidaeoperaonopodemserrealizadossemprofissionaiscom formao apurada em Engenharia de Controle e Automao. Assim,verifica-seconcretamenteumcampodeatuaomuitovastoecrescentepara essamodalidadedeengenheiro,tantonasreasindustriaisquantonasreascomerciaisede servios.Almdisso,outrosetordeatuaoencontra-senasreascientficasede desenvolvimentotecnolgico,emque,enquadram-secontribuiestericasemreasde pesquisaaindaemdesenvolvimentoeaparticipaoemequipesdeensinoepesquisas aplicadasdesdeareadesistemasbiolgicos(estudodossistemasderegulaode temperatura, presso arterial, freqncia cardaca e outros) at a rea de controle de processos industriais (novas estruturas computacionais para controle de fabricao de ao, fabricao de autopeas e outros produtos, controle de tratamento de minrios, de destilao de petrleo, de vo em aeronaves, de suspenso e de motores de automveis, etc.). Portanto, o curso de engenharia de controle e automao tem por objetivo a formao deumprofissionalaptoaatenderscrescentesevariveisdemandasimpostaspelas mudanastecnolgicas,sociaiseeconmicas,correlacionandoaessesfatoresa conscientizao com o meio ambiente e a preocupao com a segurana. 3. EQUIPAMENTOS DO LABORATRIO Os equipamentos pertencentes ao laboratrio de automao inteligente (LAI) so: o kit pndulodigitaleokitservoanalgicoedigital,ambossomdulosdidticosdaFeedback. Estes so uma combinao de componentes eletromecnicos, circuitos eletrnicos e softwares utilizados para testes dos fundamentos de controle. 3.1. PNDULO DIGITAL Figura 1: Pndulo digital (figura extrada de www.fbk.com). OkitpndulodigitaldaFeedbackcompostoporduasunidades:umaunidade mecnica(DigitalPendulumMechanicalUnit33-200),eumaunidadedecontroledigital (Digital Pendulum Controller 33-201), conforme mostrado na figura 1. Aestruturamecnica(figura2)dopndulodigitalformadaporumcodificadorde ngulo,umcodificadordeposio,umtrilho,doisinterruptoreslimitadores(umemcada extremidade do trilho), por uma correia, um motor, um carro, e o pndulo.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 20113 Figura 2: Estrutura mecnica do pndulo (manual Feedback 33-935/936-1V61). O atuador usado um motor DC, ou seja, motor de corrente contnua, pois este pode funcionarcomvelocidadeajustvelentreamploslimites,eainda,sercontroladocomalta flexibilidadeepreciso.Porpossuirtaiscaractersticas,elemuitoutilizadoemsistemas servomecnicos. Apesardepodervariaratensoemvaloresarbitrrios,convenientequeatenso mxima aplicada ao motor CC seja de 2,5V, tanto para valores positivos quanto negativos, a fim de evitar danos ao equipamento. O sensor responsvel por fazer a medio da posio do carro e da posio angular do pndulooencoder.Esteumtransdutordemovimentocapazdeconvertermovimentos lineares ou angulares em informaes eltricas, que podem ser transformadas em informaes binrias, atravs de um conversor A/D, com o objetivo de serem enviadas a um computador, e neste serem trabalhadas por um programa que converta as informaes passadas em algo que possa ser entendido como distncia, velocidade, dentre outras. O conversor A/D do kit pndulo de 11 bits, e possui um perodo de amostragem de 1ms.Oencoderdopndulorealizaaleituradaposioangularemradianoseoencoderda posio do carro faz a leitura em metros (Castro, 2008). Aps cada experimento ou mudana de potncia o carro deve ser movido para o centro do trilho antes de iniciar o prximo experimento, permitindo que o valor zero da posio seja ajustado (Feedback O sistema de pndulo digital Feedback 33-935/936-1V61). Oalgoritmodecontroledopndulodigitalimplementadoecalculadoporum computador. A informao de controle definida neste algoritmo processada, e enviada pelo computador por intermdio de um conversor D/A da placa de aquisio de dados Advantech PCI1711 para promover o acionamento do motor do kit. Amediodaposiodocarroedaposioangulardopndulofeitapelosseus respectivossensores(encoders),osquaisenviaminformaesparaoatuador,eemseguida para o computador por meio de um conversor A/D, em que executada uma comparao da aoordenadapeloalgoritmodecontrolecomasadaobtida.Afigura3demonstraesse processo de controle.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 20114 Figura 3: Viso geral do sistema de controle do kit pndulo digital (manual Feedback 33-935/936-1V61). 3.1. SERVO ANALGICO E DIGITAL Figura 4: Kit servo analgico e digital. O kit didtico da Feedback servo analgico e digital formado por trs unidades: uma unidade mecnica (Mechanical Unit 33-100), uma unidade analgica (Analogue Unit 33-110), e uma unidade digital (Digital Unit 33-120). Existe ainda uma fonte de alimentao(+15 e -15 a 1,5A e +5 e -5 a 0,5A) que fornece energia a unidade mecnica. A figura 4 acima ilustra o kit. AUM33-100(figura5)consisteemumconjuntoemformatodeplacaabertaque contm os componentes eletromecnicos do servo, e sua eletrnica de suporte.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 20115 Figura 5: Unidade mecnica. A parte eletromecnica composta de: Um motor (atuador) de corrente contnua (CC) converte energia eltrica em energia mecnica rotativa; Um tacogerador analgico (sensor) transforma energia mecnica de acionamento do mesmo em energia eltrica na forma de tenso contnua induzida em seus terminais. Esta tenso gerada proporcional a velocidade angular a qual o tacogerador submetido; Potencimetros de entrada e sada analgicos; Codificadores digitais (encoders) absolutos e incrementais de posio e velocidade; Freio magntico para inserir pertubao. Disco rotativo acoplado ao eixo do motor. A parte eletrnica compreende: O amplificador de potncia; Um gerador de baixa freqncia de ondas (senoidal, quadrada e triangular) para testes; Circuitos de leitura do codificador; Display de LCD de indicao de velocidade. A UA 33-110 (figura 6) possui circuitos eletrnicos que permitem uma grande faixa de aplicaesemservocontrole,comoapossibilidadedeimplementaodeumPIDanalgico para controle de velocidade ou de posio do motor da 33-100. Figura 6: Unidade analgica.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 20116 Esta formada por: Amplificador de erro com possibilidade de derivao usado para combinar sinais dos potencimetros para gerar o erro; Trsgeradoresdesinais(degraucomandado,triangularepulsos)comamplitude ajustvel; Comutadores de falhas permite que as falhas sejam introduzidas; PotencimetrosP1eP2oferececontroledeganhodosistemaeajustedesinaldo tacogerador; PotencimetroP3podeserconectadoemqualquerentradaparaforneceruma entrada ajustvel para o amplificador de erro; Controlador contm um amplificador operacional com redes associadas para permitir a introduo de vrios circuitos compensadores e de controle (proporcional, integral e derivativo) independentes, melhorando o desempenho de um sistema bsico; Ganhos de realimentao. AUD33-120(figura7)consisteemumaplacaabertacomcircuitosdigitaisque oferece uma interface digital entre a unidade mecnica e o computador. Figura 7: Unidade digital. Ela contm: Circuitosdosconversoresanalgico-digital(A/DouADC)edigital-analgico(D/A ou DAC) para converso dos sinais do sistema. O conversor A/D (resoluo de 8 bits e freqnciade100Hz)umdispositivoeletrnicocapazdegerarumarepresentao digitaldeumagrandezaanalgica.JoconversorD/A(resoluode8bitse freqnciade100Hz)umdispositivoeletrnicocapazdeconverterumagrandeza digital em uma representao analgica. Um banco de chaves (comutadores) para introduzir falhas; Duas chaves digitais comandadas via computador; Um canal PWM para escrita.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 20117 4. INTEGRAO DOS KITS COM O SOFTWARE DE SIMULAO OkitdigitalpnduloeokitservoanalgicodigitalutilizamosoftwareMatlabea ferramentaSimulinkparaaaquisiodosdados,tratamentodosdadoseelaboraodo sistema de controle. Aquele software um ambiente de computao tcnica de visualizao e processamento numrico de alto desempenho. Ele integra anlise numrica, clculo matricial, processamentodesinais,vriosaplicativosegrficosnumambiente,ondeproblemase solues so expressos como eles so representados matematicamente. JoSimulinkumtoolboxutilizadoparaamodelagem,simulaoeanlisede sistemasdinmicos.Porpossuirumambientegrficoquetrabalhacomoconceitode diagramadeblocosefluxosdesinalparaoprojetoesimulaodesistemasdecontrole, muito usado em engenharia de controle.importanteressaltarqueantesdosdadosseremadquiridospeloMatlab,osdois kitspossuemplacasdeaquisiodedadosespecficasinstaladasnocomputadorparaa aquisio de dados do modelo real. AlmdoSimulink,existemoutrosambientesqueauxiliamnoalgoritmodecontrole feito pelo computador, dentre eles o Realtime Workshop e o Realtime Windows Target. ORealtime Workshopgera um cdigo C para o diagrama de blocos desenvolvido no Simulink. J o compilador C compila e comunica o cdigo gerado pelo Realtime Workshop para produzirumprogramaexecutvel.Oprogramacomunica-secomaplantapormeiodo RealtimeWindowsTarget.Estesecomunicacomoprogramaexecutvelatuandono algoritmo de controle e comunica-se com a planta (modelo real) atravs da placa de aquisio dedados.Quandooprogramaestrodandoousuriopodemodificarosparmetrosno diagrama de blocos desenvolvido no Simulink, atravs do Realtime Workshop, dessa maneira alterandotambmoprogramaexecutvel,comomostraafigura8.Quandoocorreruma mudananaestrutura(modelo)dodiagramadeblocos,ouseja,acrescentandooudeletando um bloco, o programa precisa ser recompilado. Figura 8: Etapas do algoritmo de controle no Matlab (manual Feedback 33-000V61).

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 20118 5. EXPERIMENTOS POSSVEIS COM OS KITS Apesar do kit didtico pndulo digital e kit didtico servo analgico e digital poderem demonstraralgunsproblemascomplexosnotriviaisdareadecontrole,nestaseosero apresentados somente dois experimentos, um para cada kit. 5.1. PROBLEMA DO GUINDASTE (KIT PNDULO) Nopndulofoiutilizadoumexperimento(modelo)fornecidopeloprpriofabricante do equipamento. Esse tem similaridade com o problema de controle de guindastes superiores usadosnosportoseemlocaisdeconstruoparamovercargaesuprimentos.Afigura9 ilustra o mesmo construdo no Simulink para tal controle. Figura 9: Diagrama de blocos para experimento de controle de guindastes. Osblocosverdesrepresentamasentradas(posiodocarroedopndulo)easada (motorCC)dosistema,oblocovermelhodenotaosubsistemadesegurana(saturao),o bloco azul o subsistema de controle e o bloco rosa gera os grficos do modelo. Na posio inicialopnduloestpendurado(equilbrio)parabaixo.Obalanoinduzidonomesmo medida que o carro se movimenta para frentee para trs por meio do motor. Na maioria das vezes,oobjetivodestecontrolemoverocarroentreduasposiesdesejadas,torpido quanto possvel, com o mnimo de oscilao, evitando assim, que o ngulo e a velocidade do balanodopndulosetornemmuitograndesouqueaduraodobalanosejamuito prolongada. O controle do sistema feito com a utilizao do controlador PID, muito usado na rea decontroleeautomaoindustrial.Omesmonasuarepresentaomaisbsicatemaforma de: )) ( ( ) ( ) ( ) (0t edtdK d e K t e K t utd i p Ondeu(t)asadadosistemadecontroleeoerroe(t),definidocomoe(t)= valor desejado valor medido da varivel sendo controlada.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 20119 Os ganhos de controle kp, ki, kd determinam respectivamente, o peso de contribuio do erro, a integral do erro e a derivativa do erro para a sada de controle, determinando assim, arespostadosistemademalhafechadaparaascondies de entrada iniciais. No sistema de guindasteemconsideraoasvariveiscontroladaspeloPIDsoaposiodocarroeo ngulodopndulo.PararealizartalcontrolesousadosdoisPIDs(PIDduplo),um controlando o ngulo do pndulo e o outro controlando a posio do carro. As sadas dos dois controladoressoadicionadasparaproduzirovalordecontrolefinalparaoconversorD/A, tendocomoresultadootorquedomotorCC.OmodeloconstrudonoSimulinkdecontrole PID duplo proposto para o sistema pndulo-carro mostrado na figura 10. Figura 10: Diagrama de bloco do controlador PID duplo do guindaste. Tanto o controlador PID da posio do carro, quanto o controlador PID do ngulo do pndulo possuem a mesma estrutura (figura 11). A mesma possui o ganho proporcional, o ganho integrador e o ganho derivativo. Alternando os parmetros deles a sada do sistema de controle responder de outra maneira. Figura 11: Representao do controlador PID. O resultado obtido por esse experimento pode ser visualizado nos grficos da figura 12, a qual mostra a voltagem enviada pelo conversor D/A ao motor com a finalidade de controlar o seu torque, a posio atual e a desejada do carro e o desvio angular do pndulo, respectivamente.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 201110 Figura 12: Grfico do comando de voltagem enviado pelo coversor D/A, da posio atual e a desejada do carro e o desvio angular do pndulo, respectivamente. Nele, importante observar a linearidade da posio do carro, e do desvio angular do pndulo, caracterizando um bom controle do PID duplo (controladores). 5.2.CONTROLEDEVELOCIDADEDEUMMOTORDC(SERVOANALGICOE DIGITAL) No kit servo analgico e digital foi desenvolvido um controlador fuzzy por alunos do oitavoperododocursodeengenhariadecontroleeautomaocomointuitodecontrolara velocidade(RPM)domotordeCC.Osistemadecontroledevelocidadecompostopelo motor (atuador), pela planta que o disco rotativo diretamente acoplado ao eixo do motor DC, pelosensorqueotacogerador,tambmdiretamenteacopladoaoeixodoatuador,pela unidadedigitalepelocomputadorqueaondeocontroladorserdesenvolvidocoma utilizao do software Matlab, usando o ambiente FIS. Figura 13: Esquema do sistema de controle de velocidade. Acompanhando a figura 13 e considerando-se o estado inicial de repouso da planta, ao ser ligado o sistema, o motor comear a produzir um torque e conseqentemente o disco ir adquirirumavelocidadeangularw(t).Avelocidadesermedidapelosensor,queproduzir uma tenso induzida diretamente proporcional velocidade do disco. Esse sinal analgico do sensor ento convertido para um sinal digital de 8 bits, atravs do conversor A/D, e enviado ao PC que possui o controle digital configurado. O sinal digital de sada ser ento convertido paraumsinalanalgico,atravsdoconversorD/A,eaplicadoaoatuador(motorCC)para regular a velocidade do disco. Essa malha possui realimentao negativa (malha fechada).

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 201111 Afigura14abaixoilustraaligaodosfioseltricosnosbornesdeconexodos conversoresA/DeD/A,notacogeradorenopotencimetronaunidadedigitalparaa realizao do experimento de controle de velocidade. Figura 14: Esquema de ligao dos fios eltricos nos bornes de conexo da unidade digital. Antes de elaborar o controlador foi feito um teste para detectar rudo no sensor, onde foiaplicadoumvalordetensozeronaplanta,paraconstatarounoapresenadomesmo, por meio da visualizao no bloco scope (figura 15). Figura 15: Experimento para deteco do rudo do sensor. A partir do experimento anterior, foi encontrado um erro de offset mdio de -0.60131, este foi adicionado ao diagrama de blocos do controlador. Na elaborao do controlador fuzzy foi considerada a referncia em velocidade, j que estaseriaavarivelcontrolada.Pormosensorretornaosvaloresemtenso,logofoi necessrio converter esse sinal para a grandeza de velocidade. Segundo Flix (2007) o ganho dosensorcorrespondea2,5V/1000rotaesporminuto(RPM),portantofoiutilizadoum fator multiplicativo para a converso. A entrada do controlador foi o erro, e as variveis lingusticas definidas foram: muito negativo,mdionegativo,pouconegativo,zero,poucopositivo,mdiopositivo,muito positivo.Asadacomumrangede-8a8Vfoidefinidacomo:negativogrande,negativo mdio, negativo pequeno, zero, positivo pequeno, positivo mdio, positivo grande. DepoisdeconfiguradoocontroladorfoiconstrudoentoomodelonoSimulink, conforme a figura16.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 201112 Figura 16: Experimento utilizando o controlador fuzzy no sistema real.

Oresultadoobtidoapartirdosexperimentospodeserobservadonafigura17,esta mostra uma entrada configurada atravs do bloco repeating sequence, em que o mesmo define uma seqncia (setpoint) a ser controlada pelo controlador fuzzy. Figura 17: Grfico de resposta do sistema de controle a entradas variadas. Analisandoogrficopodesenotarqueocontroladorapresentouumbom desempenho,poisconseguiuregularavelocidade(RPM)para valores diferentes de setpoint, apesar de possuir picos de alta amplitude. 6. RESULTADOS Comoaidiaprincipaldoprojetorealizarexperimentosdecontrolequetenham semelhanascomosdeambientecorporativoparaproporcionarummelhoraprendizadopor partedosalunosdocursodeengenhariadecontroleeautomaodoInstitutoFederal Fluminense,umavezque,haverummistodecontedoconceitual(teoria)comatividades (prtica)delaboratrio,foielaboradoumquestionrio contendo dez afirmaes para saber a percepodecadaalunodadisciplinadecontroleavanadoarespeitodautilizaoda plataformatecnolgica(kitpndulodigitalekitservoanalgicoedigital).Osnveisde

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 201113 percepovariamdesdediscordofortementeatconcordofortemente,tendoaindaaopo neutra.Oquantitativodegraduandosqueparticiparamdapesquisanototaldevinte.As opiniesdosmesmosparacadaafirmaoforamexpressasemformadegrficos(pizza), conforme ilustrado nas figuras 18 a 27 abaixo.

Figura 18: Grfico referente 1 afirmao.Figura 19: Grfico referente 2 afirmao. Figura 22: Grfico referente 5 afirmao.Figura 23: Grfico referente 6 afirmao. Figura 20: Grfico referente 3 afirmao.Figura 21: Grfico referente 4 afirmao.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 201114 De acordo com a anlise geral dos grficos percebe-se que houve uma aceitao do uso dos kits didticos pelos alunos na maioria das afirmaes, ou seja, a idia do presente trabalho derealizarpossveisexperimentosnolaboratriodeautomaointeligente(LAI),unindoa teoria a prtica, obteve um resultado satisfatrio do ponto de vista dos alunos. 7. CONCLUSES Apartirdosresultadosespera-sequeoprocessodeensino-aprendizagemtendapara umapotencializaodosaspectostratadosnasdisciplinasdecontrole(clssico,digitale avanado,dentreoutras)docursodeengenhariadecontroleeautomao,poisocontedo visto em sala de aula (teoria) ser aplicado em laboratrio (experimentos). Noquedizrespeitoprticaprofissionalparaoengenheirodecontroleeautomao os desdobramentos deste projeto impactam diretamente no desenvolvimento de competncias, sobretudonaresoluodeproblemascujacapacidadedeabstraosejamaiselevada,ea partirdaexperinciadurantesuaformaoparaaconcepo,projeto,implementaoe operao de sistemas de controle automtico. Figura 24: Grfico referente 7 afirmao.Figura 25: Grfico referente 8 afirmao. Figura 26: Grfico referente 9 afirmao.Figura 27: Grfico referente 10 afirmao.

VIII SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia 201115 8. REFERNCIAS CASTRO, L. C. Projeto de controlador digital: Problema do guindaste utilizando o kit da FEEDBACK 33-200/33-201, 2008. Monografia (Graduao em Tecnologia em Automao Industrial) Instituto Federal Fluminense Campus Centro. Campos dos Goytacazes, RJ. FEEDBACK, Instruments Ltd. Digital Pendulum Fundamentals Trainer 33-935/936-1V61. FEEDBACK, Instruments Ltd. Analogue Servo Fundamentals Trainer 33-002. Ed.03. FEEDBACK, Instruments Ltd. Digital Servo Fundamentals Trainer 33-003 (SFT154). Ed.02. FLIX,A.N;Projetodeumcontroladordigitaldevelocidadeparamdiscorotativodiretamenteacopladoao eixo de um motor de corrente contnua (Unidades Feedback:33-100 e 33-120). Campos dos Goytacazes 2007. HTTP: www.fbk.com SCHNAID,F.,TIMM,M.I.,ZARO,M.A.Consideraessobreusodemodeloconstrutivistanoensinode Engenharia-disciplinadeprojeto,comgraduandosemestrandos.RENOTE-RevistaNovasTecnologiasna Educao, Porto Alegre: UFRGS, v. 1, n. 1, 2003. Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)