Experimentos Julgamento. Imagine uma caixa cheia de bolas, das quais 2/3 são de uma cor, e 1/3 de...
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Experimentos Julgamento
Imagine uma caixa cheia de bolas, das quais 2/3 são de uma
cor, e 1/3 de outra. Um sujeito puxou 5 bolas da caixa, e
achou 4 vermelhas e 1 branca. Outro sujeito puxou 20 bolas e
achou 12 vermelhas e 8 brancas. Qual dos dois deveria se
sentir mais confiante que a caixa tem 2/3 de bolas vermelhas
e 1/3 de bolas brancas, e não o contrário? Que chance cada
indivíduo deveria levar em conta?
Insensibilidade ao tamanho da amostra
Tversky and Kahneman (1974):
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As probabilidades corretas são 8 para 1 na amostra
4:1, e 16 para 1 para a amostra 12:8.
A maioria das pessoas reporta que há mais chance
na amostra 4:1. Eles acreditam intuitivamente que a
proporção maior expressa maior probabilidade,
negligenciando o tamanho da amostra. Em outras
pakavras: uma proporção de 4:1 é mais
representativa de alta probabilidade que 12:8.
Insensibilidade ao tamanho da amostra
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Another problem of the same kind is reported in Kahneman & Tversky
(1972).
Insensibilidade ao tamanho da amostra
Outros erros de julgamentos provocados pela heurística de
representatividade::
Insensitivity to prior probability of outcomes (Kahneman & Tversky,
1973)
Misconceptions of chance (Kahneman & Tversky, 1972)
Misconscptions of regression (Kahneman & Tversky, 1973)
Falácia da conjunção (Tversky & Kahneman, 1983)
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Falácia da conjunção
O cenário é o seguinte:
(Tversky & Kahneman, 1983)
Linda tem 31 anos, é solteira, articulada e inteligente. Na
universidade estudou filosofia. Como estudante, estava
profundamente preocupada com questões de discriminação
e justiça social, e também participou de manifestações
contra armas nucleares.
Agora ordene as 8 afirmativas que seguem da mais para a
menos provável. Para a mais provável de todos atribua 1,
para o mais provável dos restantes atribua 2, e assim por
diante, e para a afirmativa menos provável atribua 8.
Falácia da conjunção
Linda é professora em uma escola primária.
Linda trabalha numa livraria e faz aulas de ioga.
Linda é ativa no movimento feminista.
Linda é uma assistente social em psiquiatria.
Linda é integrante da Liga das Mulheres Votantes.
Linda é caixa de banco.
Linda é vendedora de seguros.
Linda é caixa de banco e é ativa no movimento feminista.
(1 = mais provável; 8 = menos provável)
Como se pode ver, a probabilidade conjunta de que linda é caixa de banco E ativa no movimento feminista é necessariamente menor ou igual à probabilidade de Linda ser caixa de Banco.
Violando a regra da conjunção, 85% dos participantes no estudo de Tversky and Kahneman‘s ordenaram „Linda é caixa de banco e é ativa no movimento feminista“ como mais provável que „Linda é caixa de banco“.
Falácia da conjunção
Linda é caixa de banco e é ativa no movimento
feminista
Linda é caixade banco
Linda é ativa no
movimento feminista
Os autores explicaram que esta violação da regra em termos da
heurística de representatividade.
Explicações alternativas:
Equívocos lingüísticos (Morrier & Borgida, 1984);
Interpretações freqüentistas (Fiedler, 1988);
Aplicação da regra de probabilidade errada (Wolford et al., 1990);
Modelos mentais (Johnson-Laird et al., 1999).
Falácia da conjunção
Bowers et al. (1990):
O que é intuição?
Oxford English Dictionary:
„A apreensão imediata de um objeto pela
mente sem a intervenção de nenhum processo
de raciocínio.“
Julgamentos intuitivos
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Julgamentos intuitivos
Esta apreensão imediata vem de uma organização não-
consciente de conteúdos que resulta em compreensão
consciente.
As pessoas experimentam essa compreensão
freqüentemente como um insight repentino (Metcalfe &
Wiebe, 1987).
Em contraste com o uso comum, a psicologia científica
não assume que decisões intuitivas são necessariamente
acuradas. © POSbase 2003
Bowers et al. (1990) mostraram aos
participantes pares de imagens. Ambas
continham os mesmos fragmentos, mas os
fragmentos de uma das imagens mostravam
um objeto real, enquanto os da outra não o
faziam.
Julgamentos intuitivos
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Serão mostrados 3 pares de figuras por 10 segundos cada. A tarefa é descobrir qual objeto uma das figuras está mostrando. Se não for possível achar que objeto é mostrado, adivinha-se qual das figuras mostra um objeto real.
Julgamentos intuitivos
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Julgamentos intuitivos
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Julgamentos intuitivos
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Julgamentos intuitivos
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Os participantes reconheceram o objeto real em
aproximadamente um terço das figuras. Esses
pares foram excluídos das análises.
Dos demais pares de figuras não-reconhecidas, os
chutes dos participantes sobre qual figura era um
objeto real estavam corretos em aproximadamente
60%.
Julgamentos intuitivos
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Julgamentos intuitivos
Os autores concluíram que as pessoas tinham
conhecimento intuitivo para reeolver esta tarefa.
Tal conhecimento estava disponível já em um
estágio inicial do processo de julgamento, antes
que eles tivessem como reconhecer as figuras.
A solução completa „emerge“ instantaneamente.
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Efeito da falsa fama
Jacoby et al. (1989):
Como as pessoas se tornam famosas?
A pesquisa sobre mecanismos de memória implícita
(Claparède, 1911) sugere que a mera exposição a
nomes de pessoas pode torná-las famosas. Esses
nomes ficam familiares, e se não conseguimos
atribuir esta familiaridade a o fato de ter lido o nome
de uma pessoa desconhecida, podemos atribuir
fama por familiaridade.
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Numa fase de exposição, somente nomes não-
famosos eram apresentados, tais como:
Sebastian Weisdorf
Valerie Marsh
Adrian Marr
Estes nomes eram apresentados uma ou quatro
vezes.
O experimento:
Efeito da falsa fama
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Os participantes tinham que julgar se um nome era famoso ou
não.
• Um grupo fazia o teste imediatamente após a exposição
• Outro grupo fazia o teste um dia depois da exposição
Os participantes eram informados de que alguns nomes
apresentados durante a exposição não eram famosos.
Efeito da falsa famaDurante o teste, mostrava-se aos participantes nomes famosos
e não-famosos.
Os nomes não-famosos eram apresentados nunca (nomes
novos), uma vez ou quatro vezes; os nomes famosos eram
sempre novos (no experimento).
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• Se o teste é imediato à exposição, os participantes lembrarão os nomes apresentados relativamente bem. Portanto, eles julgam novos nomes como mais famosos do que velhos nomes que eles sabem que não sdão famosos.
• Se o teste ocorre um dia após a exposição, os participantes lembrarão pouco dos nomes apresentados, mas os nomes parecerão familiares em comparação com nomes novos; mais ainda, nomes apresentados uma vez serão menos lembrados que nomes apresentados quatro vezes. Portanto, eles julgam nomes apresentados uma vez como sendo mais famosos do que nomes nunca apresentados ou apresentados quatro vezes.
Efeito da falsa fama
Se os julgamentos de fama são devidos a má-atribuição de
familiaridade, os seguintes achados são esperados:
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0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Immediately One day
Famous
New
1 x
4 xNot famous}
Efeito da falsa fama
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Conclusão:
Se os participantes não podiam conscientemente lembrar o nome de uma
pessoa, eles atribuíam a familiaridade devida à exposição aos nomes à
fama avaliada. Este era o caso quando os nomes eram apresentados
uma vez e o teste acontecia após um intervalo.
Efeito da falsa fama
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Falsa verdadeBrown and Nix (1996):
A pesquisa tem indicado que a exposição repetida a afirmações
aumenta a atribuição de veracidade, tanto de afirmativas
verdadeiras quanto falsas (Hasher et al., 1977).
Brown e Nix (1996) procuraram por um efeito de exposição
repetida quando os participantes recebem feedback sobre qual
afirmativa está certa e qual está errada.
Mais, eles testaram os participantes em 2 tempos diferentes: No
período mais longo, as pessoas poderiam ainda sentir que uma
afirmativa era familiar, sem saber qual era verdadeira e qual era
falsa. © POSbase 2003
Falsa verdadeOs autores apresentaram 60 afirmativas: metade verdadeiras e
metade falsas.
Após a exposição, deu-se aos participantes feedback sobre a
veracidade de cada afirmativa.
O teste aconteceu após uma semana para metade dos
participantes e após um mês para os outros.
Os participantes tinham que avaliar a veracidade das afirmativas
numa escala de 1 (definitivamente falsa) a 6 (definitivamente
verdadeira). © POSbase 2003
Falsa verdade
-0,5
-0,25
0
0,25
0,5
0,75
1
Tru
th J
udgm
ents
: D
iffer
ence
to B
asel
ine
One Week One Month
Delay
True
False
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Após uma semana de intervalo, os participantes conseguiam
distinguir entre afirmativas falsas e verdadeiras. Após um mês,
contudo, o impacto do feedback havia desaparecido, mas as
afirmações antigas pareciam familiares, não importando se eram
corretas ou não, e foram avaliadas como sendo mais verdadeiras
que afirmações novas.
Outras pesquisas demonstraram que a fluência de
processamento, ou seja, a facilidade com que as afirmações
podem ser processadas, influencia julgamentos de verdade: maior
facilidade provoca preferência e afeto positivo (Begg et al., 1992;
Reber & Schwarz, 1999).
Falsa verdade
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Falsa verdadeThe false truth-effect is related to other phenomena, such as:
Illusions of familiarity (Jacoby & Whitehouse, 1989; Whittlesea, 1993)
Judgments of time (Witherspoon & Allan, 1985)
Affective preference (Kunst-Wilson & Zajonc, 1980)
False fame (Jacoby et al., 1989)
Performance judgments (Kelley & Jacoby, 1996)
Metacognitive judgments (Begg et al., 1989)
Unintended plagiarism (Brown & Murphy, 1989; Marsh et al., 1997)
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Leia cuidadosamente os seguintes nomes:
John Lennon, Regula Meredith, George Bush, Woody Allen,
Lara Holmes, Steven Spielberg, Anne Chirac, Helen Myers,
Louis Armstrong, Elvis Presley, Elisabeth Dole, Lea Wright,
Lory Hansen, Vivien Cosby, Leigh Ann Donovan , Kathy
Lee, David Beckham, Charlie Chaplin, Tony Blair
DisponibilidadeTversky and Kahneman (1973):
A lista continha mais nomes de homens ou de mulheres?
Decidiu? Então veja:
Havia 9 homens e 10 mulheres.
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Duas variáveis dependentes:
Evocação livre dos nomes
Estimativa de se havia mais nomes de homens ou
mulheres
DisponibilidadeOs autores apresentaram uma lista gravada com 39 nomes.
Condição 1:
19 nomes de homens famosos e 20 de mulheres menos famosas
Condição 2:
19 nomes de mulheres famosas e 20 de homens menos famosos
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Entre os 99 participantes que compararam a freqüência de
homens e mulheres nas listas, 80 acreditaram
erroneamente que a classe consistindo de nomes mais
famosos era mais freqüente.
Ambas as diferenças foram significativas
DisponibilidadeResultados:
Dos 86 participantes na condição de evocação, 57
lembraram mais nomes famosos que menos-famosos, e
apenas 13 lembraram menos nomes famosos do que
menos-famosos.
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A heurística de disponibilidade é uma daquelas propostaspelos
autores, junto com a heurística de representatividade e a
heurística de ancoragem e ajustamento.
DisponibilidadeOs autores concluiram que as pessoas usam a heurística de
disponibilidade:
Nomes famosos vinham à mente com mais facilidade; assim,
os participantes superestimaram a classe consistindo em
nomes mais famosos.
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Você receberá diversas letras do alfabeto, e será pedido que julgue se
essas letras aparecem mais freqüentemente na primeira ou na terceira
posição, e que estime a proporção da freqüência com que aparecem
nessas duas posições (Tversky & Kahneman, 1973, p. 211f).
Apresentou-se as letras K, L, N, R, e V, todas elas ocorrendomais
freqüentemente na terceira que na primeira posição em palavras da
língua inglesa.
DisponibilidadeEm outro experimento clássico que testa a heurística de
disponibilidade, Tversky and Kahneman (1973) pediram aos
participantes que julgassem freqüência de letras:
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DisponibilidadeDuas variáveis dependentes:
Decisão se uma certa letra é mais provável de aparecer na primeira
ou na terceira posição.
Estimativa da proporção desses 2 valores, ou seja, R’s na 1ª posição
dividido por R’s na 3ª posição.
Resultados:
105 dos 152 participantes julgaram a primeira posição como mais provável
para a maioria das letras.
Cada uma das 5 letras foi julgada como mais freqüente na 1ª do que na 3ª
posição, com uma proporção média de cerca de 2:1, apesar do fato de que
todas letras eram mais freqüentes na 3ª posição.
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DisponibilidadeComo é mais fácil evocar letras na 1ª posição do que na 3ª, os
autores procuram explicar a preferência pela primeira posição através
da heurística de disponibilidade. É mais fácil lembrar palavras que
começam com uma letra do que palavras com tal letra na 3ª posição.
Detalhe importante: disponibilidade é facilidade de evocação, mas não deve
ser confundida com quantidade de evocação (Schwarz et al.,1991).
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DisponibilidadeOutras aplicações da heurística de disponibilidade na literatura:
Estimativas de freqüência de eventos letais (Lichtenstein et al., 1978)
Estimativas da distância temporal entre eventos (Brown et al., 1985)
Geração espontânea de números (Kubovy, 1977)
Formação de estereótipos (Rothbart et al., 1978)
Peso da evidência (Reyes et al., 1980)
Tipificação sexual (Bem, 1981)
Otimismo não-realista (Weinstein, 1980)
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