EXPLORAÇÃO NEUROLÓGICA

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PODOLOGIA GERAL I ___________________ ANA AZEVEDO EXPLORAÇÃO NEUROLÓGICA Dermatoma Zona da pele enervada por um, e só um determinado nervo espinal, distribu região específica do corpo, enervando a pele dessa zona. Tendo como ponto de referência a rótula ao nível da perna e pé os dermato localizados da seguinte forma: Traçar uma lina pelo meio da tíbia até aos maléolos. !os maléolos vamos dividir o pé em duas linas tendo como ponto de refe " tendão do e#tensor do $% dedo. " tendão do e#tensor do &% dedo. 'btendo: L4 – metade medial da face anterior da perna e bordo medial do pé. L5 – metade lateral da face anterior da perna e bordo lateral do pé. S1 – metade lateral da face posterior da perna e dorso do pé. S – metade medial da face posterior da perna. (través dos dermatomas é possível avaliar as diferentes !ro"a# $e #e%#&'&(&$a$e !a)&e%te )om o# o(*o# +e)*a$o#, Se%#&'&(&$a$e t-)t&(. passar um algodão pelos diferentes dermatomas, per paciente se sente ou não. A re#!o#ta o't&$a / )(a##&+&)a$a )omo. - !ormal. - (nestesia ) ausência de sensibilidade. - *ipoestesia ) diminuição da sensibilidade. - *iperestesia ) sensibilidade aumentada. - +arestesia ) uando o paciente não consegue e#plicar o ue sente. 1

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EXPLORAO NEUROLGICA

PODOLOGIA GERAL I

___________________ ANA AZEVEDO

EXPLORAO NEUROLGICADermatoma

Zona da pele enervada por um, e s um determinado nervo espinal, distribudo por uma regio especfica do corpo, enervando a pele dessa zona.

Tendo como ponto de referncia a rtula ao nvel da perna e p os dermatomas esto localizados da seguinte forma:

( Traar uma linha pelo meio da tbia at aos malolos.

( Nos malolos vamos dividir o p em duas linhas tendo como ponto de referncia:

- tendo do extensor do 1 dedo.

- tendo do extensor do 5 dedo.

Obtendo:

L4 metade medial da face anterior da perna e bordo medial do p.

L5 metade lateral da face anterior da perna e bordo lateral do p.

S1 metade lateral da face posterior da perna e dorso do p.

S2 metade medial da face posterior da perna.

Atravs dos dermatomas possvel avaliar as diferentes provas de sensibilidade paciente com os olhos fechados.

Sensibilidade tctil: passar um algodo pelos diferentes dermatomas, perguntando ao paciente se sente ou no.

A resposta obtida classificada como: Normal.

Anestesia ausncia de sensibilidade.

Hipoestesia diminuio da sensibilidade.

Hiperestesia sensibilidade aumentada.

Parestesia quando o paciente no consegue explicar o que sente. Sensibilidade dolorosa: com dois objectos diferentes, um pontiagudo e outro de superfcie mais lisa, vamos tocar alternadamente nos diferentes dermatomas perguntando se pica ou toca.

A resposta obtida classificada como:

Normoalgesia normal.

Analgesia ausncia total de dor.

Hipoalgesia baixa sensibilidade dor.

Hiperalgesia alta sensibilidade dor.

Paralgesia quando o paciente no sabe o tipo de dor que sente, (picadela ou golpe).

Sensibilidade diferencial: usando dois objectos pontiagudos vamos tocar em dois pontos diferentes, perguntando ao paciente se sente um ou dois objectos a tocar, aproximando sempre a distncia entre os 2 pontos, vamos quantificar a distncia existente entre ambos quando o paciente referir que s sente um objecto a tocar.

Sensibilidade trmica: com dois tubos de ensaio, um com gua fria e outro com gua quente verificar se o paciente faz a distino da temperatura.

A resposta obtida classificada como: Normotermoestesia normal.

Termoanestesia sem sensibilidade trmica.

Termohipoestesia diminuda.

Hipertermoestesia aumentada.

Reflexos profundos ou tendinosos:

- Reflexo rotuliano:

Nvel neurolgico correspondente L3 e L4

Posio do paciente sedestao ou decbito dorsal, com os joelhos flectidos.

Zona de avaliao - tendo infra-rotuliano.

Resposta positiva - contraco do quadricipede com extenso da perna.

- Reflexo aquiliano:

Nvel neurolgico correspondente S1

Posio do paciente sedestao.

Resposta positiva contraco do triceps sural, com flexo plantar do p.

Reflexos superficiais:

- Reflexo cutneo plantar:

Nvel neurolgico correspondente S1 e S2

Posio do paciente decbito dorsal ou em sedestao.

Manobra passar com um objecto rombudo pela zona plantar do p, desde o calcanhar, zona externa do p e zona metatarsal.

Reposta normal Flexo dos dedos do p Babinsky negativo.

Resposta anormal extenso do 1 dedo e abduo dos restantes Babinsky positivo, normal no beb at aos 3 meses de idade.

Manobras alternativas relacionadas com o reflexo cutneo plantar, usados como exame complementar de diagnstico.

- Manobra de Schaeffer: beliscar o tendo de Aquiles at encontrar dor, podendo aparecer o sinal de Babinsky.

- Manobra de Oppenheim: frico lenta e forte da crista anterior da tbia em sentido prximo distal, podendo-se observar o sinal de Babinsky.

- Manobra de Gordon: presso sobre os msculos da parte posterior da perna, podendo tambm aparecer um Babinsky.

- Manobra de Chaddock: friccionar o malolo externo, pode-se ter um Babinsky.

Provas realizadas com o paciente em bipedestao e com os olhos fechados

- Prova de coordenao motora: 1- o paciente tem de chegar com o dedo

indicador ao nariz.

2- o paciente tem de chegar com o

calcanhar ao joelho oposto.

- Provas de equilbrio: pedir ao paciente para fechar os olhos e abrir os

braos, tentando manter o equilbrio.

- Prova esteriognoscpica: reconhecimento de objectos de uso dirio com os

olhos fechados.

PARMETROS DE AVALIAO PODOLGICA EM

BIPEDESTAO ESTTICA

A avaliao feita com o paciente no podoscpio, com as mos colocadas ao longo do corpo.

Viso posterior:

Observar:

- Inclinao da cabea direita/esquerda

- Anlise de possveis desnivelaes ao nvel dos ombros.

- Visualizao do alinhamento das omoplatas.

- Pregas supra-ilacas.

- Avaliao do alinhamento da pelve utilizao do pelvmetro colocado sobre as espinhas ilacas ntero-superiores.

- Pregas subglteas.

- Alinhamento das fossas poplteas.

- Alteraes femuro-tibiais.

- Desvio do calcanhar utilizao da rgua de Perthes medindo sobre a linha de Helbing, anteriormente desenhada e, para confirmao, colocar a rgua junto ao malolo externo:

- Se o bordo do calcanhar e o malolo externo tocarem ambos na rgua calcanhar neutro.

- Se o bordo do calcanhar tocar na rgua e o malolo externo no calcanhar valgo- Se o bordo do calcanhar no tocar na rgua e o malolo externo tocar calcanhar varo.- Avaliao da pegada plantar.

Avaliao anterior:

- Inclinao da cabea direita/esquerda

- Assimetria das clavculas.

- Alinhamento peitoral.

- Equidistncia do umbigo crista ilaca.

- Posio das rtulas divergentes/convergentes/neutras

- Possveis tores da pina malolar.

Viso lateral:

- Inclinao da cabea frente/trs

- Avaliao de cifoses e lordoses

- Avaliao de genu flexus e recurvatum.

Deformaes da coluna:

Escoliose: Desvio lateral da coluna vertebral, podendo existir ou no,

rotao dos corpos vertebrais.

Cifose: Transtorno antero-posterior da coluna, havendo um aumento da

concavidade anterior.

Lordose: Transtorno antero-posterior da coluna, com um aumento da

curvatura fisiolgica lombar.

Formas de avaliao das alteraes da coluna vertebral:

Viso posterior:

Colocar o fio de prumo a nvel da 7 vrtebra cervical, (mais proeminente).

O fio tem que coincidir com a linha inter-gltea desvio de 1-1,5cm escoliose.

Viso lateral:

Colocar o fio de prumo a nvel do osso occipital.

O fio tem que se afastar da regio cervical e lombar pelo menos 3cm e contactar com a regio torcica e sagrada.

Formas de avaliao de heterometrias

- Paciente em decbito dorsal, medir com uma fita mtrica desde a espinha

ilaca ntero-superior at zona mdia do malolo tibial da mesma extremidade medio real.

- Paciente em decbito dorsal, medir com uma fita mtrica desde o umbigo at zona mdia do malolo tibial da mesma extremidade medio irreal.

Alteraes biomecanicas associadas existncia de uma dismetria

- O p da extremidade mais longa tem tendncia a pronar, e o da extremidade mais curta tem tendncia a supinar.

- A pelve do lado da extremidade mais longa mais alta; a cabea e a coluna inclinam-se para o lado da extremidade mais longa, o ombro e a omoplata esto mais baixos.

O brao do lado da extremidade mais longa afasta-se do corpo e vice-versa.

AVALIAO DA MARCHA

Existem duas fases do ciclo normal da marcha:

Fase postural quando o p est apoiado no solo.

Fase de oscilao quando o p se desloca para a frente.

FASE POSTURAL

1 duplo apoio - 1 apoio bilateral:

Choque do calcanhar.0 - 15% do total da marcha.

1 apoio unilateral:

Apoio do p plano no solo.

15 40% da fase da marcha.

2 duplo apoio:

Despegue do calcanhar.40 50% do ciclo da marcha.

Ainda no 2 duplo apoio:

Levantamento dos dedos do p impulso.

50 60% do ciclo da marcha.

FASE DE OSCILAO

2 apoio unilateral:

Avano do membro inferior oscilante acelerao.

Flexo rpida do joelho e dorsiflexo do tornozelo.

60 75% do ciclo da marcha.

Ainda no 2 apoio unilateral:

Oscilao intermdia.

75 100% do ciclo da marcha.

FUNO DOS ARCOS EM DINMICA

Arco Interno ( Funo mvel e amortecedora.

( Est a cerca de 15 a 18mm do solo.

( Sustentado pela fscia plantar, tibial posterior e adutor do 1 dedo.

Arco Externo

( Funo de suporte ou apoio.

( Est a cerca de 3 a 5mm do solo.

( Sustentado pelo pernio lateral longo e curto, adutor do 5 dedo e

ligamento calcneo plantarObservao Da Marcha

Plano sagital:

( Posio da cabea inclinada para a frente ou para trs

( Movimentos de flexo/extenso dos joelhos e ps.

( Oscilaes movimentos dos braos.

( Lordoses/escolioses.

Plano Frontal:

( Posio da cabea esquerda/direita

( Desnivelamento dos ombros.

( basculaes plvicas.

Plano Horizontal:

( Rotaes laterais e mediais, relativamente pelve e ombros. Avaliao Da Pegada Plantar Em Bipedestao Dinmica

1. Choque do calcanhar

Observar como apoia o calcanhar em dinmica

varo ou valgo

2. Apoio total do p

Observar se o p apoia em pronao ou supinao.

3. Despegue do p

Observar com que dedo ou dedos realizado o despegue do p.

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