Exportações brasileiras de celulose e papel caem quase 21% em fevereiro de 2020 … · 2020. 3....
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1 INFORMATIVO Setor Florestal Nº 218 Fevereiro 2020 Exportações brasileiras de celulose e papel caem quase 21% em fevereiro de 2020 em relação ao mês anterior
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INFORMATIVO
Setor FlorestalNº 218
Fevereiro
2020
Exportações brasileiras de celulose e papel
caem quase 21% em fevereiro de 2020 em
relação ao mês anterior
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Número 218 | Fevereiro de 2020
INTRODUÇÃO
Este boletim traz informações sobre
preços máximos vigentes para produtos
madeireiros em São Paulo e no Pará desde
setembro de 2019. Como há muitos
produtores que deixaram de vender algumas
categorias de produtos, os preços médios e
mínimos dos produtos aqui tratados serão
divulgados nos próximos boletins.
Houve no Estado de São Paulo em
fevereiro de 2020, quando comparado a
janeiro de 2020, várias variações positivas e
algumas negativas nas cotações em reais
dentre as madeiras in natura e
semiprocessadas de essências exóticas e
nativas comercializadas no Estado de São
Paulo. Essas alterações ocorreram
principalmente nos preços máximos do st em
pé para lenha e do metro do eucalipto tipo
viga.
Em São Paulo ocorreram, no mês de
fevereiro de 2020, algumas altas de preços
máximos no metro cúbico de pranchas de
essenciais nativas. No Pará, no mesmo
período, não ocorreram alterações nos preços
máximos do metro cúbico dessas pranchas e
nem nos preços do metro cúbico de toras de
essências nativas.
O preço médio lista em dólar da
tonelada de celulose de fibra curta tipo seca
no mercado doméstico em março de 2020 não
apresentou alterações ao valor vigente no mês
anterior. Também, no mesmo período, os
preços em reais do papel offset em bobina
não indicaram variações, permanecendo no
valor de R$ 4.113,27 por tonelada.
O valor total em dólar das exportações
brasileiras de produtos florestais apresentou
redução de 15,03% no mês de fevereiro em
comparação ao mês de janeiro 2020. Essa
queda foi, principalmente, devido à redução de
20,9% no valor exportado de celulose e papel.
O valor das exportações de madeiras e de
painéis de madeira apresentou aumento de
5,2% no período acima mencionado.
EXPEDIENTE
ELABORAÇÃOCentro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-
Esalq/USP) – Economia Florestal
SUPERVISÃOProf. Dr. Carlos José Caetano Bacha
DOUTORANDA EM ECONOMIA APLICADAMariza de Almeida
EQUIPE DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃOCarolina Olivieri Travaglini
Francisco Napolitano Viotto
João Vitor de Souza Raimundo
Matheus William Colombo Andrade
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pode ser reproduzida ou transmitida sob nenhuma forma ou
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Retransmissão por fax, e-mail ou outros meios, os quais resultem
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EM ECONOMIA APLICADAAvenida Pádua Dias, 11 – 13400-970 – Piracicaba-SP
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www.cepea.esalq.usp
E-mail: [email protected]
Açaí ou Açaizeiro é uma árvore de
origem amazônica com cerca de 20 a 25 m de
altura. Suas folhas se distribuem em coroas,
cuja haste de sustentação mede cerca de 20 a
50 cm. Suas flores são pequenas e se reúnem
em cachos de 35 a 70 cm. O fruto, o açaí, é
redondo, de 1-2 cm de diâmetro, liso, de
casca roxo-escura ou verde na maturação.
Sua semente é sólida e oleaginosa e é
encontrada no interior da polpa dos frutos.
A floração desta árvore ocorre o ano
todo, principalmente nos meses de setembro a
janeiro, período também em que os frutos
amadurecem com mais intensidade.
A árvore como um todo é utilizada para
paisagismo. Sua madeira, mole, que se racha
com facilidade e é de baixa durabilidade, é
localmente usada em construções rústicas.
Seu fruto é amplamente utilizado na culinária
nacional, por conta de seu sabor e seus
valores nutricionais. Pode ser servido com
frutos do mar, como sobremesa, além de ser
usado na fabricação de “vinho do açaí”.
Fonte: Elaborado com base no site do programa “Um Pé de Quê?”.
ESPÉCIE
Açaí (Euterpe oleraceae Mart.)
Número 218 | Fevereiro de 2020
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MERCADO INTERNO – ESTADO DE SP
As coletas de preços de
madeiras in natura e semiprocessadas
de eucalipto e de pinus bem como dos
preços de pranchas de
essências nativas para o Estado de
São Paulo abrangem as regiões de
Bauru, Campinas, Itapeva, Marília e
Sorocaba.
Entre as madeiras in natura
houve apenas a alta de 10,5% no
preço máximo do metro estéreo de
lenha de eucalipto em pé na fazenda
na Região de Itapeva no mês de
fevereiro em relação a janeiro.
Nesse período se destacam as
variações significativas de preços dos
produtos semiprocessados de pinus e
de eucalipto. O preço máximo do metro
cúbico da prancha de eucalipto na
região de Bauru apresentou variação
negativa de 20,99%. De outro lado, os
preços máximos do metro cúbico do
sarrafo e da prancha de pinus na
região de Campinas apresentaram
variações positivas de 11,1% e 6,3%,
respectivamente. Em Bauru houve
apenas alta do preço do máximo do
metro cúbico da prancha de pinus, de
1,4%.
Dentre as pranchas de madeiras
nativas comercializadas em São Paulo
há algumas variações nos seus preços
máximos. Para a região de Bauru, o
preço do m3 das pranchas de peroba
aumentou em 5,1%. Já, para a região
de Campinas, o preço do m3 das
pranchas de angelim pedra aumentou
de 2,4% e o preço do m3 das pranchas
de cumaru elevou-se em 5,13% em
relação ao mês de janeiro de 2020.
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Fonte: CEPEA
Gráfico 1 - Preço máximo do metro cúbico da prancha de Eucalipto –
Bauru/SP
Gráfico 2 - Preço máximo do metro cúbico da prancha de Cumaru –
Campinas/SP
Fonte: CEPEA
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20
R$/m
³
3700
3800
3900
4000
4100
4200
4300
set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20
R$/m
³
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MERCADO INTERNO – ESTADO DO PARÁ
Fonte: CEPEA
Gráfico 3 - Preço máximo do metro cúbico da prancha de Ipê -
Paragominas/PA
Fonte: CEPEA
Gráfico 4 - Preço máximo do metro cúbico da tora de Cumaru -
Paragominas/PA
No Estado do Pará, ao se comparar o mês de fevereiro de 2020 com o de
janeiro de 2020, pode-se observar que não houve variações nos preços
máximos do metro cúbico de toras e nos preços do metro cúbico das pranchas
de essências nativas.
4350
4400
4450
4500
4550
4600
4650
4700
4750
4800
4850
set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20
R$/m
³
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20
R$/m
³
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MERCADO DOMÉSTICO
PAPEL E CELULOSE
Tabela 5 – Preços médios no atacado da tonelada de celulose e papel em São Paulo em
Fevereiro e Março de 2020
Fonte: CEPEA. Nota: os preços acima incluem frete e impostos e são para pagamento a vista. Preço lista para a
celulose e preço com desconto para os papéis.
A = papel com gramatura igual ou superior a 70 g/m²
No mês de março de 2020, o preço médio da tonelada de celulose
de fibra curta tipo seca vendida no mercado doméstico permaneceu
constante em relação ao mês de Fevereiro. Na Tabela 5 pode-se visualizar
que o preço médio da tonelada de celulose de fibra curta em março de
2020 foi de US$ 680,00.
O preço médio em reais da tonelada do papel offset em bobina não
apresentou alterações, ou seja, no mês de março de 2020 o valor foi de
R$ 4.113,27.
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MERCADO EXTERNO
PRODUTOS FLORESTAIS
Tabela 6 – Exportações brasileiras de produtos florestais manufaturados de Novembro/2019,
Dezembro/2019 e Janeiro/2020
Fonte: SECEX/MDIC - Balança Comercial Brasileira.
As exportações brasileiras de
produtos florestais (madeiras, papéis
e celulose) totalizaram US$ 779,6
milhões no mês de fevereiro de 2020.
Quando comparadas em relação às
exportações dos mesmos produtos
em janeiro de 2020 (exportação de
US$ 917,5 milhões), percebe-se
redução de 15,03%.
Tal redução foi devida,
principalmente, à queda de 20,90%
no valor exportado de celulose e de
papel. Foram exportados de US$
710,94 milhões desses produtos no
mês de janeiro de 2020 e US$
562,316 milhões em fevereiro do
mesmo ano.
Com relação ao valor exportado
de madeiras e painéis de madeira, no
mês de fevereiro de 2020 houve
aumento de 5,2% em relação ao mês
anterior. As exportações de madeiras
e de painéis de madeira foram de
US$ 206,56 milhões no mês de
janeiro de 2020 e de US$ 217,280
milhões no mês de fevereiro de 2020.
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NOTÍCIAS
DESEMPENHO DO SETOR FLORESTAL
No ano de 2019, as exportações do Setor Florestal brasileiro
atingem U$9,7 bilhões
Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), as exportações
do setor florestal brasileiro foram de cerca de US$ 9,8 bilhões no ano
de 2019. Desse total, US$ 7,5 bilhões equivalem somente à
exportação de celulose, enquanto as exportações de papel
corresponderam a US$ 2 bilhões e as de painéis de madeira, US$
265 milhões. O saldo da balança comercial do setor atingiu 8,7
bilhões.
A China destacou-se como o maior comprador de celulose
(US$3,2 bilhões) enquanto a América Latina é o principal mercado
onde se destinaram a madeira e o papel brasileiros, respectivamente
US$164 milhões e US$1,2 bilhões.
Segundo Paulo Hartung, presidente da Ibá, o papel embalagem
e o papel cartão tiveram sua demanda aumentada, mostrando uma
alternativa frente às embalagens de origem fóssil. De acordo com
Hartung, a revolução verde traz uma perspectiva otimista para o setor,
o que está atraindo cada vez mais investimentos.
Fonte: Retirado de PerfilNews. Industria & Comercio. Celulose. Disponível em:
<https://www.perfilnews.com.br/setor-florestal-atinge-us-97-bilhoes-em-exportacoes-no-ano-de-2019/>.
Acesso em: 28 de Fevereiro de 2020.
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NOTÍCIAS
POLÍTICA FLORESTAL
Medida Provisória que altera Lei Ambiental
Foi editada, pelo presidente Jair Bolsonaro, uma Medida Provisória
(MP) que modifica a Lei Ambiental de 2012. Esta MP foi publicada em
14 de fevereiro, em edição extraordinária do Diário Oficial da União. As
alterações na medida provisória indicam que não há mais um prazo
para que os proprietários de terra façam o Cadastro Ambiental Rural
(CAR).
O Código Florestal estabelece a obrigatoriedade do CAR para
todos os proprietários de terra do país, e tinha como data limite para a
regularização do mesmo o dia 31 de dezembro de 2017. A MP editada
pelo Planalto não extinguiu a obrigatoriedade do cadastro, porém
extinguiu o prazo estabelecido anteriormente para a regularização do
mesmo. Com esta medida, os proprietários que não tenham realizado
devidamente o CAR não podem ser multados, conforme ocorria até
então.
Outro aspecto bastante importante que esta medida acarreta é o
fato de que produtores que não estejam com o CAR em dia passam a
poder obter financiamento – uma das principais sanções previstas
anteriormente.
Esta mudança agradou entidades representantes do agronegócio,
mas também preocupa ambientalistas, que temem que uma
flexibilização das sanções estimule o não cumprimento da legislação
ambiental no país.
Fonte: Retirado de Veja. Após caducar no Senado, governo edita nova MP que altera Lei Ambiental.
Disponível em: <https://veja.abril.com.br/politica/apos-caducar-no-senado-governo-edita-nova-mp-que-
altera-lei-ambiental/>.
Acesso em: 4 de Maio de 2020.
Número 218 | Fevereiro de 2020
