Exposição 02 redes de atenção a saúde

60
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Coordenação de Urgência e Emergência Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

Transcript of Exposição 02 redes de atenção a saúde

Page 1: Exposição 02 redes de atenção a saúde

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

Coordenação de Urgência e Emergência

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

Page 2: Exposição 02 redes de atenção a saúde

Exposição Dialogada II

AS CONDIÇÕES DE SAÚDE

Page 3: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A TIPOLOGIA TRADICIONAL DE DOENÇAS

Doenças transmissíveis

Doenças não transmissíveis

(Mendes, 2009)

Page 4: Exposição 02 redes de atenção a saúde

O CONCEITO DE CONDIÇÃO DE SAÚDE

As condições de saúde são as circunstâncias na saúde das pessoas que se apresentam de forma mais ou menos persistente e que

exigem respostas sociais reativas ou proativas, eventuais ou contínuas e fragmentadas ou

integradas dos sistemas de atenção à saúde. FONTE: PORTER E TEISBERG (2007); MENDES

(2009FONTE: PORTER E TEISBERG (2007); MENDES (2009)

FONTE: PORTER E TEISBERG (2007); MENDES (2009)

Page 5: Exposição 02 redes de atenção a saúde

UMA NOVA TIPOLOGIA PARA A ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

As condições agudas

As condições crônicas

Os eventos agudos

Page 6: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS FUNDAMENTAÇÕES DA TIPOLOGIA DE CONDIÇÕES DE SAÚDE

O FOCO:

Condições de saúde e doenças

O TEMPO DE DURAÇÃO:

Breve ou longo

A FORMA DE RESPOSTA DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE:

Episódica e reativa ou contínua e proativa

O CENTRO DA ATENÇÃO À SAÚDE:

A queixa principal ou o plano de cuidado

O GRAU DE PREVISIBILIDADE:

Atenção não programada ou atenção programada

O MODO DE ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE:

Fragmentação ou integração

FONTE: MENDES (2009)

Page 7: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS DIFERENÇAS ENTRE AS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS

VARIÁVEL CONDIÇÃO AGUDA CONDIÇÃO CRÔNICA

INÍCIO Rápido Gradual

CAUSA Usualmente única Usualmente múltiplas causas

DURAÇÃO Curta Indefinida

DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO Comumente acurados Usualmente incertos

TESTES DIAGNÓSTICOS Frequentemente decisivos Freqüentemente de valor

limitado

RESULTADO Em geral, cura Em geral, cuidado sem cura

PAPEL DOS PROFISSIONAIS Selecionar e prescrever o

tratamento

Educar e fazer parceria com

as pessoas usuárias

NATUREZA DAS INTERVENÇÕES Centrada no cuidado

profissional

Centrada no cuidado

multiprofissional e no

autocuidado

CONHECIMENTO E AÇÃO

CLÍNICA

Concetrados no profissional

médico

Compartilhados pela equipe

multiprofissional e as pessoas

usuárias

PAPEL DA PESSOA USUÁRIA Seguir as prescrições

Co-responsabilizar-se por sua

saúde em parceria com a

equipe de saúde

SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE Reativo e fragmentado Proativo e integrado

Page 8: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS CONDIÇÕES AGUDAS

As condições agudas, em geral, são manifestações

de doenças transmissíveis de curso curto, como

dengue e gripe, ou de doenças infecciosas,

também de curso curto, como apendicite, ou de

causas externas, como os traumas

Page 9: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS CONDIÇÕES CRÔNICAS

As doenças crônicas: doenças cardiovasculares, cânceres, diabetes, doenças respiratórias crônicas e outras

As doenças transmissíveis de curso longo: hanseníase, tuberculose, hiv/aids

As condições maternas e perinatais

A manutenção da saúde por ciclos de vida : puericultura, herbicultura, acompanhamento das pessoas idosas

Os distúrbios mentais de longo prazo

As deficiências físicas e estruturais contínuas: amputações e deficiências motoras persistentes

As doenças bucais

( MENDES, 2009)

Page 10: Exposição 02 redes de atenção a saúde

OS EVENTOS AGUDOS

São manifestações exuberantes, de ordem objetiva ou subjetiva, de uma

condição de saúde.

As condições agudas manifestam-se, em geral, por eventos agudos.

As condições crônicas, em certas circunstâncias, podem se manifestar sob

a forma de eventos agudos: as agudizações das condições crônicas.

FONTE: MENDES (2009)

( Mendes, 2009)

Page 11: Exposição 02 redes de atenção a saúde

OS EVENTOS AGUDOS NO REINO UNIDO

30% decorrentes de condições agudas

70% decorrentes de agudizações de condições

crônicas

FONTE: SINGH (2005

Page 12: Exposição 02 redes de atenção a saúde

OS EVENTOS AGUDOS DECORRENTES DE CONDIÇÕES CRÔNICAS NA KAISER PERMANENTE

As agudizações de condições crônicas, em geral, são

consideradas como eventos sentinelas que apontam para

falhas sistêmicas da atenção à saúde

Como tal, devem ser analisadas e devem gerar medidas de

correção no sistema de atenção à saúde, especialmente na

atenção primária à saúde

As taxas de internações por agudizações de condições

crônicas são 1/3 na Kaiser Permanente em relação ao Serviço

Nacional de Saúde do Reino Unido

FONTE: HAM(2007); PORTER & KELLOGG (2008)

Page 13: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO REINO UNIDO

• 80% dos atendimentos na Atenção Primária à Saúde são por condições crônicas

FONTE: SINGH (2005); SINGH 7 HAM (2006)

Page 14: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS FORMAS DE RESPOSTAS DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE ÀS CONDIÇÕES DE SAÚDE

As condições e eventos agudos:

• A REDE DE ATENÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

As condições crônicas:

• As REDES DE ATENÇÃO às CONDIÇÕES CRÔNICAS

FONTE: MENDES (2009)

Page 15: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A SITUAÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL

Page 16: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL

A transição demográfica

A mortalidade

A morbidade

Os fatores de risco

A carga de doenças

Page 17: Exposição 02 redes de atenção a saúde

FONTE: IBGE (2004)

A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

9% da população idosa BRASIL 2005 a 2030

15% da população idosa

20 MILHÕES MAIS DE 40 MILHÕES

1980 1990 2000

2005 2010 2020 2030

Page 18: Exposição 02 redes de atenção a saúde

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

Minas Gerais - Proporção de pessoas que declararam

ter doença crônica por sexo e grupo de idade, 2003

28,94

14,94 14,19

10,78

22,03

41,20

62, 11

12,40 11,36 13,15

30,03

54,48

75,05

83,82

74,79

37,07

0,0

Total 0 a 4 5 a 13 14 a 19 20 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais

GRUPO DE IDADE (em anos)

Homens

Mulheres

%

FONTE: PNAD/IBGE (2003)

Page 19: Exposição 02 redes de atenção a saúde
Page 20: Exposição 02 redes de atenção a saúde

CAUSA DE INTERNAÇÃO %

Parto Normal 13,5

Pneumonia 6,9

Parto Cesáreo 4,9

Enteroinfecção 3,1

Insuficiência cardíaca 2,9

Curetagem pós-aborto 2,1

Doença pulmonar obstrutiva crônica 1,5

Acidente vascular-cerebral 1,5

Crise asmática 1,5

Hernorrafia inguinal 1,3

Crise hipertensiva 1,3

Pielonefrite 1,2

Diabetes 1,0

AS PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERNAÇÕES NO SUS EM VALORES PORCENTUAIS, BRASIL, 2005.

FONTE: MENDES (2009)

Page 21: Exposição 02 redes de atenção a saúde

FATOR DE RISCO %

Tabagismo 18,8

Excesso de peso 44,3

Consumo inadequado de frutas e hortaliças 56,9

Atividade física insuficiente 89,5

Consumo abusivo de álcool 12,0

Hipertensão arterial 21,4

PORCENTUAL DE ADULTOS COM FATORES DE RISCO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

VIGITEL - 2006

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2007)

Page 22: Exposição 02 redes de atenção a saúde

CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA PERDIDOS

AJUSTADOS POR INCAPACIDADE (AVAI´S),

BRASIL, 1998

DOENÇA OU CONDIÇÃO AVAI´s POR MIL

HABITANTES %

Infecciosas, parasitárias e desnutrição 34 14,8

Causas externas 19 10,2

Condições maternas e perinatais 21 8,8

Doenças não transmissíveis 124 66,2

TOTAL 232 100

FONTE: SCHRAMM et alii (2004)

Page 23: Exposição 02 redes de atenção a saúde

TAXA DE YLL POR MACRORREGIÃO DE

SAÚDE E POR GRUPO DE CAUSA

MINAS GERAIS, 2004 - 2006

Page 24: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS

Uma agenda não concluída de infecções, desnutrição e

problemas de saúde reprodutiva

O desafio das doenças crônicas e de seus fatores de risco,

como tabagismo, sobrepeso, inatividade física, uso excessivo

de álcool e outras drogas e alimentação inadequada

O forte crescimento da violência e das causas externas

FONTE: FRENK (2006)

Page 25: Exposição 02 redes de atenção a saúde

TIPO DE GASTO VALOR EM R$ %

Gasto ambulatorial 3.824.175.399 35,0

Gasto hospitalar 3.738.515.448 34,2

Gasto total com doenças crônicas 7.562.690.848 69,2

Gasto total hospitalar e ambulatorial 10.938.741.553 100,0

ESTIMATIVA DE GASTOS HOSPITALARES E AMBULATORIAIS DO SUS COM DOENÇAS CRÔNICAS ,

2002

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2005)

Page 26: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A EPIDEMIA OCULTA:

POR QUÊ?

Page 27: Exposição 02 redes de atenção a saúde

UMA QUESTÃO

A forma vigente de organização dos SUS dá conta de

responder com efetividade, eficiência e equidade à situação

de saúde brasileira de tripla carga de doença?

Page 28: Exposição 02 redes de atenção a saúde

OS SISTEMAS DE

ATENÇÃO À SAÚDE

Page 29: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Os sistemas fragmentados de atenção à saúde

As redes de atenção à saúde

FONTE: MENDES (2009)

Page 30: Exposição 02 redes de atenção a saúde

O PRINCIPAL PROBLEMA DO SUS

FONTE: MENDES (2009)

A incoerência entre uma situação de saúde de tripla carga de

doenças, com predominância relativa das condições crônicas,

e um sistema fragmentado de saúde, voltado principalmente

para as condições agudas.

Page 31: Exposição 02 redes de atenção a saúde

O CONCEITO DE

SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

FONTE: WORLD HEALTH ORGANIZATION (2000); MENDES (2002)

Os Sistemas de Atenção à Saúde são respostas sociais,

organizadas deliberadamente, para responder às necessidades

de saúde das populações, em determinada sociedade e em certo

tempo.

Page 32: Exposição 02 redes de atenção a saúde

OS OBJETIVOS DOS

SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

FONTES: WORLD HEALTH ORGANIZATION (2000); INSTITUTE OF MEDICINE (2001)

O alcance de um nível ótimo de saúde, distribuído de forma equitativa.

A garantia de uma proteção adequada dos riscos para todos os cidadãos.

O acolhimento humanizado de todos os cidadãos.

A garantia da provisão de serviços efetivos, oportunos e de qualidade.

A garantia da prestação de serviços com eficiência.

Page 33: Exposição 02 redes de atenção a saúde

SEPARAÇÃO DE FUNÇÕES

PRIVATIZAÇÃO

NOVOS ARRANJOS ORGANIZATIVOS

DESCENTRALIZAÇÃO

NOVOS MODELOS DE FINANCIAMENTO

AS REFORMAS DO SETOR SAÚDE NOS ANOS 90

FONTE: CERCONE (2007)

Page 34: Exposição 02 redes de atenção a saúde

POR QUE O FRACASSO?

FONTES: CERCONE (2008); MENDES (2009)

Porque essas reformas não geraram valor para as pessoas

que utilizam os sistemas de atenção à saúde.

Page 35: Exposição 02 redes de atenção a saúde

SISTEMA FRAGMENTADO DE ATENÇÃO

À SAÚDE

Organizado por componentes isolados

Organizado por níveis hierárquicos

Orientado para a atenção a condições agudas

Voltado para indivíduos

O sujeito é o paciente

Reativo

Ênfase nas ações curativas

Cuidado profissional

Planejamento da oferta

Financiamento por procedimentos

Page 36: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A FRAGMENTAÇÃO NO SUS

A pequena diversidade dos pontos de atenção

à saúde.

A precariedade da função de coordenação da

Atenção Primária à Saúde comunicando os

diferentes pontos de atenção à saúde.

A atenção isolada nos pontos de atenção sem

visão sistêmica, gerando pouco valor para os

usuários em termos de uma condição de

saúde.

Page 37: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A CONCEPÇÃO

HIERÁRQUICA DO SUS

ALTA

COMPLEXIDADE

MÉDIA

COMPLEXIDADE

ATENÇÃO

BÁSICA

Page 38: Exposição 02 redes de atenção a saúde

O SISTEMA FRAGMENTADO DE

ATENÇÃO À SAÚDE

A lógica da atenção às condições agudas

Sistema hospitalocêntrico ou agudocêntrico?

Page 39: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A LÓGICA DA ATENÇÃO ÀS

CONDIÇÕES AGUDAS

TEMPO

FONTE: ADAPTADO DE EDWARDS,HENSHER & WERNEKE ( 1999)

ATENÇÃO

HOSPITALAR

ATENÇÃO

AMBULATORIAL

DE PRONTO

ATENDIMENTO

ATENÇÃO

PRIMÁRIA

A

B

INTERNAÇÃO HOSPITALAR

SEVERIDADE DA

DOENÇA

UPA AMBULATORIAL

Page 40: Exposição 02 redes de atenção a saúde

OS RESULTADOS DO SISTEMA

FRAGMENTADO DE ATENÇÃO À SAÚDE

NO DIABETES NOS ESTADOS UNIDOS

O gasto com diabetes supera 100 bilhões de dólares por ano.

O manejo inadequado do diabetes leva a 145 mil mortes prematuras por ano e a 1 milhão de incapacitados totais.

58% dos portadores de diabetes desenvolvem doenças cardiovasculares.

35% dos portadores de diabetes desenvolvem nefropatias

O diabetes é a 1ª causa de amputação

Page 41: Exposição 02 redes de atenção a saúde

• O restabelecimento da coerência entre a situação de saúde e um sistema integrado de saúde, voltado equilibradamente, para a atenção às condições agudas e crônicas, o que exige a implantação das Redes de Atenção à Saúde.

A SOLUÇÃO DO PRINCIPAL PROBLEMA DO SUS

Page 42: Exposição 02 redes de atenção a saúde

DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS PARA AS

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

SISTEMA FRAGMENTADO

E HIERARQUIZADO

REDES POLIÁRQUICAS

DE ATENÇÃO À SAÚDE

APS

AC

APS

MC

Page 43: Exposição 02 redes de atenção a saúde

O CONCEITO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

• As Redes de Atenção à Saúde são organizações

poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permite ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde - prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa e de forma humanizada -, e com responsabilidades sanitária e econômica por esta população.

Page 44: Exposição 02 redes de atenção a saúde

Missão e objetivos comuns

Ação cooperativa e interdependente

Responsável por uma população definida

Articulada em territórios sanitários

Organizada de forma poliárquica

Organizada por um contínuo de atenção: primária, secundária e terciária

Organizada de forma integral: ações de promoção da saúde e de

prevenção, cura, cuidado, reabilitação ou paliação das doenças

Coordenada pela Atenção Primária à Saúde

Orientada para a atenção às condições agudas e crônicas

Focada no ciclo completo da atenção a uma condição de saúde

AS CARACTERÍSTICAS DAS REDES DE

ATENÇÃO À SAÚDE

Page 45: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS

FRAGMENTADOS E AS REDES DE ATENÇÃO À

SAÚDE

SISTEMA FRAGMENTADO REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

Organizado por componentes isolados Organizado por um contínuo de atenção

Organizado por níveis hierárquicos Organizado por uma rede poliárquica

Orientado para a atenção a condições

agudas

Orientado para a atenção a condições

crônicas e agudas

Voltado para indivíduos Voltado para uma população

O sujeito é o paciente O sujeito é agente de saúde

Reativo Proativo

Ênfase nas ações curativas Atenção Integral

Cuidado profissional Cuidado multiprofissional

Planejamento da oferta Planejamento da demanda

Financiamento por procedimentos Financiamento por capitação

Page 46: Exposição 02 redes de atenção a saúde

OS ELEMENTOS DAS

REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

UMA POPULAÇÃO:

A população adscrita à rede de atenção à saúde

UMA ESTRUTURA OPERACIONAL:

Os componentes da rede de atenção à saúde

UM MODELO LÓGICO:

O modelo de atenção à saúde

Page 47: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

A Atenção Primária à Saúde

Os Pontos de Atenção Secundária e Terciária

Os Sistemas de Apoio

Os Sistemas Logísticos

O Sistema de Governança

Page 48: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

TRANSPORTE EM SAÚDE

INFORMAÇÃO EM SAÚDE

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

APOIO DIAGNÓSTICO

CARTÃO DE

IDENTIFICAÇÃO

DO USUÁRIO

PRONTUÁRIO

CLÍNICO

ACESSO

REGULADO

RT 2 RT 1 RT n RT 3

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

PO

NT

OS

DE

AT

EN

ÇÃ

O À

SA

ÚD

E

SE

CU

ND

ÁR

IOS

E T

ER

CIÁ

RIO

S

PO

NT

OS

DE

AT

EN

ÇÃ

O À

SA

ÚD

E

SE

CU

ND

ÁR

IOS

E T

ER

CIÁ

RIO

S

PO

NT

OS

DE

AT

EN

ÇÃ

O À

SA

ÚD

E

SE

CU

ND

ÁR

IOS

E T

ER

CIÁ

RIO

S

PO

NT

OS

DE

AT

EN

ÇÃ

O À

SA

ÚD

E

SE

CU

ND

ÁR

IOS

E T

ER

CIÁ

RIO

S

SIS

TE

MA

S

DE

AP

OIO

SIS

TE

MA

S

LO

GÍS

TIC

OS

Page 49: Exposição 02 redes de atenção a saúde

GOVERNANÇA CIB Micro e

Macrorregional

Page 50: Exposição 02 redes de atenção a saúde

O CONCEITO DE MODELO DE

ATENÇÃO À SAÚDE

• O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico que organiza o funcionamento das Redes de Atenção à Saúde, articulando, de forma singular, as relações entre os componentes da rede e as intervenções sanitárias, definido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográfica e epidemiológica e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade.

Page 51: Exposição 02 redes de atenção a saúde

OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAUDE

Os modelos de atenção às condições agudas

Os modelos de atenção às condições crônica

Page 52: Exposição 02 redes de atenção a saúde

RESULTADOS DA IMPLANTAÇÃO DE REDES

DE ATENÇÃO AO DIABETES NOS ESTADOS

UNIDOS

Redução de 50% nas amputações de

extremidades

Redução de 50% nas doenças renais graves

Redução de 60% nas cegueiras por

retinopatias

Redução de 40% nos dias perdidos de trabalho

Page 53: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS EVIDÊNCIAS SOBRE AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

Melhoram a qualidade dos serviços

Produzem melhores resultados sanitários

Reduzem os custos dos sistemas de atenção à

saúde

Aumentam a satisfação das pessoas usuárias

FONTES: WEINGARTEN ET AL. (1985); OSMAN et al (1996); McCULLOCH et al (1998); BING et al (1998);

REUBEN et al (1999); WAGNER et al (1999); MALCOM et al (2000); SIMON et al (2001); WAGNER et al

(2001); DOUGHTY et al (2002); FEACHAM et al (2002); UNUTZER et al (2002); GILBODY et al (2003); HAM

et al (2003); POLONSKY et al (2003); KATON et al (2004); SMITH et al (2004); VETTER et al (2004); SING

(2005); SING & HAM (2006).

Page 54: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS FORMAS DE RESPOSTAS DOS SISTEMAS

DE ATENÇÃO À SAÚDE ÀS CONDIÇÕES DE

SAÚDE Respostas sociais às condições e eventos agudos:

• A Rede de Urgência e Emergência com foco na atenção

não programada

Respostas sociais às condições crônicas:

• As Redes de Atenção às Condições Crônicas com foco

relativo na atenção programada

Page 55: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A ATENÇÃO NÃO PROGRAMADA

• A atenção não programada centra-se na queixa principal e caracteriza-se pela falta de informações estruturadas sobre as necessidades das pessoas usuárias, pelas diferentes expectativas de profissionais de saúde e pessoas usuárias e pela impossibilidade da equipe de saúde planejar totalmente o atendimento.

FONTE: IMPROVING CHRONIC ILLNESS CARE (2008)

Page 56: Exposição 02 redes de atenção a saúde

A ATENÇÃO PROGRAMADA

A atenção programada é agendada previamente, faz-se com o foco na elaboração e monitoramento do plano de cuidado realizado colaborativamente pela pessoa usuária e a equipe de saúde e desenvolve-se sem o “barulho” do evento agudo.

FONTE: BODENHEIMER & GRUMBACH (2007)

Page 57: Exposição 02 redes de atenção a saúde

APS

ESTRUTURA

OPERACIONAL DAS

REDES DE ATENÇÃO ÀS

CONDIÇÕES CRÔNICAS

ESTRUTURA OPERACIONAL DA

REDE DE ATENÇÃO ÀS

CONDIÇÕES AGUDAS

FONTE: MENDES (2009)

Page 58: Exposição 02 redes de atenção a saúde

AS RELAÇÕES ENTRE ATENÇÃO PROGRAMADA E NÃO PROGRAMADA

Sempre haverá os dois tipos de atenção

No Reino Unido 70% das atenções não programadas são agudizações de condições crônicas

Na Kaiser Permanente um único caso de atenção não programada por agudização de condição crônica é tratado como evento sentinela

As taxas de internações por agudizações de condições crônicas são 1/3 na Kaiser Permanente em relação ao Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido

A introdução do modelo de atenção às condições crônicas reduz significamente as atenções não programadas

Em casos de insuficiência cardíaca o modelo de atenção às condições crônicas reduz as internações não programadas em 50 a 85%

A forma mais efetiva de reduzir a atenção não programada é por meio de uma atenção primária de qualidade

Page 59: Exposição 02 redes de atenção a saúde

DUAS REFLEXÕES • “O paradigma da condição aguda predominante é um

anacronismo. Ele foi elaborado na noção do século XIX da doença como uma ruptura no estado normal, produzida por um agente externo ou trauma. Neste modelo, a atenção às

condições agudas é o que importa. O problema é que a epidemiologia contemporânea mostra que a situação

prevalecente é dominada pelas condições crônicas, tanto em temos de custos, quanto dos impactos na saúde”.

FONTE: KANE (2003)

“Agora mais que nunca”. WORLD HEALTH ORGANIZATION (2008)

Page 60: Exposição 02 redes de atenção a saúde

OBRIGADO!

[email protected]