Exposição e Fotometria - Como Fazer

33
FOTOGRAFIA BÁSICA: EQUIPAMENTOS GRAPHOS – LABORATÓRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM JORNALISMO GRÁFICO FOTOMETRIA E EXPOSIÇÃO

description

Documento sintético sobre fotografia e os modos de captura de luz.

Transcript of Exposição e Fotometria - Como Fazer

  • FOTOGRAFIA BSICA: EQUIPAMENTOS

    GRAPHOS LABORATRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM JORNALISMO GRFICO

    FOTOMETRIA E EXPOSIO

  • Controles bsicos da cmera

    OBTURADOR Tempo de exposio velocidade de disparo AFETA O MOVIMENTO DA CENA

    DIAFRAGMA Furo por onde a luz penetra na cmera AFETA A PROFUNDIDADE DE CAMPO

  • O OBTURADOR: TEMPO OU VELOCIDADE DE

    DISPARO

    GRAPHOS LABORATRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM JORNALISMO GRFICO

  • Velocidade

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    A Velocidade do disparo tambm responsvel pela quanVdade de luz que incide no sensor, mas diferentemente da Abertura do diafragma, que est na lente, esta se encontra na cmera e trabalha como se fossem as corVnas de um teatro. atravs do tempo de exposio que ela controla a luz que incide no sensor. Portanto, quanto mais rpido for o disparo, ou seja, quanto mais rpido as corVnas se abrem e se fecham, menos luz aVnge o sensor e quanto mais lento o disparo, maior o tempo em que o sensor fica exposto luz. Alm de controlar a exposio para uma imagem bem iluminada a velocidade responsvel tambm por outras caractersVcas preocupantes na fotografia, como os rastros de luz, os tremidos e os congelamentos. Estas caractersVcas, se bem uVlizadas, podem criar imagens magnficas, prazerosas, impactantes, velozes, arasVcas, etc., como tambm podem destruir toda a sua imagem. Nada pode ser considerado um erro se no soubermos a inteno da foto e isso somente o autor o sabe e pode explicar.

  • Velocidade

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    Geralmente todas as cmeras possuem sua menor velocidade de disparo em 30s (30 segundos) e alm deste tempo denominado o modo BULB, onde voc pode manter pressionado o boto disparador por horas! H tambm um limite de velocidade de disparo e este vai depender da cmera. Geralmente este tempo mnimo fica entre 1/4000s e 1/8000s dependendo da cmera. Quando fotografamos com velocidades muito baixas (1/20s ou menos), mesmo estando parados, segurando a cmera com firmeza, comum a imagem no ficar to nVda, pois qualquer movimento provoca pequenos tremidos na imagem. Para possibilitar fotografias com velocidades muito baixas extremamente importante o uso de um bom trip, pois ele que far com que a cmera permanea realmente imvel e no provoque tremidos ou rastros na imagem.

  • Velocidade

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    Quando fotografamos com velocidades muito altas (1/500 ou mais) comum congelarmos a cena, ou seja, um esguicho dgua registrado com as gotas paradas, um pneu de um carro em movimento aparece como se o carro esVvesse parado. Aqui no h chance para rastros ou tremidos, porm, a imagem fica muito estVca e dependendo do propsito da imagem isso pode ser ruim. H vrias tcnicas que brincam com este valor em parVcular de modo a provocar efeitos realmente interessantes nas imagens, como o Panning, Light PainVng, Congelamento e o Time Lapse. Todos eles apenas controlando o melhor tempo de exposio para determinado Vpo de cena ou ao a ser fotografada. Outra caractersVca interessante sobre a Velocidade de disparo sua sincronizao com o Flash da cmera. Hoje em dia esta sincronizao est entre 1/200s e 1/250s, embora possa-se uVlizar com um maior tempo de exposio (controlado pela cmera) ou at com tempos menores, como 1/800, 1/1600, mas j so caractersVcas dos flashes realizarem ou no este sincronismo, bem como dos disparadores remotos se esVverem sendo uVlizados. Mais adiante abordaremos melhor estas possibilidades.

  • REGRA DA EXPOSIO F/16

    GRAPHOS LABORATRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM JORNALISMO GRFICO

  • REGRA DA EXPOSIO F/16

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    Esta uma regra fundamental na fotografia. Se no for a mais importante, em termos gerais, no conheo outra ainda. Mas no que consiste esta regra? A regra do f16 consiste na padronizao de que, em um dia ensolarado, ao meio dia, se sua cmera esVver com a abertura fixada em f16 o ISO ser igual velocidade que deve ser usada e vice versa. Exemplo: f16 ISO 100 velocidade 1/100 f16 ISO 400 velocidade 1/400 f16 ISO 1600 velocidade 1/1600 Agora voc deve estar se perguntando: Mas era s isso? Esta a grande regra da fotografia? Sim, ela mesma. Mas no acaba por aqui.

  • REGRA DA EXPOSIO F/16

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    H somente duas excees a esta regra, que so: 1 Quando voc est fotografando na neve, na praia ou na gua, por causa da luz refleVda na superwcie esta regra da abertura f16 se torna a regra de f22, tambm seguindo os mesmos padres de ISO = velocidade, por isso se altera a abertura nestas situaes. 2 Quando o dia no est ensolarado ela tambm no se aplicar, visto que a luz que incide nos objetos ou superwcie no ser a mesma. Porm, esta regra que cria a base para uVlizao de outras regras, como demonstra a tabela abaixo. Neve, areia e gua f22 Dia ensolarado f16 Ligeiramente nublado f11 Nublado f8 Nuvens de chuva f5.6 Sombra/Pr do sol f4 Nestas situaes, se manVdo as respecVvas aberturas, o ISO recproco velocidade. Outra informao importante que esta regra s se aplica a arquivos em JPG. Porque?

  • REGRA DA EXPOSIO F/16

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    Porque a norma 2720:1974 da padronizao do ISO que determina como sua cmera medir a exposio da luz. J a traduo desta medio feita pelo medidor em brilho atravs do sensor de imagem da cmera padronizada pela norma 1232:2006. Estas padronizaes do ISO (InternaVonal Standards for OrganizaVon) devem ser capazes de serem observadas pelos usurios dos equipamentos e como os arquivos RAW (crus) possuem caractersVcas diferentes na construo da imagem (CR2 na Canon, NEF na Nikon, etc.), na revelao que se encontra a padronizao efeVva, ou seja, quando ela vira JPEG. Essas padronizaes so importantes ao passo que as diferenciaes ocorrem justamente na interpretao dos sinais e na escrita dos mesmos. no formato JPEG que se encontra a padronizao de cores RGB, por exemplo. Outro fator interessante atrelado ao formato JPEG que a Especificao de Sada Padro (SOS) determina que o brilho mdio de uma imagem de sada deve ser de 18%. (AnVgamente exisVa um Carto Cinza 18%)? E saber, por exemplo, que uma cmera que grava as imagens em formato TIFF possui o brilho mdio de sada de 12,7%, ou seja, meio ponto de exposio a menos (foto mais escura).

  • REGRA DA EXPOSIO F/16

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    Portanto, se est fotografando em RAW, saiba que podem haver alteraes nos resultados de cmera para cmera, mesmo as do mesmo fabricante, pois a captura da imagem atravs dos arquivos RAW podem ser melhoradas com a tecnologia, desde que, ao serem reveladas as imagens sigam a padronizao internacional (ISO) para que possamos ter a certeza visual do que est acontecendo com nossa imagem/arquivo. Com o tempo e muita prVca voc acabar se acostumando a esses valores e passar a acertar mais rpido, se no de primeira, uma exposio correta em vrias situaes. E isto se torna necessrio ao passo em que nosso equipamento pode estar configurado de vrias maneiras, de forma a conseguir medies de luz diferentes dependendo da forma de medio escolhida. Sua cmera tambm pode confundir as coisas como no exemplo da neve, areia e gua, que refletem a luz e faz aumentar a incidncia de luz na medio.

  • A EXPOSIO

    GRAPHOS LABORATRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM JORNALISMO GRFICO

  • Exposio

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    a adequao da luz no registro da imagem. Trabalha-se a exposio uVlizando os 4 elementos bsicos da fotografia, que so a Abertura, Velocidade, ISO e Luz. Uma imagem pode ser considerada, em termos de exposio, de trs formas:

    Sub-exposta Menos iluminada que o ideal Superexposta Mais iluminada que o ideal Equilibrada Com iluminao adequada

    preciso porm, reforar aqui de que no so todos os casos em que a subexposio ou a superexposio caracterizar um erro na fotografia, pois pode-se conseguir vrios efeitos e intenses em uma imagem trabalhando-se a exposio. Por um moVvo didVco ns vamos apenas considerar exposio equilibrada como sendo a adequada.

  • Exposio

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    Alm da cena em si na imagem preciso observar o moVvo ou outros elementos que estejam includos na mesma para se pensar na exposio. Por exemplo, se o fundo (uma parede branca) est superexposto e a pessoa que est sendo fotografada ainda esVver mais escura, preciso aumentar a exposio, pois o moVvo principal no seria a parede mas sim a pessoa e a exposio deve estar corretamente balanceada de acordo com o moVvo principal da cena. Se a cena pode ser trabalhada em termos de luz j outra histria, mas princpio o mais importante o moVvo principal da foto.

  • E como controlamos a Exposio?

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    Veremos agora o Tringulo da Exposio. Este tringulo formado pela Abertura, Velocidade e o ISO. So eles os ajustes responsveis por balancear a luz que o sensor receber. Fotografando em uma rea aberta, objetos brancos ou bem claros e reluzentes, com o sol bem forte, teremos muita luz, portanto, podemos usar um ISO baixo (ISO 100, por exemplo), uma abertura menor como f9, f11 e uma velocidade maior como 1/500. Se fssemos fotografar noite teramos que aumentar o ISO (ISO 1600), uma velocidade menor como 1/80 e uma abertura maior como f3.5, f2.8, etc. Tudo para fazer com que a exposio fique adequada de acordo com a luz que h na cena.

  • E como controlamos a Exposio?

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    Para facilitar este balanceamento temos algumas dicas: Primeiro escolha o ISO a ser trabalhado com a cena em questo. Depois voc pode escolher um dos modos de prioridade na cmera: TV ou S (respecVvamente Canon = Time Value / Nikon = Speed) que ter como prioridade a Velocidade do disparo, ou seja, voc escolhe a velocidade e a cmera determina qual a abertura adequada para uma correta exposio. Ou ao contrrio, voc pode usar o modo AV ou A (respecVvamente Canon = Aperture Value / Nikon = Aperture), onde voc controlar a abertura e a cmera determinar a velocidade adequada para uma correta exposio. Para ter total controle sobre todos os valores preciso colocar no modo M de Manual. Aqui voc controla a Velocidade e a Abertura individualmente, seguindo o mostrador da cmera que indicar se a cena se encontra sub-exposta, superexposta ou equilibrada.

  • E como controlamos a Exposio?

    GRAPHOS LABO

    RATRIO

    DE ESTUDO

    S E PESQUISAS EM

    JORN

    ALISMO GRFICO

    Mas voc s usar estes dois controles apenas quando o ISO j esVver determinado, pois voc pode pr-determinar a Velocidade e a Abertura para uma determinada cena e ajustar o ISO para que a imagem fique equilibrada. No se costuma fazer isso pelo fato de querermos sempre a melhor imagem possvel, ento, mesmo que voc tenha que alterar o ISO, conVnue nos modos M, TV ou S e AV ou A, assim ter certeza de que as fotos sairo com a mesma qualidade em relao ao ISO. Sendo assim, se voc deseja fotografar algo com a velocidade baixa, dever diminuir o ISO e/ou a Abertura. Se deseja congelar uma imagem ter que aumentar a Velocidade e, por consequncia, aumentar a Abertura e/ou o ISO para equilibrar. Faa os testes e fotografe em vrios locais. Na sombra, debaixo do sol, dentro de casa, noite, etc. Ter vrias situaes para treinar estes ajustes. VER: hp://www.canonoutsideofauto.ca/

  • PRIORIZANDO A VELOCIDADE DO OBTURADOR

    GRAPHOS LABORATRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM JORNALISMO GRFICO

  • PRIORIZANDO A ABERTURA