Expressionismo

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Expressionismo Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo IV Professora Viviane Marques

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Material didático criado pela arquiteta e professora Viviane Marques Terence para a aula de História da Arquitetura Moderna

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Expressionismo

Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo IV

Professora Viviane Marques

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HistóriaHistória• Europa - fim do século XIX:

– Berlim vai se transformar numa grande cidade muito tardiamente, somente ao final desse século.

– Passa a ser a capital da Alemanha recém-unificada pelo chanceler Bismark, ao final da guerra franco-prussiana (1871).

• 1868: – Muros medievais finalmente postos abaixo .– Período de intensa urbanização e modernização. – Incorporou territórios vizinhos, subúrbios e arredores.– Atrai uma massa de imigrantes sobretudo das áreas rurais.– Em pouco tempo tornou-se uma metrópole industrial menor apenas que

Londres.– Sua população, que em 1867 não passava dos 700 mil habitantes, chega a

impressionantes 4 milhões em 1913. • Entre 1875 e 1914:

– “Período de ouro”, beneficiado pelos reparos de guerra por parte da França derrotada.

– Possibilitam crescimento da renda nacional e um intenso desenvolvimento .

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HistóriaHistória• A rápida urbanização da cidade:

– Contrastava as áreas nobres e de classe média, entremeadas de parques e servidas de toda a infra-estrutura e benfeitorias que a modernização possibilitava,

– Vida da imensa maioria da população nos “Mietkaserne”, apartamentos de um quarto e cozinha, com banheiro comum, sem gás para aquecimento ou luz elétrica, de densa concentração habitacional.

– O operariado inicia um processo de organização e politização sob a liderança do Partido Socialista , se fazendo ouvir nas suas manifestações e associações, conquistando garantias como aposentadoria, seguro de invalidez, delimitação da jornada de trabalho.

– Os operários, em 1907, chegam a representar 44,3% da população. – Reconhecendo o peso social e político dessa classe (organizações sindicais e

partidos), as elites desde então se empenharam na sua incorporação ao “Estado alemão” por meio do incentivo aos sentimentos nacionalistas, persuadindo-a que ela era, antes de tudo, parte do Reich .

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HistóriaHistória• Classe operária:

– Busca de uma revolução, – Abortada sob a liderança da social-democracia, que controla a massa

revoltosa e a integra num modelo de estado aceitável para a burguesia.– O que de fato aconteceu foi uma jovem República formada na esteira das

velhas classes aristocráticas, entre interesses burgueses, numa clara tentativa de impedir a ascensão comunista.

– Rosa Luxemburgo e Karl Liebknitch são assassinados barbaramente pelos frei-corps (forças paramilitares de direita que mais tarde alimentariam as SS de Hitler), sob o olhar complacente da liderança social-democrata (que pouco fazem para punir os culpados).

• Ao final da Grande Guerra:– A pujante nação indestrutível é uma terra devastada .– Imperador se vê forçado a abdicar. – 1918 - com a derrota, a República é proclamada por um grupo de políticos

social-democratas reunidos em assembléia em Weimar – a cidade de Goethe.– A história alemã entra num novo período.

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HistóriaHistória• Tratado de Versalhes:

– Punha fim à Guerra, – Única solução possível naquele momento,– Condições de paz impostas seriam vistas por muitos como condições de

vingança dos franceses pela guerra franco-prussiana,– Ressarcimentos de guerra estabelecidos amarraram o Estado,– Impedindo a jovem República de se estabelecer, – Trazendo mais devastação e miséria

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HistóriaHistória• República de Weimar(1918-1933) :

– Culpa pela derrota e pela situação caótica,– Os verdadeiros responsáveis - os políticos da liderança social-democrata que

arcaram com o ônus de assinar o tratado de Versalhes. – Nasce sob uma crise econômica sem precedentes, – Empurra as camadas médias para o terreno da direita– Contribuindo para a desmobilização gradativa da imensa classe operária, – Classe operária transformada num exército de desempregados – Classes cada vez mais disponíveis, ambas, camadas médias e baixas, para

serem cooptadas pelos nacional-socialistas.• No entanto, as crises em geral tendem a ser períodos férteis para as artes, e na

Alemanha de Weimar isso pode ser observado muito claramente: arquitetura, música, teatro, artes plásticas, em todas as áreas o desenvolvimento é intenso.

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Contexto ArtísticoContexto Artístico• A partir de 1880:

– Desenvolvimento burguês se dá também do ponto de vista cultural,– Incentivo às instituições que auxiliavam na construção de um “caráter nacional”.– Academias de Arte, Galerias Nacionais, Universidades, Institutos Históricos passam a

contribuir para a constituição desse caráter através de suas ações e obras.– Desenvolvimento de uma sociedade mais complexa - classes média e alta consumidoras

de arte, – Mercado de artes = impele artistas e marchands a fundarem grupos e instituições fora

do circuito oficial, para expressarem mais livremente a sua versão de tal caráter. – Surgem as Secessões – dissidências dos Salões Oficiais.– Artistas se contrapunham aos padrões acadêmicos patrocinados pelo Kaiser, não apenas

em Berlim, mas também em Munique, Frankfurt, Dresden e outras cidades. – Núcleos de artistas começavam a questionar a sociedade burguesa e trocavam

experiências com as diversas vanguardas européias. – Secessões possibilitam o contato dos artistas alemães com o que de novo se produzia

além-Alemanha, estabelecendo um forte contato com o Leste, de onde muitos artistas vinham, expondo a arte contemporânea francesa, possibilitando inclusive o surgimento das mulheres artistas, vedado no circuito oficial.

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Contexto ArtísticoContexto Artístico• Neue Secession (Nova Secessão):

– Formada uma onde jovens artistas em Berlim,– Mais tarde seriam agrupados sob o epíteto expressionista,– Passam a expor suas obras contrapostas ao espírito deliberadamente hostil do

Kaiser à arte nova. – Os artistas não chegam a formar um grupo coeso, – Tentavam expressar sua insatisfação com os rumos da sociedade estabelecida,– Formaram associações, publicações e grupos de ação (Die Brücke, Der Blaue

Reiter, Der Sturm, Neue Künstlevereiningung München - NKM, Die Pathetiker, entre outros),

– Lançaram manifestos, e, como qualquer vanguarda, logo se transformavam em outra coisa.

– Nota-se também uma espécie de disputa, entre o sentido da vanguarda –universalista por excelência – e a necessidade de se pensar uma arte “genuinamente alemã”.

• O expressionismo parece ter se desenvolvido na tensão entre estes dois pólos.

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Termo e Influências• Termo :

– Entre 1905 e 1914, – Designar uma tendência da arte européia moderna, – Enraizada em solo alemão, – Empregado pela primeira vez em 1911 na revista Der Sturm [A Tempestade],

mais importante órgão do movimento, – Marca oposição ao impressionismo francês.

• Influências:– Vincent van Gogh :intensidade com que cria objetos e cenas, registro da

emoção subjetiva em cores e linhas. – Paul Gauguin: certo achatamento da forma, obtido com o auxílio da

suspensão das sombras, o uso de grandes áreas de cor e atenção às culturas primitivas.

– Pintor belga James Ensor: imaginário monstruoso, suas máscaras e anjos decaídos,

– Releitura do simbolismo, pelas possibilidades que abre à fantasia e ao universo onírico,

– Pintor norueguês Edvard Munch é talvez a maior referência do expressionismo alemão.

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Vincent Van Gogh, Noite Estrelada.1889. Óleo sobre tela. 73,7 x 92,1 cm.

Museu de Arte Moderna. New York. EUA.

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Eugène Henri Paul Gauguin, To ma tete; Mulheres taitianas sentadas num banco.1892. Óleo sobre tela. 0,73 x 0,92m.Kunstmuseum. Basiléia.Suíça.

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James Ensor, Entrada de Cristo em Bruxelas, 1888-1889Óleo sobre tela, 2,54 x 4,31m, Musée Royal des Beaux Arts, Antuérpia.

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Edvard Munch, O Grito. c.1893Óleo e pastel sobre madeira. 89 x 73,5 cm.

The National Gallery. Oslo. Noruega.

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Características• Contrapõe a expressão que se projeta do artista para a realidade, • Contradiz a ideia de registro da natureza por meio de sensações visuais imediatas, • Nega uma concepção de arte ligada à mente, e não apenas ao olhar, • Arte liga-se à ação, muitas vezes violenta, através da qual a imagem é criada, com

o auxílio de cores fortes ,• Rejeitam a verossimilhança ,• O caráter de crítica social da arte; • Poética encontra sua tradução em motivos retirados do cotidiano,• Defesa de uma poética sensível à expressão do irracional dos impulsos e paixões

individuais,• Observam o acento dramático • Algumas obsessões temáticas, por exemplo, o sexo e a morte,• Isolamento do homem frente à natureza, • Usam formas distorcidas,• Cores contrastantes,• Pinceladas vigorosas que rejeitam todo tipo de comedimento; • Retomada das artes gráficas, especialmente da xilogravura; • Interesse pela arte primitiva.

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Grupos• Die Brücke = A Ponte:

– Criado em 1905 em Dresden– A afirmação do expressionismo, – Contemporâneo ao fauvismo francês, no qual se inspira. – Artistas:

• Ernst Ludwig Kirchner (1880 - 1938), • Karl Schmidt-Rottluff (1884 - 1976), • Erich Heckel (1883 - 1970), • Emil Nolde (1867 - 1956), E• Ernst Barlach (1870 - 1938),

• Der Blaue Reiter = O Cavaleiro Azul:– Criado em 1911, – Considerado um dos pontos altos do movimento.– Artistas: Franz Marc (1880 - 1916),

• Wassily Kandinsky (1866 - 1944),• Paul Klee (1879-1940).

• Neue sachlichkeit =nova objetividade:– Após a Primeira Guerra Mundial, 1914-1918,– Artistas:

• Otto Dix (1891 - 1969) • George Grosz (1893-1959).

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Ernest Kichner, Cinco mulheres na rua. 1913Óleo sobre tela. 120 x 90cm

Haubrich Collection. Museu Ludwig. Colônia. Alemanha

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Karl Schmidt-Rottluff , Mulher Lendo, 1950. Óleo sobre lienzo. 90 x 76 cm. Colección Brücke-Museum Berlín. Berlín. Alemania.

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Erich Heckel , Fränzi Reclining, 1910,Xilogravura, 22.7 x 41.9 cm, Moma, New York

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Emil Nolde, A Lenda de Santa Maria Egipcíaca, 1912Retábulo. 0,86 x 1,0m, Kunsthalle. Hamburgo. Alemanha

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Franz Marc , Dois Gatos, 1912.Óleo sobre tela. 74 x 98 cm. Oeffentliche Kunstsammlung Kunstmuseum. Basel. Suiza.

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Wassily Kandinsky, Improvisação 28. 1912. Óleo sobre tela. 111,4 x 162,1 cm.

Solomon R. Guggenheim Museum. New York. USA.

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Paul Klee, Caminhos principais e caminhos laterais.1929. Óleo sobre tela. 83 x 67 cm.

Museum Ludwig. Colônia.Alemanha

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Arquitetura• Desenvolve no clima agitada do pós–guerra alemão.• Era preciso reconstruir uma sociedade em ruínas.• Os arquitetos percebem que representam o espírito construtivo da nova Alemanha.• Agrupam-se, organizam-se, inserem-se no processo revolucionário que vinha se

desenvolvendo no país.• Com a vanguarda artística russa, vinculará o processo de renovação da arte ao

processo revolucionário da sociedade.• Institui-se um Conselho do Trabalho para a Arte e o Grupo de Novembro.• Grupo de Novembro, núcleo de pesquisa e experimentação da construção civil:

– Elemento de pressão para conseguir que o Estado apóie as novas experiências, voltadas para o urbanismo.

– Urbanismo - capaz de responder às exigências de vida e trabalho do povo, e não subordinado ao lucro dos especuladores.

– Teve vida breve, mas foi importante que nos anos imediatamente posteriores à guerra,

– Recorreu à invenção e à criação como antídoto à depressão geral.– Abriram o campo da experimentação formal mais audaz, – Procurava utilizar todas as novas sugestões que haviam se manifestado no

âmbito do modernismo arquitetônico.• Ainda que não tenha existido uma verdadeira corrente expressionista, a experiência

expressionista realizada por alguns dos maiores arquitetos modernos, teve notável desenvolvimento posterior da arquitetura.

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Características• Crise política e econômica do pós-guerra - a geração de arquitetos que estava ativa.• Período da Werkbund :

– Mudança completa na condição do arquiteto na Alemanha.– Grande Guerra de 1914 levou ao fim a primeira fase da Werkbund. – Movimento recomeçou, em 1919, mas seu desenvolvimento foi mais irregular.

• Características:– Deixaram de lado as amarras do funcionalismo e do racionalismo,– Passaram a trabalhar em projetos arquitetônicos independentemente da probabilidade

deles serem construídos ou não , – Esboço foi uma forma fundamental da arquitetura expressionista, até porque, muitos

dos projetos não foram construídos. – O desenho é capaz de registrar a expressão do arquiteto e a sua visão arquitetônica

dinâmica, já que o papel aceita tudo e o arquiteto é capaz de romper os limites do factível, uma vez que as chances de construção não importam

– Rompia de forma mais radical com a estática do edifício, explorando a complexidade da iluminação e a qualidades dos materiais.

– Essa produção foi chamada de Arquitetura Expressionista Utópica.

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Arquitetura• Arquitetos:

– Erich Mendelsohn, – Hans Scharoun, – Peter Behrens, – Hans Poelzig, – Mies van der Rohe, – Walter Gropius, – Bruno e Max Taut, entre outros,

• Obras importantes:– As formas cristalinas do Pavilhão de Vidro, projetado por Bruno Taut, antes da

guerra, para a Exposição da Werkbund,em Colônia, – A forma escultural da Torre Einstein, em Potsdam, projetada por Erich

Mendelsohn, em 1917-20.

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Bruno Taut - Pavilhão em vidro para a Exposição Werkbund, Colônia,1914

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Bruno Taut - Pavilhão em vidro para a Exposição Werkbund, Colônia,1914

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Bruno Taut - Pavilhão em vidro para a Exposição Werkbund, Colônia,1914

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Bruno Taut - Pavilhão em vidro para a Exposição Werkbund, Colônia,1914

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Erich Erich MendelsohnMendelsohn, Torre Einstein , Torre Einstein –– 19191919--1923 1923 -- PotsdamPotsdam

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Erich Erich MendelsohnMendelsohn, Torre Einstein , Torre Einstein –– 19191919--1923 1923 -- PotsdamPotsdam

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Erich Erich MendelsohnMendelsohn, Torre Einstein , Torre Einstein –– 19191919--1923 1923 -- PotsdamPotsdam

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Erich Erich MendelsohnMendelsohn, Torre Einstein , Torre Einstein –– 19191919--1923 1923 -- PotsdamPotsdam

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Erich Erich MendelsohnMendelsohn, Torre Einstein , Torre Einstein –– 19191919--1923 1923 -- PotsdamPotsdam

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Erich Erich MendelsohnMendelsohn, Torre Einstein , Torre Einstein –– 19191919--1923 1923 -- PotsdamPotsdam

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Erich Erich MendelsohnMendelsohn, Torre Einstein , Torre Einstein –– 19191919--1923 1923 -- PotsdamPotsdam

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Erich Erich MendelsohnMendelsohn, Torre Einstein , Torre Einstein –– 19191919--1923 1923 -- PotsdamPotsdam

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Erich Erich MendelsohnMendelsohn, Torre Einstein , Torre Einstein –– 19191919--1923 1923 -- PotsdamPotsdam

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Mies van der Rohe, Projeto do arranha-céus de Friedrichstrasse, 1921

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Mies van der Rohe, Projeto do arranha-céus de Friedrichstrasse, 1921< Berlim

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Mies van der Rohe, Projeto do arranha-céus de vidro, 1922, Berlim

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Mies van der Rohe, Projeto do arranha-céus de vidro, 1922, Berlim

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Erich Mendelsohn, Lojas Schoken, 1928, Chemnitz-Berlim

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Erich Mendelsohn, Lojas Schoken, 1928, Chemnitz-Berlim

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Conclusão• Os primeiros movimento modernistas de arquitetura sedimentaram o

caminho da arquitetura funcionalista.• O conjunto de obras e as pesquisas desenvolvidas por estes arquitetos

viria fundamentar o racionalismo e a deontologia da arquitetura moderna.• O expressionismo e as vanguardas russa sendo hoje a base da arquitetura

contemporânea.• Arquitetura esta cuja ênfase está na busca das formas orgânicas e

escultóricas e na concepção física baseada na percepção plástica e visual.• Busca de objetivos mais experimentais e expressivos no uso da

transparência, da luz e da fluidez espacial.

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Hans Scharoun: Casa Populares, c. 1913, Berlim

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Hans Scharoun: Casa Populares, c. 1913, Berlim

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Hans Scharoun: Casa Populares, c. 1913, Berlim

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Hans Scharoun: Sala Filâmonica de Concertos , Berlim, 1956-1963

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Hans Scharoun: Sala Filâmonica de Concertos , Berlim, 1956-1963

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Hans Scharoun: Conjunto Habitacional Romeu e Julieta, Stuttgart-Zuffenhause, 1954-1959

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Hans Scharoun: Conjunto Habitacional Romeu e Julieta, Stuttgart-Zuffenhause, 1954-1959