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Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área 2. Processamento Cerâmico Fluxograma básico para fabricação de um produto cerâmico convencional EXTRAÇÃO/BENEFICIAMENTO DA MATÉRIA-PRIMA MOAGEM/FORMULAÇÃO CONFORMAÇÃO SECAGEM/EXTRAÇÃO DE ADITIVOS QUEIMA PRODUTO FINAL

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  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico

    Fluxograma básico para fabricação de um produto cerâmico convencional

    EXTRAÇÃO/BENEFICIAMENTODA MATÉRIA-PRIMA

    MOAGEM/FORMULAÇÃO

    CONFORMAÇÃO

    SECAGEM/EXTRAÇÃO DE ADITIVOS

    QUEIMA

    PRODUTO FINAL

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    CONFORMAÇÃO

    Objetivo: dar forma de uma peça a um material sem formaExistem muitos tipos de processos para fabricação de um material cerâmico. A escolha do mesmo depende tanto da forma final da peça quanto das propriedades desejadas.

    PÓ CORPO POROSO PARTÍCULAS: alto grau de homogeneidade

    alto empacotamento

    menor distorção microestruturaldurante sinterização

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    CONFORMAÇÃOPRINCIPAIS PROCESSOS USADOS PARA A FABRICAÇÃO DE MATERIAIS CERÂMICOS

    PRENSAGEMUNIAXIALISOSTÁTICAPRENSAGEM A QUENTEPRENSAGEM ISOSTÁTICA A QUENTE

    COLAGEMDRENAGEMDE SÓLIDOSA VÁCUOSOB PRESSÃOCENTRIFUGADAMOLDE PERDIDOGEL CASTINGDEPOSIÇÃO ELETROFORÉTICATAPE CASTING

    CONFORMAÇÃO FLUIDOPLÁSTICAEXTRUSÃOMOLDAGEM POR INJEÇÃO

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    PRENSAGEM Empregado na produção de:placas cerâmicasferramentas de corte refratários

    O processo consiste em:

    Consolidar pós cerâmicos em uma cavidade com formato pré-determinado mediante o emprego de uma força.

    Estágios:

    1) Preenchimento do molde

    2) Compactação

    3) Extração da peça

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    Compactação do pó em uma matriz metálica através de uma pressão que é aplicada em uma única direção.

    PRENSAGEM UNIAXIAL

    •hidráulica (transmissão da pressão por um fluido): menor produtividade •mecânica: alta produtividade, fácil automatização

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    PRENSAGEM UNIAXIAL

    Método restrito a formas relativamente simples.

    Baixo custo

    Alta taxa de produção

    Preenchimento da matriz durante a prensagem:

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    PRENSAGEM UNIAXIALTipos de Prensagem (umidade massa)Seca: 0 a 4% umidade

    -compactação ocorre cominuindo o granulado e por redistribuição mecânica do pó

    -ação dos aditivos

    -alta pressão necessária para romper os granulados e distribuir uniformemente o pó

    -alta produtividade (ex.: produção de capacitores elétricos de 0,5 mm; substratos de ME)

    -tolerâncias de ±1% ou menor são obtidas

    •Úmido: 10 a 15% de umidade -normalmente produtos argilosos

    -deformação plástica da massa (pode escoar por distribuição não homogênea da umidade)

    -não susceptível a automatização

    -tolerâncias de ±2%

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    PRENSAGEM UNIAXIAL

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    PRENSAGEM UNIAXIAL

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    PRENSAGEM UNIAXIAL

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    PRENSAGEM À QUENTE

    -Mecanicamente idêntica à prensagem a frio;

    -Diferença: aquecimento do molde, que sinteriza o pó durante a operação de prensagem;

    -Densificação a uma temperatura mais baixa, comparada as sinterizações sem prensagem;

    -Normalmente sem aditivos (qualquer aditivo orgânico seria transformado pela temperatura em um resíduo carbonizado sem qualquer efeito na massa cerâmica)

    A prensagem e a queima ocorrem simultaneamente. O agregado é compactado a uma temperatura elevada

    Depende da temperatura de queima

    O molde é de fabricação cara

    Exige muito tempo: é necessário resfriar a matriz antes de uma nova compactação

    2. Processamento Cerâmico: Conformação

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    PRENSAGEM À QUENTEPISTÃO

    CARCAÇA

    REFRIGERAÇÃO Á ÁGUA

    MOLDE COM PÓ

    RESISTÊNCIA ELÉTRICA

    BOMBA DE

    REFRIGERAÇÃO

    FONTE E PAINEL DE CONTROLE

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    PRENSAGEM ISOSTÁTICA

    Formas mais complexas

    Custo elevado

    Baixa taxa de produção

    Material pulverizado está contido em um molde de borracha. A pressão é aplicada através de um fluido em todas as direções

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    PRENSAGEM ISOSTÁTICA

    DRY BAG: o molde está integrado à câmara de pressão da prensa. O pó é carregado no molde, prensado e após extraído. Método simples e rápido.

    WET BAG: o pó é carregado em um molde no lado externo da prensa. O molde então é colocado na prensa e é aplicada uma pressão hidrostática até a compactação desejada. O molde e a parte compactada são removidos da prensa e após, a peça é retirada do molde. Este processo envolve muitas etapas e é trabalhoso.

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    PRENSAGEM ISOSTÁTICA

    molde WETBAG molde DRYBAG

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    PRENSAGEM ISOSTÁTICA À QUENTE ou HIP

    -A pressão é aplicada por todos os lados quando a peça encontra-se a elevada temperatura.

    -O processo combina conformação isostática e queima, em uma só etapa.

    -O processo permite obter densificação a temperaturas mais baixas do que sem a aplicação da pressão ou a densidade teórica do material, o que seria difícil, ou mesmo impossível, por outro processo.

    -Requer projeto especial tanto para as partes do forno quanto à geometria da peça conformada.

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    PRENSAGEM ISOSTÁTICA À QUENTE ou HIP

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    PRENSAGEM ISOSTÁTICA À QUENTE ou HIP

    Prática industrial / Equipamentos industriais

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    COLAGEM

    SLIP CASTING

    TAPE CASTING

    GEL CASTING

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    COLAGEM Empregado na produção de:

    louça sanitárialouça de mesa cerâmica artísticacadinhosfiltrosimplantes ósseoscomponentes para equipamentos térmicos

    Processo econômico e utilizado na fabricação de formas complexas

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    Características• Produção de peças com formas complexas (louças sanitárias e de

    mesa), cadinhos, tubos, implantes ósseos, etc)• Conformação de material através da remoção da parte líquida por

    um molde poroso;• Barbotina - suspensão coloidal de um pó em um líquido imiscível;• Molde poroso: gesso• É um processo controlado por difusão

    COLAGEM – SLIP CASTING

    molde poroso

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    COLAGEM – SLIP CASTINGO processo consiste em:1) Preparação da barbotina: matéria-prima em suspensão aquosa (40 a 60%)

    2) Preenchimento com a barbotina do molde poroso (gesso)

    3) Remoção do líquido (água) pelos capilares do molde

    4) Drenagem do excesso de barbotina

    5) Desmoldagem

    6) Rebarbação

    7) Secagem

    8) Queima

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    COLAGEM – SLIP CASTING

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    COLAGEM – SLIP CASTING

    Fatores Importantes• Reologia - grau de defloculação da barbotina;• Viscosidade;• pH;• Concentração de sólidos;• Granulometria

    Vantagens• Produção de componentes de forma complexa;• Baixo custo dos moldes porosos;• Viabilidade econômica de pequenas produções;• Dispersão de partículas finas.

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    COLAGEM – TAPE CASTING• Obtenção de finas folhas com grande área superficial, empregadas

    na construção de blocos para substratos eletrônicos;• Desaeração do pó após moagem → vácuo e peneiramento;• Material pronto → aplicado sobre um substrato contínuo: vidro, inox,

    papel, filme de polímero. • Deposição é feita através de uma rede micrométrica;• A fina película do material (0,76 mm, por exemplo) é posteriormente

    sinterizada, produzindo as propriedades finais. • O processo é utilizado na fabricação de capacitores e substratos

    eletrônicos.

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    COLAGEM – TAPE CASTING

    Fluxograma do processo de tape casting

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    COLAGEM – TAPE CASTING

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    COLAGEM – TAPE CASTING

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    COLAGEM – TAPE CASTING

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    FLUIDOPLÁSTICA

    EXTRUSÃO

    MOLDAGEM POR INJEÇÃO

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    EXTRUSÃO

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    EXTRUSÃO Empregado na produção de:ladrilhostijolos blocos cerâmicostubos

    Processo contínuo ou semi-contínuo com o emprego de uma extrusora ou maromba

    O processo consiste em: Uma massa cerâmica plástica é forçada através de um orifício de uma matriz que possui a geometria da seção reta desejada

    Matriz Peça Massa cerâmica Rosca sem fim

    Bomba de vácuo

    Maior densificação

    Umidade: 14 a 20% Acionada por motor

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    EXTRUSÃO

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    EXTRUSÃO

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    MOLDAGEM POR INJEÇÃO Empregado na produção de:velas de igniçãoguias de fios têxteis componentes eletrônicos

    O processo consiste em: Aquecer a massa cerâmica (com ligantes) até amolecer a injetar na cavidade de um molde onde se resfria e se solidifica para produzir a forma desejada

    Estágios:

    1) Preparação do pó

    2) peletização

    3) Injeção no molde

    4) Remoção dos ligantes

    5) sinterização

    Desenvolvimento de formulações e ligantes orgânicos

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    MOLDAGEM POR INJEÇÃOMoldagem por injeção de um polímero em um molde (processo da indústria de transformação de plásticos).Para cerâmicos: Uma mistura de pó cerâmico e polímero é aquecida até amolecer e injetada em um molde metálico. CIM (ceramic injection molding) ou PIM (powderinjection molding). Termoplasticidade: propriedade que proporciona ductilidade ~100-200oC e rigidez a temperatura ambiente.Após resfriamento, o polímero deve ser removido para poder ser queimado (sinterizado).

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    MOLDAGEM POR INJEÇÃO

    Matérias-PrimasPós cerâmicos: Al2O3, ZrO2 (convencionais);Plastificantes: polietileno, poliacetatos, polietilenoglicol, poliacrilatos

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    MOLDAGEM POR INJEÇÃO

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    MOLDAGEM POR INJEÇÃO

    Vantagens• Fabricação de peças com geometria complexa;• Bom acabamento - pós-queima mínima;• Alta produção;• Reutilização das misturas injetadas;• Automatização

    Desvantagens• Custo elevado da matriz e dos pós (baixa granulometria)• Estabilidade dimensional;• Baixa resistência mecânica à verde;• Retirado do plastificante - aquecimento ou extração por

    solventes.

    Campos de Aplicação• Indústrias de armas, componentes eletrônicos, indústria têxtil

    (guias-fios), etc.

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    MOLDAGEM POR INJEÇÃO

    Mistura: pó cerâmico + polímero

    Injeção

    Extração do polímero

    Queima

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICAEmpregado na produção de:

    barreiras térmicas: em motores de automóveis, câmara e cabeçote do pistãoProteção contra atrito e desgaste: componentes da indústria têxtil,

    componentes de bombas e equipamentos de impressão bicos injetoresProteção contra corrosãoImplantes médicos: próteses de ossos cobertas com hidroxiapatita em locais

    de atrito elevado

    O processo consiste em: Pulverização de partículas finamente divididas sobre um substrato formando um revestimentoEstágios:

    1) Fonte de calor: plasma, oxiacetileno

    2) Fusão ou estado semi-plástico das partículas

    3) Aceleração das partículas pela expansão dos gases da combustão

    4) Choque das partículas com o substrato – formação do revestimento

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    As partículas fundidas ou plástica impactam a superfíciepreparada, achatam-se, e aderem ao substrato, construindo um revestimento denso e de alta aderência.

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICACaracterística comum: estrutura lamelar do revestimento, partículas, fundidas, não-fundidas, porosidade, inclusões.

    Espalhamento da partícula no choque contra o substrato

    Microestrutura típica de um revestimento metálico: lamelas, porosidade e inclusões de óxidos.

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    Aplicações: enorme variedade de revestimentos espessos, multicamadas, partes livres, reparo dimensional, corpos de sustentação livre. Pode-se aspergir metais, cerâmicos, polímeros e compósitos.

    Funções: desgaste, oxidação/corrosão, barreira térmica, coeficiente de atrito, biocompatibilidade, propriedades elétricas, opticas, magnéticas.

    Critério de qualidade: propriedade objetivada e aderência!

    Mercado: rápido crescimento (5-10% ao ano). Mercado de 1,35 bilhões de dólares (1997). Processos elétricos sustentaram o crescimento.

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA• SETORES INDUSTRIAIS QUE UTILIZAM ASPERSÃO TÉRMICA• Aeronáutica/Aeroespacial• Turbinas a Gás/Energia• Petroquimica• Papel e Celulose• Automotiva• Mineração• Transporte• Aciarias• Marítima• Industria Pesada• Movimentação de Terra• Elétrica• e muitas outras

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    •VANTAGENS•Altas taxas de deposição•Baixo aquecimento do substrato•Tecnologia comprovadamente eficiente•Vários materiais de revestimento•Alto grau de repetibilidade•Versatilidade•Economicamente interessante•Tecnologia a prova de recessão

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    •LIMITAÇÕES•Aplicações de alto stress

    –Impacto–Cargas pontuais

    •Não adiciona reforço estrutural (NÃO é solda)•Adesão mecânica•Porosidade•Estresses do revestimento•Espessura do revestimento•Limitações dimensionais do processo•Usinabilidade

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA•CUIDADOS•PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE•Remoção do metal fatigado ou corroído•Reparação dos defeitos estruturais com solda•Limpeza e desengraxe da peça•Proteção das partes que não se quer revestir•Manutenção da peça limpa•Jateamento da superfície• Uso de Al2O3 ou granalha de aço (pode causar oxidação, areia NÃO é aceitável) -Para aspersão a arco, combustão e materiais de baixa adesão -perfilrugoso- uso de grão 36 a 40 Al2O3• Para aspersão com HVOF e plasma: perfil fino rugoso é o melhor -- use grão 60, Al2O3• Um bom material multi propósito é o Al2O3 grão 40 a 50

    Em torno de 85% das falhasem aspersão podem ser relacionadas à preparaçãode superficie!

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    MICROESTRUTURA DO REVESTIMENTO:•Estrutura lamelar, paralela à superfície ⇒ anisotropia. RM 5 a 10 vezes maior na longitudinal do que na transversal.•Estrutura amorfa (metais vítreos) e fases metaestáveis incomuns: taxa de resfriamento (106 Ks-l).•Inclusões: spray em atmosfera com ar: interações químicas - oxidação, mesmo superficial da partícula. Outros ex.: W reage com H2 e N2.•Estrutura heterogênea: as lamelas têm diferentes tamanhos e aderência (partículas com diferentes tamanhos, temperatura e velocidade)•Porosidade (em aspersões convencionais): 0,025% to 50%. Causas:

    •baixa energia no impacto (partículas não fundidas / baixa velocidade) •efeito sombra (partículas não fundidas / ângulo de aspersão) •efeito da contração e relaxação de tensões residuais

    •Modificação da natureza química e física. Interações podem modificar significativamente (química e fisicamente) o material de partida

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICATENSÕES NOS REVESTIMENTOS

    •Resfriamento e a solidificação ⇒ contração ⇒ tensões trativas na partícula e compressivas na superfície do substrato.

    •Com o aumento da espessura do revestimento ⇒ tensão superior a sua aderência ou as forças coesivas, ⇒ desprendimento do revestimento.

    •Materiais com alta contração como aços austeníticos ⇒ altos níveis de tensão ⇒ limitações na espessura máxima do revestimento.

    •Revestimentos denso ⇒ mais tensionados que os porosos.

    •O método de aspersão e a microestrutura influenciam o nível de tensionamento do revestimento.

    • HVOF que produz revestimentos com baixa tensão e densos. Isto é devido às tensões compressivas formadas pelas deformações mecânicas (similar ao shot peening) durante o impacto da partícula, atuando contra as tensões trativas devido à solidificação e resfriamento.

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    PROCESSOS DE ASPERSÃO TÉRMICA

    FONTE ELÉTRICA DE CALOR

    FONTE QUÍMICA DE CALOR

    (COMBUSTÃO)

    PLASMA ARCO

    ELÉTRICO DETONAÇÃOCHAMA H.V.O.F

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    PLASMA (plasma spray)

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    Indústria petroquímicaPlasma: aplicação em palheta de

    turbina (ZrO2+Y2O3).

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    Versatilidade: aspersão a

    plasma de uma turbina de

    hidroelétrica in loco.

    Plasma aplicado na superfície interna de motores a combustão (BMW)

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    PROCESSOSHIPERSÔNICO (HVOF = High Velocity Oxygen Fuel)

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICA

    Cilindros da indústria de

    papel.Trem de pouso de

    space shuttles.

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICAPROCESSOSCHAMA (Flame spray ou LPOF - Low Pressure Oxygeb Fuel)

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    PULVERIZAÇÃO OU ASPERSÃO TÉRMICAPROCESSOSCHAMA (Flame spray ou LPOF - Low Pressure Oxygeb Fuel)

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Indústria do Vidro

    INDÚSTRIA DO VIDRO

    ELABORAÇÃO DOS VIDROS

    processo complexo , que pode ser dividido:Reação dos componentes

    Dissolução do excedente de sílica que não reagiu

    Refino e homogeneização

    Repouso e acondicionamento térmico

    Ocorrem dentro do

    forno

    Programa térmico controlado, com aumento progressivo da temperatura, seguido de um resfriamento e de um

    período de estabilização para que a massa vítrea alcance a homogeneidade térmica requerida para a conformação

    FORNOS DE FUSÃOObjetivo:

    TRANSFORMAR A COMPOSIÇÃO EM VIDRO FUNDIDO

    Trabalham com temperaturas de 1500º a 1650ºC

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    Reação dos componentes e formação dos vidros

    Formação do vidro:Série de transformações físicas e reações químicas a altas temperaturas, através das quais a massa vitrificável se converteem uma massa vítrea

    Os componentes da mistura experimentam múltiplas modificações:- transformações cristalinas

    - evaporação da água de umidade

    - desidratação dos sais hidratados

    - dissociação dos carbonatos e sulfatos

    - reações entre as distintas espécies químicas

    - fusão das espécies químicas e dos produtos das reações e dissolução no fundido que está se formando

    O estudo do equilíbrio de

    todas as reações é

    muito complexo

    Se prefere a abordagem do estudo de equilíbrio das reações em sistemas mais simples

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    Dissolução do excedente de sílicaApós a reação de todos os componentes da mistura vitrificável e de ter ocorrido a formação de uma fase fundida, pode haver um

    excesso de sílica não dissolvido no vidro

    A incorporação deste excedente ocorre através de um lento processo de dissolução regido por mecanismos de difusão

    O tempo que as partículas de areia levam para se dissolver é:

    - proporcional ao quadrado de seu raio

    - inversamente proporcional a seu coeficiente de difusão

    Com isto, se esperaria que fosse mais conveniente diminuir o mais possível seu tamanho, acelerando a sua dissolução, mas se produziria um aumento prematura da viscosidade do fundido, sem existir tempo suficiente para a eliminação dos gases, dificultando o processo de afinamento.

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Indústria do Vidro

    Refino e homogeneização do vidro

    Objetivo da fusão – transformar materiais granulados em líquido homogêneo e muito viscoso

    Quando a composição se funde – reações entre as partículas – geram gases

    Devem ser eliminados para que o vidro apresente o grau de homogeneização

    que um vidro pronto requer

    GASES

    Processo de homogeneização e eliminação dos gases e bolhas

    REFINOADIÇÃO DE AGENTES AFINANTES

    CORRETA CONDUÇÃO DO FORNO

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    Refino e homogeneização do vidroConstituem a atmosfera exterior em contato com a superfície livre do vidro

    Se encontram aprisionados no interior da massaGASES

    Incorporação de gases nos vidros:

    Reações de decomposição: produzem o desprendimento de gases

    A aparição das primeiras fases líquidas dificulta a desgaseificaçãoe obriga os gases liberados a borbulhar através do fundido buscando uma saída até a atmosfera

    Durante a dissolução da sílica, com o aumento da acidez, diminui a solubilidade de alguns gases, que se segregam e se difundem até a atmosfera ou aumentam as bolhas já existentes

    Outra fonte de gases é o o contato do vidro com os refratários dos fornos, que são liberados durante a corrosão destes

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Indústria do Vidro

    Principais fontes de aporte gasoso no vidro durante a etapa de reações de seus componentes

    Atmosfera do forno

    Mistura vitrificável

    Refratários

    Contaminações

    Ar intergranular

    evaporação

    Produtos de desidratação

    dissociação

    Poros

    Reações vidro-refratário

    Matéria orgânica

    N2, O2, CO2, H2O, Ar

    H2O, CO2, SO3

    N2, O2, CO2

    SO2, CO2, O2

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    Refino e homogeneização do vidro

    Procedimento de refinoAgentes químicos

    Adição de substâncias que se decompõem termicamente, dando lugar a um intenso desprendimento gasoso

    As bolhas formadas são, em geral, de tamanho grande, com uma força ascensional apreciável, que permite que em pouco tempo subam até a superfície, englobando as bolhas pequenas que encontram, além deromperem e homogeneizarem as camadas estratificadas que atravessam.Principais agentes afinantes:

    sulfatos que liberam SO2óxidos de arsênio e antimônio com a união de nitratos que liberam O2Óxidos e peróxidos que aportam O2Cloratos e percloratos que aportam O2

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Indústria do VidroConformaçãoPrincipais métodos empregados

    Sopro manual e automático – vidros ocos

    Centrifugação – tubos de imagem de TV

    Prensagem – travessas, pratos, isoladores

    Estiramento – tubos e bastões

    Laminação – vidro plano

    Fibragem – fibras de vidro

    Baseados em processos antigos, mas que sofreram modificações

    para permitir a produção de vidro com fins industriais

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Indústria do Vidro

    SoproDesenvolvido no Oriente Médio, na costa fenícia

    Consistia em soprar o vidro e expandí-lo para obter todo tipo de forma

    CANA: tubo de metal com cerca de 1,2 a 1,5m de comprimento

    Extremidades da CANA:de um lado, um bocal, para soprardo outro lado, um alargamento no tubo

    Processo ManualO ar é soprado pelo vidreiro

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Indústria do Vidro

    Sopro Manual 1) Na extremidade alargada: é colocada uma quantidade de massa vítrea - posta

    2) O artesão confere à massa uma forma mais ou menos cilíndrica, fazendo-a girar sobre uma chapa de ferro fundido

    3) A massa resfria um pouco

    4) O artesão começa a soprar no tubo, formando uma bolha na massa, até obter forma e espessura desejadas

    5) A massa é reaquecida junto à porta do forno quantas vezes forem necessárias (Para aumentar a espessura, a massa é submersa novamente na massa fundida dentro do forno)

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Indústria do Vidro

    Fabricação de vidros ocos – Sucção - SoproSistema de alimentação por sucção

    Primeira máquina para fabricação automática de garrafas Criada por Owens em 1899

    A retirada da massa vítrea do forno é feita por sucção direta através da base de um pré-molde

    - Sucção do vidro em uma cuba que se mantém girando na razão de 1 a 3 rpm, que conta com sistema de aquecimento para manter o vidro na temperatura de trabalho

    - se retira o pré-molde da superfície do banho e se fecha a base

    - se insere a cabeça de sopro e se injeta uma pequena quantidade de ar

    - o pré-molde é aberto em duas partes; a forma preliminar ou “parison” fica um instante livre e sob seu próprio peso, tem sua base um pouco alargada

    - colocação do “parison” no molde de acabamento onde recebe o sopro final

    - abertura do molde e retirada da garrafa pronta

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Indústria do Vidro

    Fabricação de vidros ocos – Sucção - SoproSistema de alimentação por sucção

    Processo:

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Indústria do Vidro

    Fabricação de vidros ocos – Sopro - SoproSistema de alimentação por gota

    O vidro é conduzido do forno até a máquina de moldagem através de um canal – “feeder” – cujo comprimento pode variar de 3 a 10m.

    Feederalimenta a máquinacondiciona a temperatura do vidro aquecendo-o ou

    resfriando-o quando necessário (pode-se regular com uma precisão de até ± 0,5°C

    Desemboca em um orifício cuja abertura se pode regular

    Acima do orifício, é colocado um tubo refratário, no qual está inserido um punção ou agulha que sobe e desce continuamente

    O vidro é empurrado através deste orifício formando a gota

    A gota é cortada por lâminas metálicas e cai dentro do molde

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    Fabricação de vidros ocos – Sopro - Sopro

    PRODUÇÃO DE GARRAFAS

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    Estiramento

    Consiste em estirar uma massa cilíndrica de vidro semi-fluido ao mesmo tempo que se aplica um jato de ar no centro do cilindro.

    Se obtém tubos, lâminas e varetas com um parede uniforme.

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    EstiramentoProcesso Danner : filete de vidro flui sobre um mandril

    refratário (manga) – movimento de rotação e sopro de ar. O vidro recobre toda a manga – o tubo é puxado sobre rolos de grafite e por duas esteiras (tração do tubo) – fim da linha – corte dos tubos

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    Vidros Planos – Processo FloatDesenvolvido por Alastair Pilkington em 1959

    Idéia do processo: Pilkinton observou que porções de óleo não se misturavam com a água em uma pia, permanecendo na forma de lâminas sobre esta. A partir daí, ele procurou um metal que fizesse o mesmo papel da água, onde o óleo seria o vidro

    atuaria como a água, pois é mais denso que o vidro e continua líquido, não se misturando com ele, nas temperaturas em que se dá o enrijecimento do vidro (de 1100ºC a 600ºC)

    ESTANHO

    Produz placas perfeitamente planas e polidas

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    líquido menos denso sobre outro mais denso (ambos imiscíveis)

    o menos denso vai formar uma lâmina sobre o mais denso

    com uma espessura “de equilíbrio”

    Vidro fundido sobre o estanho, a tendência é de se formar uma lâmina com 5 a 6 mm de espessura.

    O banho de estanho deve ser longo o suficiente para que dê tempo para o vidro esfriar, dos 1100ºC na sua entrada, até 600ºC, na saída, quando estará rígido.

    Vidros Planos – Processo Float

    ESTANHO - Inconvenientese oxida em contato com o oxigênio, nas temperaturas exigidas pelo vidro

    é necessário que todo o banho de estanho fique enclausurado dentro de uma grande caixa, onde se injeta nitrogênio.

    na caixa, há, também, uma série de resistências elétricas que garantem um perfil térmico conveniente desde a entrada até a saída do vidro

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    INDÚSTRIA DO VIDRO

    PRODUÇÃO DE VIDRO PLANO

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    Vidros Planos – Processo Float

    ↑ vel. – lâmina afina

    ↓ vel. – lâmina engrossa

    proporcionada pela tração destes rolos na fita contínua de vidro

    Top-roll

    rodas dentadas que pinçam o vidro pelas

    bordas e que têm rotação e ângulos

    variáveis e regulados por motores

    Espessura do vidro:

    balanço entre as tensões superficiais

    força da gravidade

    velocidade de extração:

    controlada pelo uso de até 8 máquinas chamadas de “top-roll”:

    • Para vidros com 5 a 6 mm de espessura, os top-rolls são paralelos ao fluxo de vidro e o controle da espessura se faz pela velocidade de extração.

    • Para vidros mais finos, os top-rolls formam ângulos divergentes, tendendo a esticar a lâmina, em conjunto com uma maior velocidade de extração.

    • Para vidros mais grossos, os top-rolls formam ângulos convergentes, tendendo a empurrar o vidro da borda para o centro, em combinação com uma menor velocidade de extração

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    TRATAMENTOS TÉRMICOSRecozimento

    Todos os artigos fabricados com vidro fundido

    Durante ou após a conformação

    Resfriamento brusco ou irregular

    Surgimento de tensões internas não uniformes

    Objetivo do recozimento – eliminar estas tensões

    O vidro deve passar do estado rígido com tempo suficiente para relaxar a sua estrutura o mais uniformemente possível e para que adquira em todos os pontos o mesmo volume específico

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    TRATAMENTOS TÉRMICOSRecozimento

    Origem das tensões

    Em uma lâmina plana resfriada a velocidade constante:

    Gradiente térmico

    Distribuição de tensões originadas pelo rápido desaparecimento do gradiente térmico

    Máxima diferença de temperatura – ∆T:

    v – velocidade de resfriamento

    e – espessura do vidro

    K – difusividade térmica κ8

    2veT =∆

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    TRATAMENTOS TÉRMICOS Origem das tensões

    Recozimento Processo

    Reaquecimento até a temperatura de recozimento

    viscosidade está entre 1013 à 1014 poises

    Varia conforme o artigoManutenção na temperatura de recozimento

    Resfriamento lento e controlado até a temperatura ambiente

    Galeria de recozimento:resfriamento controlado até aprox.

    120ºC.

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    Medida das tensões

    peça após conformação: as tensões não são observadas a olho nu

    Recozimento

    POLARISCÓPIOObservação no polariscópio:

    visualização das tensões

    Observação no polariscópio após recozimento: peça livre de tensões

    Perfil de tensões

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    Têmpera Térmica

    Obtenção de ‘Vidro Temperado’

    Indução de tensões para conferir maior resistência ao objeto

    tensões residuais superficiais compressivas

    ProcessoAcima da transição vítrea

    Abaixo do ponto de amolecimento

    40s/mm de espessura

    630 a 640°C

    Aquecimento até uma temperatura

    Resfriamento com jato de ar ou banho de óleo

    Espessura do vidro temperado: 2,8 a 19mm

    Aquecimento e resfriamento semelhantes em ambas as faces: minimizar distorções

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    Têmpera TérmicaTensões Similares após a conformação de um vidro:

    região interna – tensão de traçãoregião externa – tensão de compressão

    Quase sempre inicia em trincas na superfície sob tensão de tração

    FALHA em Cerâmicos

    Para fraturar uma peça de vidro temperado

    a magnitude da tensão de tração aplicada deve superar a tensão de compressão da superfície e deve ser suficiente para iniciar e propagar trincas

    Em caso de ruptura do vidro temperado

    o centro libera a energia da tensão de tração e resulta na formação de pequenos pedaços de vidro sem corte

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: ConformaçãoTêmpera Térmica

    janelas laterais e traseiras de automóveis vidros de segurança para edifíciosvidros expostos a radiações solares

    USOS

    maior resistência ao choque térmico

    Têmpera Química

    Têm sido desenvolvidos métodos químicos para aumentar a resistência:

    - Processos de troca de íons alteram a composição ou estrutura da superfície do vidro:

    Combinação de troca iônica e cristalização superficial – reduzem o coeficiente de expansão térmica

    Ex.: vidros com alto teor de sódio são submetidos a banhos com sal de lítio fundido – a temperatura permite a difusão do íon alcalino e alivia tensões por fluxo viscoso. Um tratamento térmico posterior permite a cristalização da superfície, reduzindo o coef. de expansão térmica, deixando-a sob compressão

    - Pode-se obter uma resistência superior a 7.000 kg/cm2

  • Materiais de Construção Mecânica II - 2ª Área2. Processamento Cerâmico: Conformação

    Vidro Plano Comum Vidro Laminado Vidro Temperado