F ACULDADE DE BELAS-AR TES DA UNIVERS...
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AGRADECIMENTOS
Gostaria de expressar a minha gratidão para com todos os que, desde o primeiro
momento, me acompanharam, diretamente ou indiretamente, Professores, amigos e
familiares. Na impossibilidade de referir o nome de todos os que estiveram envolvidos
neste trabalho, apresento os meus agradecimentos, em particular, àqueles cujo auxílio se
revelou indispensável.
Ao Professor Doutor Manuel Botelho, expresso o meu agradecimento pela constante
dedicação, disponibilidade e orientações facultadas durante a realização desta
dissertação, que foram fundamentais.
Um obrigado, muito especial, aos meus pais, José Senra, Fátima Morais, e avó Deonilde
Morais pelo apoio incondicional e grande paciência ao longo deste último ano. E por
último e não menos importante, agradeço e dedico esta dissertação ao meu avô Justino
Morais.
4
SINOPSE
A Arquitetura Como Pintura tem como ponto de partida e tema principal a grelha.
Nesta dissertação exploram-se, também, outras questões, de ordem formal, como o
equilíbrio, a composição ou a proporção, que derivam desse mesmo elemento e que se
relacionam, diretamente, com o trabalho prático realizado desta temática.
A partir da reflexão acerca do elemento grelha, o estudo centra-se em duas áreas
distintas da pintura: o abstracionismo – que incide, particularmente, no Neoplasticismo
– e a arquitetura moderna – cuja análise se focaliza, principalmente, nas teorias de Le
Corbusier e na utilização da “grelha de proporções” na Unidade de Marselha.
Tendo em conta, o facto de a arquitetura ser considerada, essencialmente, como um
objeto palpável e funcional, tal não significa que não possa ser entendida enquanto obra
abstrata e puramente visual. Um dos propósitos deste estudo prende-se com a
possibilidade de se encarar o objeto arquitetónico através de uma visão que se aproxima
da pintura pela sua natureza sensível e plástica.
Palavras-chave
Arquitetura; Equilíbrio; Forma; Grelha; Pintura
5
ABSTRACT
The main topic of Arquitetura Como Pintura is based on the grid element. This study
aims to explore other subjects such as shape, balance, composition and proportion,
which derive from the same element and are related directly with the practical work
developed.
Therefore, one proceeds to the study of its application in two different areas of painting,
such as: the abstraction - which focuses particularly on Neoplasticism - and modern
architecture - whose analysis focuses mainly on the theories of Le Corbusier and the use
of "grid proportions" of the “Housing Unit”, Unité d'Habitation de Marseille.
The fact that architecture is seen essentially as a tangible and functional object, does not
mean it can not be considered as purely visual and abstract work. One purpose of this
study concerns the possibility to interpret the architectural object in a way that
approaches painting considering its sensitive and plastic nature.
Keywords
Architecture; Balance; Shape; Grid; Painting
6
7
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS 3
SINOPSE 4
ABSTRACT 5
INTRODUÇÃO 9
I – CAPÍTULO
A ARQUITETURA COMO PINTURA
I.1 - DA ABSTRAÇÃO À GRELHA 11
I.2- ENTRE A PINTURA E A ARQUITETURA A TENTATIVA DA ARQUITETURA
NEOLPLASTICISTA 17 I.3- A GRELHA MODERNISTA 35
I.4 –SOL LEWITT All Variations of Incomplete open cubes 41
I.5 - DA SECÇÃO ÁUREA AO MODULOR 43
II - CAPÍTULO
PROJETO ARTÍSTICO PESSOAL. 49
COMENTÁRIO FINAL 73
BIBLIOGRAFIA 77
ÍNDICE DE IMAGENS 83
ANEXOS 85
8
9
INTRODUÇÃO
Um dos principais objetivos desta dissertação, A arquitetura como Pintura, é descobrir
o cruzamento de duas áreas distintas mas que partilham um vasto território comum e,
talvez, olhar para arquitetura como se de pintura se tratasse.
Esta intenção está intimamente ligada ao desenvolvimento do meu projeto artístico, e
toda a dissertação se baseia neste objetivo, procurando demonstrar onde e como a
arquitetura e a pintura se encontram. Um dos elos de ligação detetados para o
desenvolvimento desta dissertação foi a reflexão indispensável acerca da grelha como
elemento formal e “conceptual”. Deste modo, dá-se especial atenção a elementos como
o traçado das plantas ou a composição geométrica das fachadas, com o propósito de
“materializar” a relação entre a arquitetura e a pintura. Não se recorreu à utilização da
grelha apenas por esta criar uma superfície em perfeito equilíbrio, mas sobretudo uma
imagem de unidade e integridade, criando uma divisão de espaço, regulada e medida,
que exclui o caos e a individualidade. Pode-se caracterizar a grelha como tendo
qualidades físicas próprias da superfície, qualidades que acabam por se transferir para as
dimensões estéticas dessa mesma superfície.
A dissertação encontra-se estruturada em duas partes: o primeiro capítulo divide-se em
cinco subcapítulos e aborda questões teóricas em que se contextualiza e se analisa o
tema; o segundo é reservado apenas para a parte prática, o projeto artístico pessoal.
O primeiro subcapítulo Da abstração à grelha, centra-se em algumas ideias principais
sobre a pintura abstrata, focando, essencialmente, as teorias de Wassily Kandinsky (a
sua posição em relação à pintura abstrata) e a sua análise de elementos como o ponto,
linha e plano, componentes indispensáveis à construção da “grelha”.
O segundo subcapítulo Entre a pintura e a arquitetura - Tentativa da arquitetura
neoplástica aborda, fundamentalmente, a pintura e as teorias de Piet Mondrian,
procurando analisar a relação deste artista com a grelha. Visivelmente relacionado com
o neoplasticismo, são aqui abordadas as tentativas de utilização das teorias da pintura
neoplástica aplicadas à arquitetura. A terceira parte deste subcapítulo é dedicada ao
10
estudo das formas na arquitetura moderna. A análise realizada tem como intuito
dissertar acerca da possibilidade de a arquitetura ser considerada para além de um
objeto físico e utilitário. Assim sendo, pretende-se que esta passe a ser entendida de um
ponto de vista sobretudo formal, enquanto objeto abstrato, eminentemente visual,
aproximando-se da pintura no que concerne à sua natureza sensível e plástica. No
âmbito da arquitetura moderna, considera-se que a grelha pode ser utilizada como um
dos principais elos de ligação entre estas duas disciplinas.
Desta forma, no terceiro subcapítulo, intitulado a grelha modernista, revê-se a análise
de Rosalind Kraus, uma referência fundamental para a compreensão deste tema, no
contexto da pintura moderna e contemporânea.
O quarto subcapítulo é dedicado a uma breve abordagem ao trabalho All Variations
of Incomplete open cubes do artista Sol Lewitt, no qual está presente mais uma vez o
elemento grelha e também características como a série e o modular, essenciais ao meu
projeto artístico.
O último subcapítulo destina-se ao estudo da secção áurea, enquadrado pelas teorias e
obras de Le Corbusier, das quais se salientam a Unidade de Habitação de Marselha e o
Modulor.
O segundo capítulo desta dissertação, a arquitetura como pintura, é dedicado à
apresentação do projeto artístico pessoal, integrando um conjunto de pinturas,
articuladas em nove séries e acompanhadas de uma breve memória descritiva.
Muito sucintamente, este trabalho pretende considerar alguns aspetos essenciais, tanto
da pintura, como da arquitetura, relativamente ao modo como estas se aproximam e se
distanciam, criando, assim, uma nova abordagem para a realidade envolvente.
11
I - CAPÍTULO A ARQUITETURA COMO PINTURA
I.1 - DA ABSTRAÇÃO À GRELHA
Segundo Kandinsky o pintor abstrato não recebe o seu “impulso” para pintar apenas de
um fragmento da natureza, mas sim de toda a natureza nos seus aspetos mais diversos.
Esta síntese procura a forma de expressão que melhor lhe convenha, ou seja, a forma
não-figurativa. A forma abstrata é mais vasta e mais livre do que a forma figurativa e o
seu conteúdo é mais rico1. Ao contrário da representação natural, na qual a relação
equilibrada é expressa pela posição, dimensão e valor das formas naturais, na
representação abstrata a relação equilibrada é expressa pela posição, dimensão e valor
de elementos diversos, da linha reta à superfície retangular.
“[…] Uma vez que ela cria um objeto, e que, consequentemente, o Belo não existe nela abstraído da natureza, sendo diretamente produzido pelos seus próprios meios. A pintura não-figurativa é tao concreta e tao objetiva como o Belo que encarna na natureza.”2
A arte só é possível quando nos abstraímos da mesma, “o pintor é o único a ter o
direito de olhar sobre todas as coisas sem nenhum dever de apreciação”.3 A pintura
abstrata ou “concreta” é um universo completo: podemos não saber o que representam
um círculo e um quadrado, no entanto é figurativa sem sair do universo, “que está lá”4.
A pintura deixa de ter função referencial, representativa e metafórica, para ser auto-
referencial, acabando por não apelar nem evocar nada que não seja ela própria. Deste
modo as formas escolhidas são as percetíveis e instantâneas para todos, são formas que
se dirigem diretamente à mente do observador.5 O artista acaba por não nomear, apenas
exprime, obrigando o observador a reagir e a apreender o significado da obra, “Uma
forma pode ser significativa, bela agradável para o espirito e para o olhar, mesmo
quando não representa nada”6, que lhe seja exterior.
1Cf. KANDINSKY, Wassily, O futuro da pintura, Lisboa : Edições 70, 1999.p.58 2 Ibidem, p.99. 3 MERLEAU -PONTY, Maurice, O olho e o Espírito, Lisboa, Editora Passagens, 2006, p.16. 4 Esses elementos são algo em si. 5 O quadrado é reconhecido por Malevitch como um valor formativo, como um zero no corpo complexo da Arte. 6 VALLIER, Dora, A Arte Abstrata, Edições 70, Lisboa : 1986, p.15.
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Partindo de uma equiparação entre aquilo que intitulava de pintores com objeto e sem
objeto, Kandinsky respondeu que os pintores “abstratos” têm de provar que a pintura
“sem objeto” é uma verdadeira pintura e tem o direito de existir ao lado da outra.
“[…] os partidários da pintura com objeto provem que o tema em pintura é tão indispensável como a cor e a forma (no sentido restrito), sem as quais a pintura não se saberia imaginar. Algumas das nossas pinturas “abstratas” atuais são, no melhor sentido da palavra, dotadas de vida artística: possuem a pulsação da vida, irradiam e exercem uma ação sobre o interior do homem (por intermédio do olho) de um modo puramente pictórico” 10 11.
No que diz respeito à asserção “A natureza da arte é para sempre imutável” Kandinsky
afirmou que “[…] Só provoca impasse o que volta as costas ao espirito; o que nasce do
espirito e o serve resolve todos os impasses e conduz à liberdade”12.
Afirma ainda Kandinsky em relação ao trabalho intelectual:
“Podemos afirmar que existiram na história da arte períodos nos quais a colaboração da razão (trabalho intelectual) desempenhou um papel não só importante, como decisivo. Será pois inegável que o trabalho intelectual constituiu por vezes uma força de colaboração necessária. Por exemplo, sobre uma superfície calculada segundo proporções matemáticas, eu desenhava a imagem projetada mas a cor modificava de imediato as proporções do desenho tao profundamente que não nos podiam remeter apenas à “matemática”. Qualquer artista para o qual os elementos são coisas vivas, sabe bem disto. Para além disso e apenas na cor (esquecendo tanto quanto possível a forma) a matemática “matemática” e a matemática “pictórica” são domínios totalmente diferentes. A lei fundamental que rege o método de trabalho e as energias do pintor “com objeto” e do pintor “sem objeto” é absolutamente a mesma. As obras “normais” da pintura abstrata jorram da fonte comum a todas as artes: a intuição. A razão desempenha em todos os casos o mesmo papel: colabora, quer se trate de obras copiando ou não objetos, mas sempre como fator secundário”13.
Por fim, quanto à acusação da arte abstrata ser apenas geométrica, Kandinsky
contrapõem com uma pergunta: “[…] por que razão uma pintura, na qual se
10. Ibidem, p.35. 11 Em relação à acusação da arte abstrata ser um impasse Kandinsky afirmou que: “[...] os impressionistas, os cubistas, e os expressionistas e os pós-impressionistas não ouviram eles a absolutamente as mesmas profecias? Afirmava-se que os impressionistas rebaixaram a arte devido ao seu gosto pela paisagem e que este gosto correspondia a um decrescimento catastrófico da força criadora. Não se falava apenas de impasse mas também de morte da pintura […]” . Ibidem, p.36. 12 Ibidem, p.36. 13 Ibidem, p.37-38.
14
reconhecem as formas “geométricas”14, se diz “geométrica” enquanto que uma pintura
na qual se reconhecem formas vegetais não é chamada “botânicas?”15.
Para Kandinsky, os elementos da forma são como seres vivos e atuam sobre o espírito
do espectador; por esse motivo um ponto corretamente colocado metamorfoseia as
formas de modo a contentar o observador16. Contudo, se este mesmo ponto for mal
colocado, nenhuma reação provoca no observador.
Através da sucessão de pontos surge a linha reta que apresenta, na sua tensão, a forma
mais concisa da infinidade de possibilidades do movimento17. Ainda segundo
Kandinsky, nas obras bidimensionais, existem três espécies de linhas retas – horizontal,
vertical e obliqua -, as restantes são apenas variantes, das mesmas18.
Ao analisar as linhas vertical e horizontal quanto à sua associação com a cor, impõe-se a
comparação com o Preto e o Branco, por serem cores silenciosas19. Deste modo, o Preto
e Branco estão fora do círculo espectral, e as linhas horizontal e vertical também têm
um lugar à parte entre as linhas porque, na sua posição central, são únicas e, por este
motivo, estão isoladas.
14 Johannes Itten defende que “ A forma geométrica é a forma que pode ser mais bem compreendida e definida. Os seus elementos básicos são o círculo, o quadrado e o triângulo. O germe de qualquer forma possível encontra-se nestes elementos. Visível para quem olha… invisível para quem não o faz.”apud. RUHRBERG, Karl, Arte do século XX, Köln, Taschen, 1999, p. 177. 15KANDINSKY, Wassily, O futuro da pintura, p.38. 16 Assim, a teoria da forma abstrata, como realidade absoluta, supera a ambiguidade das teorias do cubismo e do surrealismo e a condição dialética que a obrigava a um contínuo contraste com a forma representativa. A forma, como presente absoluto, não é aquela que realiza com prontidão, no sentido impressionista, mas aquela que realiza o espírito no seu imediatismo. VENTURI, Lionello, História da crítica de arte, Lisboa : Edições 70, 1998, p.254. 17 “Uma repetição deste ponto no plano original provoca evidentemente, um resultado bem mais complicado ainda. A multiplicação é um fator poderoso para aumentar a emoção interior e, ao mesmo tempo, para criar um ritmo primitivo que é, novamente, um meio para obter uma harmonia primitiva em toda a arte” “Quando uma força exterior faz mover o ponto numa direção determinada, cria-se o primeiro tipo de linha que mantem inalterável a direção tomada, como uma tendência para continuar sempre a direito em direção ao infinito”. KANDISNKY , Wassily, Ponto, Linha, Plano, edições 70, Lisboa 2011, p.45 e 61. 18“1-A linha reta mais simples é a linha horizontal. Corresponde na conceção humana à linha ou à superfície sobre a qual o homem repousa ou morre. A horizontal é, portanto, uma base de sustentação fria, que pode estender-se em todas as direções. O frio e o plano são ressonâncias de base desta linha que podemos designar como a forma mais concisa da infinidade de possibilidades de movimentos frios. 2-Exterior e interiormente, em oposição a esta linha, encontramos, em angulo reto, a linha vertical onde o plano é substituído pela altura, ou seja, o frio pelo quente. Assim, a linha vertical é a forma mais concisa da infinidade de possibilidades de movimentos quentes. 3-A terceira linha reta-tipo é a diagonal, esquematicamente tomada num angulo idêntico para cada umas das linhas precedentes, tendo por isso a mesma inclinação em relação às duas, o que define a sua sonoridade interior- união em partes iguais do quente e do frio. Portanto é a forma mais concisa da infinidade de possibilidades de movimentos frios-quentes”. Ibidem, p.62-63. 19 Às quais se chamava, ainda recentemente, “não-cores” e a que se chama hoje, impropriamente, “cores não- vivas”.
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Stijl propôs criar uma arte pura, composta de elementos puros, cuja ordem, feita pelo
homem, se oporia à reprodução da natureza e às linhas tortuosas, curvas ou
intermitentes das formas naturais.
Para Mondrian o método de reduzir tudo a um denominador comum era infalível.
Qualquer imagem poderia ser desconstruída em linhas horizontais e verticais, e deste
modo disseminar-se na superfície, anulando a hierarquia associada à imagem
centralizada. A imagem procurava então revelar a estrutura subjacente do mundo, que
não é mais que um recetáculo de oposições binárias; o mais importante era demonstrar,
no entanto, que estas podiam neutralizar-se mutuamente, num equilíbrio universal29. O
método de redução de Mondrian é um princípio de tensão máxima: uma linha reta não é
mais do que “uma curva tensa”. Este processo é também evocado para a superfície e
para a cor, quanto mais planas mais tensas, segundo Mondrian:
“A nova ideia plástica não pode, portanto, assumir a forma de uma representação natural ou concreta, embora a última indique sempre o universal até um certo ponto ou, pelo menos, o oculte no seu interior. Esta nova ideia plástica ignorará os pormenores aparentes, ou seja, a forma e a cor naturais. Antes pelo contrário, deverá encontrar a sua expressão na abstração da forma e da cor, ou seja, no traço direito e numa cor primária claramente definida. […]”30.
Partindo do visível, ou seja, do exterior, o espaço no neoplasticismo é expresso não por
uma opção plástica próxima do natural mas por uma abordagem do plano. Deste modo,
o “não visível” é considerado a expansão da pintura, manifestada pela expressão do
espaço, pela tranquilidade e pelo movimento equilibrado, pela luz e pela cor plana e
pura. A linha e a cor no neoplasticismo são consideradas meios de expressão plástica
em si e livres de conotação com o mundo real, tornando-as deste modo livres para
traduzir o universal através de uma expressão definida.
“Esforcei-me durante muito tempo por descobrir quais as particularidades de forma e da cor natural que despertam estados sensíveis subjetivos e perturbam a realidade pura. Por detrás das formas naturais mutáveis jaz a realidade pura que é inalterável. – aquilo que é universal para além de cada aspeto particular da Natureza baseia-se no equilíbrio dos contrastes. Na natureza todas as relações estão veladas pela matéria. – enquanto a realização se servir de uma «forma», seja ela qual for, é impossível realizar relações puras. Por isso a nova Realização se libertou de toda a forma” 31.
29Cf. FOSTER, Hal, [et al.] - Art since 1900 : modernism, antimodernism, postmodernism, p.148. 30 Piet Mondrian, citado em, JANSON, H. W., A nova História da Arte de Janson : a tradição ocidental, p.1036. 31 Piet Mondrian, citado em, HESSE Walter, Documentos para a compreensão da pintura moderna, edição livros do Brasil, lisboa, p.191
19
Para os limites da forma serem definidos por uma linha de contorno, esta terá de ser
uma linha reta. A aparência da forma estará numa relação equilibrada com a expressão
plástica exata, que é sensorialmente percetível como linha reta; e se a linha se tornar
reta, a cor poderá atingir a sua definição máxima. A expressão plástica das linhas
horizontais e verticais e a relação que estabelecem entre si são de força e tranquilidade
interior.32 Como a coerência do neoplasticismo tem como princípio o equilíbrio da
forma e da cor.
“Sabemos que na natureza todas as relações são dominadas por uma única relação primordial, que é definida pela oposição de dois extremos. O plasticismo abstrato representa esta relação primordial com grande precisão, através de duas posições que formam um angulo reto. Esta relação posicional é de todas a mais equilibrada, uma vez que expressa com perfeita harmonia a relação entre dois extremos e nela contém todas as outras relações […] Se concebermos estes dois extremos enquanto manifestações de interioridade e de exterioridade, veremos que o novo plasticismo deixa intacto o laço que une o corpo ao espirito; assim, em vez de o considerar a negação da vida verdadeiramente vivida, veremos uma reconciliação do dualismo espirito – matéria”33.
Ao referir a linha reta e a ortogonalidade como princípios essenciais na pintura de
Mondrian, podemos constatar que todas essas linhas perpendiculares formam uma
grelha34. Contudo, a tela pode representar apenas uma parte desse potencial da repetição
infinita característica da grelha: o facto de não podermos circunscrever a grelha faz com
que esta expanda os próprios limites da pintura, ou seja, transforma-se numa
assimilação dos limites do exterior para o interior da pintura.
32 “…A natureza é perfeita, pois o homem não necessita, em arte, da natureza perfeita. Precisamente porque é perfeita. Necessita, pelo contrário, da representação do que é mais interior…” MONDRIAN, Piet, Neoplasticismo na Pintura e na Arquitetura, São Paulo, Cosac Naify, 2008. Idem. p. 167. 33 JANSON, H. W., A nova História da Arte de Janson : a tradição ocidental, p.1036. 34“ Mesmo um angulo reto é ainda no plano uma forma especial. Mondrian explica como neutralizou também esta forma e como «desnaturalizou» a cor natural, de modo a deixar ficar apenas as proporções puras e universais. A própria palavra «harmonia», que em conformidade com esta teoria, designa um valor sensorial ainda natural e portanto particular, deve ser substituída por uma relação de equilíbrio. Esta é tão geral como a função matemática, mas não é matemática, é inteiramente irracional e, como função pura sem substrato, é dinâmica. Como realidade universal não derivada doutra, neste sentido portanto não deduzia (abstratamente), ela chama-se concreta.” HESSE, Walter, Documentos para a compreensão da pintura moderna, p.183.
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No entanto, Mondrian apercebeu-se que a grelha modular não estava de acordo com as
suas próprias teorias e crenças: uma vez que as grelhas eram baseadas na repetição e a
divisão numa rede de quadrados incorporava um efeito de ilusão de ótica (todas as
ilusões eram características da natureza), Mondrian sentiu que as mesmas contradiziam
a procura do “natural”. 37
O neoplasticismo nasce assim de um desejo renovador; é uma arte totalmente nova, uma
arte purificada, que mostra de forma evidente as leis da validade geral que fundamentam
a construção da nova realidade.
“A vida do homem verdadeiramente moderno não é puramente materialista nem totalmente emocional e manifesta-se antes como existência autónoma da mente humana enquanto esta torna-se consciência de si. A arte será o produto de outra dualidade do ser humano: o produto de uma exterioridade cultivada e de uma interioridade mais profunda e mais consciente. Enquanto representação pura da mente humana, a arte expressar-se-á de forma esteticamente purificada, ou seja, abstrata” 38.
O neoplasticismo procura as relações puras nas quais o espírito moderno se pode
reconhecer. O mundo concreto, é evocado não pela aparência visível mas por algo que
lhe é interior, e a realidade visível só pode abranger a consciência da época atual através
do “plasticismo” do real abstrato39.
Mondrian irá substituir a cor natural pelas primárias, segundo uma classificação que
diferencia duas pulsões: interior e exterior. Por exemplo, o amarelo e o azul são
considerados as cores mais interiores e o vermelho a mais exterior; então, uma
composição apenas com azul e amarelo será mais interior do que uma composição que
recorre às três cores primárias.
37 Ibidem, p150-151. 38 JANSON, H. W., A nova História da Arte de Janson : a tradição ocidental, p.1036. 39 Também se pode designar como abstrato não por ser apenas uma expressão direta do universal, mas porque a sua expressão exclui o individual, o natural concreto.
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formas. No entanto esta relação deve ser entendida como tendo um caráter platónico, ou
seja, a natureza será um meio bastante seletivo para encontrar a ideia e a forma ideal.
É fundamental considerar a dimensão estética enquanto ponto de partida, não a estética
tradicional, que para alguns levou à decadência da arquitetura, mas sim uma nova
estética que suprime as leis da harmonia natural, da simetria e da composição clássica.46
“Tanto como expressão plástica exata da cor intensificada como da relação, o neoplasticismo pode expressar o equilíbrio entre espírito e sentimento. O equilíbrio na expressão plástica, contudo, exige a mais exata técnica. Embora o neoplasticismo aparentemente tenha abandonado toda a técnica, esta, na verdade, tornou-se tao importante que as cores precisam ser pintadas no próprio lugar onde a obra será vista. Só assim o efeito das cores bem como as relações poderão adequar-se, já que elas são interdependentes de toda a arquitetura – que, por sua vez, deve harmonizar-se completamente com a obra” 47.
Analisaremos de seguida uma série de princípios enunciados por Mondrian, que se
referem às exigências e à capacidade de resposta da arquitetura, no qual a utilidade com
frequência exige a repetição, “à maneira da natureza”. É nesta situação que o arquiteto
tem a necessidade de utilizar o conceito da “expressão plástica” e a dificuldade está em
conseguir confluir as dimensões plástica e utilitária. Existem contudo soluções que
permitem que estes dois propósitos sejam conseguidos, colocando em harmonia a ideia
puramente plástica com as exigências práticas. Passaremos a enumerar as seis condições
que Mondrian expressa para que este equilíbrio seja alcançado:
1- “O meio de expressão plástica deve ser o plano retangular ou o prisma, numa cor primária (vermelho azul ou amarelo) ou em uma não cor (branco, preto ou cinza). Na arquitetura, o espaço vazio vale como não cor. A matéria desnaturalizada pode ser considerada como cor.
2- É necessária a equivalência em dimensão e a cor dos meios de expressão plástica. Se forem diferentes em dimensão e cor, devem ter o mesmo valor. Em geral, o equilíbrio indicado para uma grande superfície de não cor ou espaço vazio é uma pequena superfície de cor ou matéria.
3- A dualidade contraposta no meio de expressão plástica é igualmente exigida na composição.
4- O equilíbrio invariável é atingido por meio da relação da posição e é expresso plasticamente pela linha reta (delimitação do meio puro de expressão plástica) na sua contraposição principal, isto é, perpendicular.
46Cf.. MONDRIAN, Piet, - Neoplasticismo na Pintura e na Arquitetura, p.153. 47 Ibidem, p. 48.
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espírito absoluto.51
Ao considerarmos uma das principais diferenças tradicionais entre o pintor e o
arquiteto, o facto de o pintor procurar imitar a natureza e o arquiteto não, podemo-nos
interrogar se a pintura, real, abstrata do neoplasticismo, poderá ou não ter quebrado esta
separação. Poderá ser este um dos caminhos para a “união” da pintura e da arquitetura,
como desejava Mondrian?
51 Ibidem p.20.
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utor caracter
sentido trad
vés das sua
em desse co
itetura mod
termos rac
itetura mod
MONTANER
Barcelona, Edinsultar anexo gundo Montan
oral do homeamento do esp
MONTANER.89.
século XX,
periências d
fragmentaç
m a decomp
seus elem
exemplo, n
composição
mas Rietveld, m Utrecht, 1924
rizou ainda
dicional, se
as caracterí
onceito de c
derna, tudo i
cionalismo
derna, que
R, Josep Mariaitorial Gustavofig.5-7. ner o pensam
em e do espaaço” e que a “
R, Josep Maria
, a teorizaç
das vanguar
ção do mund
osição das f
mentos ess
a casa Schr
de elemen
4.
a arquitetur
endo este d
ísticas tipol
aráter consi
isso perde se
e funciona
tem sido
a, - A Moderno Gili, S.A, 20
mento de Meraço existenci“consciência da, A Modernid
29
ção arquite
rdas. Segun
do em diver
figuras da a
enciais, co
roeder em U
ntos geomét
Fig.2 Inter
ra moderna
definido co
lógicas, plá
iste na evoc
entido, a ar
alismo apa
encarada s
nidade Supera001, p.65 e 66
rleau Ponty taial, demonstrdo lugar é semdade Superada
etónica raci
ndo Josep M
rsas unidad
arte e da arq
omo aconte
Utrecht, Ger
tricos primá
20 Gerrit Thomrior da Casa S
como uma
omo a próp
ásticas, téc
cação dos id
quitetura to
arecem ind
sobretudo d
da – arquitetu6.
ambém encona que a “est
mpre uma consa – arquitetur
ionalista te
Maria Mon
es primária
quitetura, co
ece com o
rit Thomas
ários como
mas Rietveld, chroeder em U
ausência da
pria identid
nicas e fun
deais do pas
rna-se apen
dissociavelm
do ponto d
ura, arte e pen
ntra reflexão strutura do posciência posicra, arte e pens
eve como m
ntaner, o m
as e abstrata
om o objeti
o elementar
Rietveld (1
linhas, pla
, Utrecht, 1924
a ideia de c
dade do ed
ncionais54.
ssado, no ca
nas ela próp
mente ligad
de vista téc
nsamento do s
sobre a experonto horizontcional”. samento do sé
motor
étodo
as está
vo de
rismo
1924),
anos e
.
aráter
difício
Se a
aso da
ria55.
dos à
cnico.
século
riência te é o
culo
Segu
sufic
mode
psico
Peter
Nele
posit
Eisen
do hu
Fig.21Ensai
56 Cf. 57 Cf XX, p58 Ibid
undo Alvar
cientemente
elo, o func
ofisiologico
r Eisenman
considera
tivismo, ma
nman ainda
umanismo,
“Dos tiposarquiteturaaquela qumatemáticohabitação prazão anal
1 Alexander Kos de diferent
AALTO AlvaMONTANER.76. dem, p.64 e 65
r Alto o e
profunda. A
cionalismo
o e este será
dedica em
a que o f
ais que um
a não se alca
como encon
s de racionaa do principie se baseiaos que tendepropostos pítica aplicad
Klein, 1929 tes fogos-tipo
ar, A HumanizR, Josep Maria
5.
erro está n
Apesar das
é correto
o caminho
1976 um d
funcionalism
ma alternati
ançou uma a
ntraram, Ka
alidade existeio do século a na distinçm à abstraçã
por Alexandeda à arquitetu
(1).
zação da arqua, - A Modern
30
no facto d
criticas pos
se for pen
para human
de seus prim
mo em arq
iva é uma
arquitetura
asimir Male
entes – analXX relacion
ção e classião. Os quader Klein nosura” 58.
uitetura, in Arnidade Supera
de essa ra
steriores às
nsado de m
nização da
meiros escrit
quitetura c
fase tardia
abstrata, lo
evich e Piet
lítica, concrna-se especiaificação, uti
dros comparas anos vinte
Fig.22.AlexanEnsaios de di
rquitetura, nº3da – arquitetu
cionalizaçã
visões mais
modo a abr
arquitetura5
tos ao “pós-
constitui um
a do human
nge das nor
Mondrian57
eta, dialéticaalmente com ilizando proativos de pla
seriam um
nder Klein, 19ferentes fogos
5 agosto, Lisbura, arte e pen
ão não ter
s redutoras
ranger o c56.
-funcionalis
ma variant
nismo. Seg
rmas domin7.
a, histórica.a razão ana
ocessos lógiantas de célu
paradigma
929 s tipo (2).
boa, 1950, p.7nsamento do s
sido
desse
ampo
smo”.
te de
gundo
nantes
.. -, a alítica, icos e las de desta
7-8. século
Segu
por s
sua e
“a fo
Neste
more
a fav
impo
do u
renun
integ
intere
Fig.23
59GRAEditor
undo Dan G
ser aparente
estrutura ma
orma eficaz
e mesmo se
e que funcio
vor do cara
ortante era d
universo pi
ncia-o e de
grar uma fo
essava era a
3 Esquema de
AHAM, Dan -rial Gustavo G
Graham, no
emente elim
aterial: “Do
é bela, a fo
entido vale
ona como u
acter simpl
descobrir o
ictórico. Al
efende que
orma harmó
a interpretaç
e “simplificaçã
- El arte com Gili, SL, 2009
edifício fun
minada, acab
o ponto de v
orma bela é
a pensa rele
um manifest
ificado, ess
s aspetos es
lberti tamb
a obra dev
ónica de pro
ção matemá
ão” de uma fa
relación a la a
9, p. 15 e 16.
31
ncionalista a
bando por n
vista estétic
eficaz”59.
embrar a ex
to contra a
sencial das
ssencialmen
bém aborda
veria ser cl
oporções nu
ática da natu
achada.
arquitetura. L
a forma sim
não existir
co, esta ide
xpressão de
ornamentaç
formas. Pa
nte estrutur
a a proble
lara e pura
uméricas nu
ureza.
La arquitetura
mbólica do o
diferença e
eia expressa
Mies Van
ção consider
ara Piet M
ais, formais
mática do
a, e que o
uma grelha
con relación
ornamento a
entre a form
a-se no prin
der Rohe L
rada supérf
Mondrian, o
s e compos
ornamento
edifício ter
a modular, o
al arte, Barce
acaba
ma e a
ncípio
Less is
flua, e
mais
itivos
o, ele
ria de
o que
elona,
Fig.24
A ar
pelo
relaç
Corb
criaç
senti
resso
com
coraç
Segu
domí
os no
ou pe
estes
espír
60 Le C61 Do MONp.18762 Cf,
4Andreas Gur
rquitetura re
homem, d
ção entre as
busier atravé
ção do seu e
idos, provo
onâncias pr
a ordem do
ção; é então
“ […] nós esta outra,realidade, que, além possibilidaessencial, outilizem o m
undo Le Cor
ínio, empre
ossos desejo
ela brutalid
s elementos
rito mede62.
CORBUSIERfilme de Mich
NTANER, Jose. Le CORBUS
rsky, Montpar
esulta da a
distantes da
s linhas e o
és do orden
espírito: “atr
ocando emo
rofundas, dá
o mundo, d
o que sentim
sabemos que, e outra maabsoluta, mdos limites
ade inesgotáoutorguem umínimo repo
rbusier, a ar
egar os elem
os visuais e
ade, pelo tu
plásticos s
R,Teoria e Críthelangelo Antep Maria, - A M
SIER, Por uma
rnasse Paris, 1
rticulação d
as formas q
os planos o
namento da
ravés das fo
oções plásti
á-nos a med
determina m
mos a beleza
e abaixo da ais abaixo d
misteriosa, qus visíveis davel de elab
uma maior crtório de for
rquitetura te
mentos susce
dispô-los d
umulto ou p
são formas
tica de Arquittonioni e WimModernidade
a Arquitetura,
32
993, 350x180
de formas
que encontr
ortogonais
as formas, o
formas [a arq
icas; pelas
dida de uma
movimentos
a” 60.
imagem revedesta ultimaue ninguém a busca e
boração de pcontundênciarmas para co
em tudo a v
etíveis de a
de forma a a
pela serenid
que os nos
tetura Século Xm Wenders Alé
Superada – ar
, São Paulo, P
0cm , arquiteto
abstratas, g
ramos na n
que criam
o arquiteto
quitetura] af
s relações
a ordem que
diversos do
elada há out, até chegarverá nuncada fenomenpropostas a
a possível àsonseguir o má
ver com emo
atingir os no
afetar a noss
ade, pela in
ssos olhos v
XX, [s.l.], Calém Das Nuvenrquitetura, art
Perspetiva, 19
o Jean Dubuis
geométricas
natureza. É
uma nova
cria uma or
feta intensa
que cria d
e sentimos e
o nosso esp
tra mais fiel r à verdadei”. […] Podí
nologia miniarquitetónicas ideias, ecoáximo” 61.
oção plástic
ossos sentid
sa perceção
ndiferença o
veem claram
eidoscópio, 20ns, 1995 – citae e pensament
77, p.7.
sson.
s, criadas ap
o equilíbr
beleza. Par
rdem que é
amente os n
desperta em
em concord
pírito e do n
à realidade,ira imagem
díamos estabimalista, exas que recrionomizem m
ca e deve, n
dos, de satis
o, pela delic
ou pelo inter
mente, e o n
010, p.116 ado em to do século X
penas
rio da
ra Le
é pura
nossos
m nós
dância
nosso
e sob desta
elecer iste a iem o eios e
no seu
sfazer
adeza
resse;
nosso
XX,
As p
tipo
const
como
“Ma
geom
repet
profu
63 GR64 Emcomo Carta décad1952.65 Cf. 66 Ibid
“A arte e arquiteturadeste modoa criação simbólica utópica de p
propostas ur
de desme
tituem o cu
o elemento
s como s
métricas?” N
tição de for
undidades d
“O olho dodos volumealterações uma aglomproporçõesdelas satisf
RAHAM, Dan m 1930, Le Cor
plano para umde Atenas, pu
das de 1930 e LE CORBUS
dem, p.27.
Fig.25 Pode Le Cor
a arquitetura acabaram o os arquitetde uma linge (supostampura função
rbanísticas m
mbramento
ulminar do
básico da c
sentimos u
Nada produ
rmas e dim
da perspetiv
o espectadores que se eleintempestiva
meração incos justas, o ofações de ord - El arte com rbusier torna-ma reforma soublicada em 191940, que culm
SIER, Por uma
ormenor da facrbusier.
ra construírapor identifi
os da Bauhaguagem “autmente) livre do e materialid
modernas, c
o das parte
sistema de
idade racion
uma rua
uz uma ilu
ensões fam
a arquitetur
r move-se nuevam à voltaas, se a ordeoerente, se alho transmitdem superior relación a la a
-se membro atocial.Os princ943. O seu caminaram no p
a Arquitetura,
33
chada da Unid
am-se a particar-se comaus consideratónoma”, umde toda a cdade” 63.
como a Vill
es dos obj
e agrupamen
nalista64.
quando pe
usão mais v
miliares ao n
ral65.
um espaço fea. Se esses voenação que a relação ente ao outro r: isso é arqu
arquitetura. Ltivo do movimcípios da Villearáter utópico projeto da prim
, p31.
dade de Habita
tir de unidam a noção pavam que a f
ma linguagemcontaminação
le radieuse d
jetos. As u
nto e da pr
ercebemos
vivida do e
nosso olho
feito de ruas olumes são fos agrupa exntre os volumsensação couitetura”66.
La arquitetura cmento sindicale radieuse foraesteve na origmeira Unité d
ação de Marse
des modularrimitiva da função da sum liberal, ano ideológica
de Le Corb
unités d’ha
roposta do
as casas
espaço do
e observada
e de casas. formais e nãxprime um rmes e o esp
oordenadas e
con relación alista e propõe am mais tardegem de vários d'Habitation em
elha
res […]a ar“arte pela
ua arquiteturnti territórioa, uma lingu
busier, reflet
abitation (
edifício col
s como fo
que a cons
das em difer
Recebe o cão degradadoritmo claro, paço são feite o espírito
al arte, p. 14 ea Ville Radieu
e incorporadoplanos durant
m Marselha em
te e a arte”, ra era o, anti uagem
tem o
1952)
letivo
ormas
stante
rentes
hoque os por e não tos de retira
e 15. use s na te as m
34
I.3 -
No p
das v
partir
da pr
coisa
antec
como
pintu
persp
casos
tridim
fresc
dime
relaç
Fig.26A ado
Pelo
perce
pintu
dime
67 C.f. 1996 ,68 Parespaç69 KRA
A GRELHA
princípio do
vanguardas
r daí emble
ré-guerra, e
as, a vonta
cedentes no
o nos estudo
ura sobre u
petiva sejam
s a grelha
mensional.
co ou pintu
ensões em
ções das pro
6 Leonardo daoraçao dos ma
contrário
ecionamos,
ura. Pode d
ensões estéti
KRAUSS, Rosp.23
ra Durer, por eo a três dimenAUSS, Rosalind
MODERNIST
século XX
históricas e
ma dos ano
e tornou-se c
ade de silên
os séculos X
os de Ucell
uma “grelh
m realmente
a é colocad
A grelha ti
ura de form
duas, podia
oporções har
a Vinci, agos, 1481.
a grelha
na superfíc
dizer-se que
icas da mes
salind, -La orig
exemplo, a grensões para o pd, La originalid
TA
a grelha su
em França
os modernos
cada vez m
ncio da art
XV e XVI;
lo, Leonardo
ha”)68. Con
e exemplos
da ao serv
inha como u
ma exata, p
a também t
rmónicas.
que surge
cie de uma
e as qualid
sma superfíc
ginalidad de la v
elha é um instrplano (bidimendad de la vangu
35
urgiu enquan
e mais tard
s e das artes
mais rigorosa
te moderna
encontramo
o e Durer, (
ntudo, não
de grelhas,
viço da re
utilidade a
permitindo
tornar-se na
F
no século
pintura, pr
dades física
cie69.
vanguardia y ot
trumento que pnsional) da pinuardia y otros m
nto element
de na Rússi
s visuais. Af
a e manifes
a67. Mas a
o-la já nos
(que estrutu
se pode a
, equiparáve
epresentação
transferênc
transforma
a matriz na
Fig.27 Durer, Animals, 150on paper, 32
o XX, não
rojeta-se a s
as da super
tros mitos mode
permite transpntura. mitos modernos
to formal ex
ia e Holand
firmou-se n
ta, anuncian
grelha do
tratados de
uravam e or
afirmar que
eis às mais
o, no plan
cia de um d
ar perceptiv
a qual se re
Virgin With a03, Pen and ink2,1 x 24,3 cm
o projeta o
si própria, é
fície transf
ernos, Madrid, A
por de forma e
, p.24.
xplicito em
da, tornando
na pintura cu
ndo, entre o
século XX
perspetiva,
rganizavam
e os estudo
recentes. N
no, da real
desenho par
vamente as
epresentava
a multitude of k and waterco
o mundo,
é a superfíc
ferem-se pa
Alianza Editori
exata a perceç
obras
o-se a
ubista
outras
X tem
, bem
a sua
os de
Nestes
lidade
ra um
s três
am as
olour
como
cie da
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ial,
ção do
Fig.28Acrili
Segu
modo
orden
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dime
modo
natur
camp
autor
embl
Ao r
enco
70 VID71KRA
“Espacialmconstituídainfinito, potela (imagides-hierarqmodulaçãoa exaltaçãonega a peperpétuo”
8 Robert-Rymico s/ papel, 2
undo Rosali
os distintos
nada, declar
real. No rig
ensões do re
o, a regula
reza, mas s
po estético
rreferencial
lema da mo
reformularem
ntraram um
DAL Carlos, FAUSS, Rosalind
mente, a grela por uma mois a composinariamente, quização e o despe-se deo da referidaerspetiva e 70.
man, Classico 31,1x227,3cm
ind Krauss
s: espacial
ra a autono
gor das suas
eal, substitu
aridade omn
im de uma
como um
do espaço
odernidade,
m a grelha
m território c
Falemos apend, La originalid
lha/rede é ummodulação ssição-grelha claro); tratadessubjectiv
e intencionala planitude).a temporali
IV ,1968,
m.
a grelha re
e tempora
mia da esfe
coordenada
uindo-as pel
nipresente d
determinaç
mundo à p
o da arte. E
a forma am
de forma ra
completame
nas de pinturadad de la vangua
36
ma forma sinsem crescend
pode prolona-se de uma vação; a slidade, a sua. Em termosidade; devem
eafirma a m
al71. No sen
era da arte.
as, a grelha
la extensão
da sua org
ção estética
parte, a gre
Em relação
mbígua do s
adical, o cu
ente desconh
a. ardia y otros m
ngular, a mados e autosngar-se parageometria p
sua modulaa regularidads de conteúdomos dizer q
Fig.29 R Stretche
modernidad
ntido espac
A grelha é
a acaba por e
lateral de u
ganização re
a. Ao apres
elha declar
à dimensã
século XX,
ubismo, De
hecido.
mitos modernos,
ais singular suficiente; u
a todos os larimária fundção é não de não tem co e simbolism
que ela sina
Robert Rymaned Drawing, 1
de da arte m
cial a grelh
antinatural,
eliminar a m
uma única s
esulta, não
entar as rel
a um carac
o temporal
inexistente
Stijl, Mond
p.23-24.
das formas, uma figuraçãados exteriordada na repe
discursiva,conteúdo (qumo, a rede/g
aliza um pre
n, 1963, [5 x 5 gr
moderna de
ha geometri
, anti mimé
multiplicida
superfície. D
da imitaçã
lações dent
cter autóno
l, a grelha
e no século
drian e Mal
aliás, ão do res da etição, esta
ue não grelha esente
rid].
e dois
izada,
ética e
ade de
Deste
ão da
tro do
mo e
é um
XIX.
levich
A ca
refer
expre
A gr
mode
conté
outro
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para
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Fig.30Óleo s
Para
era u
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arte
72NOGmoder73C.f.
“Estamos nvisão probnecessariamestrutura drepresentatalternativa
arência de
rencial, com
essando o s
relha é uma
erna, valore
ém esta ind
o. O poder
materialismo
a nossa fé
mplos deste
0 Ad Reinhards/ tela, 197,5x
os que con
um emblem
nção. Kurt S
é um conc
GUEIRA, Isabrnismo, CoimKRAUSS, Ro
neste momenblematizante mente dar-lhdo pós-modetivo da abstr
a contemporâ
hierarquia,
mo a sua hos
ilêncio, pos
a estrutura c
es teoricam
decisão nas
mítico da g
o (ou da ciê
(ou ilusão,
poder.
dt, 1953 x197,5cm.
nsideram qu
ma de extrem
Schwitters
ceito primo
bel, Teoria da
mbra : Imprensosalind, La or
nto no limiarde represen
he forma, pernismo tem ração (ausênânea ao mode
, de centro
stilidade à n
ssuindo uma
cuja dimens
mente antagó
suas conexõ
grelha resid
ência, ou lóg
ou ficção)7
ue a arte se
mo desinter
defende est
ordial exalta
a arte no sécula da Universid
riginalidad de
37
r de uma artntação, na qpois pode ne
a sua protoncia), que só dernismo”72.
o e de inf
narração. A
a estrutura q
são mítica
ónicos. A a
ões: existe
de em fazer-
gica) e, em3. A obra d
inicia numa
resse da ob
ta mesma t
tado como
lo XX : moderdade de Coim
e la vanguardi
te pós-moderqual represeem existir oo-história ne
agora podem
flexão, refo
grelha neg
que se afirm
de algum m
ambivalênci
a matéria p
-nos crer qu
m simultâneo
e Ad Reinh
Fig.31 Agne
a espécie de
bra de arte,
eoria, da es
divindade,
rnismo, vangumbra, 2012, p.6ia y otros mito
rnista, uma antar um obj
objeto (originestas investigmos reconhe
orça não só
a o discurso
ma no domín
modo comp
ia em torno
por um lado
ue nos mov
o, permite-n
hardt e de A
es Martin, On
e pureza ori
, por ostent
ssência orig
inexplicáve
uarda, neovang65. os modernos, p
arte plena dejeto pode nãinal). […] togações do siecer como se
ó o caráter
o, promove
nio visual.
patibiliza, na
o do seu se
o e o espírit
vemos no âm
nos estar lib
Agnes Marti
A Clear Day,
iginária, a g
tar uma fal
ginal da art
el como a
guarda, pós-
p.26.
e uma ão ser oda a istema endo a
r anti
ndo e
a arte
entido
to por
mbito
bertos
in são
, 1973.
grelha
lta de
te: “a
vida,
38
indefinível e sem propósito”74. No entanto para aqueles que pensam que as origens da
arte não se encontram apenas na ideia do puro desinteresse, a grelha tem o poder de
moldar o campo material do objeto pictórico; deste modo, inscreve-o e representa-o
simultaneamente, de tal modo que a imagem da superfície pictórica se pode considerar
a própria confirmação da organização da matéria pictórica.
Ao longo do século XX foi visível a quantidade de gerações de artistas que utilizaram a
grelha como ponto e temática principal. Ao afirmar que a grelha condena estes artistas à
repetição e não à originalidade, Krauss não estaria a desvalorizar as suas obras, antes
pelo contrário: procurava centrar o seu estudo num par de termos – a originalidade e
repetição –, contemplando desta forma o modo como estes artistas conseguiram um
entrosamento sem preconceitos entre pulsões teoricamente contrárias.
Para estes artistas, o poder absoluto reside na imagem da superfície reticular. A
descoberta da esquematização redutora da quadrícula foi um ato de originalidade. Os
praticantes da abstração “descobrem” a grelha a cada momento. Pode-se assim afirmar
que parte da sua estrutura tem sempre um caracter revelador, que permite uma
descoberta nova e única. Para Krauss a grelha está em constante e paradoxal
redescobrimento. No entanto, apesar de a grelha ser defensora da liberdade, esta é
extremamente restritiva, ao não permitir um exercício real da liberdade. Ela é sem
dúvida a construção mais formulada e suscetível de se representar sobre uma superfície
plana; é extraordinariamente inflexível75.
A originalidade /reprodutibilidade são dois mitos modernos que transformam totalmente
o estatuto da obra de arte, por serem completamente contraditórios; ou se destaca o
caráter original e inovador da obra ou a sua capacidade de repetição.
74 KRAUSS, Rosalind, La originalidad de la vanguardia y otros mitos modernos, p.172. 75 Ibidem, p.174.
Fig.32ink on
Para
origi
recla
dias
Estru
levan
impo
inven
la ao
76 NOmoder77 “MCertamao errvangu
2 Eva Hesse, n ragboard, 24
o artista
inalidade. O
amar esta pa
de hoje.
“Temos vioriginalidaninguém ponoite dos te
uturalmente
nta alguns p
ossível defin
ntou e a cad
o serviço da
OGUEIRA, Isa
rnismo, p.66. Mas, como dis
mente, não mro, mas sim asuardia y otros
s/ titulo, 19664.6x17.8cm.
da vangua
Os artistas d
atente, pois
indo a obserade como umode reivindicempos e esta
e, logicamen
problemas e
nir e defend
da momento
invenção77
abel , Teoria d
stinguir o falsmediante o desc
s falsas aparên mitos modern
6
arda o mais
do século X
esta é desde
rvar que o am direito –car esta pate figura, desd
nte e axiom
em relação
der direitos d
o que algum
.
da arte no sécu
so (o simuladcobrimento dencias)…” Founos, p.238
39
s importan
XX não se p
e sempre, d
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autor [da gremínio públic
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r repetida, o
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-
puro)? opõem d de la
40
“Teoricamente, uma atitude descoberta de vanguarda não poderá ser repetida de modo idêntico, isto é, a partir do momento em que um artista descobre uma linguagem plástica, até que ponto a sua obra, e a obra de outros que o seguem, não será uma repetição dessa linguagem? Krauss exemplifica com a quadricula, emblema de modernidade pictórica, descoberta por Mondrian e pelos cubistas, que não, obstante a sua recorrência, se apresenta paradoxalmente inovadora” 78.
Para além do problema da originalidade do artista, ao representar “um grau zero” onde
não existe qualquer outro referente nem texto, a grelha coloca-nos perante uma ilusão da
origem da superfície pictórica. Contudo o problema que se apresenta é a experiência da
originalidade, que deixa de ser possível.
A grelha segue a superfície da tela, duplicando-a, sendo deste modo uma representação
da superfície projetada sobre a mesma superfície; a trama da grelha cria uma imagem na
sua infraestrutura, mediante esta rede de coordenadas; organiza-se uma metáfora da
geometria plana e, perante a sua repetição, permite a continuidade lateral da rede. Deste
modo, a grelha não revela a superfície, mas sim uma repetição79. O fundo da superfície
que se supõe que revele a grelha já se encontra transposto por um processo de
representação e de repetição; encontra-se sempre dividido – é múltiplo – e a grelha é um
sistema de reproduções sem original.
“Entretanto, a grelha/rede afirmando-se como coisa e conteúdo aproxima a pintura, despida da função mimética imitativa, da condição de objeto. O enunciado de Greenberg de que uma pintura é uma superfície branca correspondendo a uma tela apenas esticada (um objeto), é certeira. E mais certeira é quando o crítico acrescenta: trata-se aí já de uma pintura, mas não quer dizer que seja uma boa pintura. Portanto, antes de mais a pintura é um objeto sem significado” 80.
78 NOGUEIRA, Isabel , Teoria da arte no século XX : modernismo, vanguarda, neovanguarda, pós-modernismo , p.66. 79 C.f. KRAUSS, Rosalind, La originalidad de la vanguardia y otros mitos modernos , p.17. 80 VIDAL Carlos, Idem.
I.4 –
Exem
de 19
1965
(1x1x
infin
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41
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5 Sol LeWitt,x 304.8 x 548.
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42
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es, 1974, tinta
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I.5 -
O si
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6-86 A m
az
DA SECÇÃO
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stema criad
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nvolver-se e
ngulo forma
azendo uma
das duas sér
m base na m
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ao quociente ximadamente 8inha em duas porcional à lintetura , BarcarCORBUSIER
medida 113 dá10-16-27- 43-
medida 226 (2zul 13-20-33-5
O ÁUREA AO
e o homem-sobrepostosEste terceiro
dá-lo a posici
do por Le
ura média d
em torno da
ado pela so
a altura de 2
ries de med
medida de 1,
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nha inteira. Cfrena : Editoria
R,- Modulor, Lá a secção de o-70-113-183-22x13) [o dobro53-86-140-226
O MODULOR
-com-o-braçs, de 1,10m po quadrado dionar o terce
Corbusier,
de um home
a figura hum
ma de dois
2.26m (altu
didas, corre
,13m) 85e az
ma proporçãouma harmoniaduas partes – AAB. O ratio nãmente reconheuais, de modo f. SILVA, Jorgal Presença, 2Lisboa, Orfeu ouro 70, dand296, etc… o] dá a secção6-366-592…
43
R 83
o erguido, por 1,10m; judeverá dar-leiro quadrad
baseado na
em de 1,75m
mana com 1
s quadrados
ura do home
espondendo
zul (com ba
o conhecida dea escondida emAC e CB – deão pode ser execível em muitque a parte m
ge Henrique P2005, p.328.
Negro, 2010,do inicio a uma
o de 140-86, d
com 2,20m ustaponha umlhe a soluçãodo.”84
Fig.36– L1950.
a escala hu
m, foi rapida
,83m de alt
s iguais, cad
em com o b
a cada um
ase na med
esta forma desm sintonia com
e modo que a mxpresso em nútas obras. Ou
menor seja propais, [et al.], D
,p.10. a primeira sér
dando inicio à
de altura; m terceiro quo. O lugar do
Le Corbusier
umana e ten
amente adap
tura. A figur
da um com
braço levan
ma delas um
ida 2,26m)
sde Euclides, qm o universo.menor dividid
úmeros inteiroseja, é a divisporcional à paicionário de t
rie, denominad
à segunda serie
insira-o emuadrados aoo angulo reto
r, Modulor,
ndo inicialm
ptado passa
ura é inscrita
m 1,13m de
ntado). São
ma cor: verm86. Cada m
que se acredit. Resulta da dida pela maior s. Na prática
são geométricaarte maior comtermos de arte
da série verme
ie, denominad
m dois os dois o deve
1943-
mente
ando a
a num
lado,
então
melho
medida
tava ivisão seja
a de mo esta e e
elha 4-
da serie
da su
ouro
duas
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Fig.37“Grelh .
Le C
segm
parte
todo.
igual
87 A G
Fi88 GOPhaid89 RA
ua série est
. As dimens
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que a relaç
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7 Le Corbusier,ha de Proporçõe
“A ordem p
Corbusier ba
mento de ret
es desiguais
. Se chamar
l à razão de
Grelha dá três bonacci dá: 4
OMBRICH, E.don, imp. 1980ASMUSSEN, S
á relacionad
sões gerada
Fibonacci, em
ção aritméti
cção áurea.
, Modulor es”, 1943-1950
pode servir c
aseou o seu
ta que está d
s, das quais
rmos às du
a para a+b.
medidas 113, 3 + 70= 113 o H., The sense
0, p.247. Steen Eiler, [e
da com a im
as pela grelh
m que cada
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como uma m
princípio de
dividido de
a primeira
uas partes a
.89
70,43 (em cen
ou 113-70=43.e of order : a s
et al.] – Arquit
44
mediatamen
ha87 podem
a termo corr
ois número
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e proporção
acordo com
a está para a
e b, respet
ntímetros), qu. Adicionadasstudy in the ps
tetura Vivencia
nte anterior
m ser, assim,
responde à s
os consecut
a a ordem […
o, (Le Modu
m a secção á
a segunda c
tivamente, e
ue estão na raz, dão:113+70=sychology of d
ada, São Paul
, de acordo
, considerad
soma dos do
ivos se apr
…]” 88.
ulor) na sec
áurea; é com
como a segu
então a razã
zão ᴓ (secção =183, 113+70decorative art
lo, Martins Fo
o com a reg
das element
ois preceden
roxima do
cção de ouro
omposto por
unda está p
ão de a par
de ouro); a sé0+43=226. t, London :
ontes, 1986, p.
gra de
tos de
ntes e
valor
o. Um
r duas
para o
ra b é
érie
.99.
Fig.38Corbu
Em t
áurea
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racio
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pensa
Le C
masc
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8 Traçado rusier.
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a. Para Le
regar, (res
onalidade na
selha de su
ado como u
Corbusier c
culina, retir
las no edifíc
regulador de
odulor sati
Corbusier,
ponde tam
as proporçõ
ua autoria
um edifício
colocou na
rada do M
cio inteiro s
Le
sfaz as exi
o Modulor
mbém às
ões de tudo
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que funcion
a Unidade
odulor, que
são derivada
45
igências da
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exigências
o o que é p
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de Marsel
e represent
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funcionai
produzido p
das teoria
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ura.
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rumento un
s), para o
pelo homem
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em relação
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obter bele
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ao exterior
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monia. Tod
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de de
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Fig.41Alberindepdúplex56met
90 HOBarce
9 Representaçodulor na Uniarselha.
Um dos pmatemátic
1 rga 1.600 habiendentes. Cadx. 140 metrostros de altura.
OLL, Steven, Celona, 2011.p.3
ção dade de Habit
poderes intcas no mund
itantes e possuda piso contéms de largo, por.
Cuestinoes de 38.
tação
tuitivos dosdo físico90.
ui mais de 26 m 58 apartamer 24 metros de
percepción, F
46
s humanos
serviços entos em e largura e
Fenomenologi
Fig.40 Propoà Unidade de
é a perce
ia de la arquit
orção do “home Marselha.
eção de su
tetura, Editori
mem” em relaç
ubtis propo
ial, Gustavo G
ção
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Gili,
A U
consi
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91 C.f.
Unidade está
istem em p
ido de 226
pamento em
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f. RASMUSSE
Fig.42 Esq
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os dentro de
possível. O
ão de largu
ão ter sido c
anto deveria
EN, Steen Eile
quema da estru
em inúme
quartos, com
Modulor e
i dimension
e um limite
Os quartos
ura mínima
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a ser para pr
er, [et al.] – Ar
47
utura da Unida
eras células
m pé direi
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menores n
a e profundi
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ropiciar um
rquitetura Viv
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s pequenas
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os quartos
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onalidade; e
ma sensação
venciada , p.11
lha.
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mum. A pro
em relação
maior de es
10
rtamentos –
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o Modulor.
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o a ela, a sal
spaço 91.
– que
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mente
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Fig.43
3, 44 e 45, esttrutura metálicca da Unidade
48
e de Marselha em 1948-49.
II - C
PROJ
O tr
conc
relev
mode
Corb
espec
parte
unida
Desta
fotog
com
Fig.46Fotog200g.
Toda
abord
atribu
Foram
vário
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92 Todem co
CAPÍTULO
JECTO ARTÍS
rabalho plá
retamente
vante o fact
erna, nome
busier. É ex
ctador sobr
e o significa
ade, a simpl
a forma, o
grafias das
o projeto: p
6 Sem Titulo, grafias impress, 10x14 cm.
as as pintu
dagens e id
uí a cada um
m realizado
os traçados
r os estudos
rópria dinâm
das as obras iontrário.
O
STICO PESSO
ástico teve
a Avenida
to de estar
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ado e o seu
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fachadas d
plantas, alça
2009 sas em papel F
uras são de
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ma delas um
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lustradas nest
OAL92
e como po
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balho plást
desses edifíc
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Fotográfico S
enominadas
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fício. Deste
te capítulo são
49
onto de p
dos Unidos
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ssíveis de a
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rial e nas su
cional. Entr
uturas repeti
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cios e com
e memória
STAEDTLER
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edifícios ca
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itivas e a pr
início com
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aracterística
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e à ordem cr
servindo es
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seleção de c
enra exceto qu
Alvalade,
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focar o olh
rais, deixand
as destacam
vitável da gr
ção de alg
ação relacio
ink. jet paper.
de não rest
série espec
ronológica.
stas de base
as; isso per
e tirando pa
composiçõe
quando mencio
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ha foi
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gumas
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ringir
cífica;
e para
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foram
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Fig.47 Acríl
Fig.49Acríli
Fig.51Acríli
m posteriorm
telas (fig.47-
7, Sem Titulo,lico s/ tela, 80
9 Sem Titulo, ico s/ tela, 80x
1 Sem Titulo, ico s/ tela, 80x
mente dese
52).
2009, x100cm.
2009 x100cm.
2009 x100cm.
nvolvidas e
50
em pinturas
s. Esta prim
Fig.48 Sem Acrílico s/ te
Fig.50 Sem T Acrílico s/ t
Fig.52 Sem Acrílico s/ t
meira série é
Titulo, 2009, ela, 80x100cm
Titulo, 2009, ela, 80x100cm
Titulo, 2009 ela, 80x100cm
é constituíd
m.
m.
m.
da por
A sé
edifíc
reais
estas
do fu
a imp
Fig.53Acríli
Fig.55Acríli
érie número
cios; é uma
dos edifíci
s foram repr
undo. Deste
portância da
3 Sem Titulo, ico s/ tela, 100
5 Sem Titulo, ico s/ tela, 100
o dois tem c
a série mon
ios foi criad
resentadas d
e modo a fo
a cor (fig.53-
20100x80cm.
2009 0x80cm .
como princ
nocromática
do um cont
de modo a
orma acaba p
-59).
51
cipal enfoqu
a, constituí
torno de mo
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ue as forma
da por sete
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ma não se di
lemento pre
Fig.54Acrílic
Fig.56 SAcrílico
as criadas p
e telas. Atra
r formas fec
ferenciasse
edominante,
Sem Titulo, 2co s/ tela, 100x
Sem Titulo, 20o s/ tela, 100x8
pelas planta
avés das pl
chadas e ún
acentuadam
, secundariz
2009 x80cm.
009 80cm.
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Fig.57Acríli A ter
de co
partic
Klein
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93 Ver
7 Sem Titulo, ico s/ tela, 100
rceira série
or e as inten
cularidade
n93, que fo
cio, no qual
r figura21 e 22
20100x80cm.
é constituíd
nções técnic
o incidir n
oi aplicado
tive como e
2.
Fig.59 SemAcrílico s/
da por duas
cas utilizada
o ensaio de
em Alvala
especial pre
52
m Titulo, 2010/ tela, 100x80c
telas, estan
as nas duas
e diferentes
ade. Deste
eocupação s
Fig.58 SAcrílico
0 cm.
ndo presente
s séries ante
s fogos-tipo
modo crie
seguir as reg
Sem Titulo, 20o s/ tela, 100x8
e em cada u
eriores. Esta
o, realizado
i um ensai
gras utilizad
010 80cm.
uma delas o
a série tem
o pelo Alex
io de fogo
das na
o jogo
como
ander
s-tipo
arqui
arqui
Fig.60Acríli
itetura e o
itetónico, m
0 Avô, 2010 ico s/ tela, 116
o jogo sim
mas criando
6x89cm.
Fig.62 Porme
multâneo da
sobretudo u
enor da tela A
53
a forma e
uma compo
Avô, 2010.
e cor, de
sição pictór
Fig.61 SemAcrílico s/ t
modo a al
rica (fig.60-6
Titulo, 2010 tela, 116x89cm
aludir ao e
62).
m.
ensaio
Em s
quais
(fig.63
esboç
Fig.6412 tel
No f
modo
Fig.63 S
simultâneo c
s são repre
3 e 64). For
ços utilizad
4 Sem Titulo, as, Acrílico s/
fim destas t
o concebi
Sem Titulo, 20
com as três
esentados e
ram também
dos para a ex
2009-2010, / tela, 30x30cm
três séries
um conjun
010, 6 telas, A
séries inici
individual
m realizado
xecução das
m .
tive necess
nto de caix
54
Acrílico s/ tela
iais foram re
lizados algu
s três arqui
s pinturas.
sidade de d
xas, que de
a, 20x20cm.
ealizadas pi
uns elemen
ivos, que re
desenvolver
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ntos present
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algo tridim
res para as
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mensional. D
s formas/pl
a, nas
séries
ação e
Deste
lantas
repre
segun
Fig.63Caixa1e 7 –
A sé
espec
basta
edifíc
proje
Fig.6612,Ac
esentadas na
nda série em
3 Sem Titulo, as de madeira – 21x18x4,5cm
érie quatro
cífico da A
ante rigoros
cio. No ent
eto todos os
6 Sem Titulo, crílico s/ tela,
a segunda s
m objetos qu
2010, c/ vidro, e acrm; 2-18x12x5
tem nova
Avenida dos
sa. É constit
tanto, tal co
s apartament
2011, 35x27cm.
érie de telas
ue possuíss
rílico s/ MDFcm; 3 e 5- 24x
mente com
Estados Un
tuída por do
omo as pla
tos são dife
55
s. Este conj
em sombra
x18x7cm; 4-
mo ponto d
Unidos da A
oze pinturas
antas, têm p
erentes (fig.6
unto teve c
própria e so
18x18x9,5cm
de partida
América, e v
s, correspon
pequenas di
66).
omo objetiv
ombra proje
; 6 e 8- 24x18
as plantas
visa represen
ndentes aos
issemelhanç
vo transform
etada (fig.65
8x5cm.
de um ed
entá-las de f
doze andar
ças dado qu
mar a
).
difício
forma
res do
ue no
Com
portá
uma
série
Gouf
com
com
perso
Fig.68(1º Vo
m o propósit
átil, iniciei u
série de pi
es de pintu
frado); esta
o fundo atr
o objetiv
onalização.
8 Matrizes da olume) 2011,
to de tornar
uma nova sé
nturas (fig.6
uras com a
a permitia-m
ravés da au
o de poss
primeira sérieduplex, 24x60
r a primeira
érie, compo
67). Esta nov
a particular
me dar, liter
usência de c
uir um m
e de Livros 0cm.
56
a e a segun
osta por dois
va série per
ridade de
ralmente rel
cor. A enca
maior contro
Fig.6 Livro 24,5x
nda série de
s livros. Em
rmitiu-me v
poder reco
levo à form
adernação d
ole sobre
67 Sem Titulo, os c/ gravuras x31x1cm.
e pinturas,
m cada livro
voltar a recr
orrer à gra
ma e em sim
os livros fo
o processo
2011, técnica de gou
um objeto,
o foi represe
criar as prim
avura (à té
multâneo fun
oi feita por
o e uma m
ufrado
, algo
entada
meiras
écnica
ndi-la
mim,
maior
Fig.69(2º Vo
A seg
na pr
foco
comb
livro
quare
a div
objet
comb
Fig.70Livro14,5x
9 Matrizes da olume) 2011,
gunda série
rimeira (fig.
o Modulor
binações de
s; num del
enta e sete c
visão de um
tivo de “enc
binações dif
0 Sem Titulo, s c/ gravuras t
x14,5x8cm,1ºv
primeira sérieduplex, 30x48
e de livros fo
.70 e 71). N
r de Le Corb
e possíveis
les a base
combinaçõe
m quadrado
caixar” peç
ferentes.
2011, técnica de gou
vol.188p.,2ºvo
e de Livros 8cm.
oi realizada
o entanto, o
busier. Apli
divisões de
é apenas u
es diferentes
o, sendo co
ças base (fig
ufrado, ol200p.
57
a recorrendo
o conteúdo
iquei as reg
e um quadr
um quadrad
s (fig72 e 73)
onstituído p
g.74-76). Cad
o aos mesmo
alterou-se,
gras do Mod
rado. Esta s
do e a sua
); no outro li
por três se
da sequênci
Fig.71 Livros c 14,5x14
os meios téc
, pois neste
dulor, criand
série é cons
a divisão, f
ivro, o tema
quências d
a é compos
Sem Titulo, 2c/ gravuras téc4,5x8cm, 302p
cnicos utiliz
e caso tive
do sequênci
stituída por
foram reali
a é mais um
diferentes c
sta por deza
2011, cnica de goufp.
zados
como
ias de
r dois
zadas
ma vez
om o
asseis
frado,
Fig.722 Matrizes da Segunda Sériie de Livros (1
58
1º Volume),20011, em dupleex, 14,5x37cmm
Fig.733 Matrizes da Segunda Sériie de Livros (1
59
1º Volume),20011, em dupleex, 14,5x37cmm
Fig.744 Matrizes da Segunda Sériie de Livros (1
60
1º Volume),20011, em dupleex, 14,5x37cmm
Fig.755 Matrizes da Segunda Sériie de Livros (2
61
2º Volume),20011, em dupleex, 14,5x37cmm
Fig.76
Ao fi
final
um n
A pa
série
6 Matrizes da
finalizar esta
(por as linh
novo livro (f
artir das ma
e de pinturas
Fig.77 Sem 6 telas, Acr
Segunda Séri
a série, reun
has e as form
fig.71).
atrizes das g
s, constituíd
m Titulo,2011 rílico s/ tela, 2
ie de Livros (2
ni todas as p
mas não ter
gravuras da
da por seis t
20x20cm .
62
2º Volume),20
provas que n
rem ficado t
segunda sé
telas (fig.77 e
011, em duple
não corresp
totalmente r
érie dos livr
e 80).
ex, 14,5x37cm
ondiam a um
rigorosas), r
ros, realizei
m
m bom resu
realizando a
i a quinta e
ultado
assim
sexta
Ao s
const
Fig.78nas pi Reco
escol
form
Fig.79nas pi
sobrepor as
tatar que fo
8 Sobreposiçãinturas (quinta
orrendo nov
lhidas mais
mam uma gre
9 Sobreposiçãinturas (sexta
seis matriz
ormam uma
ão de matrizesa série fig.75)
vamente ao
s seis comb
elha de 3x3
ão de matrizessérie), 2011, e
zes escolhid
grelha, com
s das seis com, 2011, em du
Modulor,
binações de
(fig.79).
s das seis comem duplex, 14
63
das para se
m todas as d
mbinações da Suplex, 14,5x37
e à minha
e divisões
mbinações da S4,5x37cm
erem desenv
divisões sem
Segunda Série 7cm
segunda s
de quadrad
Segunda Série
volvidas na
melhantes (5
de Livros (2º
érie de livr
dos, que ao
de Livros (2º
as pinturas,
5x5).
º Volume) util
ros, da qua
o se sobrep
º Volume) util
pude
lizadas
al são
porem
lizadas
Fig.80 A sé
aban
comp
uma
de m
de m
Com
de um
Deste
difer
com
sobre
94 Ver
0 Sem Titulo,
étima série
ndonaram o
posições dif
placa de M
modo a utili
medidas.
mo método d
ma grelha p
e modo, e
rentes, distri
3 mm e
epõem-se d
fig83-85.
2012 , 6 tela
recorre ess
suporte pla
ferentes (fig
MDF (as med
zar o espaç
de estrutura
padrão, a qu
estas comp
ibuídas pela
a outra co
de modo a c
as, Acrílico s/
encialmente
ano e passam
g.81), que se
didas das p
o disponíve
ar as compo
al fornece u
posições sã
as quatro ba
om 10 mm
criar mais va
64
tela, 60x60cm
e a compos
m a ser trid
inspiram n
lacas estão
el da melho
osições, tod
um formato
ão constitu
ases. São ut
m (fig.82). N
ariações de
m
sições de q
dimensionai
nas possibili
relacionada
r maneira, c
os os esque
geométrico
ídas por v
tilizadas dua
Numa das
profundida
quadrados e
s. É constit
idades de co
as com as p
criando rela
emas são re
o totalizador
várias peça
as espessura
composiçõ
de.
e retângulos
tuída por qu
omposição
peças grelha
ações e vari
ealizados a
r.
as de tama
as de MDF
ões, estas
s, que
uatros
sobre
as94 ),
ações
partir
anhos
, uma
peças
Fig.81
Fig.82
1 Sem Titulo,
2 Pormenores
2012, tinta de
s das espessura
e esmalte s/ M
as das pintura
65
MDF, 2x55x65
as.
5cm
Fi
ig.83 e 84 A g
Fig.85 Porme
grelha , 2011 ,
enor, A grelha
66
, MDF, 36x44
a, MDF, 36x4
4x1cm.
4x1cm
A sér
em L
A gre
teóric
fragm
Habi
Fig.86
Tend
tanto
Mars
porm
sequê
vez à
relev
cada
tipo d
95 A técoloca
rie denomin
Lisboa.
elha tridime
co do espa
mento. Esta
itação de M
6 Le Corbusie
do como bas
o à pintura
selha. Dest
menorizado
ências de c
à gravura (à
vo à forma
combinaçã
de texto ou
écnica Goufraada sob o pap
nada por Gr
ensional (co
ço arquitetó
a série con
Marselha de L
er, Modulor, c
se de reflex
a abstrata
te modo, r
da aplicaçã
combinaçõe
à técnica Go
e em simul
ão tem um
identificaçã
ado, - necessitael na prensa s
relhas (fig.8
onverte-se a
ónico em g
nduziu à re
Le Corbusie
combinação ch
xão a grelha
como à ar
retomo a m
ão das regra
s de possív
oufrado)95, a
ltâneo fundi
positivo e
ão; têm ape
a de uma matr
sem qualquer t
67
83 e 84) é ba
agora numa
geral, do qu
ealização d
er (fig.102).
hamada “jogo
a, tenho-me
rquitetura,
minha “sér
as do Modu
veis divisõe
a qual me p
i-la com o
um negativ
enas um “sím
riz e a partir dtinta.
aseada em d
grade) e é c
ual se pode
da pintura
de painéis”, 1
debruçado
mais espec
rie” de livr
ulor (“grelha
es de um qu
permite, atra
fundo. Tal
vo, e os liv
mbolo”.
desta são realiz
dois edifício
concebida c
materializa
do alçado
1943-1950 .
sobre o seu
cificamente
ros, recorre
a de proporç
uadrado. Re
avés da ausê
como nas s
vros, não po
zadas provas.
os da Av E
como um m
ar num peq
da Unidad
u estudo apl
e à Unidad
endo ao e
rções”) para
ecorro mais
ência da cor
séries anter
ossuem qua
A matriz é
.U.A,
odelo
queno
de de
licado
de de
estudo
a criar
s uma
r, dar
riores,
alquer
68
O terceiro livro desta minha série parte de um quadrado; dividi-o de acordo com as
medidas do Modulor (“grelha de proporções”), o que me permitiu obter nove sequências
diferentes tendo como base um quadrado de 22,6cm; as sequências são, por sua vez,
constituídas por nove combinações:
A) “O quadrado 2,26m e a sua metade 1,13. B) O quadrado 2,26 e a sua secção de ouro 1,397. C) O valor base: 1,828. D) A secção áurea do valor base 2,26, ou seja, 1,397m. E) A secção áurea do valor base 1,13m, ou seja, 0,698m. F) O valor base 2,26m e a sua metade, ou seja, 1,130m. G) O valor base 182,8m e 1,397m. H) O valor base 1,13m,duplicado, ou seja, 1,13m. I) A secção de ouro dos precedentes 0,698m duplicada, ou seja, 0,698” 96.
Realce-se no entanto que as medidas que utilizo na minha série dos livros são
diferentes, pois a proporção que crio e que se mantém ao logo de todos eles, é, 22,6 -
10,5cm (dimensão da gravura). Este quarto livro será constituído por nove sequências,
cada uma com nove combinações:
A) O quadrado 10,5cm e a sua metade 5,25cm (fig.87).
B) O quadrado 10,5 e a sua secção de ouro 6,49cm (fig.88).
C) O valor base: 8,49cm (fig.89).
D) A secção áurea do valor base 10,5cm, ou seja, 6,49cm (fig.90).
E) A secção áurea do valor base 5,25cm, ou seja, 3,24cm (fig.91).
F) O valor base 10,5cm e a sua metade, ou seja, 5,25cm (fig.92).
G) O valor base 8,49cm e 6,49cm (fig.93).
H) O valor base 5,25cm, duplicado, ou seja, 5,25cm (fig.94).
I) A secção de ouro dos precedentes 3,24cm duplicada, ou seja, 3,24cm (fig.95).
96 LE CORBUSIER, Modulor, p119.
Fig.87Terce14,5x
Fig.89Terce14,5x
Fig.91Terce14,5x
Fig.93Terce14,5x
Fig.95Terce14,5x
7 Matriz base eira Série de Lx40cm
9 Matriz base eira Série de Lx40cm
1 Matriz base eira Série de Lx40cm
3 Matriz base eira Série de Lx40cm
5 Matriz base eira Série de Lx40cm
de uma combLivros, 2012,e
de uma combLivros, 2012,e
de uma combLivros, 2012,e
de uma combLivros, 2012,e
de uma combLivros, 2012,e
binação da em duplex
binação da em duplex
binação da em duplex
binação da em duplex
binação da em duplex
69
Fig.88 Terce 14,5x
Fig.90 Terce 14,5x
Fig.92 Terce 14,5x
Fig.94 Terce 14,5x
8 Matriz base eira Série de Lx40cm
0 Matriz base eira Série de Lx40cm
2 Matriz base eira Série de Lx40cm
4 Matriz base eira Série de Lx40cm
de uma combLivros, 2012,e
de uma combLivros, 2012,e
de uma combLivros, 2012,e
de uma combLivros, 2012,e
binação da em duplex
binação da em duplex
binação da em duplex
binação da em duplex
A oit
unida
Fig.9620x50
97LE C
tava série é
ade de Mars
6 Esboço da p0cm.
“A planta eum ritmo, homem, de
Fig.97 Esbos/ tela, 20x5
CORBUSIER
constituída
selha (fig.96
planta de um a
está na base.nem volumeinforme, de
oço da planta d50cm.
R, Por uma Arq
a por quatro
-98).
apartamento ti
. Sem plantae, nem coerêindigência, d
de um apartam
quitetura, São
70
o telas, onde
ipo da Unidad
a, não há nemência. Sem pde desordem
mento tipo da
o Paulo, Persp
e represento
de de Marselh
m grandeza, dplanta há es
m, de arbitrár
Unidade de M
petiva, 1977. p
as plantas b
ha, 2012, vege
de intenção dssa sensaçãorio” 97.
Marselha, 201
p27.
base e o cor
etal e acrílico
de expressãoo insuportáv
12, vegetal e a
rte da
s/ tela,
o, nem vel ao
acrílico
Fig.99
A ú
repre
em m
120x
98 Ibid
Fig.98 Esbos/ tela, 20x5
“A planta para desenalgebrizaçã
9 Unidade de
última pintu
esentado o a
módulos (60
x240cm.
dem , p27 .
oço da planta d50cm.
é a determinnhar como ão árida ao o
Marselha de L
ura é cons
alçado da u
0x60), de fo
de um apartam
nação do toduma madon
olhar” 98.
Le Corbusier.
stituída po
unidade de
orma a cons
71
mento tipo da
do; é o momna; é uma
or oito mó
Marselha. O
struir uma “
Unidade de M
mento decisivaustera ab
ódulos de
O alçado é
“grelha” ba
Marselha, 201
o. Uma planstração; nã
60x60cm,
dividido de
ase com a di
12, vegetal e a
nta não é taoão passa de
nas quais
e forma ref
dimensão tot
acrílico
o bela e uma
está
fletida
tal de
Fig.10
Fig.100 Es
01 Desenho d
squema modu
do alçado, 201
ular, 2012, s/ M
2, s/ papel, 1x
72
MDF, 1x120x
x120x240cm
x240cm
73
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“A arquitetura é contudo uma realidade tangível […] o que nada impede de ser uma realidade abstrata…”99.
A ideia que originou este projeto, agora concretizado num trabalho de investigação,
partiu do desejo de trabalhar num território onde a arquitetura e pintura se cruzam.
Como é demonstrado na tese, a obra de alguns arquitetos revela a grande influência da
pintura, como é o caso de Le Corbusier, cuja arquitetura reflete aspetos característicos
do cubismo e do purismo. De igual modo, a arquitetura neoplástica de Theo Van
Doesburg e de Gerrit Thomas Rietveld inspira-se diretamente nas composições de Piet
Mondrian, o qual procurava uma realidade para além das aparências, uma ordem oculta,
revelando aspetos essencialmente estruturais, formais e compositivos.
Apesar de existirem grandes diferenças entre a arquitetura e a pintura – a nível
funcional, estético e institucional –, se colocarmos em confronto as correntes de
arquitetura moderna e os movimentos abstratos da pintura pode concluir-se que as duas
têm muito em comum.
Um dos principais elos desta ligação (arquitetura/pintura) é a grelha, enquanto elemento
ordenador, antinatural, anti mimético e antirreal. De facto, na monotonia das suas
coordenadas, a grelha acaba por eliminar a multiplicidade de dimensões do real,
substituindo-as pela extensão lateral de uma única superfície. A regularidade
omnipresente da sua organização não é apenas resultado da imitação, mas sim de uma
determinação estética. Na medida em que a sua ordem se baseia na simples relação, a
grelha é uma forma de anular as aspirações dos objetos naturais, o que denota, em
simultâneo, um caracter autónomo e autorreferencial do espaço da arte. A grelha nega o
discurso, promovendo e expressando o silêncio, possuindo uma estrutura que se afirma
no domínio visual.
Contudo, a tela pode representar apenas uma parte de potencial da repetição infinita
característica da grelha: a incapacidade de circunscrever a grelha faz com que esta
99 Piet MONDRIAN, in Realidad Natural y Realidad Abtracta, Barcelona, Barral, 1973, p. 58.
74
expanda os próprios limites da pintura, ou seja, transforma-se numa assimilação dos
limites do exterior para o interior da pintura. Para os artistas que utilizam a grelha, o
poder absoluto reside na imagem da superfície reticular. A descoberta da
esquematização redutora da quadrícula foi um ato de originalidade. Os praticantes da
abstração “descobrem” a grelha a cada momento. Pode-se assim afirmar que parte da
sua estrutura tem sempre um caracter revelador, que permite uma descoberta nova e
única.
Ao considerarmos uma das principais diferenças tradicionais entre o pintor e o
arquiteto, o facto de o pintor procurar imitar a natureza e o arquiteto não, podemo-nos
interrogar se a pintura, real, abstrata do neoplasticismo, poderá ou não ter quebrado esta
separação. Poderá ser este um dos caminhos para a “união” da pintura e da arquitetura,
como desejava Mondrian?
"A partir do momento em que os meios de expressão são livres de todas as características estão a caminho do verdadeiro objetivo da arte: a criação de uma linguagem universal”100
O ponto de partida eleito para o desenvolvimento do projecto artístico pessoal foi o
Bairro de Alvalade (em Lisboa), mais concretamente a Avenida dos Estados Unidos da
América. Deste modo o trabalho seguiu uma linha de continuidade, iniciando-se com a
Av. Estados Unidos da América, (fig. 47-52) para “terminar” com o alçado da Unidade de
Marselha (fig.99.-101 e 102). Tendo como premissa a neutralidade das fachadas, torna-se
possível focar o olhar do espectador sobretudo no aspeto material e nas suas qualidades
estruturais, deixando de parte o significado e o seu aspeto funcional. Entre as suas
características destacam-se também a unidade, a simplicidade, o uso de estruturas
repetitivas e a presença inevitável da grelha. A pintura do alçado de Marselha, a última
pintura realizada, é o culminar de influências, dos processos e das ideias aplicadas nas
pinturas que a antecedem. Todos os trabalhos realizados anteriormente têm a presença
da forma/grelha, de modo directo ou indirecto, mas esta acaba sempre por estar
presente.
100 Theo Van Doesburg, citado em ELGER, Dietmar, Arte abstrata, [s.l], Taschen, 2009.
Algu
acon
regra
101 Pie
uns trabalho
ntece na sér
ar as propor
“ […] Ao através de
et Mondrian c
os referidos
rie de livro
rções de tud
observar o uma multipl
Fig.102 Alçado,2
citado em ELG
s na disser
os (fig.67-76,
do o que é pr
mar, o céu icidade de ho
Mariana Senr2012, tinta s/p
GAR Frank - M
75
rtação cont
, 87-95), qu
roduzido.
e as estrelaorizontais e
ra, Fragmentopapel, 60x60cm
Mondrian, Lis
tinuam a se
e recorre a
as procurei iverticais cru
o do esboço dam.
sboa, Editorial
er desenvo
ao estudo d
indicar a suuzadas […]”
a pintura
l Verbo, 1973,
olvidos, é o
do Modulor
ua função pl101
, p.66.
o que
r para
lástica
76
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INDICE DE IMAGENS
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Fig.2- RUHRBERG, Karl, [et al.] - Arte do Século XX, Colónia, Taschen, 1999.
Fig.4 - http://arttattler.com/archivetheovandoesburg.html
Fig.5 - FAERNA, José María, Mondrian, New York : Cameo/Abrams : Harry N. Abrams, 1997.
Fig. 6; 7; 8;9;10; - MILNER, John, Mondrian, London : Phaidon, 1992.
Fig. 11 - BUSIGNANI, Alberto; Mondrian, London : Thames and Hudson, 1975.
Fig.12 - MONDRIAN, Piet, Mondrian : from figuration to abstraction, London : Thames and Hudson, 1988
Fig. 13;16; - DOESBURG, Theo van, Van Doesburg and the international Avant-Garde : constructing a new world, London : Tate Publishing, 2009.
Fig.14 STANGOS, Nikos, Conceitos da arte moderna, Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 1991.
Fig.15 - http://memoiredeurope.blog.lemonde.fr/category/suede/
Fig.17;18 - MONDRIAN, Piet, Mondrian : from figuration to abstraction, London : Thames and Hudson, 1988.
Fig.19- http://architecturebyalexmartinez.wordpress.com/research/precedents/
Fig.20-http://www.archdaily.com.br/46426/classicos-da-arquitetura-residencia-rietveld-schroder-gerrit-rietveld/wikimedia-commons1293607910-schroder28/
Fig.21;22- KLEIN, Alexander - Vivienda Mínima,1906-1957, Barcelona, Gustavo Gili,
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Fig.24 – AAVV, Andreas Gursky : photographs, 1984-1993, Munich : Schirmer-Mosel Verlag, 1994.
Fig.25- JANSON, Alban, e KROHN Carsten, LeCorbusier, Unité d’ habitation, Marseille, London, Edition Axel Menges, 2007.
Fig.26 GOLDSCHEIDER, Ludwig; Leonardo da Vinci, life and work, pantings and drawings, London : Phaidon, 1964 .
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Fig.27 AAVV. Durero : obras maestras de La Albertina, Madrid : Museo Nacional del Prado, 2005.
Fig.29 http://horsesthink.com/?p=6176
Fig.32;33 REINHART, Brigitte, Eva Hesse : Drawing In Space, Stuttgart : Cantz, [s.d.]
Fig.34;35 - LEWITT, Sol, Sol Lewitt : Incomplete Open Cubes, Hartford : Wadsworth Atheneum Museum of Art ; Cambridge, Mass. ; London : The Mit Press, 2001.
Fig.36;37;39;40;86 LE CORBUSIER, Modulor, Lisboa, Orfeu Negro, 2010.
Fig.38 GHYKA, Matila, Le nombre d'or : rites et rythmes pythagoriciens dans le
développement de la civilisation occidentale, Paris : Gallimard, 2000.
Fig. 41 http://gisica.blogspot.pt/2011/03/marseille-le-corbusier.html
Fig.42 W. (ED.) Boesiger, Le Corbusier - Oeuvre Complète vol.1-8, [s.l],
Birkhauser,1999.
Fig.43;44;45 SBRIGLIO, Jacques, Le Corbusier – Habiter: de la villa Savoye à
L’Unité d’habitation de Marseille, Actes Sud Beaux Arts Les grands témoins de
l'architecture, França,2009
INDICE DE IMAGENS ANEXOS
Fig.1,2;3;4;5;6;7 ZEVI, Bruno - Poética de la Arquitetura Neoplástica, Buenos Aires,
Editorial Víctor Lerú, 1960.
Fig.8 Aavv. Durero : obras maestras de La Albertina, Madrid : Museo Nacional del
Prado, 2005.
Fig.9;10;11 LE CORBUSIER, Modulor, Lisboa, Orfeu Negro, 2010.
Fig.12 SBRIGLIO, Jacques, Le Corbusier – Habiter: de la villa Savoye à L’Unité
d’habitation de Marseille, Actes Sud Beaux Arts Les grands témoins de l'architecture,
França,2009
Fig.13;14;;15;16;17;18;19 Jacques Sbriglio, Le Corbusier & Lucien Herve
The Architect & the Photographer - A Dialogue, [s.l], Thames & Hudson, 2011.
Fig.20;21 W. (ED.) Boesiger, Le Corbusier - Oeuvre Complète vol.1-8, [s.l],
Birkhauser,1999.
ANE
Fig.1
EXOS
Theo Van Do
oesburg,, Van Eesteren, Est
85
tudo de casa pparticular, 19222.
Fig.2
Theo Van Dooesburg,, Van Eesteren, Esq
86
quema do estuudo de casa paarticular, 19233.
Fig.3
Theo Van Do
Fig.4 Theo
oesburg,, Van
o Van Doesbu
Eesteren, pro
urg,, Van Eest
87
ojeto da casa R
teren, plantas
Rosenberg, 19
da casa Rose
923.
nberg, 1923.
Fig.5
Fig.7
G. Rietveld, g
G. Rietveld, v
grafico da vila
vila em Utrech
a em Utrecht,
ht, 1923.
88
1923. Fig.6 G. Rieetveld, vila emm Utrecht, 19223.
Fig.8 Al Virgin W Pen and
brecht DürerWith a multitudd ink and wat
r , de of animals,tercolour on p
89
, 1503 paper, 32,1 xx 24,3 cm
Fig.9
Fig.10
Le Corbusier
0 Le Corbusie
r, Modulor, co
er, Modulor, c
ombinação cha
combinação ch
90
amada “jogo d
hamada “jogo
de painéis”, 19
de painéis”, 1
943-1950 .
1943-1950 .
Fig.11A este
1 Le Corbusieela das medid
“Pedi ao ateconstrução proeza dos nalgarismos dsob os pilotum com o brLE CORBUS
Fig.12 Le
er, Modulor, cas, utilizadas
elier de desende Marselha.números. Imade bronze inctis próximos draço erguido,
USIER,- Modul
e Corbusier, d
combinação chna construção
nho que estabe Quinze mediginei uma est
crustados, coloda porta do ha
enquanto os olor, Lisboa, O
desenho dos ap
91
hamada “jogoo da Unidade d
elece-se a nomdidas foram sutela de betão cocaria estas call; terá quatoutros dois, so
Orfeu Negro, 2
partamentos d
de painéis”, 1de Habitação
menclatura deuficientes. Qucolorida de ve
coisas em evidtro faces. Trêsobrepostos, co
2010,p.165.
da Unidade de
1943-1950 . de Marselha.
e todas as medinze! Pensei: ermelho e azudência. Constrs homens de fonfirmarão a
Habitação de
didas empreg glorifiquemo
ul e que, atravruir-se-á essafiligrana de bregra.”
e Marselha
gues na os essa vés dos a estela bronze:
Fig.13
3 Fotografias da Unidade dde Marselha de
92
e Le Corbusieer.
Fig.144 e 15 Fotograafias da Unidaade de Marsel
93
lha de Le Corbbusier.
Fig.16 e 17 Fotografias da Unidade d
94
de Marselha dee Le Corbusieer.
Fig.18 e 19 Fotografiass da Unidade d
95
de Marselha dde Le Corbusier.
Fig.21
F
1 Vários esqu
Fig.20 Corte d
uemas dos “jog
da Unidade de
gos” das plant
96
habitação de
tas da Unidad
Marselha.
e de Marselhaa.