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F3MA Ensino Fundamental Relatório do Primeiro Semestre de 2007 1

J á nas primeiras manifestações de fevereiro percebemos entusiasmo e uma forte intenção de abraçar o estudo sobre "As Américas" com curiosidade e dedicação.

É um grupo que soube desenvolver, ao longo do semestre, importantes trabalhos coletivos. Foi possível observar a explosão de vários talentos nas diferentes áreas. Surgiram diretores nas dramatizações, redatores sintetizando o desejo do grupo nas produções de texto, desenhistas, costureiros, cenógrafos... Está sendo um ano valioso para todos nós, professores, pois a cada etapa vivenciada junto a essas crianças observamos uma evolução gradativa nos conhecimentos e um crescimento nas atitudes de todos.

Inauguramos a pesquisa do projeto institucional "As Américas", "Navegando Rumo aos Incas". No início pesquisamos sobre as rotas marítimas traçadas pelos portugueses e espanhóis, que partiram em busca de aventura e novas conquistas territoriais. Foi uma etapa de muito empenho, pois planejamos um seminário sobre a biografia de cada navegador e a saga de sua expedição.

As crianças colheram informações em materiais próprios e em recursos selecionados e dispostos em sala de aula pelos professores. Com o resultado da pesquisa, cada grupo produziu um texto único. Elegeram um redator, um organizador de idéias e conseguiram, harmonicamente, concluir uma síntese com detalhes que serviu de guia para a aula planejada.

Todos demonstraram muito entusiasmo na aprendizagem desses fatos históricos, principalmente por poderem apresentar esse conhecimento para outras crianças.

Registramos, no “site” da escola, uma parte do seminário com fotos e legendas feitas pelas próprias crianças como tarefa de produção escrita.

Turma Alvaro Luiz Maritan de Aboim

Costa Benjamin Giovani Iturrieta

Giacomini Caio Hartt Souza

Carolina de Oliveira Saad Carolina Nabuco Nery Daniel Lopes Epifanio

Flavio Goldman Thompson Gabriel Eyer Protasio de Oliveira Joana Peres Tostes dos Santos

Julia Duarte Brandao Jayme Luca Pelayo de Mello Gonçalves

Luiz Gabriel Dias Gonçalves Luiza Diniz Scarpa Maria Diniz Scarpa

Maria Giulia Scheeffer D'avignon Paloma Taborda Guaranys de

Oliveira Pedro Ignacio Ferraz M. de

Almeida Pedro Sanches Kurtz

Pedro Valença Reis Sofia Omena Herschmann

Yam Freire P. Vieira

Professores Ana Cecilia Pinheiro Guimarães Denise Barros de Abreu Morais

João Luiz Pena Santos Raquel Liborio Rocha

Renato Lent Santos Rosangela Machado de O Caldas



Para ilustrar o estudo da era das grandes navegações, visitamos o Espaço Cultural da Marinha. O acervo possui muitos instrumentos e utensílios usados em caravelas e naus durante as viagens de travessia dos oceanos. O interesse era enorme. Nosso guia, o Comandante Myoshe, respondia a todas as perguntas e ficava

admirado com o interesse e o teor das indagações dos pequenos.

Todos já bastante apropriados sobre os navegantes e suas rotas, fomos assistir a "O Mundo em Duas Voltas", documentário que conta a viagem da família Schürmann pela rota que percorreu Fernão de Magalhães. Era uma linguagem muito familiar para as crianças, pois Magalhães foi um dos nossos eleitos para pesquisa e seminário. Durante a projeção identificaram ilhas, portos, o Estreito de Magalhães e outros fatos que ocorreram durante a expedição. No final chegaram a dizer que parecia que o filme tinha sido feito para nós.

Estudamos a cronologia dessa época através de um lindo mural da F3T sobre o século e ano de cada expedição. Recorriam a ele sempre que precisavam tirar dúvidas em relação às pesquisas.

Durante essa trajetória, acompanhamos a leitura do livro "O Sítio no Descobrimento", uma grande aventura da turma do "Sítio do Pica-Pau-Amarelo", magicamente transportada pelo pó de Pirlimpimpim para a Nau Capitânia durante a expedição de Cabral rumo à América. A história era esperada com muita animação. A autora, Luciana Sandroni, criou uma narrativa com humor e embaraços "emilianos" que encantava e provocava gargalhadas em toda a turma.

Em Artes percorremos caminhos lusos com a Nau Catarineta. Todos ficaram muito envolvidos com o tema. Nossa sala ganhou um mural especial, todo recortado a mão, que retrata a marujada em plena viagem. Essa produção foi sendo elaborada durante o período dos ensaios da peça, que uniu o grupo num empreendimento grandioso, que pode ser apreciado durante a Mostra de Artes.

As crianças puderam observar várias pinturas sobre marinhas de artistas consagrados como, Monet, Hodler, Cassat, Botero e outros. Além de apreciarem a beleza plástica das obras, apresentamos algumas técnicas de desenho e pintura com tinta acrílica, que foram experimentadas no desenho que produziram da praia do Leme por ocasião desse passeio.

Com o desejo de ancorarmos na América, iniciamos a leitura do livro "Contos de Artimanhas e Travessuras", que traz uma seleção de narrativas da tradição popular de vários países americanos, inclusive os que farão parte de nossos estudos sobre a cultura Inca.

Novamente as crianças se organizaram em grupos, escolheram os contos, elaboraram uma



maneira de transmiti-lo e produziram um trabalho plástico que representasse o contexto da história e que servisse de apoio no momento de apresentar para as outras turmas.

Foi uma atividade muito prazerosa, que exigiu dedicação, cooperação e iniciativa de todos.

Também na montagem da Mostra de Artes, houve o apoio das crianças. Todos arregaçaram as mangas e mãos à obra. Escolhidos os lugares onde seriam fixados os trabalhos, iniciamos um movimento de barracão de montagem, todos cortavam papel, durex, remanejam móveis para facilitar as instalações e também jogavam e brincavam muito; afinal ninguém é de ferro.

O passeio ao Museu Nacional, como todos quiseram registrar no texto do Informe, foi inesquecível. Ficaram extasiados com a grandeza e a beleza da arquitetura da casa, que um dia serviu de palácio para rei, rainha, imperadores, príncipes e princesas.

Todo o acervo ilumina a história da evolução humana e nos remete ao engajamento dos pesquisadores e às profissões que, dedicadamente, montam esse complexo quebra-cabeça.

Todos ficaram muito interessados em entender como esses profissionais chegam àquelas conclusões de idade, proveniência e modos de vida das peças expostas que nos contam a História.

As crianças entraram num mundo em que a curiosidade pela descoberta é o guia e é assim que continuaremos as nossas investigações sobre os povos da América.

O estudo sobre a era das grandes navegações se estendeu além do que havíamos planejado. Esse conhecimento gerou uma atmosfera de curiosidade e um desejo enorme de aprofundarmos nossas pesquisas sobre esse período. Conscientemente,



permitimos a extensão do tema, acreditando na importância de atendermos à direção que o grupo estava sinalizando e demos continuidade às pesquisas.

Estamos começando a entrar em "território Inca". Começamos um estudo geográfico sobre a região que essa cultura dominava e, em agosto, continuaremos a conhecer mais dessa História, com

muitas novidades e curiosidades que certamente encantarão as crianças.

O projeto nos serve como apoio para o trabalho com diferentes estruturas textuais; narrativas, poesias, textos jornalísticos, científicos e outros.

A Biblioteca é um espaço valioso nesse processo. Todos sentados na roda e a conversa está aberta para comentários literários, opiniões, indicações, escolhas, trocas e, principalmente, escuta. Muitas histórias são contadas e livros e autores apresentados, sem esquecermos as narrativas orais, que são sempre muito bem vindas.

Com o manuseio de diferentes fontes de leitura e as reflexões sobre as normas da nossa língua escrita e falada, os textos individuais vão ganhando mais coerência, completude e nuances de estilos pessoais na escrita. Essa apropriação garante a proximidade com a língua, gerando uma maior segurança para usá-la, legitimando esse modo de expressão como um veículo natural de comunicação.

Em M atemática o terceiro ano tem, como disparador do projeto, o trabalho com os problemas. As propostas estão atreladas a problematizações de situações do dia-a-dia envolvendo as quatro operações. Neste semestre a intenção era inserir conteúdos mais formais no conhecimento das crianças. Esse grupo sempre esteve motivado a vivenciar situações desafiadoras na Matemática. Essa atitude favorece o encorajamento para o encontro com os novos conteúdos.

Iniciamos o trabalho resgatando os conhecimentos já adquiridos em relação ao sistema decimal, às estratégias pessoais de calculo e aos recursos para a resolução de problemas. Todos estavam prontos para que avançássemos nos novos recursos, sistematizando alguns conceitos.

Apresentamos o ábaco, uma das mais antigas calculadoras que o homem inventou. As dificuldades para operá-lo foram pequenas, pois as crianças já usavam a contagem de 10 em 10, 100 em 100 e já tinham alguma apropriação do conceito de unidade, dezena, centena. O desafio foi ajustar esses conhecimentos prévios à nova máquina. Ampliaram o conceito do valor posicional de um número e melhoraram nas habilidades com os cálculos.

O Material Dourado é uma ferramenta que ainda está muito presente em sala de aula. É um recurso que ajuda na visualização concreta dos caminhos e estratégias dos cálculos com os números, no trabalho com cálculo de troco e na compreensão das estratégias dos



algoritmos formais e de outros conteúdos.

Apresentamos as contas armadas da adição e subtração. As crianças assimilaram, com tranqüilidade, pois já estavam bastante familiarizadas com o ábaco e o Material Dourado.

Acreditamos que a aprendizagem de algoritmos não invalida o uso das estratégias pessoais de cálculo. Ela vem tornar mais econômico, eficiente e organizado o registro das operações e possibilitar a ampliação do campo numérico.

Música _________________________________________________________ Começamos o ano nos conhecendo e aprendendo a cantar o samba enredo do bloco da escola. Passado o Carnaval, iniciamos o estudo do instrumento com o qual trabalhamos, com muito afinco, durante todo o semestre: a flauta doce soprano. Para iniciar uma maneira diferente, fizemos uma apresentação sobre a família das flautas doces com flautas de diferentes registros. Conversamos, também, sobre sua história e forma e ouvimos gravações nas quais a flauta doce, acompanhada por diversos instrumentos, era utilizada na execução de peças variadas. Por fim, falamos sobre a postura, a respiração, a articulação e controle do sopro ao tocá-la.

Depois dessa introdução, mergulhamos no estudo, começando com três notas: sol, lá e si, apenas com a mão esquerda. Com essas notas ensaiamos Buenas Tardes Mis Niños, de autor desconhecido. Acrescentando o dó, trabalhamos a música Baile Índio; depois, com o ré, tocamos sua segunda voz. Essa experiência a duas vozes exigiu grande concentração e esforço. Para exercitar a concentração na hora de tocar e ouvir a música, gravamos e ouvimos as duas melodias trabalhadas e, depois de muitos ensaios, nos apresentamos na Mostra de Artes.

Com aprendizado da flauta doce, trabalhamos alguns conceitos e informações importantes sobre a escrita musical. Para complementar este trabalho fizemos, em sala, a apostila "Escrevendo uma partitura".

Nos dedicamos, ainda, à aprendizagem das músicas que compuseram a trilha da peça Nau Catarineta, que foi montada nas aulas de Teatro. Ensaiamos as canções e criamos uma sonoplastia utilizando instrumentos e objetos da vida cotidiana, que pudessem fornecer o ambiente sonoro que desejávamos.

Desde o início do ano a F3MA se mostrou interessada e participativa, embora também



bastante agitada. Conseguimos, ao longo do semestre, substituir boa parte da agitação por concentração, o que tem nos ajudado a superar os vários desafios encontrados. O esforço e concentração da turma ficaram visíveis na apresentação que fizeram na Mostra de Artes.

No momento, estamos começando a estudar uma nova música: Tanto Mar, de Chico Buarque, estudo que só devemos concluir no próximo semestre. Muito trabalho e diversão pela frente!

Teatro _________________________________________________________

I niciamos as atividades de Teatro com um espírito bem aventureiro! Já nas primeiras aulas, dramatizamos a chegada de Cabral e sua frota. Dividimos a turma em dois blocos distintos, índios - representantes desta terra, de um lado, e portugueses -

representantes d'além-mar do outro. Procuramos privilegiar, nesse primeiro contato, os olhares: o olhar dos índios sobre os portugueses, o olhar destes sobre os índios. E que olhares maravilhados, assombrados, assustados! Provocamos neles estranhamentos, descobertas, desconfianças. O passo seguinte foi lermos juntos a tão famosa Carta de Pero Vaz de Caminha adaptada para crianças. Daí desembocamos numa grande discussão sobre Naus, Caravelas e expedições. Trouxemos, então, o livro A caravela, onde puderam matar a curiosidade sobre como eram essas embarcações antigas, por dentro e por fora, o cotidiano de sua tripulação, seus hábitos, roupas e rotas. Eles se interessaram, muitíssimo, sobre o mar e seus perigos; e foi justamente aí, nesse ponto, que conheceram a Nau Catarineta. Contamos algumas versões conhecidas dessa história, que remonta aos tempos das grandes conquistas marítimas portuguesas. Falamos de sua tripulação, composta basicamente pelo Capitão, Gajeiro, Piloto, Marinheiros e Grumetes. Falamos das aventuras arriscadas que a Nau enfrentou ao atravessar o Atlântico. Falamos do rapto da filha do Capitão, dos adversários, das lutas...

Enfim, todos esses estímulos e informações foram sendo processados por eles e dramatizados em sala de aula, a ponto de, ao recontarem essa história nas improvisações, criarem a sua própria NAU CATARINETA. Outra vez um novo olhar, novas perspectivas sobre o mar e seus mistérios. Assim surgiram sereias, filhas-princesas presas em torres e monstros marinhos. Assim surgiram os sons do mar, assustador e terrível. Assim surgiram tempestades, naufrágios e soldados malvados. Assim surgiu o riso da criança que brinca e, ao brincar, liberta o seu fértil imaginário.

Nesse feliz processo colaborativo, tanto da parte dos alunos, quanto dos professores de Artes e Projeto, surgiu a nossa Nau Catarineta, que vocês puderam apreciar na Mostra de Artes.

Expressão Corporal _________________________________________________________ No início do ano, nossas aulas foram dedicadas ao samba da Sá Pereira. Aproveitamos o carnaval para... dançar, é claro! E falar um pouco dessa festa popular tão alegre e divertida! A letra do samba foi um gancho para começarmos a trabalhar o Projeto Institucional e fazer brotarem as idéias para próximos projetos de estudo. Embarcamos, a partir do samba, numa pesquisa das danças latinas. Nos aquecimentos, as crianças foram estimuladas a dizer quais são essas danças e, entre erros e acertos, fomos abordando o que conhecemos dos ritmos, das influências e misturas que tanto enriquecem e esquentam o solo americano!

Dançamos louvando o Deus Sol, em rodas de cantigas e gestos que reverenciavam a



natureza, a terra e a lua como "Pacha Mama, Madre Tierra", "Terra meu corpo..." e outras. Com o jazz, o soul, o samba, a marcha, o tango e a salsa nos divertimos muito. Cada música inspirando um diferente acento e uma qualidade específica no movimento com o corpo.

Vimos imagens de crianças sambando no morro, num clip do Chico Buarque, e dançando um tango, numa cena escolar de um filme de Carlos Saura. Outros vídeos de salsa foram apresentados. Improvisamos esses ritmos em grupo e individualmente. Depois vimos essas imagens e conversamos sobre nossa movimentação e das outras turmas.

A partir de abril a turma começou os ensaios para a Nau Catarineta, apresentada na Festa Pedagógica. Criamos uma coreografia para cada música da peça. Foi um processo muito rico entender a importância da linguagem corporal na representação dos personagens e a própria dança como expressão do grupo. Envolvemo-nos, cada vez mais, com o enredo e um prazer enorme ficou claro na maneira como as crianças vivenciaram o processo dessa produção. Tivemos, ainda, oportunidade de realizar atividades de dança e de movimentos criativos em exercícios diversos. Diferentes dinâmicas estimularam as crianças a desenvolver suas habilidades motoras, experimentando o corpo de formas conhecidas e novas. No final do semestre os últimos ensaios para nossa quadrilha junina empolgaram toda a turma que dançou animada na festa caipira!

Educação Física _________________________________________________________ "Há muitas causas que precisam da paixão que anima os torcedores. Brinquemos, pois. É preciso rir (...)"

Rubem Alves

Embarcamos, juntos, numa grande viagem pelas Américas e, para completar, teremos a realização da edição dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Este fato nos ajuda a incentivar ainda mais àqueles que já possuem o hábito da prática esportiva e, também, a despertar o gosto pelos esportes e atividades físicas nos que ainda não o possuem.

Queimado, pique-bandeira, futebol, basquete e handebol, além das brincadeiras lúdicas, incentivaram a cooperação, o espírito esportivo e a competição de forma ética, e também animaram as manhãs e tardes no Pereirão.

Quanto à capacidade de organização em grupos, a garotada foi desafiada a montar as equipes para jogar, sem a interferência dos professores. Saíram-se muito bem, apesar de algumas discussões que consideramos importantes para que as crianças desenvolvam sua capacidade de argumentação e organização e iniciar logo as partidas sem perder o tempo do recreio.

Este grupo adora o futebol. Já querem saber, de véspera, qual vai ser o jogo que pretendemos realizar e se podem escolher os times.

Normalmente, chegam preparados com chuteiras e tênis e, orgulhosos, fazem questão de mostrar, como se não pensassem em outra coisa desde a saída de casa.

Compreendem as regras com facilidade, baseando-se nelas e aceitando as marcações quando cometem faltas.

As vitórias são comemoradas intensamente, o que, muitas vezes, irrita os times



adversários e acaba gerando conflitos.

Apesar de ficarem chateadas quando perdem, não costumam culpar outro integrante do time ou o professor que está marcando as faltas e o tempo de jogo.

A atividade física parece estar no sangue dessa garotada que está sempre disposta a participar.

Nosso tão esperado Pátio Sobre Rodas aconteceu e, munidos de skates, patins e patinetes, meninos e meninas se concentraram para cumprir as regras da brincadeira, testaram o equilíbrio em manobras radicais e desafiaram os limites, respeitando as possibilidades de cada um. Os que "avançavam o sinal" ou excediam o "limite de velocidade" e eram multados com a espera do lado de fora por alguns minutos, aproveitavam para dar um show de coleguismo emprestando o material para os que não haviam trazido e ajudando os que não tinham tanta experiência.

O sucesso foi tão grande que pudemos ouvir frases do tipo: "Eu não gostei, eu AMEI!" "Quando será o próximo?". Diante disso, pretendemos repetir a brincadeira no segundo semestre.

As estafetas ou competições por equipes, adaptadas às turmas, ajudaram nossas meninas e meninos a aperfeiçoar as ações motoras de correr, saltar e rastejar, bem como quicar, chutar, passar e tocar a bola com maior destreza.

Para encerrar o semestre, planejamos o Pereirão Junino e os Primeiros Jogos Pan-americanos da Sá Pereira.

Falaremos deles no relatório do final do ano.

Tribo _________________________________________________________

E spaço coletivo de aprendizagens, a escola é, inevitavelmente, um espaço de conversa, de dúvidas e certezas, de escuta e expressão de opiniões, de discussão, questionamento, reivindicação e busca de soluções, de reflexão, de

encontros e desencontros consigo e com o outro. A escola, em todos os seus tempos e espaços, por ser um ambiente de coletividade por excelência, instiga e acolhe todas essas práticas de participação e cidadania.

Nossa Tribo garante o exercício e o aprofundamento dessa convivência coletiva, tornando o espontâneo pensável e possível de aprimoramento. É um momento de pausa ao ritmo dinâmico de pesquisa, estudo, produção e vivências corporais e criativas para focar cada um de nós em nós mesmos, nesse grupo, nessa escola, nesse mundo. E, focando, indagar, opinar, entender, participar com o seu pensar e suas vivências, dando opiniões e escutando outras idéias.

Logo no primeiro encontro, como todos os anos, a escrita de um desejo, um sonho vinculado à vida de estudante nesse novo momento / ano / série que se inicia. Com exceção dos Segundos Anos e dos alunos novos, todos já sabem o que acontecerá com esses escritos na última Tribo do Ano. Mas sabem que o mais importante não é o fim, mas o processo de busca para que seu desejo se realize e do quanto é preciso estar implicado e empenhado nessa busca.

As Regras de Convivência nos acompanharam durante todo o semestre. Lemos, discutimos, participamos de jogos, assistimos a filmes que provocassem reflexões a fim de



entender cada uma delas, cada vez mais e melhor. Desde os pequenos até os mais velhos da escola, percebemos um interesse sempre presente nessas atividades, uma participação efetiva, numa constante auto-avaliação sobre as regras que já dão conta e aquelas que precisam melhorar. Trabalhar sobre um texto documentado na Proposta Pedagógica da escola dá às crianças um sentimento de compromisso e seriedade, e uma certeza de efetiva participação. A qualidade do envolvimento de todos é que nos permite fazer essa avaliação.

As especificidades de cada grupo também direcionaram o trabalho da Tribo. Disciplina, regras do futebol e de brincadeiras, boletins, avaliações, auto-avaliações, postura de estudante, comportamento nos passeios são alguns dos assuntos que desenvolvemos, ora mais, ora menos, de acordo com as prioridades e necessidades de cada turma. Para ampliar essas discussões mais específicas, além das clássicas conversas, utilizamos também imagens em apresentações, filmes, dinâmicas e jogos.

O relaxamento, sempre presente, desejado e muito apreciado por todos, não pode faltar. Esse pequeno, mas intenso, momento de encontro consigo mesmo, percebendo toda a riqueza e grandeza de corpo, mente, sentimentos, afetos e sentidos em cada um, dá uma dimensão nova desse estar no mundo e recursos para, se percebendo, perceber o outro e o contexto, seja ele qual for, com mais equilíbrio e possibilidades de agir e de cuidar.

No próximo semestre novos caminhos, outros assuntos e temáticas surgirão. Apesar de, provavelmente, falarmos menos de Regras de Convivência, elas certamente estarão presentes porque estamos mergulhados num espaço de permanente convivência e, por isso mesmo, aprendendo o diálogo e o respeito mútuo. Especialmente porque é na intencionalidade da discussão e reflexão que garantimos muitas aprendizagens que poderiam se perder numa vivência apenas espontânea.

Inglês _________________________________________________________

O grupo começou animado para as novidades.Começam, nessa fase de contato com a língua inglesa, a formalizar alguns conteúdos, ampliando a escrita para pequenas frases. Começam a ter contato com verbos e substantivos,

preposições e adjetivos em uma mesma sentença. Mais complexidade para quem só teve contato com poucos registros escritos, sempre ilustrados por desenhos ou colagens. Mantivemos algumas práticas diárias como conversas, cantoria e brincadeiras.

A diretriz do projeto foi explorar alguns lugares do continente americano a bordo da "Sá Pereira Expedition".

Ao assistirmos a dois vídeos sobre o Carnaval no Caribe, observaram o número de cantores, quantos eram "boys", quantos eram "girls", que roupas estavam usando, de que cores e como eram dois vídeos e suas diferenças. Jogamos um BINGO de palavras para recordar alguns conceitos estudados em 2006.

Começamos pela preparação para a viagem, tentando manusear o atlas antes de colocar o foco nas Américas. Situaram, nomearam e compararam todos os continentes num grande mapa, no globo e no pequeno Atlas individual. Elegemos o "biggest" e o "smallest". A Antártica gerou muito questionamento por parecer maior que os outros continentes. Uma pesquisa mais aprofundada forneceu suas medidas. Com a tabela nas mãos não restaram dúvidas! Num jogo, comparamos alguns animais e coisas conhecidas usando "bigger than"



ou "smaller than". Partimos de palavras e concepções próximas para uma melhor compreensão dos conteúdos. Um texto coletivo foi elaborado e registrado no caderno a partir das perguntas: "What is a continent?", "How many continents are there?", "Which is the biggest continent?", "Which is the smallest continent?"

Escolhemos as ilhas do Caribe como nosso primeiro destino e localizando-as no mapa, e saímos em busca de informações que ilustraram e enriqueceram o projeto. As contribuições foram muitas! Elaboramos um mapa e o lustramos com imagens de algumas de suas particularidades. Com ele começamos a registrar, no caderno, o que achávamos importante. Usamos as respostas a algumas perguntas curiosas para elaborar outro pequeno texto: "What is an island?"; "How is the weather in the Caribbean Islands?"; "How many islands are there?"

Surgiram questões como o que é uma ilha e curiosidades sobre os piratas e seus ataques em busca de tesouros. Mencionaram o filme "Piratas do Caribe" e demonstraram interesse em revê-lo, juntos.

Na preparação para a primeira viagem, precisavam saber o clima dos lugares que iriam ser visitados para selecionar a bagagem. Brincamos com as peças variadas dentro de uma mala para separá-las em dois grupos: "Summer clothes" e "Winter clothes". Com as estruturas de frase "I need to pack this to go to the Caribbean Islands" ou "I don't need to pack this to go to the Caribbean Islands", faziam essa seleção

Assistimos a um pedacinho do filme "Piratas do Caribe" e reconheceram, na fala dos personagens, algumas palavras e frases que conheciam muito bem: "What's your name?", "My name is Jack Sparow ", "boy", "water", "sea", "ship and boat" e outras tantas. A cena que assistimos mostrava Jack Sparow sendo capturado e o Comodoro fazendo graça com sua bússola, que não apontava para o norte. Aproveitamos a deixa para brincar com esse instrumento, aprender um pouco sobre os pontos cardeais e como nos movimentamos com seu auxílio.

Uma contribuição que fez o maior sucesso foi a música, enviada pela mãe do João Travassos (F4M), cantada pelo Raffi, compositor americano de músicas infantis, que fala das crianças que nascem em diferentes países. Foi interessante porque puderam fazer um exercício de escuta e reconhecimento do nome dos países.

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