FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na...

55
1 FACULDADE ASSIS GURGACZ ENTEROBIOSE E OUTRAS ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS MATRICULADAS EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL - PR Cascavel 2012

Transcript of FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na...

Page 1: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

1

FFAACCUULLDDAADDEE AASSSSIISS GGUURRGGAACCZZ

ENTEROBIOSE E OUTRAS ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS

MATRICULADAS EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL - PR

Cascavel

2012

Page 2: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

2

MARCELI GONÇALVES BELETINI

ENTEROBIOSE E OUTRAS ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS

MATRICULADAS EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL – PR

Trabalho de conclusão de curso

apresentado a Faculdade Assis

Gurgacz, FAG, Curso de Farmácia.

Profª. Orientadora: Maria das Graças

Marciano Hirata Takizawa.

Cascavel

2012

Page 3: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

3

MARCELI GONÇALVES BELETINI

ENTEROBIOSE E OUTRAS ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS

MATRICULADAS EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL - PR

Trabalho apresentado no Curso de Farmácia da FAG, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Farmácia, sob a orientação da Professora Me. Maria

das Graças Marciano Hirata Takizawa.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________

Me. Maria das Graças Marciano Hirata Takizawa

___________________________

Me. Claudinei Mesquita

_______________________________

Me. Patrícia Stadler Rosa Lucca

Cascavel, 09 de Novembro de 2012.

Page 4: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

4

DEDICATÓRIA

Aos meus pais pela educação que me deram, base perfeita para construir meu

saber.

Page 5: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

5

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a Deus, pela força espiritual para a

realização desse trabalho.

Agradeço aos meus pais Wilson e Sirlene, pelo eterno orgulho de nossa

caminhada, pelo apoio, compreensão, ajuda, e, em especial, por todo carinho ao

longo deste percurso, e também à Mileni, querida irmã, pelo carinho, compreensão

e grande ajuda.

Aos meus amigos e colegas de curso, pela cumplicidade, compreensão,

ajuda e amizade durante os 4 anos de graduação.

Agradeço imensamente à Profª Me. Maria das Graças Marciano Hirata

Takizawa, pelo companheirismo, amizade e esforço para a realização de um

excelente trabalho e pela valiosa orientação concedida.

A todos os Professores do Curso de Farmácia da Faculdade Assis Gurgacz,

pela incansável busca por uma formação integral de seus acadêmicos.

A Secretaria de Educação do Município de Cascavel – PR, especialmente à

Professora Erica da Silva.

A coordenação do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Espaço e

Vida, especialmente à Professora Ivete e à Greyce, pela contribuição ao projeto de

pesquisa.

Agradeço também à Mariangela e Diandra, colaboradoras do Laboratório de

Parasitologia da FAG, pela contribuição e ajuda durante a realização das análises

laboratoriais.

E também aos sujeitos da pesquisa, pela participação e imensa colaboração

para o desenvolvimento presente estudo.

Page 6: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

6

Sumário

1. REVISÃO DA LITERATURA...............................................................................07

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................25

2. ARTIGO..............................................................................................................34

NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA.....................................................................51

Page 7: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

7

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

PARASITOLOGIA HUMANA

A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do

homem e das enfermidades que o atinge, pode-se avaliar que não existe um

simples processo onde a epidemiologia de determinadas doenças, caracterizadas

como doenças da pobreza são substituídas por doenças modernas, sendo que o

que realmente observa-se são adaptações e alterações do hospedeiro, vetores e

agentes etiológicos, fazendo com que não exista uma expectativa de vida livre de

infecções nos próximos anos (BARATA, 2000).

A história dos seres humanos, bem como as infecções que afetam a saúde

dos mesmos está intimamente relacionada à evolução cultural juntamente com as

migrações, desde o início das atividades voltadas à agricultura e a domesticação

de animais. Esses e outros fatores induziram mudanças relacionadas à dieta

humana e, consequentemente, as vias de transmissão de patógenos, inclusive as

parasitoses humanas (CHAME et al 2005).

Os estudos acerca da parasitologia humana possui extrema importância,

pois as infecções por parasitas, principalmente intestinais, são frequentes na

população mundial. Determinados parasitas, particularmente, representam um

agravante problema de saúde pública, caracterizando síndromes de má nutrição,

deficiência de aprendizado e incapacidade funcional, principalmente em crianças

(CIMERMAN, 2005).

De acordo com Cimerman & Cimerman (1999), seguindo relatos da

Organização Mundial da Saúde (OMS), existe uma alta frequência de doenças

parasitárias na população mundial, estimando que cerca de 980 milhões de

pessoas estejam parasitadas por Ascaris lumbricoides, 200 milhões pelo

Schistosoma mansoni e 16 milhões pelo Trypanosoma cruzi.

Os parasitas humanos apresentam a necessidade de obtenção de

nutrientes a partir de seu hospedeiro, sendo que o relacionamento comensal não

deve lesar permanentemente o mesmo, onde as alterações e comprometimentos

Page 8: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

8

do organismo poderia fazer com que perdesse o hospedeiro. De acordo com

Mascarini (2005), a relação parasita-hospedeiro ideal é aquela que não resulta em

danos e doença ao indivíduo, sendo que pode ser observada em alguns parasitas,

os quais sofreram adaptações, dando origem a outro tipo de relação, denominada

simbiose.

Sabe-se que tanto a intensidade quanto a disseminação das doenças

parasitárias estão extremamente relacionadas com as condições higiênico-

sanitárias dos indivíduos, envolvendo principalmente as baixas condições de

saneamento básico, nível socioeconômico e cultural inadequado, falta de

orientação a respeito de transmissão e cuidados a serem tomados, higiene

precária, entre outros (BIESI et al., 2010).

ENTEROPARASITOSES

Parasitoses intestinais são caracterizadas pela presença de microrganismos,

sejam eles protozoários ou helmintos, que em pelo menos uma fase de seu ciclo

evolutivo de vida, localizam-se no aparelho digestório de seu hospedeiro, o

homem, resultando em diversas alterações patológicas, dependendo do estado

imunológico do mesmo (BAPTISTA et al 2006 apud FERREIRA et al 2004).

No Brasil e em outros países em desenvolvimento, as parasitoses intestinais

encontram-se ainda disseminadas e com alta prevalência. Esse alto índice de

infecção por enteroparasitas reflete o desenvolvimento socioeconômico do país ou

região, evolvendo ações de saneamento básico e melhorias habitacionais, além do

conhecimento limitado da população mais carente, sendo que as parasitoses são

geralmente transmitidas por água, solo e alimentos, estando, portanto relacionadas

a questões de higiene ambiental e individual (COUTO et al., 2007; OLIVEIRA,

2004; ROCHA et al 2000).

A transmissão das enteroparasitoses geralmente acontece pela via fecal-oral

ou penetração pela pele, sendo que a prevalência dessas infecções é maior em

Page 9: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

9

países ou regiões com condições socioeconômicas baixas e saneamento básico

precário, incluindo-se o tratamento de água, esgoto, recolhimento de lixo, e

também pela falta de controle de vetores (KUNZ et al., 2008).

Por causarem vários efeitos deletérios à saúde dos indivíduos, programas de

controle de parasitoses têm sido criados para serem colocados em prática em

diversos países, porém o êxito não é alcançado na maioria dos países que

apresentam uma economia mais pobre (LUDWIG et al 1999).

As infecções que mais frequentemente acometem os seres humanos são as

causadas pelos parasitas intestinais, sendo que os que se instalam com maior

freqüência são Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, os ancilostomídeos Necator

americanus e Ancylostoma duodenale, e os protozoários Entamoeba

histolytica/dispar e Giardia intestinalis (FERREIRA et al., 2000).

Em geral, de acordo com Frei (2008), três fatores devem estar

necessariamente presentes para que ocorra uma infecção parasitária, sendo os

fatores relacionados ao hospedeiro: estado nutricional, fatores genéticos e idade,

condições em relação ao parasito: mecanismos de defesa contra o sistema

imunológico do hospedeiro, e em relação ao ambiente: saneamento básico e

higiene.

Para indivíduos que habitam áreas não endêmicas para parasitoses em

geral, que não tiveram em nenhum momento contato com parasitas e mesmo com

o sistema imunológico competente podem desenvolver ou apresentar

sintomatologia relativa à parasitose logo após a infecção, porém, indivíduos com o

sistema imunológico deficiente, ou imunocomprometidos frequentemente

apresentam sintomas mais intensos (MOTTA & SILVA, 2002).

Nos últimos anos, após o aparecimento da síndrome da imunodeficiência

humana houve um grande aumento na prevalência e na gravidade de algumas

doenças infecciosas, incluindo as parasitárias, bacterianas e virais (MARKELL et al

2003).

Page 10: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

10

De acordo com Roque et al (2005), a sintomatologia relacionada às

infecções por parasitas intestinais pode sofrer variações de leves a graves, visto

que nas infecções mais leves as manifestações sintomáticas podem apresentar-se

mais inespecíficas, sendo relatadas irritabilidade, anorexia, distúrbios do sono,

vômitos e diarréia, porém, a sintomatologia mais grave está relacionada à

pacientes que apresentam-se imunodeprimidos ou desnutridos.

As parasitoses intestinais geralmente não expressam manifestações clínicas

quando ocorrem, visto que o quadro clínico não é característico, podendo variar de

manifestações discretas até casos excepcionalmente graves e até letais, além do

mais, não existem quadros clínicos característicos de enteroparasitoses, porém,

determinados sintomas específicos podem alertar o médico para o diagnóstico

adequado. As inúmeras manifestações clínicas e lesões decorrentes de infecções

por enteroparasitas estão relacionadas tanto com as características biológicas dos

parasitas, tais como localização no hospedeiro, capacidade de invasão e carga

parasitária, além dos fatores relacionados ao hospedeiro, como estado imunológico

e estado nutricional (CHEHTER & CABEÇA, 1994).

PARASITOSES INTESTINAIS EM CRIANÇAS

Atualmente, em função da maior participação feminina no mercado de

trabalho e à maior urbanização, uma grande proporção de crianças em idade pré-

escolar começaram a frequentar creches, que por se tratar de um ambiente

fechado, abrigando grande número de crianças durante a maior parte do dia,

tornaram-se um potencial ambiente de contaminação pelo alto contato interpessoal

de crianças em banheiros e dormitórios (GURGEL et al 2005; BARROS et al 1998;

NASCIMENTO et al 2009),

A maior prevalência de parasitoses intestinais é observada em crianças em

idade escolar de regiões periféricas, devido a hábitos alimentares, cultura e higiene

precárias, tornando-as mais suscetíveis às infecções parasitárias. A frequência do

parasitismo intestinal em crianças pré-escolares sofre uma grande variação no

Page 11: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

11

Brasil, podendo alcançar de acordo com a região estudada, índices de

aproximadamente 80% (SANTOS et al 1999; BELOTTO et al., 2011).

As crianças constituem o principal grupo de risco para a contaminação e

aquisição de infecções intestinais que se não devidamente tratadas podem

acarretar incapacidades físicas e mentais, resultando em baixo rendimento escolar,

problemas físicos, com sintomas gastrintestinais, baixo desenvolvimento corporal,

além de sintomas sociais (FERREIRA et al 1997; MORAES, 2008).

Apesar de possuírem uma natural vulnerabilidade para adquirirem infecções,

as crianças que frequentam creches possuem a maior probabilidade de adquirirem

e desenvolver as infecções de repetição, ou seja, as respiratórias, gastrintestinais e

cutâneas, sendo que diarreias e gastroenterites são indicadas como importante

problema de saúde pública apresentado pelas crianças atendidas em creches

municipais (MASCARINI & DONASÍLIO, 2009).

A população pediátrica representa a classe com os mais elevados índices de

enteroparasitoses, sendo que nesses indivíduos as infecções por parasitos podem

acarretar diversos problemas, onde além de comprometer o desenvolvimento físico

e mental pode resultar até mesmo em óbito, principalmente em crianças com faixa

etária entre 0 e 5 anos que apresentam hábitos de higiene inadequados, sistema

imunológico ainda em formação e ainda pelo fato de dependerem de cuidados

alheios, nos casos que frequentam as creches (CARVALHO et al 2006;

BARÇANTE et al 2008).

A presença de enteroparasitas no organismo pode resultar em patogenias

cujos sintomas clínicos podem ser semelhantes com os de outras patologias, e

serem consequentemente confundidos, ou serem inespecíficos para o diagnóstico

preciso de parasitose. A anemia ferropriva ou por deficiência de ferro é evidente na

maioria dos escolares e adolescentes, e pode ser considerada como exemplo, uma

vez que pode ser causada por parasitas intestinais espoliativos como Ascaris

lumbricoides, Trichuris trichiura, Ancilostomídeos e Taenia sp., ou também pode

ser causada pela simples deficiência na ingestão de ferro na alimentação, fato

Page 12: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

12

clássico em crianças desnutridas (ARAÚJO e FERNÁNDEZ, 2005; GOMES et al

2006 apud TSUYUIKA et al 1999).

A desnutrição pode acarretar ao indivíduo dificuldade na realização de

atividades, tais como o trabalho, possibilita maior vulnerabilidade às infecções,

menor capacidade cognitiva, bem como pode diminuir a absorção intestinal de

nutrientes e biotransformação metabólica, no entanto, essas consequências são

piores quando a desnutrição acontece em fazes precoces da vida, como é o caso

das crianças (BISCEGLI et al., 2009).

Esse tipo de infecção não apresenta um quadro de mortalidade significativo,

no entanto, por se apresentarem na maioria das vezes de forma assintomática, as

infecções parasitárias necessitam de atenção especial devido às alterações

biológicas que podem acarretar, variando de acordo com a espécie parasitária,

pode envolver casos de desnutrição tratando-se de Ascaris lumbricoides, anemia

ferropriva envolvendo os ancilostomídeos Necator americanus e Ancylostoma

duodenale, síndrome da má absorção intestinal e diarreia causadas por

protozoários, além de desenvolverem outras manifestações, dependendo da

espécie do parasita e carga parasitária no indivíduo, tais como dores abdominais,

constipação e irritabilidade (COSTA-MACEDO et al 1998; MARINHO et al 2002;

YAMAMOTO et al., 2000).

Dentre as infecções parasitárias, representadas pelos protozoários,

destacam-se a Giardíase e a Amebíase apresentando-se bastante frequentes na

população infantil e também nas populações com alto nível socioeconômico. Essas

protozoonoses são transmitidas diretamente pelo contato interpessoal, sendo

possível o contágio entre crianças que habitam o mesmo ambiente como creches e

escolas, mesmo que possuam saneamento básico e tratamento de água (BECKER

et al., 2002; ALVES et al., 2003).

De acordo com Carneiro Filho et al (1994), tratando-se das infecções

parasitárias causadas por helmintos, os parasitas que possuem maior prevalência

de infecções em humanos, principalmente na população infantil, são a Ascaridíase,

Page 13: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

13

Tricuríase, Enterobiose, Ancilostomose e Estrongiloidose, sendo que esses vermes

possuem ampla distribuição geográfica no Brasil, onde são encontrados na zona

rural e urbana, prevalecendo onde os níveis e as condições sanitárias são mais

precárias na população.

De acordo com Moura et al (1997), apesar de diversos estudos

comprovarem os problemas de saúde provocados pelas parasitoses intestinais,

não existem dados suficientes sobre a população infantil em idade pré-escolar, o

que seria de extrema importância, pois esse grupo de indivíduos não utiliza com

frequência os serviços básicos de atenção à saúde.

A partir do momento que as enteroparasitoses recebem destaque

especial, levando em consideração os dados epidemiológicos de prevalência das

mesmas e os quadros de diarreia crônica e desnutrição, associados às crianças em

idade pré-escolar, torna-se de suma importância a conscientização dos órgãos

públicos para a adoção de medidas específicas de controle (MONTEIRO et al.,

1988; ANDRADE et al 2008), porém o custo para o financiamento das medidas

técnicas e a falta de projetos junto à comunidade dificultam a implementação

(LUDWIG et al 1999).

Em seus estudos, Carvalho et al (2006), pesquisaram a ocorrência de

enteroparasitos em creches da cidade de Botucatu, São Paulo, utilizando-se do

método de sedimentação espontânea para o processamento das 279 amostras de

fezes, e também o método de Graham ou método da fita gomada para a pesquisa

especifica de Enterobius vermicularis, obteve como resultados o coeficiente geral

de prevalência de parasitoses intestinais equivalente a 53,40%, sendo as espécies

G. duodenalis, Cryptosporidium sp., Blastocystis hominis e E. vermicularis as mais

encontradas. Apesar da baixa prevalência de helmintos nas creches, a

espécie E. vermicularis foi caracterizada como a mais frequente entre as crianças

(10,04%), sendo o método de diagnóstico essencial para justificar essa

prevalência.

Page 14: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

14

Já Pereira-Cardoso et al (2010), em sua pesquisa sobre a prevalência de

enteroparasitoses em escolares de 06 a 14 anos no município de Araguaína,

Tocantins, obteviveram como resultado uma prevalência de parasitas intestinais

equivalente a 55,3%, sendo que para as amostras positivas destacaram-se

Entamoeba coli (28,9%), Endolimax nana (18,4%), Giardia duodenalis (11,8%) e

Ascaris lumbricoides (9,2%) como as parasitoses mais frequentes. No entanto, a

baixa prevalência do parasito da espécie Enterobius vermicularis (1,3%) pode estar

relacionada a não utilização da técnica específica de diagnóstico, uma vez que a

técnica ideal seria pelo método do Swab anal ou fita gomada.

Castro et al., (2004), através de um levantamento de parasitoses intestinais

em escolares da rede pública de Cachoeiro de Itapemirim – ES, ao analisar 421

amostras obteve como resultado um coeficiente geral de prevalência de

parasitoses intestinais de 19,71%, as espécies mais frequentes foram: Giardia

lamblia (34,9%), Entamoeba coli (22,9%), Ascaris lumbricoides (4,8%) e Enterobius

vermicularis (4,8%).

Buschini et al., (2007), através de uma pesquisa a respeito da distribuição

espacial de enteroparasitas em escolares de Guarapuava – PR, obteve como

resultado, a partir da realização de exames parasitológicos de fezes, a maior

prevalência para o protozoário Giardia duodenalis (56,41%) e para o helminto

Ascaris lumbricoides (18,85%).

Quadros et al (2004), em uma pesquisa de parasitoses intestinais em

centros municipais de educação infantil na cidade de Lages – SC, obteve como

resultado uma prevalência de 70,5% de crianças infectadas por pelo menos um tipo

de parasita intestinal, para helmintos, as taxas foram de 41,5% no gênero

masculino e 55,3% no feminino. Os helmintos mais frequentes foram: Ascaris

lumbricoides (35%), Trichuris trichiura (13%) e Hymenolepis nana (0,5%).

Barreto (2006), ao avaliar a prevalência de enteroparasitoses em

crianças e adolescentes carentes da cidade de Guaçuí - ES, os quais representam

um importante grupo de risco para a aquisição dessa classe de infecções, pode

Page 15: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

15

observar uma prevalência de 88,6% de casos positivos, ou seja, de 35 amostras 31

encontravam-se positivas para algum enteroparasito, seja ele um helminto ou

protozoário. O exame parasitológico de fezes foi realizado pela técnica de

sedimentação espontânea, e o parasito mais frequente foi o protozoário

Entamoeba coli (25,7%), seguindo pela Entamoeba histolytica (17,1%) e Giardia

lamblia (2,9%). Entre os helmintos o mais frequente foi Ascaris lumbricoides

(62,9%), seguido por Trichuris trichiura (48,6%), Strongyloides stercoralis (8,6%) e

Enterobius vermicularis (5,7%). Avaliando os resultados, pode-se observar uma

alta prevalência de enteroparasitoses em crianças carentes, sendo um fator

alarmante aos responsáveis pelo fornecimento de água não potável, destino

inadequado do lixo, saneamento básico e fornecimento de orientações a respeito

dos meios de prevenção dessas infecções.

TRANSMISSÃO DE ENTEROPARASITOSES

Geralmente as parasitoses intestinais são transmitidas pela via oral, ou seja,

pelo contato direto fecal-oral, ou também por outras vias, como pela contaminação

de alimentos e água por material fecal contaminado em ambientes onde as

condições sanitárias são impróprias. Sendo assim, a população mais pobre, ou de

baixa renda, que em geral habita locais com aglomeração de pessoas, sem possuir

acesso à coleta de lixo e ao saneamento básico possuem, risco mais elevado de se

contaminarem por enteroparasitas (MOTTA & SILVA, 2002).

Vários são os meios de transmissão dos parasitas intestinais, tanto

helmintoses quanto protozoonoses, porém os que se destacam são através do

solo, relacionado ao destino adequado dos dejetos humanos e também dos

animais, e consequentemente a falta de saneamento básico; pelo ar; água

contaminada, a ingestão oral das formas infectantes ou penetração pela pele; por

vetores mecânicos, como moscas; pelas mãos, através da via fecal-oral

envolvendo os hábitos de higiene; e, finalmente pelos alimentos, incluindo verduras

consumidas sem cozimento prévio (SOARES & CANTOS, 2005; ORLANDINI &

MATSUMOTO, 2010).

Page 16: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

16

O conhecimento sobre a transmissão de parasitas intestinais através de

água considerada imprópria para consumo humano por se apresentar contaminada

é antigo, uma vez que o homem parasitado contamina o ambiente pelas formas

infectantes de enteroparasitas, sejam elas cistos ou ovos, a água pode preservá-

las por extensos períodos de tempo além de transportá-las para outros locais,

podendo contaminar também os vegetais consumidos frequentemente crus, e

voltar ao hospedeiro suscetível para infecção ou reinfecção (BEVILACQUA et al.,

2002; MARZOCHI & CARVALHEIRO, 1978).

Segundo Uchoa et al (2004), não se pode descartar ainda a transmissão das

enteroparasitoses através dos manipuladores de alimentos. As creches podem ser

incluídas nesse meio de contaminação, pois falhas na higiene desses indivíduos

podem contaminar os alimentos que posteriormente serão distribuídos às crianças,

viabilizando consequentemente a transmissão dos parasitas e de outros agentes

infecciosos.

ENTEROBIOSE

Agente etiológico

A enterobiose ou oxiurose é uma verminose intestinal causada pelo agente

etiológico Enterobius vermicularis, um nematódeo popularmente conhecido como

oxiúro, por ser um parasito exclusivamente humano, competindo com o Ascaris

lumbricoides pelo primeiro lugar entre as endemias parasitárias com ampla

distribuição geográfica e alta frequência (REY, 2001).

O E. vermicularis é um helminto pequeno, e apresenta características

bastante particulares, o verme adulto possui coloração branco-leitosa e brilhante,

possui forma cilíndrica e é recoberto finamente por uma cutícula estriada

transversalmente. Em sua extremidade anterior, lateralmente à boca, possui duas

expansões vesiculosas características, também chamadas de “asas cefálicas”. Seu

aparelho digestório é pouco complexo, com três pequenos lábios retráteis,

seguindo pelo esôfago, bulbo esofagiano, e no caso dos machos termina com a

Page 17: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

17

cloaca. O aparelho digestório das fêmeas termina com o reto e orifício anal, situado

na porção posterior do corpo.

O parasito não apresenta particularidades em relação ao aparelho

reprodutivo, porém apresenta nítido dimorfismo sexual, sendo a fêmea

caracterizada por uma cauda pontiaguda e longa, medindo cerca de 1,0 cm de

comprimento e 0,4 cm de diâmetro, já o macho apresenta uma cauda fortemente

recurvada no sentido ventral, apresentando um espículo, órgão acessório da

cópula, mede cerca de 5 cm de comprimento por 0,2 mm de diâmetro. O ovo mede

cerca de 50 micrômetros de comprimento por 20 micrômetros de largura, possui

morfologia bastante característica por apresentar-se com aspecto de um D,

apresenta membrana dupla, lisa e transparente, e no momento em que sai da

fêmea já apresenta uma larva em seu interior (REY, 2008; NEVES, 2009; NEVES,

2003).

Habitat

Os vermes adultos habitam o intestino grosso dos humanos, mais

precisamente no ceco, podendo ocorrer na última parte do intestino delgado e

também no apêndice cecal. Erraticamente o E. vermicularis pode invadir os órgãos

genitais femininos, bexiga, vagina e útero, provocando alterações mais ou menos

graves de acordo com o estado imunológico em que a mesma se apresenta. Os

machos possuem um tempo de vida muito curto, de aproximadamente 15 dias, pois

assim que fecundam as fêmeas são eliminados nas fezes, já as fêmeas vivem 40 a

60 dias, tempo suficiente para a maturação dos ovos e dirigem-se para o ânus,

preferencialmente à noite e na região perianal liberam seus ovos (MORAES, 2008;

NEVES, 2009).

Page 18: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

18

Ciclo Biológico

O E. vermicularis é um nematódeo monoxênico, ou seja, os humanos são os

únicos hospedeiros definitivos e a maturação dos ovos acontece no meio exterior

poucas horas após a eliminação. Assim que os ovos são ingeridos, atravessam o

estômago sem sofrer danos e chegam ao intestino delgado, local onde as larvas

irão eclodir e dirigir-se para o ceco, tornando-se adultos machos e fêmeas, fixam-

se na região cecal, e como descrito anteriormente, após a fecundação, o macho é

eliminado nas fezes, e as fêmeas dirigem-se para a região perianal (NEVES, 2009;

MORAES, 2008).

Transmissão

Essa helmintíase possui distribuição mundial, tendo maior prevalência em

crianças em idade escolar. A transmissão ocorre inevitavelmente em ambiente

doméstico ou em ambientes coletivos como creches, asilos e enfermarias infantis,

onde os fatores responsáveis pela alta taxa de transmissão são: a espécie

Enterobius vermicularis especifica da espécie humana, as fêmeas realizam

oviposição de grande número de ovos na região perianal, tornando-se infectantes

em curto período de tempo e resistem até três semanas contaminando roupas de

cama, roupas íntimas, alimentos e poeira (BONEBERGER, 2007 apud GARCIA,

2001).

Neves (2003, 2009) e Rey (2001) relatam como principais meios de

transmissão da Enterobiose:

Heteroinfecção ou também chamada primoinfecção, caracterizada pela

ingestão de ovos presentes na poeira, alimentos ou mão sujas atingindo

novo hospedeiro;

Autoinfecção externa, quando os ovos presentes na região perianal são

levados através das mãos até a boca.

Page 19: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

19

Autoinfecção interna, mecanismo de transmissão mais raro, porém relatado

por vários autores, no qual as larvas infectantes eclodem ainda no reto e

depois migram até o ceco transformando-se em vermes adultos;

Retroinfecção, onde as larvas eclodem na região perianal, penetram pelo

ânus e migram pelo reto até a região cecal, onde se transformam em vermes

adultos.

Sintomatologia

A maioria dos indivíduos parasitados por E. vermicularis são assintomáticos,

não sendo relatadas alterações na região cecal e anal (NEVES, 2009).

De acordo com Moraes (2008) e Neves (2003), a sintomatologia depende da

localização e da extensão das lesões causadas pela presença do parasita no

hospedeiro, além da carga parasitária, e eficiência do sistema imunológico.

Podendo assim ser relatadas em pacientes sintomáticos, diarréia mucopurulenta e

sanguinolenta, apresentando-se fétidas, tenesmo, dores abdominais, apendicite,

enterite catarral, anemia e prurido nasal. Além desses sintomas, a alteração mais

frequente da enterobiose é o prurido anal, provocado pela presença das fêmeas

grávidas na região perianal e eclosão dos ovos, sendo que as alterações mais

relatadas decorrentes do prurido anal são irritabilidade, nervosismo, insônia, e

raramente convulsões.

Patogenia

As alterações patológicas observadas no hospedeiro ocasionadas pelo E.

vermicularis são decorrentes das características relacionadas ao parasito e ao

organismo parasitado, ou seja, na patogenia da enterobiose deve-se considerar a

ação do parasito sobre a mucosa intestinal, na região perianal, em outras

localizações do trato gastrintestinal e ainda a ação do parasito nos órgãos genitais,

principalmente em pacientes do gênero feminino (MORAES, 2008).

Page 20: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

20

Diagnóstico

Sabe-se que os vermes adultos, responsáveis por toda a patogenia

relacionada à parasitose vivem no ceco, cólon, apêndice e na região anal. Após a

fecundação os ovos são liberados na região perianal pela ação mecânica sobre o

parasita ou pela dessecação dos mesmos.

Assim, como os ovos são liberados fora do corpo, os exames parasitológicos

de fezes mesmo com enriquecimento só revelam cerca de 5 a 10% dos casos

positivos (REY, 2001), logo, o diagnóstico mais preciso para a enterobiose é

realizado através dos swabs anais, também denominado método de Graham, um

método de isolamento de ovos da região perianal (DE CARLI, 1994).

Tratamento

Vários fármacos podem ser eficazes para a eliminação dos vermes, pois os

mesmos são bastante sensíveis às drogas usuais, e outros métodos mais simples

como enemas de água morna também são eficazes (MARKELL, 2003; NEVES,

2009). Os fármacos mais recomendados são Albendazol 400mg em dose única

para adultos, e divididas em duas tomadas para crianças, Mebendazol 100mg duas

vezes ao dia, tanto para adultos quanto para crianças, Invermectina 200

microgramas para crianças com até 15 kg ou 12 gramas para adultos, e Pamoato

de pirivínio na dose de 10 mg/kg/dia em dose única (NEVES, 2009).

MÉTODO DE GRAHAM

Geralmente a baixa frequência do parasita E. vermicularis em estudos tanto

em crianças como em adultos está relacionado à baixa especificidade das técnicas

utilizadas para o seu diagnóstico em laboratório, sendo que basicamente são

utilizados métodos de sedimentação espontânea ou técnicas de concentração, as

quais são inespecíficas para sua identificação (FIRMO et al 2010).

Page 21: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

21

De acordo com Moraes (2008), deve-se coletar o material algum tempo

depois do paciente ter se deitado, ou pela manhã antes de qualquer higiene íntima.

Várias adaptações foram feitas no método descrito por Graham (1941),

consistindo em um pedaço de fita tipo durex adaptada a uma lâmina de vidro. Com

o objetivo de facilitar a coleta do material perianal e aumentar o conforto do

paciente no momento da coleta, Von Hofe (1944) adaptou um tubo de ensaio onde

a fita seria colocada sobre o fundo do tubo com a parte adesiva para cima. Jacobs

(1942), de acordo com Costa (1955), empregou um abaixador de língua, para

facilitar a adesão da fita adesiva sobre a região perianal.

Descrição da preparação e do método de acordo com Neves (2009) e De

Carli (2007):

Devem-se utilizar luvas em todas as etapas do procedimento.

Cortar um pedaço de fita adesiva transparente, em um comprimento

aproximado de 8 a 10 cm de comprimento e 20 mm de largura. Colocar

etiquetas nas extremidades da fita que excedam o tamanho da lâmina.

Posicionar fita com a parte adesiva para fora sobre um tubo de ensaio, ou

utilizando o dedo indicador. Pode-se utilizar também um abaixador de

língua.

Aplicar a fita na região perianal, pressionando repetidas vezes (2 a 3 vezes),

tanto nas pregas direita como esquerda com o objetivo de analisar toda a

extensão dessa região.

Posteriormente, aderir a fita em uma lâmina de vidro comprimindo-a bem, a

fim de eliminar as bolhas de ar, o que dificulta a visualização dos ovos, e

identificar a lâmina com o nome do paciente e data de realização.

E finalmente, levar a lâmina ao microscópio observando no aumento de 10X

e 40X, procurando os ovos característicos de E. vermicularis, e às vezes

fêmeas desse verme.

De Carli (2007) ainda relata a utilização de tolueno, xileno ou iodo-xilol, o

que deixara a preparação mais clara, facilitando a visualização, tonando os ovos

bem visíveis.

Page 22: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

22

EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES

Os parasitos intestinais geralmente são diagnosticados pelo exame

parasitológico de fezes, sendo que os estágios frequentemente visualizados são

cistos, trofozoítos, oocistos e esporos de protozoários, além de ovos e larvas de

helmintos. Uma identificação segura e posteriormente o diagnóstico verdadeiro de

enteroparasitos depende dos critérios morfológicos de cada parasito, estão

intimamente relacionados a uma coleta bem feita, bem como a utilização de

conservantes. Os materiais fecais colhidos de forma inadequada, mal conservados

ou velhos não terão valor de diagnóstico (DE CARLI, 2007).

As características físicas da amostra, como consistência possui grande

significado, pois pode indicar que tipo de estágios dos parasitos pode conter.

Markell (2003) relata que os trofozoítos de protozoários intestinais frequentemente

são encontrados em fezes pastosas ou líquidas, e nunca em fezes totalmente

formadas, pois como o trânsito intestinal está acelerado, não há tempo suficiente

para o encistamento do mesmo. Já os cistos dos protozoários somente são

encontrados em fezes formadas, e os ovos de helmintos podem ser visualizados

em fezes líquidas ou formadas.

Com relação aos métodos de análises coproparasitológicas, as técnicas

mais utilizadas rotineiramente são os métodos de concentração, como o de

Sedimentação Espontânea, Ritchie e Coprotest, os quais possibilitam a

identificação de diferentes parasitos nas diferentes formas evolutivas. No entanto,

os métodos de Baermann-Moraes, Faust, Graham e Kato-Katz, são mais utilizados

na pesquisa e levantamentos epidemiológicos (MARIANO et al 2005 apud

GRAEFF et al 1997).

Segundo Mendes et al (2005), rotineiramente em laboratórios de análises

clínicas, tratando-se de exames parasitológicos de fezes, é de relevante

importância a realização de mais de um método de concentração, uma vez que

aumenta o índice de detecção de protozoários e helmintos, principalmente quando

a carga parasitária é baixa, no entanto, dependendo da suspeita clínica é

necessária a utilização de métodos específicos, como o método de Rugai para

Page 23: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

23

detecção de estrongiloidíase, Graham para enterobiose e o de Willis para

ancilostomíase.

Método de Sedimentação Espontânea (Lutz/Hoffmann, Pons & Janer)

Esse método é bastante empregado na Saúde Pública por sua eficiência e

também pelo baixo custo, pois requer a utilização mínima de vidrarias e é

dispensado o uso de reagentes e da centrifugação. É baseada em um

procedimento simples no qual consiste na combinação da gravidade e da

sedimentação, indicada para a pesquisa de ovos e larvas de helmintos e cistos de

protozoários. Ao contrário de outras técnicas de concentração, a técnica de

sedimentação espontânea requer grande quantidade de material fecal, garantindo

assim maior segurança e eficácia do diagnóstico, porém existe a desvantagem

relacionada à grande quantidade de detritos fecais presentes no sedimento, o que

dificulta a preparação do esfregaço e a visualização da lâmina (DE CARLI, 1994;

MORAES, 2008).

CONSERVANTES

A utilização de conservantes para a conservação de amostras fecais,

segundo De Carli (1994) é de grande importância, pois permitem a preservação

das estruturas parasitárias e prevenir o desenvolvimento de alguns ovos e larvas

de helmintos. A preservação temporária das amostras pode ser feita através da

refrigeração (3-5ºC) em um recipiente hermeticamente fechado, tornando cistos de

protozoários e ovos de helmintos viáveis durante alguns dias.

Porém é frequente o uso de substâncias conservantes para a preservação

permanente da morfologia de ovos, cistos, larvas e trofozoítos, através de fixadores

como solução de formaldeído, mertiolato-iodo-formaldeído (MIF), acetato de sódio-

ácido acético-formaldeído (SAF), álcool polivinílico (fixador APV) e o de Schaudinn

(DE CARLI, 1994; MORAES, 2008; MARKELL, 2003).

Page 24: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

24

Formalina

De acordo com De Carli (2007), a solução de formaldeído ou também

denominada formalina, é utilizada para a preservação da morfologia dos estágios

de diagnóstico de protozoários e helmintos. As concentrações recomendadas são

diferentes para cistos de protozoários e oocistos de cocídios, esporos de

microsporídios, ovos e larvas de helmintos, sendo 5% e 10%, respectivamente.

Rotineiramente a solução de 5% é a de preferência, pois os ovos de A.

lumbriocoides e de T. trichiura continuam seu desenvolvimento, não interferindo

consequentemente a identificação das espécies.

Esse conservante não é recomendado para a preservação de trofozoítos,

sendo que a formalina neutra é mais eficiente para a manutenção das

características morfológicas, no entanto a solução de formaldeído tamponado com

fosfato de sódio é o mais indicado para a conservação de amostras fecais (DE

CARLI, 1994).

Segundo Neves (2009), deve-se colocar um pouco da solução conservante

dentro do recipiente de plástico que será utilizado para a coleta da amostra e em

seguida adicionar as fezes, posteriormente realizar a homogeneização e cobrir com

mais conservante.

Page 25: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALVES, J.R; MACEDO, H.W; RAMOS, J.A.N; FERREIRA, L.F; GONÇALVES, M.L.C; ARAÚJO, A. Parasitoses intestinais em região semi-árida do Nordeste do Brasil: resultados preliminares distintos das prevalências esperadas. Cad Saúde Pública. 2003;19(2): 667-70.

2. ANDRADE, F; RODE, G; FILHO, H.H.S; GOULART, J.A.G. Parasitoses intestinais em um Centro de Educação Infantil Público do município de Blumenau (SC), Brasil, com ênfase em Cryptosporidium spp e outros protozoários. Rev. Patol. tropical [online]. Vol. 37, n.4, pp. 332-340. 2008. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/view/5665/4497>. Acesso em: 06 de março de 2012.

3. ARAUJO, C.F; FERNÁNDEZ, C.L. Incidência de enteroparasitoses em localidades atendidas pelo comando da aeronáutica no estado do Amazonas. RMAB [online]. Vol. 55, pp.40-46. 2005. Disponível em: <

http://www.dirsa.aer.mil.br/revistas/2005/07_05.pdf>. Acesso em: 06 de março de 2012.

4. BARATA, R.B. Cem anos de endemias e epidemias. Rev. Ciência & Saúde Coletiva [online]. Vol. 5, n.2, pp.333-345, 2000.

5. BAPTISTA, S,C; BREGUEZ, J.M.M; BAPTISTA, M.C.P; SILVA, G.M.S; PINHEIRO, R.O. Análise da incidência de parasitoses intestinais no município de Paraíba do Sul, RJ. Rev. Bras. Anal. Clin. [online] vol.38, n.4,

pp.271-273, 2006. Disponível em: <http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_38_04/rbac_38_04_13.pdf>. Acesso em: 04 de março de 2012.

6. BARBETTA, P.A. 6- Amostragem. Referencia: Estatística Aplicada às Ciências Sociais. Cap 3. Ed. UFSC, 5ª Edição, 2002. Disponível em:

<http://www.inf.ufsc.br/~freitas/cursos/Metodos/2005-2/Aulas/A11-12/6%20-%20Amostragem%20pf.pdf>. Acesso em: 02 de abril de 2012.

7. BARÇANTE, T.A; CAVALCANTI, D.V; SILVA, G.A; LOPES, P.B; BARROS, R.F; RIBEIRO, G.P; NEUBERT, L.F; BARÇANTE, J.M.P. Enteroparasitos em crianças matriculadas em creches públicas do município de Vespasiano, Minas Gerais. Rev. Patol. Trop. [online]. Disponível em: <

https://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/viewFile/4029/3604>. Acesso em: 01 de março de 2012.

8. BARRETO, J.G. Detecção da incidência de enteroparasitos nas crianças carentes da cidade de Guaçuí – ES. RBAC [online]. vol. 3, n.4, pp. 221-223, 2006. Disponível em: < http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_38_04/rbac_38_04_03.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

Page 26: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

26

9. BARROS, A.J.D; HALPERN, R; MENEGON, O.E. Creches públicas e privadas de Pelotas, RS: aderência à norma técnica. Jornal de Pediatria

[online] - Vol. 74, Nº5, 1998. Disponível em: <http://www.jped.com.br/conteudo/98-74-05-397/port.pdf>. Acesso em: 05 de março de 2012.

10. BASSO, R.M.C; RIBEIRO, R.T.S; SOLIGO, D.S; RIBACKI, S.I; JACQUES, S.M.C;ZOPPAS, B.C.A. Evolução da prevalência de parasitoses intestinais em escolares em Caxias do Sul, RS. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [online]. 2008, vol.41, n.3, pp. 263-268.

11. BECKER, A.A; LOSCHPE, R; DELWING, D; CANALI, J. Incidência de parasitoses intestinais em escolares do município de Novo Hamburgo, RS. Rev. Bras Anal. Clin. 2002;34(2): 85-7.

12. BEVILACQUA, P.D; BASTTOS, R.K.X; HELLER, L; OLIVEIRA, A.A; VIEIRA, M.B.C.M; BRITO, L.L.A. Densidades de Giardia e Cryptosporidium em mananciais de abastecimento de água e prevalência de giardíase: usos e aplicações do modelo teórico de avaliação de risco. In: XXVIII

Congreso Interamericano de Ingenieña Sanitaria y Ambiental. 2002. Disponível em: < http://www.bvsde.paho.org/bvsaidis/mexico26/ix-005.pdf>. Acesso em: 06 de março de 2012.

13. BIASI, L. A.; TACCA, J. A; NAVARINI, M.; BELUSSO, R; NARDINO, A; SANTOLIN, J. C; BERNARDON, V; JASKULSKI, M. R. Prevalência de enteroparasitoses em crianças de entidade assistencial de Erechim/RS. PERSPECTIVA, Erechim. [online]. V.34, n.125, p. 173-179, 2010.

14. BISCEGLI, T.S; ROMERA, J; CANDIDO, A.B; SANTOS, J.M; CANDIDO, E.C.A; BINOTTO, A.L. Estado nutricional e prevalência de enteroparasitoses em crianças matriculadas em creche. Rev. paul.

pediatr. [online]. 2009, vol.27, n.3, pp. 289-295, 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-05822009000300009&script=sci_arttext>. Acesso em: 29 de março de 2012.

15. BONEBERGER, R. Levantamento epidemiológico de prevalência de parasitoses intestinais em escolares do município de Parobé – RS. Monografia Pós-graduação em Anal. Clin. 2007. Disponível em: < http://ged.feevale.br/bibvirtual/Monografia/MonografiaRodrigoBoneberger.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

16. BUSCHINI, M.L.T; PITTNER, E; CZERVINSKI, T; MORAES, I.F; MOREIRA, M.M; SANCHES, H.F; MONTEIRO, M.C. Distribuição espacial de enteroparasitas em crianças escolares na cidade de Guarapuava, Estado do Paraná, Brasil. Rev. bras. epidemiol. [online]. 2007, vol.10, n.4, pp. 568-578. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-790X2007000400015&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 01 de março de 2012.

Page 27: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

27

17. CARNEIRO FILHO, M; FERREIRA, R.F; GARCIA, C.E. Incidência de enteroparasitas em crianças de Joinville (SC). J Bras Med.

1994;67(3):167-70.

18. CARVALHO, T.B; CARVALHO, L.R; MASCARINI, L.M. Occurrence of enteroparasites in day care centers in Botucatu (São Paulo State, Brazil) with emphasis on Cryptosporidium sp., Giardia duodenalis and Enterobius vermicularis. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo [online]. 2006,

vol.48, n.5, pp. 269-273.

19. CASTRO, C.G; BEYRODT, C.G.P. Ações de enfermagem na prevenção de

20. parasitoses intestinais em creches. Rev Enferm UNISA [online] 2003,

vol.4, pp. 76-80.

21. CASTRO, A.Z; VIANA, J.D.C; PENEDO, A.A. DONATELE, D.M. Levantamento das Parasitoses Intestinais em Escolares da Rede Pública na Cidade de Cachoeiro de Itapemirim – ES. NewsLab [online].

Edição 63 – 2004. Disponível em: < http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/63/parasitoses61.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

22. CHAME, M; BATOULI-SANTOS, A.L; BRANDÃO, M.L. As Migrações Humanas e Animais e a Introdução de Parasitas Exóticos Invasores que Afetam a Saúde Humana no Brasil. FUMDHAMentos VII [online]. 2005.

23. CHEHTER, L; CABEÇA, M. Parasitoses Intestinais. Rev. Bras.

Med.[online], vol. 51, pp. 125-132, 1994.

24. CIMERMAN B, CIMERMAN S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. Editora Atheneu, São Paulo, p.375, 1999.

25. CIMERMAN, S; CIMERMAN, B. Enterobíase, artigo de revisão. Rev. Panam. Infectol [online], 2005. Vol. 7. N.3. pp. 27-30. Disponível em: http://www.revista-api.com/3%20edicao%202005/pdf/materia%2004.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

26. COSTA, O.R. Incidência de Enterobius vermicularis em 359 escolares de Belém, Pará. Publicado originalmente em Revista do Serviço Especial de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 221-229, 1955. Disponível em: < iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/memo_iec/v6p251-260.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

27. COSTA-MACEDO, L.M; HADDAD, F.; SANTOS, D.S.; LORENZONI, D.P.; TELEFORA, K.S. Controle de parasitoses intestinais e pediculose em instituições de atendimento a populações carentes da cidade do Rio de

Page 28: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

28

Janeiro. In: I Congresso de Extensão Universitária, 2002, João Pessoa. CD Rom do I Congresso de Extensão Universitária, 2002.

28. COUTO, W.F; PEREIRA, R.V; FIGUEIREDO, B.C.P; SILVA, A.C; GRAMIGNA, L.L; SANA, D.E.M; GOMES, R.S; ANDRADE, G.F; BRANT, J.F.A.C; BREGUES, G.S; SILVA, M.A.R; BARBEITOS, P.O; JUNIOR, L.C.P; REIS, L.E.S; JAYME, M.F; CAMARGO, R.S; FRANCO, M.N; AMARAL, M.S; NICOLATO, R.L.C; CARNEIRO, C.M; REIS, A.B. Relação entre parâmetros ambientais, econômicos e socioculturais na identificação de regiões de risco para ocorrência de parasitoses intestinais em uma área rural de Ouro Preto, MG. Rev. eletr. Farm [online]. vol. IV, n.2, pp.148-150. 2007. Disponível em: < http://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/article/view/2783/8220>. Acesso em: 04 de março de 2012.

29. DE CARLI, G.A. Diagnóstico Laboratorial das Parasitoses Humanas - Métodos e Técnicas. Medsi, 1994.

30. DE CARLI, G.A. Parasitologia Clínica – Seleção de métodos e técnicas para o diagnóstico das parasitoses humanas. 2 ed. São Paulo: Atheneu,

2007.

31. FERNANDEZ, S.C.L. Avaliação epidemiológica de parasitoses intestinais entre escolares assistidos por micro-áreas de unidades de saúde do município de Caldas-MG. 2006. Disponível em: <

http://tede.unifenas.br/tde_arquivos/2/TDE-2007-11-27T041343Z-22/Publico/Dissertacao%20completa%20Silvia%20Cristina%20Lopes%20Fernandez.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

32. FERREIRA, M.U; FERREIRA, C.S; MONTEIRO, C.A. Tendência secular das parasitoses intestinais na infância na cidade de São Paulo (1984-1996)*. Rev. Saúde pública [online]. vol.34, n.6, pp.73-82, 2000. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n6s0/3520.pdf>. Acesso em: 04 de março de 2012.

33. FERREIRA, C.B; MARÇAL JUNIOR, O. Enteroparasitoses em escolares do Distrito de Martinésia, Uberlândia, MG: um estudo piloto. Rev. Soc.

Bras. Med. Trop.[online]. 1997, vol.30, n.5, pp. 373-377. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86821997000500004&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 de março de 2012.

34. FIRMO, W.C.A; MARTINS, N.B; SOUSA, A.C; COELHO, L.S; FREITAS, M.S. Estudo comparativo da ocorrência de parasitos intestinais no serviço de saúde pública e privado de Estreito-MA. 2010. Disponível em:

<http://eduep.uepb.edu.br/biofar/v6n1/estudo_comparativo_da_ocorrencia_de_parasitos_intestinais_no_servico_de_saude_publica_e_privado_de_estreito-ma.htm#_ftn3>. Acesso em: 15 de março de 2012.

Page 29: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

29

35. FREI, F; JUNCASEN, C; RIBEIRO-PAES, J.T. Levantamento epidemiológico das parasitoses intestinais: viés analítico decorrente do tratamento profilático. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro. [online]. Vol.24, n.12, pp. 2919-2925, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n12/21.pdf>. Acesso em: 04 de março de 2012.

36. GOMES, R.P; SILVA, S.C; MATOS, A. Fatores condicionantes de parasitoses intestinais em crianças de 1 a 8 anos de idade. Educação e prevalência. [online]. 2006. Disponível em:

<http://www.ciencianews.com.br/revistavirtual/artrenatogomes.pdf>. Acesso em: 06 de março de 2012.

37. GRAHAM, C. F. 1941. A device for the diagnosis of Enterobius vermicularis. Am. J. Trop. Med., 21: 159 - 161. Disponível em: <http://www.ajtmh.org/content/s1-21/1/159.full.pdf+html>. Acesso em: 14 de março de 2012.

38. GURGEL, R.Q; CARDOSO, G.S; SILVA, A.M; SANTOS, L.N; OLIVEIRA, R.C.V; Creche: ambiente expositor ou protetor nas infestações por parasitas intestinais em Aracajú, SE. Rev Soc Bras Med Trop [online] v.38, n.3, pp.267-269, 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v38n3/24009.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

39. KUNZ, J.M.O; VIEIRA, A.S; VARVAKIS, T; GOMES, G.A; ROSSETO, A.L; BERNARDINI, O.J; ALMEIDA, M.S.D; ISHIDA, M.M.I. Parasitas intestinais em crianças de escola municipal de Florianópolis, SC – Educação ambiental e em saúde. Biotemas [online]. vol. 21, n.4, pp. 157-162, 2008.

40. LUDWIG, K.M; FREI, F; ALVARES FILHO, F; RIBEIRO-PAES, J.T. Correlação entre condições de saneamento básico e parasitoses intestinais na população de Assis, Estado de São Paulo. Rev. Soc. Bras.

Med. Trop. [online]. 1999, vol.32, n.5, pp. 547-555. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86821999000500013&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 de março de 2012.

41. MARIANO, M.L.M; CARVALHO, S.M.S; MARIANO, A.P.M; ASSUNÇÃO, F.R. Uma Nova Opção para Diagnóstico Parasitológico: Método de Mariano & Carvalho. NewsLab [online]. Edição 68, 2005. Disponível em: <http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/68/art03.pdf>. Acesso em: 02 de março de 2012.

42. MARINHO, M.S, SILVA, G.B, DIELE, C.A, CARVALHO, J.B. Prevalência de enteroparasitoses em escolares da rede pública de Seropédica, município do estado do Rio de Janeiro. Rev. Bras. Anál. Clínicas. 2002; 34: 195-6.

Page 30: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

30

43. MARKELL, E; JOHN, D; KROTOSKI, W. Parasitologia médica. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

44. MARZOCHI, M.C.A; CARVALHEIRO, J.R. Estudo dos fatores envolvidos na disseminação dos enteroparasitas: III - Distribuição de algumas enteroparasitoses em dois grupos populacionais da cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Rev. Inst. Med. trop. [online] S.Paulo. Vol.20, n.1, pp.31-35, 1978.

45. MASCARINI, M.L. Uma abordagem histórica da trajetória da parasitologia. Rev. Ciência e Saúde Coletiva [online]. Vol. 8, n. 3, pp. 809-814, 2003.

46. MASCARINI, L.M; DONASÍLIO, M.R. Giardíase e criptosporidiose em crianças institucionalizadas em creches no Estado de São Paulo. Rev. Socied. Bras. Medicina Tropical [online]. vol. 39, n.6, pp.577-579, 2006.

47. MENDES, C.R; TEIXEIRA, A.T.L.S; PEREIRA, R.A.T; DIAS, L.C.S. Estudo comparativo de técnicas parasitológicas: Kato-Katz e coprotest. Rev.

Bras. Med. Trop. [online]. vol.38, n. 2, pp. 178-180, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v38n2/23577.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

48. MONTEIRO, C.A; CHIEFFI, P.P; BENICIO, M.H.A; DIAS, R.M.S; TORRES, D;M.A.C.V; MANGINI, A.C.S. Estudo das condições de saúde das crianças do município de São Paulo (Brasil), 1984/1985, VII-Parasitoses Intestinais. Rev. Saúde. Públ. [online], Vol.22, n.1, pp.8-15. 1988.

Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v22n1/02.pdf>. Acesso em: 06 de março de 2012.

49. MORAES, R.G. Parasitologia & micologia humana. 5.ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2008.

50. MOTTA, M.E.F.A; SILVA, G.A.P. Diarréia por parasitas. Rev. Bras. Saude

Mater. Infant. [online]. vol.2, n.2, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292002000200004>. Acesso em: 04 de março de 2012.

51. MOURA, E.C; BRAGAZZA, L.M; COELHO, M.F.L; AUN, S.M.F. Prevalência de parasitose intestinal em escolares da primeira série de uma escola pública. Jornal de Pediatria [online]. Vol. 73, Nº6, pp.406-410, 1997. Disponível em: <http://www.jped.com.br/conteudo/97-73-06-406/port.pdf>. Acesso em: 06 de março de 2012.

52. NASCIMENTO, W.R.C; CAVALCANTI, I.M.F; IRMAO, J.I; ROCHA, FJ.S. Presença de Cryptosporidium spp em crianças com diarréia aguda em uma creche pública de Recife, Estado de Pernambuco. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [online]. 2009, vol.42, n.2, pp. 175-178. Disponível em: <

Page 31: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

31

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822009000200016&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 05 de março de 2012.

53. NESTI, Maria MM e Goldbaum, Moisés. As creches e pré–escolas e as doenças transmissíveis. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2007, v.83, n.4, pp 299-312. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000500004>. Acesso em: 01 de março de 2012.

54. NEVES, D.P. Parasitologia Dinâmica. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2009.

55. NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 10 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.

56. NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 10 ed. São Paulo: Atheneu, 2003.

57. OLIVEIRA, A.A; Enteroparasitas em populações usuárias de diferentes sistemas de abastecimento de água em Viçosa-MG. 2004. Disponível em:

< http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/8/TDE-2007-01-16T154503Z-218/Publico/texto%20completo.pdf>. Acesso em: 04 de março de 2012.

58. ORLANDINI, M. R.; MATSUMOTO, L. S. Prevalência de parasitoses intestinais em escolares. Universidade Estadual do Norte do Paraná,

Campus Luiz Meneghel ENP/CLM) 2010. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1655-8.pdf>. Acesso em: 06 de março de 2012.

59. PEREIRA-CARDOSO, F.D; ARAÚJO, B.M; BATISTA, H.L; GALVÃO, W.G. Prevalência de enteroparasitoses em escolares de 06 a 14 anos no município de Araguaína – Tocantins. 2010, v.7, n.1, pp.54-64. Disponível

em: < revistas.ufg.br/index.php/REF/article/download/9595/6651>. Acesso em: 01 de março de 2012.

60. PRADO, M.S; BARRETO, M.L; STRINA, A; FARIA, J.A.S; NOBRE, A.A; JESUS, S.R. Prevalência e intensidade da infecção por parasitas intestinais em crianças na idade escolar na Cidade de Salvador (Bahia, Brasil). Rev. socied. bras. med. tropical. [online]. 2001, vol.34, n.1, pp.99-101. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v34n1/4326.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

61. QUADROS, R.M; MARQUES, S; ARRUDA, A.A.R; DELFES, P.S.W; MEDEIROS, I.A.A. Parasitas Intestinais em centros de educação infantil municipal de Lages, SC, Brasil. Rev. Bras. Med. Trop. [online]. Vol. 37, n. 5, pp. 422-423, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v37n5/21345.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

62. REY, L. Bases da parasitologia médica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002.

Page 32: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

32

63. REY, L. Parasitologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

64. REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

65. ROCHA, R.S; SILVA, J;G; PEIXOTO, S.V; CALDEIRA, R.L; FIRMO, J.O.A; CARVALHO, O.S; KATZ, N. Avaliação da esquistossomose e de outras parasitoses intestinais, em escolares do município de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. Soc. bras. med. trop. [online]. Vol.33, n.5, pp.431-436, set-out, 2000. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v33n5/3122.pdf>. Acesso em: 04 de março de 2012.

66. ROQUE, F.C; BORGES, F.K; SIGNORI, L.G.H; CHAZAN, M; PIGATTO, T; COSER, T.A; MEZZARI, A; WIEBBELLING, A.M.P. Parasitos Intestinais: Prevalência em Escolasda Periferia de Porto Alegre – RS. NewsLab [online]. Ed 69 – 2005. Disponível em: < http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/69/art06.pdf>. Acesso em: 05 de março de 2012.

67. SANTOS, J. F., et al. Estudo das Parasitoses intestinais na comunidade carente dos bairros periféricos do município de Feira de Santana (BA).

Sitientibus [online]. vol.20, pp.55-67, 1999. Disponível em: <http://www2.uefs.br:8081/sitientibus/pdf/20/estudo_das_parasitoses.pdf>. Acesso em: 05 de março de 2012.

68. SANTOS-JÚNIOR, G.O; SILVA, M.M; SANTOS, F.L.N. Prevalência de enteroparasitoses em crianças do sertão baiano pelo método de sedimentação espontânea. 2006, v.35, n.3, pp.233-240. Disponível em: http://www.iptsp.ufg.br/revista/uploads/files/2006_35(3)233_240.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2012.

69. SILVA, A.C.S; BASTOS, O.M.P; BRENER, B. Estudo da contaminação de elementos sanitários por estruturas enteroparasitárias em cinco pré-escolas públicas da cidade de Patrocínio-MG. 2011, v.40, n.4, pp.315-322. Disponível em: < http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/view/16758/10204>. Acesso em: 01 de março de 2012.

70. SILVA, E.F; SILVA, E.B; ALMEIDA, K.S; SOUZA, J.J.N; FREITAS, F.L. Enteroparasitoses em crianças de áreas rurais do município de Coari, Amazonas, Brasil. Rev. Patol. Trop. [online] v.38, n.1, pp.35-43, 2009. Disponível em: < www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/download/6219/4727>. Acesso em: 29 de março de 2012.

71. SOUZA, A.I; FERREIRA, L.O.C; FILHO, M.B; DIAS, M.R.F.S. Enteroparasitoses, Anemia e Estado Nutricional em Grávidas Atendidas em Serviço Público de Saúde. RBGO [online]. Vol. 24, n. 4, pp.

253-259, 2002. Disponível em: <

Page 33: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

33

http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v24n4/a07v24n4.pdf>. Acesso em: 20 de março de 2012.

72. UCHÔA, C.M.A; ALBUQUERQUE, M.C; CARVALHO, F.M; FALCÃO, A.O; SILVA, P; BASTOS, O.M.P. Parasitismo intestinal em crianças e funcionários de cheches comunitárias na cidade de Niterói-RJ, Brasil. Rev. patol. tropical. [online]. 2009, vol.38, n.4, pp. 267-278. Disponível em: www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/download/8590/6073. Acesso em: 01 de março de 2012.

73. UCHOA, C.M.A; ALBUQUERQUE, M.C; BASTOS, O.M.P; SILVA, D.G; SILVA, P;S. Enteroparasitoses em Crianças de Creche. Apresentado em

anais 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. 2004. Disponível em: <http://www.ufmg.br/congrext/Saude/Saude80.pdf>. Acesso em: 06 de março de 2012.

74. VON HOFE, F. H., 1944. Um método melhorado de demonstrar ovos de Enterobius vermicularis. J.A.M.A., 125: 27. Disponível em: <

http://jama.ama-assn.org/content/125/1/27.1>. Acesso em: 14 de março de 2012.

75. YAMAMOTO R, NAGAI N, KAWABATAN M. Effect of intestinal helminthiesis on nutritional status of schoolchildren. South Asian J Trop

Med Publ Health 2000, vol. 31, pp. 755-61. Disponivel em: < http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0717-77122005000100014&script=sci_arttext>. Acesso em: 01 de março de 2012.

Page 34: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

34

2. ARTIGO

Enterobiose e outras enteroparasitoses em crianças matriculadas em um centro de educação de Cascavel - PR

Enterobius and others enteroparasitosis in children fron a educational Center in Cascavel - PR

Marceli Gonçalves Beletini ¹, Maria das Graças Marciano Hirata Takizawa².

RESUMO

Este estudo mostra a ocorrência de enteroparasitoses em 100 crianças com idade entre 0 – 5 anos de um Centro de Educação da cidade de Cascavel, PR no período de abril a setembro de 2012. Foi utilizado o método de Graham para o diagnóstico específico de Enterobius vermicularis e a técnica de Lutz/HPJ para a análise das amostras de fezes. Os resultados revelaram 26% de positividade, onde Giardia lamblia (61,5%) foi a espécie predominante, seguida por Endolimax nana (42,3%) e Enterobius vermicularis (26,9%). Foi observada relação entre a idade e a positividade, onde a idade mais parasitada foi entre 2-3 anos, no entanto não houve relação entre o gênero e o parasitismo. A frequência de protozoários foi maior na faixa etária entre 2-3 anos, porém a frequência do helminto é maior na faixa etária entre 4-5 anos. O método de Graham mostrou-se específico para a detecção de E.vermicularis, revelando, exclusivamente, 26,9% de positividade para o helminto. Observou-se uma elevada prevalência de enteroparasitoses, justificando-se pelo alto contato entre as crianças no ambiente coletivo, sendo necessário melhorar a qualidade de vida com a adoção de programas de educação sanitária nas creches.

Palavras-chave: Enteroparasitoses, Crianças, Centro de Educação.

ABSTRACT

This paper shows enteroparasitosis among one hundred one-to-five-year-old children with are students at na Educational Center in Cascavel – PR carried out from April to September in 2012. It was employed the Graham Test and Lutz/HPJ technic to the faeces analysis to diagnose Enterobius vermicularis infection. The result shows 26% positive cases, where Giardia lamblia (61,5%) was the predominant species, followed by Endolimax nana (42,3%) and Enterobius vermicularis (26,9%). It was observed relations between the age and positivity. It was conclued that 2 and 3 year-old-children were the more parazited. However, the study didn’t show any influence between genre and parasitism. The major protozoa infection incidence was found among 2 and 3 years old children, however greater helminth frequency was found in children between 4 and 5 years old. Graham method proved specifc to find E.vermicularis, revealing exclusively 26,9% of

Page 35: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

35

positivity to helminth. It hás been observed that there was a higher prevalence of enteroparasitosis and the happens because of the personal contact between children in a public environment, so it is necessary to improve life quality by adopting programs of sanitary education at this Educational Center.

Key-words: Enteroparasitosis, children and Educational Center.

¹ Discente do Curso de Farmácia da Faculdade Assis Gurgacz – FAG. E-mail: [email protected]

² Docente do Curso de Farmácia da Faculdade Assis Gurgacz – FAG.

Laboratório de Parasitologia da Faculdade Assis Gurgacz-FAG, Avenida das Torres, 500, Cascavel, Paraná, Brasil.

INTRODUÇÃO

Apesar de serem amplamente discutidas e conhecidas, poucos passos têm sido dados com relação ao controle das parasitoses intestinais, cuja prevalência permanece ainda tão elevada nos países em desenvolvimento, sendo considerada um problema de saúde pública (COSTA-MACEDO et al 17) sofrendo variações de acordo com as condições de saneamento básico, nível socioeconômico, grau de escolaridade, idade e hábitos de higiene, entre outras variáveis (BASSO et al 6).

Dentre as infecções mais frequentemente encontradas em seres humanos, estão as ocasionadas por parasitos intestinais, visto que afetam as crianças em idade escolar principalmente dos bairros pobres dos centros urbanos, acarretando importantes transtornos (PRADO et al 33).

Os parasitos que vivem no trato gastrintestinal do homem geralmente pertencem aos filos Protozoa, Platyhelminthes, Nematoda e Acantocephala, sendo que condições de moradia e saneamento básico são determinantes para a transmissão dos mesmos. Alguns como Ascaris lumbricoides, Entamoeba histolytica, Enterobius vermicularis, Giardia intestinalis, Hymenolepis nana, Taenia soluim e Trichuris trichiura são transmitidos pela água ou alimentos contaminados, outros como Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Strongyloides stercoralis são transmitidos por larvas presentes no solo (NEVES 29).

A transmissão das enteroparasitoses, na maioria das vezes, ocorre pela via oral passiva, relacionada a áreas onde as condições higiênicas e sanitárias são precárias, e cujo sistema de saneamento básico, incluindo o tratamento de água e esgoto facilita a disseminação de cistos e ovos de parasitas (UCHÔA et al 44). Silva et al 40) relata ainda como meios de transmissão a geofagia e a coprofagia.

Enterobius vermicularis é um nematelminto de importância para a saúde pública causador do prurido anal com frequência (CASTRO & BEYRODT13). De acordo com Rey36, as crianças que frequentam escolas e creches são os hospedeiros mais parasitados por este, visto que a disseminação das formas

Page 36: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

36

infectantes, representadas pelos ovos, ocorre de forma intensa nos orfanatos, colégios e outras instituições em que ocorre a reunião de um elevado número de crianças.

Segundo Cimerman14, a especificidade da técnica utilizada para o diagnóstico é de extrema relevância, uma vez que as técnicas habituais de exames coprológicos não apresentam alta positividade para esta espécie, pois as fêmeas de E. vermicularis não realizam oviposição no intestino. Rey36 relata como a melhor técnica para o encontro dos ovos de E. vermicularis, o método da fita gomada ou método de Graham, o qual consiste em aplicar sobre a pele da região perianal uma fita adesiva transparente adaptada a uma lâmina de vidro. Costa16 descreve que várias modificações foram avaliadas e introduzidas, com o objetivo de melhorar a eficiência da técnica, empregando tubos de ensaio ou abaixador de língua, a fim de pressionar a fita contra a região perianal.

De acordo com Cardoso et al11, constrangimento para o indivíduo e dificuldades operacionais são realidades tratando-se da técnica de swab anal ou método de Graham, em estudos de Uchôa et al e Santos-Júnior et al.,44,40, a baixa prevalência encontrada de E. vermicularis se deve ao fato da utilização de técnicas menos sensíveis à detecção do mesmo.

Diante do exposto e tratando-se do alto índice de pacientes pediátricos em idade pré-escolar que apresentam risco de infecções parasitárias, tanto de enterobiose, quanto para as demais enteroparasitoses, por frequentarem diariamente locais com aglomeração de pessoas, utilizando dormitórios e banheiros coletivos, fator essencial na transmissão de formas infectantes de parasitas, é relevante a realização de um estudo, utilizando-se técnicas sensíveis para a detecção de enterobiose e outras enteroparasitoses nos Centros Municipais de Educação Infantil em Cascavel-Paraná, visto que de acordo com Gurgel et al 23, as creches representam locais com maior prevalência de parasitoses, apresentando risco de infestação 1,5 vezes maior que outros centros coletivos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal de caráter qualitativo realizado em crianças com idade pré-escolar entre 0 a 5 anos, matriculadas em um Centro de Educação da cidade de Cascavel – Paraná durante o período de abril a setembro de 2012, onde foi realizado o Método de Graham além do exame parasitológico de fezes.

Participaram da pesquisa todas as crianças que tiveram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) assinado pelos pais ou responsáveis. Os kits de coleta foram entregues durante uma reunião marcada com os responsáveis pelas crianças. Para a coleta do swab anal, o kit continha uma lâmina com a fita adesiva “durex” já grudada e um folheto contendo orientações de coleta, identificada com nome, idade e data da coleta, e um outro kit para a coleta do

Page 37: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

37

material fecal, composto por um frasco coletor contendo Formalina 10%, uma pazinha e um folheto com orientações de coleta, devidamente identificado com nome, idade e data da coleta.

As amostras foram analisadas no Laboratório de Parasitologia da Faculdade Assis Gurgacz, sendo transportadas utilizando caixa de isopor, e conservadas no laboratório sob-refrigeração. O método utilizado para a análise do material fecal foi o de Sedimentação Espontânea – Lutz/HPJ (Hoffmann, Pons & Janer), onde foram analisadas três lâminas de cada sedimento utilizando microscópio óptico. Já para a análise das lâminas do Método de Graham foi utilizado microscópio óptico nas objetivas de 10X e 40X.

Após a realização dos exames e conclusão dos resultados, os mesmos foram impressos, assinados pela pesquisadora orientadora responsável pela pesquisa e entregues a coordenadora do CMEI, que entregou o laudo individualmente aos responsáveis, levando em consideração o sigilo total das informações obtidas.

Os resultados foram analisados estatisticamente através do teste qui-quadrado a 0,05% de significância.

RESULTADOS Foram analisadas 100 amostras de fezes, com respectivas lâminas

coletadas pelo método de Graham, no período de abril a setembro de 2012. A proposta deste trabalho consistiu no atendimento de 210 crianças matriculadas em um centro de educação localizado na cidade de Cascavel – PR, no entanto, apenas 100 crianças participaram, com o consentimento dos responsáveis, onde a taxa de aceitação do projeto foi de 47,62%, um valor considerado abaixo do esperado, considerando a gratuidade dos exames.

Os dados referentes às análises demonstram na Fig.1, que 26% dos pacientes estavam infectados por pelo menos uma espécie de enteroparasita enquanto 74% dos indivíduos não estavam parasitados, sendo considerado um resultado significativo (p<0,05).

Figura 1: Relação de positividade para 100 amostras obtidas de crianças de um Centro de Educação de Cascavel, abril a setembro de 212. Fonte: Análises realizadas. (p<0,05)

.

26%

74%

Positivo

Negativo

Page 38: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

38

A ocorrência de enteroparasitos, por espécie, é demonstrada na Tabela 1, sendo que Giardia lamblia foi a espécie predominante entre os protozoários, seguido por Endolimax nana, e entre os helmintos, a única espécie observada foi Enterobius vermicularis.

Tabela 1: Ocorrência de enteroparasitoses em crianças de um Centro de Educação de Cascavel,

Paraná, abril a setembro de 2012.

Enteroparasitas n % ________________________________________________________________________________

Endolimax nana 11 42,3

Giardia lamblia 16 61,5

Enterobius vermicularis 7* 26,9

_______________________________________________________________________________

Fonte: Análises realizadas.* Resultado encontrado exclusivamente pelo Método de Graham. (p<0,05).

Já com relação à positividade dos exames, pode-se observar na Fig. 2, que a maioria dos casos positivos foi representada pelo monoparasitismo, no entanto, também foram encontrados casos de biparasitismo e poliparasitismo.

73%

23%

4%

Monoparasitismo (n=19)

Biparasitismo (n=6)

Poliparasitismo (n=1)

Figura 2: Grau de parasitismo em crianças de um Centro de Educação de Cascavel, Paraná, abril a setembro de 2012. Fonte: Análises realizadas. (p<0,05).

A taxa de infecção por protozoários foi significativamente mais elevada do que a taxa de helmintos, onde a ocorrência de espécies patogênicas foi mais elevada do que as espécies não patogênicas. Observando-se a Tabela 2, com

relação à incidência de enteroparasitoses por gênero, não há relação significativa (p<0,05) entre o gênero e a infecção por enteroparasitas.

Page 39: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

39

Tabela 2: Ocorrência de enteroparasitoses por gênero e faixa etária em crianças de um Centro de Educação de Cascavel, Paraná, abril a setembro de 2012.

Variável Classe Número e percentual de indivíduos parasitados Total ___________________

n %

Gênero Masculino 14 25,4 55

Feminino 12 26,7 45

Faixa Etária* 0 – 1 2 18,2 11

2 – 3 18 26,5 68

4 – 5 5 20,8 24

Fonte: Análises realizadas. (*p<0,05)

Observa-se, de acordo com a Fig.3, que a frequência de protozoários é maior na faixa etária entre 2 – 3 anos, sendo a espécie predominante Giardia lamblia, porém a frequência do helminto E. vermicularis é maior na faixa etária entre 4 – 5 anos.

0

2

4

6

8

10

12

Endolimax nana Giardia lamblia Enterobius vermicularis

0 - 1 ano

2 - 3 anos

4 - 5 anos

Figura 3: Distribuição de enteroparasitos por faixa etária em crianças de um Centro de Educação de Cascavel, Paraná, abril a setembro de 2012. Fonte: Análises realizadas.

Visualizando os dados descritos na Tabela 3, pode-se observar que a taxa

de positividade para o helminto Enterobius vermicularis foi predominante nos exames realizados pelo método de Graham, método específico para o diagnóstico

Page 40: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

40

do mesmo, onde se pode observar maior prevalência desse parasito em indivíduos do gênero masculino. Já pelo método de sedimentação espontânea (Lutz – HPJ) pode-se diagnosticar em apenas uma amostra do gênero feminino a presença desse helminto, no entanto a amostra apresentou-se positiva também para a lâmina de Graham.

Tabela 3: Positividade por método para detecção de Enterobius vermicularis em crianças de um Centro de Educação do gênero feminino e masculino, abril a setembro de 2012.

Técnica

Lutz/HPJ Método de Graham*

n % n %

________________________________________________________________________________

Gênero Feminino 1 14,3 3 42,8

Masculino 0 0 4 57,1

Fonte: Análises realizadas. *p<0,05.

DISCUSSÃO

Atualmente sabe-se que tanto no Brasil quanto em outros países em desenvolvimento, as parasitoses intestinais apresentam alta prevalência e fácil disseminação, sendo reflexo das condições de saneamento básico, desenvolvimento socioeconômico e conhecimento limitado da população, principalmente crianças com idade até 10 anos, as quais não apresentam hábitos de higiene e saúde totalmente formados (COUTO et al.,; COELHO et alOLIVEIRA; ROCHA et al.18,15,31,37 ).

As crianças que frequentam creches constituem o principal grupo de risco para a contaminação e aquisição de infecções intestinais, pois se trata de um ambiente fechado, abrigando grande número de crianças durante a maior parte do dia, tornando-se um potencial ambiente de contaminação pelo alto contato interpessoal de crianças em banheiros e dormitórios (BARROS et al; GURGEL et al; NASCIMENTO et al5,23,28 ).

Observou-se uma prevalência de 26% (26/100) de indivíduos parasitados com pelo menos uma espécie de enteroparasita na população estudada, um índice próximo ao encontrado por outros pesquisadores em estudos com crianças com idade entre 0 – 5 anos como Barreto, Biscegli et al e Ferreira & Júnior4,9,20.

A presença de monoparasitismo foi mais frequente, como relatado previamente em outras pesquisas de Ferreira & Andrade, Pereira-Cardoso et al., Santos et al e Silva et al21,32,39,42. No entanto, o biparasitismo também foi

Page 41: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

41

encontrado, onde a associação verificada foi entre os protozoários Giardia lamblia e Endolimax nana, sendo uma associação bastante comum, pois as condições exigidas para o seu desenvolvimento e transmissão são semelhantes. Já para o poliparasitismo um único caso foi encontrado, assim como no estudo de Biolchini e Ferreira & Júnior8,20, sendo que a associação encontrada foi entre E. nana, G. lamblia e E. vermicularis.

De acordo com Biolchini8, a associação entre dois ou mais parasitas favorece ainda mais a espoliação do indivíduo, onde além de consumirem nutrientes das crianças infectadas, retardando o seu desenvolvimento físico, destroem tecidos e órgãos, causando dor abdominal, diarréia, obstrução intestinal, anemia, úlceras e outros problemas de saúde, levando a um desenvolvimento cognitivo mais lento, prejudicando consequentemente o crescimento intelectual e social da população infantil.

Diversos estudos realizados no Brasil, avaliando a prevalência de enteroparasitoses em crianças com idade pré-escolar entre 0 – 5 anos comprovam a alta disseminação dessas infecções na população pediátrica, principalmente as causadas por protozoários, sendo que Basso et al6, em sua pesquisa acerca de parasitoses intestinais em escolares do Rio Grande do Sul observou uma prevalência de 24% para o protozoário Giardia lamblia, além de 20% para Endolimax nana, Cardoso et al11, em seus estudos em creches de Aracajú (SE) encontraram 63,3% para Giardia lamblia. Já Baptista et al², encontraram 22 casos positivos para Giardia lamblia em indivíduos com idade entre 0 – 10 anos no Rio de Janeiro. Barçante et al3 avaliaram a prevalência de enteroparasitoses em crianças de uma creche do município de Minas Gerais, sendo que destacou-se a prevalência de Entamoeba coli (57,5 %), Giardia duodenalis (40%). Na presente pesquisa a prevalência observada para o protozoário Giardia lamblia foi de 61,5% (16/26), sendo o parasita mais prevalente, estando de acordo com os resultados supracitados, indicando que a giardíase é classificada como uma das principais enteroparasitoses que acometem crianças em idade pré-escolar.

Neves29 relata que a giardíase está presente no mundo todo, sendo que a incidência maior é em crianças com idade de um a doze anos, onde as principais fontes de infecção são os portadores assintomáticos que não possuem hábitos de higiene, além de indivíduos que frequentam orfanatos, creches, e enfermarias grande importância na transmissão.

Os principais sintomas relacionados à infecção pelo protozoário Giardia lamblia, tanto em adultos quanto em crianças são má absorção intestinal e perda de peso, sendo caracterizada como uma doença auto-limitante, uma vez que não perturba o desenvolvimento escolar das crianças (SILVA et al.,41). Segundo Machado et al26, a ocorrência desse protozoário varia de acordo com as condições socioeconômicas, onde em países desenvolvidos pode-se verificar uma prevalência considerada baixa, ao contrário dos países em desenvolvimento, onde enquadra-se o Brasil, em que as taxas de giardíase variam de acordo com a população estudada, onde a população pediátrica é significadamente mais acometida do que a população geral.

Page 42: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

42

O protozoário Endolimax nana foi o segundo parasita mais prevalente na pesquisa, representando 42,3% (11/26) da população parasitada. Esse protozoário é classificado como não patogênico, ou seja, resultam em um quadro assintomático quando presentes no hospedeiro, no entanto, é válido ressaltar que embora não causem doenças, a presença de cistos destes protozoários em amostras de fezes indica que as condições higiênico-sanitárias e alimentares não estão sendo realizadas de forma adequada. Os parasitas comensais mais frequentemente encontrados são Endolimax nana e Entamoeba coli, sendo que apresentam os mesmos mecanismos de transmissão de outro protozoário patogênico como, por exemplo, Giardia lamblia, sendo indicativos das condições higiênico-sanitárias a que os indivíduos estão inseridos (KUNZ et al., e MACHADO et al25,26).

Já com relação à ocorrência do helminto Enterobius vermicularis, poucos dados se têm a respeito da verdadeira prevalência do mesmo na população infantil em idade pré-escolar, a qual é mascarada pela utilização de técnicas não específicas para sua detecção, onde basicamente são utilizados métodos de sedimentação espontânea ou técnicas de concentração, ao contrário da aplicação do método de Graham, o método específico para o diagnóstico do mesmo (FIRMO et al e Graham 22,24 ). A falta de adesão à utilização do método de Graham pode ser justificada pela dificuldade no procedimento de coleta, além do constrangimento para os pais e para o paciente, consequentemente, diminuindo a prevalência do helminto nas populações estudadas (CARDOSO et al.,11). Carvalho et al12 obteve 28 casos positivos para E. vermicularis, utilizando o método de Graham, representando 10% a verdadeira prevalência do mesmo na população estudada. A taxa de infecção por E. vermicularis na presente pesquisa foi equivalente a 26,9%, sendo que o método de detecção foi essencial para avaliar a verdadeira prevalência do helminto, uma vez que os ovos do helminto foram encontrados em apenas um exame pelo método de sedimentação espontânea, mostrando a especificidade do método de Graham.

De acordo com Neves29, esse helminto possui distribuição geográfica mundial e por não exigir condições especiais para o desenvolvimento e maturação dos ovos, ambientes como creches, acampamentos e a residência são determinantes para a transmissão dessa helmintíase.

Observando-se os resultados obtidos nessa pesquisa pode-se verificar uma baixa prevalência de helmintos em relação aos protozoários, uma vez que tal fato é também observado em outros estudos realizados com crianças em idade pré-escolar, como o de Barçante et al Biscegli et al.,Borges et al e Rodriguez-Batista et al.,3,9,10,38, onde essa diminuição na prevalência dos helmintos está associada às condições de melhoria na saúde pública, condições de moradia e saneamento da população, bem como a modificação da resposta imunológica do hospedeiro, e mudança comportamental do parasita e do indivíduo parasitado, além do fácil acesso da população à utilização de medicamentos anti-helmínticos (ARAÚJO, 1).

Basso et al6, em seus estudos observaram uma diminuição na prevalência de infecções parasitárias nas últimas três décadas, sendo vistas principalmente para os helmintos Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis,

Page 43: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

43

Strongyloides stercoralis, Ancilostomídeos, Taenia sp. e para os protozoários Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar e Iodamoeba butschlii, no entanto a prevalência para Giardia lamblia não foram alterados.

Com relação ao gênero dos indivíduos, observou-se uma prevalência de 25,4% (14/55) para o gênero masculino e 26,7% (12/45) equivalente ao feminino, não havendo, portanto diferenças com relação à incidência de enteroparasitoses e o gênero dos pacientes, assim como relatado por pesquisas anteriores, como de Baptista et al e Quadros et al2,34. Outras pesquisas realizadas previamente relataram diferenças com relação ao gênero, onde a taxa de parasitoses intestinais foi mais frequente em crianças em idade pré-escolar do gênero feminino, como no estudo de Bevilacqua et al Biolchini, Borges et al Pereira-Cardoso et al., e Silva et al7,8,10,32,41. Já Silva et al., e Borba et al42,43 verificaram uma maior prevalência em indivíduos do gênero masculino, em seus estudos em crianças, ambos no estado do Amazonas.

Portanto podem-se verificar diferenças entre os índices de enteroparasitoses com relação ao gênero das crianças nos diversos estados do país, sendo que no Amazonas os casos de parasitoses intestinais são mais frequentes no gênero masculino, já em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Tocantins a prevalência é para o feminino, no entanto no Paraná, Santa Catarina e no Rio de Janeiro não existem diferenças significativas em relação à incidência por gênero. No entanto, as diferenças verificadas são em relação ao tipo de parasita prevalente em cada região, onde na região norte do Brasil, a frequência das helmintíases é maior do que na região sul, centro-oeste e sudeste, onde as infecções por protozoários são mais frequentes, principalmente por Giardia lamblia. Tal fato é justificado pelas diferentes condições ambientais que as regiões apresentam, sendo que a região norte difere das outras por apresentar clima quente e úmido, solo arenoso e baixas condições de saneamento básico, favorecendo o ciclo biológico dos helmintos (NEVES e SANTOS et al29,39).

Comparado com outros estudos realizados com crianças avaliando a prevalência de enteroparasitoses, pode-se verificar que a faixa etária mais acometida é entre 2 e 5 anos, sendo que Biscegli et al9 encontrou esse resultado, assim como, Carvalho et al. Costa-Macedo et al., Ferreira & Andrade e Vasconcelos et al12,17,21,45, corroborando consequentemente com os resultados obtidos na presente pesquisa, onde a prevalência de enteroparasitoses foi em crianças de 0 a 5 anos de idade.

Além disso, autores como Baptista, Borges et al Firmo et al e Silva et al 2,10,22,43, concordam que crianças com idade entre 0 a 10 anos são as mais cometidas pelo protozoário Giardia lamblia, assim como o resultado obtido na pesquisa, onde ambas faixas etárias foram acometidas pelo mesmo protozoário, sendo de 0 a 1 ano, 2 a 3 anos e 4 a 5 anos, no entanto, não houve significância (p<0,05) entre a idade e a positividade dos exames.

De acordo com os estudos citados anteriormente, chama a atenção, de acordo com os resultados obtidos nessa pesquisa, o elevado índice de crianças

Page 44: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

44

infectadas pelo protozoário G. lamblia, sendo que tal fato pode ser justificado pela resistência dos cistos sobre os tratamentos de água, ao hábito de ingerir água não filtrada e fervida, além de as crianças serem mais suscetíveis à contaminação em função do desconhecimento de hábitos de higiene e maior exposição aos meios de transmissão de parasitoses intestinais (BAPTISTA e BISCEGLI et al2,9).

Apesar da baixa prevalência de helmintos na creche, a espécie Enterobius vermicularis foi a única encontrada sendo, consequentemente a mais frequente entre as crianças, representando 26,9% (7/26) da população parasitada, sendo observado em apenas duas faixas etárias, de 2 a 3 anos e de 4 a 5 anos. Essa alta prevalência para o helminto é justificada pela utilização do método de Graham, o qual é específico para a detecção de ovos de E. vermicularis em indivíduos contaminados. Essa taxa de infecção está de acordo com outros estudos onde utilizou-se o mesmo método para seu diagnóstico, Basso et al e Carvalho et al6,12 encontraram uma alta frequência desse helminto em crianças de creches, sendo 8,1% e 14,1%, respectivamente.

Pesquisadores como Araújo, Barreto et al Carvalho et al., Ferreira & Andrade, Ferreira & Junior, Firmo et al e Vasconcelos et al1,4,12,20,21,45 relataram uma baixa prevalência desse helminto nas populações estudadas, onde a justificativa foi a falta de utilização da metodologia específica para a detecção de E. vermicularis, ou seja, o método da fita gomada ou método de Graham.

Tanto no Brasil quanto em outros países em desenvolvimento, as helmintíases possuem um grave problema de saúde pública, uma vez que em determinadas condições podem causar sintomas como dores abdominais e diarréia, além disso, nos indivíduos mais suscetíveis, principalmente as crianças, pode causar deficiência no crecimento e na cognição e quadros graves de anemia e desnutrição (MURTA & MASSARA 27).

Atualmente existem poucos estudos relatando a verdadeira prevalência desse helminto em crianças no país, sendo que em muitas pesquisas a frequência é mascarada pela utilização de simples técnicas de sedimentação e de concentração. Como os ovos de E. vermicularis são liberados fora do corpo, mais especificadamente na região perianal, os exames de fezes mesmo com enriquecimento só revelam cerca de 5 a 10% dos casos positivos (REY 35), logo, o diagnóstico mais preciso para a enterobiose é realizado através dos swabs anais, também denominado método de Graham, um método de isolamento de ovos da região perianal (DE CARLI19).

Ao comparar o método de sedimentação espontânea (Lutz/HPJ) com o método de Graham, os resultados apresentaram diferenças significativas (p<0,05), sendo que foram encontrados ovos de E. vermicularis em apenas uma amostra analisada pelo método de Lutz/HPJ, no entanto, todas as amostras positivas para o helminto foram obtidas pelo método de Graham, comprovando a especificidade do mesmo.

Page 45: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

45

Assim como na presente pesquisa, Nolla & Cantos30 comprovaram a especificidade do método de Graham, não em crianças, mas em manipuladores de alimentos, onde encontraram uma alta prevalência do helminto em relação ao exame de fezes (Faust e Lutz/HPJ), além disso, Murta & Massara27 utilizaram o método de Graham (24) para encontrar ovos de E. vermicularis em diversas linhas de ônibus da cidade de Belo Horizonte, encontrando também uma alta prevalência do mesmo.

CONCLUSÃO

As elevadas taxas de infecção por protozoários na população estudada são justificadas pelo alto contato interpessoal entre as crianças portadoras de alguma parasitose com crianças suscetíveis no ambiente coletivo em questão ou também no próprio peridomicílio. Um agravante para as crianças portadoras dessas enteroparasitoses, principalmente G. lamblia, consiste no fato de que a giardíase é uma das causas mais comuns de diarréia, cujas consequências, muitas vezes, são os problemas de má nutrição e o retardo no desenvolvimento físico e mental. Isso demonstra uma falta de esclarecimento e sensibilização dos responsáveis pelos menores quanto à prevenção e tratamento das infestações parasitárias.

Além disso, o estudo confirmou a especificidade do método de Graham em comparação ao exame parasitológico de fezes pelo método de Lutz/HPJ para o diagnóstico de Enterobius vermicularis, comprovando a necessidade da adoção dessa metodologia para avaliar a verdadeira prevalência do helminto na população.

Portanto, sugerem-se programas de educação sanitária e um maior controle sanitário de escolas, estabelecimentos públicos e domicílio, possibilitando uma melhoria de vida dessa população, e consequentemente melhorando o aprendizado e o desenvolvimento destas crianças.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS

A presente pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética com Pesquisa em Seres Humanos (CEP) da Faculdade Assis Gurgacz.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Secretaria de Educação do município de Cascavel, Paraná, à coordenação do Centro de Educação, aos sujeitos da pesquisa e ao curso de Farmácia da Faculdade Assis Gurgacz – FAG.

Page 46: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ARAÚJO, C.F; FERNÁNDEZ, C.L. Incidência de enteroparasitoses em localidades atendidas pelo comando da aeronáutica no estado do Amazonas. RMAB. Vol. 55, pp.40-46. 2005.

2. BAPTISTA, S,C; BREGUEZ, J.M.M; BAPTISTA, M.C.P; SILVA, G.M.S; PINHEIRO, R.O. Análise da incidência de parasitoses intestinais no município de Paraíba do Sul, RJ. Revista Brasileira de Análises Clínicas. vol.38, n.4, pp.271-273, 2006.

3. BARÇANTE, T.A; CAVALCANTI, D.V; SILVA, G.A; LOPES, P.B; BARROS, R.F; RIBEIRO, G.P; NEUBERT, L.F; BARÇANTE, J.M.P. Enteroparasitos em crianças matriculadas em creches públicas do município de Vespasiano, Minas Gerais. Revista de Patologia Tropical. Vol. 37 (1): 33-42. jan.-abr. 2008.

4. BARRETO, J.G. Detecção da incidência de enteroparasitos nas crianças carentes da cidade de Guaçuí – ES. RBAC [online]. vol. 3, n.4, pp. 221-223,

2006.

5. BARROS, A.J.D; HALPERN, R; MENEGON, O.E. Creches públicas e privadas de Pelotas, RS: aderência à norma técnica. Jornal de Pediatria. Vol. 74, Nº5, 1998.

6. BASSO, Rita Maria Callegari; SILVA-RIBEIRO, Rute Terezinha; SOLIGO, Diogo Sandri; RIBACKI, Sizandra Inês; CALLEGARI-JACQUES, Sidia Maria e ZOPPAS, Barbara Catarina de Antoni. Evolução da prevalência de parasitoses intestinais em escolares em Caxias do Sul, RS. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 41(3):263-268, mai-jun, 2008.

7. BEVILACQUA, A.A; TUAN, C.T; SILVA, P.M.A; BRANDÃO, R.C; OLIVEIRA, M.A. Prevalência de enteroparsitas em crianças de 0 a 6 anos de idade de Uma creche do município de Taubaté - SP. XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba.

8. BIOLCHINI, C.L. Enteroparasitoses na infância e na adolescência. Revista Adolescência & Saúde, vol. 2, nº 1, março 2005.

9. BISCEGLI, T.S; ROMERA, J; CANDIDO, A.B; SANTOS, J.M; CANDIDO, E.C.A; BINOTTO, A.L. Estado nutricional e prevalência de enteroparasitoses em crianças matriculadas em creche. Revista Paulista de Pediatria. 2009, vol.27, n.3, pp. 289-295, 2009.

10. BORGES, Q.F; MARCIANO, F.M; OLIVEIRA, H.B. Parasitos intestinais: elevada prevalência de Giardia lamblia em pacientes atendidos pelo serviço público de saúde da região sudeste de Goiás, Brasil. Revista de Patolologia Tropical. Vol. 40 (2): 149-157. abr.-jun. 2011.

Page 47: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

47

11. CARDOSO, F.D.P; ARAUJO, B.M; BATISTA, H.L; GALVAO, W.G. Prevalência de enteroparasitoses em escolares de 06 a 14 anos no município de Araguaína – Tocantins. Revista Eletrônica de Farmácia Vol 7 (1), 54-64, 2010.

12. CARVALHO, T.B; CARVALHO, L.R; MASCARINI, L.M. Occurrence of enteroparasites in day care centers in Botucatu (São Paulo State, Brazil) with emphasis on Cryptosporidium sp., Giardia duodenalis and Enterobius vermicularis. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. 2006, vol.48, n.5, pp. 269-273.

13. CASTRO, C.G; BEYRODT, C.G.P. Ações de enfermagem na prevenção deparasitoses intestinais em creches. Revista de Enfermagem, UNISA. 2003, vol.4, pp. 76-80.

14. CIMERMAN, S; CIMERMAN, B. Enterobíase, artigo de revisão. Revista Panamericana de Infectologia, 2005. Vol. 7. N.3. pp. 27-30.

15. COELHO, L.M.P.S; SOBRINHO, T.A; OLIVEIRA, S.M; IKEGAMI, M.T; YOSHIZUMI, A.M; NAKAMOTO, A.Y.K; BROTTO, S.A; FELBERG, S; MAIORANO, M.R. Ovos e larvas de helmintos nos sanitários de pré-escolasmunicipais de Sorocaba, SP e suas frequências nas fezes das crianças. Revista da Socieddade Brasileira de Medicina Tropical.

32(6):647-652, nov-dez, 1999.

16. COSTA, O.R. Incidência de Enterobius vermicularis em 359 escolares de Belém, Pará. Publicado originalmente em Revista do Serviço Especial de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 221-229, 1955.

17. COSTA-MACEDO, L.M; HADDAD, F.; SANTOS, D.S.; LORENZONI, D.P.; TELEFORA, K.S. Controle de parasitoses intestinais e pediculose em instituições de atendimento a populações carentes da cidade do Rio de Janeiro. In: I Congresso de Extensão Universitária, 2002, João Pessoa.

18. COUTO, W.F; PEREIRA, R.V; FIGUEIREDO, B.C.P; SILVA, A.C; GRAMIGNA, L.L; SANA, D.E.M; GOMES, R.S; ANDRADE, G.F; BRANT, J.F.A.C; BREGUES, G.S; SILVA, M.A.R; BARBEITOS, P.O; JUNIOR, L.C.P; REIS, L.E.S; JAYME, M.F; CAMARGO, R.S; FRANCO, M.N; AMARAL, M.S; NICOLATO, R.L.C; CARNEIRO, C.M; REIS, A.B. Relação entre parâmetros ambientais, econômicos e socioculturais na identificação de regiões de risco para ocorrência de parasitoses intestinais em uma área rural de Ouro Preto, MG. Revista Eletrônica de Farmácia. vol. IV, n.2, pp.148-150. 2007.

19. DE CARLI, G.A. Diagnóstico Laboratorial das Parasitoses Humanas - Métodos e Técnicas. Medsi, 1994.

20. FERREIRA, C.B; MARÇAL JUNIOR, O. Enteroparasitoses em escolares do Distrito de Martinésia, Uberlândia, MG: um estudo piloto. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 1997, vol.30, n.5, pp. 373-377.

Page 48: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

48

21. FERREIRA, C.R; ANDRADE, C.F.S. Alguns aspectos socioeconômicos relacionados a parasitoses intestinais e avaliação de uma intervenção educativa em escolares de Estiva Gerbi, SP. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 38(5):402-405, set-out, 2005.

22. FIRMO, W.C.A; MARTINS, N.B; SOUSA, A.C; COELHO, L.S; FREITAS, M.S. Estudo comparativo da ocorrência de parasitos intestinais no serviço de saúde pública e privado de Estreito-MA. 2010.

23. GURGEL, R.Q; CARDOSO, G.S; SILVA, A.M; SANTOS, L.N; OLIVEIRA, R.C.V; Creche: ambiente expositor ou protetor nas infestações por parasitas intestinais em Aracajú, SE. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v.38, n.3, pp.267-269, 2005.

24. GRAHAM, C.F. A device for the diagnosis of Enterobius infection. American Journal Tropical Medicine. 21: 159-161, 1941.

25. KUNZ, J.M.O; VIEIRA, A.S; VARVAKIS, T; GOMES, G.A; ROSSETO, A.L; BERNARDINI, O.J; ALMEIDA, M.S.D; ISHIDA, M.M.I. Parasitas intestinais em crianças de escola municipal de Florianópolis, SC – Educação ambiental e em saúde. Biotemas. vol. 21, n.4, pp. 157-162, 2008.

26. MACHADO, R.C; MARCARI, E.L; FATIMA, S; CRISTIANE, V; CARARETO, C.M.A. Giardíase e helmintíases em crianças de creches e escolas de 1º e 2º graus (públicas e privadas) da cidade de Mirassol (SP, Brasil). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 32(6):697-704, nov-dez, 1999.

27. MURTA, F.L; MASSARA, C.L. Presença de ovos de helminto s intestinais em ônibus de transporte público em Belo Horizonte – Minas Gerais, Brasil. Revista de Patologia Tropical. Vol. 38 (3): 207-212. jul.-set. 2009

28. NASCIMENTO, W.R.C; CAVALCANTI, I.M.F; IRMAO, J.I; ROCHA, FJ.S. Presença de Cryptosporidium spp em crianças com diarréia aguda em uma creche pública de Recife, Estado de Pernambuco. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2009, vol.42, n.2, pp. 175-178.

29. NEVES, D.P. Parasitologia Dinâmica. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2009.

30. NOLLA, A.C; CANTOS, G.A. Prevalência de enteroparasitoses em manipuladores de alimentos, Florianópolis, SC. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 38(6):524-525, nov-dez, 2005.

31. OLIVEIRA, A.A; Enteroparasitas em populações usuárias de diferentes sistemas de abastecimento de água em Viçosa-MG. 2004. Tese de Pós-graduação, Instituto de Medicina Veterinária.

32. PEREIRA-CARDOSO, F.D; ARAÚJO, B.M; BATISTA, H.L; GALVÃO, W.G. Prevalência de enteroparasitoses em escolares de 06 a 14 anos no município de Araguaína – Tocantins. Revista Eletrônica de Farmácia.

2010, v.7, n.1, pp.54-64.

Page 49: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

49

33. PRADO, M.S; BARRETO, M.L; STRINA, A; FARIA, J.A.S; NOBRE, A.A; JESUS, S.R. Prevalência e intensidade da infecção por parasitas intestinais em crianças na idade escolar na Cidade de Salvador (Bahia, Brasil). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2001, vol.34, n.1, pp.99-101.

34. QUADROS, R.M; ARRUDA, A.A.R; DELFES, P.S.W.R; MEDEIROS, I.A.A. Parasitas intestinais em centros de educação infantil municipal de Lages, SC, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 37(5):422-423, set-out, 2004

35. REY, L. Parasitologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

36. REY, L. Bases da parasitologia médica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan; 2002.

37. ROCHA, R.S; SILVA, J;G; PEIXOTO, S.V; CALDEIRA, R.L; FIRMO, J.O.A; CARVALHO, O.S; KATZ, N. Avaliação da esquistossomose e de outras parasitoses intestinais, em escolares do município de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Vol.33, n.5, pp.431-436, set-out, 2000.

38. RODRIGUEZ-BATISTA, Z; BRAULIO, R.G.M; COUTO, L.D.F; PENA, M.M.M.C.Prevalência de Parasitas Intestinais em Alunos do Ensino Fundamental da Favela Cabana, Município de Belo Horizonte, MG, Brasil. Ciência&Conhecimento BH, v. 3, n.9, p. 207 - 223, jun. 2007.

39. SANTOS, F.S; GAMA, A.S.M; FERNANDES, A.B; JUNIOR, J.D.D.R; GUIMARAES, J. Prevalência de enteroparasitismo em crianças de comunidades ribeirinhas do Município de Coari, no médio Solimões, Amazonas, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde. v.1 n.4 Ananindeua dez. 2010.

40. SANTOS-JÚNIOR, G.O; SILVA, M.M, SANTOS, L.N. Prevalência de Enteroparasitoses em Crianças do Sertão Baiano Pelo Método de Sedimentação Espontânea. Revista de Patologia Tropical. 35: 233-240, 2006.

41. SILVA, E.F; SILVA, E.B; ALMEIDA, K.S; SOUSA, J.J.N; FREITAS, F.L; Enteroparasitoses em crianças de áreas rurais do município de Coari, Amazonas, Brasil. Revista de Patologia Tropical. 2009; 38(1):35-3.

42. SILVA, E.F; SILVA, V.B.C; FREITAS, F.L.C. Parasitoses intestinais em crianças residentes na comunidade ribeirinha são francisco do laranjal, município de Ccoari, estado do Amazonas, Brasil. Revista de Patologia Tropical. Vol. 41 (1): 97-101. jan.-mar. 2012.

43. BORBA, E; SILVA, S.I; PHILIP, A.C; SHIRMER, H; WAGNER, S; ROSSO, R; DANI, C. Avaliação da Prevalência de Enteroparasitoses e a sua

Page 50: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

50

Associação à Presença de Anemia e/ou Carência Nutricional em Escolares do Município de Flores da Cunha/RS. NewsLab - edição 107 – 2011.

44. UCHÔA, C.M.A; ALBUQUERQUE, M.C; CARVALHO, F.M; FALCÃO, A.O; SILVA, P; BASTOS, O.M.P. Parasitismo intestinal em crianças e funcionários de cheches comunitárias na cidade de Niterói-RJ, Brasil. Revista de Patologia Tropical. 2009, vol.38, n.4, pp. 267-278.

45. VASCONCELOS, I.A.B; OLIVEIRA, J.W; RUBENS, F; CABRAL, F; COUTINHO, H.D.M; MENEZES, I.R.A. Prevalência de parasitoses intestinais entre crianças de 4-12 anos no Crato, Estado do Ceará: um problema recorrente de saúde pública. Acta Scientiarum Health Sciences Maringá.

v. 33, n. 1, p. 35-41, 2011.

Page 51: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

51

NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas

RBAC - REVISTA BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS

AOS COLABORADORES

A REVISTA BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS tem por finalidade a divulgação de trabalhos relacionados com as atividades em laboratórios de análises clínicas

NORMAS DA PUBLICAÇÃO

INSTRUÇÕES INICIAIS

A Revista Brasileira de Análises Clínicas (RBAC) é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) indexada no ISSN 0370 – 369 x..

LILACS – www.bireme.br

http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online

Portão periódicos – www.periodicos.capes.gov.br

Classificação CAPES: Internacional A – Farmácia,

Nacional B – Medicina I e II, Multidisciplinar e Saúde Coletiva

www.capes.gov.br

http://www.qualis.capes.gov.br/webqualis/ConsultaPeriodicos.faces

Ao submeter o original do trabalho, os autores assumem a responsabilidade do trabalho não ter sido previamente publicado e nem estar sendo analisado por outra revista. Todas as contribuições científicas são avaliadas pelos Editores da Revista. Só serão encaminhados aos consultores científicos os artigos que estejam rigorosamente de acordo com as normas especificadas. A aceitação será feita em função da sua originalidade, importância e contribuição científica para o conhecimento da área.

Os artigos para publicação enquadram-se nas seguintes categorias:

Artigos Originais: A Revista Brasileira de Análises Clínicas aceita todos os tipos de pesquisa original nas diferentes áreas de atividade em análises clínicas, incluindo pesquisas em seres humanos e pesquisa experimental. Todos os artigos são avaliados para publicação no menor prazo possível; porém, se você acredita que seu trabalho merece uma avaliação especial para publicação imediata (“fasttrack”), indique isso na sua carta aos Editores. Se os Editores concordarem com sua solicitação, todos os esforços serão realizados para revisar o trabalho em menos de 30 dias, e publicar no volume próximo da Revista.

O artigo científico deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Summary; Keywords; Introdução com Revisão de Literatura; Material e Métodos; Resultados, Discussão, Conclusão; Agradecimento(s); Fontes de Aquisição, quando houver, e Referências Bibliográficas. Antes das referências deverá também ser descrito quando apropriado que o trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética e Biossegurança da instituição e que os estudos em animais realizados de acordo com normas éticas.

Artigos de Revisão ou Bibliográficos: Os Editores formulam convites para a maioria das revisões. No entanto, trabalhos de alto nível, realizados por autores ou grupos com histórico de publicações na área serão bem-vindos.

Editoriais: Os Editoriais da Revista Brasileira de Análises Clínicas são feitos através de convite. Os editoriais enviados espontaneamente, serão analisados pelos editores sobre a importância do seu conteúdo e pertinência de sua publicação.

Comunicações Breves: Experiências originais, cuja relevância para o conhecimento do tema justifique a apresentação de dados iniciais de

Page 52: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

52

pequenas séries, ou dados parciais de pesquisas ou ensaios laboratoriais, serão aceitos para avaliação.

Envio do Trabalho Os originais do trabalho deverão ser enviados via internet seguindo as instruções abaixo:

Os textos deverão ser editados em “Word” tamanho de fonte 12 Arial ou Times New Roman, espaçamento simples. E as figuras, fotos, tabelas e ilustrações devem vir após o texto, ou em arquivos separados. Figuras devem ter extensão JPEG e resolução mínima de 300 DPI. Todos os artigos devem vir acompanhados por uma carta de submissão ao Editor, declaração do autor de que todos os co-autores estão de acordo com o conteúdo expresso no trabalho, explicitando ou não conflitos de interesse* e a inexistência de problemas éticos relacionados.

SEÇÕES DOS ARTIGOS PARA PUBLICAÇÃO:

Os artigos deverão seguir a seguinte ordem:

Titulo* (Em português e inglês)

Nome do autor ou autores (dados pessoais no rodapé)

Resumo em português – Palavras – chave

Resumo em inglês – summary / Keywords)

Introdução

Material e métodos

Resultados

Discussão

Conclusões

Agradecimentos

Referências bibliografias

* Um asterisco após o título, é colocado com o objetivo de mencionar o local (Universidade,

Departamento, Laboratório, etc.) em que se realizou a pesquisa e, se for o caso as fontes financiadoras.

TÍTULO – Deverá ser breve e indicativo da exata finalidade do trabalho (em português e inglês).

RESUMO – Deverão ser concisos e claros, pondo em relevo de forma precisa os fatos essenciais encontrados e as conclusões obtidas; serem redigidos de forma impessoal e conterem no máximo 200 palavras.

INTRODUÇÃO – Deverá estabelecer com clareza o objetivo do trabalho e sua relação com outros trabalhos do mesmo setor. Extensas revisões da literatura devem ser evitadas, devendo ser substituídas por referências aos trabalhos ou fontes mais recentes, onde tais revisões tenham sido apresentadas.

MATERIAL E MÉTODOS – Deverão ser descritos de modo breve, porém o suficiente para possibilitar a repetição do trabalho; métodos e técnicas já publicados, a menos que tenham sido modificados substancialmente, deverão ser apenas referidos por citação.

RESULTADOS – Deverão ser apresentados com o mínimo possível de discussão ou interpretação pessoal e acompanhados de gráficos, tabelas, etc. simples e ilustrativos.

DISCUSSÃO – Deve ficar restrita ao significado dos dados obtidos e resultados alcançados, evitando-se hipóteses não baseadas nos mesmos.

CONCLUSÕES – Deverão ser concisas, fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo deduções lógicas e correspondentes aos objetivos propostos. Em alguns casos, pode ser incluída no item discussão, não havendo necessidade de repeti-la em item a parte.

AGRADECIMENTOS – Devem ser inseridos no final do trabalho, antes das referências bibliográficas.

INFORMAÇÕES GERAIS

O estilo editorial da Revista segue, em linhas gerais, o “ Style Manual for Biological Journals” (Conference of Biological Editors, Committee on form and Style. Style manual of Biological Journals, 2. ed. Washington, American Institute of Biological Sciences, 1974). As nomeclaturas, abreviações e unidades bioquímicas e físico-química devem

Page 53: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

53

seguir as adotadas pelo “Handbook of Biochemistry (Sober, H. A – Handbook of Biochemistry. 2. ed. Cleveland, Chemical Rubber Co., 1997, Sec.A4 – A100); “Handbook of Chemistry Physics” (West, R. C. – Handbook of Chemistry and Physics. 53. ed. Cleveland Chemical Rubber Co., 1972 – 1973), e, essencialmente, o recomendado pela WHO através da: “Resolution WHA 30.30 adopted by thirtieth World Heath Assembly, May 1977). Systeme International d’Unites; use of SI units in medicine”, e da publicação: “The SI for Health Profesions. WHO, 1977”.

As atividades enzimáticas devem ser expressas em unidades internacionais e seguir o adotado em “Enzime Nomenclature” ( Enzime Nomenclature, Elsevier Publishing Co., 1965). A nomenclatura dos microorganismos devem obedecer os critérios adotados pelo Manual de Bergey (Breed, R. S.; Murray, E. G. D & Smith, N. R. – Bergey’s Manual of Determinative Bacteriology. Baltimore, Williams & Wilkins Co., última edição).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – Deverão ser apresentados somente os trabalhos consultados ligados ao assunto e citados no texto. Citações de “resumo”, “dados não publicados”, “comunicações pessoais” ou “no prelo” poderão ser adequadamente mencionados no texto, mas não serão aceitos como referências bibliográficas.

No texto – As referências no texto devem ser citadas assim:

VALLADA 1 ou (1); Correspondente ao número da lista de referência bibliográfica.

MENDES & CARVALHO (2)

SOUZA, CABRAL & MACHADO (3)

GONTIJO, FILHO et al (4) ou GONTIJO FILHO & cols (4)

VALLADA; MENDES & CARVALHO 1,2

ou (1,2)

Na bibliografia - A relação das referencias bibliográficas deve ser numerada e colocada em ordem alfabética dos sobrenomes dos autores, e seguir o disposto abaixo para artigos ou livros.

a) Para artigos – SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), SEGUIDO DO(S) PRENOME(S)

(abreviado ou não desde que haja padronização deste procedimento, separados entre si por ponto e vírgula seguidos de espaço, segundo NBR 6023) – Título do trabalho (em itálico ou negrito). Título do periódico (abreviaturas de acordo com o “Word Scientific Periodicals”), volume e número do volume: número da página inicial e final, ano de publicação.

Exemplos:

1 – VALLADA. E . P. – Cultura de urina. Ver. Bras. Anál. Clín., 1 (1): 21-23, 1969.

2 – MENDES, M. Q. & CARVALHO, M. A. – Padrão múltiplo para dosagem de lipides séricos, triglicerídeos lipides totais e colesterol (’Trilicol’). Rev. Bras. Anál. Clín., 9 (1): 1-3, 1977.

3- SOUZA, M. M.; CABRAL, M.C. & MACHADO, R. D. – Técnica de fixação de complemento aplicado ao estudo da raiva. Rev. Bras. Anál. Clín., 8 (2): 17-24, 1976.

4- GONTIJO FILHO, P. P & et al – Micobactérias. Rev. Bras. Anál. Clín., 10 (4): 1-31, 1978.

b) Para livros – SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), SEGUIDO DO(S) PRENOME(S) (abreviado ou não desde que haja padronização deste procedimento, separadas entre si por ponto e virgula seguidos de espaço, segundo NBR 6023). Título do livro (em itálico ou negrito): subtítulo (se houver). Número da edição (tradução se for o caso). Local de publicação: Editor, ano de publicação. Número de páginas ou volume. Se particulares páginas são conspurcadas, então cita-las.

1 – MENDES, M. Q & LOPES, H. J .J. – Atualização em bioquímica clínica. 1 ed. Belo Horizonte, Mal Editora S.ª, 1973, 305 p.

2- HENRY, R. J. – Química clínica. Bases e princípios. 1. ed. Espanhola. Barcelona, Editorial Jims, 1969, 2 v.

3- BURNET, G. W.; SCHERP, H. W. & SCHUSTER, G. S – Microbiologia Oral e Doenças Infecciosas. 4. ed. (1. ed. Brasileira). Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S. A., 1978, 756 p.

4- VERONESI, R. – Doenças Infecciosas e parasitárias. 4. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S. A., 1095 p.

Page 54: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

54

5- CARVALHO, I. – Antibióticos e antibioticoterapia. In: VERONESI, R. – Doenças Infecciosas e parasitárias, 4. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A., 1969, pt. 9. p. 1017 – 1072.

c) Para Tese: NOME DO AUTOR, SEGUIDO DO PRENOME (abreviado ou não). Título da Tese (em itálico): subtítulo (se houver). Ano de apresentação. Número de folhas. Categoria (grau e área de concentração) – Instituição, local.

CIRIBELLI GUIMARÃES, J. – Febre Amarela Silvestre. 1975. 80 p. Tese de Docência Livre – Instituto de Microbiologia da UFRJ. Rio de Janeiro.

d) Para Norma: NOME DO ÓRGÃO NORMALIZADOR. Título: subtítulo (em itálico ou negrito), Número da norma. Local, ano, volume ou páginas.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e Documentação. Referências – Elaboração, NBR 6023. Rio de janeiro, 2002. 24p.

ILUSTRAÇÕES – Deverão ser citadas no texto como “Fig.”, numeradas e vir acompanhadas de legendas explicativas após o texto ou em arquivos separados. Os desenhos, fotos e ilustrações devem ter extensão JPEG e resolução mínima de 300 dpi.

QUADROS E TABELAS – Deverão vir numerados em algarismo arábico e apresentados após o texto ou em arquivos separados. Cabeçalhos e legendas devem ser suficientemente claros e compreensíveis, sem necessidade de consultas ao texto. São permitidas notas explicativas de rodapé indicadas por asteriscos, mas não descrições das experiências. Seguir, o quanto possível, as normas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Nenhuma casa, em quadros ou tabelas, deverá ficar vazia; a ausência de dados será representada por:

- quando o fenômeno não existe;

0;0,0 quando o fenômeno existe, não atingindo o seu valor, porém, o adotado no quadro;

... quando o dado não foi apurado, não implicando, porém, afirmar ou não a existência do fenômeno.

Quando o fenômeno for mensurável, deverá ser expresso de maneira a somente figurarem os algarismos significativos.

DA PUBLICAÇÃO

1. A publicação de artigos na Revista está condicionada à aprovação dos Consultores Científicos.

2. Os originais de trabalhos aceitos para publicação não serão devolvidos aos autores.

3. No caso de mais de um autor deverão ser expressamente indicados os responsáveis pela publicação. Na ausência dessa informação, o primeiro será considerado o responsável.

4. Os trabalhos em língua estrangeira serão submetidos a um revisor competente (pelo que será cobrada uma taxa dos autores) e devolvidos se a redação for inadequada.

5. Para correspondência, os autores responsáveis devem fornecer os seus endereços.

Page 55: FA ACCUULLDDADDEE ZAASSSSIISS GGUURRGGAACCZ · A partir do momento em que existe interesse na história da evolução do ... os quais sofreram adaptações, ... sejam eles protozoários

55

Rua Vicente Licínio, 99 -Tel.: 0XX(2l)2187-0800 - Fax: 0XX(2l)2187-0805 - Rio de Janeiro - RJ - 20270-902 Home page: www.sbac.org.br - e-mail: [email protected]

Filiação

IFCC - INTERNATIONAL FEDERATION OF CLINICAL CHEMISTRY AND LABORATORY MEDICINE

COLABIOCLI - CONFEDERACIÓN LATINOAMERICANA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

CLSI – CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE

AMN - ASOCIACION MERCOSUR DE NORMALIZACION

ONA - ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO