Fabricação de cerveja
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Tecnologia de Bebidas
Fabricação de cerveja
Louise Emy Kurozawa
DEFINIÇÃO LEGALDEFINIÇÃO LEGAL
Lei n°8.918
“Bebida obtida pela fermentação
alcoólica do mosto cervejeiro oriundo
do malte de cevada e água potável,
por ação de levedura, com adição de
lúpulo”
DEFINIÇÃO LEGALDEFINIÇÃO LEGAL
“Parte do malte de cevada poderá ser substituído por adjuntos
cervejeiros, cujo emprego não poderá ser superior a 45% em
relação ao extrato primitivo. Consideram-se adjunto cervejeiro
[...] os demais cereais aptos para o consumo humano [...] bem
como amidos e açúcares de origem vegetal”
→ 1513 (Alemanha)/Duque Guilherme IV, da Bavaria
→ Lei da Pureza (Reinheitsgebot)
Água + lúpulo + malte
(posteriormente foi inserida a levedura - fermentação espontânea)
Consumo mundialConsumo mundial(2008-2009)(2008-2009)
Consumo per capita Consumo per capita (2002-2003)(2002-2003)
Produção mundial de cerveja Produção mundial de cerveja (2007-2008)(2007-2008)
China EUA Rússia Brasil Alemanha México Japão Reino Unido Polônia Espanha0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
20092010
milh
õe
s h
L
Barth Report
Principais grupos cervejeiros do Principais grupos cervejeiros do mundomundo
Grupos cervejeiros País Produção em milhões de hl
(2008)
% produção mundial
1) Anheuser-Busch Inbev Bélgica/Brasil 388,1 21,4
2) SABMiller Reino Unido 174,4 9,6
3) Heineken Holanda 161,5 8,9
4) Carlsberg Dinamarca 109,3 6,0
5) China Resource Brewery Ltd
China 73,0 4,0
Stella Artois
INBEV
Marcas MundiaisMarcas Mundiais
Budweiser Antarctica Skol Brahma
SABMILLER
Miller Genuine Draft Grolsch Pilsner Urquell Peroni Nastro Azzurro
Heineken
HEINEKEN
Marcas MundiaisMarcas Mundiais
Sol Kaiser Bavaria Xingu Edelweiss Murphy's Irish Red
CARLSBERG
Carlsberg beer Palone Special brew Elephant beer
Erdinger (Alemanha)
DIVERSASMarcas MundiaisMarcas Mundiais
Sapporo (Japão)
Guinness (Irlanda)
London Pride (Inglaterra)
Yanjing (China)
Coors Light (Canadá) Corona
(México)
Mercado cervejeiro no BrasilMercado cervejeiro no Brasil
Tipos de cervejaTipos de cerveja
Pilsen
Malzbier
Larger Ale Stout
Bock
Cevada (10%U)
Obtenção do malte
MALTARIAMALTARIA
Germinação(T = 20°C), escuro
Malte
Secagem(T = 50-100°C)MoagemMalte moído
CevadaCevada
Gramínea do gênero Hordeum
GerminaçãoGerminação
Umedecer os grãos de cevada → 50%U → interromper estado de latência
Germinação: cevada → malte (cevada pré-germinada)
Objetivo: ativar enzimas e diminuir tamanho das moléculas do amido
(1) Casca
(2) Endosperma: amido
(3) Gérmen: cotilédone + epicótilo (broto) + radícula (raiz)
- 5 – 8 dias:
- Interrupação pela secagem
Esquema da cevadaEsquema da cevada
- Interrupção da germinação
- Etapa fundamental = coloração e sabor peculiar de cada
tipo de cerveja
- Pré-secagem (estufas): 50-60°C (10%)
- Secagem final (fornos):
T = 80°C (4-5%)→ cerveja clara
T = 100°C (1,5-2%)→ cerveja escura
- Resfriamento
SecagemSecagem
Evitar perda da atividade enzimática
MoagemMoagem
- Moinho de rolos
- Objetivo: expor conteúdo
interno do grão
- Esmagamento do grão
- Não deve ser moído (casca
será importante numa etapa
posterior)
CEVADA X MALTECEVADA X MALTE
Fonte: Cereda (1985)
Mosturação
CERVEJARIACERVEJARIA
Mosto (12°Brix)
Filtração
Mosto clarificado
Fervura (60-90min)
Clarificação
Malte esmagado
H2OAdjuntos
LevedurasSubstâncias precipitadas
Resfriamento
Mosto refrigerado (10°C)
Lúpulo
Resíduos
Fermentação Leveduras
Maturação (0°C/15-60 dias)
FiltraçãoBagaço
Carbonatação
Envase (0°C)
Pasteurização (45-62°C)
Cerveja
Malte esmagado
Mosturação
LúpuloBagaço
Fervura
Clarificação
Resfriamento
Fermentação FiltraçãoMaturação Pasteurização
- Malte esmagado e/ou adjuntos (milho, arroz, trigo) + água pré-aquecida (1:4)
- hidrólise enzimática do amido em açúcar fermentescível (glicose, maltose, maltotriose)
1. MOSTURAÇÃO1. MOSTURAÇÃO
Dextrinase T
ótima = 55 – 60°C
pHótimo
= 5,1
Hemicelulases T
ótima = 40 – 45°C
pHótimo
= 4,5-4,7
Exopeptidase40 – 50°C
pHótimo
= 5,2-8,2
Endopeptidase T
ótima = 50 – 60°C
pHótimo
= 5,0
Beta-amilaseT
ótima = 60 – 65°C
pHótimo
= 5,4 - 5,6
Alfa-amilase T
ótima = 70 – 75°C
pHótimo
= 5,6 - 5,8
72°C: teste do iodo(ausência cor roxa)Hidrólise amido
76°C: inativar enzimas
Ajuste de pH =5,4 (ácido láctico)Tampão: CaCl
2
- Tina de filtração
- Retirar casca do mosto
- camada filtrante = casca do malte
- Água 75°C → Aumentar extração de açúcar
2. FILTRAÇÃO2. FILTRAÇÃO
- Caldeira de fervura
- Adição do LÚPULO
- Planta: Humulus lupulus
- Flores femininas: lupulina (substâncias responsáveis pelo aroma e amargor da cerveja)
3. FERVURA3. FERVURA
Pallet tipo 90
Composição química do lúpulo
Ácidos: humulona, lupulona, humuliona e huluponaAmargor da cerveja
Corpo da cervejaBacteriostático: proteção
+300 componentesAroma do lúpulo
Fonte: Tschope (2001)
FINALIDADE
■ Esterilização do mosto
■ Coagulação parcial de proteínas (turvam o mosto)
■ Solubilização do lúpulo
■ Inativação das enzimas
■ Concentração do mosto
■ Formação cor (reação de Maillard)
→ tempo = 60 – 90 minutos
FERVURAFERVURA
- Tanque Whirlpool
- Objetivo: Separação das proteínas coaguladas, resinas e taninos
- Comprometer a fermentação
4. CLARIFICAÇÃO4. CLARIFICAÇÃO
Trub
- Trocador de calor a placas
- 75°C para 10°C
5. RESFRIAMENTO DO MOSTO5. RESFRIAMENTO DO MOSTO
C6H
12O
6 2 C
2H
5OH + 2 CO
2 + 22 kcal
- Formação do álcool e compostos de aroma
- LEVEDURAS:
(a) Saccharomyces carlbergensis → Cerveja de baixa fermentação
cervejas tipo Lager
6. FERMENTAÇÃO6. FERMENTAÇÃOLevedura
(b) Saccharomyces cerevisiae → Cerveja de alta fermentaçãocervejas tipo Ale
- Tanque de fermentação ou unitanque
- 2 etapas:
1a etapa:
- Aeróbia
- Multiplicação das leveduras (aumento de 2 a 6 vezes)
2a etapa:
- Anaeróbia
- Fermentação propriamente dita (conversão dos açúcares presentes no mosto em CO
2 e álcool)
Tanque de maturação ou unitanque:
→T = 0°C
→ 14 dias – 60 dias
Ocorrência de diversas reações → desenvolvimento de aromas e sabor:
→ Precipitação de leveduras, proteínas e sólidos insolúveis
→ Formação de ésteres
→ Formação de diacetil (sabor de mateiga) (ocorre na fermentação também)
7. MATURAÇÃO7. MATURAÇÃO
- Objetivo:
Remover impurezas ainda presentes, visando obter um produto límpido e brilhante
- Leveduras, partículas coloidais e outras substâncias insolúveis formadas devido ao baixo pH existente
8. FILTRAÇÃO8. FILTRAÇÃO
AUXILIARES DE FILTRAÇÃO OU MEIOS FILTRANTES
Terra diatomácea
Esqueletos fossilizados
de algas pré-históricas
Perlita
Silicato de alumínio
Mineral de origem
vulcânica
Carvão ativo
Madeira
Extremamente poroso
OUTROS ADITIVOS
- Papaína = hidrólise das proteínas e polipeptídeos → solúveis
- Polivinilpolipirrolidona (PVPP) = complexa com os taninos.
Retirado na etapa de filtração
- Bentonita = complexa com as proteínas, precipitando. Retirado
na etapa de fitração
- Teor de CO2 na cerveja ao final do processo: não é suficiente para
atender às necessidades do produto.
- Cerveja pronta: 2 a 3 volumes de CO2
- (1 volume de CO2 = 0,4 kg CO
2/hL cerveja)
- Cerveja obtida após etapa de maturação: 1,2 a 1,7 volumes de CO2
- Tanque de pressão: 12 a 15psi
9. CARBONATAÇÃO9. CARBONATAÇÃO
Necessário adicionar CO
2!!!
- Cuidado com possíveis fontes de contaminação, perda de gás
(0°C) e contato da cerveja com oxigênio.
(a) Sistema de vácuo na garrafa vazia: retirar ar
(b) Enchimento da garrafa com cerveja
(c) Eliminação do ar no headspace:
Jateamento com água (μl) → Penetra na cerveja → formação de
espuma que ascende pelo gargalo → expelindo O2
(d) Arrolhamento
10. ENVASE10. ENVASE
- Túnel de pasteurização
- Aspersão de água quente
- Aumentar estabilidade da cerveja (até 6 meses)
- Obs.: o chopp não sofre este processo
11. PASTEURIZAÇÃO11. PASTEURIZAÇÃO
(a) 1o pré-aquecimento: 35 – 50°C
(b) 2o pré-aquecimento: 50 – 62°C
(c) Pasteurização: 62°C / 20 minutos
(d) Pré-resfriamento: 62 – 50°C
(e) Resfriamento: 50 – 25°C
- Trocador de calor a placas
- Antes de envasar a cerveja
- 72°C / 30 a 60 s
- Elevada pressão no TC → evitar perda de CO2
PASTEURIZAÇÃO “FLASH”PASTEURIZAÇÃO “FLASH”
72°C
65°C
88°C
80°C
5°C
-5°C
10°C