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ISSN: 19841175 – ANAIS ELETRÔNICOS Universidade Federal de Pernambuco NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras 478 FACEBOOK: Ferramentas Digitais no Processo Educativo Lialda Bezerra Cavalcanti (IFPE) Elisama Bezerra Cavalcanti (IFPE) Horhanna Almeida de Oliveira (UFPE) Yaírla Karla Guedes Alves ( UFPE) Resumo: Esta pesquisa toma como objeto de análise o Facebook enquanto ferramenta pedagógica e sua utilidade para o ensino da matemática, mais especificamente sua ramificação geométrica. De acordo com Kenski (2007), Valente (2011) e Cavalcanti (2014), a inserção das tecnologias tem impulsionado uma revolução pedagógica sem precedentes que transcende os muros da escola. Estes autores ressaltam a complexidade desta utilização que vai muito além do imediatismo estritamente instrumental e por propiciar processos de produção do conhecimento. O Facebook é uma rede social que vem ganhando grande espaço no meio educacional, por facilitar a comunicação interpessoal, a construção do aprendizado coletivo e possuir ambientes que permitem diálogos e argumentações. Nesta interface foi criado o grupo “Matemática é linda” como um espaço de aprendizagem digital que vem estabelecendo uma comunicação educativa entre docentes e discentes a partir de discussões das experiências individuais e compartilhamentos de soluções ao crescimento cognitivo numa dimensão lúdica. A dinâmica do referido grupo proporcionou a interação entre sujeitos protagonistas desta ação didática, favorecendo a superação de dúvidas, troca de ideias, explicitação de conhecimentos prévios à construção de novos conhecimentos da matemática. Em síntese, os dados parciais deste estudo comprovam a importância das plataformas educativas como um espaço potencial para mediação tecnológica da prática docente.

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ISSN:  1984-­‐1175  –  ANAIS  ELETRÔNICOS    

 

Universidade  Federal  de  Pernambuco  NEHTE  /  Programa  de  Pós  Graduação  em  Letras    

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FACEBOOK:  Ferramentas  Digitais  no  Processo  Educativo    

Lialda  Bezerra  Cavalcanti    (IFPE)    

Elisama  Bezerra  Cavalcanti    (IFPE)  

Horhanna  Almeida  de  Oliveira    (UFPE)  

Yaírla  Karla  Guedes  Alves  (  UFPE)  

   Resumo:   Esta   pesquisa   toma   como   objeto   de   análise   o   Facebook  enquanto   ferramenta   pedagógica   e   sua   utilidade   para   o   ensino   da  matemática,   mais   especificamente   sua   ramificação   geométrica.   De  acordo   com   Kenski   (2007),   Valente   (2011)   e   Cavalcanti   (2014),   a  inserção   das   tecnologias   tem   impulsionado   uma   revolução  pedagógica   sem   precedentes   que   transcende   os   muros   da   escola.  Estes   autores   ressaltam   a   complexidade   desta   utilização   que   vai  muito   além   do   imediatismo   estritamente   instrumental   e   por  propiciar   processos   de   produção   do   conhecimento.   O   Facebook   é  uma   rede   social   que   vem   ganhando   grande   espaço   no   meio  educacional,   por   facilitar   a   comunicação   interpessoal,   a   construção  do  aprendizado  coletivo  e  possuir  ambientes  que  permitem  diálogos  e  argumentações.  Nesta   interface   foi   criado  o  grupo  “Matemática  é  linda”   como   um   espaço   de   aprendizagem   digital   que   vem    estabelecendo   uma     comunicação   educativa   entre   docentes   e  discentes   a   partir   de   discussões   das   experiências   individuais   e  compartilhamentos   de   soluções   ao   crescimento   cognitivo   numa  dimensão   lúdica.   A   dinâmica   do   referido   grupo   proporcionou   a  interação   entre   sujeitos   protagonistas   desta   ação   didática,  favorecendo  a  superação  de  dúvidas,  troca  de  ideias,  explicitação  de  conhecimentos   prévios   à   construção   de   novos   conhecimentos   da  matemática.  Em  síntese,  os  dados  parciais  deste  estudo  comprovam  a  importância  das  plataformas  educativas  como  um  espaço  potencial  para  mediação  tecnológica  da  prática  docente.    

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Palavras-­‐chave:  Facebook,  Geometria,  Educação  Matemática;  Prática  Docente.          Resumo   em   língua   estrangeira:  This   research   takes   as   an   object   of  analysis  the  Facebook  as  a  pedagogical  tool  and  its  usefulness  for  the  teaching   of  Mathematics,  more   specifically   its   geometric   branching.  According  to  Kenski  (2007),  Valente  (2011)  and  Cavalcanti  (2014),  the  insertion   of   technologies   has   driven   an   unprecedented   pedagogical  revolution  that  transcends  the  school  walls.  These  authors  emphasize  the   complexity   of   this   use   that   goes   far   beyond   the   strictly  instrumental  immediacy  and  for  propitiating  processes  of  knowledge  production.  Facebook  is  a  social  network  that  has  been  gaining  great  space   in   the   educational   environment,   by   facilitating   interpersonal  communication,  building  collective  learning  and  having  environments  that   allow   dialogue   and   argumentation.   In   this   interface   the   group  "Matemática   é   Linda”   “Mathematics   is   beautiful"   was   created   as   a  space   of   digital   learning   that   has   been   establishing   an   educational  communication   between   teachers   and   students   who   discuss  individual   experiences   and   share   solutions   to   cognitive   growth   in   a  ludic  dimension.  The  dynamics  of  this  group  provided  the  interaction  among   the  protagonists  of   this  didactic  action,  gain   the  overcoming  of   doubts,   exchange   of   ideas,   and   explicit   knowledge   prior   to   the  construction   of   new   knowledge   of   mathematics.   In   summary,   the  partial   data   of   this   study   prove   the   importance   of   educational  platforms   as   a   potential   space   for   technological   mediation   for  teaching  practice.      Keywords:   Facebook,   Geometry,   Mathematics   Education;   Teaching  Practice.  

 

Introdução    

É   factível   perceber   a   diminuição   da   hegemonia   da   escola   enquanto   espaço  

protagonista   do   processo   ensino   e   aprendizagem   no   trato   dos   conhecimentos  

sistemáticos   frente   à  missão   de   inovar   e   assumir   que   a   apropriação   das   tecnologias  

digitais.   Esta   incorporação   está   desenhando   novo   cenário   na   construção   de  

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conhecimentos   sistemáticos,   além   de   possibilitar   alternativas   para   transmissão,  

produção  e  circulação  de  conhecimentos  de   forma  mais   condizentes  aos  desafios  de  

um  mundo  em  constante  mutação.    

Sobre  a  utilização  das  tecnologias  na  sala  de  aula,  o  documento  dos  Parâmetros  

Curriculares   Nacionais   (BRASIL,   1997)   afirma   que   se   constitui   “agentes   de  

transformação   da   sociedade”,   pois   estudiosos   sobre   o   tema   mostram   a   crescente  

influência   desses   recursos   na   forma   de   escrever,   ler,   ver   ,criar   e   se   instituindo   num  

desafio  a  mais  para  a  escola.  

Vários   pesquisadores   (VALENTE,   1999a;   ALMEIDA,   2005b;   PRADO,   2005b;  

MISKULIN,  2006;  KENSKI,  2007;  MORAN,  2009;  ALMEIDA  e  VALENTE,  2011)    ressaltam  

a  importância  de  integrar  os  recursos  tecnológicos  do  âmbito  educacional  à  realidade  

da  prática  docente.      

A  inserção  das  tecnologias  tem  impulsionado  uma  revolução  sem  precedentes,  

que  chega  a  ultrapassar  os  muros  da  escola,  a  qual  necessita  redimensionar  e   inovar  

modelos   com   possibilidades   de   desfazer   cristalizações   incorporadas   ao   ensino  

tradicional,   enraizadas   no   processo   educativo,   dificultando   avanços   didático-­‐

metodológicos  que  facilitem  a  aquisição  de  conhecimentos.  

Rugimbana  (2007),  Shaw  e  Fairhurst  (2008)  enfatizam  características  marcantes  

da   evolução   tecnológica,   da   qual   destacam   a   “geração   Y”   de   nativos   digitais,   pelo  

intenso   conhecimento   da   tecnologia   e   da   obtenção   de   informação   no   processo   de  

aprendizagem,  sobretudo  por  apresentarem,  no  seu  cotidiano,  um  engajamento  com  

uma  multiplicidade  de  atividades  simultâneas.  

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O   alcance   das   tecnologias   digitais   com   dispositivos   atrativos   no   âmbito  

educacional  não  pode  ser  desprezado  pelo  indiscutível  envolvimento  e  independência  

dos   nativos   digitais,   cuja   autossuficiência   e   o   domínio   de   recursos   de   informática  

colaboram  com  métodos  de  ensino  embasados  na  concepção  de  aprender  a  aprender.  

Esta   inclusão   digital   no   ambiente   escolar   não   ocorre   apenas   equipando  

laboratórios   de   informática   com   computadores   avançados,   mídias   e   pela  

disponibilização  de  acesso  à  internet  de  alta  velocidade,  mas  necessita  de  especialistas  

que   conduzam   o   processo   educativo.   Estas   ferramentas   sozinhas   não   conseguem  

transformar  a  informação  em  conhecimento  por  se  tratar  de  uma  tarefa  complexa  que  

não  apenas  exige  a  criação  de  formas  para  acesso  à  informação.  

Por  sua  vez,  é  oportuno  elucidar  o  relevante  papel  do  professor  nesta  condução  

didática  em  que  necessita  conhecer  as  especificidades  dos  recursos  tecnológicos  e  as  

teorias   educacionais   subjacentes   para   respectiva   aplicação   no   contexto   profissional  

deste   novo   educador,   de   forma  que  busque   “vivenciar   o   processo  de   construção  de  

conhecimento  das  condições  e  das  ações  que  permitem  essas  construções”.  (VALENTE,  

2011,  p.116).  

De  acordo  com  Silva  e  Moraes  (2014),  as  Tecnologias  Digitais  de  Informação  e  

Comunicação  (TDIC)  são  todas  as  tecnologias  que  interferem  e  permeiam  os  processos  

de   informação   e   comunicação   entre   os   seres   humanos;   por   digitais,   entende-­‐se   a  

internet  e  suas  ferramentas  como  mediadoras.    

A   expansão   das   tecnologias   digitais   favoreceu   a   dispersão   da   informação   em  

todos  os  segmentos  da  sociedade,  não  restringindo  apenas  à  escola  e  ao  professor  a  

missão   de   disseminar   a   informação   e   gerar   o   conhecimento.   Esta   competência   está  

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vinculada  aos  mecanismos  de  processamento  e  de  significação  por  parte  do  educando  

para  a  respectiva  conversão  em  conhecimento  no  processo  educacional.  

Assim   a   escola   deve   prover   condições   para   que   os   alunos  desenvolvam  atividades  que  auxiliem  no  processo  de  construção  de  conhecimento,   esse   conhecimento   gerado   deve   ser   disseminado   e  compartilhado,  de  modo  que  possa  ser  acessado  por  intermédio  das  TDIC.  (VALENTE,  2011,  p.99).    

Face  ao  exposto,  as  TDIC  ampliam  a  exploração  de  ações  pedagógicas  de  forma  

ilimitada   na   busca   de   novos   conhecimentos   decorrentes   das   facilidades   técnicas  

favorecidas  pelo  computador,  que  propicia  o  aprimoramento  do  processo  de  ensino  e  

de   aprendizagem,   no   sentido   de   vislumbrar   uma   educação   de   qualidade   a   todos  

integrantes  da  sociedade    na  perspectiva  do  exercício  de  cidadania  plena.  

 

1. Redes  Sociais  e  Educação.            A   incorporação  das  TDIC   tem  propiciado   transformações   incomensuráveis  à  

prática   docente,   podendo   contribuir   para   o   quadro   de   um   ensino   inovador   com   a  

variedade   de   recursos   tecnológicos   disponíveis,   favorecendo   o   desenvolvimento   de  

competências  discentes,  a  capacidade  de  agregar  e  enriquecer  valores  intelectuais,  e  a  

criação   de   oportunidades   para   a   construção   de   novos   conhecimentos   no   processo  

educacional.  

Gardner   (2000)   afirma   a   existência   de  múltiplas   inteligências   humanas,   cujas  

competências  e  habilidades  de  aprendizagem  se  revelam  de  forma  distinta,  nas  áreas  

do  conhecimento,  exigindo  da  escola  diversificar  sua  atuação,  não  apenas  priorizando  

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as  áreas  da  linguagem  ou  do  conhecimento  lógico-­‐matemático,  mas  uma  abertura  para  

as  discussões  que  estimulem  esta  diversidade  de  inteligências.  

Por  sua  vez,  verifica-­‐se  que  cada  vez  mais  os  aplicativos  tecnológicos  invadem  o  

cotidiano  de  alunos  nascidos  nesta  geração  de  nativos  digitais,  que  vivem  navegando  

nas   redes   sociais   e   virtuais,   os   quais   conhecem  e   dominam   com  maior   facilidade   os  

dispositivos  móveis,  assim  como  demonstram  extensiva  habilidade  a  estas   inovações  

presentes  no  universo  digital.  

No  final  do  século  XX,  surgiram  os  conceitos  de  ciberespaço  e  de  cibercultura.  

Entende-­‐se   por   ciberespaço  o   novo  meio   da   intercomunicação  dos   computadores   e,  

por  cibercultura,  um  conjunto  de  práticas,  atitudes  e  modos  de  pensamentos  que  se  

desenvolvem  juntamente  com  o  ciberespaço.  Lévy  (1998,  p.  92),  define  o  ciberespaço  

como  “o  espaço  de  comunicação  aberto  pela  interconexão  mundial  dos  computadores  

e  das  memórias  dos  computadores”.      

Ampliando   este   ambiente,   surgem   outros   meios   de   comunicação   eletrônicos  

“na   medida   em   que   transmitem   informações   provenientes   de   fontes   digitais   ou  

destinadas   à   digitalização”,   cujo   formato   digital   é   extremamente   importante,   pois   a  

codificação  digital,  

condiciona   o   caráter   plástico,   fluido,   calculável   com   precisão   e  tratável  em  tempo  real,  hipertextual,  interativo  e,  resumindo,  virtual  da   informação  que  é,  parece-­‐me,  a  marca  distintiva  do  ciberespaço.  Esse  novo  meio   tem  a  vocação  de  colocar  em  sinergia  e   interfacear  todos   os   dispositivos   de   criação   de   informação,   de   gravação,   de  comunicação  e  de  simulação  (LÈVY,  1998,  p.  92-­‐93).  

 Concomitantes  à  exponencial  expansão,  no  final  do  século  passado,  nasceram  

mecanismos   de   interfaces   que   deram   origem   à   criação   de   um   novo   paradigma   em  

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torno   da   informação   para   geração   de   conhecimentos   e   de   dispositivos   para   seu  

processamento,   resultando   no   desenvolvimento   de   domínios,   cuja   configuração   é  

denominada  rede.  Por  rede,  entende-­‐se  a  soma  das  estruturas  físicas  (equipamentos)  

e   lógicas   (programas,  protocolos)  que  permitem  dois  ou  mais   computadores  possam  

compartilhar   informações   entre   si.   Esse   compartilhar   de   informações  ocorre  quando  

um  computador  estiver  conectado  a  uma  rede  de  computadores.  

É  oportuno  mencionar  que  seu  surgimento  foi  decorrente  de  uma  inteligência  

coletiva   criada   no   ciberespaço   pelo   uso   das   tecnologias   da   informação   e   da  

comunicação  que  ampliam  o  sentido  original  de  tempo  e  de  espaço  incidindo  na  vida  

social   com   promoção   de   uma   descentralização   na   produção   e   distribuição   do  

conhecimento.   Os   espaços   virtuais   ficam   mais   sofisticados,   expandindo   a  

interatividade  e  a  flexibilidade  de  tempo  e  de  espaço  a  todos  os  usuários  no  processo  

educativo.  

Rheingold   (1994,   p.   20)   um   dos   pioneiros   a   usar   a   expressão   comunidades  

virtuais   do   ciberespaço,   define   “comunidades   são   agregados   sociais   que   surgem   na  

internet,   quando   uma   quantidade   suficiente   de   gente   leva   adiante   essas   discussões  

públicas   durante   um   tempo   suficiente,   com   suficientes   sentimentos   humanos,   para  

formar  redes  de  relações  pessoais  no  espaço  cibernético”.  

O  surgimento  da  World  Wide  Web,  conhecido  como  Web  ou  WWW,  aconteceu  

no  final  da  década  80.    A  Web  é  palavra  de  origem  inglesa  que  significa  rede  ou  teia,  

podendo   ser   definida   como   espaço   virtual   em   que   o   usuário   pode   acessar   todo  

conteúdo   na   rede.   De   acordo   com   Baranauskas   et   al   (1999),   trata-­‐se   de   uma  

denominação  dada  a  um  sistema  de  hipertexto  usado  para  “navegação”  na   internet,  

cujas  informações  são  ligadas  a  outras  por  meio  de  links,  em  geral  representados  como  

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textos   escritos   em   azul.   Navegar   na   Internet   significa,   portanto,   acessar   novas  

informações  do  hipertexto  subjacente,  por  intermédio  de  seus  links  ou  conexões.    

O   espaço   virtual   da  World  Wide  Web1,   passa   a   conectar   computadores   por  

todo  o  mundo,  cuja  funcionalidade  se  baseia  em  três  padrões:  

 (1)  URL  (Uniform  Resource  Locator),  é  um  sistema  que  se  refere  ao  endereço  único  de  rede  no  qual  se  localiza  qualquer  recurso  informático;    

(2)  HTTP  (Hypertext Transfer Protocol) trata-­‐se  de  um  protocolo  de  transferência  de  Hipertexto  que  estabelece  comunicação  entre  o  navegador  e  o  servidor;  

(3)  HTML   (HyperText Markup Language)   consiste   numa   linguagem  de  marcação  

de  hipertexto  utilizada  para  construção  de  páginas  na  Web.  

Com   o   crescimento   célere   das   tecnologias,   os   desenvolvedores   desta  

inteligência   coletiva   potencializam   modificações   na   forma   de   armazenamento   de  

dados,  mas  relacionadas  ao  compartilhamento  das  publicações  e  respectiva  circulação  

das   informações   no   universo   digital,   não   apenas   nos   aspectos   tecnológicos   e   de  

conteúdos,  entrando  em  cena  as  interações  sociais  numa  cultura  de  contribuição  que  

coloca  usuário  no  controle  das  comunidades  virtuais.      

A   filosofia   da   Web   2   prioriza   a   promoção   do   conhecimento   coletivo   com  

aumento  da   interação  conteúdo-­‐usuário,  a  qual  pode  propiciar  um  ambiente  social  e  

acessível  a  todos  os  usuários,  isto  é,  “um  espaço  onde  cada  um  seleciona  e  controla  a  

informação  de  acordo  com  as  suas  necessidades  e   interesses,  além  de  uma  natureza  

de  compartilhamento,  coautoria  e  interatividade”  (Leite,  2015.  P.  51).                                                                                                                            1  O  termo  World  Wide  Web  (WWW)  foi  criado  em  1989  por  Timothy  John  Berners-­‐Lee,  físico  britânico,  cientista   da   computação  e   professor   do   Instituto   de   Tecnologia   de  Massachusetts  (MIT).   Com   apoio  de  Robert  Cailliau  e  um   jovem  estudante  do  CERN  programaram  a  primeira  comunicação  com  sucesso  entre  um  cliente  HTTP  e  o  servidor  através  da  internet.    

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Coutinho   e   Júnior   (2007)   apontam   a   existência   de   distintas   características   na  

apresentação  destas  tecnologias,  conforme  Quadro  1  contendo  as  diferenças.  

Quadro  1:  Diferenças  entre  Web  1.0  e  web  2.0  Web  1.0   Web  2.0  

Utilizador  é  consumidor  da  informação  

Dificuldades   inerentes   à   programação   e   a  aquisição  de  software  específico  para  criação  de  páginas  da  web  

Para   ter   um  espaço   na   rede,   na  maioria   dos  servidores,  é  preciso  pagar  

Menor   número   de   ferramentas   e  possibilidades  

Utilizador   é   consumidor   e   produtor   da  informação  

Facilidade   de   criação   e   edição   de   páginas  online  

O   utilizador   tem   vários   servidores   para  disponibilizar  suas  páginas  de  forma  gratuita  

Número   de   ferramentas   e   possibilidades  ilimitadas  

Fonte:  LEITE,  B.  S..  Tecnologias  no  ensino  de  Química:  teoria  e  prática  na  formação  docente.  1.  ed.  Curitiba:  Appris,  2015.  365p      

A  Web   2.0   passa   a   ser   designada   como   segunda   geração   de   comunidades   e  

serviços   que   potencializam   processos   comunicativos,   permitindo   a   livre   criação   e  

organização   das   informações   com   a   mediação   do   computador.     De   Clercq   (2009)  

define  a  Web  2.0  e  sua  aplicação  na  área  educativa  como:  

A  Web  2.o  é  uma  nova  geração  de  serviços  e  aplicações  da  Web  na  rede  que   facilitam  a  publicação,  o  compartilhamento  e  a  difusão  de  conteúdos   digitais,   que   fomentam   a   colaboração   e   a   interação   na  rede   e   que   oferecem   uns   instrumentos   que   facilitam   a   busca   e   a  organização  na  rede  (DE  CLERCQ,  2009,  p.  31).    

Neste  cenário,  nasce  a  rede  Facebook  com  origem  vinculada  ao  surgimento  do  

Facemash,  um  sistema  criado  em  outubro  de  2003  por  Mark  Zuckerberg,  estudante  da  

Universidade  de  Harvard,  e  por  seus  colegas  Andrew  McCollum,  Chris  Hughes  e  Dustin  

Moskovitz.   A   rede   social   TheFacebook   foi   criada,   em   fevereiro   de   2004,   pelo  

americano  Mark  Zuckerberg,  a  qual  permitia  aos  estudantes  da  Universidade  Harvard  

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usar   a   internet   da   instituição   para   que   criassem   perfis   básicos   com   informações  

pessoais   e   fotos,   estabelecer   relacionamentos,   promover   discussões   pautadas   em  

políticas,  conforme  Figura  01  mostrando  Layout  inicial  da  página.    

Figura  1:  Layout  inicial  da  rede  TheFacebook        

                                                                                                                                                                                 

 

 

 

 

 

 

 

Em  2012,   este  espaço   virtual   atingiu   a  marca  de  um  de  bilhão  de  acessos  no  

âmbito  mundial,  tendo  no  Brasil  a  quantidade  que  ultrapassa  36  milhões  de  usuários,  

sendo   constituída   por   pessoas   físicas   e   jurídicas,   tais   como:   empresas   comerciais,  

prestação  de  serviços,  instituições  de  ensino  dentre  outras.    

As   redes   sociais   são   ciberespaços   que   fornecem   uma   nova   forma   de  

organização   da   sociedade,   podendo   contribuir   de   forma   significativa   nos   múltiplos  

processos  cognitivos  à  aquisição  de  aprendizagem  capaz  de  promover  a  comunicação  

de   ideias,   compartilhamento   de   conteúdos,   auxiliando   os   alunos   a   explicitarem   suas  

Fonte:  Reportagem  do  portal  Terra  “  Facebook  completa  10  anos:  conheça  a  história  da  rede  social”  (https://www.terra.com.br/)  

 

 

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dúvidas   e   reflexões   assincronamente   a   qualquer   momento   sem   a   necessidade   de  

encontros  presenciais.    De  acordo  com  Leite  (2015):  

Com   acesso   a   comunidades   de   pesquisa   on-­‐line,   os   alunos   são  capazes  de  ganhar  um  sentido  mais  profundo  de  uma  disciplina  como  uma   “cultura”   especial   moldada   por   formas   específicas   de   ver   e  interpretar  o  mundo.  Aprender  torna-­‐se  tanto  social  como  cognitivo,  tanto   concreto   quanto   abstrato,   e   torna-­‐se   interligadas   com   o  julgamento  e  exploração,  assim  como  é  em  um  ambiente  de  trabalho  real  (LEITE,  2015,  p.134).  

 Para  este  autor,  a   interação  nesta  rede  Facebook  surge  essencialmente  pelos  

compartilhamentos,   pelos   comentários,   pela   participação   em  grupos   ou   pelo   uso   de  

aplicações   e   jogos   usados   de   forma   intensiva   entre   estudantes,   o   qual   pontua  

pressupostos  desse  espaço  virtual  no  ensino:  

§ Colabora  para  coesão  de  grupos  de  trabalhos;  § Incentiva   a   melhoria   da   aprendizagem   por   propiciar   o   pensamento   critico   e  

reflexivo;  

§  Contribui   para   aumentar   a   participação   e   o   engajamento   dos   alunos   com   os  

conteúdos  estudados;  §  Favorece  a  integração,  a  colaboração,  a  interação  e  a  participação  de  todos      os  atores  sociais  no  sistema  didático;  

§  Promove   uma   comunicação   entre   docente   e   estudantes,   facilitando   processo   de  

aprendizagem  pela  flexibilidade  de  tempo  e  espaço,  dentre  outros.  

       A  noção  de  aprendizagem  colaborativa  num  ambiente  educacional  é  resultante  

de   um   processo   de   interação   entre   grupos,   cuja   aquisição   de   conhecimentos,  

habilidades   ou   atitudes   podem   emergir   das   experiências   individuais   que   são  

compartilhadas   pelas   informações   transmitidas,   de   modo   que   sejam   interpretadas  

pelos  participantes  envolvidos  na  ação  didática.  

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A   aprendizagem   colaborativa   emerge  de  uma   ação  didática,   cujo   trabalho  do  

professor  é  delineado  com  os  alunos  e  não  sobre  eles,   lembrando  que  os  educandos  

assumem   crescente   responsabilidade   de   sujeitos   da   construção   ou   reconstrução   de  

conhecimentos   neste   processo   contínuo   de   aprendizagem.   De   acordo   com   Freire  

(2002,  p.12),  "ensinar  não  é  transferir  conhecimentos,  mas  criar  as  possibilidades  para  

sua  produção  ou  a  sua  construção".    

A  interação  social  em  ambientes  virtuais  mediada  pela  tecnologia,  com  ênfase  

no   trabalho   colaborativo,   torna-­‐se   um   dos   eixos   norteadores   no   processo   da  

aprendizagem   do   aluno   em   situações   de   ensino,   que   convém   refletir,   procurar  

respostas,   formular   soluções   relativas   à   construção   de   uma   práxis   pedagógica  

significativa.  De  acordo  com  Cavalcanti  (2014):  

As   ferramentas   comunicacionais  de  um  ambiente  virtual  promovem  processos   de   dialogicidade   desencadeado   pela   proposição   de  atividades  de  estudos  elaboradas  pelo  professor,  buscando  envolver  o   discente   na   busca   de   estratégias   sobre   a   aprendizagem   dos  conhecimentos   teóricos,   o   domínio   e   a   construção   do   objeto   de  estudo  (CAVALCANTI,  2014,  p.170).    

Valente  (2009)  afirma  que  na  interação  com  pessoas  sempre  há  possibilidades  

de  uma  alteração  comportamental  em  função  da  forma  que  se  efetiva  a  interpretação  

desta  informação  pelo  outro,  destacando  que  o  conceito  de  zona  de  desenvolvimento  

proximal   (ZDP),   de   Vygostky,   auxilia   no   entendimento   do   processo   de   efetividade  

educacional   desta   interação  entre  pessoas   e  na  diferenciação  entre  um  dado  e  uma  

informação.  

Neste   modelo   didático,   percebem-­‐se   mudanças   de   foco   na   abordagem   dos  

conteúdos  com  a  possibilidade  de  “se  desenvolver  aprendizagens  numa  comunicação  

interativa  e  colaborativa.  Esta  condução  diferenciada  enfatiza  uma  postura  mais  ativa  

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e  autônoma  dos  alunos,  não  exercendo  mais  o  papel  passivo  e  de  mero  expectador  no  

processo  educativo”  (CAVALCANTI,  2014,  p.165).  

 

2. Delineamento  do  estudo    

 A  dinâmica  deste  trabalho  constitui-­‐se  num  recorte  de  uma  pesquisa-­‐ação  que  

está   sendo   desenvolvida   na   Iniciação   Científica   com   discentes   de   Cursos   Técnicos  

integrados  ao  Ensino  Médio,  oferecidos  pelo  Instituto  Federal  de  Educação,  Ciência  e  

Tecnologia   de   Pernambuco   –   IFPE/Campus   Recife,   e   licenciandos   do   Curso   de  

Expressão  Gráfica  da  UFPE  (2017.1),  na  rede  social  Facebook  “Matemática  é  Linda”.  O  

objetivo   deste   estudo   é   analisar   a   contribuição   da   ferramenta   Facebook   como   um  

espaço   de   aprendizagem   digital   que   propicie   instigar   e   suscitar   a   concretização   de  

transformações   significativas   nos   processos   educacionais   em   função   da   célere  

evolução  das  tecnologias.    

Este   estudo   preliminar   está   sendo   alicerçado   nas   teorias   da   formação   inicial  

docente,  nas  pesquisas  desenvolvidas  por  Almeida   (2000),   Prado   (2003)  e  Cavalcanti  

(2014)   que   realizaram   análise-­‐interpretativa   dos   registros   textuais   abrangendo   as  

ações   de   formação   inicial   e   continuada   de   professores   nos   ambientes   virtuais   do  

TelEduc  e  plataforma  Moodle,  se  destacando  os  três  eixos  temáticos:  

§ Recursos  tecnológicos  na  prática  docente  (RT);  

§ Interação  no  processo  educativo  (IP);  

§ Aprendizagem  matemática  mediada  pela  tecnologia  (AM).  

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               Convém   salientar   que   para   efeitos   deste   estudo   será   apresentada   uma   análise  

interpretativa  dos  extratos  textuais  presentes  na  interface  Facebook.  

 

3.  Análise  do  Estudo  

               Nesse   sentido,   fez-­‐se   um   recorte   deste   estudo   nesta   interface   de   edição  

colaborativa   que   envolveu   13   tópicos   dos   conteúdos   matemáticos   abordados   na  

página  do  Facebook  “Matemática  é  Linda”  e  que  geraram  93  postagens  e  95  registros  

textuais  das  reflexões  concernentes  dos  recursos  tecnológicos  de  vídeos  e  ilustrações  

nos  momentos  de  aprendizagem  conforme  gráfico  1,  mostrando  o  mapeamento  dos  

conteúdos  das  disciplinas  Matemática   III   e  Matemática   IV,  nas   turmas  de  Eletrônica,  

Eletrotécnica  de  2017.1  e  2017.2.  

 

Gráfico  1:  Mapeamento  dos  conteúdos  matemáticos  no  Facebook  “Matemática  é  Linda”  

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Com   relação   aos   conteúdos   abordados   neste   ambiente   virtual,   os   dados  mostram   que   os   conteúdos   da   área   de   Geometria   correspondem   a   76,3%   das  postagens   inseridas   nesta   rede,   estando   compatível   com   o   assunto   abordado   deste  componente   curricular   da   formação   geral   no   processo   de   construção   de   novos  aprendizados.  

3.1.  Os  recursos  tecnológicos  postados  na  interface  do  Facebook    

Nesta   interface,   foram   disponibilizadas   postagens   com   textos   e   ilustrações,  

vídeos,  aplicativos  de  animação  (GIFs)  que  fomentaram  as  discussões  na  mediação  do  

processo   de   aprendizagem,   objetivando   a   interação   de   conteúdos   matemáticos   e  

material   didático   para   socialização   e   difusão   do   conhecimento,   conforme   Quadro   2  

contendo  número  de  participação  e  comentários  desses  aplicativos  tecnológicos.  

                                             

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Quadro  2:  Recursos  tecnológicos  utilizados  no  grupo  

 

 

Os   recursos   dos   vídeos   conseguem   mesclar   conteúdo,   áudio   e   imagem   em  

situações  de  ensino,  tornando-­‐se  grandes  aliados  no  processo  educativo  por  favorecer  

formas  de  sensibilização  constituídas  de  linguagens  que  se  interagem    e  promovem  a  

motivação  e  a  participação  mais  efetiva  dos  alunos,  visando  aprofundar  discussões  no  

grupo   de   estudo   frente   à   abordagem   de   temas   específicos   condizentes   com   os  

objetivos  que  se  espera  atingir  nas  unidades  didáticas.    

Observa-­‐se   que   os   13   vídeos   publicados   apresentaram   253   reações   com  

emocion   “Curtir”,   gerando   um   total   de   95   registros   textuais   neste   espaço   virtual,  

Fonte:  Dados  coletados  no  grupo  do    Facebook  “Matemática  é  lInda”,    em  setembro  de  2017  

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equivalente  a  um  percentual  de  37,5  %  desses  participantes”.  A  utilização  de  vídeos,  

arquivos  de  animação  e  gravações  nas  publicações  do  grupo  de  estudo  “Matemática  é  

Linda”   dão   indícios   de   que   esta   interface   auxilia   nas   abordagens   diferenciadas   de  

conteúdos,   permitindo   explorar   situações   de   ensino   na   busca   de   relações,  

propriedades  e  regularidades  processo  de  aprender  a  aprender  como  mostra  Figura  2  

contendo  o  vídeo  sobre  o  número  de  ouro.  

Figura  2:  Ilustração  de  cena  do  vídeo  “  Os  números  refletem  a  perfeição  da  vida”    

 

 

 

 

 

 

Foto:  Facebook  “Matemática  é  lInda”,  em  setembro  de  2017  

Esta   imagem   do   vídeo   traz   a   espiral   áurea   e   sua   relação   na   construção   do  

retângulo   áureo.     Nessa   abordagem   didática   do   número   áureo,   percebe-­‐se   que,  

quando  um  conceito  é  apresentado  atrelado  a  uma  imagem,  desperta  o   interesse  no  

educando   para   entendimento   de   processos   implícitos   na   construção   deste   conceito  

matemático  que  envolveu  as  representações  algébricas  e  geométricas.  

No   tocante   a   especificidade   desses   conteúdos   postados,   eles   exploraram  

propriedades   matemáticas,   aspectos   históricos   relacionados   ao   contexto   de   origem  

 

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dos  conhecimentos,  suas  aplicações  nas  abordagens  didáticas  de  modo  mais  simples  à  

compreensão   de   fatos   complexos   nos   conteúdos   específicos   neste   campo   do  

conhecimento.  

De  fato,  observa-­‐se  que  esse  recurso  tecnológico  promove  a  interação  entre  o  

aluno   e   o   conhecimento  matemático,   pois   as   imagens   complementam   a   informação  

escrita.   O   recurso   do   vídeo   pode   ser   expresso   pela   equação:                                                                                                                        

Vídeo  =  Imagem  +  Áudio  +  Conteúdo.  

Os  registros  textuais  dos  alunos  nos  comentários  1  e  2  revelam  a   importância  

de  processos  de  dialogicidade  entre  os  professores  e  estudantes  nesta  ação  didática,  

pois   suscitaram   reflexões   compartilhadas   na   dimensão   individual   e   na   coletiva,  

favorecendo   o   desenvolvimento   de   novas   competências   a   construção   de   novos  

conhecimentos.  

 

 

 

 

                         Com   intuito   de   verificar   a   eficácia   desse   espaço   virtual   como   ferramenta  

didática   para   auxiliar   e   explorar   processos   de   ensino   e   aprendizagem   de   conteúdos  

matemáticos,   foi   inserida   nesse   grupo   uma   enquete   constituída   por   9   (nove)  

perguntas,   da   qual   mostraremos   o   gráfico   2,   contendo   a   síntese   das   respostas   da  

oitava  questão.    

 

Aluno  1:    Achei  muito   interessante  o  número  áureo  e  a   sequência    de    Fibonacci  por  sua   importância   tanto   nas   obras  de  arte   daquela   época,   quanto   pro   avanço   que  Fibonacci   com   suas  descobertas   trouxe  pra  as   ciências  exatas   daquele   tempo  e  que  podem  ser  usados  ainda  hj  !!!  Achei  incrível  !!!    

Aluno   2:     Incrível   como   o  número  áureo   está   em   tudo.   Após   ver   o   vídeo,   dei   uma  pesquisada  melhor  e  vi  que  ate  grandes  pintores  (Leonardo  da  Vinci)  usou  proporções  áureas.  Impressionante!  

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Gráfico  2:  Síntese  das  respostas  da  oitava  questão  no  grupo  “Matemática  é  lInda”  

Referente   ao   processo   de   ensino   e   aprendizagem,   a   interface   do   Facebook  

possibilitou  a  aplicação  de  dispositivos  tecnológicos  didáticos  e  de  métodos  favoráveis  

à  diversificação  de  formas  de  ensinar  e  aprender,  a  interação  entre  os  pares,  a  troca  de  

ideias   com   compartilhamentos   da   explicitação   de   estratégias   e   argumentos   que  

justifiquem  o  raciocínio  das  atividades  propostas.  Comprovando  que  esta  ferramenta  

pode   desencadear   avanços   cognitivos   à   compreensão   dos   conteúdos   tratados   de  

geometria   espacial,   geometria   plana,   geometria   analítica     vislumbrando   a    

consolidação  dos  conceitos  matemáticos  na  formação  geral  do  Ensino  Médio.    

 

4.  Considerações  Finais    

Por  conseguinte,  embora  sejam  observáveis  os  resultados  positivos  do  processo  

ensino   aprendizagem   facultados   pelo   grupo   “A  Matemática   é   Linda”,   criado  na   rede  

 

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social   Facebook   como   ferramenta   tecnológica   de   alcance   popular   e   mundial,   ainda  

existe   o   preconceito   de   profissionais   docentes   frente   ao   potencial   pedagógico   dessa  

ferramenta  computacional.    

Cumpre  aos  educadores  e  educadoras  refletirem  sobre  as  mudanças  de  ordem  

cultural,   social,   axiológica   e   outras  mais   que   ampliam   os  meios   para   construção   de  

conhecimentos   sistemáticos   anteriormente   ensinados   tão   somente   nos   espaços  

escolares,   bem   como   considerar   e,   até   certo   ponto,   tentar   atualizar-­‐se   frente   às  

mudanças  significativas  proporcionadas  pelas  mídias  digitais.  Certamente  essas  mídias  

são   capazes   de   tornar   o   processo   ensino-­‐aprendizagem   ainda   mais   dinâmico   e  

prazeroso,   além   de   favorecer   a   socialização   das   estratégias   pedagógicas   para   uma  

melhor  qualidade  da  prática  docente.    

O  professor  que  se  reconhece  como  protagonista  de  sua  prática  e  usa  as   TDIC   de  modo   crítico   e   criativo,   voltando-­‐se   para   aprendizagem  significativa   do   aluno,   coloca-­‐se   em   sintonia   com   as   linguagens   e  símbolos  que  fazem  parte  do  mundo  do  aluno,  respeita  seu  processo  de   aprendizagem   e   procura   compreender   seu   universo   de  conhecimentos  por  meio  de  representações  que  os  alunos  fazem  em  um  suporte  tecnológico  (ALMEIDA;  VALENTE,  2011,  p.33).  

Neste  contexto,  a  rede  Facebook  ainda  configura-­‐se  num  desafio  no  âmbito  da  

formação  docente  continuada  para  ampliação  da  sua  utilização  enquanto  instrumento  

didático  a  mais  para  reinvenção  e  ampliação  dos  processos  ensino  aprendizagem,  de  

modo  a   transcender  os   limites   da   sala   de   aula   e   as   fronteiras   do  espaço  escolar   em  

favor  da  (re)  construção  de  conhecimentos.      

     

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Referências  Bibliográficas    

ALMEIDA,   M.   E.   B.   O   computador   na   escola:   contextualizando   a   formação   de  professores.  Tese   (Doutorado  em  Educação)   -­‐  Pontifícia  Universidade  Católica  de  São  Paulo,  São  Paulo,  2000.  

ALMEIDA,  M.  B.  E.;  VALENTE,  J.  A.  Tecnologias  e  currículo:  trajetórias  convergentes  ou  divergentes?  São  Paulo:  Paulus.  2011.  

BRASIL,  Parâmetros  Curriculares  Nacionais.  Brasília:  MEC.  SECRETARIA  DA  EDUCAÇÃO  FUNDAMENTAL,  1997.  

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