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SUMÁRIO

1. CONCEITOS BÁSICOS ........................................................................................... 4

1.1. Sistema ............................................................................................................................................... 4

1.2. Sistemas de Informação ..................................................................................................................... 4

1.3. Características das Informações ........................................................................................................ 5

1.4. Componentes Básicos dos Sistemas de Informação .......................................................................... 5

1.4.1. Hardware [hardware = hard (duro) + ware (mercadoria)] ......................................................... 5

1.4.2. Software [software = soft (mole) + ware (mercadoria)] ............................................................ 6

1.4.3. Peopleware ................................................................................................................................. 6

1.4.4. Outros Componentes dos Sistemas de Informação ................................................................... 6

2. ÉTICA NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ........................................................ 7

2.1. Ética Profissional ............................................................................................................................... 7

2.2. Ética Profissional na área de Computação ......................................................................................... 7

3. PROFISSIONAIS DE TI E SEUS RELACIONAMENTOS ................................... 8

4. EMPRESA .................................................................................................................. 9

4.1. A Empresa é um sistema.................................................................................................................... 9

4.2. Integração de Sistemas ...................................................................................................................... 9

4.3. O sistema empresa e seus subsistemas .............................................................................................. 9

4.4. Processos Gerenciais e os Sistemas ................................................................................................. 10

4.5. Esquema do sistema empresa .......................................................................................................... 10

4.6. Políticas e suas implicações nos sistemas ........................................................................................ 11

5. SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE TRANSAÇÕES - SPT ........................ 12

5.1. Introdução ........................................................................................................................................ 12

5.2. Exemplo ........................................................................................................................................... 13

6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL – SIG ......................................... 14

7. SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO .................................................................... 15

7.1. Conceituação.................................................................................................................................... 15

7.2. Características .................................................................................................................................. 15

7.3. Motivação para Uso ......................................................................................................................... 16

7.4. Tendências no Uso de SAD ............................................................................................................. 16

7.5. Conclusões ....................................................................................................................................... 17

8. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA EXECUTIVOS ...................................... 18

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9. SISTEMAS ESPECIALISTAS ............................................................................... 19

9.1. Introdução ........................................................................................................................................ 19

9.2. Balanço ............................................................................................................................................ 19

9.2.1. Benefícios do S.E..................................................................................................................... 19

9.2.2. Problemas e Limitações ........................................................................................................... 19

9.2.3. Aplicações................................................................................................................................ 19

10. ENTERPRISE RESOURSE PLANNING (ERP) ................................................... 20

11. CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM) .................................. 22

11.1. De volta às origens – Marketing 1 to 1 ............................................................................................ 22

11.2. A volta às origens do antigo comércio ............................................................................................ 22

11.3. Como diferenciar no mercado de massas ........................................................................................ 23

11.3.1. Diferenciando os serviços ... .................................................................................................... 23

11.3.2. Diferenciando o produto ... ...................................................................................................... 23

11.4. Como competir por Customer Share ............................................................................................... 23

11.5. Concorrência e fidelização de clientes ............................................................................................ 23

11.6. Fidelização dos clientes certos ......................................................................................................... 23

11.7. Estratégias implementação para Marketing 1 to 1 ........................................................................... 24

11.8. Tecnologias para implementação do CRM ...................................................................................... 24

12. INTERNET x INTRANET x EXTRANET ............................................................ 26

12.1. Internet ............................................................................................................................................. 26

12.1.1. Ética na Internet ....................................................................................................................... 26

12.1.2. Crimes na Internet.................................................................................................................... 27

12.1.3. Aspecto profissional ................................................................................................................ 27

12.2. Intranet ............................................................................................................................................. 28

12.3. Extranet ............................................................................................................................................ 28

12.3.1. Site privado .............................................................................................................................. 28

12.3.2. Empresa estendida ................................................................................................................... 28

13. COMÉRCIO ELETRÔNICO ................................................................................. 29

13.1. Impacto da internet nos modelos de negócios ................................................................................. 29

13.2. Modelos de negócio internet ............................................................................................................ 29

13.3. Formas de comercialização pela internet ......................................................................................... 29

13.3.1. Loja Virtual .............................................................................................................................. 29

13.3.2. Marketplace ............................................................................................................................. 29

13.3.3. Leilão ....................................................................................................................................... 29

13.3.4. Leilão reverso .......................................................................................................................... 30

13.3.5. On-line Exchange .................................................................................................................... 30

13.4. Classificação do Comércio Eletrônico conforme partes envolvidas ............................................... 32

13.4.1. Business to Business (B2B) ..................................................................................................... 32

13.4.2. Business to Consumer (B2C)................................................................................................... 32

13.5. Benefícios do Comércio Eletrônico ................................................................................................. 33

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14. ELETRONIC DATA INTERCHANGE (EDI)....................................................... 34

14.1. Benefícios do uso do EDI ................................................................................................................ 34

14.2. Problemas para a implementação de EDI ........................................................................................ 34

14.3. Entidades Beneficiadas .................................................................................................................... 34

15. BUSINESS INTELLIGENCE (BI) ......................................................................... 35

15.1. Aplicativos Operacionais x BI ......................................................................................................... 35

15.2. Ferramentas e Técnicas de BI .......................................................................................................... 35

15.3. Benefícios do BI .............................................................................................................................. 36

16. PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA (PDI) .................................................... 37

16.1. 1ª FASE: Levantamento de Dados .................................................................................................. 37

16.2. 2ª FASE: Avaliação de Recursos ..................................................................................................... 37

16.2.1. Definição de Software ............................................................................................................. 38

16.2.2. Definição de Banco de Dados .................................................................................................. 38

16.2.3. Definição de Rede .................................................................................................................... 38

16.2.4. Definição de Hardware ............................................................................................................ 39

16.3. 3ª FASE: Treinamento de Pessoal ................................................................................................... 39

16.3.1. Definição de Recursos Humanos ............................................................................................. 39

16.3.2. Definição de necessidades de treinamento .............................................................................. 39

16.4. 4ª FASE: Implementação e Manutenção ......................................................................................... 39

16.4.1. Estratégia de Implementação ................................................................................................... 39

16.4.2. Definição de Estrutura e Apoio ............................................................................................... 40

16.4.3. Elaboração do Cronograma Físico Financeiro ........................................................................ 40

16.5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 40

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1. CONCEITOS BÁSICOS

1.1. Sistema Ao elaborarmos uma lista dos sistemas que conhecemos, encontramos exemplos extremamente variados, tais

como sistemas mecânicos, sistemas políticos, sistemas de transportes, sistemas de processamento de dados,

sistemas educacionais, etc.

Um sistema é sempre um conjunto de elementos que poderá ser de natureza totalmente distinta. Podem ser

identificados elementos materiais, tais como carros e elementos não materiais, tais como idéias.

Outro fato importante é que estes conjuntos de elementos não são formados ao acaso, ou seja, não são um

simples amontoado de elementos, mas sim um conjunto organizado, onde encontramos relações bem

definidas entre os mesmos.

Como terceiro ponto de observação podemos ver que estes conjuntos de elementos não são estáticos, ou seja,

existe movimento dos elementos e muitas vezes até mesmo suas relações são dinâmicas.

Não faria sentido, no entanto, reunirmos um conjunto de elementos de forma organizada, para operar sem

um objetivo definido. Portanto, há sempre um objetivo específico a ser alcançado através do funcionamento

do sistema.

Sistema é um conjunto de elementos de qualquer natureza reunidos, de forma organizada, operando para

atingir objetivos específicos.

Tipos Comuns de Sistemas:

- Sistemas Naturais

- Sistemas Físicos → Ex. Sistemas Solares, Sistemas Moleculares, Sistemas Geológicos

- Sistemas Vivos → Ex. Sistema Reprodutor, Sistema Injestor, Sistema Produtor

- Sistemas Feitos pelo Homem

Construídos, organizados e mantidos pelo homem.

Ex. Sistemas Sociais, Sistemas de Transportes, Sistemas de Comunicações, Sistemas Financeiros

- Sistemas Automatizados

São aqueles feitos pelo homem, que interagem com, ou são controlados por um ou mais

computadores. Componentes comuns deste tipo de sistema: Hardware, Software, Pessoas, Dados,

Procedimentos

1.2. Sistemas de Informação Os sistemas com os quais iremos trabalhar têm como objetivo básico a geração de informações.

Precisamos aqui formalizar mais alguns conceitos:

DADO é um fato isolado, não utilizado como conhecimento.

INFORMAÇÃO é um dado, ou conjunto de dados organizados, utilizado como conhecimento.

PROCESSAMENTO DE DADOS é a operação, ou conjunto de operações, que transforma dados em

informações.

Vemos, pois que há uma diferença fundamental entre DADOS e INFORMAÇÃO, que é o conhecimento que

o último encerra.

No processo de tomada de decisão é vital a disponibilidade de informações. Quando tomamos uma decisão e

não contamos com todas as informações necessárias, estamos assumindo um risco, diretamente proporcional

à importância das informações não disponíveis. É claro também que informações erradas podem levar a

decisões desastrosas.

Outros aspectos ainda devem ser levados em consideração, ou seja, se uma determinada pessoa deve tomar

uma decisão, esta pessoa e não outra deve ter as informações necessárias, no instante em que a decisão tiver

que ser tomada adequada à sua compreensão e necessidades.

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Sistemas de Informação à administração são sistemas para coleta, armazenamento, recuperação e

processamento de informações que são usados, ou desejados, por um ou mais administradores no

desempenho de seus deveres.

A principal função do sistema de informação é transformar dados em informações, através da associação de

equipamentos, programas, pessoal, arquivos e procedimentos.

Sistema de Informações é todo sistema que tem como objetivo gerar informações necessárias, corretas,

no lugar certo, na hora certa e de forma adequada, auxiliando no processo administrativo, provendo

informações, seja no nível operacional ou para planejamento e controle, com a ajuda do processamento

eletrônico.

1.3. Características das Informações A informação exerce um papel fundamental na administração empresarial. Portanto, para disponibilizá-la de

forma clara e utilizável para o processo decisório da empresa, torna-se necessário recorrer a uma ferramenta

fundamental: os sistemas de informação.

As principais preocupações que o analista de sistemas deve ter quanto às informações são:

1- A RELAÇÃO Custo X Benefício para se obter uma informação deve ser menor que um.

BENEFÍCIOS: Satisfação, Lucro, Economia, Segurança.

CUSTOS : Dificuldades, Despesas, Problemas, Atritos.

2- OPORTUNIDADE: Comparando-se o custo para obtenção da

informação e o tempo gasto, existe sempre

o ponto ótimo. Quanto menor o tempo,

maior é o custo.

3- CORREÇÃO: Deve-se tomar cuidado com o grau de

Aproximação que a informação deve ser

apresentada ao usuário.

Informação CORRETA contrasta com a EXATIDÃO.

4- EXATIDÃO: Informação do tipo contábil e fiscal.

5- RELEVÂNCIA: É o grau de importância da informação.

6- ADEQUAÇÃO AOS NÍVEIS HIERÁRQUICOS:

Informações para o Nível Operacional devem ser detalhadas.

Informações para o Nível Gerencial devem ser resumidas.

1.4. Componentes Básicos dos Sistemas de Informação

Os componentes básicos de um sistema de informação baseado em computador podem ser divididos em três

categorias: hardware, software11 e peopleware. Podem ser complementados com outros tipos de

componentes.

1.4.1. Hardware [hardware = hard (duro) + ware (mercadoria)]

Todos os equipamentos, máquinas, instalações e materiais em geral (“coisas concretas”), tais como:

computador propriamente dito (unidades de entrada, unidades de saída, gabinete, placa-mãe, processadores,

placas em geral, unidades de armazenamento, meios de armazenamento, etc.), móveis, instalações e

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equipamentos de rede (cabos, “hubs”, “switches”, roteadores, etc.), instalações e equipamentos elétricos

(cabos, transformadores, reguladores de tensão, “no breaks”, filtros de linha, etc.), edifícios, etc.

1.4.2. Software [software = soft (mole) + ware (mercadoria)]

O termo “software” foi criado para, em contraposição ao “hardware” do computador, significar o conjunto

de instruções que fazem o computador funcionar. Em um sentido mais amplo, além dos programas de

computador (sistemas operacionais, aplicativos, utilitários, etc.), usamos o termo como uma “coisa abstrata”

que significa, além do conjunto de instruções (programas em formato de máquina), todo o conhecimento

necessário para que o sistema de informação funcione corretamente: programas em formato fonte, manuais

de instruções (conteúdo), documentação em geral (conteúdo dos documentos), treinamento (conhecimento

advindo do treinamento), dados, fluxo de dados, processos de transformação dos dados fora do computador,

etc.

1.4.3. Peopleware

Todas as pessoas envolvidas com o sistema: usuários (os que digitam dados de entrada, os que recebem

informação, etc.), pessoas que desenvolvem e mantêm os sistemas (analistas de sistemas, programadores,

técnicos de manutenção dos equipamentos, etc.), operadores dos computadores, etc.

1.4.4. Outros Componentes dos Sistemas de Informação

Além desses componentes há outras entidades, tais como clientes, governo, fornecedores, organizações não

governamentais (ONG´s), etc.

Alguns componentes da própria instituição, como sua estrutura organizacional, suas diretrizes e políticas,

seus planos estratégicos, suas normas, sua missão, seus objetivos em geral, seus valores e princípios, etc.

podem ser considerados como componentes do sistema de informação

Como se pode notar, um sistema de informação é algo com certo nível de complexidade, nem sempre

perceptível pelo leigo.

É interessante, também, diferenciar-se "sistema de informação" de "computação pessoal". Nesta, há

envolvimento de apenas uma pessoa, que alimenta o computador com dados, controla o processamento e

utiliza os resultados. Nos sistemas de informação normalmente são muitas e diferentes pessoas para executar

essas tarefas.

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2. ÉTICA NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Para compreender a importância da Ética nos Sistemas de Informação, faz-se necessário recorrer à filosofia

em que pensadores desenvolveram estudos filosóficos sobre a fundamentação da Ética. Na história da

filosofia os conceitos de moral e ética, muitas vezes são usados como sinônimo, porém possuem significados

diferentes.

A etimologia dos termos é semelhante: moral vem do latim mos, moris, que significa maneira de se

comportar regulada pelo uso, daí costume, e de moralis, morale, adjetivo referente ao que é relativo

aos costumes. Ética vem do grego ethos,, que tem o mesmo significado de costume.

A moral é o conjunto das regras de condutas admitidas em determinada época ou por um grupo de

homens.

A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e

princípios que fundamentam a vida moral.

Neste sentido, “a Ética é ciência do comportamento moral dos homens em sociedade”, na medida em que

estuda os valores morais praticados pelo homem ao longo da história da humanidade. É importante perceber

que as concepções éticas são originadas e se desenvolvem em períodos diferentes da história das sociedades,

buscando responder questões básicas das relações humanas.

“Por conseguinte, as doutrinas éticas não podem ser consideradas isoladamente, mas dentro de um

processo de mudança e de sucessão que constitui propriamente a sua história”. Por isso há uma estreita

relação entre ética e historia, tanto com a vida social, quanto com a história de cada concepção de ética

elaborada em cada etapa da história da humanidade.

Portanto, a Ética refere-se a teorização da vida moral de uma sociedade, ou seja, a ética é mais ampla, geral e

procura compreender os fundamentos da moral em cada momento histórico.

2.1. Ética Profissional

Na realidade, percebe-se que, os conceitos éticos surgiram a partir do momento em que o ser humano passou

a viver em sociedade, necessitando aprender comportamentos positivos que possibilitassem uma boa

convivência nos diversos grupos sociais.

Com o desenvolvimento das sociedades “criou-se uma legislação sobre os comportamentos muito negativos,

como roubar, ou matar e estabeleceram-se penas para os transgressores. Essa dimensão legal, refere-se a

teoria da ética aplicada a deontologia “que significa o estudo dos princípios, fundamentos e sistemas de

moral; tratado dos deveres”.

Trata-se de uma ética normativa em que estabelece direitos, deveres e sanções para o conjunto de indivíduos

de uma sociedade, a exemplo da constituição federal, que é a lei magna do nosso país, como também em

uma situação mais específica, presente nos códigos de ética profissionais.

2.2. Ética Profissional na área de Computação

Normalmente o código de ética profissional é acompanhado da lei que regulamenta a profissão. A partir

dessa regulamentação são criadas estruturas sindicais que cuidam das condições de trabalho e política

salarial da categoria, e conselhos regionais e federal que têm como objetivo zelar pelo cumprimento do

código de ética profissional e atuar como órgão fiscalizador, com “o poder de aplicar sanções que, em casos

extremos, podem chegar a proibir o exercício da profissão quando houver violações éticas graves”.

De acordo com Masiero (2004), no Brasil, assim como em outros países, a profissão na área de computação

não é regulamentada, e não existem conselhos regional e federal, nem tampouco um código de ética. Essa

situação não permite que haja órgão fiscalizador, que garanta o bom desempenho do profissional da área de

computação e também não promove uma consciência ética no uso de suas atribuições e condutas

profissionais.

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3. PROFISSIONAIS DE TI E SEUS RELACIONAMENTOS

Durante a fase de desenvolvimento de um sistema participam vários tipos de profissionais.

Os que atuam diretamente no setor da empresa onde o sistema é implantado, que aqui denominaremos de

USUÁRIOS e os profissionais da área de informática que desenvolvem o software.

Podemos encontrar profissionais da área de informática, pertencendo aos mais diversos níveis dentro da

organização, desde os que atuam no nível de Planejamento ou Estratégico, os que atuam no nível Gerencial e

os de nível Operacional.

As denominações e atribuições também variam muito de empresa para empresa e depende muito da função

que desenvolvem e do setor onde atuam.

Podemos encontrar:

Diretor de Tecnologia e Negócios

Diretor de Tecnologia de Informação

Diretor de Informática

Gerente de Tecnologia de Informação

Analista de Sistemas

Analista de Software

Analista de Suporte

Analista de Banco de Dados

Analista de Centro de Informação

Analista de Redes

Analista de Organização & Métodos

Analista de Negócios

WebMaster

Programador

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4. EMPRESA

Quando examinamos uma ORGANIZAÇÃO ou EMPRESA, vamos tratar de um conjunto de recursos

humanos, materiais e financeiros organizados para, através de seu funcionamento, atingir objetivos

específicos.

4.1. A Empresa é um sistema Dentro de uma empresa há necessidade de decisões dos mais variados tipos que podem, no entanto, ser

classificados em três níveis:

O primeiro nível é chamado de PLANEJAMENTO ou ESTRATÉGICO, onde encontramos as decisões que

estabelecem as diretrizes da empresa.

O segundo nível é chamado de CONTROLE ou GERENCIAL, onde encontramos as decisões de controle

das operações da empresa, ou seja, as decisões que mantém a empresa dentro das diretrizes estabelecidas no

nível anterior.

O terceiro nível é chamado de OPERACIONAL, onde encontramos as decisões necessárias às operações da

empresa.

Em cada um destes níveis encontramos um ou mais sistemas, sendo que um determinado sistema em um

nível relaciona-se com outros sistemas do mesmo nível e com sistemas de outros níveis. É claro que um

mesmo sistema pode também atender as necessidades de informações de mais de um nível.

É fácil constatarmos que as necessidades de informações, em cada um dos níveis são diferente dos demais,

levando a sistemas com características bastante diferentes.

4.2. Integração de Sistemas

Vimos anteriormente que um sistema relaciona-se com outros sistemas. Este relacionamento pode se dar

apenas quanto a troca de dados, mas pode também ocorrer, em muitas situações, que operações idênticas

executadas em sistemas distintos sejam partilhadas.

Integração é a otimização do relacionamento entre dois ou mais sistemas de uma empresa, eliminando as

duplicações de operações e/ou informações.

A integração de sistemas pode se dar de duas formas:

INTEGRAÇÃO HORIZONTAL --> Entre sistemas de um mesmo nível.

INTEGRAÇÃO VERTICAL --> Entre sistemas de níveis diferentes.

4.3. O sistema empresa e seus subsistemas

Os componentes de um sistema também podem ser vistos como sistemas e são denominados subsistemas.

Por exemplo, o motor de um automóvel é um subsistema do automóvel. As organizações possuem vários

subsistemas, tais como o subsistema de produção, o de decisão e o de informação.

Uma empresa é um sistema complexo e pode ser enfocado como o conjunto de três subsistemas: o sistema

produtivo, o sistema gerencial e o sistema de informação.

O sistema produtivo corresponde ao setor de produção da organização (em uma fábrica, por exemplo, tem-se

o setor de produção, onde, com a entrada de matéria prima e a utilização de recursos de equipamentos,

tecnologia, pessoas, etc. obtém-se o produto final, lucros, etc.).

O sistema gerencial corresponde ao conjunto de pessoas, instalações, etc. que se dedicam à administração da

organização nos seus diversos níveis decisórios.

O sistema de informação corresponde ao componente da organização que tem o objetivo de fornecer

informações a quem delas necessita, principalmente gerentes (responsáveis pelas decisões), e pessoal

envolvido com o sistema produtivo.

Evidentemente é impossível isolar esses subsistemas um do outro.

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4.4. Processos Gerenciais e os Sistemas

Qualquer empresa ou organização, independente do seu porte, pode ser dividida em quatro grandes funções,

como demonstra a figura a seguir.

As funções representadas na figura são subsistemas de extrema importância para o funcionamento da

empresa. Cada um desses subsistemas congrega níveis de responsabilidade diferentes, mas todos precisam

tanto de uma interação para que a organização funcione quanto de uma ênfase diferente no conceito de

sistemas de informação.

Dificilmente uma empresa possui apenas um sistema de satisfaça a todas as suas atividades, isso se for

atribuído o mesmo grau de importância a todas as atividades. Sendo assim, dentro do sistema de informações

da organização, existe a necessidade da composição de subsistemas especialistas para algumas atividades.

4.5. Esquema do sistema empresa

Segue-se um esquema do sistema empresa mostrando a relação entre os seus subsistemas e o ambiente

externo.

Esquema do sistema empresa e de seus subsistemas

Produção

Recursos

Humanos

Finanças e

Contabilidade

Vendas e

Marketing Produto

Bem ou

Serviço

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4.6. Políticas e suas implicações nos sistemas

Uma organização cria suas políticas de funcionamento desde a sua fundação, e essas políticas definem a

maioria dos procedimentos internos, principalmente nas tarefas operacionais. O grande problema para

algumas organizações é exatamente a dificuldade para se adequar ao dinamismo do ambiente que a envolve.

Esse modelo cria uma organização com uma estrutura engessada (uma empresa com estrutura engessada é

aquele que não possui a mobilidade possível para reagir a mudanças de paradigma, ou seja, possui

resistência a mudanças), tendo em vista que, por problemas de mudança de paradigma, não consegue

acompanhar o mercado, por não executar a mudança para tornar suas políticas mais racionais.

As políticas vigentes na organização definem as crenças e os valores que devem ser respeitados por todos os

seus funcionários. Assim, uma empresa que possui dificuldade de mudanças de políticas pode criar uma

mentalidade tal em seus funcionários que, no momento que desejar mudar, encontrará grande resistência por

parte deles.

É importante definir que o uso da tecnologia da informação não prediz que a empresa irá tornar-se mais

competitiva ou que aumentará seu faturamento ou produtividade. Muitas vezes a mudança de suas políticas é

imprescindível.

No conceito de sistemas de informação, muitas vezes a organização e as pessoas precisam sofrer e aceitar

algumas modificações para que a tecnologia possa funcionar de maneira adequada. Outras vezes a

organização precisa repensar todo o seu planejamento para tirar total proveito do sistema de informações.

Normalmente, a melhor ferramenta para conseguir essas alterações político-estruturais é a reengenharia, que

é mais bem definida como a revisão e o reprojeto radical dos processos empresariais para alcançar melhorias

consideráveis em custo, qualidade, serviços e velocidade.

Essas mudanças na política da empresa para adequação às flutuações do ambiente em que ela atua podem

maximizar o uso dos sistemas de informação.

Por outro lado, talvez os vícios políticos de uma organização possam representar o maior problema na

implantação de um sistema de informações que possas endossar suas tomadas de decisão e aumentar sua

capacidade de resposta ao mercado. O melhor comportamento para uma organização é posicionar-se como

uma empresa maleável que está apta a aceitar mudanças, inclusive na sua política, sempre que necessário.

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5. SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE TRANSAÇÕES - SPT

O SPT é o suporte principal de uma empresa porque ele executa os procedimentos básicos que mantêm a

empresa funcionando. O sistema recebe as entradas relacionadas a uma transação, efetua seu

processamento e produz saídas que possibilitam que a empresa continue funcionando.

5.1. Introdução Responsável pela execução e registro das transações necessárias para conduzir a organização

Dá suporte ao nível operacional da organização

• No nível operacional, as tarefas, recursos e objetivos são pré-definidos a altamente estruturados

• Aspectos importantes

• Os SPT´s definem a fronteira entre a organização e o seu meio ambiente

• Os SPT´s são os maiores produtores de informação para outros de sistemas.

• Requisitos

• Entrada e alimentação de dados

• Processamento e armazenamento

• Geração de documentos e relatórios

• Características

• Grande quantidade de dados de entrada

• Grande quantidade de saída, inclusive arquivos de

dados e documentos

• Necessidade de processamento eficiente para lidar

com grandes quantidades de entradas e saídas

• Capacidades de entrada/saídas rápidas

• Alto grau de repetição no processamento

• Computação simples (maioria das aplicações exige apenas adição, subtração, multiplicação e

divisão)

• Grande necessidade de armazenamento

• Necessidade de edição para assegurar que todos os arquivos estejam precisos e atualizados

• Alto potencial de problemas relacionados com segurançaImpacto do sistema sobre um grande

número de usuários

• Impacto grave e negativo sobre a organização em caso de pane do SPT ou falha de operação

• Atividades comuns

• Coleta de dados – processo de coleta e agrupamento de todos os dados necessários para

completar uma ou mais transações

• Manipulação de dados – processo de execução de cálculos e outras transformações de dados

relacionadas a uma ou mais transações

• Armazenamento de dados – colocação dos dados em um ou mais banco de dados.

• Produção de documentos – saída de registros e relatórios, que podem sair como um relatório

impresso em papel ou exibidos em telas de computador. Ex.: duplicatas (documentos) e

relação de duplicatas (relatório)

• Objetivos comuns

• Processar dados gerados por e sobre transações

• Manter um alto grau de precisão

• Assegurar a integridade dos dados e da informação

• Produzir documentos e relatórios em tempo

• Aumento da eficiência do trabalho

• Ajuda no fornecimento de mais serviços e serviços melhorados

• Formas de uso visando vantagens competitivas

• Maior qualidade ou produtos melhores

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• Serviços superiores aos clientes

• Melhor agrupamento de informações

• Aperfeiçoamento de previsões e planejamento

• Aplicações

• Processamento de pedidos

• Faturamento

• Expedição

• Controle de estoques

• Contas a receber

• Contas a pagar

• Compras

• Recebimento Folha de pagamento

• Contabilidade geral

• Processamento de ordem de produção

• Custos

• Entre outros

• Aplicações especializadas de SPT

• Indústrias de investimentos e bancárias

• Indústria da aviação

• Serviços de saúde

• Gerenciamento de energia e serviços públicos

• Escola e Faculdades

• Outros

5.2. Exemplo

• Análise do componente software de um sistema

• Folha de pagamento

• Finalidade do sistema é viabilizar o

adequado pagamento aos funcionários da

empresa

• Um importante documento do sistema:

contra-cheque

• Analisando um contra-cheque

• Análise do componente software de um

sistema

• Proventos

• Descontos

• Dados:

• Obrigatórios

• Opcionais

• Pela análise do contra-cheque podemos montar um pequeno

esquema do que seria um sistema de

folha de pagamento

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6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL – SIG

Tipo de sistema de informação que fornece aos administradores/gerentes uma visão das operações

regulares da empresa, de modo que possam controlar, organizar e planejar mais eficaz e eficientemente

Dá suporte ao nível tático da organização

• Entradas

• A fonte interna de dados mais significativa é o SPT, que coleta e armazena dados resultantes

de transações empresariais em andamento

• Fontes externas: clientes, fornecedores, concorrentes, acionistas e outras entidades cujos os

dados ainda não foram coletados pelo SPT

• Saídas

• Diversos relatórios voltados aos administradores e gerentes

• Relatórios programados são produzidos periodicamente ou de forma programada (diária,

semanal, quinzenal, mensal, etc)

• Relatórios por solicitação são desenvolvidos para dar certas informações a pedido de uma

administrador / gerente

• Relatórios de exceção são produzidos automaticamente quando uma situação é incomum ou

requer alguma atitude da administração.

• Características

• Proporcionam aos gerentes relatórios ou consultas on-line de registros de desempenho e

histórico da organização

• São orientados aos eventos internos da organização

• Produzem relatórios programados, sob solicitação e de exceção

• Geram relatórios de saída com formatos fixos e padronizados

• Produzem relatórios impressos e em tela de computador

• Usam dados internos armazenados no computador

• Necessitam de solicitações formais do usuário

• Serve às funções de planejamento, controle e tomada de decisões de nível gerencial

• Em geral, eles condensam informação obtida dos SPT´s e apresentam em forma de relatórios

sumarizados

• Tem pouca capacidade analítica e usam modelos de apresentação de dados

• Exemplos de relatórios

• Valor de faturamento do dia

• Valor de faturamento acumulado

• Títulos a pagar no dia

• Números de clientes inadimplentes

• Relação do estoque mínimo com o estoque real

• Percentual dos salários em relação ao faturamento

• Total de impostos a recolher

• Vendas mensais: meta X realizado

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7. SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO

Os SI até aqui descritos podem ter funções que forneçam informações para tomada de decisão. Segundo

Ralph H. Sprague e Hugh J. Watson, no livro Sistemas de Apoio à Decisão, qualquer SI que forneça

informações para auxílio à decisão é um sistema de apoio à decisão (SAD).

Essa afirmação é, porém, bastante questionável, pois SAD são sistemas que não só fornecem informações

para apoio à tomada de decisão, mas que contribuem para o processo de tomada de decisão. A obtenção da

informação é apenas parte do processo, como veremos detalhadamente adiante.

SAD, que também são conhecidos como "Decision Support Systems" (DSS), possuem funções específicas,

não vinculadas aos sistemas existentes, que permitem buscar informações nas bases de dados existentes e

delas retirar subsídios para o processo de tomada de decisão.

7.1. Conceituação

A necessidade dos SAD surgiu na década de 70, em decorrência de diversos fatores, como, por exemplo, os

seguintes:

Competição cada vez maior entre as organizações;

Necessidade de informações rápidas para auxiliar no processo de tomada de decisão;

Disponibilidade de tecnologias de hardware e software para armazenar e buscar rapidamente as informações;

Possibilidade de armazenar o conhecimento e as experiências de especialistas em bases de conhecimentos;

Necessidade de a informática apoiar o processo de planejamento estratégico empresarial.

Esses fatores contribuíram para que as organizações começassem a desenvolver SI que pudessem fornecer

informações para auxiliar no processo de tomada de decisão.

A literatura disponível sobre SAD não deixa muito claro o que vem a ser um SAD. Existem muitas

definições que são contraditórias e que podem, inclusive, ser confundidas com definições de outros tipos de

SI.

Dentre as definições consultadas, ilustremos com três:

"SAD é um sistema de informação que apoia qualquer processo de tomada de decisão em áreas de planejamento estratégico, controle gerencial e controle operacional"

"SAD é um sistema baseado em computador que auxilia o processo de tomada de decisão utilizando dados e modelos para resolver problemas não estruturados"

"SAD é uma estratégia de implementação que torna o computador útil ao gerente"

Analisando essas definições, algumas questões podem ser levantadas, como, por exemplo:

Um EIS também auxilia o processo de tomada de decisão na área de planejamento estratégico e, nem

por isso, é chamado de SAD. O mesmo acontece com MIS na área de controle gerencial e com EDP

na área de controle operacional.

Um SAD também serve para auxiliar a resolução de problemas estruturados.

Todo SI pode ser útil ao nível gerencial e, nem por isso, todo SI será um SAD.

Um EIS, um MIS e um EDP podem ter funções que forneçam informações para apoio à decisão.

Porém, esses SI não foram construídos com o objetivo de auxiliar o processo de tomada de decisão.

Quando se fala em auxiliar o processo de tomada de decisão, isso não significa somente fornecer

informações para apoio à decisão, mas, também, analisar alternativas, propor soluções, pesquisar o

histórico das decisões tomadas, simular situações, etc.

7.2. Características

As principais características dos SAD são:

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Possibilidade de desenvolvimento rápido, com a participação ativa do usuário em todo o processo;

Facilidade para incorporar novas ferramentas de apoio à decisão, novos aplicativos e novas informações.

Flexibilidade na busca e manipulação das informações [BURC89];

Individualização e orientação para a pessoa que toma as decisões, com flexibilidade de adaptação ao estilo pessoal de tomada de decisão do usuário;

Real pertinência ao processo de tomada de decisão, ajudando o usuário a decidir através de subsídios relevantes;

Usabilidade, ou seja, facilidade para que o usuário o entenda, use e modifique de forma interativa.

7.3. Motivação para Uso

Quando uma organização não possui sistemas de informação que auxiliem o processo de tomada de decisão,

as decisões são baseadas em dados históricos e em experiências individuais. Quando existe um SAD

apoiando esse processo, as informações fornecidas por ele são incorporadas aos dados históricos e

experiências individuais, possibilitando melhores condições para a tomada de decisão. Em qualquer das situações citadas, a saída ou a mudança do usuário poderá causar grande impacto na

organização. Isto acontecerá devido à perda da história de como as decisões foram tomadas.

Partindo do princípio de que um SAD auxilia o processo de tomada de decisão, é importante que seus

conceitos retratem a cultura da organização e façam parte integrante dela, não servindo apenas para atender

às necessidades específicas de um usuário. Este é o principal motivo para que as empresas implantem SI que

auxiliam o processo de tomada de decisão.

O sucesso de um SAD, a sua continuidade, e, principalmente, a motivação para que as pessoas responsáveis

pela tomada de decisão o utilizem dependem dos seguintes fatores:

O modelo construído deve atender às necessidades gerais da organização e não somente às

necessidades específicas de um usuário;

Eventuais mudanças no sistema devem ser feitas rapidamente pelo analista de sistemas para atender a novas necessidades de informação para apoio à decisão;

Informações sobre as decisões tomadas devem ser armazenadas e estar disponíveis para que outras pessoas as utilizem em novos processos de tomada de decisão;

A interface com o usuário deve ser a mais amigável possível;

A obtenção das informações, internas e externas à organização, deve ser imediata;

Os benefícios da utilização de SAD devem ser disseminados na organização através de cursos, palestras, etc.

7.4. Tendências no Uso de SAD

À medida que a informática vai evoluindo dentro das empresas (os sistemas transacionais já estão

implantados, já existem sistemas que fornecem informações gerenciais, etc.), a tendência natural é que

aumente a demanda por SAD. O grande incentivo para a utilização de SAD se dará, porém, quando a eles

forem incorporadas algumas importantes tecnologias de informação, já disponíveis ou emergentes, como as

seguintes:

Groupware ou CSCW (Computer-Supported Cooperative Work) Essa tecnologia permitirá que duas ou mais pessoas trabalhem em tarefas comuns, em ambientes

computacionais completamente diferentes, mesmo que estejam localizadas em locais geograficamente

distantes, interagindo, discutindo e tomando decisões sobre um mesmo assunto [KRAS91]. Uma aplicação

para a área médica que utiliza esse conceito é a Telemedicina, onde especialistas podem discutir

radiografias, resultados de exames, visualizar operações e tomar decisões em conjunto sobre o estado clínico

de pacientes localizados em salas ou mesmo em hospitais diferentes e distantes.

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Simulação Muitas decisões poderão ser tomadas através de modelos simulados em computadores que servirão

para analisar e avaliar um amplo conjunto de problemas do mundo real. As alternativas de decisão poderão

ser analisadas e validadas através de simulação antes que a decisão seja tomada.

Gerenciadores de Informação Esses sistemas permitirão obter, integrar e manipular, além dos dados quantitativos, os dados

qualitativos de todos os SI existentes na organização.

Multimídia

Multimídia possibilitará que um SAD possa guardar e buscar informações contidas em gerenciadores

de banco de dados através de hiperdocumentos, ou seja, documentos computadorizados que contenham

diagramas, imagens, sons, animação, vídeo e texto, disponibilizados através de formas de acesso totalmente

flexíveis [MART92]. A informação para auxílio à tomada de decisão poderá ser encontrada e visualizada de

forma mais rápida e fácil.

Expert Systems Através da área da inteligência artificial, que se ocupa da construção de sistemas que manipulam

informações armazenadas em bases de conhecimento e que retratam o raciocínio de especialistas, será

possível guardar as decisões tomadas e o raciocínio que foi utilizado para se chegar a elas. Os SAD poderão

buscar informações nessas bases de conhecimento para auxiliar futuras decisões.

Interfaces Amigáveis O acesso às informações oferecidas por um SAD poderá ser feito através de ícones acionados por

mouses ou tocados com os próprios dedos. Os teclados e mesmo os mouses futuramente deverão ser

substituídos pela voz humana. A representação da informação será exibida através de várias mídias (voz,

sons, imagens, animação, texto, etc.). Isto tornará a interface bem mais agradável.

Redes de Comunicação O avanço das redes de comunicação permitirá a transmissão simultânea e sincronizada de sons,

imagens, vídeos, dados e textos em alta velocidade, com informações totalmente digitais e com alto grau de

segurança. A obtenção das informações para auxílio à decisão será instantânea.

7.5. Conclusões

Com base na discussão realizada, podemos extrair as seguintes conclusões:

Para classificar e caracterizar um SI é útil analisar o estágio da evolução da informática em que a

organização se encontra. Se a organização estiver no estágio de iniciação ou contágio, dificilmente os

SI implantados poderão ser classificados e caracterizados como MIS, SAD, ou EIS.

O fato de um SAD fornecer informações e subsídios que contribuem para o processo de tomada de decisão o diferencia dos demais tipos de SI: somente SAD possuem essa característica.

Para desenvolver um SAD é necessário construir um ambiente de apoio à decisão (AAD). Construir um AAD, em alguns casos, não significa construir um novo SI, mas, sim, incorporar aos sistemas

existentes (Ambientes Aplicativos (AA) e/ou Ferramentas de Apoio à Decisão (FAD)) que forneçam

informações e subsídios para o processo de tomada de decisão.

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8. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA EXECUTIVOS

A área de Gerenciamento de Sistemas de Informação é bastante abrangente. Por isso, encontramos nela uma

grande quantidade de termos, usados em tentativas de caracterizar e classificar os Sistemas de Informação

(SI).

Com base nos dados existentes nos Sistemas Transacionais, nas informações disponíveis nos Sistemas

Gerenciais e em informações coletadas de fontes externas à organização, é possível construir sistemas de

informação dirigidos para a alta gerência.

Esses sistemas que abastecem a alta gerência de informações são geralmente chamados de "Executive

Information Systems" (EIS) e permitem que o executivo tenha ou ganhe acesso a informações internas e

externas à organização que sejam relevantes para controlar os fatores críticos de sucesso.

Segundo Henry C. Lucas Jr., em seu livro Information Systems Concepts for Management, um EIS não tem

maiores diferenças conceituais em relação a um sistema de apoio à decisão. O que o diferencia é, em geral, a

interface com o usuário, que deve permitir que um executivo o utilize com facilidade.

Os EIS começam a ser desenvolvidos nas organizações nos estágios de administração de dados e

maturidade, no modelo definido por Richard Nolan.

Nesses estágios os sistemas de informação existentes refletem o fluxo de informações da organização, o

usuário participa integralmente do desenvolvimento dos sistemas, as informações passam a ser consideradas

patrimônio da organização, o crescimento da informática é ordenado, a informática passa a ter função de

apoio estratégico para a organização e não se tomam decisões sem base nas informações produzidas por um

EIS.

As principais funções e características desses sistemas são:

Gerar mapas, gráficos e dados que possam ser submetidos a análise estatística para suprir os executivos com informações comparativas, fáceis de entender;

Fornecer dados detalhados sobre passado, presente e tendências futuras das unidades de negócios em

relação ao mercado para auxiliar o processo de planejamento e de controle da organização;

Possibilitar a análise das informações obtidas;

Permitir que o executivo se comunique com o mundo interno e externo através de interfaces amigáveis (correio eletrônico, teleconferência, etc.) que sejam flexíveis a ponto de se ajustarem ao

seu estilo pessoal;

Oferecer ao executivo ferramentas de organização pessoal (calendários, agendas eletrônicas, etc.) e

de gerenciamento de projetos, tarefas e pessoas.

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9. SISTEMAS ESPECIALISTAS

9.1. Introdução

São programas que armazenam e manipulam o conhecimento adquirido de um especialista.

Requer entrevistas e observações para extrair o conhecimento.

Conhecimento é representado em formato manipulável pelo computador.

Representação do Conhecimento

Regras de produção

Regra i

IF <condição_1> AND <condição_2>...

THEN <ação_A> AND <ação_B> ....

Exemplo 1:

IF Carro = BMW AND cidade = São Paulo

THEN seguro = 10% valor carro

IF carro = Fiat AND cidade = Icapuí

THEN seguro = 4% valor carro

9.2. Balanço

9.2.1. Benefícios do S.E.

Criação de repositório de conhecimento

Crescimento de produtividade e qualidade

Habilidade de resolver problemas complexos

Flexibilidade e modularidade

Operação em ambientes arriscados

Credibilidade

Habilidade de trabalhar com informações incompletas ou incertas

Fornecimento de treinamento

9.2.2. Problemas e Limitações

Avaliação de desempenho difícil

É difícil extrair conhecimento especialista

Só trabalham muito bem em domínios estreitos

Engenheiros de Conhecimento são raros e caros

Transferência de conhecimento está sujeito a um grande número de preconceitos

9.2.3. Aplicações

Diagnósticos médicos

Diagnósticos de Mecânico

American Express: Sistema de Auxílio para Autorização de Crédito (CC) - híbrido

Citibank, National Westminster, Midland Bank : Apoio a decisão á gerência

Sugestão: Construa um Sistema Especialista baseando-se no roteiro que se encontra no Anexo A

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10. ENTERPRISE RESOURSE PLANNING (ERP)

Ao final do século XX, mais precisamente ao final da década de 60, foram desenvolvidos sistemas para

“Controle de Estoque”, cuja função básica era controlar os consumos de materiais e, baseado nesses

históricos, prever as necessidades para os próximos períodos. A primeira grande evolução ocorreu na década

de 70: a previsão de consumo passou a ser afetada diretamente pelas necessidades da área de produção da

empresa e considerava as compras em andamento para atender a parte dessas necessidades. Essa ferramenta

foi chamada de MRP (Material Requirement Planning) ou Planejamento das Necessidades de Materiais.

No início da década de 80, o conceito foi novamente ampliado, sendo chamado de MRP II. Nesta etapa,

além de surgir o conceito de planejamento mestre MPS (Máster Plan Scheduling) as áreas produtivas e

estoque foram integradas a compras, vendas e algumas funções financeiras. Enfim, no final da década de 80,

surge o conceito ERP no qual vários softwares passaram a atuar integralmente, de forma a exercer o controle

total de todas as áreas críticas de uma empresa.

Para começar a entender o ERP, é importante saber que ele não possui nenhuma ligação direta com a sua

sigla. O ERP serve para integrar todos os departamentos e funções de uma companhia em um simples

sistema de computador que pode servir a todas as necessidades particulares de uma das diferentes seções.

É um grande desafio construir um único programa de software que supra as necessidades do departamento

financeiro, assim como dos funcionários de recursos humanos e também do depósito, e é isso que o ERP faz.

Cada um desses departamentos, tipicamente possui seu próprio sistema de computador, cada um

aperfeiçoado para cada necessidade, em função da forma de trabalho de cada departamento. O ERP combina

todos eles juntos em um só programa de software integrado que trabalha ecom um banco de dados comum.

Dessa forma, os vários departamentos podem, mais facilmente, dividir informações e comunicarem-se entre

si.

Essa abordagem integradora pode dar um grande retorno financeiro se as companhias instalarem o software

adequadamente. Tomemos um pedido de um cliente como exemplo: Tipicamente, quando um cliente faz um

pedido, começa na empresa uma jornada em papel, de um lugar para outro, sendo digitado e redigitado em

vários computadores ao longo do caminho. Toda essa jornada causa atrasos e perdas de pedidos, e cada

digitação, em um diferente sistema, pode ser convidativo a erros. Ao mesmo tempo, nenhuma companhia

sabe realmente em que estágio um pedido se encontra em um determinado momento porque não há como o

departamento financeiro, por exemplo, entrar no computador do depósito para ver se o item foi embarcado,

“é preciso ligar para o depósito” é a resposta familiar dada aos frustrados consumidores.

O ERP automatiza as tarefas, envolvendo a performance de um processo, tal qual a finalização de um

pedido, o qual envolve pegar o pedido de um cliente, envia-lo e cobra-lo. Com o ERP, quando um

representante recebe o pedido de um cliente, ele ou ela, tem todas as informações necessárias para completá-

lo. Todas as pessoas na empresa têm o mesmo visor e têm acesso a um único banco de dados que guarda o

novo pedido do cliente. Quando um departamento termina a sua parte em um pedido, ele é enviado

automaticamente para o próximo departamento via o próprio ERP. Para saber em que ponto está um pedido,

em um determinado momento, é só checar no ERP. Com sorte, o processo move-se como um raio dentro da

organização e os clientes recebem seus pedidos mais rapidamente que antes.

O ERP consegue aplicar essa mesma filosofia à maioria dos processos empresariais, tal qual manter os

funcionários informados sobre seus benefícios ou sobre as decisões financeiras em geral. Ele vai desde o

crédito do cliente, passando pelo departamento financeiro e indo até o fluxo de trabalho de produção e do

depósito.

Há três razões principais pelas quais as empresas estão adotando o ERP:

Para integrar dados financeiros: Como tentar entender a performance geral da companhia? É possível encontrar diferentes versões da verdade. O financeiro tem seus números, vendas tem outra

versão, e as diferentes unidades podem, cada uma, ter sua própria versão do quanto eles podem

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contribuir para a receita. O ERP cria uma única versão da verdade que não pode ser questionada

porque todos estão usando o mesmo sistema.

Para uniformizar o processo de manufatura: Empresas de manufatura, geralmente descobrem que diferentes unidades da empresa usam diferentes métodos e sistemas de computador. Uniformizar

esses processos, usando um único e integrado sistema de computador, pode economizar tempo,

aumentar a produtividade e reduzir gastos.

Para uniformizar as informações de RH: Principalmente em firma com múltiplas unidades de negócios, o departamento de Recursos Humanos talvez tenha um único e simples método para

acompanhar o tempo dos empregados e comunica-los sobre seus benefícios e serviços. O ERP pode

fazer isso.

Os benefícios obtidos com a implantação do ERP, se a empresa tiver maturidade para aceitar as mudanças

propostas e se adequar a elas, são bem maiores que as desvantagens. O ERP é um avanço que com certeza

agrega valor a uma empresa.

Um dos principais fatores determinantes do sucesso na implantação de um pacote ERP é o gerenciamento. O

gerente do projeto precisa saber como conduzir, em todas as etapas, trabalhos com esse tipo de abrangência e

complexidade. Outro fator do qual depende o sucesso do projeto é o comprometimento de toda empresa,

inclusive da alta administração, que não pode considerar que o problema é exclusivamente da informática,

permanecendo alheia aos acontecimentos.

Finalmente, a equipe, constituída de consultores externos e pessoal próprio deve reunir um mix de

conhecimentos, tanto de ERP quanto de processos de negócios da empresa. Os profissionais da casa

precisam conhecer a fundo os processos, como forma de garantir a incorporação da “inteligência” da

organização ao projeto. Um erro muito comum é deixar de fora aqueles que entendem do assunto, mais que

não podem deixar os afazeres do dia-a-dia. Como é o futuro da empresa que está em jogo, eles dever

participar ativamente do projeto. Somente o envolvimento dos usuários, desde o começo, garantirá que o

projeto seja bem sucedido.

Entretanto, mesmo tendo custo elevado, o pacote ERP já pode ser encontrado em versões para pequenas e

médias empresas. O sistema vale pelo conceito de integração, que é a base de sua proposta. Os sistemas

integrados não são todos iguais. Existem peculiaridades principalmente á forma como tratam os processos.

O ERP não tem a capacidade de revolucionar os resultados de uma empresa, mas sua implantação requer

uma reorganização na forma como as coisas funcionam integralmente. A implantação do ERP não é uma

tarefa que se circunscreva à questão tecnológica, antes envolve diversas atividades em paralelo, com extenso

trabalho de inter-relacionamento humano, conflitos de interesses e jogos de poder.

O prazo de implantação de um ERP nunca é curto. Implantações em tempo inferior a seis meses se

caracterizam por serem limitadas a pequenas áreas da empresa ou por usarem apenas as partes financeiras do

programa, caso em que o ERP é apenas um caro sistema de contabilidade.

A implantação de um projeto ERP exige um robusto fôlego financeiro. Além dos custos com o software, é

preciso prever despesas com consultoria, adaptações, teste de integração e mais alguns outros gastos como o

treinamento dos usuários.

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11. CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM)

O CRM é encontrado com diversos nomes, como gerenciamento de clientes, sistemas de informações ao

cliente, gerenciamento de valor ao cliente, atendimento ao cliente ou até mesmo serviço centrado ao cliente.

Atinge várias áreas como marketing de banco de dados, marketing de freqüência, de fidelidade, dentre

outras.

11.1. De volta às origens – Marketing 1 to 1

No tempo do “Mercadinho do Tião”:

conhecia clientes pelo nome

conhecia os produtos que cada cliente necessitava

conhecia como que os clientes queriam que esses produtos fossem entregues

conhecia como queriam pagar suas contas

conhecia quanto os clientes tinham de dinheiro para gastar

considerava os clientes como extensão de sua família

Conscientemente ou não, o Tião:

dividia seus clientes em grupos de maior ou menor valor

dividia seus clientes com base em suas necessidades e desejos

personaliza os serviços e os produtos o mais que podia

Qual era a sabedoria do Tião em fazer isto:

fidelizar o cliente, um concorrente não poderia oferecer o mesmo tipo de produto e serviço

personalizado

utilizava o conhecimento do cliente para fidelizar

COMO PERDEMOS A CULTURA DO RELACIONAMENTO 1 a 1

produção em massa, para venda em mercados de massa

competição global levando a guerra de preços

ao invés de falar com o cliente realizamos pesquisas de mercado, segmentações, modelos estatísticos,

para predizer tendências e padrões de compras

11.2. A volta às origens do antigo comércio

O que está viabilizando a resolução do dilema: muitos clientes (mercado de massa) a serem atendidos de

forma personalizada:

TECNOLOGIA: redução do custo de tecnologias que permitem a empresa acompanhar e estabelecer um

diálogo com seus clientes de forma individual. Tecnologias como call center, web, automação da força

de vendas, entre outras.

PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS: estabelecimento de uma nova maneira de entender e se relacionar com

os clientes. Com nossos melhores clientes, necessitamos desenvolver uma “Relação de Aprendizado”.

Reconhecer suas interações com a empresa e incentivá-los a participarem ativamente com reclamações,

sugestões e feedback.

Isto permite às empresas praticarem além do marketing tradicional o marketing de relacionamento 1 a 1.

Marketing Tradicional Marketing 1 to 1

Objetivo: busca mais clientes para seus

produtos específicos, utilizando principalmente

os atributos de preço e qualidade

Objetivo: busca mais produtos e serviços para seus

clientes, tratando-os de forma diferenciada, de forma

que isso seja significativo para eles individualmente

Medição: sucesso é mensurado em participação

do mercado (market share)

Medição: sucesso é mensurado em participação do

cliente (customer share)

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11.3. Como diferenciar no mercado de massas

11.3.1. Diferenciando os serviços ...

formas de entrega

formas de pagamento

atendimento personalizado (web, call center, ...)

11.3.2. Diferenciando o produto ...

Exemplo celular: ao redor do serviço básico, ligação

telefônica, diversos outros serviços: identificador

chamada, siga-me, ... Diversas opções de pagamento e

aparelhos, que formam produtos distintos e

personalizados.

11.4. Como competir por Customer Share

Identificar necessidades do cliente o quanto antes, estabelecendo para isto um relacionamento personalizado.

Se seu cliente tem uma necessidade ele vai satisfazê-la, mais cedo ou mais tarde. Se é você quem vai

fornecer-lhe os produtos ou serviços para satisfazer essa necessidade, do ponto de vista do cliente, é uma

mera casualidade. Por isso, saber identificar a ocorrência de eventos que determinem mudanças nas

necessidades é fundamental para cada vez mais participar da vida de cada um de nossos clientes. Segue

exemplos de percepções de necessidades atendidas:

Supermercado Tesco na Grã-Bretanha => criou empresa de seguro e agência de turismo

Empresa de Software Microsoft => criou a enciclopédia Encarta

11.5. Concorrência e fidelização de clientes

O concorrente está cada vez mais próximo. Exemplo do site de compras do supermercado Tesco: converter

todos produtos do carrinho para marca Tesco.

Para fidelizar precisamos aumentar o nível de conveniência para o cliente, atendendo-o de forma personalizada com base em conhecimento. A tolerância a problemas aumenta na medida em que aumenta o

custo e trabalho de mudar. Ex: troca de empregada doméstica.

11.6. Fidelização dos clientes certos

1 a 1 quer dizer relacionar-se com clientes de forma individual, identificar suas necessidades e tratá-lo

de forma personalizada.

“tratar clientes diferentes de forma diferente”

Os clientes são diferentes, ignorar as diferenças, ou não saber quais são elas, não as eliminam e não os

tornam iguais. Há clientes que dão lucros e outros que dão prejuízo. A maioria das empresas não sabem

quem são eles, mas a ignorância não elimina o fato. Temos que estreitar o relacionamento, marketing 1 to 1,

apenas com os clientes de maior valor ou maior potencial.

COMPOSIÇÃO DE UM PRODUTO

COMPONENTES VARIAÇÕES

POSSIBILIDADE DE

60.000 PRODUTOS

DIFERENCIADOS

UTIZANDO APENAS 66 TIPOS DE MÓDULOS

A 12

B 25

C 16

D 13

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11.7. Estratégias implementação para Marketing 1 to 1

IDENTIFICAR – identificar os dados dos clientes da empresa, independente do canal de comunicação

utilizado pelo cliente ou de profissionais da empresa. Os dados de clientes costumam estar espalhados em

“silos” na empresa e muitas vezes encontram-se na cabeça das pessoas que têm o contato com o cliente.

Para negócios que não há necessidade de identificação do cliente (farmácia, fast food, posto gasolina, ...) a

estratégia é utilizar “planos de fidelização”.

Dados do cliente que temos que conhecer: história e transações, receita e lucratividade, reclamações, canal

de comunicação preferido, momento da vida, valor real, potencial e estratégico.

DIFERENCIAR – temos que conhecer os clientes de maior valor (CMV) e os clientes de maior potencial

(CMP). Outra forma de diferenciar clientes é por necessidades, descobrindo novas oportunidades. Qual ação

a ser tomada com cada grupo?

INTERAGIR – incentivar os clientes CMV e os CMP a interagirem com a empresa, este é o único meio de

conhecermos cada vez mais nossos clientes.

Nossa intenção é desenvolver uma relação de

aprendizado de hábitos, costumes e

preferências dos clientes.

PERSONALIZAR - a partir do

conhecimento das necessidades dos clientes,

devemos personalizar nossos produtos e

serviços para fazer com que a experiência de

fazer negócios com nossa empresa seja única.

Quanto mais personalizarmos mais valor

entregamos ao cliente, que vê conveniência

em continuar conosco.

11.8. Tecnologias para implementação do CRM

Para entendermos os grupos de tecnologias aplicadas é interessante revermos mais detalhadamente o

objetivo de uma solução CRM, que segundo o Gartner Group é:

“CRM é uma estratégia de negócio voltada ao entendimento e antecipação das necessidades dos clientes

atuais e potenciais de uma empresa. Do ponto de vista tecnológico, CRM envolve capturar os dados do

cliente ao longo de toda a empresa, consolidá-los em um banco de dados central, analisar os dados

consolidados, distribuir os resultados desta análise aos vários pontos de contato com o cliente e usar essa

informação ao interagir com o cliente.”

Um projeto completo de CRM pode ser subdividido em 3 frentes de trabalho: CRM analítico, CRM

colaborativo e CRM operacional.

CRM ANALÍTICO – componente do CRM que permite identificar e acompanhar diferentes tipos de

clientes (entre CMV, CMP e BZ) dentro da carteira de clientes de uma empresa e de posse destas

informações, determinar qual estratégia seguir para atender as diferentes necessidades dos clientes

identificados. Normalmente utiliza recursos de data mining para localizar os padrões de diferenciação entre

os clientes.

CRM COLABORATIVO – é a aplicação da TI que permite a automação e integração entre todos os pontos de contato do cliente com a empresa. Esses pontos de contato devem estar preparados para interagir com o

cliente e disseminar as informações levantadas para os sistemas do CRM Operacional.

CRM OPERACIONAL – é a aplicação da TI para melhorar a eficiência do relacionamento entre clientes e

empresa. Nesta categoria se enquadram as aplicações de automação da força de vendas (SFA), automação

de canais de venda (SCA), sistemas de e-commerce e call center.

CRM NO PROVÃO: resolver a questão 27 do provão de 2001

=> linha do

custo peracional

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25

CRM é uma estratégia de negócio e não um software/ferramenta. Para disponibilizarmos uma solução CRM

utilizamos diversos softwares que atendem às necessidades analíticas, operacionais e colaborativas da estratégia.

Há diversas categorias de softwares que compõem a solução CRM, segue alguns exemplos de sistemas para cada

uma das 3 frentes:

1 CRM COLABORATIVO, Sistemas para Call Center (local onde são atendidas as chamadas

telefônicas dos clientes da organização) 1.1 Monitoramento, trilham o encaminhamento das ligações que entram no call center;

1.2 Apoio à Resolução, auxilia na resolução de problemas, indicando perguntas conforme respostas dadas pelo

cliente;

1.3 Reconhecimento de Voz, utilizados para interpretar a fala do cliente, convertendo-a em instruções para o

sistema;

1.4 Gerenciamento de Contato, trilham os contatos do cliente, fax, telefonema, e-mail, navegação na web e

demais canais.

2 CRM ANALÍTICO, Sistemas de Business Inteligence (análise dos dados que são relevantes para o

negócio) 2.1 Data Mining, é o método de pesquisar dados através de algoritmos matemáticos visando identificar

tendências e padrões, prevendo como estas tendências/clientes se comportarão no futuro;

2.2 Data Warehouse, é o armazenamento e organização dos dados críticos à administração do negócio

(indicadores de performance/desempenho);

2.3 Mineração de Texto, é o processo de pesquisar conteúdo de documentos buscando palavras e frases chaves;

2.4 Customização do Ambiente Web, analisa o log (usuário e senha digitado para acesso ao sistemas)

personalizando informações e meios de navegação conforme o comportamento e preferências do usuário.

3 CRM OPERACIONAL, Sistemas de Apoio às áreas Operacionais (diretamente envolvidas com o

CRM: vendas, marketing e serviços) 3.1 Gerenciamento de Campanhas, envolve documentação estatística, gerenciamento das campanhas em vigor e

outras métricas das múltiplas campanhas de marketing em diferentes canais;

3.2 Identificação de Clientes, baseado em dados demográficos, comportamentais e estatísticos, permite à

empresa melhor compreender e vencer num segmento particular de clientes;

3.3 Programação de Serviços, programação dos recursos de serviços considerando políticas da empresa e

aspectos relativos ao cliente, como preferências, localização geográfica, tempo de acesso,

3.4 Automoção da Força de Vendas, facilidades de acesso remoto aos dados do cliente, de forma direta com

leituras e atualizações on-line na base de dados corporativa.

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12. INTERNET x INTRANET x EXTRANET Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

12.1. Internet

A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de

milhões de computadores interligados que permite o acesso a

informações e todo tipo de transferência de dados. A Internet é a

principal das novas tecnologias de informação e comunicação

(NTICs). Ao contrário do que normalmente se pensa, Internet não

é sinónimo de World Wide Web. Esta é parte daquela, sendo a

World Wide Web, que utiliza hipermídia na formação básica, um

dos muitos serviços oferecidos na Internet. A Web é um sistema

de informação mais recente que emprega a Internet como meio de

transmissão.

Alguns dos serviços disponíveis na Internet, além da Web, são o acesso remoto a outras máquinas (Telnet e

SSH), transferência de arquivos (FTP), correio electrónico (e-mail normalmente através dos protocolos

POP3 e SMTP), boletins eletrônicos (news ou grupos de notícias), bate-papo online (chat), mensagens

instantâneas (ICQ, YIM, Jabber, MSN Messenger, Blogs), Skype, etc.

História da Internet

A maioria das pessoas concorda que a Internet apareceu na data em que foi criada a ARPANET, em 1969. Esta

rede criou a primeira infra-estrutura global de comunicações e os respectivos protocolos.

A ARPANET tinha como objectivo principal servir a investigação e o desenvolvimento, sobretudo para o

Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América. Qualquer conteúdo ou comunicação de índole

comercial era estritamente proibido naquela altura.

Durante a década de 1980, a ARPANET foi sendo ligada a outras redes de universidades e de grandes

empresas, como a HP, para dinamizar ainda mais a I&D. Nos finais da década, a ARPANET deu por atingidos

os seus objetivos e entregou à NSF a responsabilidade de manter e aumentar o backbone. A NSF desenvolveu

a rede sobretudo nos EUA.

Os primeiros ISP - Internet Service Providers - começaram a aparecer na década de 1980 e começaram a dar

acesso a empresas e particulares, sobretudo através de dial-up.

No início da década de 1990, a NSF começou a perder o controle sobre o backbone, à medida que operadores

privados começaram a criar as suas próprias infra-estruturas. Foi nessa altura que as restrições à

comercialização da Internet foram totalmente abolidas.

Desde 1969 surgiram várias aplicações para a Internet, cada vez mais amigáveis ao usuário. Alguns exemplos:

Gopher, Veronica, WAIS, FTP. Outras formas de comunicação em rede também tiveram sucesso e fizeram os

primórdios da Internet, como é o caso das BBS ou de serviços online como a Compuserve ou a AOL.

Na década de 1990, o aparecimento da World Wide Web, o desenvolvimento dos browsers, a diminuição de

custos de acesso, o aumento de conteúdos, entre outros fatores, fizeram com que a Internet tivesse um

crescimento exponencial.

12.1.1. Ética na Internet

O acesso a um grande número de informações disponível às pessoas, com ideias e culturas diferentes, pode

influenciar o desenvolvimento moral e social das pessoas. A criação dessa rede beneficia em muito a

globalização, mas também cria a interferência de informações entre culturas distintas, mudando assim a

forma de pensar das pessoas. Isso pode acarretar tanto uma melhora quanto um declínio dos conceitos da

sociedade, tudo dependendo das informações existentes na Internet.

Essa praticidade em disseminar informações na internet contribui para que as pessoas tenham o acesso a

elas, sobre diversos assuntos e diferentes pontos de vista. Mas nem todas as informações encontradas na

internet podem ser verídicas. Existe uma grande força no termo "liberdade de expressão" quando se fala de

internet, e isso possibilita a qualquer indivíduo um pouco mal-intencionado publicar informações ilusórias

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sobre algum assunto, prejudicando, assim, a consistência dos dados disponíveis na rede (Dênis de Moraes.

Ética comunicacional na Internet. Acesso em: 28 nov 2005).

Um outro facto relevante sobre a internet é o plágio, já que é muito comum as pessoas copiarem o material

disponível. "O plagiador raramente melhora algo e, pior, não atualiza o material que copiou. O plagiador é

um ente daninho que não colabora para deixar a Internet mais rica; ao contrário, gera cópias degradadas e

desatualizadas de material que já existe, tornando mais difícil encontrar a informação completa e atual"

(Augusto C. B. Areal. Plágio e direito autoral na Internet brasileira; Acesso em 28 nov 2005). Ao fazer uma

cópia de um material da internet, deve-se ter em vista um possível melhoramento do material, e, melhor,

fazer citações sobre o verdadeiro autor, tentando-se, assim, ao máximo, transformar a internet num meio

seguro de informações.

Nesse consenso, o usuário da internet deve ter um mínimo de ética, e tentar, sempre que possível, colaborar

para o desenvolvimento da mesma. O usuário pode colaborar, tanto publicando informações úteis ou

melhorando informações já existentes, quanto preservando a integridade desse conjunto. Ele deve ter em

mente que algum dia precisará de informações e será lesado se essas informações forem ilusórias.

12.1.2. Crimes na Internet

Outro fator no particular é a questão de crimes bancários e financeiros praticados na internet. No tocante a

tais ocorrências no Brasil, segundo o jornal O Globo, de 06.01.2006, o quadro abaixo é preocupante:

Sinal de alerta

Os crimes mais usuais na rede são:

E-mails com pedidos de atualização de dados bancários e senhas; (Crime, aliás, também tentado

através de telefonemas);

E-mails que afirmam que o internauta consta de uma lista negra;

E-mails que anunciam que o usuário foi contemplado com um prêmio;

E-mails com arquivos anexados: o melhor a fazer é não abrir arquivos com extensões como ".exe",

".scr", ou qualquer outra extensão desconhecida; as portas de entradas para vírus em computadores,

os quais causam estragos ou roubam, via spywares, informações sobre os usuários. No entanto, é de

senso comum que os chamados “cookies” são inofensivos, uma vez que o objetivo deles é reunir

dados estatísticos (sítios mais acessados, e.g.), utilizados por sítios, como, por exemplo, o Alexa.

Apenas no setor bancário temos o seguinte quadro:

Em 2004, os prejuízos com perdas causadas por fraudes virtuais foram de 80% em relações às perdas

por razões diversas.(IPDI apud Gazeta Mercantil, 11.01.2006);

Sites sobre crimes na Internet

CERT.BR - Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil

IPDI - Instituto de Peritos em Tecnologias Digitais e Telecomunicações.TERRENHO

Hotline SaferNet Brasil - Central Nacional de Denúncias de Crimes contra os Direitos Humanos

praticados pela internet.

12.1.3. Aspecto profissional

O surgimento da Web representou uma nova fronteira profissional para diversos setores. À época do seu

"estouro" comercial, jornalistas, publicitários, designers, escritores, redatores, fotógrafos, além é claro de programadores, e webmasters e demais especialistas afluíram ao mercado, criando e desenvolvendo

empresas com os mais variados objetivos.

Com o tempo, o capital de risco, utilizado para fundar e fazer operar as primeiras empresas afastou-se,

levando-as à falência. Foi a chamada "bolha".

Hoje o cenário mostra-se diverso, com investidores cautelosos, grandes corporações investindo com bastante

cuidado e uma imensa legião de profissionais freelancers atendendo seus clientes diretamente.

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12.2. Intranet

No contexto da Internet, uma rede privada (private network) é uma rede que usa o espaço 1918 de

endereços IP. Estes endereços são associados aos dispositivos que precisem se comunicar com outros

dispositivos em uma rede privada (que não faz parte da Internet). As redes privadas estão se tornando muito comuns nos escritórios (LAN), pois não há a necessidade de que

todos os computadores de uma organização possuam um IP universalmente endereçável. Outra razão que

torna importante os IPs privados, é o número limitado de IPs públicos. O IPv6 foi criado para resolver este

ultimo problema.

Os Roteadores são configurados para descartar qualquer tráfego que use um IP privado. Este isolamento

garante que uma rede privada tenha uma maior segurança pois não é possível, em geral, ao mundo externo

criar uma conexão direta a uma máquina que use um IP privado. Como as conexões não podem ser feitas

entre diferentes redes privadas por meio da internet, diferentes organizações podem usar a mesma faixa de IP

sem que haja conflitos (ou seja que uma comunicação acidentalmente chegue acidentalmente a um elemento

que não deveria).

Se um dispositivo em uma rede privada deve se comunicar com outras redes, é necessário que haja um

"gateway" para garantir que a rede externa seja vista com um endereço que seja "real" (ou público) de

maneira que o roteador permita a comunicação. Normalmente este gateway sera um service NAT (‘’Network

address translation’’) ou um Servidor Proxy. Isto, porém, pode causar problemas se a organização tentar se

conectar redes que usem os mesmos endereços privados.

12.3. Extranet

A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de computadores que faz uso da Internet para partilhar

com segurança parte do seu sistema de informação.

Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o conceito confunde-se com Intranet. Uma Extranet também

pode ser vista como uma parte da empresa que é extendida a usuários externos ("rede extra-empresa"), tais

como representantes e clientes. Outro uso comum do termo Extranet se dá na designação da "parte privada"

de um site, onde somente "usuários registrados" podem navegar, previamente autenticados por sua senha

(login).

12.3.1. Site privado

Para apresentação de relatórios, disponibilização de documentos, etc. do site, mas que se destinam a um

público mais restrito, ou não podem ser apresentados publicamente (por questões de segurança e/ou

privacidade).

12.3.2. Empresa estendida

O acesso à intranet de uma empresa através de um Portal (internet) estabelecido na web de forma que

pessoas e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à intranet através de redes externas ao ambiente

da empresa.

Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via Web por clientes ou outros usuários autorizados.

Uma intranet é uma rede restrita à empresa, que utiliza as mesmas tecnologias presentes na Internet, como e-

mail, webpages, servidor FTP etc.

A idéia de uma extranet é melhorar a comunicação entre os funcionários e parceiros além de acumular uma base de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar novas soluções.

Exemplificando uma rede de conexões privadas, baseada na Internet, utilizada entre departamentos de uma

empresa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento, trocando informações sobre compras, vendas,

fabricação, distribuição, contabilidade entre outros.

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13. COMÉRCIO ELETRÔNICO

13.1. Impacto da internet nos modelos de negócios

Modelo de Negócio é uma abstração da forma como a

empresa entrega seus produtos e serviços, além de declarar

sua capacidade de criar e agregar valor aos seus clientes.

Uma das principais causas é a mudança do valor

econômico da informação (redução da assimetria da

informação).

Assimetria da informação nos negócios = situação em que o poder de barganha numa transação é

determinado pela posse de mais informações essenciais por uma das partes.

13.2. Modelos de negócio internet Pure-play (antigas “dot-com” ou empresas virtuais)

o negócio está 100% fundamentado na Internet

Exemplos: Amazon.com, Arremate.com

Clicks-and-mortar

os negócios na Internet é uma extensão do negócio tradicional (brick-and-mortar ou empresa de tijolo-e-concreto)

Exemplos: Americanas.com, Cultura.com

13.3. Formas de comercialização pela internet

13.3.1. Loja Virtual

Venda de produtos e serviços on-line, substituindo ou complementando vendas que ocorrem nas tradicionais

lojas e pontos de vendas. Entrega de produtos e serviços não digital ocorrem através dos meios tradicionais.

Exemplos deste modelo:

compra de livros através da Amazon.com

compra de eletrodomésticos do PontoFrio.com

compra de supermercado no PãodeAçucar.com

13.3.2. Marketplace

Concentra informação de produtos e serviços de múltiplos provedores em um ponto central. Faz o papel de

páginas amarelas (links) para lojas virtuais. Compradores podem pesquisar, fazer comparações e realizar

compras. Usualmente utilizado para o relacionamento comercial de diversas pequenas e médias empresas,

compradoras e fornecedoras.

Marketplace horizontal => vende uma variedade de produtos e serviços de diferentes áreas / negócios,

shopping generalista Ex: BrasilShop.com

Marketplace vertical => voltado para um mercado específico, reconhecido como shopping especializado

Ex: IndustrialMall.com

13.3.3. Leilão

Ambiente de venda no qual o vendedor descreve características do produto ofertado e do processo de leilão

(prazo de encerramento, valor mínimo, ...). A proposta de valor mais alto apresentada até o horário de

encerramento vence o leilão.

impactandoINTERNETMODELO DE

NEGÓCIOS

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O site de leilão mais utilizado é o eBay.com, movimentando US $12 milhões em mercadoria por dia. No

Brasil o mais utilizado é o Arremate.com.br

13.3.4. Leilão reverso

Ambiente de compra no qual o comprador informa o produto que deseja comprar, o valor máximo que

deseja pagar e outros atributos importantes para a sua tomada de decisão. O comprador recebe lances

eletrônicos decrescentes de diversos fornecedores. Vence, o processo de compra, o proponente que

apresentar o menor preço e/ou melhores condições comerciais.

Apropriado para compra de commodities em grande quantidade

Benefícios:

redução de preço variando de 5 a 25%

redução do tempo da transação de 50 a 70%

facilidades para se encontrar novos fornecedores

Modalidades de leilão

Leilão Reverso Aberto: a necessidade de compra é comunicada a todos os fornecedores potenciais do

produto.

Leilão Reverso Fechado: a organização compradora (empresa ou grupo de empresas) divulga a necessidade

de compra apenas para uma lista de fornecedores pré- selecionados (base própria), de acordo com uma série

de critérios como: capacidade de pronta entrega, tradição de fornecimento, histórico de qualidade, etc.

Caso de sucesso:

“A Solvay Brasil realizou seu primeiro leilão reverso online no Brasil, usando o provedor Mercado

Eletrônico. Sete empresas fornecedoras de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre se conectaram na

Internet, num endereço eletrônico reservado da Solvay, e fizeram ofertas para obter o contrato de

fornecimento de 100 computadores acompanhados de monitores. Com o leilão reverso, a Solvay obteve uma

média de redução do valor de compra de 9,52% em relação ao valor inicial máximo definido por ela. Em

cada lance dado pelos fornecedores participantes, a Solvay economizava o valor de um computador

completo. Isto porque o valor de decremento, lance mínimo, era de R$20,00 por computador. Como o leilão

era para 100 unidades, a cada lance reduzia-se em R$ 2.000,00 o valor da compra. No fim do leilão, a Solvay

economizou o equivalente a 9 computadores.”

13.3.5. On-line Exchange

Sistema de solicitação de oferta, onde múltiplos

compradores podem comprar de múltiplos vendedores.

É uma evolução dos marketplace por agregar maior

valor.

Há duas soluções bastante conhecidas nesta categoria:

e-procurement: gerenciamento eficaz dos fornecedores

e das transações de compras atuais. Foco principal no

link eletrônico entre o catálogo de produtos dos

fornecedores e os sistemas administrativos do

comprador. Mais apropriado para compra de materais

indiretos

e-sourcing: é mais estratégico, permite abertura para novos fornecedores além dos atuais. Permite análise

da dinâmica competitiva do segmento da indústria e das limitações e capacidades do fornecedor em entregrar

produtos e serviços customizados. Mais apropriado para compra de materiais diretos

V1

V2

V3

V4

C1

C2

C3

C4

. . . . . .

exchange

• catálogo produtos

• compra automática

• preenche pedido

• processa ordem

• sourcing

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13.3.5.1. Solução e-Procurement

Processo de compra tradicional:

impõe morosidade no processo

para adicionar valor o comprador tem que ter realizado uma seleção de fornecedores

com o crescimento da organização há a possibilidade de se ter esforços duplicados de busca de fornecedordependência do expertise do comprador

O novo processo utilizando a solução e-procurement:

embora o e-procurement seja mais apropriado para compra de materiais indiretos, principalmente MRO (maintenance, repair, operation), há muitas empresas utilizando-o também para materiais diretos

há soluções montadas para atender grupos de empresas com afinidades de compra, como também há

soluções para atender demanda de compra de uma empresa específica

um elemento muito importante da solução é a criação do catálogo de produtos, utilizado por áreas compradoras e para troca de dados com fornecedores

13.3.5.2. Solução e-Sourcing

Compra estratégica: a empresa escolhe seus fornecedores de forma deliberada e calculada, analisando fatores

como:

capacidade para desenvolvimento de novos produtos

capacidade para trocar informações eletronicamente

capacidade em entregar componentes que diferenciem o produto final

Criar

Requisição

Contratar

Fornecedor

Colocar

Pedido

Pesquisar

Fornecedores

Receber

Mercadorias

Determinar

Commodities

Contratar

Fornecedor

Pesquisar

Fornecedores

Cadastrar Conteúdo do

Fornecedor no Catálogo

Emitir Pedido

Eletrônico

Receber

Mercadorias

Pesquisar e Solicitar

via Catálogo

Aprovar

Pedido

Determinar

Commodities

Contratar

Fornecedor

Pesquisar

Fornecedores

Cadastrar Conteúdo do

Fornecedor no Catálogo

Determinar

Commodities

Contratar

Fornecedor

Pesquisar

Fornecedores

Cadastrar Conteúdo do

Fornecedor no Catálogo

Emitir Pedido

Eletrônico

Receber

Mercadorias

Pesquisar e Solicitar

via Catálogo

Aprovar

Pedido

Emitir Pedido

Eletrônico

Receber

Mercadorias

Pesquisar e Solicitar

via Catálogo

Aprovar

Pedido

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Enviar RFI/RFP

SelecionarSelecionar

CriarContratoNegociar

Contrato & Colaboração

Gerenciamentode Catálogo

Base de Dados doConhecimento de Compras

DesenvolverEspecificações

CriarRFI/RFP

GerenciarPerformance

AnalisarFornecedoresAtuais

Procurar NovosFornecedores

Administraçãode Contratos

Gerenciamento FornecedoresPlanejamento

Colaborativodos Pedidos

Decisões são tomadas considerando a análise de impacto do fornecedor na estratégia e no supply chain da

Empresa.

13.4. Classificação do Comércio Eletrônico conforme partes envolvidas

Uma das formas mais utilizadas para categorizar o comércio eletrônico é através dos participantes

envolvidos nas transações. As principais são:

Business to Consumer (B2C): venda de produtos e serviços de uma empresa para seus consumidores

Business to Business (B2B): venda de produtos e serviços entre empresas

Consumer to Consumer (C2C): venda de produtos e serviços entre consumidores. Ex: arremate, eBay, ...

13.4.1. Business to Business (B2B)

representa 80% do total de transações eletrônicas

proporciona economia de 5 a 45% às empresas

erros de preparo e envio de documentos reduzem de 20% (método tradicional) para menos de 1%

excederá a US $4 trilhões em 2005

relatório da ActivMedia Research (jun/01) revela que 33% dos sites B2B são lucrativos, este percentual deve dobrar a curto prazo

13.4.2. Business to Consumer (B2C)

crescimento de vendas no período 1999 - 2000: 66%

total de vendas em 2000: $45 bilhões

crescimento projetado para 2001: 45%

gasto sites B2C para adquirir um cliente: $29

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média de visitantes semanis em sites B2C: 54.000

média de visitantes semanis em sites B2B: 20.000

percentual de visitantes B2C que compram: 12%

relatório da ActivMedia Research (jun/01) revela que 50% dos sites B2C são lucrativos, este número deve passar para 60% em doze meses

13.5. Benefícios do Comércio Eletrônico

1 - “Desintermediação”

é a capacidade de reduzir camadas intermediárias do supply chain e consequentemente o preço final para o

consumidor

2 - Redução do custo operacional das operações de compra e venda

3 – Mais proximidade e conhecimento do cliente

Outro benefício importante é o marketing interativo e a capacidade de personalização do ambiente.

Empresas podem apresentar conteúdo e propagandas relacionados a produtos e serviços de interesse do

usário, isto aprimora a experiência e cria valor adicional.

90% - 97%$5 - $15$150Compra Lote de

Peças Ford

50%$200 - $350$400 - $700Contratação

Apólice Seguro

71% – 67%$0,65 - $1,10$2,22 - $3,32Pagamento de

Contas

89%$0,13$1,08Operações Bancárias

87%$1$8Venda Passagens

Aéreas

% Economia Proporcionada

Aplicações Internet

Sistemas Inf. Tradicionais

90% - 97%$5 - $15$150Compra Lote de

Peças Ford

50%$200 - $350$400 - $700Contratação

Apólice Seguro

71% – 67%$0,65 - $1,10$2,22 - $3,32Pagamento de

Contas

89%$0,13$1,08Operações Bancárias

87%$1$8Venda Passagens

Aéreas

% Economia Proporcionada

Aplicações Internet

Sistemas Inf. Tradicionais

manufatura lojista consumidor 40,34

manufatura consumidor 20,45

manufatura distribuidor lojista consumidor 48,50

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14. ELETRONIC DATA INTERCHANGE (EDI)

A sigla EDI - “Eletronic Data Intercharge “, representa o conceito de Troca ou Intercâmbio Eletrônica de

Dados.

Consiste basicamente em um conjunto de protocolos de comunicação projetados para permitir a troca de

dados e a execução de transações comerciais automaticamente entre diferentes sistemas ou Entidades. Isto é

realizado através de “mensagens eletrônicas padronizadas” de documentos. Estas mensagens dizem respeito

a documentos específicos e regulamentados por diversos órgãos internacionais, como a UN/EDIFACT -

United Nations/Eletronic Data Interchange for Administration Commerce and Transport , que cobre mais de

200 documentos distribuídos e específicos de diversas áreas de atividade de comércio, transporte,

Alfândegas, bancos e seguros , e outros...

14.1. Benefícios do uso do EDI

• Benefícios Diretos = Acuracidade, Economia de re-digitação e postagem (única entrada de dados;

Estima-se que 70% dos dados provenientes de uma aplicação (OUTPUTS) serão os mesmos dados

de entrada de outra aplicação), Redução de custos de manuseio das informações, Melhores serviços

ao cliente...

• Benefícios Indiretos = Facilitar a mudança de política de estoques, redução do nível de estoque,

integração com sistemas JIT (“Just-in-time”)...

• Benefícios Estratégicos = Agregar valor a produtos e serviços por intermédio da informação,

redução de custos administrativos, aperfeiçoamento do controle de informações, agilidade na troca de

informações entre Entidades (Caixa postal - e-mail, INTRANET, EXTRANET, WebEDI , VAN’s

Value Added Network, etc).

14.2. Problemas para a implementação de EDI • Completo entendimento de EDI;

• O rápido crescimento das Entidades envolvidas;

• Os acordos entre parceiros e/ou Entidades quanto aos “padrões” a serem utilizadas;

• O uso de arquivos “not standard”

• As rápidas mudanças nas múltiplas mensagens que vêm ocorrendo e as decorrentes dificuldades para

se ter padrões de operações;

• Conectividade técnica devido aos diferentes sistemas de comunicação (X25, FTP- file transfer

protocol , GEIS, VAN’s, SMTP-via e-mail);

• Integração das diversas aplicações;

• Tempo de implementação para estes novos parceiros e/ou Entidades.

14.3. Entidades Beneficiadas • Alfândega;

• Autoridade Portuária;

• Sistemas Governamentais;

• Armadores;

• Agentes marítimos;

• Importadores;

• Exportadores;

• Terminais;

• Bancos e Instituições Financeiras;

• e outros...

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15. BUSINESS INTELLIGENCE (BI)

Business Intelligence, ou BI, é um conjunto de soluções tecnológicas que envolve um processo de coleta,

transformação, análise e distribuição de dados para a tomada de decisões. Também conhecido como

Inteligência Empresarial, define a habilidade das empresas em acessar dados e colher informações contidas,

por exemplo, em um sistema de Data

Warehouse (DW), analisando estas

informações para dar suporte às

tomadas de decisões nos negócios.

A necessidade de cruzar informações

para realizar uma gestão empresarial

eficiente é hoje uma realidade tão

verdadeira quanto no passado o foi

descobrir se a alta da maré iria

propiciar uma pescaria mais

abundante. O interesse pelo BI vem

crescendo na medida em que seu

emprego possibilita às corporações

realizar uma série de análises e

projeções, de forma a agilizar os

processos relacionados às tomadas de

decisão.

15.1. Aplicativos Operacionais x BI

Aplicativos Operacionais Business Intelligence

Visão do atual e do real Visão histórica e de tendência

Solução para requisitos conhecidos Permitir a identificação de fatos desconhecidos

Abrangência restrita Abrangência ampla

Informação produzida por profissionais de informática Informação produzida pelo próprio usuário

Custo e tempo para obtenção da informação altos Informação obtida com baixo custo e em tempo real

Informação disponível a poucos usuários Informação democratizada

15.2. Ferramentas e Técnicas de BI

ETL

EXTRAÇÃO,TRANSFORMAÇÃO E

CARREGAMENTO

FONTES DEDADOS

DATAWAREHOUSE

Data Mart

AplicativosOperacionais

Softwares deAutomação de

Escritórios

Dados Externos

Equipamentosde Automação

Data Mining

EXPLORAÇÃO

Uma enxurrada de dados

de todos tipos

provenientes de diversas fontes

arquivados dediversos modos

oriundos dediversos meios

de todos tipos

provenientes de diversas fontes

arquivados dediversos modos

oriundos dediversos meios

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15.3. Benefícios do BI

Alinhar projetos de tecnologia com as metas estabelecidas pelas empresas na busca do máximo retorno do investimento;

Ampliar a compreensão das tendências dos negócios, propiciando melhor consistência no momento de decisão de estratégias e ações;

Facilitar a identificação de riscos e gerar segurança para migração de estratégias, criando maior

efetividade nas implementações dos projetos;

Permitir um planejamento corporativo mais amplo, substituindo soluções de menor alcance por resultados integrados pela informação consistente;

Gerar, facilitar o acesso e distribuir informação de modo mais abrangente para obter envolvimento de todos os níveis da empresa e todos aqueles que podem valor usando-a;

Ligar e consolidar dados de diferentes sistemas de modo a oferecer um visão comum do desempenho

da empresa;

Automatizar tarefas eliminando os erros ao colocar as pessoas no fim dos processos;

Oferecer dados estratégicos para análise com um mínimo de atraso em relação a uma transação ou evento dentro da empresa.

Interface

LIS Financeiro

Estoque

FONTES DE DADOS

Aplicativos Operacionais ou

Transacionais

DadosExternos

SoftwareAutomação

De Escritórios

EquipamentosAutomação

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16. PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA (PDI)

Um plano diretor de informática estabelece a forma como as aplicações da informática serão empregadas em

cada setor da empresa. A partir da análise da empresa verifica-se os recursos necessários para a sua

implementação, a estratégia para a realização do plano, e aonde ele pode ser aplicado dentro da empresa.

A informatização da empresa é útil tanto para a automação de processos quanto para a adoção de estratégias

onde a organização tem como intuito obter uma vantagem competitiva, e é através do PDI (Plano Diretor de

Informática) que é possível saber aonde será informatizada a empresa, os recursos físicos e financeiros que

serão necessários. Trata-se de um alinhamento de estratégias da área de informática com a empresa. Dessa

forma, estabelecem-se as premissas, objetivos e contornos organizacionais e da função.

É de suma importância que o profissional que vai elaborar um PDI tenha um pensamento pro-ativo,

solucionando problemas antes que eles apareçam.

16.1. 1ª FASE: Levantamento de Dados

Estudo da Empresa

Na primeira fase do plano são levantados dados da empresa tanto gerais como específicos e então são

definidas as aplicações da informática na empresa.

Posteriormente a esse levantamento são verificadas as oportunidades e ameaças no ambiente externo, e os

pontos fortes e fracos da organização para que se possa definir os FCS (fatores críticos de sucesso).

Definidos os FCS o próximo passo é maximizar as oportunidades e pontos fortes, e minimizar as ameaças e

pontos fracos.

Cria-se então uma estratégia através de princípios informacionais, os quais espera-se que sejam seguidos por

cada integrante da empresa, para que através desses a empresa caminhe em um mesmo rumo, com um

mesmo objetivo em foco. É possível realizar essa etapa através de análises de diagrama de fluxo de dados,

ou orientada a objeto, ou o estudo do organograma, ou a análise do negócio, entre outras ferramentas.

Nesta fase são definidos quais serão os processos a serem informatizados, em função da estratégia, das

prioridades estabelecidas e das tecnologias almejadas pela empresa.

Questões sobre a empresa:

O que faz?

Quem atende? (clientes)

Filiais?

Quais seus concorrentes?

Quais são os seus departamentos?

Quem são os responsáveis?

Como está sendo dividida fisicamente?

Existem sistemas atuais? Quais?

Ramos de atividade?

Produtos?

16.2. 2ª FASE: Avaliação de Recursos

Ao término do levantamento dos dados da empresa e identificados suas principais atividades, inicia-se a

próxima fase que tem por definição as aplicações de informática possíveis de serem realizadas nas empresas,

ou seja, constatar quais seriam as vantagens do uso do computador em determinada atividade.

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Três níveis compõem esta definição:

1. Nível operacional: processo de produção, atividade de escritório (emissão de cheque por exemplo),

entre outras coisas.

2. Nível tático: controle de processo e/ou sistema.

3. Nível estratégico: sistema de apoio a decisão, sistemas de informação executivas.

Alguns aspectos das observações deverão constar dessa definição uma vez que se pode propor tanto as

aplicações básicas como automação da contabilidade e folha de pagamento.

Um outro aspecto que deve ser levado sempre em conta é verificação das aplicações existentes antes de

mandar fazer uma reformulação completa do setor da empresa. Quanto a este aspecto, tratam-se dos

chamados "sistemas legados", de maneira que as definições de hardware e software, devem contemplar os

sistemas já existentes na empresa, buscando viabilizar a continuidade da sua existência, tanto em termos de

softwares, como de equipamentos antigos. Um exemplo, que pode ser citado é a proposta de criação de uma

INTRANET, que além de viabilizar e implementar tecnologias atuais, possibilitam a convivência com

tecnologias antigas, como é o caso dos micros 486, e das antigas aplicações em Clipper, onde ferramentas

atuais permitem a criação de interface amigável, através do browser, do navegador.

16.2.1. Definição de Software

Começa-se esta fase após o momento em que a definição das aplicações e a estratégia de implementação

estiverem adequadas. É nesta fase que se começa a execução real do plano diretor de informática.

De acordo com as aplicações propostas, deverão ser escolhidos os programas que executarão as atividades

relacionadas com os processos da empresa.

Os softwares a serem escolhidos estão dentre três categorias:

software básico: sistema operacional, utilitário e aplicativo básico, como planilha eletrônica, editor de texto e outros;

pacotes: sistemas prontos, comercializados por vendedores de softwares, como sistema de

contabilidade, folha de pagamento e controle de produção;

sistema projetados especialmente para a empresa, feitos por uma equipe própria de desenvolvimento, ou por terceiros.

Não esquecer a importância da avaliação das características positivas e negativas que levaram ao uso de um

software especifico.

Utilizar os conceitos do TCO - custos totais de propriedade, na avaliação dos softwares e hardwares, a serem

escolhidos.

16.2.2. Definição de Banco de Dados

Deve ser dada uma ênfase especial à definição dos bancos de dados, já que eles constituem o repositório dos

dados da empresa.

Diversos aspectos devem ser considerados, desde a existência de Data Warehouse (armazém de dados),

como a utilização de Datamart's (bancos de dados departamentais), como aspectos relacionados à Segurança

dos dados, e o conjunto de ferramentas disponíveis, que acompanham o banco de dados.

16.2.3. Definição de Rede

Outro item digno de destaque, é a utilização dos recursos de telecomunicações, com o uso de redes internas,

e externas.

Neste item devem ser definidas as tecnologias a serem utilizadas na implementação das redes de

computadores internos e externos.

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16.2.4. Definição de Hardware

De acordo com o definido nas fases anteriores, serão escolhidos os equipamentos que suportarão os mesmos

e serão de dois tipos:

básico: computadores, cabos e conexões, periférico básico;

específico: equipamento especializados para uma determinada atividade, como por exemplo uma unidade de disquete , ou um gravador de CD ROM.

Também devem ser considerados os aspectos positivos e negativos que justificam a escolha de equipamento.

Utilizar os conceitos do TCO - Custos totais de propriedade, na avaliação dos hardwares a serem escolhidos.

O TCO consiste basicamente em considerar todos os custos orçados e colocà-los em bases anuais, para

comparações e análises. O TCO procura tratar também dos custos não orçados no ínicio do projeto,

procurando demonstrar a vantagem na aquisição de soluções de Hardware e Software que incorporem tarefas

de gerenciamento, treinamento e manutenção dos sistemas.

Neste item também devem ser consideradas as hipóteses de leasing, e terceirização, na alocação dos

equipamentos.

16.3. 3ª FASE: Treinamento de Pessoal

16.3.1. Definição de Recursos Humanos

O ponto principal dessa fase é o estudo do perfil dos funcionários que irão ter a responsabilidade de tornar

realidade, as aplicações definidas, de acordo com os três níveis:

nível operacional: pessoal que deve ser habilitado a manipular os equipamentos e os programas;

nível de controle: administração e supervisão dos funcionários de nível operacional;

nível administrativo: diretores e responsáveis pela área de informática na empresa.

Ênfase especial é dada aos aspectos de descentralização dos recursos informacionais, com a alocação de

funcionários diretamente nas áreas fins, bem como com os processos de terceirização (out-sourcing) e as

chamadas "quarteirizações", com a contratação de empresas especializadas na alocação de pessoal.

16.3.2. Definição de necessidades de treinamento

O conhecimento de âmbito técnico deve ser oferecido aos funcionários de nível operacional, enquanto que

aos de outros níveis deverão obter conhecimento administrativo e técnicos.

Nesta parte devem ser orçados os custos com recursos humanos, os custos com treinamento, etc.

16.4. 4ª FASE: Implementação e Manutenção

16.4.1. Estratégia de Implementação

Após a definição das aplicações, começa-se a pensar como colocar o plano em prática. Essa fase é

importante perceber que a estratégia de implementação do PDI é algo diferente da estratégia global da

empresa.

É preciso definir qual a estratégia a ser adotada para execução do plano diretor antes de escolher quais as

aplicações a serem instaladas.

Alguns dados devem ser levados em consideração:

os objetivos atuais da empresa bem como seus fatores críticos de sucessos;

aspectos positivos e negativos de cada aplicação sugerida;

experiência da empresa com a informática (Cultura e comportamento) ;

aspectos mercadológicos e de competitividade;

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A eficaz implementação do plano diretor depende da abordagem correta dada à estratégia.

De nada adianta sistemas perfeitos, uso de alta tecnologia, sem o apoio dos usuários do sistema. A grande

questão que se coloca é como fazer para que os usuários, os recursos humanos da empresa, utilizem

adequadamente os sistemas informacionais.

Considera-se que os ativos mais importantes da empresa são as pessoas, os recursos humanos, e é neste

sentido que devemos orientar os nossos esforços de utilização das tecnologias disponíveis.

Hoje em dia, utilizam-se conceitos modernos de treinamento e desenvolvimento, entre os recursos humanos

e os recursos materiais, tecnológicos de uma empresa.

16.4.2. Definição de Estrutura e Apoio

16.4.2.1. INFRA-ESTRUTURA:

A Infra-estrutura consiste na preparação da empresa para instalação e manutenção das aplicações. Esta

preparação envolve os seguintes aspectos:

local físico dos equipamentos;

instalação elétrica;

prevenção de acidentes;

temperatura e umidade adequada para o perfeito funcionamento dos equipamentos;

cuidados especiais, etc.

16.4.2.2. APOIO:

A definição de apoio consiste no suporte necessário aos equipamentos e os programas, tanto para

manutenção como o desenvolvimento, incluindo aspectos como:

1. equipe interna de manutenção de programas e equipamentos;

2. suporte a usuário ( help desk , Hot line , etc...)

3. contato com fornecedores de hardware e software;

4. estoques de suprimentos, como papeis, disquetes, cabos entre outras coisas;

5. contato com outras empresas de manutenção e desenvolvimento do sistema.

16.4.3. Elaboração do Cronograma Físico Financeiro

Essa fase do plano diretor consiste em organizar todas fases na forma de um cronograma, considerando:

fase de implementação: devem acompanhar as idéias definidas na estratégia de implementação;

prazo de execução de cada fase;

custos relacionados com cada fase.

Na elaboração do cronograma físico financeiro deve-se à medida do possível, utilizar os conceitos do TCO (

custo total de propriedade ), procurando abranger todos os custos possíveis de serem orçados e deve-se ter a

preocupação com os custos não orçados, como treinamento informal, tempo gasto com dúvidas, etc...

16.5. CONCLUSÃO

”O sucesso de um PDI é diretamente proporcional ao nível de comprometimento da direção da empresa.

Sob o aspecto econômico, descreve-se a disponibilidade financeira, sua alocação e o retorno ao longo do

tempo.

Outro ponto importante é a apresentação do retorno de investimentos na área de informática para justificar e

até mesmo obter recursos para o desenvolvimento dos serviços de informática. Este retorno, uma espécie de

relação custo x beneficio, deve ser informado pelo usuário. A área de informática informa seu custo.”