Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Mestrado em Educação – Especialização em...
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Faculdade de Ciências da Universidade de LisboaFaculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Mestrado em Educação – Especialização em Formação e Aprendizagem ao Mestrado em Educação – Especialização em Formação e Aprendizagem ao
Longo da VidaLongo da Vida
Metodologia de Investigação IMetodologia de Investigação I2007/20082007/2008
Docente: Professora Doutora Margarida César
Discentes: Maria Alexandra Rodrigues
Óscar Fernandes
Síntese da 7ª Aula de MI I
09/11/2007
Turma AZUL
Principais temas tratados
1. Referências Bibliográficas (APA)
2. Investigação narrativa
3. Instrumentos de recolha de dados
3.1. Entrevistas
3.2. Conversas informais
3.3. Técnicas de inspiração projectiva
3.4. Técnicas projectivas
4. Ética em investigação
Referências bibliográficas:Referências bibliográficas: Normas Normas da APAda APA
Como citar um trabalho apresentado num congresso, sem livro de actas?
Benavente, A., & César, M. (1992, Julho). Building school achievement: From the personal and cultural diferrences to the teachers practices. Comunicação oral apresentada no 15th Internacional Colloquium of School Psychology. Julho 24-28, 1992. Istambul, Turquia.
Apelido, Nome do(s) autor(es)
Apelido, Nome do(s) autor(es)
Ano, mês da comunicação
Ano, mês da comunicação
Título da comunicação
Título da comunicação
Nome congresso
Nome congresso
Data em que decorreu o congresso
Data em que decorreu o congresso
Cidade, país onde decorreu o congresso
Cidade, país onde decorreu o congresso
NOTAS: -Onde se lê “comunicação oral”, lembre-se que a apresentação do trabalho também pode ser em formato de poster, por exemplo;-Quando recebe em mão, num congresso, um artigo, tenha o cuidado de verificar se nele constam os dados relativamente ao congresso, para que possa citar o artigo posteriormente.
Investigação narrativaInvestigação narrativa
(Galvão, 2003, p. 3)
Entrevista ocorrênciasSobre situações que realmente ocorreram.
Entrevista baseada num relato longoUm relato é uma história, uma construção pessoal, com influências sociais. Pode ser sobre acontecimentos reais, previsões futuras, coisas imaginadas, etc..
Entrevista narrativaExige bastante experiência por parte do entrevistador e que o entrevistado consiga mobilizar competências linguísticas várias.Apenas com um tópico, palavra chave, ou uma frase, o participante elabora o seu discurso, com pouca ou nenhuma intervenção directa do entrevistador.
EntrevistaEntrevistaVANTAGENS
Instrumento eficiente para obter informações
com maior grau de profundidade, na 1ª pessoa;
Não exige a alfabetização do entrevistado;
Flexível quanto ao esclarecimento de questões,
pois pode ser sempre marcada mais uma
entrevista com um determinado participante;
Permite a observação da linguagem não verbal
do(s) participante(s).
LIMITAÇÕES
Falta de motivação do participante em
colaborar;
Possibilidade de se recolher respostas falsas,
por parte do participante, dadas de forma
consciente ou inconsciente;
Baixos índices de literacia do entrevistado, que
pode não responder adequadamente;
Obtém-se uma interpretação da realidade, e
não a realidade em si;
Após ter havido a recolha dos dados, o
participante pode optar por não autorizar a
utilização dos mesmos.
Conversa intencionalConversa intencional, geralmente entre duas pessoas, dirigida por uma das dirigida por uma das pessoaspessoas.Em função do nosso estudo e dos participantes, escolhe-se o tipo de entrevista.
A entrevista pode ser a principal principal estratégia de recolha de dados estratégia de recolha de dados num estudo, ou pode ser usada para realizar-se uma triangulação com triangulação com outros instrumentos outros instrumentos de recolha de dados.
As entrevistas classificam-se em ESTRUTURADAESTRUTURADA, SEMI-ESTRUTURADASEMI-ESTRUTURADA e NÃO ESTRUTURADANÃO ESTRUTURADA.
Podem ser INDIVIDUAISINDIVIDUAIS (apenas um entrevistado) ou COLECTIVASCOLECTIVAS (mais do que um entrevistado, simultaneamente).
Em diferentes fases de um mesmo estudo, pode-se utilizar diferentes tipos de entrevista, em função dos objectivos do estudo.
NOTA: veja as sínteses de outras aulas para complementar informação.
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Numa entrevista deve ter em conta o ratio entre o número de
entrevistadores e o de entrevistados
Numa entrevista deve ter em conta o ratio entre o número de
entrevistadores e o de entrevistados
º 1
º Participantes
N Entrevistadores
N
Estruturada•Perguntas previamente
definidas, realizadas segundo um ordem estabelecida
Semi-estruturada•Perguntas principais,
definidas previamente, com flexibilidade na ordem, com a possibilidade de haver questões complementares às principais, ou mesmo novas questões que surjam
Não estruturada•Existem temas a abordar ou
questões muito gerais, sem uma ordem estabelecida
Conversas informaisConversas informais
Apesar de serem informais, podem recolher-se dados preciosos nestes momentos.
Não se esqueça de anotar sempre anotar sempre a datadata em que ocorreu a conversa, quem participouquem participou na mesma, e o local e ambientelocal e ambiente onde esta decorreu.
Gravações áudio/vídeoGravações áudio/vídeoPedido de autorização prévia Pedido de autorização prévia para se gravar dadospara se gravar dados
Marcação data e hora, num local Marcação data e hora, num local calmo, sem interrupções, acordado calmo, sem interrupções, acordado com o(s) entrevistado(s)com o(s) entrevistado(s)
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Técnicas de Inspiração ProjectivaTécnicas de Inspiração Projectiva (TIP)(TIP)
Têm por base as Técnicas Projectivas, ligadas à Psicologia;
As técnicas projectivas são testes de personalidadelidade;
Denominam-se de inspiração projectiva porque, ao contrário das técnicas projectivas, não procuram a estandardização;
São materiais muito pouco estruturados, para o sujeito interpretar, de forma pessoal, o que vê, lê ou escuta; por isso, não há respostas correctas e incorrectas;
As instruções de trabalho têm de ser muito cuidadas, para favorecerem a projecção.
Técnicas de Inspiração ProjectivaTécnicas de Inspiração Projectiva (TIP)(TIP)
Segundo Piscarreta e César (2001), “as diferentes formas do método
projectivo (nomeadamente os escritos e os desenhos) têm como
objectivo provocar respostas que revelem, por exemplo, sentimentos,
valores e motivos” (p. 2);
Concebidas para os sujeitos “projectarem aspectos íntimos da
personalidade, revelando involuntariamente dimensões que não se
manifestam por meio de um questionário ou de uma entrevista”
(Piscarreta & César, 2001, p. 2), sendo úteis para complementar dados
obtidos através de outros instrumentos;
É necessário aprender como aplicar as técnicas de inspiração projectiva,
bem como a fazer a análise dos resultados;
Técnicas ProjectivasTécnicas Projectivas (TP) - Rorschach(TP) - Rorschach
Um dos teste de técnica projectiva mais conhecido é o Rorschach,
desenvolvido por Hermann Rorschach, que consiste em dar
significado a dez pranchas com manchas de tinta simétricas (ver as
10 pranchas ao fundo do slide).
Pranchas do teste de Rorschach
Técnicas ProjectivasTécnicas Projectivas (TP) - TAT(TP) - TAT
Um outro teste projectivo é o TAT – Teste de Apercepção
Temática, destinado a adolescentes e adultos, que permite revelar
impulsos, emoções e sentimentos, também através de pranchas, com
figuras que permitem contar histórias.
Mais testes projectivos,
com descrições
Prancha do teste TAT
Ética em investigaçãoÉtica em investigaçãoConsentimento informado.
Os participantes aderem, de forma voluntária, aos projectos de investigação, conscientes da natureza do estudo e dos riscos, bem como obrigações, a que essa participação obriga.
Protecção dos participantes contra quaisquer danos.As identidades dos participantes devem ser protegidas , para que estes não sofram quaisquer transtornos com a informação que o investigador recolhe. Contudo, existem dificuldades dificuldades associadas à protecção da identidadeassociadas à protecção da identidade, nomeadamente, o local de trabalho e cargo do participante, que o podem denunciar facilmente.
Tratamento entre investigador e participante na base do respeito.
Se houver negociação na participação, o investigador deve cumprir todos os termos.
O investigador deve ser autêntico na recolha de dados e não os distorcer deliberadamente.
Assinatura de um formulário, onde
todas as informações (tipo de
investigação, obrigações,
etc.) necessárias estão explicitadas
Será suficiente?
Assinatura de um formulário, onde
todas as informações (tipo de
investigação, obrigações, etc.)
necessárias estão explicitadas
Mais algumas indicações…
Os participantes não deverão ser
“expostos a riscos superiores aos
ganhos que possam advir” (Bogdan & Biklen, 1994, p.
75).
Referências bibliográficasReferências bibliográficasApontamentos da aula de Metodologia de Investigação I, leccionada pela Professora Doutora
Margarida César.
Bogdan, R., & Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação: Uma introdução à teoria e aos métodos (M. J. Alvarez, S. B. dos Santos, & T. M. Baptista, Trad.). Porto: Porto Editora.
Cegoc (2007). Catálogo 2007 testes psicológicos. Recuperado em Novembro 10, 2007, de http://www.cegoc.pt/testes/catalogo.pdf
César, M. (2002). E depois do adeus?: Reflexões a propósito de um follow up de duas turmas de um currículo em alternativa. In D. Moreira, C. Lopes, I. Oliveira, J.M. Matos, & L. Vicente (Eds.), Matemática e comunidades: A diversidade social no ensino-aprendizagem da matemática (pp. 93-104). Recuperado em Novembro 9, 2007, de http://cie.fc.ul.pt/membros/mcesar/index.htm
Galvão, C. (2003). Narrativas em educação. Recuperado em Novembro 11, 2007, de http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/metinvII/narrativaemeducacao.pdf
Piscarreta, S. & César, M. (2001). Importância das técnicas projectivas para o estudo das representações sociais da matemática. In B. D. da Silva, & L. S. Almeida (Eds.), Actas do VI Congresso Galaico-Português de Psicopedagogia (vol. II, pp. 381-394). Recuperado em Novembro 9, 2007, de http://cie.fc.ul.pt/membros/mcesar/index.htm