FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

88
1 FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

description

FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni. O QUE TEMOS ATÉ O MOMENTO. A teoria de Bohr prediz corretamente as linhas espectrais para o átomo de hidrogênio e para espécies que apresentam um único elétron (“átomos hidrogenóides”): - PowerPoint PPT Presentation

Transcript of FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

Page 1: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

1

FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICAFACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA

QUÍMICA QUÂNTICAQUÍMICA QUÂNTICA

Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

Page 2: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

2

A teoria de Bohr prediz corretamente as linhas espectrais para o

átomo de hidrogênio e para espécies que apresentam um único

elétron (“átomos hidrogenóides”):

Porém: quando os átomos têm mais que um elétron a teoria de Bohr

falha.

Teorias propostas como modificações da teoria de Bohr também

falharam, até que surgiu o modelo matemático da mecânica quântica.

O formalismo que se usa em mecânica quântica é o de Schrödinger.

O QUE TEMOS ATÉ O MOMENTO

Energia = - R h c Z2

n2

Page 3: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

3

FUNÇÃO DE ONDA

Em mecânica quântica, o estado de um sistema é definido por uma

função matemática (simbolizada pela letra grega psi maiúscula: Ψ),

chamada de função de estado ou função de onda dependente do

tempo.

Por exemplo: considerando um sistema que possui 2 partículas, a

função de onda desse sistema depende da posição de cada partícula

(ou de suas coordenadas espaciais: x, y, z) e também do tempo (t), de

modo que:

Ψ = Ψ (x1, y1, z1, x2, y2, z2, t)

Quem introduziu esta idéia de função de estado foi o físico austríaco Erwin Schrödinger em 1926.

Page 4: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

4

FUNÇÃO DE ONDA

Erwin Schrödinger (1887-1961).

Schrödinger, em 1926, formulou a mecânica

ondulatória baseando-se no princípio de que

os movimentos do elétrons poderiam ser

tratados como ondas.

Ainda, Schrödinger considerou que os

estados estacionários em átomos, ou

moléculas, eram comparáveis a ondas

estacionárias e, portanto:

A equação de ondas que descreve o movimento do elétron

preso dentro de um átomo ou molécula deveria ser análoga à

que se usa para descrever um sistema de ondas estacionárias.

Page 5: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

5

EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

Erwin Schrödinger (1887-1961).

Schrödinger usou:

Hipótese de Broglie (λ = h / p = h / (mv))

+

Argumentos plausíveis

+

Equação matemática

(diferencial, para movimento de uma onda)

E encontrou:

soluções que correspondem a níveis de

energia permitidos para um sistema

quantizado.

Page 6: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

6

Equação de Schrödinger dependente do tempo:

Para uma partícula com massa (m) movendo-se em uma dimensão (x):

- h2 ∂2Ψ(x, t) + VΨ(x, t) = i h ∂Ψ(x, t)

2m ∂x2 ∂t

Onde:

h = 1,054x10-34 J sm: massaΨ: função de onda∂: derivada parcialV: função energia potencialt: tempox: posiçãoi: número imaginário (-1)1/2

EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

Page 7: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

7

Equação de Schrödinger independente do tempo:

Quando a função energia potencial (V) não depende do tempo (t), como ocorre no caso em que a função de onda de uma partícula corresponde a uma onda estacionária:

- h2 d 2ψ(x) + V(x)ψ(x) = E ψ(x)

2m dx2

Onde:

h = 1,054x10-34 J sm: massaψ: função de ondaV: função energia potencialx: posiçãoE: energia da partícula

EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

Page 8: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

8

Equação de Schrödinger independente do tempo para 3 dimensões:

A Equação de Schrödinger independente do tempo pode ser escrita para um sistema em três dimensões, assumindo a forma:

- h2 ∂2ψ(x, y, z) + ∂2 ψ(x, y, z) + ∂2 ψ(x, y, z) + V(x, y, z) ψ(x, y, z) = E ψ(x, y, z)

2m ∂x2 ∂y2 ∂z2

EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

Ou: - h2 2 ψ(x, y, z) + V(x, y, z) ψ(x, y, z) = E ψ(x, y, z)

2m

2 = ∂2 + ∂2 + ∂2

∂x2 ∂y2 ∂z2

2: operador Laplaciano

Page 9: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

9

OBSERVAÇÕES:

A equação de Schrödinger é uma equação cujas soluções

correspondes a funções de onda.

Isso significa que, sendo a equação de Schrödinger uma equação

diferencial linear, ela não possui apenas uma solução (ψ), mas um

conjunto de soluções (ψ1, ψ2, ψ3, ψ4, ...).

No entanto, nem todas as soluções possíveis para a equação de

Schrödinger têm significado físico.

Soluções fisicamente aceitáveis para a equação de Schrödinger

existem apenas para determinados valores de E:

a interpretação de uma função de onda

implica em quantização da energia.

EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

Page 10: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

10

INTERPRETAÇÃO DA FUNÇÃO DE ONDA

A interpretação da função de onda geralmente empregada

é a de Max Born (1926):

O quadrado da função de onda (representado por ψ* ψ)

é proporcional à probabilidade de encontrar a partícula

em cada ponto no espaço.

Se a amplitude da função de onda de uma partícula é ψ

em uma dada posição x, a probabilidade (P) de se encontrar

esta partícula entre x e (x + dx) é proporcional a ψ ψ* dx.

Onde: ψ* , é denominado complexo conjugado de ψ.

P α ∫ ψ* ψ dx x1

x2

Page 11: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

11

INTERPRETAÇÃO DA FUNÇÃO DE ONDA

Assim, se considerarmos que a soma das probabilidades

individuais de se encontrar a partícula, por todo o sistema

considerado (todas as posições acessíveis à partícula) é igual a 1:

∫ Nψ* Nψ dx = 1

N = 1

∫ ψ* ψ dx

N2 ∫ ψ* ψ dx = 1

Onde:

ψ: uma das soluções da equação de Schrödinger

Nψ: qualquer outra solução da equação de Schrödinger (N: constante)

Ou:

½ N2 = 1

∫ ψ* ψ dx

P = probabilidade

Page 12: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

12

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

Considerando uma única partícula de massa m se movendo em uma

caixa de uma dimensão x, onde a energia potencial V é zero na

região II e infinita nas regiões I e III, como mostra a figura a seguir:

região I região II região III

0 ax

∞ ∞

V = zero para: 0 ≤ x ≤ a (região II)

V = ∞ para: x < 0 e x > a (regiões I e III)

Page 13: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

13

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

Considerando apenas estados de energia constante

(estados estacionários), podemos resolver

a equação de Schrödinger independente do tempo

para encontrar funções de onda para uma

partícula na caixa de uma dimensão:

- h2 d 2ψ(x) + V(x)ψ(x) = E ψ(x)

2m dx2

Uma das condições do slide anterior:

V = ∞ para: x < 0 e x > a

Existe alguma probabilidade

da partícula ser encontrada

nas regiões I e III, onde V é

infinita? Não.

Portanto:

ψI = zero e ψIII = zero

Page 14: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

14

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

Por outro lado, uma das condições do slide 12 diz que:

- h2 d 2ψ(x) + V(x)ψ(x) = E ψ(x)

2m dx2

V = zero para: 0 ≤ x ≤ a (ou: região II)

Portanto:

d 2ψ(x) = - 2mE ψ(x)

dx2 h2

Se torna:

A questão é: qual é a função cuja segunda derivada dá de volta a

mesma função, mas multiplicada por uma constante?

Page 15: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

15

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

d 2ψ(x) = - 2mE ψ(x)

dx2 h2

A questão é: qual é a função cuja segunda derivada dá de volta a

mesma função, mas multiplicada por uma constante?

2ª derivadaRetornar à mesma função

constante

A seguinte função responde a essa pergunta:

ψ(x) = A sen r x + B cos s x onde A, B, r, s são ctes.

Verificando: qual a 2ª derivada da função ψ(x) acima com relação a x?

d 2ψ(x) = - r2 A sen rx - s2B cos sx dx2

Page 16: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

16

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

d 2ψ(x) = - 2mE ψ(x)

dx2 h2

Vemos que: -r2 = -s2 = - 2mE h-2

- r2 A sen rx - s2 B cos sx =

- 2mE h-2 A sen rx - 2mE h-2 B cos sx

2mE h-2½

para: 0 ≤ x ≤ a (slide 12)

ψ(x) = A sen [ (2mE)1/2 h-1 x ] + B cos [ (2mE)1/2 h-1 x ]

ψ(x) = A sen r x + B cos s x

d 2ψ(x) = - r2 A sen rx - s2B cos sx dx2

Substituindo:

Portanto: r = s =

Page 17: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

17

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

zero = A sen [ (2mE)1/2 h-1 zero ] + B cos [ (2mE)1/2 h-1 zero ]

Vimos anteriormente (slide 13) que quando:

x zero ψ(x) zero

Assim:

zero = A sen zero + B cos zero Sendo: cos zero = 1

Para satisfazer a igualdade: B = zero

Portanto:

ψ(x) = A sen [ (2mE)1/2 h-1 x ]

ψ(x) = A sen [ (2mE)1/2 h-1 x ] + B cos [ (2mE)1/2 h-1 x ]

Page 18: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

18

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

Vimos anteriormente (slide 13) que quando:

x a ψ(x) zero

ψ(x) = A sen [ (2mE)1/2 h-1 x ]

Assim:

zero = A sen [ (2mE)1/2 h-1 a ]

Sendo que seno é zero para: 0, ±π, ±2π, ..., ±nπ

Temos: (2mE)1/2 h-1 a = ± nπ

0;2π; 4π;

π; 3π;5π

Page 19: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

19

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

Considerando que A é uma constante arbitrária

(A corresponde a N, do slide 11) e que os valores (-nπ)

darão os mesmos resultados que +nπ, além de que n = 0 deve ser

descartado, pois tornaria ψ(x) nula para qualquer posição da

partícula na caixa (ou seja: não haveria probabilidade de encontrar

a partícula na caixa), temos que a função de onda para uma

partícula na caixa unidimensional (condições slide 12) é:

ψ(x) = A sen (n π x / a), onde n = 1, 2, 3, ....

Cujas energias permitidas são:

(2mE)1/2 h-1 a = nπ

h = h / 2 π

E = n2 h2 n = 1, 2, 3, .... 8 m a2

Energia quantizada

Page 20: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

Qual o valor de A?

A corresponde a N, do slide 11. Assim:

ψ(x) = A sen (n π x / a) n = 1, 2, 3, ....

20

A2 sen2 nπx dx = 1 a

N2 ∫ ψ* ψ dx = 1

∫0

a

Sendo: ∫ sen2 cx dx = x/2 – 1 sen 2 cx 4c Onde: c = nπ a

x - 1 a sen 2nπx2 4 nπ a

0

a

Page 21: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

21

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

21

A2 = 1

A = 2 ½

a

Finalmente, a equação de Schrödinger independente do tempo

para uma partícula em uma caixa unidimensional

(condições dadas no slide 12) foi resolvida.

x - 1 a sen 2nπx2 4 nπ a

0

a

Page 22: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

22

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

22

= 2 ½

asen nπx a

ψ

E = n2 h2 n = 1, 2, 3, .... 8 m a2

Onde:

(slide 19)

d 2ψ(x) = - 2mE ψ(x)

dx2 h2

Equação de Schrödinger independente do tempo para

uma partícula em uma caixa unidimensional:

Soluções da Eq. de Schrödinger (funções de onda):

Page 23: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

23

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

E = n2 h2 n = 1, 2, 3, .... 8 m a2

Como os níveis de energia (E) variam com n?

E1 = h2

8 m a2

E2 = 4 h2

8 m a2

E3 = 9 h2

8 m a2

E4 = 16 h2

8 m a2

E2 = 4 E1

E3 = 9 E1

E4 = 16 E1

n = 1

n = 2

n = 3

n = 4

zero

E

E1 = h2

8 m a2

Page 24: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

24

= 2 ½

asen nπx a

ψ

ψ

∞ ∞

n = 1

n = 2

n = 3

a0

x

a2

a4

3a 4

Por exemplo: para n = 1,

quando x = a / 2:sen nπx = sen π = 1 a 2

Neste caso, a função de

onda adquire seu valor mais

alto para o intervalo entre

zero e a.

Como a função de onda (ψ) varia com a posição (x), para um dado n ?

Page 25: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

25

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

= 2 ½

asen nπx a

ψ

ψ

∞ ∞

n = 1

n = 2

n = 3

a0

x

a2

a4

3a 4

Por exemplo: para n = 2,

quando x = a / 2:sen nπx = sen π = zero a

Neste caso, a função de

onda é nula. Dizemos que

nesta posição existe um nó.

Para cada valor de n existe(m) n-1 nó(s) para a função de onda.

Como a função de onda (ψ) varia com a posição (x), para um dado n ?

Page 26: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

26

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

26

Como a densidade de probabilidade (│ψ│2) varia com a posição (x) ?

ψ

∞ ∞

a0 a2

a4

3a 4

∞ ∞

x

n = 3

n = 2

n = 1

│ψ│2

a0

x

a2

a4

3a 4

Page 27: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

27

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

27

Exercício: a função de onda de uma partícula em uma caixa unidimensional de comprimento a é:

= 2 ½

asen nπx a

ψ

Se a partícula se encontra no estado fundamental,

sabendo que a = 10,0 nm:

calcule a probabilidade (P) desta partícula ser encontrada entre

x1 = 4,95 nm e x2 = 5,05 nm.

Page 28: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

28

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

28

P = 2 a

P = N2 ∫ ψ2 dx

sen2 nπx dx a∫

x1

x2

Dos slides 10 e 11, temos que:

x1

x2

Que, para o exercício proposto, fica:

Resolução:

P =

Cuja integração (slides 20 e 21) fornece:

x1

x2

2

a

x - 1 a sen 2nπx2 4 nπ a

= 2 ½

asen nπx a

ψ

Page 29: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

29

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

29

Resolução:

O exercício especifica:

- “estado fundamental”, portanto: n = 1

- a = 10,0 nm

- x1 = 4,95 nm

- x2= 5,05 nm

P = 2 a

x1

x2x - 1 a sen 2nπx2 4 nπ a

P = 2 10,0

4,95

5,05x - 1 10,0 sen 2πx2 4 π 10,0

Obs.: em cálculos envolvendo funções trigonométricas, é necessário verificar o modo de operação da calculadora:

se está em graus (deg) ou radianos.

Page 30: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

30

PARTÍCULA EM UMA CAIXA UNIDIMENSIONAL

P = 2 10,0

5,05 – 4,95 - 10,0 sen 2 π 5,05 - sen 2 π 4,95 2 4 π 10,0 10,0

P = 2 10,0

5,05 – 4,95 - 10,0 sen 2x180 x 5,05 - sen 2x180 x 4,95 2 4 π 10,0 10,0

Ou:

P = 0,2 x (0,05 - 0,796 (sen 3,173 - sen 3,110)

P = 0,02

Page 31: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

VIBRAÇÃO - OSCILADOR HARMÔNICO

H Cl

H Cl

Posição inicial

Aproximação

Afastamento

Movimento de vibração (molécula de HCl)

31

H Cl

Page 32: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

VIBRAÇÃO - OSCILADOR HARMÔNICO

32

O oscilador harmônico em uma dimensão é um modelo

muito útil para tratarmos VIBRAÇÕES que ocorrem em moléculas.

origem

deslocamento (x) em relação à origem

m

atração (por uma força (F)) para voltar à origem

m

x

posição inicial

A força (F) de retorno da partícula (de massa m) para voltar à origem

é proporcional ao seu deslocamento, por uma cte de força k.

Page 33: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

33

Assim:

F = - k xPara pensar: pq aparece o sinal de menos nesta expressão?

Sendo: F = - dV / dx V = 1 k x2

2

Energia potencial

VIBRAÇÃO - OSCILADOR HARMÔNICO

Page 34: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

34

VIBRAÇÃO - OSCILADOR HARMÔNICO

- h2 d 2ψ(x) + V(x) ψ(x) = E ψ(x)

2m dx2

Apresenta-se para um oscilador harmônico da seguinte forma:

Equação de Schrödinger(uma partícula, uma dimensão, independente do tempo):

- h2 d 2ψ(x) + 1 kx2 ψ(x) = E ψ(x)

2m dx2 2

Que soluções desta equação fazem sentido físico?

Page 35: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

Assim como vimos para a partícula na caixa unidimensional,

as soluções para o oscilador harmônico

também dependem de condições.

Tais condições implicam na quantização da energia (slide 19)

(níveis de energia permitidos) para o oscilador harmônico.

VIBRAÇÃO - OSCILADOR HARMÔNICO

35

- h2 d 2ψ(x) + 1 kx2 ψ(x) = E ψ(x)

2m dx2 2

Que soluções desta equação fazem sentido físico?

Page 36: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

36

região I região II região III

0 ax

∞ ∞

V = zero para: 0 ≤ x ≤ a (região II)

V = ∞ para: x < 0 e x > a (regiões I e III)

Condições:x

V

Partícula na caixa: Oscilador harmônico:

Condições:

implicam na quantização da

energia da partículaEnergia quantizada (slide 19)

VIBRAÇÃO - OSCILADOR HARMÔNICO

Relembrando: Considerando:

Page 37: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

37

A matemática envolvida na obtenção de soluções para esta equação

é muito complicada!

O que nos interessa, neste momento, é saber que:

as soluções (funções de onda, ψ(x)) que fazem sentido físico

para o oscilador harmônico dependem da quantização da energia,

de modo que:

VIBRAÇÃO - OSCILADOR HARMÔNICO

37

- h2 d 2ψ(x) + 1 kx2 ψ(x) = E ψ(x)

2m dx2 2

Que soluções desta equação fazem sentido físico?

E = + 1 h ω 2

Page 38: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

38

VIBRAÇÃO - OSCILADOR HARMÔNICO

38

ᶹ = 0, 1, 2, 3, ...... ω = k m

½

número quântico

freqüência de vibração:nº de vibrações em um dado intervalo de tempo

E = + 1 h ω 2

Page 39: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

3939

VIBRAÇÃO - OSCILADOR HARMÔNICO

ᶹ E = + 1 h ω 2

E0 = 1 h ω 2

E1 = 3 h ω 2

E2 = 5 h ω 2

E3 = 7 h ω 2

E4 = 9 h ω 2

ᶹ E

ᶹ = 4

ᶹ = 0

ᶹ = 1

ᶹ = 2

ᶹ = 3

Oscilador harmônico:níveis de energia

Oscilador harmônico:espaçamento entre os níveis de energia

ΔE = E - E ᶹ ᶹ+1

ΔE = h ω

h ω

Page 40: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

404040

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

ᶹ ᶹ = 0, 1, 2, 3, ......

ω = k m

½ E = + 1 h ω 2

No slide 37, vimos que para o oscilador harmônico:

No entanto, para uma molécula diatômica (por exemplo, HCl)

o sistema apresenta 2 partículas (neste caso, dois átomos: H e Cl).

Por esta razão, a expressão da freqüência (ω) deve ser modificada

para contemplar as massas das 2 partículas (H e Cl).

Como fazemos isso?

Page 41: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

414141

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

No lugar da massa (m) de 1 partícula

utilizamos a massa reduzida (µ) da molécula de HCl:

1 = 1 + 1µ mH mCl

Exercício: calcular as massas reduzidas (µ) das moléculas de:1H35Cl1H37Cl

O mesmo raciocínio vale para outras

moléculas diatômicas

ω = k m

½

Atenção: a massa reduzida é para 1 molécula, e não para um mol de moléculas!

Page 42: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

42424242

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

1 = 1 + 1µ mH mCl

1 = mCl + mH µ mH x mCl

µ = mCl x mH mH + mCl

MMCl x MMH

A A MMH + MMCl

A A

µ =

MMCl x MMH

A2

MMH + MMCl

A

µ =

MMCl x MMH

A2

MMH + MMCl

A

µ =

MMCl x MMH

A (MMH + MMCl)µ =

A = 6,02 x 1023 mol-1

1H35Cl: µ = 1,615 x 10-24 g = 1,615 x 10-27 kg

1H37Cl: µ = 1,617 x 10-24 g = 1,617 x 10-27 kg

Page 43: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

43434343

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

ᶹ ᶹ = 0, 1, 2, 3, ......

ω = k µ

½

E = + 1 h ω 2

De modo que, em função da massa reduzida, temos:

Níveis de energia vibracional permitidos para o oscilador harmônico

Page 44: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

44444444

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

ᶹ E = + 1 h ω 2

Além disso, no caso de moléculas, é mais comum expressar as

energias dos níveis vibracionais, em função de números de onda (ṽ):

ᶹ G = + 1 ṽ 2

J m-1J s

s-1

m-1

ṽ = ω 2 π c

E = h c λ

h = h 2 π

E = 2 h π c λ

Lembrando que: na transformação acima,

as seguintes expressões foram usadas:

fazendo: G = 1 λ

e

Page 45: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

4545454545

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Considerando os níveis de energia vibracional permitidos para a

molécula de 1H35Cl, de acordo com o modelo do oscilador harmônico:

é possível prever em que região do espectro eletromagnético

estaria posicionada a transição do

nível vibracional zero ( = 0) para o nível vibracional 1 ( = 1)?

ᶹ G = + 1 ṽ 2

ᶹ ṽ = ω 2 π c

ᶹ ᶹDados:

ω = k µ

½

1H35Cl: µ = 1,615 x 10-27 kg (calculada no slide 42)

HCl: k = 516 N m-1

Transição desejada: 1 0

Page 46: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

464646464646

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

G = 1 + 1 ṽ 21

ṽ = ω 2 π c

ω = k µ

½

Resolução:

G = 0 + 1 ṽ 2

0 ΔG = G1 – G0 = 1,5ṽ - 0,5 ṽ = ṽ 1,5 0,5

Sendo: e ṽ = 1 2 π c

½

ΔG = ṽ = 1 516 2π x 3,0x108 1,615x10-27

½ = 300.000 m-1

G = 1 (slide 44)

λλ = 3,33x10-6 m = 3333 nm

Região do IV

Não confundir com a funçãotermodinâmica de Gibbstransição desejada: 1 0

Page 47: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

47

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

MAS...

no caso de moléculas, o oscilador harmônico é uma boa aproximação

apenas para os níveis de energia vibracional mais baixos,

como mostra o diagrama a seguir:

Energia potencial de uma molécula

Oscilador harmônico (parábola):

En

erg

ia p

ote

nci

al (

V)

R

Re

(posição que corresponde ao mínimo da curva de potencial)

V = 1 k x2

2

V = 1 k (R – Re)2

2

Page 48: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

4848484848

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Que modelo seria mais adequado para tratar

vibrações em moléculas?

No caso de moléculas, para níveis vibracionais mais elevados, a

força não é mais proporcional ao deslocamento.

Portanto: o movimento de vibração se torna ANARMÔNICO!

Assim, recorre-se a um modo de calcular a energia potencial (V)

que corresponde mais fielmente aos valores de energia potencial de

moléculas: ENERGIA POTENCIAL DE MORSE.

V = De { 1 – e- a (R – Re) }2

Page 49: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

49

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

ENERGIA POTENCIAL DE MORSE:

V = De { 1 – e- a (R – Re) }2

R

Re

En

erg

ia p

ote

nci

al (

V)

D0

De

a = k 2 De

½

a = µ 2 De

½ ω

Ou:

De: profundidade do poço de energia potencial.

D0: energia de dissociação da ligação.

Page 50: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Resolvendo-se a Equação de Schrödinger para a

energia potencial de Morse,

os níveis de energia vibracional permitidos são:

50

ᶹ G( ) = + 1 ṽ - 2 ᶹ ᶹ + 1 2 xe ṽ

2

xe = a2 h 2 µ ω

cte de anarmonicidade

ᶹ = 0, 1, 2, 3, ......

Page 51: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

51

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

R

Re

En

erg

ia p

ote

nci

al (

V)

D0

De

Qual a relação entre D0 e De no gráfico de energia potencial de Morse?

De = D0 + 1 1 – 1 xe ṽ 2 2

De: profundidade do poço de energia potencial.

D0: energia de dissociação da ligação.

Page 52: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

52

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Para a molécula de 127I35Cl, calcule:

- o comprimento de onda da transição vibracional 2 1;

- a energia de dissociação da molécula (resposta em eV).

Dados:

De = D0 + 1 1 – 1 xe ṽ 2 2

xe ṽ = 1,5 cm-1

ṽ = 384,3 cm-1

ΔG = G2 – G1 = ṽ - 4 xe ṽ = 384,3 – 4x1,5 = 378,3 cm-1

ᶹ G( ) = + 1 ṽ - 2 ᶹ ᶹ + 1 2 xe ṽ

2

Resolução:

λ = 2,64x104 nm

De = 1,756x104 cm-1

D0 = De - 1 1 – 1 xe ṽ 2 2

D0 = 2,16 eV

Page 53: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

53

Vimos, nas últimas aulas, que as moléculas podem vibrar.

Para interpretar adequadamente o movimento de vibração em

moléculas diatômicas (por ex.: HCl), aplicamos

a equação de Schrödinger para o oscilador harmônico e

encontramos os níveis de energia vibracional permitidos.

Posteriormente, “melhoramos” o modelo do oscilador harmônico

introduzindo a energia potencial de Morse e a anarmonicidade (slide 50):

ᶹ G( ) = + 1 ṽ - 2 ᶹ ᶹ + 1 2 xe ṽ

2

xe = a2 h 2 µ ω

cte de anarmonicidade

ᶹ = 0, 1, 2, 3, ......

VIBRAÇÕES DE MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Page 54: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

5454

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS

Mas..... além de vibrar,

as moléculas podem realizar movimentos de ROTAÇÃO.

Para a interpretação da rotação, as moléculas são enxergadas

como rotores. Assim, existem vários tipos de rotores,

dependendo da geometria das moléculas:

Rotor linear: representa moléculas como por ex.: HCl, H2, CO2, C2H2.

Page 55: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

555555

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS

Rotor esférico: representa moléculas como por ex.: CH4, SF6.CCl4.

Rotor simétrico: representa moléculas como por ex.: CH3Cl, NH3.C6H6.

Page 56: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

5656

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Por uma questão de tempo, vamos nos ater apenas à rotação em

moléculas diatômicas.

Partindo, novamente, da equação de Schrödinger, aplicada

ao modelo de um rotor linear, e dadas as considerações pertinentes,

temos os níveis de energia rotacional permitidos:

EJ = J (J + 1) h2 2I

J = 0, 1, 2, 3, ...

nº quântico

momento de inércia

I = µ R2µ: massa reduzida da molécula

R: comprimento da ligação

R

Page 57: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

575757

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Exercício: qual o comprimento da ligação da molécula de 1H35Cl?

dado: I = 2,73x10-47 kg m2

I = µ R2µ: massa reduzida da molécula

R: comprimento da ligação

R

Resolução:

R = I µ

½ R = 2,73x10-47 kg m2

1,615x10-27 kg

½

R = 1,30x10-10 m = 0,130 nm = 1,30 Å = 130 pm

calculada no slide 42

Page 58: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

5858

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS DIATÔMICAS

EJ = J (J + 1) h2 2I

F(J) = BJ (J + 1)

B = h 4 π c I

Analogamente ao que vimos para vibração (slide 44),

em rotação é mais comum representar os níveis de energia em

função do termo rotacional F(J):

B (constante rotacional) expressa

em número de onda (m-1; cm-1)

Page 59: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

5959

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS DIATÔMICAS

F(J) = BJ (J + 1)

Dados os níveis de energia rotacional permitidos:

Quais são as transições permitidas entre níveis rotacionais?

J + 1 J ou ΔJ = +1

J J - 1 ou ΔJ = -

1

ΔJ = ± 1

Portanto, para as transições entre níveis rotacionais permitidos

( ΔJ = + 1), temos:

1 0 Bx1 (1 + 1) – Bx0 (0 + 1) = 2B Transição:

J = 0, 1, 2, 3, ...

Page 60: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

60

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS DIATÔMICAS

1 0 Bx1 (1 + 1) – Bx0 (0 + 1) = 2B

Transição:

2 1 Bx2 (2 + 1) – Bx1 (1 + 1) = 4B

Transição:

3 2 Bx3 (3 + 1) – Bx2 (2 + 1) = 6B

Transição:

4 3 Bx4 (4 + 1) – Bx3 (3 + 1) = 8B

Transição:

5 4 Bx5 (5 + 1) – Bx4 (4 + 1) = 10B

Transição:

6 5 Bx6 (6 + 1) – Bx5 (5 + 1) = 12B

Transição:

7 6 Bx7 (7 + 1) – Bx6 (6 + 1) = 14B

Transição:

2B

2B

2B

Page 61: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

6161

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Se as linhas de transição

entre níveis rotacionais

permitidos têm espaçamento

de 2B (slide 60) entre elas:

qual a forma típica de um

espectro puramente rotacional

para um rotor linear

(por ex.: molécula diatômica

heteronuclear (HCl))?

J

10

15

20

0

Page 62: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

6262

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Típico espectro puramente rotacional para um rotor linear

2B2B2B

Page 63: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

Exercício: qual o número de onda (ṽ) referente à transição do nível

rotacional J = 7 para o nível rotacional J = 8 para a molécula de 1H35Cl?

dado: B = 10,59 cm -1

63

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Resolução:

Os níveis de energia rotacional permitidos são dados por:

F(J) = BJ (J + 1) (slide 58) Portanto:

F(8) = Bx8 (8 + 1)

F(7) = Bx7 (7 + 1)

F(8) – F(7) = ṽ = 16 B

ṽ = 16x 10,59 cm-1 = 169,4 cm-1

Page 64: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

64

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS

Qualquer molécula pode apresentar espectro puramente rotacional?

NÃO!

Para apresentar espectro puramente rotacional, a molécula

deve possuir momento de dipolo elétrico permanente (u).

Assim:

Moléculas lineares, como CO2,

e moléculas diatômicas homonucleares (H2, O2, Cl2),

que são apolares são:

ROTACIONALMENTE INATIVAS.

Portanto: moléculas apolares não apresentam

espectro puramente rotacional.

Page 65: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

65

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS

A condição mencionada no slide 64 é uma

regra de seleção rotacional.

REGRAS DE SELEÇÃO

ditam as condições que tornam uma determinada

transição permitida ou proibida!

De onde vem a regra de seleção para espectros de rotação?

Para ser capaz de absorver ou emitir um fóton de freqüência (v),

a molécula deve possuir

um dipolo oscilante naquela freqüência:

a molécula deve ser polar.

Page 66: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

66

ROTAÇÃO EM MOLÉCULAS

Regra de seleção para espectros de rotação

Para um observador que está parado, uma molécula polar em

movimento de rotação se parece com um dipolo oscilante.

Exercício (para refletir em casa, ou durante os estudos): quais das

moléculas a seguir apresentam espectro puramente rotacional? Pq?

N2 CO2 NO CH4 N2O C6H6

Page 67: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

67

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMAN

Mas...

e se um momento de dipolo for induzido na molécula?

Ou seja: e se, a presença de um campo elétrico, for capaz de induzir

um momento de dipolo na molécula?

A habilidade que uma molécula apresenta de sofrer

distorções em resposta a um campo elétrico (E) aplicado é

denominada de polarizabilidade elétrica (α). Assim, o momento de

dipolo (u) pode ser adquirido por uma molécula na presença de um

campo aplicado por:

u = α E

Page 68: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

68

Moléculas diatômicas homonucleares, heteronucleares

e todas as moléculas lineares são polarizáveis.

Moléculas esféricas (SF6, CH4) não são polarizáveis.

Qual a importância da indução de momento de dipolo em moléculas?

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMAN

E

molécula distorcida

molécula não distorcida

Page 69: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

6969

Qual a importância da indução de momento de dipolo em moléculas?

Possibilidade de analisar moléculas que são rotacionalmente inativas.

A técnica que permite explorar moléculas polarizáveis é a

espectroscopia de rotação Raman.

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMAN

Na espectroscopia Raman:

Os níveis de energia (rotacional, vibracional) de moléculas são

explorados avaliando-se as freqüências de radiação que foram

espalhadas pelas moléculas.

O feixe de radiação espalhada é monitorado em uma posição

perpendicular ao feixe de radiação incidente.

Page 70: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

70

Na espectroscopia Raman, o que pode acontecer quando fótons

incidentes colidem com moléculas?

São duas possibilidades:

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMAN

1. Fóton colide e dá parte de sua energia para a molécula:

tal fóton emerge com energia (ou freqüência) menor que a incidente.

Radiação STOKES

2. Fóton colide e recebe parte da energia da molécula (excitada):

tal fóton emerge com energia (ou freqüência) maior que a incidente.

Radiação ANTI-STOKES

Page 71: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

717171

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMAN

Na espectroscopia Raman, para moléculas lineares, as transições

permitidas entre níveis rotacionais são dadas por:

ΔJ = 0, ± 2F(J) = BJ (J + 1)

Portanto, para a radiação Stokes, onde as transições entre níveis

rotacionais são dadas por ΔJ = + 2, temos:

Transição:

J = 0, 1, 2, 3, ...

ṽ = ṽi – (F(J+2) – F(J))

nº de onda da radiação incidente (fóton incidente)

J + 2 J

O fóton incidente dá (ou perde) parte de sua energia para a molécula

MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Onde:

ṽi = 1 λ i

Page 72: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

72727272

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMAN

2 0 ṽ = ṽi – 6B

Transição: ṽ = ṽi – (F(J+2) – F(J))

F(J+2) = B (J + 2) (J + 2 + 1)

Espectros Raman: linhas Stokes

F(J) = BJ (J + 1)

ṽ = ṽi – 2B (2J + 3)

3 1 ṽ = ṽi – 10B

4 2 ṽ = ṽi – 14B

5 3 ṽ = ṽi – 18B

6 4 ṽ = ṽi – 22B

4B

4B

MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Page 73: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

73737373

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMAN

Analogamente:

Para a radiação anti-Stokes, onde as transições entre níveis

rotacionais são dadas por ΔJ = - 2, temos:

Transição: ṽ = ṽi + (F(J) – F(J-2))

J J - 2

nº de onda da radiação incidente (fóton incidente)

O fóton incidente recebe parte da energia da molécula (já excitada)

ṽ = ṽi + 2B (2J - 1)

MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Page 74: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

7474747474

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMAN

2 0 ṽ = ṽi + 6B

Espectros Raman: linhas anti-Stokes

3 1 ṽ = ṽi + 10B

4 2 ṽ = ṽi + 14B

5 3 ṽ = ṽi + 18B

6 4 ṽ = ṽi + 22B

4B

4B

MOLÉCULAS DIATÔMICAS

Page 75: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

757575

Nos espectros de rotação Raman, as linhas de transição

(Stokes e anti-Stokes) entre níveis rotacionais permitidos têm

espaçamento de 4B (slides 72 e 74) entre elas:

qual a forma típica de um espectro de rotação Raman

para uma molécula diatômica?

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMANMOLÉCULAS DIATÔMICAS

Page 76: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

76767676

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMANMOLÉCULAS DIATÔMICAS

Típico espectro de rotação Raman para uma molécula diatômica

linhasStokes

Linhasanti-Stokes

J

10

15

20

Page 77: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

7777777777

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMANMOLÉCULAS DIATÔMICAS

Típico espectro de rotação Raman para uma molécula diatômica

linhasStokes

linhasanti-Stokes

2 011 918 16

2 0 10 8 17 15

Page 78: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

Exercício – para entregar em 04/11 de Novembro, valendo nota

(individual): calcular os números de onda (ṽ) para as 4 primeiras

linhas Stokes e anti-Stokes do espectro de rotação Raman da

molécula de 14N2.

Obs.: os cálculos e raciocínio deverão ser mostrados na resolução.

78

ESPECTROS DE ROTAÇÃO RAMANMOLÉCULAS DIATÔMICAS

Dados:

B = 1,99 cm-1

λi = 336,732 nm

Page 79: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

Vimos anteriormente que:

- moléculas podem vibrar (vibração)

- moléculas podem rotacionar (rotação)

79

MOLÉCULAS DIATÔMICAS

O que envolve mais energia:

- transições entre níveis vibracionais?

OU

- transições entre níveis rotacionais?

Existe alguma relação entre transições

VIBRACIONAIS e ROTACIONAIS?

Page 80: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

80

MOLÉCULAS DIATÔMICAS ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAISE

ner

gia

R

D0 De

níveis rotacionais do nível vibracional zeroníveis rotacionais do nível vibracional um

níveis rotacionais do nível vibracional dois

Nível eletrônico fundamental (n = 1):

1º nível eletrônico excitado (n = 2):

Page 81: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

81

MOLÉCULAS DIATÔMICAS ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS

Se para as transições entre níveis rotacionais,

a regra de seleção é: J ± 1

Transições entre níveis vibracionais

são acompanhadas de

transições entre níveis rotacionais.

Exemplos:

Transição: - vibracional 1 0

- rotacional 3 2

Transição: - vibracional 2 0

- rotacional 4 3

Page 82: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

82

MOLÉCULAS DIATÔMICAS ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS

Exemplos (slide 81):

Transição: - vibracional 1 0

- rotacional 3 2

Transição: - vibracional 2 0

- rotacional 4 3

ᶹ ᶹ

= 0

= 1

= 2

01234

J

Page 83: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS:

como são combinadas as funções vibracional (G( )) e rotacional (F(J))?

+ BJ (J + 1)

MOLÉCULAS DIATÔMICAS ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS

Termo ROTO-VIBRACIONAL: S( , J) ᶹ

S( , J) ᶹ

= G( ) + F(J) ᶹ

S( , J) ᶹ

ᶹ = + 1 ṽ 2

Obs.: desconsiderando a anarmonicidade na vibração.

Page 84: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

84

ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS: possibilidades de transição

MOLÉCULAS DIATÔMICAS ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS

Quando: ᶹ

+ 1 e ΔJ = - 1 Ramo P: - 2BJ

ṽP(J) = ṽ

Nos casos em que é permitido ΔJ = 0 Ramo Q: ṽQ(J) = ṽ

Por exemplo, para a molécula de NO

Quando: ᶹ

+ 1 e ΔJ = + 1 Ramo R: 2B(J + 1)

ṽR(J) = ṽ +

Page 85: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

8585

ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS: possibilidades de transição

MOLÉCULAS DIATÔMICAS ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS

freqüência

J

Estado vibracional mais baixo

Estado vibracional mais alto

0

7

6543

J

0

7

6543

Ramo P

Ramo Q

Ramo RΔJ = - 1:

ΔJ = 0:

ΔJ = +1:

Page 86: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

868686

ESPECTRO ROTO-VIBRACIONAL: HCl

MOLÉCULAS DIATÔMICAS ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS

Nº de onda(cm-1)

Ramo P

Ramo Q(não apresenta)

Ramo RΔJ = - 1:

ΔJ = 0:

ΔJ = +1:

30002800

1H35Cl1H37Cl

Importante(2 picos):

Page 87: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

87878787

MOLÉCULAS DIATÔMICAS ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS

Exercício: um espectro de IV para a molécula de 1H35Cl forneceu as

seguintes linhas de transição (ramo P):

J(1): 1 0

J(2): 2 1

posição da linha no espectro: 2865,14 cm-1 posição da linha no espectro: 2843,63 cm-1

Qual o comprimento da ligação da molécula de 1H35Cl?

Dados:

B = h 4 π c I

I = µ R2 (para moléculas diatômicas)

h = 1,054x10-34 J s

1H35Cl: µ = 1,615x10-27 kg (calculado no slide 42)

Page 88: FACULDADE DE QUÍMICA TECNOLÓGICA QUÍMICA QUÂNTICA Prof.ª Déborah de Alencar Simoni

8888888888

MOLÉCULAS DIATÔMICAS ESPECTROS ROTO-VIBRACIONAIS

- 2BJ

ṽP(J) = ṽ

Resolução:

Para o ramo P (slide 84), as transições são dadas por:

Considerando a transição J(1): 1 0, temos que:

- 2BJ = 2865,14 cm-1ṽP(1) = ṽ

Considerando a transição J(2): 2 1, temos que:

- 2BJ = 2843,63 cm-1

ṽP(2) = ṽ

2865,14 cm-1

ṽP(1)

- ṽP(2)

Assim, a diferença entre estas duas linhas do espectro é dada por:

Portanto: - 2B) - = (ṽ

- 2843,63 cm-1

ṽP(1)

- ṽP(2)

- 4B) = 2B (ṽ

= 2B B = 10,8 cm-1

R = h 4 π c µ B

½ Finalizar este cálculo e entregar (individual) valendo presença.

Dar a resposta em pm.