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FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE PAULO BEZERRA RODRIGUES Estudo sobre a modernização da malha da CPTM Companhia Paulista de Trens Metropolitanos: resultados operacionais São Paulo 2011

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE

PAULO BEZERRA RODRIGUES

Estudo sobre a modernização da malha da CPTM – Companhia

Paulista de Trens Metropolitanos: resultados operacionais

São Paulo

2011

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Estudo sobre a modernização da malha da CPTM – Companhia

Paulista de Trens Metropolitanos: resultados operacionais

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, sob a orientação do Professor Me. Célio Daroncho, como requisito parcial para a obtenção do diploma de Graduação no Curso de Tecnologia em Logística e Transportes.

São Paulo

2011

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RODRIGUES, Paulo Bezerra Estudo sobre a modernização da malha da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos: resultados operacionais / Paulo Bezerra Rodrigues –

Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, São Paulo, 2011

116 p.

Orientador: Me. Célio Daroncho Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

1. Transporte metropolitano. 2. Rede de transporte. 3. Modernização.

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RODRIGUES, Paulo Bezerra

Estudo sobre a modernização da malha da CPTM - Companhia Paulista de

Trens Metropolitanos: resultados operacionais

Monografia apresentada no curso de Tecnologia em Logística e Transporte na Faculdade de Tecnologia da Zona Leste como requerido parcial para obter o título de Tecnólogo em Logística e Transporte.

Orientador: Professor Me. Célio Daroncho

Banca Examinadora

Prof. Me. Célio Daroncho Instituição: Fatec Zona Leste

Julgamento: _________________________ Assinatura: ____________________

Prof. Dr. ou Me. ______________________ Instituição: ____________________

Julgamento: _________________________ Assinatura: ____________________

Prof. Dr. ou Me _______________________ Instituição: ____________________

Julgamento: _________________________ Assinatura: ____________________

São Paulo, ____ de _______________ de 2011.

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Dedico este trabalho a todos os ferroviários deste

país, que com sua garra e dedicação, transformam

cada vez mais em realidade o sonho de colocar o

Brasil nos trilhos.

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AGRADECIMENTOS

Só Deus sabe o que passei para até chegar aqui. Momentos de lutas, de

provas e de dor, mas também períodos de alegria e contentamento, momentos estes

que prevalecem sempre, por maiores que sejam os obstáculos. Agradeço a Ele por

tudo que tem me proporcionado, não apenas na concretização deste trabalho, mas

também na minha vida.

Agradeço especialmente a CPTM (Companhia Paulista de Trens

Metropolitanos), através de sua Gerência de Planejamento de Transportes (GPT),

representados pelos Sres. Rodrigo Sartoratto e Francis Régis da Silva, e ao Afonso

Antero, do Setor de Atendimento ao Usuário (SAU), pela colaboração na

concretização desta monografia, seja através de concessão de informações e dados

como pela explicação e atenção constantes. E a companhia como um todo, por

proporcionar a realização de visitas técnicas e apresentar os bastidores da empresa.

Aos colegas do fórum ferroviário TGVBR, pois lá é que comecei a criar o

gosto e a paixão pela ferrovia, além de colher muitas informações sobre o transporte

ferroviário.

Ao grupo dos “repetentes”, colegas de sala representados pelos Sres. Elton

Taveira, João Mattos, Francisco Mazzoni, Everton Alves, Diego Afonso e Luciano

Monteiro, que juntos damos muitas risadas e compartilhamos diversas experiências.

Nesse grupo também se inclui as novas integrantes Roberta Morais e Josilene

Aquino.

A colega Andressa Tadeu, pelo apoio prestado ao longo do curso e que

atualmente não tenho mais contato. Tomara que um dia possamos voltar à boa

amizade que tínhamos antes.

Aos meus pais, Francisco e Cecília, que me suportaram e aturaram a minha

exigência, o meu mau humor e pelo auxílio ao longo desta jornada.

Ao Professor Me. Célio Daroncho, que me orientou e esclareceu diversas

dúvidas referentes às ações que deveriam ser tomados para a concretização do pré-

projeto em monografia.

A todos, que direto ou indiretamente, não impediram a conclusão deste

trabalho.

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“Em vez de jogar pedras no passado,

vamos aproveitar todas as pedras

disponíveis para construir o futuro.”

Trecho do discurso “A hora da verdade”,

em ocasião da posse do presidente Emílio

Garrastazu Médici, em 07 de outubro de

1969.

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RODRIGUES, Paulo Bezerra. Estudo sobre a modernização da malha da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos: resultados operacionais. 116 p. Monografia (Graduação em Logística). Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, São Paulo, 2011.

O transporte público nas grandes metrópoles mundiais é o principal agente indutor da mobilidade urbana. Dentre os diversos modos de transporte coletivo, o transporte metroferroviário é o meio mais rápido e eficaz. A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), não fugindo a regra, tem a sua disposição uma malha ferroviária (ainda que limitada às suas necessidades) que atinge diversos quadrantes do território e encontra-se em processo de modernização. Esta modernização visa ampliar a capacidade de utilização da malha, refletindo diretamente na oferta de lugares em suas linhas e redução dos intervalos entre os trens, principalmente nos horários de pico. O objetivo desta monografia é mostrar quais os resultados que a modernização da malha da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) irá proporcionar (do ponto de vista operacional), elencar as ações em curso e os resultados previstos a serem alcançados com a efetiva modernização. Resultados estes que já podem ser notados, como o aumento do número de passageiros transportados e a consolidação da malha da CPTM como uma rede de transporte integrado.

Palavras-chave: Transporte metropolitano; rede de transporte; modernização.

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RODRIGUES, Paulo Bezerra. Study on modernitazion of the mest CPTM – Paulista Metropolitan Trains Company: operating results. 116 p. Monograph (Graduation in Logistics). Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, São Paulo, 2011.

Public transport in big cities in the world is the main inducing agent of urban mobility. Among the various modes of transportation, transport metroferroviário is the fastest and most effective. The Metropolitan Region of São Paulo (RMSP), not fleeing the rule, has at its disposal a railway (though limited to their needs), which affects many quarters of the territory and is in the process of modernization. This upgrade aims to increase the usability of the network, reflecting directly the offer of places on their lines and reduce intervals between trains, especially during peak hours. The purpose of this monograph is to show the results that the modernization of the braid CPTM (Paulista Metropolitan Trains Company) will provide (the operational point of view), listing the actions underway and expected results to be achieved with the effective modernization. That these results can be noticed, such as increasing the number of passengers carried and the consolidation of the mesh as a CPTM integrated transport network.

Key words: Metropolitan transportation; transport network; modernization.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Capacidades dos modos de transporte público urbano. ........................... 21

Figura 2 - Região Metropolitana de São Paulo: municípios e sub-regiões. ............... 32

Figura 3 - Trem de subúrbio da FEPASA na estação de Itapevi, 1977. .................... 37

Figura 4 - Mapa do município de São Paulo dividido em oito áreas operacionais. ... 39

Figura 5 - Visualização gráfica do Sistema de Monitoramento do Transporte - Olho

Vivo. .......................................................................................................................... 41

Figura 6 - Transporte Metropolitano na RMSP, 2010. ............................................... 43

Figura 7 - Pingentes ferroviários no trem série 4.400, no sistema leste, s/d. ............ 58

Figura 8 - Trem Unidade Elétrico Série 4.400, com pintura proveniente do PQMR I,

s/d. ............................................................................................................................ 60

Figura 9 - Trem série 2.100 alinhado na estação Guapituba..................................... 60

Figura 10 – Mapa com o esquema operacional do Projeto Integração Centro. ........ 62

Figura 11 - Mapa da extensão da linha 9 - Esmeralda, até o bairro de Varginha...... 68

Figura 12 - Mapa do trajeto do VLT ligando a linha 8 ao bairro de Alphaville. .......... 69

Figura 13 - Traçado do VLT Guarulhos – ABC. ......................................................... 70

Figura 14 - Traçado da linha 13 - Jade (Trem de Guarulhos). .................................. 71

Figura 15 - Traçado do Expresso ABC. ..................................................................... 73

Figura 16 - Traçado do Expresso Oeste - Sul. .......................................................... 74

Figura 17 - Posição atual das estações Lapa da linha 7 e Lapa da linha 8. .............. 76

Figura 18 - Proposta de unificação da estação Lapa. ............................................... 76

Figura 19 - Vista área da Estação da Luz, com o abrigo de manutenção ao fundo. . 77

Figura 20 - Concepção de implantação do complexo Nova Luz. .............................. 77

Figura 21 - Esquema operacional projetado dos diferentes serviços ferroviários na

Nova Luz. .................................................................................................................. 78

Figura 22 - Pátio ferroviário de cargas de Jundiaí, operado pela MRS Logística. ..... 82

Figura 23 – Trem metropolitano aguardando passagem do trem cargueiro em

Calmon Viana. ........................................................................................................... 83

Figura 24 - Trem de carga geral próximo a estação Francisco Morato. .................... 83

Figura 25 - Composição da MRS em tráfego nas proximidades da estação da Luz. 84

Figura 26 – Vão notável entre trem e plataforma na estação Campo Limpo Paulista.

.................................................................................................................................. 84

Figura 27 - Alternativas para a eliminação do gargalo ferroviário da RMSP. ............ 87

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Figura 28 - Rede de trens urbanos operados pela Supervia, s/d. ............................. 99

Figura 29 - Sistema Estrutural Integrado - SEI - da Região Metropolitana do Recife,

2004. ....................................................................................................................... 100

Figura 30 - Rede de metrô e trens urbanos na área central de Toronto, Canadá, s/d.

................................................................................................................................ 101

Figura 31 - Densidade de viagens na RMSP em 1997. .......................................... 102

Figura 32 - Densidade de empregos por habitante na RMSP em 1997. ................. 102

Figura 33 - Renda familiar em 1997 na RMSP. ....................................................... 103

Figura 34 - Panorama urbano da RMSP em 1997. ................................................. 103

Figura 35 - Simulação de viagens por habitantes para o horizonte 2020. ............... 104

Figura 36 - Rede aberta do PITU 2020. .................................................................. 104

Figura 37 - PITU 2020: Rede densa. ....................................................................... 105

Figura 38 - Rede de transportes do PITU 2025. ...................................................... 106

Figura 39 - Atendimento CPTM: cenário 2010. ....................................................... 113

Figura 40 - Atendimento CPTM: cenário 2014. ....................................................... 113

Figura 41 - Atendimento CPTM: cenário 2020. ....................................................... 114

Figura 42 - Atendimento CPTM: cenário 2025. ....................................................... 114

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Comparativo entre os modos de transporte coletivo urbano...................22

Quadro 2 – Formas de priorização do transporte coletivo por ônibus: vantagens e

desvantagens.............................................................................................................23

Quadro 3 – Terminais da cidade de São Paulo.........................................................40

Quadro 4 – Estações da CMSP.................................................................................44

Quadro 5 – Integração Metrô-SP e CPTM.................................................................44

Quadro 6 – Integração Metrô-SP com ônibus municipais e

intermunicipais............................................................................................................44

Quadro 7 – Estações de Integração da CPTM com ônibus municipais e

intermunicipais............................................................................................................47

Quadro 8 – Divisão das estações da CPTM por linha e município............................48

Quadro 9 – Cronograma previsto de implantação da linha 9 até Varginha...............68

Quadro 10 – Cronograma previsto de implantação do VLT de Alphaville.................69

Quadro 11 – Cronograma previsto de implantação do VLT Guarulhos-ABC.............71

Quadro 12 – Cronograma previsto de implantação do trem de Guarulhos................72

Quadro 13 – Cronograma previsto de implantação do Expresso ABC......................73

Quadro 14 – Cronograma previsto de implantação do Expresso Oeste – Sul...........74

Quadro 15 – Características técnicas operacionais do transporte ferroviário de carga

e passageiros.............................................................................................................82

Quadro 16 – Projeções de concretização das ações relacionadas ao Ferroanel de

São Paulo...................................................................................................................88

Quadro 17 – Intervenções: Linha 7 – Rubi...............................................................107

Quadro 18 – Intervenções: Linha 8 – Diamante.......................................................108

Quadro 19 – Intervenções: Linha 9– Esmeralda......................................................109

Quadro 20 – Intervenções: Linha 10 – Turquesa.....................................................110

Quadro 21 – Intervenções: Linha 11 – Coral ...........................................................111

Quadro 22 – Intervenções: Linha 12 – Safira...........................................................112

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Comprimentos e capacidades dos veículos do modo ônibus ................... 22

Tabela 2 - Corredores de Ônibus da cidade de São Paulo ....................................... 40

Tabela 3 - Características Gerais da CMSP.............................................................. 42

Tabela 4 - Integrações na CMSP .............................................................................. 45

Tabela 5 - Características da frota de trens - CMSP ................................................. 45

Tabela 6 - Oferta e demanda - CMSP ....................................................................... 46

Tabela 7 - Características Gerais da CPTM .............................................................. 46

Tabela 8 – Quantidade de TUEs por linha: Linhas 7 – Rubi, 8 – Diamante e 9 -

Esmeralda ................................................................................................................. 49

Tabela 9 - Quantidade de TUEs por linha: Linhas 10 – Turquesa, 11 – Coral e 12 -

Safira ......................................................................................................................... 49

Tabela 10 - Frota de Trens da CPTM ........................................................................ 50

Tabela 11 - Dados operacionais da CPTM - 2010 .................................................... 51

Tabela 12 - Resultados operacionais: Linha 7 - Rubi ................................................ 78

Tabela 13 - Resultados operacionais: Linha 8 - Diamante ........................................ 78

Tabela 14 - Resultados operacionais: Linha 9 - Esmeralda ...................................... 79

Tabela 15 - Resultados Operacionais: Linha 10 - Turquesa ..................................... 79

Tabela 16 - Resultados Operacionais: Linha 11 - Coral ............................................ 79

Tabela 17 - Resultados Operacionais: Linha 12 - Safira ........................................... 79

Tabela 18 - MDU por linha e serviço da CPTM: simulação com horizonte 2025....... 80

Tabela 19 - Distribuição do fluxo de cargas na RMSP .............................................. 85

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LISTA DE SIGLAS

ALL - América Latina Logística S.A.

AMV - Aparelho de Mudança de Via

AEAMESP - Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô

NTU - Associação Nacional das Empresas de Transporte Público Urbano

ATC - Automatic Train Control

ATO - Automatic Train Operation

ATS - Automatic Train Stop

BIT - Banco de Informações e Mapas de Transportes

BART - Bay Área Rapid Transit

BRT - Bus Rapid Transit

CCO - Centro de Controle Operacional

CLI - Centros Integrados Logísticos

CBTC - Communications-Based Train Control

CBTU - Companhia Brasileira de Trens Urbanos

CMSP - Companhia do Metropolitano de São Paulo

CMTC - Companhia Municipal de Transportes Coletivos

CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos

CNT - Confederação Nacional do Transporte

CTC - Controle de Tráfego Centralizado

DRM - Diretoria Regional Metropolitana

EMTU - Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos

EFCB - Estrada de Ferro Central do Brasil

EFSJ - Estrada de Ferro Santos a Jundiaí

EFS - Estrada de Ferro Sorocabana

FERROBAN - Ferrovia Bandeirante S.A.

FEPASA - Ferrovia Paulista S.A.

GEM - Grupo Executivo do Metropolitano

MDU - Média por dia útil

Metrô-SP - Metrô de São Paulo

PITU - Plano Integrado de Transportes Urbanos

PQMR - Plano Quinquenal do Material Rodante

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PEA - População Economicamente Ativa

PCP - Posto de Comando de Pátio

PIB - Produto Interno Bruto

RENFE - Red Nacional de Ferrocarriles Españoles

RER - Railway Express Regional

RFFSA - Rede Ferroviária Federal S.A.

RMSP - Região Metropolitana de São Paulo

SPR - São Paulo Railway

SPTRANS - São Paulo Transporte S.A.

STM - Secretaria dos Transportes Metropolitanos

SSC - Sistema de Sinalização e Controle

SEI - Sistema Estrutural Integrado

STU/SP - Superintendência de Trens Urbanos de São Paulo

USP - Universidade de São Paulo

VAL - Veículo Automático Leve

VLP - Veículo Leve sobre Pneus

VLT - Veículo Leve sobre Trilhos

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 16

2 TRANSPORTE PÚBLICO URBANO .................................................................. 18

2.1 Histórico ....................................................................................................... 18

2.2 Modalidades de Transporte Urbano ............................................................. 19

2.3 Modos de Transporte Coletivo Urbano ......................................................... 20

Ônibus ................................................................................................... 20 2.3.1

Metrô Pesado ........................................................................................ 22 2.3.2

Metrô Leve ............................................................................................. 24 2.3.3

Trem Urbano.......................................................................................... 24 2.3.4

VLT – Veículo Leve sobre Trilhos .......................................................... 25 2.3.5

VLP – Veículo Leve sobre Pneus .......................................................... 26 2.3.6

BRT – Bus Rapid Transit ....................................................................... 26 2.3.7

Monotrilho .............................................................................................. 26 2.3.8

Teleférico ............................................................................................... 27 2.3.9

2.4 Linhas e Redes de Transporte Público ........................................................ 27

2.4.1 Linhas de Transporte Público ................................................................ 27

2.4.2 Redes de Transporte Público ................................................................ 28

2.5 Integração no Transporte Público Urbano .................................................... 29

3 TRANSPORTE PÚBLICO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO .. 31

3.1 A Região Metropolitana de São Paulo ......................................................... 31

3.2 Sistemas de Transportes Coletivos na RMSP ............................................. 32

3.3 Histórico do modal rodoviário na cidade de São Paulo ................................ 33

3.4 Histórico do modal ferroviário na RMSP ...................................................... 34

3.5 São Paulo Transporte S.A. – SPTRANS ...................................................... 38

3.6 STM – Secretaria dos Transportes Metropolitanos ...................................... 41

3.6.1 Companhia do Metropolitano de São Paulo – CMSP ............................ 42

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3.6.2 Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM ......................... 46

3.6.3 Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU .................... 51

3.7 PITU – Plano Integrado de Transportes Urbanos ........................................ 53

4 A MODERNIZAÇÃO DA MALHA DA CPTM ...................................................... 57

4.1 Antecedentes da modernização ................................................................... 57

4.2 O início da modernização (1995 – 2001) ..................................................... 59

4.2.1 PQMR I e aquisição de trens ................................................................. 59

4.2.2 Projeto Sul de Trens Metropolitanos ...................................................... 60

4.2.3 Integração Centro .................................................................................. 61

4.2.4 Expresso Leste ...................................................................................... 62

4.3 Modernização – 2ª Fase (2005 – 2010) ....................................................... 63

4.3.1 Extensão da linha 9 – Esmeralda .......................................................... 65

4.3.2 Recapacitação da Linha 12 – Safira ...................................................... 66

4.3.3 PQMR II e aquisição de trens ................................................................ 66

4.4 Projetos da companhia e resultados esperados .......................................... 67

4.5 A modernização e o compartilhamento de vias com a MRS Logística S.A. . 80

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 89

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 92

ANEXOS ................................................................................................................... 99

Anexo A – Redes de Transporte Público ............................................................... 99

Anexo B – Mapas do PITU 2020 e 2025 ............................................................. 102

Anexo C – Ações da modernização da malha da CPTM ..................................... 107

Anexo D – Cenários de atendimento e intervalos previstos: Período 2010-2025 113

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1 INTRODUÇÃO

Com o elevado número de veículos automotores em circulação, a mobilidade

urbana nas metrópoles e aglomerados urbanos tende a piorar, em virtude dos longos

congestionamentos, além de contribuir para a poluição atmosférica.

É atribuído ao transporte público de passageiros o principal fator de

mobilidade urbana, em face de sua elevada capacidade de deslocamento. Para que

a mobilidade urbana seja uma realidade, os diversos modos de transporte coletivo

devem operar de forma integrada, como os ônibus, trens urbanos e metrôs.

Com a economia brasileira aquecida e a adoção de políticas para a

integração dos diferentes modos que atendem o transporte coletivo, registrou-se

aumento considerável na demanda por transporte de passageiros, na Região

Metropolitana de São Paulo (KOCHEN, 2008).

Segundo a Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô de São Paulo

– AEAMESP, os baixos investimentos e a falta de uma política governamental

envolvendo, em conjunto, os deslocamentos diários da população e a localização

dos empregos e equipamentos públicos contribuíram para que os atuais sistemas de

transporte público operem no limite de suas capacidades, principalmente nos

horários de pico.

Para que um sistema seja bem administrado e tenha condições de atender a

demanda de usuários, e necessário um planejamento das ações a serem tomadas.

Neste contexto encontra-se inserido o Plano de Integrado de Transportes Urbanos –

PITU, com horizonte para 2020.

O PITU relata um conjunto de ações a ser tomadas, visando capacitar a

Região Metropolitana de São Paulo de uma rede de transporte capaz de promover a

mobilidade urbana. Foi editado em 1999, e serve como referência para os

investimentos do setor público no segmento (SÃO PAULO, 1999).

Em 2005, a STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de

São Paulo) promoveu uma revisão no plano, com projeções para 2025. Dentre estas

intervenções, a modernização do sistema ferroviário operado pela Companhia

Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) é um dos principais pilares deste processo.

É a remodelação do mesmo, qualificando-o a operar em padrão de metrô de

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superfície – com a execução de melhorias em sistemas de rede aérea, controle de

tráfego e material rodante, visando reduzir os intervalos entre as composições e

aumentando a oferta de lugares, principalmente nos horários de pico. Só um

moderno sistema metroferroviário - comparável a de grandes metrópoles mundiais –

é capaz de conceber a São Paulo condições propícias de mobilidade urbana.

A problemática desta monografia é executar uma análise comparativa entre

às intervenções indicadas pelo PITU na malha da CPTM, desde 1999 até o presente

momento, considerando as projeções para 2025. As ações implementadas neste

período contribuíram (ou contribuirá) para a melhoria do nível de serviço (do atual

trem metropolitano para atendimento semelhante aos sistemas metroviários) da

CPTM?

Verifica-se que as ações já tomadas para a modernização da malha,

compreendidas no período 1999 – 2011, ainda são insuficientes para qualificar a

operação de suas linhas em metrô de superfície e às necessidades da 5ª maior

metrópole do mundo, ora pelo crescimento galopante da demanda como pelos

programas de investimentos governamentais, que sempre são suscetíveis a

readequações e mudanças de prioridades.

Comparar as ações já empreendidas na malha da CPTM na RMSP desde

1999 e relatar um conjunto de ações previstas no PITU para o horizonte 2025 é o

objetivo geral deste estudo. Já os objetivos específicos traduzem-se em mapear as

ações indicadas pelo PITU (em ambas as versões: 1999 e 2005) até o presente

momento nas operações das linhas de trem metropolitano, descrever o atual estado

da malha ferroviária e atendimento da empresa na RMSP.

A metodologia empregada neste trabalho resume-se a pesquisa

bibliográfica, utilizando-se de publicações (tanto impressas como eletrônicas) da

área de transportes públicos a partir do lançamento do PITU 2020, além de

observação visual (pesquisa de campo) de tais intervenções, com vistas à

comprovação das informações encontradas nos meios impressos.

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2 TRANSPORTE PÚBLICO URBANO

O grau de desenvolvimento econômico de uma cidade está diretamente

ligado à infraestrutura viária e de transportes, seja para deslocamentos de cargas,

como de passageiros. Para Ferraz e Torres (2004, p.1), a mobilidade urbana

[...] é, sem dúvida, o elemento balizador do desenvolvimento urbano. Proporcionar uma adequada mobilidade para todas as classes sociais constitui uma ação essencial no processo de desenvolvimento econômico e social das cidades.

Segundo Passos (2010), a mobilidade urbana é uma questão prioritária, pois

aproximadamente metade da população do planeta reside em áreas urbanas e o

crescimento deste índice é acentuado.

Pinto (2010) enfatiza que o transporte coletivo é realizado em áreas urbanas.

O transporte coletivo apresenta vantagens, pois é o modo que apresenta o menor

custo unitário, promove a democratização da mobilidade urbana é configura-se

como uma alternativa ao uso do automóvel, oferecendo segurança aos

deslocamentos dos usuários.

A rigidez de horários, total falta de flexibilidade, necessidade de

transferências entre as linhas e modos, menor velocidade média operacional (devido

às paradas de embarque e desembarque) e a necessidade de espera pelo

transporte são as principais desvantagens do transporte público.

Conforme Branco (2011), o transporte público urbano apresenta caráter

democrático – pois atende aos cidadãos que não dispõem de recursos para sua

locomoção, além de prover áreas com grande densidade populacional; e racional, já

que gera menos ocupação do solo.

Nos tópicos seguintes, será explanado o histórico do transporte coletivo

urbano, os modos mais utilizados, a conceituação de linhas e redes de transporte

coletivo, além da integração entre os modos.

2.1 Histórico

Ferraz e Torres (2004) descrevem o histórico do transporte coletivo urbano,

desde a utilização de carruagens até o advento dos trens metropolitanos e metrôs.

Os primeiros indícios de uma organização no deslocamento de pessoas datam do

século 17, quando o matemático francês Blaise Pascal organiza diversas

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carruagens, com itinerário e horário pré-estabelecidos. Em 1798, na França, surgem

as carruagens de maior capacidade, com velocidade operacional baixa: 5 km/h.

Após a Revolução Industrial, diversas cidades da Europa disponibilizavam este

modo de transporte. Na cidade de Nova York, em 1832, foram criados os bondes

com tração animal. A vantagem deste modo para as carruagens longas eram as

rodas de aço, diminuindo o atrito e aumentando a velocidade operacional. Os

bondes com tração mecânica – inicialmente com cabos – aparecem em 1873, na

cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Merecem destaque por apresentarem

velocidade superior, comparados aos seus antecessores: 15 km/h. Só em 1888 são

introduzidos os bondes elétricos com tração mecânica alimentada por rede elétrica

suspensa. No século 19, entram em cena os primeiros ônibus com tração mecânica,

movidos à gasolina, em cidades da França, Inglaterra e Alemanha. O primeiro

modelo a gasolina surgiu em 1905, nos Estados Unidos, e em 1920, os ônibus

movidos a óleo diesel.

Com o passar do tempo, o ônibus passou por diversos avanços

tecnológicos, sendo um dos veículos mais utilizados para transporte público. Entre

1920 e 1950, os trólebus (ônibus elétricos) são introduzidos em sistemas de diversas

cidades americanas, porém desde 1901 esta modalidade já existia em Paris. No

Brasil, a primeira linha de trólebus foi implantada em 1949, na cidade de São Paulo

(NTU, 1997).

Lenner e NTU (2011) relatam que o modal ferroviário também contribui de

forma significativa neste processo de desenvolvimento. Na segunda metade do

século 19, nos horários de maior movimento – ida e volta do trabalho, locomotivas a

vapor tracionavam composições de passageiros, na Europa. Só em 1863, na cidade

de Londres, é construída a primeira linha ferroviária subterrânea, com o objetivo

inicial de descongestionar o centro da cidade. Paris inaugura sua primeira linha de

metrô em 1900, com carros de madeira. Na cidade de Nova York, em 1868, é

implantada a primeira linha elevada de transporte ferroviário de passageiros. O

metrô – derivação de metropolitano – toma impulso na década de 1930

2.2 Modalidades de Transporte Urbano

Para Ferraz e Torres (2004), os modos de transporte urbano podem ser

divididos em três grandes grupos: individual, público ou de massa, e semipúblico.

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O transporte individual caracteriza-se pelo fato de o veículo pertencer a um

particular. Há total flexibilidade no trajeto e nos horários de partida e chegada. Os

deslocamentos a pé, de bicicleta, com carros e até montados em animais são

exemplos de transporte individual.

Já no transporte semipúblico, o veículo é utilizado por um grupo de

indivíduos e apresentam horários e rotas adaptáveis. O veículo é de propriedade de

uma empresa ou de um grupo de pessoas. Integram este conjunto os taxis, moto-

taxis e ônibus fretados.

Itinerário pré-estabelecido, veículos pertencentes a uma empresa

concessionária ou permissionária e ausência de flexibilidade de horário e trajeto são

as características do modo público ou de massa. Alguns dos representantes desta

divisão: ônibus, bondes, pré-metrô, trem suburbano.

2.3 Modos de Transporte Coletivo Urbano

Dentre os diversos modos de transporte público existentes, os mais

utilizados são: Ônibus, Metrô, Trem Metropolitano, VLT – Veículo Leve sobre Trilhos,

BRT – Bus Transit Rapid (Corredor de Ônibus Rápido), Monotrilho, VLP – Veículo

Leve sobre Pneus. Outros modos, porém menos influentes, ainda são utilizados,

como o teleférico.

Cada um deles possui características variáveis entre si como a capacidade

de transporte, o custo de implantação e operação do sistema. Passos (2010) registra

que as cidades devem disponibilizar aos seus cidadãos uma rede de transporte

capaz de atender às suas necessidades de deslocamentos. Alouche (2009)

complementa esta visão, afirmando que cada modo de transporte público possui o

seu papel e espaço na mobilidade urbana. A figura 1 e o quadro 1 representam, de

forma sucinta, a comparação entre as diversas modalidades de transporte público,

em diversos quesitos.

A seguir, os diferentes modos e as características técnicas.

Ônibus 2.3.1

Ferraz e Torres (2004) exemplificam que o ônibus é um veículo tracionado

por pneu, trafegando em vias pavimentadas ou implantadas. Possui comprimento e

capacidade variável, de acordo com o tipo de veículo (tabela 1). A tração dos ônibus

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é em sua maioria diesel, porém sistemas com trólebus (ônibus elétricos) encontram-

se em operação.

Figura 1 - Capacidades dos modos de transporte público urbano.

Fonte: EMTU (2010, p. 18).

Conforme a EMTU (2010), os trólebus são veículos não poluentes e

compartilham a via com o tráfego geral. A aceleração e frenagem do veículo são

mais harmoniosas. A energia de tração é transmitida através de duas hastes na

parte superior do veículo, em contato permanente com a rede área de alimentação

elétrica. Devido à poluição visual e evolução tecnológica nos veículos a diesel, o

trólebus encontra-se em desuso.

Em algumas cidades, visando à operação com velocidade um pouco mais

elevada e melhor nível de conforto, foi executada a implantação de faixas

preferenciais e pistas exclusivas para ônibus. Para Ferraz e Torres (2004, p. 48),

[...] diversas estratégias tem sido utilizadas para aumentar a velocidade e a capacidade do modo ônibus: veículos maiores sem articulação, articulados ou biarticulados; locomoção em faixas exclusivas, canaletas ou ruas só para ônibus, [...] bilhetagem fora dos ônibus nas estações, parada com várias baias entrada e saída independentes; e operação no caso de paradas com várias baias e entrada e saída não independentes.

O quadro 2 apresenta as vantagens e desvantagens das diferentes formas

de priorização do ônibus em vias urbanas, de forma mais detalhada.

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Quadro 1 - Comparativo entre os modos de transporte coletivo urbano

Modo de Transporte

Metrô Pesado

Metrô Leve VLT / VLP

Ônibus

BRT (pista exclusiva)

Articulado (pista

exclusiva)

Articulado (faixa

exclusiva) Monobloco

Demanda Alta a muito

alta Alta

Média a alta

Média a moderada

Média a baixa

Moderada a baixa

Baixa

Capacidade (passag./h/sen -

tido)

40.000 a 80.000

25.000 a 45.000

12.500 a 30.000

10.000 a 23.000

3.750 a 18.000

até 8.000 até 4.000

Velocidade média

(km/hora) 28 a 35 28 a 35 25 a 30 20 a 28 15 a 20 10 a 20 10 a 15

Combustível / Tração

Elétrica Elétrica Elétrica Diesel / Híbrido

Diesel Diesel Diesel

Custo de Infraestrutura

Alto Alto Moderado a baixo

Médio Moderado Baixo Baixo

Tempo de Implantação

Longo Longo Médio Médio Curto Curto Curto

Ciclo de Vida (anos)

50 40 30 até 7 anos até 5 anos até 5 anos até 5 anos

Segregação da via

Total Total Parcial /

Total Parcial /

Total Parcial Parcial Não há

Subterrâneo Subterrâneo/ Superfície /

Elevado

Superfície / Elevado

Superfície / Elevado

Superfície Superfície Superfície

Fonte: EMTU (2010, p. 18).

Tabela 1 - Comprimentos e capacidades dos veículos do modo ônibus

Tipo de Ônibus Comprimento (m) Capacidade (passageiros)

Micro-ônibus 6,5 25 a 50

Monobloco 12 a 15 60 a 105

Articulado 18 180

Biarticulado 24 240

Fonte: Adaptado de Ferraz e Torres (2004).

Metrô Pesado 2.3.2

Conforme Ferraz e Torres (2004), a denominação metrô é empregada para

qualificar trens urbanos que circule em grau de segregação total, com operação

automatizada, velocidade elevada e movidos à energia elétrica. Os carros

metroviários possuem de 15 a 23 metros de comprimento, com capacidade para 150

a 250 passageiros, em composições de 4 a 10 unidades acopladas.

Metrô-SP (2009) e Passos (2010) acrescenta que o metrô pesado atende

áreas mais centrais, com nível de atendimento entre 40 mil e 80 mil passageiros

hora/sentido. A distância média entre as estações é de 800 a 1.200 metros, com

operação em trechos subterrâneos na maioria dos sistemas.

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Quadro 2 - Formas de priorização do transporte público por ônibus: vantagens e desvantagens

Tipo de Via Vantagens Desvantagens

Vias Exclusivas

Menor prazo de execução;

Menor custo de implantação;

Propiciam velocidade elevada para o transporte público urbano;

Permite maiores velocidades operacionais para o transporte coletivo urbano;

Ampliação de espaço destinado à movimentação de pedestres.

Normalmente existem dificuldades institucionais e de caráter operacional para impor restrição muito ampla à circulação de muitos veículos;

Dependem de acesso as garagens existentes em imóveis situados ao longo da via;

Maior necessidade de fiscalização.

Pistas Exclusivas

Impõe um papel de segregação e prioridade maior do que no caso das faixas exclusivas sem segregação física;

Proporciona maior velocidade operacional para os veículos do transporte urbano do que as faixas exclusivas;

Necessita menor fiscalização do uso da pista

Requer implantação de áreas para pedestres em todas as paradas por motivos de segurança;

Requerem dispositivos especiais e sinalização para travessias de pedestres;

Requer a eliminação de conversões à esquerda para o tráfego geral;

Implica em maior custo e tempo de implantação.

Faixas exclusivas

junto à calçada

Baixo custo e tempo de implantação;

Facilidade de estacionamento dos veículos de transporte coletivo urbano nas paradas junto às calçadas;

Facilidade de acesso para passageiros realizarem embarque e desembarque nas calçadas;

Depende da disciplina do tráfego geral no respeito á faixa exclusiva;

Há interferência de serviços de operação de carga e descarga e de embarque de passageiros de veículos de passeios;

Há interferência de conversões à direita de outros veículos.

Faixas exclusivas junto ao canteiro central

Não sofre interferências das operações de carga e descarga junto às calçadas;

Não sofre interferência do embarque de veículos de passeio;

Não afeta as conversões de veículos à direita;

Permite obter melhores velocidades operacionais para os veículos do transporte coletivo.

Maior investimento em equipamentos de segurança;

Dificulta a implantação de retornos ou conversões à esquerda;

Requer fiscalização constante para evitar que veículos de transporte privado invadam as faixas exclusivas.

Faixas exclusivas no contrafluxo

Baixo custo e menor prazo de implantação;

Por ser sentido contrário ao do fluxo geral, os problemas de invasão ou de interferência do tráfego geral na faixa são reduzidos;

Não sofre interferências da operação de embarque e desembarque de veículos de passeio.

Maior insegurança para a movimentação de pedestres;

Dificulta a operação de carga e descarga e de acesso às propriedades lindeiras à faixa;

Requer maiores cuidados na sinalização, na implantação dos dispositivos de separação de faixa exclusiva;

Sofre interferência das conversões de veículos.

Fonte: EMTU (2010, p. 15)

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A velocidade operacional é até 100 km/h, contando com intervalos entre as

composições entre 90 a 120 segundos na hora pico. Em cidades como Londres

(Inglaterra), Tóquio (Japão), e São Paulo (Brasil) encontram-se sistemas de metrôs

pesados em operação.

Metrô Leve 2.3.3

Para Passos (2010), o metrô leve é caracterizado como um modelo de

transporte que a sua capacidade é inferior ao do metrô pesado e mais elevada que a

do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos. O sistema opera com segregação total de vias

e seus veículos possuem dimensões menores que o metrô pesado.

Alouche (2010a) relata que a capacidade de transporte varia de 30 a 40 mil

passageiros hora/sentido e a condução pode ser totalmente automatizada. Entre os

metrôs leves, duas tecnologias podem ser destacadas: o VAL – Veículo Automático

Leve e os metrôs com motor linear. O VAL possui via totalmente segregada e

geralmente é construído em sistemas elevados. Os veículos são com rodas de pneu.

Exemplares desta modalidade podem ser encontrados em Lille (França) e Chicago

(EUA).

A tecnologia com motor linear apresenta vantagens como rodas de

sustentações menores e a habilidade de vencer rampas íngremes. Na linha 12 da

rede de metrô de Tóquio podem-se encontrar exemplares deste sistema.

Trem Urbano 2.3.4

Para Ferraz e Torres (2004), o transporte urbano de passageiros por via

férrea, denominado trem urbano ou metropolitano, compreende ao transporte de

passageiros com características regionais realizado nas grandes metrópoles.

Apresenta como características principais: Tração elétrica ou diesel; distância entre

as estações de 1.000 a 4.000 metros; velocidade operacional de 80 a 100 km/h;

carros com largura de 2,5 a 3,2 metros e de 20 a 26 metros de comprimento;

capacidade de 150 a 250 passageiros por carro; operação em comboios de 4 a 10

carros, denominados trens-unidades; bilhetagem nas estações e automação variada,

desde talões de licenciamento até controles semi – automáticos.

O trem urbano também é conhecido como trem expresso regional e trem

metropolitano. De acordo com Alouche (2010a), os trens regionais atendem a uma

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área mais periférica e permitem atender um carregamento que varia de 60 mil a 120

mil passageiros hora/sentido. A circulação é em superfície e a velocidade máxima de

operação é de 80 a 120 km/h, com intervalos de 120 segundos na hora-pico.

Segundo Passos (2010), a pendularidade é marca desta modalidade de

transporte. O RER (Railway Express Regional) de Paris, o BART (Bay Área Rapid

Transit) de São Francisco (Estados Unidos) e o Expresso Leste da CPTM em São

Paulo são exemplos de trens regionais.

VLT – Veículo Leve sobre Trilhos 2.3.5

Passos (2010) ressalta que o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos - é um modo

de transporte intermediário entre o ônibus e o metrô, com capacidade entre os dois

modos, capaz de transportar de 15 a 35 mil passageiros hora/sentido, dependendo

do grau de segregação do sistema. Admite-se o termo VLT para sistemas que

possuem segregação total. Já a segregação parcial permite a interação com o meio

urbano, mais conhecida como tramway.

Para a EMTU (2010), o VLT é um sistema de transporte de média

capacidade, com sistema de alimentação elétrica através de catenária ou pelo solo,

com velocidade máxima de 70 km/h. Ferraz e Torres (2004) acrescentam que o VLT

opera com até quatro unidades engatadas. A operação é automatizada e a

bilhetagem é realizada fora dos veículos. Os cruzamentos em nível são

semaforizados, concedendo preferência quando a composição do VLT aproxima-se.

Os veículos apresentam comprimento de 14 a 30 metros – este último considerando

articulação dupla, e capacidade de 150 a 250 passageiros.

Alouche (2010 apud Passos 2010, p. 65) afirma que o VLT é um modo de

transporte sustentável, compatível com o meio urbano e histórico.

[...] [o VLT] é seguro, rápido, confortável, tem movimentos suaves, e, ao mesmo tempo, é limpo, [...], sem a emissão dos poluentes. Ele também pode ser implantado em etapas, se integra facilmente ao sistema alimentador de ônibus e metrô e é adaptável ao traçado, ou seja, pode subir rampas e realizar curvas fechadas.

As cidades que dispõem VLT’s são Porto (Portugal), Bilbao (Espanha), San

Diego (Estados Unidos), Dublin (França), dentre outras. No Brasil, recentemente, a

empresa Bom Sinal desenvolveu um VLT diesel-hidráulico no estado do Ceará.

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VLP – Veículo Leve sobre Pneus 2.3.6

De acordo com a EMTU (2010), o VLP – Veículo Leve sobre Pneus – é um

sistema de transporte que se aparenta com o VLT, porém com veículos com pneus e

sistema de guiagem fixa e permanente. A tração é elétrica, alimentada por catenária.

Vence rampas com menos esforço que o VLT e a velocidade operacional alcança até

70 km/h.

BRT – Bus Rapid Transit 2.3.7

Conforme Alouche (2010b), o BRT (Bus Rapid Transit) é um sistema de

transporte recente, concebido nos EUA na década de 1990, para operação de média

capacidade, através de corredores de ônibus fechados, em vias exclusivas e

segregadas para a operação dos veículos, com velocidade operacional mínima de

25 km/h. Possibilita a ultrapassagem nos pontos de parada e estações, operação

com linhas semi-expressas e expressas, além da cobrança de tarifa fora do veículo.

Os BRT’s operam com ônibus articulados e biarticulados, com combustão a diesel, a

gás natural ou trólebus. A capacidade pode chegar até 45 mil usuários hora/sentido.

Para Meissner (2009) e EMTU (2010), o pavimento rígido do BRT permite a

operação com velocidade máxima de até 50 km/h. A cidade de Curitiba (Brasil)

revelou-se como sendo o primeiro caso de acerto na implantação de um sistema

BRT, com sua rede sendo projetada e executada desde a década de 1970.

Encontram-se BRT’s em cidades como Bogotá (Colômbia) e São Paulo (Brasil) –

mais conhecido na capital paulista como Expresso Tiradentes.

Monotrilho 2.3.8

Segundo Ferraz e Torres (2004), monotrilho é um sistema de transporte

público em que os carros deslocam-se assentados ou pendurados em uma viga

única suspensa (de concreto ou de aço). Existem três tipos de diferentes, como

apoiado pelo teto, pelo fundo e lateralmente.

Para Passos (2010), a capacidade do monotrilho é de transportar até 26 mil

passageiros hora/sentido. Apresenta vantagens como pouco espaço para

implantação das vias e rampas de até 8%.

Conforme a EMTU (2010), o monotrilho é guiado por pneus, que rolam em

cima e do lado do trilho, visando garantir a estabilidade e a movimentação do

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veículo. É projetado para baixa e média capacidade, com velocidade operacional

máxima de 70 km/h e requer pouco espaço para a implantação das vias.

Teleférico 2.3.9

Conforme Ferraz e Torres (2004), o teleférico é utilizado para vencer

barreiras naturais, como áreas que possui topografia acidentada ou também em

pontos turísticos. É mais utilizado com finalidades turísticas, mas em algumas

cidades, como Quito, no Equador, o teleférico constitui-se como modo de transporte,

para vencer o desnível entre as partes baixa e alta da cidade.

2.4 Linhas e Redes de Transporte Público

Conforme Ferraz e Torres (2004), as linhas de transporte público podem ser

avaliadas em dois quesitos: o traçado e a função. As redes podem apresentar três

configurações básicas: radial, em malha ou grade e radial com linhas tronco-

alimentadas. Nos tópicos seguintes, é abordado com mais detalhes as

características e funcionalidades das linhas e redes de transporte coletivo.

2.4.1 Linhas de Transporte Público

As linhas de transporte público assumem duas formas de avaliação: traçado

e função. De acordo com o traçado, as linhas podem ser conceituadas nos principais

tipos relacionados a seguir (FERRAZ e TORRES, 2004, p. 133-136).

Local: O traçado da linha encontra-se exclusivamente em uma região da

cidade, ligando esta área a um polo de atração relevante (como áreas

industriais, comerciais, centros educacionais);

Interbairros: Linha cujo percurso liga duas ou mais regiões da cidade, mas

sem passar pelo centro, ligando pólos de atração importantes;

Circular: Liga várias regiões da cidade, em forma de círculo. É empregada

nos centros de grandes cidades, visando diminuir os deslocamentos da

população usuária nesta área;

Diametral: Liga duas regiões da cidade passando pela área central;

Radial: Efetua a ligação do centro aos subúrbios da cidade e/ou região

metropolitana.

Observando-se o quesito função, as linhas podem ser caracterizadas como:

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Seletiva: É um serviço complementar ao transporte coletivo convencional,

utilizada no modo ônibus, com tarifa diferenciada e melhor nível de conforto.

É também conhecida por linhas executivas, não se admite transporte de

passageiros em pé e ligam uma região da cidade a pólos importantes, como

aeroportos e centros comerciais.

Especial: Linha que opera em ocasião de eventos especiais ou em

determinados horários.

Expressa: Linha que opera com poucas ou nenhumas paradas

intermediárias, visando reduzir o tempo de viagem e aumentar a velocidade

operacional. Dentro desta ideologia, existem linhas semi-expressas, com

poucas paradas ao longo do percurso.

Troncal: Linhas que efetuam a ligação de uma área a outra da cidade, com

operação em corredores com alta concentração de demanda.

Alimentadora: São linhas que ligam uma região a um pólo de atração ou a

um terminal de sistema troncal, recolhendo usuários em ambos os sentidos;

ou seja, sua função principal é captar e distribuir a demanda.

Convencional: Tem por função de captar usuários na região de origem e

transportá-los até o destino. Para estas linhas também é atribuída à

responsabilidade de distribuir estes usuários no destino.

Em muitas cidades, a disposição do sistema viário e a ocupação do solo

podem levar a superposição de linhas independentes. Nos trechos em que ocorre

esta situação, o mesmo é denominado corredores de transporte. As linhas de

transporte público que oferecem maior capacidade, como o metrô, VLT’s e trens

urbanos, são denominadas de linhas troncais, por ligarem áreas importantes e

serem conectadas com as linhas alimentadoras, agregando características de

sistemas tronco-alimentado.

2.4.2 Redes de Transporte Público

Para Marino (1997 apud Schein 2003, p. 27) e Ferraz e Torres (2004, p. 136-

143), as redes de transporte público podem ser configuradas de três maneiras

básicas, detalhadas a seguir: radial, em malha ou grade e radial com linhas tronco-

alimentadas (ou mista).

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Rede Radial: Por intermédio desta rede, diversas áreas, de preferência

suburbana, são ligadas a região central, por uma ou mais linhas, como ilustra

a figura 28 (anexo A). É constituída de linhas radiais e diametrais. Exigem

transbordo nas áreas centrais e em cidades com grande concentração de

serviços e comércio no centro, é mais comum este tipo de rede. Em cidades

maiores, onde algumas atividades são descentralizadas, é comum a

utilização de linhas circulares em torno da região central e linhas interbairros

ligando regiões não centrais. Contribui para diminuir o congestionamento de

usuários na área central.

Rede radial com linhas tronco-alimentadas: É uma rede constituída de

linhas troncais de alta capacidade de transporte, como metrôs e trens

urbanos, conectadas a linhas alimentadoras em estações ou terminais de

transferência, conforme mostra a figura 29 (anexo A). Em grande parte das

viagens ocorre a necessidade de transbordo. Cidades como São Paulo,

Curitiba, Goiânia e Bogotá utilizam este sistema de rede.

Rede em malha ou em grade: A rede em malha ou grade consiste em

conjuntos de rotas paralelas e perpendiculares entre si. É mais indicada para

cidades aonde ocorre alta dispersão de atividades comerciais, prestação de

serviços e com altos índices de aceitação do transporte público. Devido à

descontinuidade do sistema viário e de ocupação urbana, a rede em grade é

modificada, com a inclusão de algumas linhas ligadas diretamente ao centro,

como mostra a figura 30 (anexo A).

2.5 Integração no Transporte Público Urbano

De acordo com Camargo (2001) e Ferraz e Torres (2004) entende-se por

integração no transporte coletivo urbano a transferência de usuários de um modal

para outro de transporte (intermodal), como para linhas distintas (intramodal),

exigindo dos usuários uma pequena distância a ser percorrida a pé. Os tipos mais

comuns de integração são a integração física, a integração tarifária, e a integração

no tempo.

Integração física: Na integração física entre duas ou mais linhas de

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transporte coletivo, os veículos param no mesmo local, permitindo que os

usuários efetuem o transbordo praticamente sem caminhar. Quando o

transbordo se dá entre veículos do mesmo modo, o local é denominado ponto

de transferência; sendo em veículos de modos diferentes, é caracterizado

como estação de transferência. Caso a estação seja início ou término de

viagens, é denominada terminal de transbordo.

Integração Tarifária: Para Cadaval (2006), a integração tarifária ocorre

quando o usuário não tem a necessidade de pagar uma segunda passagem

ou um valor adicional de tarifa, para completar o seu deslocamento, seja

quantas viagens forem necessárias. Tem por objetivo promover a justiça

social no sistema de transporte, já que com uma única passagem, o cidadão

pode deslocar-se para qualquer ponto de abrangência do modo. Também

democratiza o espaço urbano, pois aumenta as possibilidades de a população

se deslocar mais para usufruir de serviços como escolas e acesso ao

trabalho. Este tipo de integração pode ser feita através de terminais fechados

ou de documentos, como comprovantes de papel, cartões magnéticos,

cartões inteligentes (com chip), com um limite de tempo pré-estabelecido para

a transferência. A integração com documentos, em muitos casos, reduz de

forma satisfatória o tempo de espera. Em cidades maiores, é necessária a

manutenção de terminais e estações de transferência, em face de demanda

de usuários;

Integração no tempo: Nogueira e Thesin (2008) registram que a integração

temporal, também conhecida por integração sincronizada, à integração no

tempo configura-se da seguinte maneira: veículos de linhas distintas

cumprem uma programação de viagens, para que cheguem juntos ao local de

integração, possibilitando a transferência sem espera. Em cidades maiores, é

utilizado terminal de integração no centro.

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31

3 TRANSPORTE PÚBLICO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

Neste capítulo será abordado em linhas gerais, o transporte público urbano

na Região Metropolitana de São Paulo, em diversos aspectos, como a distribuição

geográfica, os modos mais utilizados – ônibus e trens - e os principais projetos

referentes à melhoria e expansão do sistema de transportes; este último configurado

no PITU 2020.

3.1 A Região Metropolitana de São Paulo

Conforme o Metrô-SP (1998) e CNT – Confederação Nacional do Transporte

(2011), a Região Metropolitana de São Paulo – RMSP - foi criada através de duas

leis: a lei complementar federal nº14/1973 e lei estadual complementar nº 94/1974. É

atualmente composto por 39 municípios, distribuídos em uma área de 8.051 km²,

com população aproximada de 20,1 milhões de habitantes e apresenta a maior

densidade demográfica do país: 2.500 habitantes por quilômetro quadrado.

A população economicamente ativa (PEA) da RMSP é de aproximadamente

10 milhões de pessoas, com alta concentração na capital, que possui área de 1.523

km² e população de 11 milhões de habitantes. É o maior mercado consumidor do

país, respondendo com cerca de 19,3% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, se

destacando como o principal pólo industrial do país. Conforme a EMTU (2010), a

RMSP é dividida em sete áreas, denominadas sub-regiões norte, leste, oeste,

sudeste, sudoeste, nordeste e a capital como mostra a figura 2 (CNT, 2011).

Conforme a figura 2, a sub-região norte é composta pelos municípios de

Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras e Mariporã. Já a sub-região leste é

formada pelos municípios de Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano,

Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Guararema, Biritiba-Mirim e Salesópolis. As

cidades de Taboão da Serra, Embu, Itapecerica da Serra, São Lourenço das Serra,

Embu-Guaçú e Juquitiba formam a sub-região Sudoeste. Fazem parte da sub-região

nordeste: Guarulhos, Arujá e Santa Isabel. O grande ABC, representado pelos

municípios de São Caetano do Sul, Santo André, Mauá, São Bernardo do Campo,

Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra compõem a sub-região sudeste e a

sub-região oeste é formada pelos municípios de Pirapora do Bom Jesus, Cajamar,

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Santana de Parnaíba, Barueri, Itapevi, Jandira, Carapicuíba, Osasco, Vargem

Grande Paulista e Cotia.

Figura 2 - Região Metropolitana de São Paulo: municípios e sub-regiões.

Fonte: EMTU (2010, p.11).

3.2 Sistemas de Transportes Coletivos na RMSP

O transporte público na RMSP pode ser dividido de acordo com a

capacidade: os sistemas municipais de baixa capacidade (ônibus) são fiscalizados

pelos municípios e operados por empresas particulares, sob regime de concessão

ou permissão. O sistema de ônibus da capital paulista é regulamentado pela São

Paulo Transporte S.A. – SPTRANS. Já o transporte intermunicipal de baixa e média

capacidade é regulamentado através da EMTU – Empresa metropolitana de

Transportes Urbanos, vinculado a STM – Secretaria dos Transportes Metropolitanos.

Os sistemas troncais de alta capacidade, como trens urbanos e metrôs, são

pertencentes ao governo do Estado de São Paulo, que é o responsável pela

operação, manutenção e expansão dos sistemas. Os trens urbanos são operados

pela CPTM e o sistema de metrô é administrado pela CMSP – Companhia do

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Metropolitano de São Paulo. A seguir, o histórico e os aspectos gerais dos sistemas

mais relevantes.

3.3 Histórico do modal rodoviário na cidade de São Paulo

Conforme SPTRANS (2006), o primeiro sistema de transporte organizado de

transporte coletivo na cidade de São Paulo surgiu em agosto de 1865, com a

operação de carros de boi, com valores tabelados e rotas pré-definidas, publicados

em jornal pelo italiano Donato Severino. Em 1872 entravam em operação os bondes

puxados por tração animal e em 1880, foi construída a primeira linha de bonde,

ligando a Rua da Liberdade ao distrito de Santo Amaro.

Em 1889 foi criada a Companhia de Viação Paulista e em 1890 a cidade

ganha sua primeira linha de bonde elétrico, ligando o centro da cidade ao bairro da

Barra Funda. Em 1899, a Light & Power Company Ltda., obteve autorização para

atuar no Brasil. Após leilão, a Companhia de Viação Paulista ficou sob controle da

Light. A Light apresentou a prefeitura da cidade de São Paulo um plano de

integração dos sistemas de transporte existentes, com a construção de um sistema

metroviário, porém, a municipalidade não aceitou o projeto e decidiu extinguir a

concessão da Light em 1941. De maneira compulsória, o governo federal prorroga a

concessão da Light até 1945. No dia 10 de outubro de 1946 é criado, através do

decreto-lei municipal nº 345, a Companhia Municipal de Transportes Coletivos –

CMTC, com concessão por 30 anos. A companhia herda o patrimônio da Light e das

empresas particulares de ônibus. O sistema de trólebus começa a ser implantado e

em 1949, é inaugurada a primeira linha, ligando a Praça João Mendes ao bairro da

Aclimação (LOPES, 1985).

São Paulo já se destacava como um importante centro urbano e em 1950, a

CMTC importa 200 ônibus modelo Twin Coach e executa a reforma de bondes

herdados da Light. Em 1958, a CMTC permite a operação de empresas particulares

de ônibus. O sistema de bondes é desativado em 1968 e em 1977, o município é

divido em 23 áreas operacionais, com operação das empresas privadas de ônibus.

Durante a década de 1980, o sistema de trólebus é ampliado, com a construção dos

corredores Santo Amaro / Nove de Julho e Paes de Barros, aquisição de 200

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trólebus e inauguração de terminais de integração com as linhas alimentadoras,

como o da Penha e Vila Prudente (SPTRANS, 2006).

De acordo com a SPTRANS (2006), em 1989 a prefeitura da cidade de São

Paulo inicia os estudos para a municipalização dos transportes coletivos, com os

primeiros testes realizados em 1990. Dois anos mais tarde, a capital recebe mil

ônibus novos e a frota chega a 9100 veículos, sendo 70 veículos movidos a gás

natural. Em 1993 é iniciado o processo de privatização da CMTC e a operação é

repassada a 47 empresas particulares. No dia 08 de março de 1995, é criada a São

Paulo Transporte S.A - SPTRANS, assumindo a programação e gestão de linhas e

frota, a fiscalização, arrecadação, contratação e renumeração das empresas

operadoras. A bilhetagem eletrônica é instalada em parte da frota.

3.4 Histórico do modal ferroviário na RMSP

De acordo com Silva (2008a), o primeiro registro em relação ao transporte

ferroviário na RMSP vem da iniciativa de Irineu Evangelista de Souza, o “Barão de

Mauá” (em parceria com o Marquês de Monte Alegre e José Antônio de Pimenta

Bueno) para a construção de uma estrada de ferro, ligando o planalto paulista ao

litoral. Irineu recebe do governo imperial, em 1856, a concessão para construir e

operar a futura estrada de ferro por 90 anos e obtém de bancos ingleses o capital

necessário para a constituição da empresa responsável pela implantação da ferrovia

– a São Paulo Railway Company (SPR).

Trata-se da primeira ligação efetiva entre as cidades de Santos e Jundiaí,

passando pela cidade de São Paulo. O maior desafio em sua construção era

transpor a Serra do Mar, em um trecho de aproximadamente 10 quilômetros,

compreendidos entre Cubatão e Alto da Serra (posteriormente rebatizado para

Paranapiacaba), em um desnível aproximado de 800 metros.

Como era inviável a construção de um sistema por simples aderência,

decidiu-se pela divisão do trecho de serra em quatro patamares. Em cada um destes

patamares foram instaladas diversas máquinas fixas movidas a vapor, que

tracionava os cabos de aço onde as composições eram engatadas, atuando em um

sistema de compensação de pesos: a composição que subia a serra deveria ter o

mesmo peso da composição que descia.

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A construção é concluída em 1865 e a ferrovia é aberta ao tráfego. Devido a

exigências do governo imperial, a concessionária da linha vê-se obrigada a investir

na duplicação da ferrovia e em melhorias. No ano de 1907 é concluída a sua

duplicação.

Para Paiva (2008), paralelamente à implantação da SPR no território

paulista, outras estradas de ferro se desenvolveram, visando conectar São Paulo às

áreas produtoras de café do estado (vale do rio Paraíba do Sul e interior paulista): a

Estrada de Ferro São Paulo – Rio e a Estrada de Ferro Sorocabana (EFS).

De acordo com a CPTM (2002), a linha tronco da Estrada de Ferro

Sorocabana (EFS) se desenvolveu em direção a cidade de Sorocaba, em 1875, em

bitola métrica, com a função de ocupar áreas com cultivos de café, como ponto

inicial a estação Júlio Prestes, na capital paulista, próximo ao pátio Lapa da SPR.

Era necessário o transbordo de mercadorias para seguir rumo ao porto de Santos.

Lavander e Mendes (2005) relatam que em 1941, a EFS ganhou tração

elétrica e no ano de 1971, a mesma foi encampada no ato de criação da FEPASA –

Ferrovia Paulista S.A.

Já a Estrada de Ferro São Paulo - Rio era a única ligação entre a capital

paulista e carioca. A linha tronco é implantada em 1875, em bitola métrica, com

extensão total de 231 quilômetros. No ano de 1890, a estrada de ferro é incorporada

a EFCB (Estrada de Ferro Central do Brasil) e a sua bitola é alterada para larga.

Posteriormente, construiu-se uma linha variante, entre as estações de Engenheiro

Gualberto e Calmon Viana, em 1934. No ano de 1957, a EFCB foi absorvida pela

RFFSA – Rede Ferroviária Federal S.A (LAVANDER e MENDES, 2005).

De acordo com Stefani (2007), só em 1936, com a inauguração da linha

Mairinque – Santos da EFS, é quebrado o monopólio da SPR como única via férrea

de acesso ao litoral. Em 1950 é inaugurado o ramal de Jurubatuba da EFS, com

conexão com a Mairinque – Santos na região de Evangelista de Souza (extremo sul

da cidade de São Paulo). A concessão da SPR é prorrogada até 1946, e findado

este período, o governo federal encampa a SPR, porém com outra denominação:

Estrada de Ferro Santos a Jundiaí – EFSJ. Posteriormente, em 1957, a EFSJ é

encampada a RFFSA.

Para Lavander e Mendes (2005), a eletrificação da EFSJ foi concluída em

1959, em 141 quilômetros de linhas principais, juntamente com a aquisição de trens

unidade-elétricos (TUE) e implantação de terceira via entre Santo André e Pirituba.

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Na década de 1960, a EFSJ moderniza as estações compreendidas no trecho entre

Mauá e Pirituba. Em 1974, é inaugurado o sistema de cremalheira – aderência no

trecho de serra, entre as estações Paranapiacaba e Pirassaguera.

Para a CPTM (2002), tais estradas de ferro contribuíram para o crescimento

econômico do Estado de São Paulo. Em torno das estações e paradas ferroviárias,

se desenvolveram pequenas vilas e cidades ao longo das ferrovias. Ditada como

obrigação por parte do governo, o transporte ferroviário de passageiros entre as

cidades, vilas e a capital paulista era uma atividade acessória das ferrovias. Nesse

contexto, surgem os serviços ferroviários de subúrbios: trens dedicados para o

transporte de passageiros.

Conforme Metrô-SP (2009), paralelamente ao desenvolvimento do serviço

ferroviário de subúrbios, a prefeitura da capital paulista, juntamente com o governo

federal, cogitava a construção de uma rede de metropolitano subterrâneo pela

cidade. No ano de 1966, o prefeito Faria Lima constitui o Grupo Executivo do

Metropolitano – GEM, com o objetivo de estudar as várias propostas de grupos e

empresas interessadas no desenvolvimento do sistema de transporte. O consórcio

HMD foi o vencedor da concorrência internacional e propõe a construção de quatro

linhas metroviárias (atuais linhas 1 – Azul, 2 – Verde, 3 – Vermelha e 4 – Amarela).

No ano de 1968, é criada a Companhia do Metropolitano de São Paulo – CMSP. A

construção da primeira linha, denominada linha 1 – Azul, é iniciada no mesmo ano

(no trecho Jabaquara – Vila Mariana) e concluída, de Jabaquara a Santana, em

1974, constituindo-se em 17 quilômetros de vias e 20 estações.

A demanda por transporte coletivo crescera a passos largos e em fevereiro

de 1977 é iniciada a construção da linha leste – oeste, paralelamente aos trilhos da

linha leste tronco da RFFSA. Estudos desenvolvidos na época apontavam que a

linha leste-oeste deveria se desenvolver até o bairro operário de Calmon Viana, no

município de Poá (ocupando parte da faixa de domínio da RFFSA até Guaianazes e

deste ponto em diante com utilização total da faixa), pois era para o segmento leste

do município de São Paulo aonde a ocupação urbana iria se consolidar na década

seguinte, com a linha metroviária cumprindo o papel de sistema troncal.

Infelizmente, em virtude de divergências com a RFFSA, a linha leste-oeste é

concluída até Itaquera, utilizando-se da faixa de domínio da leste tronco; obra esta

concluída em 1988 (METRÔ, 1998a).

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Relata Paiva (2008) que os trens suburbanos, sempre lotados e

apresentando muitas deficiências (figura 3), mereceram em alguns momentos,

atenção especial dos governos. Entre meados da década de 1970 e início da

década de 1980, a FEPASA promoveu uma ampla modernização em suas linhas,

pertencentes aos sistemas oeste e sul, inclusive com a aquisição de trens unidades,

remodelação de vias e de estações e alargamento de sua bitola (de métrica para

larga).

Figura 3 - Trem de subúrbio da FEPASA na estação de Itapevi, 1977.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo (1977 apud Metrô-SP 2009).

Em 1984, a Rede Ferroviária Federal divide os serviços ferroviários por ela

prestados em três categorias: trens suburbanos, trens de longo percurso e trens de

carga. Para a gestão dos trens urbanos, é criada uma nova estatal: a CBTU –

Companhia Brasileira de Trens Urbanos, desonerando a RFFSA, agora com sua

administração focada no transporte de carga. A FEPASA fez algo semelhante em

1993: criou a DRM – Diretoria de Transportes Metropolitanos, cuja função era

exclusivamente gerir os trens de subúrbio da empresa (PAIVA, 2008).

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A constituição de 1988 determina que o transporte ferroviário de passageiros

em áreas urbanas seja de competência dos estados. Os sistemas que eram de

responsabilidade do governo federal deveriam ser estadualizados. Em 1992, através

da lei estadual nº 7861, é criada uma nova empresa, responsável por absorver o

patrimônio e os serviços ferroviários da seção paulista (STU – SP: Superintendência

de Trens Urbanos de São Paulo) da CBTU: a CPTM – Companhia Paulista de Trens

Metropolitanos (METRÔ-SP, 1998b).

Paiva (2008) afirma que em 1994, a CPTM assume as linhas da CBTU/STU-

SP – os sistemas Noroeste/Sudeste (extinta EFSJ) e o sistema leste, formado pelas

linhas Leste Tronco e Leste Variante (extinta EFCB). Com o processo de

privatização das ferrovias brasileiras, iniciado em 1995 por iniciativa do governo

federal, o transporte de cargas é transferido a operadoras privadas, através de

concessão. Na RMSP, a MRS Logística assume o transporte de cargas na malha

sudeste da RFFSA e a malha que pertencia a FEPASA passa a ser controlada pela

FERROBAN – Ferrovias Bandeirantes S.A (atual ALL – América Latina Logística

S.A.).

A FEPASA é incluída no plano de desestatização e em 1996, a CPTM

assume a operação dos sistemas Oeste e Sul da FEPASA. A partir desta ação, o

transporte ferroviário suburbano de passageiros na Grande São Paulo é de total

responsabilidade da CPTM.

3.5 São Paulo Transporte S.A. – SPTRANS

De acordo com a SPTRANS (2011b), a cidade de São Paulo é capacitada

com uma rede de transportes integrada, composto por dois sistemas: o subsistema

estrutural e subsistema local. O subsistema estrutural é formado por linhas de média

e alta demanda, operada por ônibus monoblocos e articulados, ligando os principais

bairros à área central da cidade. Já no subsistema local, é feito o atendimento entre

os distritos da cidade e alimenta o sistema estrutural, operada por micro-ônibus. A

capital é dividida em oito áreas operacionais, cada operada por um consórcio e uma

cooperativa. Conforme a figura 4 são oito áreas operacionais – noroeste (1), norte

(2), nordeste (3), leste (4), sudeste (5), sul (6), sudoeste (7) e oeste (8) - e a região

central.

Conforme Bussinger (2008), a rede de transporte coletivo sob administração

e gestão da SPTRANS transporta cerca de 8,8 milhões de usuários por dia útil,

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através de 14.540 veículos, sendo que 8.542 pertencem ao subsistema estrutural e

5.998 ao subsistema local. Possui 10 corredores em tráfego (desde faixas exclusivas

a pistas segregadas) – conforme tabela 2, com extensão aproximada de 110 km e

4.415 km do sistema viário municipal em utilização, com 18.375 pontos e paradas

para os coletivos, permitindo acessibilidade integral ao território da capital paulista.

Figura 4 - Mapa do município de São Paulo dividido em oito áreas operacionais.

Fonte: SPTRANS (2011b).

A SPTRANS (2011b) informa que possui 1.335 linhas em operação, sendo

que 865 em regime de concessão e outras 470 em regime de permissão, atendendo

a 28 terminais, distribuídos como mostra o quadro 3.

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Tabela 2 - Corredores de Ônibus da cidade de São Paulo

Corredor Extensão (km)

Campo Limpo - Rebouças – Centro 17,2

Vereador José Diniz - Ibirapuera - Santa Cruz 8,9

Expresso Tiradentes (Eixo Sudeste) 8,2

Inajar de Souza - Rio Branco – Centro 13,6

Itapecerica - João Dias - Santo Amaro 6,2

Jardim Ângela - Guarapiranga - Santo Amaro 7,5

Paes de Barros 3,9

Parelheiros - Rio Bonito - Santo Amaro 30,5

Pirituba - Lapa – Centro 15,2

Santo Amaro - Nove de Julho – Centro 14,8

Fonte: Organizado pelo autor (2011).

Quadro 3 - Terminais de Ônibus da cidade de São Paulo

Região Terminais

Central Lapa / Princesa Isabel / Amaral Gurgel / Mercado / Pq. D. Pedro II / Bandeira

Noroeste Pirituba / Jd. Britânia

Norte Vila Nova Cachoeirinha / Casa Verde

Leste Carrão / Cidade Tiradentes

Sudeste Sacomã / Vila Prudente / Sapopemba / São Mateus (EMTU)

Sul Grajaú / Parelheiros

Sudoeste João Dias / Campo Limpo / Jd. Ângela / Guarapiranga / Santo Amaro

Oeste Campo Limpo

Nordeste Aricanduva / Penha / A.E. Carvalho / São Miguel

Fonte: Organizado pelo autor (2011).

Conforme a SPTRANS (2011b), desde o ano de 2004 a bilhetagem

eletrônica é utilizada no sistema municipal de transporte na cidade de São Paulo.

Intitulado de “Bilhete Único”, o cartão inteligente agrega um chip que armazena e

processa informações. Permite ao usuário a utilização de até quatro coletivos

diferentes, no período de três horas, com a utilização de uma única tarifa. Também

permite a integração tarifária com a CPTM e com o Metrô, mediante

complementação tarifária, debitado do saldo do bilhete, através de validadores

instalados junto às catracas.

A utilização do Bilhete Único contribui para uma utilização mais racional do

sistema de transporte coletivo – o usuário pode escolher a rota mais curta, mais

confortável ou mais rápida para chegar ao seu destino; proporciona a comodidade

do automóvel aos coletivos, pois o usuário pode desembarcar ao longo do trajeto; e

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constitui-se de um modo menos burocrático para acessar os diversos modais

integrados (SPTRANS, 2009a).

Aliado a implantação do Bilhete Único, em 2008 entra em operação um

sistema informatizado com função de monitorar o fluxo de coletivos nos principais

corredores e vias de São Paulo, o “Olho Vivo”. É equipado com painéis informativos

nos principais corredores da cidade, informando a previsão de passagem dos

coletivos em cada parada e as condições de trânsito, através de seu site na internet

(figura 5) (SPTRANS, 2009c).

Figura 5 - Visualização gráfica do Sistema de Monitoramento do Transporte - Olho Vivo.

Fonte: SPTRANS (2011a).

3.6 STM – Secretaria dos Transportes Metropolitanos

De acordo com Metrô-SP (1998b), a STM foi criada através da lei estadual

nº 7.450, de 16 de julho de 1991. A STM é responsável pelo transporte

metropolitano de passageiros nas três regiões metropolitanas paulistas – Campinas,

Santos e São Paulo. Juntas, as três regiões metropolitanas possuem 14.097 km²,

distribuídos em 67 municípios e com uma população aproximada de 24 milhões de

habitantes (STM, 2011).

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São vinculadas a STM na RMSP três empresas: a Companhia do

Metropolitano de São Paulo – Metrô, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos

– CPTM e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU, com forte

atuação na RMSP e malha em operação detalhada na figura 6.

3.6.1 Companhia do Metropolitano de São Paulo – CMSP

De acordo com o Anuário Metroferroviário (2010), a Companhia do

Metropolitano de São Paulo – CMSP possui quatro linhas em operação, distribuídos

em 61,4 km de malha metroviária no município de São Paulo, contemplando 59

estações de embarque e desembarque, transportando cerca de 3.322.340 usuários

por dia útil, conforme demonstrado na tabela 3 e quadro 4. Observa-se a integração

intramodal e intermodal no sistema operado pela CMSP é presente em suas quatro

linhas. A transferência intramodal é efetuada nas estações Sé (linhas 1 e 3),

Paraíso e Ana Rosa – linhas 1 e 2. A transferência intermodal ocorre entre os trens

urbanos da CPTM e os ônibus municipais e intermunicipais, conforme quadros 5 e 6.

Em duas linhas há integração física e tarifária com o automóvel, nas estações Brás,

Bresser – Mooca, Corinthians – Itaquera, Marechal Deodoro e Santos – Imigrantes.

Ocorre a presença de paraciclos ou bicicletários nas quatro linhas do sistema,

ofertando cerca de 420 vagas.

Tabela 3 - Características Gerais da CMSP

Características Gerais- CMSP

Linha 1 – Azul 2 – Verde 3 – Vermelha 5 – Lilás Total

Ano de Início de Operação 1974 1991 1979 2002

Extensão em

operação (km)

Superfície - - 13,8 - 13,8

Subterrâneo 16,1 10,1 5,7 0,9 32,8

Elevado 4,1 0,6 2,5 7,5 14,7

Total 20,2 10,7 22 8,4 61,3

Número de Estações 23 12 18 6 59

Fonte: Adaptado de Anuário Metroferroviário (2010) e STM (2010).

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Figura 6 - Transporte Metropolitano na RMSP, 2010.

Fonte: STM (2010).

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Quadro 4 - Estações da CMSP

Linhas Nome das Estações

1 – Azul

Tucuruvi / Parada Inglesa / Jardim São Paulo / Santana / Carandiru / Portuguesa-Tietê / Armênia / Tiradentes / Luz / São Bento / Sé / Liberdade / São Joaquim / Vergueiro / Paraíso / Ana Rosa / Vila Mariana / Santa Cruz / Praça da Árvore / Saúde / São Judas / Conceição / Jabaquara

2 – Verde Vila Madalena / Santuário de Nossa Senhora de Fátima-Sumaré / Clínicas / Consolação / Trianon-MASP / Brigadeiro / Paraíso / Ana Rosa / Chácara Klabin / Santos-Imigrantes / Alto do Ipiranga / Sacomã / Vila Prudente

3 – Vermelha

Corinthians-Itaquera / Artur Alvim / Patriarca / Guilhermina-Esperança / Vila Matilde / Penha / Carrão / Tatuapé / Belém / Bresser-Mooca / Brás / Pedro II / Sé / Anhangabaú / República / Santa Cecília / Marechal Deodoro / Palmeiras-Barra Funda

4–Amarela Faria Lima / Paulista

5 – Lilás Largo Treze / Santo Amaro / Giovanni Gronchi / Vila das Belezas / Campo Limpo / Capão Redondo

Fonte: Adaptado de Anuário Metroferroviário (2010).

Quadro 5 – Integração Metrô-SP e CPTM

Estações de integração com a CPTM

Livre Palmeiras - Barra Funda / Luz / Brás / Santo Amaro

Tarifada Tatuapé / Corinthians – Itaquera

Fonte: STM (2010).

Quadro 6 - Integração Metrô-SP com Ônibus Municipais e Intermunicipais

Linha Estações de integração com ônibus municipais e intermunicipais

1 – Azul Parada Inglesa / Santana / Tietê / Armênia / Ana Rosa / Vila Mariana / Santa Cruz /

Jabaquara

2 - Verde Ana Rosa / Vila Madalena / Sacomã

3 - Vermelha Itaquera / Artur Alvim / Patriarca / Vila Matilde / Penha / Carrão / Tatuapé / Belém /

Brás / Palmeiras - Barra Funda

5 – Lilás Capão Redondo / Campo Limpo / Giovanni Gronchi / Santo Amaro / Largo Treze

Fonte: STM (2010).

A linha 4 - Amarela, com trechos e estações inaugurados em 2010, tem

integração física e tarifária com a linha 2 – Verde e com ônibus municipais (esta

linha é operada pela Via Quatro – concessionária da linha). A tabela 4 aborda com

mais detalhes os aspectos das integrações na CMSP.

Os itens de acessibilidade são encontrados em todas as estações, embora

não em sua totalidade de algumas delas. Os itens presentes são (ANUÁRIO

METROFERROVIÁRIO, 2010):

Sanitários acessíveis;

Banco para obesos;

Espaço no trem para cadeira de rodas;

Piso podotátil;

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Telefones para surdos e para deficientes visuais;

Elevador para deficientes físicos;

Escada com plataforma móvel ou elevador de cadeiras de rodas para

escadas;

Rampas de acesso.

Tabela 4 - Integrações na CMSP

Descrição Linha 1 –

Azul Linha 2 –

Verde Linha 3 – Vermelha

Linha 5 – Lilás

Rede

Estações de Transferência 3 2 1 - 3

Estações de Integração com trem metropolitano

1 2 4 1 7

Estações com terminal urbano 6 2 10 5 23

Estações Integradas ao Expresso Tiradentes

- 1 - - 1

Estações com Terminal Rodoviário 2 - 1 - 3

Estações com estacionamento de automóvel

2 - 5 - 7

Fonte: Adaptado de STM (2010).

A frota de trens da rede do metrô de São Paulo é composta de 128 trens, de

seis carros cada, abordado com mais detalhes na tabela 5.

Tabela 5 - Características da frota de trens - CMSP

Descrição Linha1 –

Azul Linha 2 –

Verde Linha 3 – Vermelha

Linha 5 – Lilás

Número de trens 51 22 47 8

Número de trens com ar condicionado - 11 - 8

Capacidade por trem Sentados 360 274 368 272

Em pé (6 pass. / m²) 1140 1346 1232 1228

Velocidade máxima (km/h) 87 87 100 80

Duração mínima de volta (min.) 75 42 71 26

Bitola (mm) 1600 1435

Energia de Tração Elétrica

Tipo 3° trilho Catenária

Tensão 750 Vcc 1.500 Vcc

Diesel -

Fonte: Adaptado de Anuário Metroferroviário (2010).

A CMSP possui 5 pátios de manutenção em suas linhas – Itaquera,

Jabaquara, Capão Redondo, Tamanduateí e Vila Sônia. A sinalização de via é do

tipo ATC/ATO (Automatic Train Control / Automatic Train Operation) em todas as

linhas, controlados por três Centros de Controle Operacional – CCO, localizados nas

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estações Paraíso / Vergueiro (controla as linhas 1, 2 e 3), Capão Redondo (linha 5)

e Vila Sônia (linha 4, controlado pela concessionária Via Quatro). A tabela 6

apresenta as principais características da demanda de usuários e da oferta de trens

(ANUÁRIO METROFERROVIÁRIO, 2010).

Tabela 6 - Oferta e demanda - CMSP

Descrição Linha 1 – Azul

Linha 2 - Verde

Linha 3 – Vermelha

Linha 5 – Lilás

Rede

Oferta

Carros em operação nos picos 246 90 252 30 618

Viagens programadas/dia 1.146 764 1.217 408 -

Intervalo programado entre trens - HV* 127 764 121 380 -

Oferta de lugares - HPM ** (4 pass./m²) 36.300 29.000 42.800 15.100 -

Velocidade comercial efetiva (km /h) 33 36 42 40 -

Velocidade máxima operacional (km /h) 87 87 87 68 -

Demanda

Passageiros transportados (média/dia útil) (mil) 914,8 275,5 1078,3 131,8 2400,4

Fonte: Adaptado de STM (2010).

3.6.2 Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM

De acordo com Fernandes (2011), a Companhia Paulista de Trens

Metropolitanos (CPTM) atende a 19 municípios da Grande São Paulo e a 3

municípios fora da RMSP, com 89 estações distribuídas em 260,2 km de malha

operacional composta por seis linhas, transportando cerca de 2,4 milhões de

passageiros/dia útil, conforme demonstrado na tabela 7.

Tabela 7 - Características Gerais da CPTM

Características Gerais- CPTM

Linha Linha 7 –

Rubi Linha 8 - Diamante

Linha 9 – Esmeralda

Linha 10 – Turquesa

Linha 11 – Coral

Linha 12 – Safira

Extensão em

operação (km)

Superfície 59,79 41,62 31,81 37,2 47,14 38,82

Subterrâneo 0,7 - - - 3,7 -

Elevado - - - - - -

Total 60,49 41,62 31,81 37,2 50,84 38,82

Número de Estações 16 20 16 13 14 10

Fonte: Adaptado de Anuário Metroferroviário (2011) e STM (2010).

Conforme Anuário Metroferroviário (2010), os municípios em que são

atendidos pela CPTM na RMSP é a capital paulista, Caieiras, Franco da Rocha,

Francisco Morato, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira, Itapevi, São Caetano,

Santo André, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Ferraz de Vasconcelos,

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Poá, Suzano, Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba. Os outros três municípios fora da

RMSP são Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista. O quadro 7 relata a

divisão das estações por linha e municípios atendidos.

De acordo com a STM (2010), a CPTM conta com 7 estações de

transferência intramodal – Luz (linhas 7, 10 e 11), Palmeiras-Barra Funda (linhas 7 e

8), Osasco (linhas 8 e 9), Presidente Altino (linhas 8 e 9), Brás (linhas 10, 11 e 12),

Tatuapé (linhas 11 e 12) e Calmon Viana (linhas 11 e 12). Observa-se a integração

física com linhas de ônibus municipais e intermunicipais – como mostra o quadro 8,

com o automóvel na estação Guaianazes e 18 bicicletários em operação, ofertando

cerca de 4.979 vagas.

Verifica-se que todas as linhas da CPTM possuem itens de acessibilidade,

só que não em todas as estações. Há espaços no interior das composições para a

acomodação de cadeiras de rodas. A empresa possui frota de 119 trens

programados para o horário de pico da manhã e 120 para o pico da tarde, de 14

séries diferentes – em um total de 126 trens disponíveis, conforme relatório da

administração de 2010 da empresa, demonstrados nas tabelas 8, 9 e 10 (SÃO

PAULO, 2011).

Quadro 7 - Estações de integração da CPTM com ônibus municipais e intermunicipais

Linha Estações de integração com ônibus municipais e intermunicipais

7 – Rubi Pirituba / Caieiras / Campo Limpo Paulista / Jundiaí

8 – Diamante Palmeiras-Barra Funda / Lapa / General Miguel Costa / Carapicuíba / Barueri / Jardim Silveira / Jandira / Itapevi

9 – Esmeralda Osasco / Berrini / Jurubatuba / Grajaú

10 – Turquesa São Caetano / Prefeito Saladino / Santo André / Mauá / Ribeirão Pires

11 – Coral Corinthians-Itaquera / Guaianazes / Ferraz de Vasconcelos / Poá / Suzano / Estudantes

12 – Safira Tatuapé / Engenheiro Manoel Feio

Fonte: Adaptado de STM (2010).

Conforme Anuário Metroferroviário (2010), a companhia possui 8 pátios de

estacionamento de trens, 5 abrigos de manutenção – Presidente Altino, Luz, Lapa,

Roosevelt e Engenheiro São Paulo - e duas oficinas. As linhas 8 – Diamante, 9 –

Esmeralda, 11 – Coral e 12 – Safira tem controle de tráfego controlado pelo Centro

de Controle Operacional - CCO encontra-se da estação Brás. O controle das linhas

7 – Rubi e 10 – Turquesa é realizado no CCO da Estação da Luz no momento. Em

breve, as linhas 7 e 10 serão também controladas pelo CCO do Brás.

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Quadro 8 - Divisão das estações da CPTM por linha e município

Linha Município Estações

7 – Rubi

São Paulo Luz / Palmeiras-Barra Funda / Água Branca / Lapa / Piqueri / Pirituba / Vila Clarice / Jaraguá / Perus

Caieiras Caieiras

Franco da Rocha Franco da Rocha / Baltazar Fidélis

Francisco Morato Francisco Morato

Campo Limpo Paulista Botujuru / Campo Limpo Paulista

Várzea Paulista Várzea Paulista

Jundiaí Jundiaí

8 – Diamante

São Paulo Júlio Prestes / Palmeiras-Barra Funda / Lapa / Domingos de Moraes / Imperatriz Leopoldina

Osasco Presidente Altino / Osasco / Comandante Sampaio / Quitaúna / General Miguel Costa

Carapicuíba Carapicuíba / Santa Teresinha

Barueri Antônio João / Barueri / Jardim Belval / Jardim Silveira

Jandira Jandira / Sagrado Coração

Itapevi Engenheiro Cardoso / Itapevi

9 – Esmeralda São Paulo

Ceasa / Villa Lobos-Jaguaré / Cidade Universitária / Pinheiros / Hebraica-Rebouças / Cidade Jardim / Vila Olímpia / Berrini / Morumbi / Granja Julieta / Santo Amaro / Socorro / Jurubatuba / Autódromo / Primavera-Interlagos / Grajaú

Osasco Osasco

10 – Turquesa

São Paulo Luz / Brás / Mooca / Ipiranga / Tamanduateí

São Caetano do Sul São Caetano

Santo André Utinga / Prefeito Saladino / Prefeito Celso Daniel-Santo André

Mauá Capuava / Mauá / Guapituba

Ribeirão Pires Ribeirão Pires

Rio Grande da Serra Rio Grande da Serra

11 – Coral

São Paulo Luz / Brás / Tatuapé / Corinthians-Itaquera / Dom Bosco / José Bonifácio / Guaianazes

Ferraz de Vasconcelos Antônio Gianetti Neto / Ferraz de Vasconcelos

Poá Poá / Calmon Viana

Suzano Suzano

Mogi das Cruzes Jundiapeba / Brás Cubas / Mogi das Cruzes / Estudantes

12 – Safira

São Paulo Brás / Tatuapé / Engenheiro Goulart / USP Leste / Comendador Ermelino / São Miguel Paulista / Jardim Helena-Vila Mara / Itaim Paulista / Jardim Romano

Itaquaquecetuba Engenheiro Manoel Feio / Itaquaquecetuba / Aracaré

Poá Calmon Viana

Fonte: Adaptado de Anuário Metroferroviário (2011).

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Tabela 8 – Quantidade de TUEs por linha: Linhas 7 – Rubi, 8 – Diamante e 9 - Esmeralda

Descrição Linha 7 - Rubi Linha 7 - Rubi

(Extensão) Linha 8 – Diamante

Linha 9 – Esmeralda

Número de trens 17 04 17 23

Número de carros por trem 10/6; 7/8 2/4; 2/3 12/17 5/6; 18/4

Número de trens com ar condicionado

- - - 23

Capacidade por trem

Sentados 422 288 736 281

Em pé (6 pass. / m²) 1.474 764 2.092 971

Velocidade comercial (km/h) 42 52 36 42

Duração mínima de volta (min.) 110 54 122 110

Bitola (mm) 1.600

Energia de Tração

Elétrica Tipo Catenária

Tensão 3.000 V

Diesel -

Fonte: Adaptado de Anuário Metroferroviário (2010)

Tabela 9 - Quantidade de TUEs por linha: Linhas 10 – Turquesa, 11 – Coral e 12 - Safira

Descrição Linha 10 – Turquesa

Linha 11 - Expresso Leste

Linha 11 – Extensão

Linha 12 – Safira

Número de trens 16 13 9 17

Número de carros por trem 16/12 13/8 9/6 6/8; 11/6

Número de trens com ar condicionado

15 13 - -

Capacidade por trem

Sentados 404 456 509 411

Em pé (6 pass. / m²) 1.446 1.540 1.274 1.373

Velocidade comercial (km/h) 41 45 45 38

Duração mínima de volta (min.) 108 68 76 120

Bitola (mm) 1.600

Energia de Tração

Elétrica Tipo Catenária

Tensão 3.000 V

Diesel -

Fonte: Adaptado de Anuário Metroferroviário (2010).

Pierrini (2008) relata que a CPTM possui diferentes sistemas de controle de

tráfego de trens (também conhecido por sinalização), relacionados a seguir.

ATC – Automatic Train Control: Sistema de controle automático da

circulação de trens, através do controle de velocidade, contando com

equipamentos de via e de bordo nas cabines das composições. Presente nas

linhas 7 – Rubi, 8 – Diamante (trecho Júlio Prestes – Itapevi), linha 9 –

Esmeralda e linha 10 – Turquesa;

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ATS – Automatic Train Stop: Sistema de controle automático de parada das

composições nos sinais, através de equipamentos de via e de bordo.

Presente na linha 11 – Coral, no trecho Luz – Guaianazes (Expresso Leste);

CTC – Central Traffic Control: Sistema de controle de tráfego de trens sem

a existência de equipamentos de bordo, controlado por intertravamento dos

equipamentos de via e circulação controlada por sinais luminosos ao longo da

via. Presente nas linhas 8 – Diamante (trecho Itapevi – Amador Bueno), no

trecho Guaianazes - Estudantes da linha 11 – Coral e na linha 12 – Safira.

Encontra-se em execução a mudança de sinalização das linhas da CPTM,

que será verificado com mais detalhes no próximo capítulo. A tabela 11 mostra com

mais detalhes a oferta operacional da CPTM.

Tabela 10 - Frota de Trens da CPTM

Modelo/Série Fabricante Origem Ano de

Fabricação Frota Ativa

Frota Inativa

Total TUEs

Total Carros

1100 Budd / Mafersa EUA 1956 / 1957 20 2 22 68

1400 Budd/ Mafersa Brasil 1976 / 1977 8 9 17 52

1600 Budd / Mafersa Brasil 1978 9 10 19 60

1700 Mafersa Brasil 1987 22 3 25 100

2000 CAF / Adtranz /

Alston Espanha 1999 28 2 30 120

2070 Brasil 2007 11 1 12 48

2100 CAF Espanha 1974 / 1977 45 3 48 144

3000 Siemens Alemanha 2000 9 1 10 40

4400 FNV / Cobrasma EUA 1965 32 0 32 96

4800 Kawasaki -

Nippon - Kinni Japão 1958 0 3 3 9

5000 CCTU França 1978 76 20 96 250

5500 ACEC Portugal 1979 / 1980 16 15 31 108

5500 - Fase II ACEC Portugal 1979 / 1980 12 4 16 32

7000 CAF Espanha /

Brasil 2010 10 6 16 64

Fonte: Revista Ferroviária (2010, p. 124).

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Tabela 11 - Dados operacionais da CPTM - 2010

Indicador

Linha

7 8 9 10 11 -

Expresso Leste

11 – Extensão

12

Passageiros Transportados - MDU (pass./ dia útil) 386.295 414.252 266.239 330.125 337.000 200.000 199.092

Intervalo entre trens no pico (min.) 7 7 6 7 5 6 6

Frota (Operacional + Reserva) 28 17 23 18 15 10 20

Oferta de lugares - lugares /hora/sentido (6 pass./m²) 23.000 28.000 11.000 16.000 19.000 24.000 18.000

Fonte: Adaptado de São Paulo (2011) e STM (2010).

3.6.3 Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU

De acordo com São Paulo (2010), a Empresa Metropolitana de Transportes

Urbanos – EMTU – é responsável pelo gerenciamento, fiscalização, controle e

planejamento do transporte de média e baixa capacidade nas três regiões

metropolitanas paulistas – São Paulo, Campinas e Santos. Na RMSP, o sistema

regular de ônibus transporta cerca de 36,1 milhões de usuários/mês, utilizando-se de

uma frota de 4.500 veículos, produzindo 1,2 milhões de viagens/mês no sistema

viário da RMSP.

Na RMSP, a EMTU administra 5 áreas de concessão, abrangendo 10

terminais de integração (sendo 3 na cidade de São Paulo e outros 7 espalhados na

RMSP) e 650 linhas, operados por 45 empresas, descritos a seguir (EMTU, 2010):

Área 1 – Consórcio Intervias: Atua nos municípios de Cotia, Embu, Embu-

Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da

Serra, Vargem Grande Paulista e São Paulo, através de 5 empresas

operadoras, sob regime de concessão, atuando em 113 linhas, com frota de

781 veículos. Nesta área, está situado o terminal metropolitano de Cotia;

Área 2 – Consórcio Anhanguera: Atua nos municípios de Barueri, Cajamar,

Caieiras, Carapicuíba, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira,

Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Paulo, através de

8 empresas operadoras sob regime de concessão, com 1.206 veículos em

operação, em atendimento a 162 linhas;

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Área 3 – Internorte: 10 empresas operadoras sob regime de concessão que

atuam nos municípios de Arujá, Guarulhos, Mariporã, Santa Isabel e São

Paulo, com frota de 750 veículos, servindo a 123 linhas;

Área 4 – Unileste: 353 veículos em operação, distribuídos em 56 linhas e 4

empresas operadoras sob regime de concessão. Atua nos municípios de

Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi

das Cruzes, Poá, Salesópolis, Suzano e São Paulo;

Área 5 – Grande ABC: Atende aos municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão

Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São

Caetano do Sul e São Paulo. A operação é dividida entre oito empresas

permissionárias, pois o processo licitatório encontra-se em fase de

aprimoramento. Nesta região concentram-se 09 terminais de integração do

corredor de média capacidade São Mateus – Jabaquara: Sônia Maria, Santo

André Leste, Santo André Oeste, São Bernardo, Ferrazópolis, Diadema,

Piraporinha, Jabaquara e São Mateus.

Conforme EMTU (2008) e São Paulo (2010), os sistemas gerenciados pela

empresa na RMSP são:

Sistema Regular – Comum: Operação por empresas privadas, sob

concessão ou permissão, em linhas que permitem a conexão de no mínimo

02 municípios, admitindo-se o transporte de usuários sentados e em pé;

Sistema Regular – Seletivo: Linhas padrão rodoviário, operação com ônibus

e micro-ônibus, permitindo apenas o transporte de usuários sentados;

Sistemas Regulares Especiais (Fretamento): Operado por organizações

registradas na STM. Conforme dados de 2008, existiam 9.900 veículos

fretados, registrados em 1.046 empresas;

Sistemas Escolares Metropolitanos (Transporte Escolar): Desde 2005,

regulação desta modalidade de transporte. Mediante contrato de serviço é

permitido aos profissionais autônomos à operação deste serviço;

Sistemas Regulares de Miniônibus: Linhas operadas por empresas

individuais, que operam um único veículo, também conhecido por ORCA –

Operador Regional de Coletivo Autônomo e RTO – Reserva Técnica

Operacional, servindo de complemento ao transporte regular comum. No total,

80 veículos encontram-se em RTO;

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Sistema Aeroporto: Ligação entre o aeroporto internacional de Guarulhos e

locais da cidade de São Paulo – Avenida Paulista, Praça da República,

Terminal Rodoviário do Tietê e Aeroporto de Congonhas, utilizando-se de

uma frota de 23 veículos rodoviários e 27 ônibus suburbanos, distribuídos em

07 linhas, transportando cerca de 150 mil usuários/mês.

A EMTU também controla a operação do corredor metropolitano São Mateus

– Jabaquara (mais conhecido por corredor ABD). Efetua a ligação entre a estação

Jabaquara do Metrô, as cidades de Diadema, São Bernardo do Campo, Santo

André, Mauá e o bairro de São Mateus, na zona leste da capital paulista. Trata-se de

33 km de vias exclusivas para o tráfego de ônibus e trólebus. Transporta 07 milhões

de passageiros/mês, distribuídos em 13 linhas regulares, operados por 270 ônibus.

O corredor ABD integra-se com a CPTM na estação Santo André. Iniciou suas

operações em 1988 e desde 1997 a operação é concessionada a Metra – Sistema

Metropolitano de Transporte Ltda. Possui 111 pontos de parada e a frota é equipada

com veículos com suspensão pneumática (52%), ar condicionado (39%), tração

elétrica (31%) e transmissão automática – 32%. Os terminais são equipados com

rampas de acessibilidade, faixas de pedestres, bancos, lixeiras, telefones públicos,

sistemas sonoros e sistema de relógios. É referência nacional e internacional em

transporte público de passageiros, de média capacidade de demanda (EMTU, 2008).

3.7 PITU – Plano Integrado de Transportes Urbanos

A STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) lançou em 1999 o Plano

Integrado de Transportes Urbanos (PITU). É estudo sobre os transportes públicos na

RMSP, com vistas a traçar diretrizes para a gestão e expansão contínua a gradativa

dos transportes públicos na metrópole paulista, através de investimentos maciços no

setor, aprimoramento de gestão e integração entre os diversos órgãos públicos da

área de transportes.

É um documento de referência para as políticas públicas voltadas para o

transporte metropolitano, com ações a serem executadas até 2020. O governador do

estado de São Paulo na época, Mário Covas, em depoimento sobre o PITU,

descreve e exalta o plano. Segundo ele (SÃO PAULO, 1999, p. 06):

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Garantir que esta [São Paulo] continue ser uma terra de oportunidades é, pois, o desafio que se coloca. E é isso que trata o presente plano, tendo como horizonte o ano de 2020. Um plano para o futuro dos transportes metropolitanos, que dá continuidade ao esforço em curso, iniciado na gestão 95 – 98. (...) [É voltado] para a melhoria gradativa e continuada dos transportes públicos. Um plano factível, elaborado coletivamente por técnicos e autoridades da região para transformar nossa metrópole naquela almejada por seus cidadãos. Este estudo é, sem dúvida, resultado da mesma energia que impulsiona a metrópole. Sua oportuna publicação vem possibilitar o aprofundamento do debate sobre o tema, imprescindível à preservação da contribuição histórica da Grande São Paulo para o desenvolvimento do País.

O secretário dos transportes metropolitanos na época, Cláudio de Senna

Frederico, em seu depoimento no PITU 2020, enfatiza que o presente plano é

apenas o início de uma grande mudança a ser executada no segmento, podendo ser

adaptado e transformado conforme os diversos fatores condicionantes a execução

de tais ações. Para Frederico (SÃO PAULO, 1999, p. 7),

O PITU 2020 não é um plano acabado. Ao contrário, é uma obra aberta. O que hoje entregamos é um exercício completo de um processo de planejamento do futuro. [...] A obra pode ser aprimorada – e com certeza será – por novas informações, por intervenções não prognosticadas ou por novos sonhos. Sonhos, sim. Afinal, o PITU 2020 teve um início diferente: ao invés de prognósticos frios sobre o futuro, partiu da formulação de um desejo. Uma reflexão como queremos estar vivendo em 2020, qual será a cara de nossa metrópole. O sonho, construído coletivamente por diversos agentes decisores sobre os rumos da cidade – prefeitos municipais, técnicos de empresas operadoras, urbanistas e estudiosos do transporte público – é estruturar uma metrópole competitiva, saudável, equilibrada, de referência para o futuro. É oferecer um leque de possibilidades suficientemente amplo e abrangente que ao invés de restringir opções, estimule a sua constante adaptação e expansão.

De acordo com São Paulo (1999), as simulações dos diversos cenários

futuros tiveram como referencial o ano-base de 1997, concomitantemente a

divulgação da pesquisa Origem – Destino no mesmo ano, observando as tendências

sentidas naquela época para os transportes metropolitanos. Diversos dados foram

analisados, como panorama urbano da RMSP, renda familiar, densidade de

empregos e de viagens, além das proposições mostradas na simulação, conforme o

anexo B. A partir da avaliação no ano-base (1997), três cenários de

desenvolvimento vieram à tona: Pleno desenvolvimento, crescimento moderado e

estagnação econômica. A estratégia escolhida propõe uma intervenção no sistema

de transportes, com investimentos em infraestrutura e medidas para aprimorar a

gestão do transporte, do trânsito e de regulação da política de preços.

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Partiu-se do princípio de estratégia mínima: não programar nenhum outro

sistema de transporte, exceto aqueles que já se encontravam em curso. Esta

estratégia serve de referência para as outras. A escolha da estratégia a ser adotada

passou por três fases: A rede estrutural de trilhos (redes densa, aberta e central), a

infraestrutura viária e a política de gestão e preços.

Conforme o PITU (São Paulo, 1999), o sistema sobre trilhos é o sistema

estruturador de transporte público na RMSP, devido a sua alta capacidade de

transporte. O estudo aponta três alternativas para o sistema de trens urbanos,

concorrentes entre si, mas com alguns pontos em comum, visando à maximização

de sua utilização e as intervenções propostas para tais ações. De acordo com o

documento (SÃO PAULO, 1999, p. 73),

Considerar os investimentos já definidos [...];

Intensificar o uso dos leitos ferroviários como linhas de alta capacidade de transporte;

Ligar os aeroportos à rede de alta capacidade;

Priorizar os atendimentos a grandes demandas com sistemas de transporte de alta capacidade sobre trilhos, privilegiando o combate à poluição atmosférica.

Neste contexto incluem-se os investimentos para a efetiva modernização da

malha da CPTM (no estudo descrito como trem metropolitano e trem aproximador),

com níveis de serviço e atendimento semelhantes aos sistemas metroviários. As três

alternativas consideradas para o sistema sobre trilhos foram às redes central, aberta

e densa.

A rede central é o princípio de partida para as redes aberta e densa. Nesta

rede foi considerada a forte atratividade que o centro expandido da cidade de São

Paulo proporciona na RMSP. A rede considera possui 298,5 km de linhas

metroviárias com diferentes níveis de tecnologia e 36,3 km relacionados para o trem

especial dos aeroportos, com investimento previsto de R$ 22.366 milhões.

A rede aberta considera a ligação entre os subcentros do município de São

Paulo e os polos regionais da RMSP, visando expandir a rede de alta capacidade

além dos limites da capital paulista, visando criar conexões com os sistemas

municipais de transporte, para atuarem como modos complementares do sistema

sobre trilhos, com 289 km de rede metroviária – fora os 44 km do trem especial dos

aeroportos - e investimentos aproximados de R$ 880 milhões, de acordo com a

figura 36 (anexo B).

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Já a rede densa possui extensão de 245,3 km de linhas metroviárias, com

investimentos de cerca de R$ 22.596 milhões, com atendimento concentrado ao

centro expandido da cidade de São Paulo, ilustrado pela figura 37 (anexo B), com a

alimentação desta rede por sistemas de média capacidade, geralmente em sistemas

sobre pneus, visando aumentar as conexões em sua área de atuação, visando

reduzir a participação dos veículos automotores nos deslocamentos e melhorar a

acessibilidade aos pólos de viagens localizados na área central.

O PITU 2020 propõe para o sistema de trens metropolitanos uma adequação

para o atendimento de demandas internas da RMSP, descrito como trem

aproximador, além de conversão de alguns trechos para a operação de metrô em

nível (de superfície).

Para o trem aproximador, a modernização seria executada nos trechos das

linhas Noroeste – Sudeste (atuais linhas 7 e 10 da CPTM), Leste Variante (atual

linha 12 da CPTM), Leste Tronco (atual linha 11 da CPTM) – entre as estações de

Calmon Viana e Mogi das Cruzes, sistemas Oeste e Sul (entre Jurubatuba e

Varginha), com extensão aproximada de 88 km, com a execução de obras para a

melhoria da via permanente, rede aérea, sistemas de sinalização e melhoria do

material rodante, com investimentos aproximados da ordem de R$ 440 milhões.

Em 2005, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos promove uma revisão

no PITU 2020, para projeções com horizonte 2025. Entre as mudanças, destacam-

se a política habitacional do governo estadual, a logística para o transporte de

cargas, traduzidos nos CLI’s (Centros Logísticos Integrados) e a implantação de

corredores urbanísticos. No âmbito dos transportes, a malha da CPTM é

caracterizada como trem metropolitano, sem distinção de trechos a serem

convertidos para metropolitanos de superfície, conforme verificado na figura 38

(anexo B).

O próximo capítulo explanará sobre a modernização na malha da CPTM,

atualmente em curso pelo governo estadual, relatando o histórico das ações já

tomadas desde a fundação da companhia e os resultados já alcançados. Explanará

sobre os atuais investimentos realizados na empresa e as principais ações em curso

e as ações futuras, com os resultados esperados.

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4 A MODERNIZAÇÃO DA MALHA DA CPTM

Neste capítulo será verificado com mais detalhes a modernização promovida

na malha ferroviária operada pela CPTM, prevista no PITU 2020. Relatará as ações

já tomadas para a melhoria contínua e gradativa dos serviços operados pela

empresa (bem como os resultados já alcançados), as ações em andamento e as

projeções de concretização dos projetos da organização e os benefícios esperados.

4.1 Antecedentes da modernização

Conforme já abordado no capítulo 3 desta monografia, a criação da CPTM

em 1992 e a passagem dos sistemas que pertenciam a STU-SP no ano de 1994 era

o começo de um novo marco de gestão no sistema de trens urbanos (conhecidos

como trens de subúrbio) anteriormente pertencentes ao governo federal. A CPTM

assumia o sistema em condições precárias de operação e manutenção.

A própria CBTU, em seu plano diretor de 1984, relata a situação crítica do

transporte suburbano de passageiros, prevendo que deveria ser investido

aproximadamente 1 bilhão de dólares apenas para intervenções pontuais dentro do

sistema e garantir as operações ferroviárias, porém, uma década depois só um terço

havia sido aportado. Infelizmente, a falta de investimentos gerava um círculo vicioso,

prejudicando não somente as operações, mas também o usuário e o próprio sistema

como um todo. Conforme a CPTM (2002, p. 11), “era um círculo vicioso: o serviço

perdia qualidade, perdia usuários, gerava déficit, sacrifícios na manutenção e,

novamente, perdia qualidade”.

Nerilo (2001), CPTM (2002) e Baião (2010) relatam que a situação das

linhas de subúrbio em São Paulo no momento da criação da CPTM: Invervalos entre

as composições na hora-pico de até 20 minutos, frota em estado precário de

manutenção e operação, carência de material rodante, sistemas de controle de

tráfego e de arrecadação obsoleto, frota antiga e deteriorada, com trens há mais de

35 anos de uso, trens circulando de portas abertas, surfistas ferroviários em cima

das composições acometidos por choques de 3.000 V por encostarem-se a

catenárias eletrificadas, arrastões e assaltos dentro dos carros, manutenções

vencidas, evasão de renda, estações adaptadas para o transporte de passageiros,

pingentes dependurados na porta das composições (figura 7), superlotação nos

horários de pico. Nesta condição, eram transportador 894 mil usuários/dia (PAIVA,

2008).

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José Geraldo Baião, presidente da AEAMESP, em depoimento a revista

Ferrovia (2010), enfatiza que a sociedade tinha repúdio pelo trem de subúrbio,

utilizado apenas por aqueles cidadãos que não tinham outra opção de

deslocamento. Baião também alerta sobre a posição do governo estadual quando

herdou o sistema: realizar investimentos pontuais em um primeiro momento, pois a

malha, mesmo sucateada, servia a diversos municípios da RMSP e tinha extensão

quatro vezes maior que a rede de metrô da capital paulista na época.

Em um primeiro momento, devido à tamanha degradação em que se

encontrava o sistema ferroviário, certamente os recursos a serem aportados

deveriam ser vultosos, para dar ao sistema o mínimo de decência em sua operação.

Precisaria analisar se valeria a pena tal esforço. Baião (2010, p. 14) registra que

Felizmente, quem estava no comando desse processo entendeu que a resposta seria sim. Foi uma decisão estratégica: nesse segundo momento, quando os problemas mais graves já estavam sendo equacionados, foi ficando cada vez mais evidente que não teria sido inteligente abandonar uma rede de transporte (...) [que] de quebra, servia também a outros municípios.

Figura 7 - Pingentes ferroviários no trem série 4.400, no sistema leste, s/d.

Fonte: Autoria desconhecida.

Durante o processo de estadualização da malha ferroviária suburbana,

houve o aporte de recursos financeiros através do Banco Mundial e do BIRD –

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Banco Interamericano de Desenvolvimento. Benvenuto (2003) e Bandeira (2004)

relatam que a modernização a ser promovida na malha da CPTM é um processo

executado por etapas e que em um primeiro instante (período 1995 – 2001),

traduzia-se a aumentar a oferta de transporte proporcionado aos usuários e no

segundo momento, melhorar a qualidade do serviço prestado e maximizar a

utilização da malha (período 2005 – 2010).

Benvenuto (2001) afirma que durante o processo de modernização da

malha, a companhia deve adotar um novo modelo de gestão. Esta visão é

complementada por Scheliga (2001). De acordo com o autor, no planejamento

estratégico 2000 – 2020, um dos objetivos específicos é proporcionar uma maior

flexibilidade do modelo de gestão, além de criação de uma identidade institucional.

4.2 O início da modernização (1995 – 2001)

Nesta primeira etapa do longo processo de modernização da malha operada

pela CPTM, destacam-se quatro projetos de grande vulto: Plano Quinquenal do

Material Rodante (PQMR) e aquisição de trens, Projeto Sul de Trens Metropolitanos,

Integração Centro e a implantação do Expresso Leste.

4.2.1 PQMR I e aquisição de trens

Conforme Luz (2010), o primeiro Plano Quinquenal do Material Rodante –

PRMR I foi executado entre 1997 e 1998, com a reforma de 129 carros (27 TUEs)

das séries 1.700, 4.400 (figura 8) e 5.000. Os recursos foram provenientes do

governo estadual, da ordem de 46 milhões de dólares. Devido à falta crônica de

material rodante, o governo estadual em parceria com o governo espanhol, adquiriu

em 1998, 48 trens de três carros provenientes da RENFE – Red Nacional de

Ferrocarriles Españoles – através de doação, em condições de prestarem um

melhor serviço após reforma geral, pois os mesmos operavam desde a década de

1970. A reforma e o contrato de manutenção foram custeados pelo governo paulista

e as unidades foram rebatizadas como trens série 2.100 (figura 9).

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Figura 8 - Trem Unidade Elétrico Série 4.400, com pintura proveniente do PQMR I, s/d.

Fonte: Benvenuto (2003, p.5).

Figura 9 - Trem série 2.100 alinhado na estação Guapituba.

Fonte: Foto do autor, 2009.

4.2.2 Projeto Sul de Trens Metropolitanos

Coelho e Bicalho (2001) registram que o projeto Sul de Trens Metropolitanos

constitui-se de duas etapas: a dinamização da linha C-Sul (atual linha 9 –

Esmeralda) e a implantação da ligação Capão Redondo – Largo Treze (atual linha 5

– Lilás, operada pelo Metrô-SP). A dinamização da linha sul é uma das intervenções

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previstas no PITU 2020 no ato de sua edição, em 1999.

Relata Luz (2010) que os recursos aplicados para a dinamização da linha C

foram da ordem de 265 milhões de dólares, com a execução de obras civis,

sistemas de sinalização e telecomunicações, aquisição de trens e desapropriações,

visando à redução do intervalo entre as composições de 12 para 6 minutos,

concluídos no primeiro semestre de 2002. Contemplou a implantação de sete novas

estações: Vila Olímpia, Granja Julieta, Socorro, Berrini, Morumbi, Cidade Jardim e

Hebraica – Rebouças (anterior à dinamização, apenas 8 estações atendiam a linha,

em um percurso total de 22,8 km, entre as estações Osasco e Jurubatuba).

De acordo com Araújo (2001), a área de influência da linha 9 – Esmeralda

encontra-se em processo de desenvolvimento, constituindo-se como um dos mais

importantes pólos empresariais da RMSP e de geração de empregos. O autor

acrescenta que as intervenções executadas na linha C interferiram o mínimo

possível na circulação dos trens, sem paralisar as operações. Além dos pontos já

abordados por Luz (2010), incluiu-se na dinamização da linha C a modernização dos

sistemas de energia, melhorias de acesso às estações e ajustes na via permanente,

além da compra de 10 trens alemães (rebatizados como série 3.000). Os

investimentos aplicados na linha C são da cifra de 277 milhões de dólares.

Nerilo (2001) registra que após a dinamização da linha, registrou-se

aumento de 24% na média de usuários transportados e através de pesquisas de

opinião, 78% dos usuários aprovavam o serviço. Com a dinamização, a oferta de

lugares na hora-pico saltou de 6.000 para 12.000.

4.2.3 Integração Centro

Para CPTM (2002) e Luz (2010), o projeto Integração Centro configura-se

como a ligação na área central da cidade de São Paulo das seis linhas operadas

pela CPTM e das três linhas operadas pela CMSP. Foram executadas intervenções

em rede aérea, via permanente, a adaptação da estação da Luz (com a construção

de saguões subterrâneos, com capacidade de um fluxo diário de 500 mil usuários) e

unificação da estação Brás (anteriormente composta por duas: Roosevelt – oriunda

da EFCB e Brás – proveniente da EFSJ), com a construção de ligações entre as

estações ferroviárias e metroviárias (com integração tarifária), implantados entre

2000 e 2004.

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De acordo com Vieira e Lopretto (2001), os recursos investidos atingiram o

montante de 180 milhões de reais. Estava previsto o compartilhamento de vias no

trecho Barra Funda – Brás: os trens das linhas A e B iriam alcançar o Brás, enquanto

as composições das linhas D e E fariam ponto final na Estação Barra Funda, através

de um sistema de sinalização capaz de suportar intervalos de três minutos entre as

composições, nos horários de maior movimento (figura 10). Devido a estudos

internos na própria companhia, a integração física efetiva entre as linhas ferroviárias

se dará após a execução da estação Nova Luz, que será explicado mais adiante

neste trabalho.

Figura 10 – Mapa com o esquema operacional do Projeto Integração Centro.

Fonte: Adaptado pelo autor, de STM (2008 apud BIT 2011).

4.2.4 Expresso Leste

Descrito no PITU 2020 como a conversão da ferrovia suburbana em metrô

em nível (de superfície), no trecho compreendido entre as estações Luz e

Guaianazes da linha 11 – Coral, o Expresso Leste foi executado através de uma

ação conjunta entre a CPTM e a CMSP, sendo que o Metrô-SP foi o responsável por

realizar as obras civis e adaptações no leito ferroviário. O principal objetivo do

Expresso Leste é dotar a região leste da capital paulista de uma ligação de alta

capacidade com o centro da cidade de São Paulo, obra esta iniciada no ano de 1998

e concluída no ano 2000.

Luz (2010) registra que a implantação do Expresso Leste compreendeu a

construção de um trecho ferroviário novo, entre Itaquera e Guaianazes, com a

construção das estações Dom Bosco, José Bonifácio, Guaianazes e a adequação da

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estação Corinthians-Itaquera do Metrô-SP. O trecho antigo, que contemplava as

estações XV de Novembro e Itaquera (antiga) foi desativado. As estações situadas

entre Itaquera e Tatuapé (Patriarca, Vila Matilde, Carlos de Campos, Artur Alvim e

Sebastião Gualberto) foram desativadas (LUZ, 2010). Proporcionou-se ao Expresso

Leste a característica de trem regional.

Descreve Benvenuto (2001) e Nerilo (2001) que o intervalo entre as

composições foram reduzidos de 12 para 6 minutos, encurtando o tempo total de

viagem em torno de 25% (de 42 para 30 minutos, no trecho Brás – Guaianazes),

com custo de 733 milhões de dólares. Inclui-se neste valor a aquisição de 15 trens

de oito carros (rebatizados como série 2.000), de fabricação espanhola, dotados de

música ambiente e ar refrigerado. Foram efetuadas intervenções em via

permanente, sistemas de alimentação elétrica e de telecomunicações, revitalização

da faixa de domínio, modernização das estações, implantação de itens de

acessibilidade (como rampas e elevadores), controle do sistema através de circuito

fechado de televisão e bloqueios eletrônicos, ofertando cerca de 15.000

lugares/hora/sentido, com 93% de regularidade. Estas melhorias interferiram

significativamente no número de usuários transportados: de 143 mil passageiros/dia,

logo no primeiro ano de operação, passou para 260 mil passageiros/dia. Benvenuto

(2001) afirma que o Expresso Leste é a primeira experiência de sucesso da

modernização da CPTM.

4.3 Modernização – 2ª Fase (2005 – 2010)

Nesta segunda fase da modernização da malha da companhia, procurou-se

acelerar a qualificação do sistema em diversas frentes, dentro de um programa do

governo estadual conhecido como Expansão São Paulo. De acordo com Luz (2010),

entre os anos de 2000 e 2001, devido ao êxito da dinamização da linha 9, a CPTM

executa estudos referentes à modernização das demais linhas, visando adequar as

instalações e capacitar todas as linhas para operações com um padrão elevado de

excelência, sem distinção entre as mesmas, com a maximização de sua utilização e

expansão da oferta.

Ribeiro (2008) e Avelleda (2010) acrescentam que para garantir maior oferta

de transporte, são necessários os investimentos maciços nas instalações e sistemas

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que dão suporte as operações: via permanente, sinalização, telecomunicações e

sistemas de energia. Os investimentos em via permanente, incluindo a rede área de

alimentação elétrica, se traduzem em correções geométricas de via em alguns

trechos, substituição de cabos da rede aérea e estruturas de sustentação,

dormentes e AMV’s – Aparelhos de Mudança de Via; ampliação das instalações de

manutenção da empresa e implantação de novos pátios de estacionamento. A

aplicação de recursos em sistemas de sinalização e telecomunicações permite, com

segurança e confiabilidade, uma efetiva redução do intervalo entre os trens, com

controle automático a partir do CCO do Brás. Para garantir energia necessária a

ampliação da frota, é necessária a construção de novas cabines seccionadoras

(instalações que são responsáveis pelo controle da energia de um determinado

trecho) e subestações (recintos responsáveis pelo recebimento da energia elétrica

das concessionárias e conversão em potência adequada para o funcionamento dos

trens), além da reforma das instalações existentes - com a troca de disjuntores,

relês, painéis, transformadores - e efetivação do sistema de telecomando de energia

(controlado também pelo CCO do Brás).

STM (2010), Mendonça (2008) e Avelleda (2010) enfatizam que para

qualificar a rede operada pela CPTM no padrão almejado de metrô de superfície,

outras ações são paralelamente executadas, como a compra de novos trens,

recuperação da frota patrimonial (revisão de todos os itens que compõem o trem),

construção de novas estações e adaptação dos prédios existentes (principalmente

no quesito acessibilidade), construção de passarelas e vedação efetiva da faixa de

domínio. Epifani (2010a) registra que a extensão dos trechos ferroviários que

deverão ser convertidos para metropolitanos de superfície são da ordem de 160 km,

compreendidos entre as estações Luz e Caieiras (linha 7), Júlio Prestes e

Carapicuíba (linha 8), Brás e Engenheiro Manoel Feio (linha 12) a linha 9, Mauá a

Luz (linha 10) e a extensão do Expresso Leste (até a estação Suzano).

Rossito, Schiffer e Basso (2008) enfatizam que a melhoria das condições da

infraestrutura de via permanente permite o aumento da velocidade média das

composições. Segundo os autores, diversos trechos encontram-se com as mesmas

características físicas de sua inauguração, algumas inadequadas para suportar o

carregamento atual. O incremento de velocidade, da ordem de 20 km/h, por um

espaço de 1 km, reduz o tempo de percurso em 3 minutos e consequentemente, a

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quantidade de trens no carrossel.

Especificamente para o sistema de sinalização, a companhia procura

implantar dois diferentes modelos: o CBTC (Communications-Based Train Control),

baseado em telecomunicações e radiofrequência e o ATO. Grossmann (2008)

explica que o ATO caracteriza-se por operação automática dos trens, controlando as

composições remotamente e reduzindo a distância de segurança entre elas. Executa

como funções automáticas a aceleração, controle da velocidade, frenagem e parada

automática nas plataformas com precisão de até 15 centímetros. Geralmente, o ATO

opera juntamente com o ATC, dentro de um conceito definido como “falha segura”.

Epifani (2010a) acrescenta que o padrão metrô de superfície na CPTM

obedece a algumas premissas de implantação, como a possibilidade de oferta

deverá ser de até 40.000 passageiros/hora/sentido nos horários de movimento

elevado, infraestrutura de circulação capaz de suportar intervalos até 3 minutos e

operação com loop interno (trens circulando nos trechos de maior carregamento de

cada linha), visando atender a 80% dos usuários.

Uma ação complementar na modernização é a atualização tecnológica e a

aquisição de equipamentos mais modernos para a manutenção na empresa.

Almeida (2008) informa que a capacitação e ampliação do maquinário de

manutenção da via permanente e rede aérea de alimentação elétrica tem como

objetivo aperfeiçoar as intervenções necessárias e ganhos relacionados a

produtividade e qualidade. A ampliação do maquinário refere-se à compra de dois

veículos de inspeção e manutenção da rede aérea, um veículo de lançamento,

recolhimento e tensionamento dos cabos e fios da rede aérea, uma socadora,

alinhadora e niveladora de via de ação contínua, uma socadora, alinhadora e

niveladora de aparelhos de mudança de via; uma reguladora e equalizadora de

lastro e seis caminhões de linha (com duas pranchas-reboque cada).

Os tópicos seguintes relatam as ações já tomadas da empresa e as

intervenções em curso.

4.3.1 Extensão da linha 9 – Esmeralda

Luz (2010) relata que em abril de 2008 foi entregue ao tráfego a extensão da

linha 9 – Esmeralda, que antes seguia até a estação Jurubatuba, passou a operar

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até o bairro do Grajaú, com a inauguração das estações Autódromo, Primavera –

Interlagos e Grajaú. Para tal, foi implantada uma nova via permanente, sistema de

sinalização, vedação de faixa, rede aérea, telecomunicações e aquisição de seis

novos trens (com oito carros cada), aplicando-se recursos da ordem de 670 milhões

de reais.

4.3.2 Recapacitação da Linha 12 – Safira

De acordo com a CPTM (2002), a linha 12 – Safira era a linha mais

deficitária da empresa. Luz (2010) relata que a linha passou por um processo de

recapacitação e modernização, com recursos oriundos da Caixa Econômica Federal,

através da cessão de direitos creditórios, orçado em cerca de 250 milhões de reais.

Inseriram-se três estações na linha (USP Leste, Jardim Helena – Vila Mara e Jardim

Romano) e as estações de Comendador Ermelino e Itaim Paulista foram

reconstruídas. Incorporou-se a frota da linha 10 trens série 4.400 reformados,

reduzindo o intervalo na hora-pico de 9 para 7 minutos. Para uma segunda etapa,

prevê-se a construção das estações Penha, Ticoatira e União de Vila Nova, além da

reconstrução da estação São Miguel Paulista (que se encontra em curso).

4.3.3 PQMR II e aquisição de trens

De acordo com Mandelli e Garcia (2008) e Luz (2010), paralelamente ao

processo de recapacitação da linha 12, executaram-se serviços visando à

remobilização, revisão geral e modernização de trens de diferentes séries (1.400,

1.600 e 5.500), contemplando que 49 unidades retornassem a operação comercial

após troca de pisos, bancos, janelas, portas e pintura externa – conhecido por

PQMR II. Encontra-se em execução a aquisição de 48 novos trens (série 7.000), de

oito carros cada um, para incrementarem a oferta de serviços da companhia, dos

quais 10 já encontram-se em operação.

As intervenções por linha e a projeção de concretização das ações em

andamento encontram-se dispostos no anexo C, de acordo com informações

divulgadas pela STM no ano de 2011 (adotando-se o dia 30 de setembro do

presente ano como data-limite para a atualização das mesmas). Tais previsões

podem sofrer oscilações, devido a ajustes e revisões de projeto, bem como a

prioridade de outras obras e ações da CPTM e STM.

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4.4 Projetos da companhia e resultados esperados

As informações apresentadas a seguir são de caráter básico e informativo, já

que os projetos podem passar por reavaliações, revisões e ajustes. A execução dos

mesmos dependerá de diversos fatores, como as prioridades do governo estadual

no segmento de transporte metroferroviário e os recursos disponíveis.

STM (2010), Epifani (2010a) e STM (2011b) divulgam que as ações

envolvem a propostas de novos serviços, a implantação de linhas expressas, a

união das estações Lapa da linha 7 – Rubi e da linha 8 – Diamante; e a construção

da estação Nova Luz. Os novos serviços propostos, considerados para o horizonte

2014 são:

Extensão da linha 9 – Esmeralda até o bairro de Varginha: Contempla a

construção de mais duas estações (Mendes e Varginha) na linha 9, a partir de

Grajaú, em uma extensão aproximada de 4,5 km (figura 11), prevendo-se um

acréscimo de 111 mil usuários/dia na demanda da linha. Os investimentos

previstos são da ordem de 250 milhões de reais para a implantação da

extensão e previsão de operação para setembro de 2014, de acordo com

cronograma de implantação descrito no quadro 9;

Ligação do bairro de Alphaville com a linha 8 – Diamante: Este projeto

visa efetuar a ligação entre o centro empresarial e industrial de Alphaville, no

município de Barueri, com a linha 8 – Diamante (nas estações Barueri e

Carapicuíba) através de VLT (figura 12). Com custo estimado em 750 milhões

de reais, a ligação terá aproximadamente 9,6 km de extensão em sua

primeira fase e prevê a construção de 11 estações. A demanda estimada é da

ordem de 61 mil passageiros/dia, com previsão de implantação a partir de

outubro de 2013, com entrega a operação comercial em meados do segundo

semestre de 2015, de acordo com o cronograma descrito no quadro 10.

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Figura 11 - Mapa da extensão da linha 9 - Esmeralda, até o bairro de Varginha.

Fonte: STM (2011b, p. 9)

Quadro 9 - Cronograma previsto de implantação da extensão da linha 9 até Varginha

Ação Conclusão prevista

Entrega do projeto funcional Ago./2011

Publicar edital dos estudos ambientais e licenças Ago./2011

Publicar edital do projeto básico e executivo do trecho Out./2011

Contratação de projeto básico e executivo e estudos ambientais Jan./2012

Entrega dos estudos ambientais Ago./2012

Entrega do projeto executivo e do projeto básico Dez./2012

Publicar edital de licitação de sistemas Mai./2013

Publicar edital de licitação de obras civis Jan./2013

Iniciar obras civis Mai./2013

Iniciar implantação de sistemas Ago./2013

Material rodante Dez./2013

Concluir obras civis Set./2014

Concluir implantação de sistemas Set./2014

Início da operação Set./2014

Fonte: STM (2011b, p.9).

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Figura 12 - Mapa do trajeto do VLT ligando a linha 8 ao bairro de Alphaville.

Fonte: Epifani (2010b, p.38).

Quadro 10 - Cronograma previsto de implantação do VLT de Alphaville

Ação Conclusão prevista

Contratação do projeto funcional Dez./2011

Entrega projeto funcional Set./2012

Publicar edital do projeto básico e executivo do trecho Jan./2013

Publicar edital dos estudos ambientais e licenças Jan./2013

Contratação de projeto básico e executivo do trecho e estudos ambientais Mar./2013

Entrega do projeto executivo e projeto básico Set./2013

Entrega dos estudos ambientais Ago./2013

Publicar edital de licitação de obras civis e instalações Ago./2013

Iniciar obras civis Out./2013

Concluir obras civis Out./2015

Sistemas operacionais Out./2015

Material rodante Abr./2015

Início da operação Out./2015

Fonte: STM (2011b, p.8).

Metrô Leve Guarulhos – ABC: Previsto no PITU 2025 como corredor

urbanístico, o metrô leve Guarulhos – ABC efetuará a ligação entre dois pólos

importantes da RMSP, através de VLT, cortando a área leste do município de

São Paulo (figura 13). Com extensão aproximada de 30,5 km entre as

cidades de Guarulhos e Santo André, o projeto da linha prevê a construção de

23 estações e aquisição de 45 trens. Terá conexões com as linhas 10 –

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Turquesa, 11 – Coral e 12 – Safira e a linha 3 do Metrô-SP, com capacidade

de ofertar na hora-pico 22 mil lugares por sentido e demanda prevista de 328

mil usuários/dia. Com investimentos da ordem de 5,446 milhões de reais,

estima-se que o VLT possa entrar em operação em meados do segundo

semestre de 2014 (quadro 11).

Figura 13 - Traçado do VLT Guarulhos – ABC.

Fonte: STM (2011b, p. 17).

Trem de Guarulhos (linha 13 – Jade): Com custos estimados na ordem de

947 milhões de reais, a linha 13 – Jade conectará o município de Guarulhos

ao centro da capital paulista (figura 14). A linha terá aproximadamente 20,8

km de extensão (na maioria do traçado, a linha utilizará a infraestrutura da

linha 12 – Safira, até a estação Engenheiro Goulart) e 6 estações, com

capacidade de ofertar 19 mil lugares hora/sentido. Utilizará 6 trens e atenderá

uma demanda prevista de 170 mil usuários/dia, com previsão de operação em

setembro de 2014 (quadro 12).

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Quadro 11 - Cronograma previsto de implantação do VLT Guarulhos - ABC

Ação Conclusão prevista

Entrega projeto funcional Mai./2011

Publicar edital do projeto básico e executivo do trecho Ago./2011

Publicar edital dos estudos ambientais e licenças Ago./2011

Contratação do projeto básico e executivo do trecho e estudos ambientais Set./2011

Entrega dos estudos ambientais Mar./2012

Entrega do projeto executivo e projeto básico Ago./2012

Publicar edital de licitação de obras civis Nov./2012

Publicar edital de licitação de sistemas Nov./2012

Iniciar implantação de sistemas Jan./2013

Iniciar obras civis Mar./2013

Concluir obras civis Ago./2014

Concluir implantação de sistemas Set./2014

Material rodante Ago./2014

Início da operação Set./2014

Fonte: STM (2011b, p.17).

Figura 14 - Traçado da linha 13 - Jade (Trem de Guarulhos).

Fonte: Adaptado de STM (2008 apud BIT 2011).

Classificados no PITU 2025 como linhas expressas de trem metropolitano,

os serviços expressos contemplam a implantação dos seguintes serviços:

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Expresso ABC: Com previsão de inauguração em abril de 2015 (quadro 13)

e exigindo investimentos previstos da ordem de 1,269 milhões de reais, o

expresso ABC irá ser implantado na faixa de domínio da linha 10 – Turquesa,

entre as estações Luz e Mauá (figura 15), efetuando paradas nas estações

Brás, Tamanduateí, São Caetano e Santo André (sendo que para a

implantação do projeto é necessária à reconstrução/adaptação das estações

para o recebimento do serviço expresso). Com extensão aproximada de 25,2

km, o sistema terá capacidade de ofertar 19 mil passageiros hora/sentido nos

horários de pico e demanda estimada em cerca de 322 mil usuários/dia

(sendo que boa parte dos usuários da linha migrarão do serviço paradoro

atual).

Quadro 12 - Cronograma previsto de implantação do trem de Guarulhos

Ação Conclusão prevista

Publicar edital do projeto básico e executivo do trecho Ago./2011

Publicar edital dos estudos ambientais e licenças Ago./2011

Contratação de projeto básico e executivo do trecho e estudos ambientais Out./2011

Entrega dos estudos ambientais Mar./2012

Entrega do projeto executivo e projeto básico Ago./2012

Publicar edital de licitação de obras civis Nov./2012

Publicar edital de licitação de sistemas Nov./2012

Iniciar implantação de sistemas Jan./2013

Iniciar obras civis Mar./2013

Concluir obras civis Ago./2014

Concluir implantação de sistemas Set./2014

Material rodante Ago./2014

Início da operação Set./2014

Fonte: STM (2011b, p. 11)

Expresso Oeste – Sul: Permitindo um acréscimo de 100 mil usuários/dia na

demanda da companhia, o expresso oeste – sul utilizará o leito ferroviário das

linhas 8 – Diamante (entre as estações Barueri e Presidente Altino) e 9 –

Esmeralda (entre as estações Presidente Altino e Pinheiros). Orçado em

cerca de 808 milhões de reais, a implantação desta linha mudará o atual

esquema operacional da linha 9: a integração com a linha 8 será realizada na

estação Lapa, deixando de atender Presidente Altino (figura 16). Com

extensão de 20,84 km, o expresso efetuará paradas nas estações Barueri,

Carapicuíba, Osasco e Pinheiros. Atenderá uma demanda prevista de 154 mil

usuários/dia, com início da operação comercial projetada para março de 2015

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(quadro 14).

Figura 15 - Traçado do Expresso ABC.

Fonte: Adaptado de STM (2008 apud BIT 2011).

Quadro 13 – Cronograma previsto de implantação do Expresso ABC

Ação Conclusão prevista

Publicar edital do projeto básico e executivo do trecho Set./2011

Publicar edital dos estudos ambientais e licenças Set./2011

Contratação de projeto básico e executivo do trecho e estudos ambientais Dez./2011

Entrega do projeto executivo e projeto básico Dez./2012

Entrega dos estudos ambientais e licenças Mar./2013

Publicar edital de licitação de obras civis Mar./2013

Publicar edital de licitação de sistemas Jun./2014

Iniciar obras civis Jun./2013

Iniciar implantação de sistemas Ago./2014

Inauguração - Frota Realocada Set./2014

Concluir obras civis Out./2014

Concluir implantação de sistemas Out./2015

Material rodante Mar./2015

Inauguração - Frota Nova Abr./2015

Fonte: STM (2011b, p. 10)

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Figura 16 - Traçado do Expresso Oeste - Sul.

Fonte: Epifani (2010b, p. 59)

Quadro 14 - Cronograma previsto de implantação do Expresso Oeste - Sul

Ação Conclusão prevista

Publicar edital do projeto básico e executivo do trecho Set./2011

Publicar edital dos estudos ambientais e licenças Set./2011

Contratação de projeto básico e executivo do trecho e estudos ambientais Dez./2011

Entrega do projeto executivo e projeto básico Dez./2012

Entrega dos estudos ambientais e licenças Mar./2013

Publicar edital de licitação de obras civis Mar./2013

Iniciar obras civis Jun./2013

Publicar edital de licitação de sistemas Jun./2014

Iniciar implantação de sistemas Ago./2014

Concluir obras civis Out./2014

Concluir implantação de sistemas Out./2015

Material rodante Mar./2015

Fonte: STM (2011b, p.13)

Extensão do Expresso Leste até Suzano: O prolongamento do Expresso

Leste até Suzano consumirá recursos da ordem de 1,384 milhões de reais.

Para atender ao serviço expresso, serão reconstruídas as estações Ferraz de

Vasconcelos e Suzano e a estação Poá será modernizada. A previsão de

concretização deste projeto é o ano de 2014.

Expresso Noroeste: Projeto não previsto no horizonte 2014, o Expresso

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Noroeste ligará o centro expandido da capital paulista à cidade de Francisco

Morato. Concebido nos mesmos moldes do Expresso ABC, o Expresso

Noroeste utilizará a faixa de domínio da linha 7 – Rubi e atenderá as estações

Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras – Centro, Perus e Água Branca,

com previsão de transportar 93 mil usuários/dia.

Expresso Aeroporto: Visando como objetivo a ligação direta entre o

Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica) e o centro da capital

paulista, o Expresso Aeroporto foi projetado a atender a demanda específica

de viagens do terminal aeroportuário, visando proporcionar um serviço

diferenciado aos usuários. Conhecida por linha 15 – Onix, o expresso terá

28,3 km de extensão e previsão de ofertar 3 mil lugares hora/sentido nos

horários de pico e demanda prevista de 20 mil usuários/dia. O mesmo

encontra-se indefinido por parte do governo. Foi aberta concorrência pública

para a linha 14, porém não houve interesse do setor privado, por tratar-se de

uma PPP e o governo federal não se posiciona sobre a construção do terceiro

terminal de passageiros do aeroporto (visando garantir o mínimo de

demanda).

Duas intervenções pontuais de destaque no sistema ferroviário,

considerados para o horizonte 2014, é a unificação das estações Lapa A (linha 7 –

Rubi) e Lapa B (linha 8 – Diamante) e a construção da estação Nova Luz, descritos

suscintamente a seguir.

Unificação das estações Lapa A e Lapa B: Atualmente, as duas estações

Lapa existentes operam de forma isolada, pois antes da criação da CPTM

uma delas pertencia a FEPASA e a outra era de responsabilidade da CBTU

(figura 17). Prevê-se a unificação destas duas estações, visando integrar

neste ponto as linhas 7 e 8, e em um futuro próximo, receber a linha 9 –

Esmeralda (figura 18). Não foi encontrada previsão de realização desta

intervenção.

Nova Luz: Visando integrar as linhas da CPTM e serviços expressos em um

único local, o projeto prevê a construção de uma estação subterrânea (Nova

Luz) nas proximidades da atual estação, onde hoje se localiza o abrigo de

manutenção da Luz (figura 19). Visa integrar em um mesmo local as linhas 7,

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8, 10, 11 e o Expresso Aeroporto, dividido em duas gares: a gare oeste

(subterrânea) e a gare leste (prédio atual, com as linhas 10 e 11 em superfície

e as restantes, em nível inferior), conforme ilustra as figuras 20 e 21.

Figura 17 - Posição atual das estações Lapa da linha 7 e Lapa da linha 8.

Fonte: Epifani (2010a, p. 110)

Figura 18 - Proposta de unificação da estação Lapa.

Fonte: Epifani (2010a, p. 111)

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Figura 19 - Vista área da Estação da Luz, com o abrigo de manutenção ao fundo.

Fonte: Silva (2008b, p. 22)

Figura 20 - Concepção de implantação do complexo Nova Luz.

Fonte: Epifani (2010a, p. 114)

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Figura 21 - Esquema operacional projetado dos diferentes serviços ferroviários na Nova Luz.

Fonte: Epifani (2010a, p. 115)

Os resultados previstos com a conclusão dos projetos relacionados com a

recapacitação e modernização da rede atual da CPTM encontram-se relacionados

nas tabelas 12 a 17 e no anexo D.

Tabela 12 - Resultados operacionais: Linha 7 - Rubi

Indicadores Operacionais 2007 2010 2014

(previsão)

Intervalo entre trens (minutos) 10 7 4

Oferta de lugares hora/sentido 12.000 24.000 52.000

Média de Usuários por dia útil – MDU 340.000 341.000 505.000

Índice de conforto (m²) 10,4 7,5 7,3

Quantidade de trens no pico 15/03 28/03 38

Fonte: Elaborado pelo autor, com base em visitas técnicas e STM (2011b)

Tabela 13 - Resultados operacionais: Linha 8 - Diamante

Indicadores Operacionais 2007 2010 2014

(previsão)

Intervalo entre trens (minutos) 8 7 3

Oferta de lugares hora/sentido 20.000 24.000 50.000

Média de Usuários por dia útil – MDU 234.000 376.000 520.000

Índice de conforto (m²) 8,4 7,2 5,5

Quantidade de trens no pico 16 26 40

Fonte: Elaborado pelo autor, com base em visitas técnicas e STM (2011b)

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Tabela 14 - Resultados operacionais: Linha 9 - Esmeralda

Indicadores Operacionais 2007 2010 2014

(previsão)

Intervalo entre trens (minutos) 7 5 3

Oferta de lugares hora/sentido 7.000 16.000 44.000

Média de Usuários por dia útil – MDU 112.000 262.000 358.000

Índice de conforto (m²) 9,0 6,9 3,2

Quantidade de trens no pico 19 28 34

Fonte: Elaborado pelo autor, com base em visitas técnicas e STM (2011b)

Tabela 15 - Resultados Operacionais: Linha 10 - Turquesa

Indicadores Operacionais 2007 2010 2014

(previsão)

Intervalo entre trens (minutos) 10 6 5

Oferta de lugares hora/sentido 11.000 14.000 14.000

Média de Usuários por dia útil – MDU 268.000 310.000 207.000

Índice de conforto (m²) 8,8 6,9 6,7

Quantidade de trens no pico 15 23 28

Fonte: Elaborado pelo autor, com base em visitas técnicas e STM (2011b)

Tabela 16 - Resultados Operacionais: Linha 11 - Coral

Indicadores Operacionais 2007 2010 2014

(previsão)

Intervalo entre trens (minutos) 7 5/8 3

Oferta de lugares hora/sentido 16.000 41.000 45.000

Média de Usuários por dia útil – MDU 272.000 490.000 807.000

Índice de conforto (m²) 11,2 10,4 6,5

Quantidade de trens no pico 13/9 14/9 26

Fonte: Elaborado pelo autor, com base em visitas técnicas e STM (2011b)

Tabela 17 - Resultados Operacionais: Linha 12 - Safira

Indicadores Operacionais 2007 2010 2014

Intervalo entre trens (minutos) 11 6 3

Oferta de lugares hora/sentido 10.000 18.000 30.000

Média de Usuários por dia útil – MDU 137.000 187.000 300.000

Índice de conforto (m²) 9,4 5,0 3,9

Quantidade de trens no pico 13/9 30 40

Fonte: Elaborado pelo autor, com base em visitas técnicas e STM (2011b)

Através de simulação, a Gerência de Planejamento de Transportes da CPTM

realizou um estudo sobre previsão de demanda, com horizonte 2025, considerando

a atual malha da CPTM e a operação dos Expressos Noroeste, Oeste – Sul, ABC,

Extensão do Expresso Leste até Suzano e a linha 13 – Jade (Trem de Guarulhos),

cujos resultados encontram-se na tabela 18 e no anexo D.

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Tabela 18 - MDU por linha e serviço da CPTM: simulação com horizonte 2025

Passageiros transportados por dia (projeção) – MDU

Linhas / Serviços 2010 2014 2020 2025

Linha 7 - Rubi 443.561 505.058 494.124 505.827

Expresso Noroeste - - 90.467 93.819

Linha 8 - Diamante 445.417 523.684 523.819 529.521

Linha 9 - Esmeralda 390.578 357.686 421.419 478.914

Expresso Oeste - Sul - 154.363 251.543 276.325

Linha 10 - Turquesa 345.744 206.705 222.257 252.839

Expresso ABC - 322.096 385.267 413.151

Linha 11 - Coral 238.087 100.238 116.152 128.810

Expresso Leste 356.752 706.763 727.686 768.161

Linha 12 - Safira 335.023 302.677 380.657 414.209

Linha 13 - Jade - 169.810 220.486 240.761

Rede CPTM 2.555.162 3.349.080 3.833.877 4.102.337

Fonte: Adaptado de CPTM (2007)

4.5 A modernização e o compartilhamento de vias com a MRS Logística S.A.

Frente à modernização promovida na malha da CPTM e a perspectiva de

ampliação de linhas e introdução de novos serviços, a questão do compartilhamento

de vias com a empresa responsável pelo transporte de cargas na via ferroviária, que

no caso é a MRS Logística S.A., é considerado fator conflitante de interesses, já que

interfere na operação de ambas as empresas e no desempenho das mesmas (pois a

CPTM visa aumentar a sua capacidade para transporte de passageiros e a MRS tem

como objetivo o aumento progressivo de transporte de carga na RMSP). Em um

futuro próximo, ficarão insustentáveis, exigindo a adoção de medidas para evitar

esta situação.

Para Artibani e Bergamasco (2008), a circulação dos trens de carga e de

passageiros em uma mesma malha permanece desde os tempos da extinta RFFSA.

De acordo com os autores, a lei federal 8693, de 03 de agosto de 1993, que dispõe

sobre a estadualização dos serviços ferroviários de subúrbios, estabelecia no seu

artigo 8º que as empresas que surgissem com a estadualização (que no caso da

RMSP é a CPTM) deveria assinar convênio ou manter os acordos já celebrados

entre a RFFSA e a CBTU. No parágrafo único do mesmo artigo, o mesmo define o

tráfego mútuo entre os trens cargueiros e os trens de subúrbio, em áreas de comum

operação entre ambos.

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De acordo com a CPTM (2002), a quantidade de desvios ferroviários

particulares diminuiu em 90% ao longo das vias, mas a operação de 18 pátios

ferroviários (figura 22) compromete a regularidade dos intervalos entre as

composições da CPTM. Resumidamente, as cargas ferroviárias da RMSP têm três

perfis principais:

Cargas de passagem sem origem ou destino na RMSP;

Cargas de armazenagem distribuídas na malha ferroviária RMSP e com

destino e/ou origem fora da RMSP;

Cargas de insumo para indústrias servidas por desvios particulares ou com

produtos acabados com destino fora da RMSP.

Xavier (2003) confirma que a malha ferroviária da RMSP sofre um problema

de conexão, impactando na mobilidade e na qualidade de vida da população

paulistana. O autor acrescenta que a operação conjunta cargas-passageiros é

incompatível, principalmente do ponto de vista operacional (quadro 15 e figura 23).

De acordo com a CPTM (2002), a circulação conjunta causa fortes impactos

em relação à via permanente, a circulação dos trens metropolitanos, a sinalização

ferroviária e a segurança do sistema e do usuário. Devido à diferença de tonelagem

por eixo, os trens cargueiros propiciam um maior desgaste dos trilhos

compartilhados, elevando os gastos com manutenção. Do ponto de vista da

sinalização, a compatibilização das circulações é conflitante: o transporte

metropolitano solicita pequenos blocos de circuito de via, enquanto que os

transportes ferroviários de cargas, devido ao elevado peso de suas composições e

grande distância para frenagem, exige blocos de via maiores (figuras 24 e 25). Nas

estações, o vão entre o trem e a plataforma é resultante de uma questão técnica: a

largura dos vagões dos trens de carga é maior do que dos carros de passageiros

(figura 26).

Xavier (2003) sinaliza que em um futuro próximo, a operação compartilhada

tende a se agravar devido ao aumento dos fluxos, devido as estratégias adotadas

por cada empresa. O autor relata que a CPTM em 2002, transportava 1,2 milhões de

usuários/dia e projetava para o ano de 2010 o transporte de 3 milhões de

usuários/dia, reduzindo o intervalo entre as composições, de 7 para 3 minutos

(objetivo este em vias de concretização) e a MRS, de 7,4 milhões de toneladas de

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carga de passagem na RMSP em 2002, projetava para 2008, na mesma

modalidade, 20 milhões de toneladas, através do aumento do número de trens em

circulação e ocupando mais tempo na via. A MRS considera como trecho crítico de

via a transposição ferroviária da RMSP.

Figura 22 - Pátio ferroviário de cargas de Jundiaí, operado pela MRS Logística.

Fonte: Foto do autor (2009)

Quadro 15 – Características técnicas operacionais do transporte ferroviário de cargas e de passageiros

Quesito Passageiros Cargas

Velocidade 80 km/h 20 km/h

Aceleração Elevada Baixa

Comprimento da composição 100 a 150 m 400 m

Peso Total 350 t 1 a 5 mil t

Peso por eixo Moderado Elevado

Rampas Maior que 1% Menor que 1%

Intervalo entre os trens Elevado Baixo

Fonte: Adaptado de Xavier (2003) e Regina (2008)

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Figura 23 – Trem metropolitano aguardando passagem do trem cargueiro em Calmon Viana.

Fonte: Foto do autor (2009).

Figura 24 - Trem de carga geral próximo a estação Francisco Morato.

Fonte: Foto do autor (2009).

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Figura 25 - Composição da MRS em tráfego nas proximidades da estação da Luz.

Fonte: Foto do autor (2009)

Figura 26 – Vão notável entre trem e plataforma na estação Campo Limpo Paulista.

Fonte: Foto do autor (2009)

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Regina (2008) analisa que para cada perfil de carga (de passagem, de

distribuição ou de insumo), uma solução específica deve ser adotada. Para as

cargas de passagem, a solução seria a construção do Ferroanel – espécie de anel

ferroviário em torno da mancha urbana da RMSP. As cargas de armazenagem e

distribuição, a autora sugere que sejam reorganizados os pólos de distribuição e

armazenagem. Já para as cargas de insumo, a autora relata que este tipo de carga

deverá conviver com a restrição de expansão do fluxo. Esta mesma visão é

defendida por CPTM (2002). A divisão dos fluxos está demonstrada na tabela 19.

Tabela 19 - Distribuição do fluxo de cargas na RMSP

Tipo de Carga Pelo fluxo de viagens Pelo fluxo de cargas

De passagem 32% 59%

De Armazenagem/Distribuição 56% 38%

De Insumo/Produção 12% 3%

Fonte: Regina (2008)

Lourenço (2008) complementa as soluções propostas por Regina (2008) e

acrescenta uma nova ação a ser tomada, principalmente em relação às cargas de

distribuição e de insumo: a segregação de vias. Trata-se da implantação de uma via

dedicada ao transporte de cargas, na mesma faixa de domínio das linhas da CPTM.

O autor alerta para as consequências da sem a implantação da segregação, pois

segundo ele, mesmo com a implantação do ferroanel, existe o risco de migração das

cargas para o transporte rodoviário. A segregação apresenta como vantagens o

baixo investimento, o tempo curto de execução da obra e melhorias imediatas na

regularidade da CPTM.

Lourenço (2010) elenca as alternativas acima relacionadas para a

eliminação do gargalo ferroviário que é a travessia da RMSP, dividido em dois

momentos: a primeira fase, que envolveria a segregação leste, o aumento da

capacidade do sistema cremalheira e a segregação sudeste. Já a segunda fase

contempla a implantação da segregação norte e a construção das asas sul e norte

do ferroanel (figura 27), descritos a seguir.

Segregação Leste: Construção de uma via especialmente para o transporte

de cargas, na faixa de domínio das linhas 11 e 13 da CPTM, compreendidas

entre as estações Engenheiro Manoel Feio e Suzano, eliminando por

completo a convivência com a CPTM no trecho;

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Aumento da capacidade do sistema cremalheira: Envolve a troca de todas

as locomotivas elétricas Hitachi (em operação desde 1974) e a implantação

de dois pátios de cruzamento na Serra do Mar, resultando na ampliação da

capacidade: das 7 mil toneladas/ano para 28 mil toneladas/ano por sentido de

tráfego;

Segregação Sudeste: Segregação de 33 km de via, situado na faixa de

domínio da linha 10 da CPTM, entre as estações Mooca e Rio Grande da

Serra, eliminando o compartilhamento de vias com a CPTM neste trecho e o

atendimento da região mais industrializada da RMSP (o ABC paulista).

Artibani e Bergamasco (2008), Lourenço (2010) e BIT (2011) registram que a

segunda fase contempla a implantação da segregação norte e a construção das

asas sul e norte do ferroanel, abordado com mais detalhes nos tópicos abaixo

relacionados.

Segregação Norte: Envolve a implantação de uma via na faixa de domínio

das linhas 7 e 10 da CPTM, no trecho Mooca – Jundiaí;

Ferroanel Sul: Contempla a construção de uma linha ferroviária entre a

variante Rio Grande da Serra – Suzano (em operação desde a década de

1970) e a localidade de Evangelista de Souza, situada na linha Mairinque –

Santos, operada pela ALL (América Latina Logística);

Ferroanel Norte: Ligação entre o pátio ferroviário de Engenheiro Manoel Feio

e a linha 7 da CPTM, no município de Vargem Grande Paulista.

De acordo com Artibani e Bergamasco (2008) e Lourenço (2010), os

resultados alcançados com a execução das ações descritas na fase 1 são:

Retirada de 32 trens de carga por dia da malha ferroviária compartilhada com

a CPTM, liberando integralmente a via entre as 9 e 23 horas, permitindo a

implantação do Expresso ABC, o aumento da oferta de lugares e a segurança

dos trens de passageiros e a melhoria das condições de manutenção;

Acréscimo de 14 toneladas na movimentação de cargas, contribuindo para a

retirada de centenas de caminhões/dia do sistema rodoviário Anchieta –

Imigrantes e da RMSP (em torno de 2.000 veículos/dia);

Redução de 27% no número de viagens e de 41,5% da quantidade de

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tonelada bruta deslocada nas linhas 11 e 12 da CPTM.

Figura 27 - Alternativas para a eliminação do gargalo ferroviário da RMSP.

Fonte: Lourenço (2010, p.14).

Para os mesmos autores, os benefícios que a conclusão da segunda fase

proporcionará a eliminação da carga de passagem; a retirada de mais 2.000

caminhões/dia da RMSP e a viabilização do transporte de cargas gerais entre a

região de Campinas e o porto de Santos, através da utilização de vagões double-

staking (dois contêineres empilhados em cima de um vagão plataforma) e redução

de 80 km na distância ferroviária Santos – Campinas, cuja previsão de conclusão

das ações encontra-se descrito no quadro 16.

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Quadro 16 - Projeções de concretização das ações relacionadas ao Ferroanel de São Paulo

Ação Situação

Fase I

Segregação Leste Licença ambiental e contratação das obras em processo pela MRS. Previsão de início das obras em 2010 e conclusão em 2012.

Segregação Sudeste

Discussão com os governos sobre alternativas de financiamento; Realização de Projeto Executivo em Outubro/2010 pela MRS, com previsão de início das obras em 2011 e término no final de 2012 (trecho Ipiranga - Mauá).

Cremalheira Compra de 7 locomotivas elétricas, com entrada em operação no segundo semestre de 2012.

Fase II

Análise de alternativas

Estudos realizados para a avaliação de todas as ações previstas no projeto Ferroanel, através de consultoria contratada pela ANTT. A empresa contratada deverá concluir a avaliação das alternativas até 30/12/2011.

Fonte: Adaptado de Lourenço (2010) e BIT (2011)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através desta monografia procurou-se mostrar o que é a modernização da

malha operada pela CPTM, suas ações previstas, resultados esperados e a sua

contribuição para a mobilidade urbana na RMSP.

Ações isoladas de modernização, como a remodelação dos sistemas oeste e

sul da FEPASA na década de 1970, de trem de subúrbio para trem metropolitano, já

mostravam o caminho a ser seguido, infelizmente tomado apenas de tempos em

tempos, mas sempre com investimentos menores do que era realmente necessário,

em face de prioridades governamentais e a difícil situação econômica que o nosso

país passara. Somente com a criação da CPTM em 1992 é que a ferrovia suburbana

ganhou a esperança que pelo menos um dia, oferecer um transporte rápido e com

qualidade. No ato de criação desta empresa, a ferrovia suburbana estava sucateada,

com poucas ou nenhumas chances de sobrevivência.

Um grande e longo desafio deveria ser encarado: manter e melhorar os

serviços ferroviários e na medida do possível, aumentar a sua capacidade.

Paralelamente, os estudos realizados pela recém-criada STM na década de 1990 já

apontavam para o mesmo caminho, através do PITU 2020 e mais tarde,

aperfeiçoado como visões para 2025 e muito provavelmente os estudos e revisões

necessários para o horizonte 2030. A CPTM, em via de regra, pode ser dividida em

dois momentos: antes e depois do PITU 2020.

Mesmo com a modesta meta de modernizar apenas pouco mais de 80 km

de uma malha de 260 km, o PITU passou a ser um referencial para a sonhada

modernização, mas com uma ressalva: os investimentos continuariam a ser pontuais

e só atingiriam partes de linhas, com concentração na região central da RMSP,

representados pelos projetos Sul, Integração Centro e Expresso Leste; todos estes

já concretizados.

Mas muito precisava ser feito. Graças ao aquecimento da economia

brasileira como um todo e a mudança de visão governamental, atribuindo ao

transporte metroferroviário um fator indutor da tão sonhada mobilidade urbana,

estudos foram realizados e decisões estratégicas foram tomadas, expostas em um

programa governamental: prolongar estas ações para as outras linhas (cerca de 160

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km). O resultado desta modernização pode ser manifestado em duas expressões:

maximizar a utilização da malha e aumentar a oferta de lugares, objetivos estes

parcialmente alcançados, porém (ainda) sem atingir o almejado padrão de

metropolitanos de superfície: a malha, no ano de 2010, ofertava cerca de 140 mil

lugares/hora/sentido, representando uma média aproximada 23 mil

lugares/hora/sentido por linha.

Para se atingir a oferta de 40 mil lugares/hora/sentido por linha (totalizando

240 mil lugares) e intervalos de três minutos entre as composições na hora-pico, é

necessária a continuidade de investimentos e a conclusão de diversas intervenções

já iniciadas, como a troca do sistema de sinalização, a compra de novos trens, a

remodelação da rede aérea, via permanente e incremento de energia. Não é um

trabalho que se faz do dia para a noite e também não é apenas uma ação isolada:

para que a malha possa receber novos trens, o sistema de sinalização deve

conceder segurança suficiente para a circulação das unidades, o sistema de energia

precisa fornecer a carga necessária e a infraestrutura ser capaz de suportar essa

movimentação. A malha da CPTM está consolidada como uma rede de transporte, e

tais intervenções são executadas sem interrupção da circulação, ou seja, “trocar o

pneu com o carro andando”.

Durante a pesquisa das projeções de concretização das obras necessárias,

verificaram-se sérias divergências nas datas apresentadas, com forte cunho político

e com foco no mundial de futebol de 2014. Através de averiguação visual das

mesmas, notou-se que algumas estão sendo tocadas muito lentamente e outras até

paradas, principalmente após a sucessão do governo estadual em 2010. A atual

administração, tanto da CPTM como da STM, está mais conservadora e com mais

cuidado ao divulgar ações, obras e projeções. É melhor um planejamento exequível

em longo prazo, do que planejar em demasia e não conseguir executar a tempo as

intervenções e sofrer a cobrança.

A revisão do PITU com horizonte 2025 trouxe novas concepções para a

malha da CPTM: ao invés da divisão da malha em padrões operacionais como metrô

em nível (de superfície) e trem aproximador (suburbano), a atual versão considera

toda a malha como sendo de trem metropolitano e concebe novos serviços, como a

operação de linhas expressas e de novos modais (VLT) conjugados com a malha

ferroviária, além da extensão de linhas e expansão da malha, contribuindo cada vez

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mais para proporcionar a mobilidade urbana.

São gloriosas as projeções realizadas considerando como executadas várias

ações elencadas neste trabalho, como a operação do expresso ABC e do trem de

Guarulhos. Comparando com o ano de 2010, é previsto para 2020 um incremento de

50% no número de passageiros transportados e para 2025, um acréscimo de 100%,

visando atingir aproximadamente o patamar de 4 milhões de usuários por dia útil.

Mesmo com atraso, espera-se muito que essa modernização seja efetivada.

Como se trata de uma estatal, sujeito a tantos avanços e retrocessos, deseja-se que

o atual plano seja executado em todas as suas fases. Os empreendimentos

apresentados, que hoje são apenas um projeto no papel, possam se transformar em

edificações e sistemas de transportes em plena operação e servindo a população

como um todo. Antes, era apenas um sonho, e com a concretização das obras e

continuidade de investimentos, se tornará cada vez mais em realidade. Não é só a

ação do governo estadual que irá solucionar os problemas de transportes na RMSP,

mas os governos municipais e até mesmo o federal devem contribuir para a melhoria

contínua dos transportes públicos.

Cabe ressaltar a solução mais viável para o gargalo da transposição

ferroviária da RMSP, consolidado na implantação do ferroanel de São Paulo e da

segregação das malhas. É inadmissível que a maior região metropolitana do país

ainda carregue heranças de décadas atrás. Tal ação, se não concluída, poderá

afetar definitivamente a modernização e consequentemente, influenciar os seus

resultados.

Quando concluída, a modernização será um sonho realizado, almejado por

tantos que apenas presenciaram a malha agonizar e que por muitos instantes,

parecia ser o fim. Estudos de temas adicionais podem complementar esta

monografia, contribuindo assim para aumentar a discussão sobre o tema, de

extrema importância para a RMSP e para o país. O futuro é promissor. Como uma

fênix que renasce das cinzas, espera-se que a ferrovia possa ser novamente motivo

de orgulho do estado de São Paulo.

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http://www.stm.sp.gov.br/images/stories/Pitus/Pitu2025/Pdf/Pitu_2025_05_2.pdf>. Acesso em: 28 de setembro de 2010.

________. PITU 2025: Parte E: A estratégia preferida. 2006g. Disponível em: <

http://www.stm.sp.gov.br/images/stories/Pitus/Pitu2025/Pdf/Pitu_2025_06.pdf>. Acesso em: 28 de setembro de 2010.

________. PITU 2025: Parte F: Revolucionando a implementação. 2006h. Disponível em: <

http://www.stm.sp.gov.br/images/stories/Pitus/Pitu2025/Pdf/Pitu_2025_07.pdf>. Acesso em: 28 de setembro de 2010.

________. PITU 2025: Parte G: Caracterização dos corredores urbanísticos. 2006i. Disponível em: <

http://www.stm.sp.gov.br/images/stories/Pitus/Pitu2025/Pdf/Pitu_2025_08.pdf>. Acesso em: 28 de setembro de 2010.

________. Prestação de contas: Plano de expansão 2007 – 2010. 2010. Disponível em: < http://www.stm.sp.gov.br/images/stories/expansao_sp_2007-2010.pdf>. Acesso em: 23 de agosto de 2011.

________. O PITU 2020. 2011a. Disponível em: <http://www.stm.sp.gov.br/index.php/cenarios-futuros.>. Acesso em: 25 de agosto de 2011.

________. Programa de Investimentos 2011 – 2014: CPTM. 2011b. Disponível em: <http://www.fne.org.br/fne/index.php/cresce_brasil/content/download/14992/87536/file/Transporte e Mobilidade SP 2.pdf>. Acesso em: 10 de setembro de 2011.

SILVA, Airton Camargo e. Pioneirismo e Tecnologia: O legado do patrimônio histórico no acervo da CPTM. Revista Engenharia, São Paulo, ed. 590, p.101-104, nov./dez. 2008a.

________. Requalificando e acelerando a expansão do sistema metroferroviário. 2008b. Disponível em: <http://biblioteca.aeamesp.org.br/smns/14SMTF080905T04.pdf>. Acesso em: 19 de outubro de 2010.

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98

STEFANI, Célia Regina Baider. O Sistema Ferroviário Paulista: Um estudo sobre a evolução de transporte de passageiros sobre trilhos. 2007, 307p. Dissertação (Programa de Pós – Graduação em Geografia. Área de Concentração: Geografia Humana) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

SUPERVIA. Mapa geográfico. Disponível em: <http://www.supervia.com.br/imgPress/4/b9d773a218bd55d93c88f28e08586990.pdf>. Acesso em: 21 de agosto de 2011.

VIEIRA, Saulo Pereira; LOPRETTO, Wilson Nagy. Projeto Integração Centro. Revista Engenharia, ed. 546, p. 70-74, jul./set. 2001.

XAVIER, Milton. Grandes projetos de carga: O ferroanel de São Paulo. 2003. Disponível em: <

http://www.revistaferroviaria.com.br/seminarioterminais/palestras/Milton_Xavier.pdf>. Acesso em: 08 de outubro de 2011.

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ANEXOS

Anexo A – Redes de Transporte Público

Figura 28 - Rede de trens urbanos operados pela Supervia, s/d.

Fonte: Supervia (2011).

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Figura 29 - Sistema Estrutural Integrado - SEI - da Região Metropolitana do Recife, 2004.

Fonte: Metrorec (2004, p. 22).

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Figura 30 - Rede de metrô e trens urbanos na área central de Toronto, Canadá, s/d.

Fonte: Johomaps (2011).

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102

Anexo B – Mapas do PITU 2020 e 2025

Figura 31 - Densidade de viagens na RMSP em 1997.

Fonte: STM (2011a)

Figura 32 - Densidade de empregos por habitante na RMSP em 1997.

Fonte: STM (2011a).

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103

Figura 33 - Renda familiar em 1997 na RMSP.

Fonte: STM (2011a)

Figura 34 - Panorama urbano da RMSP em 1997.

Fonte: STM (2011a)

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104

Figura 35 - Simulação de viagens por habitantes para o horizonte 2020.

Fonte: STM (2011a)

Figura 36 - Rede aberta do PITU 2020.

Fonte: STM (2011a)

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Figura 37 - PITU 2020: Rede densa.

Fonte: STM (2011a)

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Figura 38 - Rede de transportes do PITU 2025.

Fonte: STM (2006e, p. 89)

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Anexo C – Ações da modernização da malha da CPTM

Quadro 17 - Intervenções: Linha 7 - Rubi

Ação Conclusão

Estações

Adaptação em acessibilidade da estação Barra Funda 2010

Reconstrução da estação Franco da Rocha Nov./2011

Reconstrução da estação Francisco Morato Mar./2012

Construção da estação Vila Aurora Jul./2012

Projeto Funcional das treze estações restantes da linha Concluído

Trens

Aquisição de 20 novos trens Abr./2011

Sinalização

Instalação de sinalização ATC de domínio - Trecho Barra Funda a Francisco Morato Dez./2012

Instalação de sinalização ATO de via - trecho Barra Funda a Caieiras Dez./2013

Adequação da sinalização no trecho Jundiaí - Francisco Morato Concluído

Energia

Reforma das cabines seccionadoras de Botujuru, Franco da Rocha, Vila Clarice e Nothmann

Concluído

Motorização das chaves seccionadoras 2011

Reforma das subestações Caieiras, Campo Limpo Paulista e Tietê 2011

Construção da subestação de energia de Jaraguá 2010

Implantação de telecomando de energia Jul./2012

Via Permanente

Instalação de AMV padrão UIC nos terminais 2011

Sistemas Auxiliares

Sinalização e Controle (SSC): Domínio Barra Funda - Francisco Morato 2011

Sistema de radiocomunicação 2011

Ações Complementares

Revitalização da faixa ferroviária Dez./2012

Construção de passarela no Parque das Nações (Estação Jaraguá) Mai./2009

Construção de passarela no km 33, entre as estações Franco da Rocha e Baltazar Fidélis

Dez./ 2010

Construção de passarela no km 27, em substituição da passagem de nível da estação Caieiras

Fev./2011

Construção de passarela no km 17, entre as estações Jaraguá e Perus 2011

Construção de passarela no km 38, em substituição da passagem inferior da estação Francisco Morato

Out./2011

Construção de passarela no km 40 (estação Botujuru) Nov./2011

Vedação da faixa ferroviária com muros e/ou gradis Mar./2010

Ampliação do abrigo da Lapa Nov./2011

Reconstrução do pátio Morato Sul 2011

Construção do viaduto de Caieiras 2011

Fonte: Adaptado de STM (2010, p. 112-115) e STM (2011b, p. 2)

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Quadro 18 - Intervenções: Linha 8 - Diamante

Ação Conclusão

Estações

Adaptação em acessibilidade da estação Presidente Altino 2007

Modernização da estação Itapevi 2010

Adaptação em acessibilidade da estação Júlio Prestes 2010

Modernização da estação Jandira 2010

Reforma com ênfase em acessibilidade das estações Eng. Cardoso, Barueri e Carapicuíba

2010

Projeto Funcional das 11 estações restantes Concluído

Modernização da estação Barueri Jun./2011

Trens

Aquisição de 36 trens via Parceria Público Privada (PPP) Ago./2012

Sinalização

Implantação de sinalização CBTC Set./2012

Implantação de sinalização ATC no trecho Itapevi - Amador Bueno Set./2012

Energia

Reforma das cabines seccionadoras de Júlio Prestes e Lapa Jul./2010

Construção da subestação elétrica de Jandira Dez./2010

Implantação de telecomando de energia Jul./2012

Via Permanente

Instalação de AMV padrão UIC nos terminais 2011

Recapacitação da via no trecho Itapevi - Amador Bueno Jun./2012

Obras de contenção e drenagem no km 21 Dez./2010

Erradicação da bitola métrica na via 2 entre as estações Domingos de Moraes e Carapicuíba

Dez./2010

Mudança do eixo da bitola métrica na via 2 entre as estações Carapicuíba e Itapevi 2011

Mudança da entrada da via de Júlio Prestes (adequações de via permanente e rede aérea)

Mar./2010

Sistemas Auxiliares

Sistema de radiocomunicação 2011

Ações Complementares

Construção de passarela no km 35 (entre as estações Engenheiro Cardoso e Itapevi) Mar./2010

Construção de passarela no km 21 (entre as estações General Miguel Costa e Carapicuíba)

2011

Construção de passarela no km 33 (entre as estação Sagrado Coração e Engenheiro Cardoso)

2011

Vedação de faixa ferroviária com muros e/ou gradis Mar./2010

Fonte: Adaptado de STM (2010, p. 116-121) e STM (2011b, p. 3)

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Quadro 19 - Intervenções: Linha 9 - Esmeralda

Ação Conclusão

Estações

Construção da estação Autódromo 2007

Modernização da estação Jurubatuba 2007

Construção das estações Primavera-Interlagos e Grajaú 2008

Adaptação em acessibilidade das estações Hebraica-Rebouças, Cidade Jardim, Vila Olímpia, Berrini, Morumbi, Granja Julieta e Socorro

2009

Modernização das estações Cidade Universitária, Vila Lobos-Jaguaré e Ceasa 2010

Readequação do mezanino da estação Pinheiros para a integração física com a linha 4 do Metrô

2010

Adaptação em acessibilidade da estação Santo Amaro 2010

Reconstrução da estação Osasco Dez./2011

Trens

Entrega de 20 trens Concuído

Aquisição de 08 novos trens Jul./2011

Sinalização

Instalação de sinalização ATO no trecho Osasco – Jaguaré Ago./2011

Melhoria no perfil da velocidade comercial e centralização do CCO Jul./2010

Adequação da sinalização para a nova estação Osasco 2011

Sinalização dos domínios CMT entre Pinheiros e Jurubatuba 2011

Energia

Instalação de telecomando de energia nas subestações Ago./2010

Implantação de telecomando de energia Nov./2011

Construção da subestação Jaguaré 2008

Remodelação da rede aérea - substituição por rede autocompensada Mar./2012

Via Permanente

Instalação de AMV padrão UIC nos terminais 2011

Sistemas Auxiliares

Adequação do CCO, PCP (Posto de Comando de Pátio) e setoriais Fev./2011

Sistema de radiocomunicação 2011

Ações Complementares

Construção de passarela de ligação entre a estação Vila Lobos-Jaguaré e o Parque Vila Lobos

Set./2010

Implantação da 1ª fase da ciclovia do rio Pinheiros, junto à faixa ferroviária, entre as estações Vila Olímpia e Vila Lobos-Jaguaré

Fev./2010

Implantação da 2ª fase da ciclovia do rio Pinheiros, entre as estações Vila Olímpia e Vila Lobos-Jaguaré

Jun./2011

Vedação da faixa ferroviária com muros e/ou gradis Mar./2010

Fonte: Adaptado de STM (2010, p. 122-127) e STM (2011b, p.4)

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Quadro 20 - Intervenções: Linha 10 - Turquesa

Ação Conclusão

Estações

Reconstrução da estação Tamanduateí, integrada a linha 2 - Verde do Metrô-SP 2010

Adaptação em acessibilidade da estação Brás 2010

Reconstrução de 8 estações (Expresso ABC) Dez./2014

Sinalização

Instalação de sinalização CBTC Dez./2013

Energia

Motorização das chaves seccionadoras 2011

Reforma da cabine seccionadora do Ipiranga Jan./2011

Reforma da subestação de Mauá Jul./2011

Implantação da subestação de Santo André 2011

Implantação de telecomando de energia Dez./2013

Via Permanente

Instalação de AMV padrão UIC na Luz 2011

Sistemas Auxiliares

Sistema de radiocomunicação 2011

Ações Complementares

Revitalização da faixa ferroviária no trecho Brás – Mauá Jun./2012

Construção de passarela no km 36 (entre as estações Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra)

Abr./2010

Construção de passarela no km 07 (entre as estações Tamanduateí e Ipiranga)

Dez./2011 Construção de passarela no km 22 (entre as estações Mauá e Capuava)

Construção de passarela no km 26 (entre as estações Mauá e Guapituba)

Construção de passarela no km 29 (entre as estações Guapituba e Ribeirão Pires)

Vedação da faixa ferroviária com muros e/ou gradis Mar./2010

Fonte: Adaptado de STM (2010, p.128-131) e STM (2011b, p.5)

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Quadro 21 - Intervenções: Linha 11 - Coral

Ação Conclusão

Estações

Adaptação em acessibilidade das estações Tatuapé, Corinthians-Itaquera, Dom Bosco, José Bonifácio e Guaianazes

2010

Reconstrução da estação Suzano Jun./2012

Reconstrução da estação Ferraz de Vasconcelos Jul./2012

Projeto Funcional das 07 estações restantes Concluído

Trens

Aquisição de 09 novos trens Out./2012

14 trens reformados entregues a operação comercial no trecho Guaianazes – Estudantes

Concluído

Sinalização

Sinalização da curva em Artur Alvim Nov./2010

Instalação de sinalização CBTC Jun./2013

Energia

Construção da subestação de Guaianazes Abr./2011

Reforma da subestação de Calmon Viana 2011

Motorização das chaves seccionadoras 2011

Adaptação para linha de 34,5 kv Nov./2010

Implantação de telecomando de energia Dez./2013

Via Permanente

Ligação definitiva da via 3 do Expresso Leste no Brás Nov./2010

Correção da curva em Artur Alvim Nov./2010

Instalação de AMV padrão UIC na Luz 2011

Adequações geométricas nas vias do Expresso Leste 2011

Sistemas Auxiliares

Sistema de radiocomunicação 2011

Ações Complementares

Implantação de pátio de trens em Guaianazes 2011

Ampliação do abrigo Engenheiro São Paulo Nov./2011

Revitalização da faixa ferroviária no trecho Guaianazes - Ferraz de Vasconcelos Out./2011

Construção de passarela no km 26 (entre as estações Guaianazes e Antônio Gianetti) 2011

Construção de passarela no km 28 (entre as estações Antônio Gianetti e Ferraz de Vasconcelos)

2011

Vedação da faixa ferroviária com muros e/ou gradis Mar./2010

Fonte: Adaptado de STM (2010, p.132-135) e STM (2011b, p.6)

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Quadro 22 - Intervenções: Linha 12 - Safira

Ação Conclusão

Estações

Construção das estações USP Leste, Jardim Helena-Vila Mara e Jardim Romano 2008

Reconstrução das estações Itaim Paulista e Comendador Ermelino 2008

Adaptação em acessibilidade da estação Calmon Viana 2010

Reconstrução da estação São Miguel Paulista Abr./2012

Projeto Funcional das 4 estações restantes Concluído

Trens

Aquisição de 20 novos trens Abr./2011

17 trens reformados entregues a operação comercial Concluído

Sinalização

Instalação de sinalização ATO de via no trecho Brás - Manoel Feio Ago./2013

Energia

Construção da cabine seccionadora de Itaim Paulista Mai./2011

Construção da subestação de energia de Manoel Feio Nov./2010

Motorização das chaves seccionadoras Nov./2010

Implantação de telecomando de energia Dez./2012

Readequação das subestações de Comendador Ermelino e Sebastião Gualberto 2011

Via Permanente

Construção da ponte ferroviária sobre o rio Guaió 2011

Instalação de AMV padrão de UIC no Brás 2011

Recapacitação da via permanente e rede aérea Out./2011

Sistemas Auxiliares

Sistema de telefonia

2011 Sinalização e controle (SSC) - domínio Tatuapé a Calmon Viana

Sistema de radiocomunicação

Ações Complementares

Revitalização da faixa ferroviária no trecho Calmon Viana – Brás Dez./2012

Construção de passarelas nos quilômetros 25 (entre a estação Jardim Helena e a estação São Miguel Paulista), 26 (entre as estações Jardim Helena e São Miguel Paulista), 28 (entre as estações Jardim Helena e Itaim Paulista), 31 (entre as estações Jardim Romano e Engenheiro Manoel Feio), 11 (entre as estações Tatuapé e Engenheiro Goulart), 29 (entre as estações Itaim Paulista e Jardim Romano), 38 (entre as estações Aracaré e Calmon Viana), 33 (entre Manoel Feio e Itaquaquecetuba), 35 (entre Itaquaquecetuba e Aracaré) e 40 (entre Aracaré e Calmon Viana)

Dez./2010

Vedação da faixa ferroviária com muros e/ou gradis Mar./2010

Readequação do pátio de Engenheiro Manoel Feio Jan./2011

Fonte: Adaptado de STM (2010, p. 137-142) e STM (2011b, p.7)

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Anexo D – Cenários de atendimento e intervalos previstos: Período 2010-2025

Figura 39 - Atendimento CPTM: cenário 2010.

Fonte: CPTM (2010, p. 169)

Figura 40 - Atendimento CPTM: cenário 2014.

Fonte: CPTM (2010, p. 170)

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Figura 41 - Atendimento CPTM: cenário 2020.

Fonte: CPTM (2010, p. 171)

Figura 42 - Atendimento CPTM: cenário 2025.

Fonte: CPTM (2010, p. 172)