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FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA - FISMA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC II
Vanessa Rodrigues Teixeira
AS NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES E OS SEUS DESAFIOS NA
CONTEMPORANEIDADE
SANTA MARIA
2017
Vanessa Rodrigues Teixeira
AS NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES E OS SEUS DESAFIOS NA
CONTEMPORANEIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Psicologia da Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA), como requisito final para a obtenção do grau de Psicóloga.
Orientadora: Profª. Ms. Caroline de Abreu Prola Fritsch
SANTA MARIA
2017
Faculdade Integrada de Santa Maria – FISMA
Curso de Graduação em Psicologia
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova o Trabalho de Conclusão de Curso.
AS NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES E OS SEUS DESAFIOS NA
CONTEMPORANEIDADE
Elaborado por
Vanessa Rodrigues Teixeira
Aprovado, 30 de novembro de 2017.
Profª. Ms Caroline de Abreu Prola Fritsch (FISMA)
(Presidente/Orientadora)
Profª. Ms Tatiane Pinto Rodrigues (FISMA)
Profº. Ms Lucas Lüdtke (WP)
Santa Maria
2017
RESUMO
Trabalho de Conclusão de Curso
Curso de Graduação em Psicologia
Faculdade Integrada de Santa Maria
AS NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES E OS SEUS DESAFIOS NA
CONTEMPORANEIDADE
AUTORA: Vanessa Rodrigues Teixeira
ORIENTADORA: Caroline de Abreu Prola Fritsch
Santa Maria, 30 de novembro de 2017.
Ao longo das décadas o conceito de família sofreu mudanças, em
consequência, o que se tem hoje são os mais diversos tipos de modelos
familiares que coexistem na sociedade, ou seja, deixando de ser apenas um
único modelo para transformar-se em outros modelos familiares. Objetivo
desta pesquisa é apresentar os desafios das novas configurações familiares
na contemporaneidade. O trabalho constitui-se de uma revisão narrativa,
constituindo-se como um estudo qualitativo, indexados nas bases de dados
BVS e Scielo, delimitando o período cronológico de publicações nos últimos
10 anos, de 2007 a 2017. Os resultados mostram que ainda é difícil para
uma sociedade pautada nos modelos antigos e conservadores, entender que
essas configurações fazem parte de uma ampla conquista de direitos.
Palavras-chave: Novas Configurações Familiares, Desafios,
Contemporaneidade.
ABSTRACT
THE NEW FAMILY SETTINGS AND THEIR CHALLENGES IN
CONTEMPORANITY
Over the decades, the concept of the family has undergone changes. As a
result, what we have today are the most diverse types of family models that
coexist in society, that is, from a single model to other family models. The
objective of this research is to present the challenges of the new familiar
configurations in the contemporaneity. The work consists of a narrative
review, constituting as a qualitative study, indexed in the BVS and Scielo
databases, delimiting the chronological period of publications in the last 10
years, from 2007 to 2017. The results show that it is still difficult for a society
based on the old and conservative models, to understand that these
configurations are part of a broad conquest of rights.
Keywords - New family settings, Challenges, Contemporaneity
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus que permitiu que este momento fosse vivido
por mim, trazendo alegria aos meus pais e a todos que contribuíram para a
realização desta conquista.
Agradeço de forma especial ao meu pai Adão e à minha mãe Elena, pelo amor,
carinho, paciência e seus ensinamentos, por não medirem esforços para que
eu pudesse levar meus estudos adiante.
Agradeço a minha irmã Jocelaine e ao meu irmão Gerson, aos meus sobrinhos,
Natália, Juan e Rafael, por todo o carinho, por estarem ao meu lado.
Agradeço aos meus cachorros, Pink, Rachiko, Pirata e o Papagaio Cocota, que
nós momentos de ansiedade, demostravam todo o seu carinho e por encherem
a minha vida de alegria.
Agradeço aos meus amigos que fiz ao longo da academia, por dividirem um
pouco de suas vidas e estarem do meu lado em todos os momentos.
Agradeço ao meu orientador no TCCI, Lucas Lüdtke, pela paciência,
dedicação e ensinamentos. A minha orientadora no TCC II, Caroline de A.
Prola Fritsch por toda sua atenção, dedicação e esforço para que eu pudesse
ter confiança e segurança na realização deste trabalho.
Agradeço aos mestres que passaram ao longo da graduação, com suas
contribuições com certeza impulsionaram meu crescimento tanto pessoal,
quanto profissional.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 10
2.1 Definição de Família e as Novas Configurações Familiares ...................... 10
2.2 Teoria Sistêmica e a Prática dos Psicólogos .............................................. 11
3 MÉTODO ....................................................................................................... 13
3.1 Delineamento ............................................................................................. 13
3.2 Análise dos resultados ............................................................................... 14
4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............................................................. 14
4.1. As configurações familiares e a contemporaneidade ................................ 14
4.2 Os desafios das novas configurações familiares ........................................ 17
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 20
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 21
8
1 INTRODUÇÃO
Ao longo da história, a configuração familiar veio sofrendo mudanças
devidas à maneira como o mundo transformou-se. Se olharmos ao longo das
décadas, a família que vemos hoje não é a mesma na década passada. Houve
evolução de pensamento e direitos conquistados, como por exemplo, a Lei do
Divórcio de 1977, fenômenos sócio-políticos e o avanço da tecnologia,
trazendo uma nova definição desta configuração familiar. Ao falar dessas
novas configurações, não pode deixar de “definir” o significado da palavra
família – a origem da palavra “família” remete ao vocábulo latino famulus, que
significa “servo” ou “escravo”; a palavra família nos diz que é o conjunto de pai,
mãe e filhos, pessoas do mesmo sangue, descendência, linhagem, e ao longo
das décadas eram os parâmetros que definiam a configuração familiar da
maioria das pessoas (OSÓRIO, 2011).
A família enquanto instituição corresponde a essa estruturação social,
afetiva e econômica do sujeito, quando é a partir dela que o mesmo se constrói
nas relações. Contudo a família será a primeira instância que lhe transmitirá
valores e ensinamentos sobre questões de papéis, moralidade e conceitos de
mundo. A família é o lugar que dá origem à história de cada pessoa, é o
espaço privado onde se dão as relações mais espontâneas. Não se pode
escolher nossa qualidade de membro na família a não ser, talvez, pelo
casamento. Ainda que possamos acreditar que é possível deixar de pertencer a
uma família, rompendo os laços com a família de origem e não nos
enveredando na constituição de outra, mesmo assim as lembranças e
memórias de um convívio familiar ficarão como marcas em nossas histórias,
podendo ser acessadas a qualquer momento. Vale lembrar que algumas
pessoas acreditam que a família seja a unidade operacional que dura de nosso
nascimento à morte (GOMES; SILVA; PESSINI, 2011; CARTER;
McGOLDRICK, 1995).
Sendo assim podemos dizer que a família burguesa/nuclear cede lugar a
novas configurações familiares que vemos hoje na contemporaneidade.
Segundo o Censo 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), há um retrato detalhado desses novos arranjos familiares. O
Censo traz características observadas nos últimos anos, reflexo da mudança
9
estrutural dos grupos familiares, da maior participação da mulher no mercado
de trabalho, das baixas taxas de fecundidade e do envelhecimento da
população, e um maior número de recasamentos, esse grupo representa
16,3% do total de casais que vivem com filhos, sendo eles de apenas um dos
companheiros ou de ambos. A composição de casais com filhos ainda
representa a maioria das famílias brasileiras, apesar da queda significativa
nessa fatia da população: foi registrada redução de 63,6%, em 2000, para
54,9% em 2010 (SILVA; RITTO, 2012).
Na sociedade contemporânea encontram-se diversos arranjos familiares,
o que conduz a seguinte reflexão: de que hoje não é mais possível considerar
apenas um modelo familiar existente na sociedade. Transformações ocorreram
como: divórcio, os métodos contraceptivos, o crescimento das indústrias, a
entrada da mulher no mercado de trabalho, entre outras tantas mudanças que
trouxeram para a família alterações, sendo estas responsáveis pela diversidade
de tipos familiares. Deve-se ressaltar que a família não se encontra
enfraquecida, pelo contrário, ela vem deixando de ser apenas um único modelo
para transformar-se em outros modelos familiares (CHRISTIANO; NUNES,
2013).
Assim, os papéis, a estrutura e o funcionamento da família sofreram
alterações. Em consequência, o que se tem hoje são os mais diversos tipos de
relações que coexistem na sociedade. O alto índice de pessoas que vivem
sozinhas, de casais homossexuais, de casais que não são casados
oficialmente, mas que moram juntos, de famílias monoparentais, isto é, de pais
singulares, de netos criados pelos avós e de famílias originários do
recasamento são exemplos das novas configurações familiares existentes na
atualidade (RAMOS; NASCIMENTO, 2008; GOMES; PEREIRA, 2005;
MARTINS; SZYMANSKI, 2004; GRZYBOWSKI, 2002).
O presente trabalho constitui-se de uma revisão narrativa que teve como
objetivo pesquisar quais os desafios das novas configurações familiares na
contemporaneidade. Desta forma, será apresentada a seguir a revisão teórica,
o percurso metodológico e os resultados da pesquisa bibliográfica.
10
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Definição de Família e as Novas Configurações Familiares
A instituição família é a mais importante, valorizada e desejada. No
entanto, cobrada pelo sucesso e fracasso em suas funções de formar novas
gerações de indivíduos, mesmo tento que aceitar todas as novas mudanças e
adaptar-se a novas constituições de família. A palavra “família” não designa
uma instituição padrão, fixa e invariável, através dos tempos a família adota
formas e mecanismos sumamente diversos e, na atualidade, coexistem tipos
de famílias constituídas sobre princípios morais e psicológicos diferentes e
ainda contraditórios e inconciliáveis (OSÓRIO; VALLE, 2011; ESCARDÓ,
1995).
A família é uma unidade grupal na qual desenvolve três tipos de
relações pessoais, aliança (casal), filiação (pais e filhos), consanguinidade
(irmãos), que a partir dos objetivos genéricos de preservar a espécie, nutrir e
proteger a descendência e fornecer-lhes condições para a aquisição de suas
identidades pessoais, desenvolvendo através dos tempos funções
diversificadas de transmissão de valores éticos, estéticos, religiosos e
culturais. Mas ao longo de sua evolução, a família apresenta-se sob um novo
formado básico que hoje é utilizado pela literatura são eles: a família nuclear
(tripé pai-mãe-filho), a extensa (membros com laços de parentesco em geral)
e a abrangente (inclui os nãos parentes que coabitem) (OSÓRIO, 2011).
As formas de família que se apresentam na sociedade, atualmente,
sofreram inúmeras modificações ao longo da história. Na família do início do
século passado, o marido era o mantenedor do pater poder, a esposa e os
filhos possuíam posição inferior; desta forma a vontade da família se traduzia
na vontade do homem; os filhos, ditos ilegítimos, não possuíam espaço na
família; as mulheres divorciadas (desquitadas) eram mal vistas; as mulheres
eram vistas como reprodutoras, em algumas civilizações a família não podia
demostrar os seus sentimentos, ou seja, eram famílias ditas “frias”/ “duras”.
Nas últimas décadas, as transformações sociais como, por exemplo, a
11
revolução do sutiã, aonde as mulheres fizeram valer os seus direitos, a
mistificação do casamento, com a lei 6.515/1977 do divórcio, atingiram
diretamente o núcleo familiar e originaram novas concepções de família, que
não são mais à tradicional família patriarcal (VIRGILIO; GONÇALVES, 2014).
A família chega ao século XX, trazendo novos arranjos, e então
assume inúmeras configurações familiares, sendo entendida como um
conjunto de elementos/personagens que compõem o núcleo familiar. Sendo
essas novas configurações: a família recasada ou reconstituída; família
monoparental; família original ou nuclear e família homoafetiva. Esses novos
modelos de família começam a aparecer no século XXI, como a família dita
pós-moderna e pluralista. O que inicialmente foi interpretado como crise da
família passou a ser compreendido como a crise de um modelo de família
nuclear e heterossexual e abertura para novas configurações, entretanto esse
processo não é propriamente o enfraquecimento da família apenas uma
reorganização dessas novas configurações familiares (OLIVEIRA, 2009).
Embora as novas configurações familiares tenham ganhado mais
espaço e visibilidade nas discussões, elas ainda enfrentam preconceitos na
sociedade, devido a esta apresentar dificuldades para aceitar e reconhecer os
novos arranjos familiares, chegando a rotulá-los como “anormais” e as
famílias como “desestruturadas” (MARCOS, 2011).
2.2 Teoria Sistêmica e a Prática dos Psicólogos
A Terapia Familiar Sistêmica surge na década de 1950. O pensamento
sistêmico surge como um novo paradigma, em que as características de um
sistema são a complexidade, a instabilidade e a intersubjetividade. A
mudança proposta pela visão sistêmica é a substituição do modelo linear de
pensamento científico pelo circular, opondo-se à visão mecanicista causal
dos fenômenos. Deste modo, o terapeuta não tentará explicar um
comportamento isolando o indivíduo de seu meio social, mas sim irá observá-
lo em suas relações com os membros da família e com os demais sistemas
com os quais estará envolvido (ZORDAN; DELLATORRE; WIECZOREK,
2012).
12
Contudo estas mudanças geradas no contexto familiar trouxeram a
família para o contexto terapêutico como forma de paciente no qual foi
necessário se repensa sobre os problemas humanos dentre as famílias. Os
terapeutas familiares sistêmicos consideram a família como um sistema, com
vários subsistemas (conjugal, paterno/materno, filial, fraterno, entre outros),
os quais funcionam com base nas características do sistema familiar
(hierarquia, fronteiras, regras, modos de comunicação, etc.). O terapeuta
deve ajudar na transformação e na compreensão do sistema familiar, e para
isto ele se une à família desempenhando o papel de líder, identifica e avalia a
estrutura familiar, e cria circunstâncias que permitam a transformação da
estrutura. As mudanças terapêuticas são alcançadas através das operações
reestruturadoras, tais como: a delimitação de fronteiras, a distribuição de
tarefas, o escalonamento do stress e a utilização dos sintomas. (BUCHER-
MALUSCHKE; CELESTINO, 2015; MINUCHIN; FISHMAN, 1990).
Por isso é importante que o terapeuta conheça as fases, ou seja, o
modo como às famílias enfrentam e superam cada fase, tornando visíveis as
dificuldades encontradas. “As Mudanças no ciclo de vida familiar” de Carter e
McGoldrick (1995), traz a divisão do desenvolvimento familiar em seis
estágios, sendo eles: 1. Saindo de casa: jovens solteiros; 2. A união de
famílias no casamento: o novo casal; 3. Famílias com filhos pequenos; 4.
Famílias com adolescentes; 5. Lançando os filhos e seguindo em frente; 6.
Famílias no estágio tardio da vida. Uma vez que a família é composta por
diversos membros, em diferentes fases do seu desenvolvimento individual, as
fases não são vividas de forma isolada, causando impactos significativos para
a transição de uma fase para outra.
A terapia familiar encaixa-se em duas estratégias gerais. Primeiro, o
terapeuta precisa acomodar-se à família, a fim de “reunir-se” a ela. Começar
a desafiar o modo familiar preferido de relacionar-se é uma maneira quase
garantida de provocar resistência. Se, em vez disso, o terapeuta começar
tentando compreender e aceitar a família, é mais provável que este aceite o
tratamento. Depois de este reunir-se inicialmente, o terapeuta familiar
estrutural começará a usar técnicas de reestruturação. São manobras ativas
destinadas a romper a estrutura disfuncional, ao fortalecer as fronteiras
13
difusas e afrouxar as rígidas (NICHOLS; SCHWARTZ, 2007; MINUCHIM;
FISHMAN, 1990).
Outro instrumento utilizado pela Terapia Familiar Sistêmica é a
entrevista que se baseia na ideia da totalidade, de que a comunicação inclui
todas as formas de expressão além da verbal, levando um olhar a mais no
contexto do indivíduo, ou seja, o olhar sistêmico ampliaria a visão do
indivíduo para a família, o meio em que vivem (ZORDAN; DELLATORRE;
WIECZOREK, 2012).
O próprio desenvolvimento do campo da terapia familiar proporciona
um rico acervo de práticas, conceitos e teorias, de tal forma que a adoção de
uma determinada forma de manejo mais identificada com uma escola ou
perspectiva não precisa excluir a priori outras possibilidades. A partir das
necessidades que percebemos em cada caso particular é que tentamos
selecionar desse acervo aquilo que pode nos ajudar a cada momento
(GUIMARÃES; PESSINA, 2011).
3 MÉTODO
3.1 Delineamento
O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura,
constituindo-se como um estudo qualitativo. Revisões narrativas são
publicações amplas apropriadas para descrever e discutir o desenvolvimento
ou o “estado da arte” de um determinado assunto, sob o ponto de vista teórico
ou contextual. Constituem, basicamente, de análise da literatura publicada em
livros, artigos de revistas impressas e ou eletrônicas, na interpretação e análise
crítica pessoal do autor. Essa categoria de artigos, estruturadas como revisão
narrativa, tem papel fundamental para a educação continuada, pois permitem
ao leitor adquirir e atualizar o conhecimento sobre uma temática específica em
curto espaço de tempo (ATALLAH, 2005).
Foram utilizadas ferramentas de busca da Biblioteca Virtual de Saúde –
BVS e Scielo – Scientific Electronic Library Online, com o descritor família
contemporânea, acionou-se o filtro artigos em português e delimitou-se o
período cronológico de publicações nos últimos 10 anos, de 2007 a 2017.
14
Encontrou-se 13 artigos, dos quais foram lidos os resumos. Após a
leitura dos resumos, foram excluídos dois artigos, um por não atender aos
objetivos do estudo e o outro artigo que era repetido, desta forma foram
analisados para essa pesquisa 11 artigos.
3.2 Análise dos resultados
Para a análise do material bibliográfico foi realizado uma leitura
exploratória, no qual entrou em contato com os textos, seguida de uma fase
seletiva, leitura analítica e crítica para ordenar e sintetizar ideias, e finalmente
obtenção e interpretação o material coletado (GIL, 2010).
4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Após análise dos dados obtidos na revisão bibliográfica formaram-se
duas sessões a serem apresentadas a seguir: As configurações familiares e
a contemporaneidade e Os desafios das novas configurações familiares.
4.1 As configurações familiares e a contemporaneidade
Tem-se o conhecimento de várias configurações familiares, anterior a
esse período, famílias recasadas, reconstituídas, nucleares. Nesse estudo o
objetivo é revisar as configurações familiares que surgiram ao longo deste
período de 10 anos. Podendo traz também a discursão desses desafios
enfrentados pelas novas configurações, perante essas mudanças.
As mudanças ocorridas na configuração familiar ao longo da história
vêm ampliando a concepção do termo família. Tais arranjos não devem ser
entendidos como decorrentes de uma crise na instituição família, mas como
reflexo de mudanças na sociedade, ou seja, a passagem do modelo de
família tradicional-patriarcal à família contemporânea (RODRIGUEZ; MERLI;
GOMES, 2015; ARAÚJO; OLIVEIRA; SOUZA; CASTANHA, 2007).
Desde o século XVI até os dias atuais, a noção de família vem
sofrendo importantes modificações em sua forma e em sua estrutura, assim
15
como nas funções de cada um de seus membros, numa sutil
correspondência com as transformações que propiciaram as condições de
emergência da sociedade moderna e as de seu declínio (FELIPPI; ITAQUI,
2015).
A evolução de nossa sociedade contemporânea acarretou uma
transformação da estrutura de composição familiar e chacoalhou os antigos
padrões ao introduzir novos modos de acesso à parentalidade. Esses novos
modos são bem aceitos em certos países e culturas, mesmo que, por vezes,
provocando acaloradas discussões (COMBIER; BINKOWSKI, 2017).
Segundo os autores Felippi e Itaqui (2015) os novos modelos de
família na contemporaneidade reconfiguraram-se e termos de valores,
descentralizado no vínculo consanguíneo e modelos tradicionais. Desta
forma, o atual valor atribuído à família tem por base o modelo de família
conjugal moderna, cujo vigor se expressa em meio às transformações nas
relações familiares e nas identidades sexuais (VARGAS; MOÁS, 2010).
Neles as fronteiras de identidade entre os dois gêneros (feminino e
masculino) são um pouco mais fluidas e permeáveis: a mulher conquistando
espaço no mercado de trabalho, atuando também como chefe de família e o
lugar que passa a experimentar o cuidado com o lar e trocas afetivas com os
filhos. Neste modelo familiar moderno, encontramos mães e pais solteiros,
uniões homoafetivas com e sem filhos, adoções, produção independente,
bebê de proveta (FELIPPI; ITAQUI, 2015).
Nesse sentido, com base nos autores, a „família‟ pode referir-se a um
grupo de indivíduos que se reconhecem ou que são reconhecidos como
„parentes‟, seja esse parentesco estabelecido através de elos de
consanguinidade, de adoção ou casamento. Isso pode incluir centenas de
pessoas que se estendem tanto através de gerações (pai, mãe, avós,
bisavós, tataravós materno-paternos, ou filhos, netos, bisnetos, tataranetos e
assim por diante), quanto colateralmente (irmãos, tios, primos, sobrinhos de
primeiro ou segundo grau em diante), ou seja, pessoas que podem nem
mesmo se conhecer pessoalmente ou que mantém pouco contato umas com
as outras. Sendo assim a família é composta por novas configurações
familiares que se tornam mais visíveis, podendo ser nuclear, monoparental,
16
homoparental, recomposta, desconstruída, gerada artificialmente, entre
tantas possibilidades (FELIPPI; ITAQUI, 2015; RIOS; GOMES, 2009).
Ao direcionar um olhar para as transformações familiares, é possível
verificar uma ampliação do termo família, e percebe-se que a mutação do
conceito é constante e dinâmica. Assim, os autores apresentam distintas
configurações na contemporaneidade, com base nos vínculos discutidos
anteriormente.
De acordo com Caetano, Martins e Motta (2016) observou-se o número
crescente da população em que opta por não ter filhos. Essa é uma das
transformações da família, que reverbera no casamento, nos conceitos de
maternidade, paternidade e nas relações de gênero, conceitos esses que
foram historicamente determinados e que desafiam questões sociais e papéis
pré-definidos.
Este modelo familiar trouxe mudanças não apenas para a rotina da
mulher contemporânea, mas também para seus projetos de vida e suas
consequentes escolhas. Uma das áreas que sofreu um impacto importante
em função da multiplicidade de papéis assumidos pela mulher da atualidade
é a maternidade. Em função de todas as demandas relacionadas à carreira e
ao estudo, uma conjugalidade pautada nas questões da afetividade, das
escolhas subjetivas pessoais e do desejo, aumenta o número de pessoas
que optam por não ter filhos (LOPES; DELLAZZANA-ZANON, BOECKEL,
2014; RIOS; GOMES, 2009).
Em meio às famílias monoparentais, pluriparentais, casais sem filhos
por opção, dentre outras, nos deparamos com a polêmica e recente
realidade da família homoparental. A homoparentalidade vem ganhando
visibilidade e aponta um momento de experimentação e construção de
novas formas de ser e de relacionar-se, perpassa questões como a vivência
de papéis e funções, bem como, das influências por parte da sociedade e
redes de apoio geral, como a família e a comunidade (RODRIGUEZ; MERLI;
GOMES, 2015).
Outro arranjo familiar, advindo do processo social e do desafio de
administrar responsabilidades referentes aos filhos, é o grupo familiar em
que os avós participam efetivamente da criação dos netos para que mãe e
pai possam desempenhar suas funções profissionais. Os cuidados
17
passaram a ser bastante diversificadas, trazendo exigências e
consequências distintas tanto para os avós como para as crianças. O
contexto específico e a disponibilidade de cada membro na família que vão
permear as relações entre avós e netos, desse modo os avós desempenham
um papel de transmissores de valores e consequentemente influenciadores
no modo de vida dos netos (CARDOSO; BRITO, 2014).
Como qualquer família, a família adotiva constrói se entre sonhos e
realidade, desenvolvendo sua capacidade de transformação. A criança
adotada poderá construir seu sentimento de pertencimento familiar sem ser
constrangida por certos laços de herança que impeçam de sentir-se
pertencente á essa nova família (COMBIER; BINKOWSKI, 2017).
Os autores apresentaram quatro novas configurações familiares,
advindas de mudanças nos últimos 10 anos analisados, sendo elas, adoção,
família homoafetiva, casal sem filhos, avós que cuidam dos netos. Desse
modo, a redefinição do conceito tradicional de família, em razão da
necessidade de ampliá-lo no cenário contemporâneo, é um argumento
recorrente em todas as produções recuperadas, o que denota uma
preocupação da literatura científica em apresentar posicionamentos menos
herméticos e mais condizentes com as transformações da sociedade e os
contornos atuais da conjugalidade e da parentalidade (CECÍLIO;
SCORSOLINI-COMIN; SANTOS, 2013).
4.2 Os desafios das novas configurações familiares
Um dos desafios dos estudos da família contemporânea é a
compreensão dessas novas configurações, em um contexto social que ainda
sustenta a mistificação da família “perfeita”, que tem a configuração original
e patriarcal, constituindo-se no modelo mãe, pai e filhos. As famílias hoje
têm novas especificações, que irão caracterizar esses novos modelos
familiares presentes na contemporaneidade.
Levando em conta as modificações que tiveram lugar no espaço
familiar, em particular a problemática da atomização do poder na família
contemporânea e a conflitante sobreposição de mapas ordenadores, tendo
em vista a ressonância desses aspectos na subjetividade dos indivíduos sob
18
a forma de uma radicalização da vivência de desamparo – levantaram a
seguinte questão: tendo como pressuposto uma estreita articulação entre
subjetividade e cultura, não poderíamos considerar que essas mudanças
estariam exercendo papel considerável no incremento de certas patologias
(SAVIETTO; CARDOSO, 2009).
Os mitos familiares corroboram uma invenção da família, mantendo,
para isso, um caráter estrutural de ficção. Eles podem, portanto, ter uma
função organizadora, permitindo de tal feita um trabalho de elaboração e de
simbolização das questões psíquicas convocadas na cena familiar,
sustentando maleavelmente uma identidade comum (COMBIER;
BINKOWSKI, 2017).
Os autores Cardoso e Brito (2014) apontam que houve uma grande
expressão nas mudanças das configurações, aonde a família extensa vem
se constituindo como um dos modelos da atualidade, por diversos motivos.
Como por exemplo, o papel dos avós que deixou de ser voltado para
educação e socialização dos netos, passando a assumir o papel de
responsáveis dos mesmos. O desafio desta configuração é a alternância do
lugar que os avós ocupam no desenvolvimento dos netos, pois a
responsabilidade pela educação dos netos ocupa um lugar emocional que
deveria ser ocupado pela afetividade e a responsabilidade deveria ser
direcionada aos pais. Nesse sentido, se faz necessário pensar as relações
entre avós e netos a partir das experiências familiares vivenciadas no
contexto contemporâneo.
Conforme Araújo, et al. (2007) com a ampliação do termo família,
surgir novas formas de conjugalidade e parentalidade. Sendo assim, no que
se refere à questão da união conjugal e a adoção de crianças por casais
homoafetivos, há de se considerar os vários fatores intrínsecos, entre os
quais se destaca o preconceito e alguns mitos como, o “risco” de a criança
seguir a mesma orientação sexual do adotante, por não ter uma referência
materno/paterno.
Atualmente se verifica um contingente significativo de uniões conjugais
formadas por casais homoafetivos, os quais não estão compreendidos na
nova definição de família da Constituição Brasileira. Assim, na realidade
brasileira, a união civil de pessoas do mesmo sexo bem como o direito à
19
adoção de crianças ainda não eram legitimados juridicamente no ano de
2013, e desta forma alguns casais optavam por formalizar o pleito de
“guarda única” da criança, configurando-se como um caso de
monoparentalidade (CECÍLIO; et al., 2013; ARAÚJO; et al., 2007).
Ressalta-se que houve 2016/2015 a regulamentação da união
homoafetiva, aonde o Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011
reconheceu a união estável entre casais do mesmo sexo, tendo os mesmos
direitos quanto um casal heterossexual. Em meados de 2015, STF autorizou
a adoção de crianças por casais homoafetivos.
Conforme Combier e Binkowski (2017) notam-se o desabamento de
alguns mitos, um deles é a mudança do paradigma que norteia a adoção,
que traz os objetos psíquicos, aonde as famílias buscam crianças com intuito
de satisfazer suas necessidades, fantasias e desejos, abrangendo assim um
imaginário compartilhado entre a criança e seus pais. Esse imaginário
comum alimenta, entre “mito e realidade”, levando a construção de um laço
afetivo, que vai além do laço sanguíneo. Entende-se que a adoção seja um
desafio grande para essa nova família, pois acarretam muitas questões
culturais, sociais e pessoais, aonde essas famílias procuram promover uma
família, para uma criança que não possui. Além disso, a adoção era vista na
década passada, como provedor para casais que não conseguiam gerar e
desejavam garantir a descendência. Hoje isso mudou, aonde casais com
filhos biológicos, optam por adotar.
As autoras Caetano, et al. (2016) trazem que por muito tempo, coube
à mulher o papel de mãe e esposa, sendo-lhe dificultadas outras
possibilidades de vida. Mas com as mudanças na sociedade
contemporânea, esse papel deixou de ser para algumas mulheres/casal o
principal, passando para coadjuvante.
Renunciar, à experiência de ser pai ou mãe não deve ser vista como
uma decisão socialmente fácil. No caso das mulheres, a direta relação
sexualidade-procriação e feminilidade-maternidade ainda se mantém
estreita, em parte de uma sociedade conservadora. Aspectos culturais,
através de expectativas de possibilidades de “continuidade” do ser
dificultam, por vezes, que decisões individuais e/ou de um casal sejam
acatadas por aqueles que compartilham das relações familiares e de
20
amizades – fazendo com que diversas formas de preconceito revelem que a
convivência com formatos de famílias não convencionais ainda envolve
estigmatização e estes núcleos familiares são afetados diretamente pela
pressão social (CAETANO; MARTINS; MOTTA, 2016).
Compreende-se que ainda é difícil para uma sociedade pautada nos
modelos antigos e conservadores, entender que essas configurações fazem
parte de uma ampla conquista de direitos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As transformações ocorridas ao longo dos tempos na instituição familiar
refletem nas mudanças da sociedade contemporânea. A concepção de família
traz consigo novas configurações encontradas hoje na literatura, como a
adoção, família homoafetiva, os avós que tomam para si os papeis de cuidar e
educar os netos e os casais que optam por não ter filhos.
Com relação à homoparentalidade, nesta pesquisa, verificou-se um
número restrito de artigos que abordaram os desafios após a regulamentação
da lei de adoção homoafetiva. Também existem poucos artigos referentes as
novas configurações familiares e as consequências desses desafios para o
mesmo.
Essas novas configurações existem e precisam ser incorporadas como
resultado das modificações contemporâneas, aonde observa que a sociedade
ainda tem dificuldade em libertar-se dos antigos modelos familiares. Sendo
assim, está pesquisa teve como objetivo discutir os desafios dessas novas
configurações familiares na contemporaneidade, nesse se percebe uma longa
caminhada, mas é um processo contínuo que ainda precisa de mais
discussão em todos os ambientes, familiar, escolar, trabalho, social. Ressalta-
se ainda a necessidade de aceitar as diferenças das novas famílias e
potencializá-las no seu papel social e afetivo com seus membros,
considerando que a família hoje deixou de ser singular e passou a ser plural.
21
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