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FACULDADE MARIA MILZA TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA ALINE MARIA OLIVEIRA BARBOSA RADIOPROTEÇÃO: UM OLHAR NA SAÚDE DO PROFISSIONAL GOVERNADOR MANGABEIRA- BA 2020

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FACULDADE MARIA MILZA TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA

ALINE MARIA OLIVEIRA BARBOSA

RADIOPROTEÇÃO: UM OLHAR NA SAÚDE DO PROFISSIONAL

GOVERNADOR MANGABEIRA- BA

2020

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ALINE MARIA OLIVEIRA BARBOSA

RADIOPROTEÇÃO: UM OLHAR NA SAÚDE DO PROFISSIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso Tecnólogo em Radiologia da Faculdade Maria Milza como requisito para obtenção do título de Tecnólogo em Radiologia.

Orientadora: Profa. Ma. Ana Conceição de O.C Teixeira.

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA

2020

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Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação:

Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-5/1824

Barbosa, Aline Maria Oliveira B238r

Radioproteção: um olhar na saúde do profissional / Aline Maria Oliveira Barbosa. - Governador Mangabeira - BA , 2020.

28 f.

Orientadora: Ana Conceição de O. Cravo Teixeira.

Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnólogo em Radiologia) - Faculdade Maria Milza, 2020 .

1. Proteção Radiológica. 2. Radiação Ionizante. 3. Radiologia Intervencionista. I. Teixeira, Ana Conceição de O. Cravo, II. Título.

CCD 616.0757

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ALINE MARIA OLIVEIRA BARBOSA

RADIOPROTEÇÃO: UM OLHAR NA SAÚDE DO PROFISSIONAL

Aprovado em 03/08/2020

BANCA DE APRESENTAÇÃO

____________________________________________

Profa. Ma. Ana Conceição de O.C Teixeira.

____________________________________________

Profº. Luis Adrian R. Costa

____________________________________________

Profa. Cláudia Jacobi

____________________________________________

Profª Ma. Karen Luane Sá Santana Barbara Sobral

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA,

2020

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente Deus por ser essencial na minha vida, autor do

meu destino, meu guia. A minha mãe Rosemary, ao meu pai Luiz, ao meu irmão

Denilson e ao meu padrinho Clovis.

Ao Curso dе Tecnólogo em Radiologia dа Faculdade Maria Milza, е às pessoas cоm

quem convivi ао longo desses anos. A experiência dе υmа produção compartilhada

nа comunhão cоm amigos nesse espaço foi а melhor experiência dа minha

formação acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

Agradecimento é sempre um ato de reconhecimento grandioso. Agradeço a

Deus, pela sua constante presença na minha vida, por ter me dado saúde e força

para superar as dificuldades, permitindo que tudo isso acontecesse.

Aos meus pais, meu irmão e meu padrinho que sempre me incentivaram a

valorizar os estudos.

Aos meus colegas Leonardo Andrade, Alsileia Serra, Verena Araújo, Josevan

Brandão e Jaqueline Costa que se tornaram amigos, vocês são pessoas

extraordinárias que Deus colocou na minha vida. De vocês recebi carinho, sorriso,

companheirismo e amizade. Muito obrigada pela amizade de vocês e todos os

momentos que passamos. Juntos nós formamos um grupo e é um privilégio quando

nós temos ao nosso lado pessoas tão maravilhosas como vocês.

A minha orientadora Ana Cravo, não só pelos ensinamentos, mas pela

confiança, respeito e dedicação. Muito obrigada por suas análises e sugestões de

grande valia para a conclusão do trabalho. MUITO OBRIGADA!

Aos professores, obrigada por fazerem do aprendizado não um trabalho, mas

um conhecimento. Por fazerem com que me sentisse uma pessoa de valor, por me

ajudar a descobrir o que fazer de melhor.

As minhas supervisoras de estágio Ana Patrícia, Simone, Adriene e Veronica

por me proporcionarem conhecimentos teóricos e práticos com toda atenção e

cuidado.

A minha turma, pessoas que conheci no decorrer desses anos, cada um com

seu jeito e modo de ser, com suas qualidades e defeitos, mas são pessoas que

levarei para sempre em minha vida. Obrigada a todos por contribuírem para o meu

conhecimento pessoal e profissional.

A Faculdade Maria Milza (FAMAM), por me proporcionar um ambiente criativo

e amigável para os estudos. Sou grata a cada membro dessa instituição de ensino.

A todos que direta e indiretamente fizeram parte da minha formação, MUITO

OBRIGADA.

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RESUMO

A radiação X foi descoberta no dia 8 de novembro de 1895, na cidade de Wüsburg,

Alemanha, pelo cientista alemão Wilhelm Conrad Roentgen, essa descoberta

deflagrou uma série de experimentos para avaliar suas características e

potencialidades de aplicação em vários ramos de atividades. O campo onde mais se

encontraram aplicações foi o da medicina, na área de diagnóstico por imagem. A

partir do uso médico, a descoberta se espalhou rapidamente pelo mundo, e os

efeitos nocivos da radiação sobre seres vivos também foram sendo descobertos.

Diante disso é possível afirmar que a descoberta trazia consigo não só benefícios,

mas também perigos intrínsecos e desconhecidos no momento de sua incorporação

às práticas sociais. Nessa perspectiva, o objetivo geral deste estudo é verificar

através das bases de dados indexadas as condutas preventivas do

técnico/tecnólogo em radiologia frente à proteção radiológica. Assim identificando na

literatura o conhecimento desses profissionais acerca da radioproteção e legislação,

trazendo os principais procedimentos de segurança radiológica segundo a portaria

453 de junho de 1998 do ministério da saúde. O estudo aborda uma revisão de

literatura sistemática, realizada na base de dados eletrônico BVS e Scielo com os

seguintes descritores: proteção radiológica, radiação ionizante, riscos ocupacionais,

tecnologia radiológica e saúde do trabalhador. O recorte temporal é referente ao

período de 2014 a 2019. Como critérios de inclusão: artigos completos em

português, espanhol e inglês. Espera-se que os profissionais que trabalham

diretamente com a radiação ionizante tenham a conscientização dos efeitos nocivos

que podem ser adquiridos ao longo do tempo diante a exposição sem os cuidados

necessários. É de extrema importância que seu uso seja racional e controlado para

melhor qualidade de serviço.

Palavras-chave: Radiologia. Radiologia Intervencionista. Radiação Ionizante.

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ABSTRACT

X-radiation was discovered on November 8, 1895, in the city of Wüsburg, Germany,

by the German scientist Wilhelm Conrad Roentgen. The field where most

applications were found was that of medicine, in the area of diagnostic imaging. From

medical use, the discovery spread rapidly around the world, and the harmful effects

of radiation on living beings were also being discovered. Given this, it is possible to

affirm that the discovery brought not only benefits, but also intrinsic and unknown

dangers at the time of its incorporation into social practices. In this perspective, the

general objective of this study is to verify through the indexed databases the

preventive conduct of the technician / technologist in radiology in relation to

radiological protection. Thus identifying in the literature the knowledge of these

professionals about radioprotection and legislation, bringing the main radiological

safety procedures according to ordinance 453 of June 1998 from the Ministry of

Health. The study addresses a systematic literature review, carried out in the

electronic database VHL and SciELO with the following descriptors: radiological

protection, ionizing radiation, occupational risks, radiological technology and worker

health. The time frame refers to the period from 2014 to 2019. As inclusion criteria:

full articles in Portuguese, Spanish and English. It is expected that professionals who

work directly with ionizing radiation are aware of the harmful effects that can be

acquired over time in the face of exposure without the necessary care. It is extremely

important that its use is rational and controlled for better quality of service.

Keywords: Radiology. Interventional Radiology. Ionizing radiation.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 12

2.1 DESCOBERTA DA RADIAÇÃO IONIZANTE ...................................................... 12

2.1.2 TIPOS DE RADIAÇÃO ..................................................................................... 13

2.1.3 RISCOS E BENEFÍCIOS .................................................................................. 14

2.2 LEGISLAÇÃO REGULAMENTADORA ............................................... ... ..........16

2.2.1 LIMITES DE DOSE ......................................................................................... 17

2.2.2 IRRADIAÇÃO X CONTAMINAÇÃO ................................................................ 18

2.3 PROTEÇÃO RADIOLOGICA ............................................................................. 19

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 21

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 22

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 25

REFERÊNCIAS

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1 INTRODUÇÃO

A descoberta dos raios X por Roentgen, em 1895, permitiu a visualização do

interior do corpo humano, de forma não invasiva, promovendo grandes mudanças na

medicina, em destaque no campo da anatomia e fisiologia humana (HUHN,

VARGAS, 2016).

Sua utilidade trouxe inúmeros benefícios à medicina e à ciência, porém,

também provocou diversos efeitos biológicos irreversíveis em médicos, pacientes,

pesquisadores, e outros indivíduos expostos. Diante disso é possível afirmar que a

descoberta trazia consigo não só benefícios, mas também perigos intrínsecos e

desconhecidos no momento de sua incorporação às práticas sociais. (HUHN et al.,

2017).

Na contramão do aumento do uso das radiações, surge a preocupação com

seu uso, apesar de seus benefícios superarem seus malefícios. Sendo assim, são

necessárias medidas protetivas, que visam minimizar ao máximo os efeitos

causados por essas fontes. Em 1º de junho de 1998 foi estabelecida a Portaria 453

da Secretaria de Vigilância Sanitária, buscando proteger o paciente e os

profissionais durante as exposições radiográficas, além de definir diretrizes de

proteção radiológica médica e odontológica. (GOMES, JÚNIOR, 2016).

O reconhecimento prévio dos riscos ocupacionais que geram desgastes à

saúde dos trabalhadores, é um dos principais meios para prevenir adoecimentos e

garantir a promoção da saúde no trabalho. Visto que, a grande chave para a saúde

dos trabalhadores é antecipar a identificação dos riscos inerentes ao seu processo

de trabalho para intervir precocemente na realidade, com o objetivo de desenvolver

condições seguras aos trabalhadores. (ANDERSON et al., 2016).

Os serviços de radiodiagnóstico que utilizam a radiação ionizante e cercam

procedimentos de alta tecnologia, necessitam de uma equipe multiprofissional de

saúde qualificada para utilizar devidamente os equipamentos emissores de radiação,

logo o despreparo profissional pode causar riscos ocupacionais aos trabalhadores

desses serviços. No entanto, os riscos podem ser minimizados ou até evitados

quando são utilizadas medidas de segurança para contemplar a proteção radiológica

(ANDERSON et al., 2016)

Diante da exposição à radiação ionizante, que estão sujeitos os

trabalhadores do setor radiológico, faz-se necessário implementar um conjunto de

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medidas que busquem protegê-los. Além disso, tais medidas devem também

garantir a proteção aos pacientes e seus acompanhantes evitando os efeitos

probabilísticos da radiação. Esse conjunto de medidas é denominado Proteção

Radiológica ou Radioproteção. (FERNANDES, 2019)

Nessa perspectiva o estudo buscara responder o seguinte problema: Como

tem sido abordado na literatura à saúde do trabalhador da área de radiologia em

relação à proteção radiológica?

Dessa maneira, a pesquisa traz como objetivo geral: Verificar através das

bases de dados indexadas as condutas preventivas do técnico/tecnólogo em

radiologia frente à proteção radiológica. E como objetivos específicos: identificar na

literatura o conhecimento desses profissionais acerca da radioproteção e legislação,

discutir os principais procedimentos de segurança radiológica segundo a portaria

453 de junho de 1998 do ministério da saúde, descrever as principais dificuldades

dos profissionais da saúde quanto à proteção radiológica.

Diante do exposto, o estudo se justifica em fazer profissionais da área de

radiologia a apropriar-se da importância do conhecimento que necessitam ter a

respeito de proteção radiológica (PR) em diversas esferas de trabalho. Esse

conhecimento refere-se à indispensabilidade de constante capacitação e atualização

na área de PR.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 DESCOBERTA DA RADIAÇÃO IONIZANTE

A radiação ionizante se caracteriza pelo transporte de energia capaz de

causar ionização da matéria. Quando esta radiação atravessa a matéria, confere

energia por excitações ou ionizações. Seus efeitos dependem da quantidade e da

qualidade da radiação incidente a qual irá interagir, bem como da natureza do

material. Destaca-se a atenção especial que vem sendo destinada à radiação

ionizante a partir da descoberta dos raios X, considerada uma das principais

descobertas do século XIX (SEPÚLVEDA, 2014).

O físico alemão Wilhelm Konrad Röntgen em 1895 descobriu de maneira

acidental “um novo tipo de raio”, que possibilitava ‘ver’ dentro do corpo humano. Seu

nome se ligou de forma permanente aos raios x, após presenciar um brilho

inesperado em uma tela de material fluorescente, durante pesquisas com raios

catódicos (SEPÚLVEDA, 2014).

A descoberta desse fenômeno aguçou tanto o interesse de Röntgen que

continuou estudando intensamente suas propriedades e características. Expondo

diversos materiais de densidades diferentes a fim de observar seu poder de

penetração, e com auxílio de um detector fluorescente, fez uma importante

observação: segurando um disco de chumbo com a mão na intenção de verificar o

poder de penetração dos raios naquele metal, viu que, além da sombra do disco,

apareceu à sombra dos ossos da sua mão. Estava assim descoberta a radiografia

(LIMA; JUNIOR, 2018).

Röntgen chegou à seguinte conclusão de que o tubo emitia, além dos raios

catódicos, algum tipo de radiação desconhecida. Por isso lhe deu o nome provisório

de raios X. Ele preferiu aperfeiçoar seus experimentos antes de divulgá-los. Em

menos de dois meses, havia acumulado conclusões suficientes para publicar seus

resultados. Em alemão, seu nome virou verbo – röntgen – para o ato de fazer

radiografia (HUTHN et al., 2017).

Em dezembro, fez a radiação atravessar a mão de sua esposa, Bertha,

durante 15 minutos. Do outro lado, colocou uma chapa fotográfica. Depois de revelá-

la, viam-se nela os contornos dos ossos da mão gerando assim a primeira

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radiografia da história. A imprensa noticiou o fato com destaque em 5 de janeiro de

1896 (GOMES; JÚNIOR, 2016).

É inegável que a descoberta dos raios X, em 1895, por Willhelm Conrad

Roentgen, revolucionou a forma de diagnóstico no mundo todo. Práticas, até então,

extremamente invasivas, começaram a ser substituídas pela nova forma de observar

o ser humano por dentro. Dessa forma, diferentes tecnologias foram se

desenvolvendo ao longo dos anos para melhorar a qualidade do diagnóstico e

acompanhar diversas patologias (GOMES et al.2016).

2.1.2 TIPOS DE RADIAÇÃO

As radiações podem ser naturais e artificiais, as naturais são as que provêm

do espaço sideral, presentes na crosta terrestre, já as artificiais são as utilizadas na

medicina, indústria, ciência entre outras áreas. Elas podem ser ionizantes, emitidas

a partir de partículas, ou excitantes, como o sol e os raios ultravioletas. Todas essas

radiações interagem com os corpos e depositam neles energia (BUONOCORE et al.,

2019).

Quanto a sua classificação as radiações ionizantes podem ser divididas em

ionizantes e não ionizantes. São ionizantes todas as partículas carregadas, como

alfa e beta, pois produzem ionizações ao perder energia. As radiações não

ionizantes são os fótons (raios X e raios gama), ondas eletromagnéticas como a luz,

calor e ondas de rádio são formas comuns (BRANDÃO et al., 2017).

A radiação alfa tem curta penetração na matéria, sendo alguns

centímetros no ar e alguns micrômetros em tecido biológico (menos que a camada

externa de células mortas). A radiação beta é capaz de penetrar quase um

centímetro nos tecidos, gerando danos à pele, mas não aos órgãos internos, a não

ser que sejam ingeridas. A radiação gama penetra profundamente na matéria, tem

menor produção de íons que as partículas alfa e beta, consequentemente a

blindagem torna-se mais difícil, geralmente feita com chumbo (BOUNOCORE et al.,

2019).

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2.1.3 RISCOS E BENEFÍCIOS

As radiações ionizantes podem ser usadas com grandes benefícios para a

sociedade em diferentes áreas, como na área da saúde e industrial (GOMES et al.,

2016).

A Radiologia Industrial envolve diversas aplicações das radiações ionizantes

sendo muito utilizada no controle de qualidade de materiais e equipamentos a partir

de raios X de alta energia, na inspeção de soldas, materiais fundidos e forjados, está

presente no controle de qualidade de indústrias automotívas, indústrias navais,

indústrias siderúrgicas, aviação e materiais bélicos, como explosivos. Também

possui ampla aplicação nas indústrias de petróleo e petroquímicas, como a

Petrobrás e na inspeção de segurança em portos e aeroportos, (FERNANDES,

2019).

De forma geral, a aplicação da radiação na saúde compreende um campo da

radiologia bastante utilizado para ó diagnóstico e das patologias existentes. Pode -

se citar as seguintes utilizações: Radioisótopos, que podem ser empregados com o

propósito de diagnóstico, fornecendo informações sobre o tipo ou extensão da

doença, radiografia, que utiliza raios X no processo de produção de imagem de

estrutura interna do corpo, com o propósito de diagnóstico, no uso de equipamentos

como tomógrafos, mamógrafos, ressonância magnética, densitometria óssea, entre

outras modalidades. Sendo aplicada não só no diagnóstico, mas também no

tratamento de pacientes, através dos radiofármacos e da radioterapia, que utiliza

radiação gama ou raios X na eliminação de tumores cancerígenos (FERNANDES,

2019).

Há também outras áreas que utilizam a radiação em benefício da

humanidade. Tem – se a área agrícola usada de diversas formas, sendo que uma

delas é na conservação de alimentos, irradiação de frutas, legumes, cereais, frutos

do mar, entre outros, diminui a quantidade de fungos e bactérias, aumentando,

assim, seu tempo de conservação de alimentos. A multiplicação desses

microrganismos é um dos principais causadores do apodrecimento dos alimentos.

Em plantas essa radiação é utilizada para detectar quais são os predadores de

determinadas pragas, sendo usados no lugar de inseticidas, esterilizar ou reduzir a

contaminação de micro-organismos patogênicos, desinfetar os vegetais de insetos e

parasitas, e inibir o brotamento de raízes (MATOS, 2015).

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A aplicação da radiação ionizante trouxe inúmeros benefícios, mas também

provocou diversos efeitos biológicos irreversíveis em pesquisadores, médicos,

pacientes e outros indivíduos expostos, quando o corpo humano é exposto a

grandes quantidades de radiação, seus efeitos podem gerar muitos e vários tipos de

risco à saúde como o desenvolvimento de cânceres, efeitos em nível celular,

causando sua morte ou modificação e também prejudicar futuras gerações (GOMES

et al. 2016).

Efeitos biológicos são classificados quanto ao seu mecanismo de ação em

direto ou indireto. Mecanismo direto ocorre quando a radiação atua diretamente

sobre uma molécula importante, como o DNA, podendo causar desde alterações

genéticas até morte celular como exemplo a síndrome aguda de radiação, dano

tecidual (pele, gônadas, extremidades e medula óssea), síndrome hematológica,

dano citogenético entre outros. Já o mecanismo indireto é quando a radiação atua

na molécula de água. A molécula da água é quebrada, formando radicais livres que

podem atingir outras moléculas importantes para a atividade celular, como exemplo

leucemia, desenvolvimento de canceres, danos genéticos e síndromes

(SEPÚVELDA, 2014).

Os efeitos biológicos também podem ser classificados quanto à sua natureza:

reações teciduais e efeitos estocásticos. As reações teciduais ocorrem com uma alta

dose de radiação, podendo causar a morte celular de um número grande de células

de um órgão a ponto de ele ter seu funcionamento prejudicado. Já os efeitos

estocásticos ocorrem proporcionalmente à dose de radiação recebida. São sempre

tardios e independentes da quantidade de dose, mas a probabilidade de ocorrência

aumenta com a dose. Doses pequenas podem induzir tais efeitos, dentre eles o

câncer (BATISTA et al. 2019).

Em mulheres gestantes submetê-las a radiação ionizante pode trazer sérios

danos, pois o embrião em formação é mais sensível á radiação e isso pode

ocasionar em uma alteração no seu genoma de forma mais danosa do que ocorrem

em adultos. Os efeitos biológicos que decorrentes da exposição à radiação ionizante

pelo feto pode ser dividido em quatro categorias: óbito intra-uterino, malformações,

distúrbio de desenvolvimento e crescimento, efeitos mutagênicos e carcinogênicos

(LEITE; OLIVEIRA; JÚNIOR, 2016).

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2.2 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTADORAS

Embora haja esforços de órgãos governamentais brasileiros em difundir

informações relacionadas às atividades de Proteção Radiológica (PR), é notável que

ainda, mesmo entre os profissionais da área, falta de domínio e conhecimento da

legislação que exige esse documento para licenciar os serviços que utilizam

equipamentos emissores de radiação ionizante (HUHN et al., 2017).

A norma brasileira de proteção radiológica da Comissão Nacional de Energia

Nuclear (BR), além de definir parâmetros sobre a produção, o armazenamento de

materiais e a prática que envolve as radiações ionizantes, também institui requisitos

básicos ao trabalho seguro dos profissionais. Entre outras recomendações, um dos

princípios prescritos nas Diretrizes Básicas de Radioproteção refere-se às doses

(quantidades de radiação) individuais de trabalhadores que utilizam materiais

radioativos, os quais não devem exceder os limites estabelecidos na Norma CNEN-

NE-3.01 (FERNANDES, 2019).

A dose efetiva anual não deve exceder 20mSv em qualquer período de 5

anos consecutivos, não podendo exceder 50mSv em um ano; é proibida a exposição

ocupacional de menores de 16 anos; estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em

estágio de treinamento profissional a dose efetiva anual não deve exceder o valor de

6mSv; a dose efetiva anual de indivíduos do público não deve exceder a 1mSv, para

mulheres grávidas devem ser observados os requisitos adicionais: a gravidez deve

ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada; as condições de trabalho

devem garantir que a dose na superfície do abdômen não exceda 2mSv durante

todo o período restante da gravidez (FERNANDES, 2019).

No Brasil, a Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária - Ministério da

Saúde (SVS/MS) nº 453 de 1º de junho de 1998 e a Norma Regulamentadora 32

(NR 32) é de extrema importância para PR nos serviços de radiodiagnóstico. A

Portaria impõe um Memorial Descritivo, que visa desenvolver as formas adequadas

de controle do risco físico à radiação ionizante para fins ocupacionais e minimizar a

dose de radiação no paciente. O segundo item exigido no Memorial é um Programa

de Proteção Radiológica (PPR), imprescindível para o funcionamento de serviços de

radiodiagnóstico. Conforme o PPR (Programa de Proteção Radiológica) o serviço de

proteção radiológica deve possuir: monitoração individual dos trabalhadores e área,

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proteção individual e medições ambientais de radiação ionizante especificas para

práticas de trabalho (GOMES et al.,2016).

A NR 32 constitui as diretrizes básicas para o implemento de medidas de

proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem

como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em

geral (MELO et al., 2015).

O emprego correto da radioproteção é a maneira mais segura de desfrutar

dos benefícios gerados pela radiação ionizante com a atenuação e em alguns casos

com a isenção dos males causados por esse fenômeno. Para isso, é necessário

seguir todas as normas em vigor, estabelecidas e fiscalizadas pelos órgãos

competentes – CNEN e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - e

utilizar com rigor todos os equipamentos de proteção individual e coletiva. Dentre

esses equipamentos estão os óculos plumbíferos, protetores de tireoide, aventais e

luvas plumbíferas, protetores de gônadas, entre outros (CESTARI, 2015).

A ANVISA destaca que os organismos nacionais e internacionais que regulam

as normas de proteção radiológica estabeleceram princípios para que todos os

profissionais que lidam com radiações ionizantes, paciente e público em geral,

possam conviver de uma forma segura e harmoniosa com essa forma de energia.

Os princípios são: justificativa, otimização e limitação de dose e estão definidos na

Portaria Federal n° 453, de 2 de junho de 1998, da ANVISA (FABIO,2019).

Dentre as legislações a mais atual é a Resolução da Diretoria Colegiada

(RDC) 330/2019, que estabelece os requisitos sanitários para a organização e o

funcionamento de serviços de radiologia diagnóstica ou intervencionista e

regulamenta o controle das exposições médicas, ocupacionais e do público

decorrentes do uso de tecnologias (FABIO,2019).

2.1 LIMITES DE DOSE DA RADIAÇAO IONIZANTE

É de conhecimento geral que altas doses de radiação ionizante causam

danos ao tecido humano, sendo que diversos efeitos maléficos foram reportados

logo após a descoberta dos raios-X, dentre esses efeitos estão mutações genéticas,

destruição de células e efeitos genéticos (hereditário). Naquela época (1895 – 1896),

era prática frequente verificar a intensidade dos raios-X expondo indivíduos à

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radiação emitida e medindo o tempo transcorrido até que a região exposta

apresentasse irritação da pele (ALVES, 2019).

O princípio do limite da dose são valores estabelecidos para limitar a dose

efetiva ou equivalente em exposições normais de indivíduos ocupacionalmente

expostos e indivíduos do público (NUNES; FRANÇA; AGUIAR, 2018).

A ICRP (Comissão Internacional de Proteção Radiológica), em suas

publicações, dispõe de recomendações sobre limites de doses ocupacionais que são

aceitos na maioria dos países. O limite de dose efetiva é 20 mSv por ano – como

uma média anual de 5 anos – e não devem ser excedidos 50 mSv em um único ano,

assim como o limite para os cristalinos. Já o limite para extremidades e pele, é 500

mSv. No entanto, doses ocupacionais devem ser “tão baixas quanto razoavelmente

exequíveis”, o que é conhecido como o Princípio ALARA (as low as reasonably

achievable) (MOURA; NETO; ANTÔNIO, 2015).

2.2.2 IRRADIAÇÃO X CONTAMINAÇÃO

É habitual, entre pessoas leigas, confundir os conceitos de irradiação e de

contaminação. Na prática, o termo irradiação é adotado para indicar a exposição

externa de organismos, parte de organismos ou, mesmo, materiais, à radiação

ionizante. Já o termo contaminação refere-se à presença indesejável de material

radioativo em (dentro de) um organismo ou material ou, ainda, em suas superfícies

externas. Diante o exposto, a irradiação externa de um corpo animado ou inanimado

pode ocorrer à distância, sem necessidade de contato íntimo com o material

radioativo (GOMES et al., 2016).

No entanto, a contaminação implica no contato com o material radioativo de

uma fonte não selada, ou que tenha perdido a selagem, e sua subsequente

incorporação por pessoas (ingestão, inalação) ou deposição em superfícies (pele,

bancadas, pisos, vidraria etc.) (HUHN et al., 2017).

Pessoas e objetos contaminados estão sujeitos à irradiação causada pela

emissão de radiação pelo material radioativo incorporado, ou depositado na

superfície, e podem provocar, à distância, irradiação externa de pessoas ou objetos

ou, ainda, podem transferir, por contato, parte de sua contaminação superficial

(MOURA et al., 2019).

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A inalação ou ingestão de material radioativo resulta em uma exposição

interna podendo desenvolver danos ao organismo, danos estes cuja gravidade varia

em função do tipo de emissor (α ou β) e da associada Transferência Linear de

Energia (TLE), da taxa de absorção de materiais radioativos pelos órgãos, da

solubilidade dos radionuclídeos e de sua taxa de transferência para os fluidos do

corpo, bem como da meia-vida biológica (MOURA; NETO; ANTÔNIO, 2015).

2.3 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

A utilização da radiação ionizante em diversas tecnologias possibilitou

avanços que beneficiaram diferentes áreas da sociedade, como na indústria e na

medicina. Essas utilizações se desenvolvem constantemente e, consequentemente,

aumentam também a necessidade de prevenção e preparação para o recebimento

dessa radiação perante emergências e riscos à saúde e ao meio ambiente

(BUONOCORE et al., 2019).

A proteção radiológica é a área que visa proteger os profissionais da

radiologia e o público em geral, cabendo aos profissionais da área ter completo

discernimento sobre os efeitos biológicos causados quando expostos a doses de

radiação ionizante. (PRUENÇA et al., 2017).

Os objetivos da proteção contra as radiações são a prevenção ou a

diminuição dos seus efeitos somáticos e a redução da deterioração genética dos

povos, onde o problema das exposições crônicas adquire importância fundamental.

Considera-se que a dose acumulada num período de vários anos seja o fator

preponderante, mesmo que as doses intermitentes recebidas durante esse período

sejam pequenas (TAUHATA et al., 2014).

É de extrema importância que o profissional da área da radiologia tenha

conhecimento apurado e consciência sobre a importância de sua função, para evitar

que maiores contratempos ocorram. O não uso de equipamento de proteção

radiológica, tanto individual, quanto coletivo, pode acarretar problemas de saúde ao

profissional, levando-o a contrair doenças que poderão ser irreversíveis ou curáveis,

por exemplo: doenças celulares, oftalmológicas ou oncogênicas. Segundo a NR 6,

EPI (equipamento de proteção individual) é todo dispositivo que o trabalhador deve

usar para protegê-lo dos riscos suscetíveis de ameaçar a sua segurança e sua

saúde. Devem, ainda, ter Certificado de Aprovação (CA) concedido pelo MTE

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(Ministério do Trabalho e Emprego) ao qual cabe fiscalizar a qualidade do

equipamento de proteção individual (LEYTON et al., 2014).

Atualmente existe uma série de opções de EPIs (equipamentos de proteção

individual) de radiologia que visam à segurança dos profissionais e pacientes, os

principais equipamentos de radioproteção, também classificados como acessórios,

são: biombo/ cabine utilizado para segurança e proteção do profissional de

radiologia durante sua exposição à radiação, e também obrigatória à permanência

do mesmo atrás do biombo até o fim do exame (TAUHATA, et al., 2014).

Os óculos plumbíferos são usados a fim de proteger as retinas dos olhos, sua

composição é feita de vidro com chumbo, sendo o chumbo o material que barra a

radiação; o protetor de tireióide atua na proteção da tireoide, barrando a radiação

emitida em exames de raios-x; as luvas plumbíferas compostas por nylon e revestida

por chumbo, é utilizada em exames radiológicos seja em raio-x convencional, como

na radiologia veterinária; o avental plumbífero criado para proteger a região frontal

superior do corpo, desde o tórax ate os joelhos, visando a proteção dos órgãos

superiores; o protetor de gônadas é usado para proteger a região genital, tanto

masculino como feminino (TAUHATA, et al., 2014).

A utilização do dosímetro é obrigatória com principal objetivo de determinar o

tempo de exposição à radiação do profissional de radiologia e também avaliar a

dose recebida durante as horas trabalhadas, assim avalia-se se estão baixos ou

altos os níveis de radiação recebida (FERNANDES, 2019).

Porém na pratica ainda existem profissionais que não fazem o uso adequado

das ferramentas de radioproteção, em muitos casos pelo fato da formação técnico

ou superior, não ter sido habilitada para ter atitudes de radioproteção, ocorrendo

também por negligência dos próprios profissionais da área, falta de equipamentos de

proteção individual e coletivo no local de trabalho, entre outros fatores (BATISTA et

al., 2016).

As salas onde se realizam os procedimentos radiológicos e a sala de

comando devem ser classificadas como áreas controladas possuindo barreiras

físicas com blindagem suficiente para garantir a manutenção de níveis de dose tão

baixos quanto razoavelmente exequíveis, não ultrapassando os níveis de restrição

de dose estabelecidos por regulamentos. (HUHN et al., 2016).

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3 METODOLOGIA

O trabalho realizado trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática. Para

escolha dos artigos que fizeram parte deste trabalho, foi utilizado a base de dados

Scientific Eletronic Library online Scielo (SciELO), PubMed e Biblioteca Virtual em

Saúde (BVS). Nela foram buscados os seguintes descritores: proteção radiológica,

radiação ionizante, riscos ocupacionais.

Para a seleção dos artigos a serem utilizados no trabalho, foram aplicados os

critérios de inclusão: recorte temporal de cincos anos, artigos gratuitos, que

estivessem na língua pátria e inglesa. Quanto aos critérios de exclusão utilizaram-se

artigos fora do recorte temporal de cinco anos, artigos pagos, que não estivesse no

idioma proposto.

Na pesquisa inicial foram encontradas 1285 publicações. Após a aplicação

dos critérios de inclusão e exclusão encontrou-se um total de 56 artigos. Destes foi

realizada uma breve leitura do resumo, para ver qual se adequava com a construção

dessa pesquisa. Assim 25 artigos e 2 dissertações foram selecionados para

construção do trabalho.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a literatura, pode-se afirmar que a proteção radiológica

consiste no respeito às normas e limites de exposição e são conhecimentos

fundamentais para qualquer profissional da radiologia. Leyton et al. (2014) trazem

em seu trabalho uma preocupação quanto o controle da qualidade profissional frente

a proteção radiológica. Segundo os mesmos, alguns princípios devem ser regidos

dentro do ambiente de trabalho. Por exemplo: minimizar o tempo de exposição;

assegurar que a distância e a blindagem entre o material radioativo e a pessoa

estejam corretas; possuir avisos de sinalização nos ambientes radiológicos; ter

educação continuada entre os profissionais e monitoração da radiação no ambiente

(LEYTON et al.2014).

De acordo com o trabalho de Tahauta et al. (2014) surge uma discussão

sobre o objetivo da proteção radiológica na qualidade de serviço dos profissionais de

saúde. Defendem a ideia de que ela á capaz de evitar o uso desnecessário da

radiação ionizante, justificando corretamente cada procedimento (princípio da

justificação). Esse princípio determina que a exposição à radiação deve produzir um

benefício suficiente para compensar o dano que a radiação possa causar.

Moura et al. (2019) também compartilha com este pensamento trazendo os

cuidados necessário para diminuir ou até mesmo evitar os danos à saúde. Conforme

o mesmo, a radiologia vem sendo uma técnica muito utilizada desde sua descoberta,

pois permite uma visualização interna da estrutura do corpo utilizando métodos

minimamente invasivos. Neste sentido, há então a necessidade de se ter um melhor

preparo e, cuidado com o procedimento radiológico, para que os pacientes e

funcionários envolvidos no processo não sejam expostos de forma inadequada às

radiações ionizantes. O autor coloca a radiação ionizante como uma grande

ferramenta para a obtenção de diagnósticos precisos; no entanto, preconiza-se o

respeito aos cuidados necessários mediante a utilização da mesma.

Lima e Júnior (2018) ampliam a discussão iniciada por Moura et al (2016) e

exaltam a importância de uma administração segura quanto a radiação no contexto

da proteção radiológica, afirmando que nos serviços de saúde é comum a utilização

de equipamentos radiológicos quer seja para fins diagnósticos ou como meios de

terapia. O fato é que os profissionais que interagem constantemente com esses

métodos se expõem a um risco que, em longo prazo, podem desencadear doenças.

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Continuando a discussão sobre a importância da proteção radiológica, Huhn

et al. (2017) adotam uma postura semelhante à discutida por Lima e Júnior (2018),

que enfatiza a dosagem de radiação absorvida pelos trabalhadores, ao longo de

sua vida profissional, pode trazer efeitos negativos para a sua saúde, já que se trata

de um fator de risco físico, invisível aos olhos, cujas consequências são, muitas

vezes, irreversíveis.

Campos et al. (2018) confirma os preceitos acima citados e ressaltam que é

de extrema importância, que o grau de exposição esteja compatível com os limites

estabelecidos diante das normas e legislações vigentes, nas quais ditam regras de

dose mediante o tipo de paciente atendido. Ampliando e corroborando os estudos,

Auanario et al. (2018) afirma que uma dose maior de radiação aumenta a

probabilidade de indução de efeitos danosos ao organismo.

De acordo com a literatura a Portaria 453 aprova o Regulamento Técnico que

estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico

e odontológico. Os autores Zanzi (2019), Campos et al. (2019) e Auanario et al.

(2018), dividem a mesma opinião em suas pesquisas, quando citam essa

legislação, afirmando que dentre as responsabilidades básicas compete aos titulares

e empregadores à responsabilidade principal pela segurança e proteção dos

pacientes, equipe e público em geral, na qual para garantir a proteção os mesmos

devem fornecer as vestimentas de proteção individual para pacientes, equipe e

eventuais acompanhantes. Deixa clara a obrigatoriedade da presença de EPIs em

todos os serviços de radiodiagnóstico. A Portaria afirma ainda que compete a cada

membro da equipe utilizar o dosímetro individual, bem como as vestimentas de

proteção individual.

Cardoso et al. (2014) segue e discute embasado nos achados de Zanzi

(2019) e enfatiza que a portaria do Ministério da Saúde 453 determina que a dose

efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em qualquer período de 5 anos

consecutivos; não podendo exceder 50 mSv em nenhum ano. Medidas que

promovam a redução na dose para pacientes e profissionais da saúde são

pertinentes e cada vez mais estimuladas pelas sociedades científicas.

Ao abordar a questão do conhecimento dos profissionais acerca da proteção

radiológica por meio de investigação campal Fabio (2019) reforça que os fatores que

dificultam o seguimento das medidas de autoproteção no setor radiológico, entre

elas estão o desconhecimento dos profissionais das técnicas radiológicas e/ou a

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negligência com a proteção radiológica dos mesmos para com os pacientes, pouca

adesão ao uso dos equipamentos de proteção individual.

Batista et al (2019) congrega os achados de Fabio et al (2019), no entanto

discute que a questão não se resume à falta de conscientização dos trabalhadores,

levando em consideração que a biossegurança envolve o trabalho diário dos

profissionais. É necessário que os profissionais da área tenham soluções hábeis e

práticas, avaliadas dentro do contexto de trabalho, a adesão dos profissionais às

técnicas será satisfatória.

Baseado em seu trabalho Zanzi (2019) contempla todas as conclusões

anteriormente citadas na caracterização quanto aos fatores que dificultam os

profissionais a respeito da proteção radiológica. Através dele pode ser citada a

ausência de cursos de atualização em serviços, falta de domínio de conhecimento

da legislação e a falta do cumprimento das leis pelos estabelecimentos de saúde. No

que se refere à segurança ocupacional ainda pode ocorrer à ausência de materiais

de dosagem da radiação em quantidade e especificidade de equipamentos de

proteção individual (EPIs).

Com o presente trabalho os resultados mostraram a importância da proteção

radiológica, sendo um método de segurança indispensável para preservar a saúde

do profissional e do paciente, revelando a importância da implantação do Programa

de Garantia de Qualidade em Radiologia. Possibilitando mostrar através de artigos

de pesquisa descrever os fatores que dificultam o seguimento das medidas de

autoproteção por parte dos profissionais no setor radiológico, destacando a

importância de conhecer o limite da exposição ocupacional, controlados pela portaria

453 do ministério da saúde.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Viu-se, que a descoberta da radiação possibilitou uma serie de mudanças na

medicina trazendo benefícios em resultados de exames e diagnósticos. De fato, a

percepção do uso dos equipamentos de proteção requer certa preocupação do

profissional devido a sua exposição podendo causar efeitos negativos para a sua

saúde, já que se trata de um fator de risco físico.

É de extrema importância que seu uso seja racional e controlado, por isso,

profissionais que se utilizam dessa fonte de radiação, devem estar cientes de seus

riscos, e atentarem para a boa prática de seu uso. Assim, a melhor forma de se

utilizar adequadamente algo, é ter-se conhecimento pleno e atualizado daquilo que

nos propomos a trabalhar.

Deve-se aprimorar a formação dos profissionais na área de proteção

radiológica, além disso, cabe salientar que é importante a existência dos testes de

controle de qualidade, como preconiza a legislação rotineiramente, pois assim

evitaremos exposição desnecessária aos pacientes, acompanhantes e ao próprio

profissional das técnicas radiológicas.

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