FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E … Carlos Becker(3).pdf · Pensando na carência...
Transcript of FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E … Carlos Becker(3).pdf · Pensando na carência...
FACULDADE MERIDIONAL – IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO
Juan Carlo Becker
Arquitetura Comercial: Projeto de uma Concessionária Multimarca de Veículos Importados
Passo Fundo 2016
Juan Carlo Becker
Arquitetura Comercial: Projeto de uma Concessionária Multimarcas de Veículos Importados
Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar do Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação da professora Marina Dal Zot Von Meusel.
Passo Fundo
2016
Juan Carlo Becker
Arquitetura Comercial: Projeto de uma Concessionária Multimarcas de Veículos Importados
Banca Examinadora:
Profª. Marina Dal Zot Von Meusel – Orientadora
Profª. Me. Renata Postay, - Integrante
Profª. Me Linessa Bosato - convidado
Passo Fundo 2016
iii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por ter me guiado por esse caminho tão importante na minha vida. A esta Faculdade, seu corpo docente, direção e administração, de grande importância em toda essa trajetória. A minha orientadora Marina Dal Zot Von Meusel, polo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos, de grande valor para este trabalho. Ao meus pais, por seu amor, por seu apoio incondicional e incentivo para correr atrás de minha formação, fazendo com que ande com minhas próprias pernas. A minha família que deu todo o suporte e incentivo a vir atrás de minha formação. E a todos que direta e indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
iii
iv
Resumo O ramo de vendas de automóveis vem crescendo ao longo dos anos no Brasil e no mundo. As concessionárias cada vez mais estão especializadas em determinadas marcas de veículos e voltam-se para atender os consumidores de diferentes classes sociais. Dentro deste contexto, as lojas de automóveis importados aparecem com destaque no mercado brasileiro e atendem um público de média e alta classe social. A cidade de Passo Fundo possui carência de concessionárias de veículos importados, fazendo com que, muitas vezes os consumidores se desloquem para cidades de grande porte a fim de alcançar os automóveis desejados. O presente projeto tem o objetivo de oferecer a região da cidade de Passo Fundo uma concessionária de veículos que atenderá as marcas Land Rover, Audi, Volvo, BMW e Mini. O projeto desenvolvido oferece suporte para as determinadas marcas e espaço de exposição de lançamento de automóveis novos para os amantes de automobilismo. Palavras chaves: Veículos, vendas, atração, suporte, arquitetura comercial, requinte, sofisticação.
v
Abstract
The car sales industry has grown over the years in Brazil and worldwide. Concessionaires are increasingly specialize in certain makes of vehicles and turn to meet the consumers of different social classes. Within this context, the imported car dealers featured prominently in the Brazilian market and meet an audience of middle and upper class. The city of Passo Fundo has shortage of imported vehicles dealers, causing often consumers moving to large cities in order to achieve the desired car. This project aims to provide the region of the city of Passo Fundo a dealership of vehicles that meet the brand Land Rover, Audi, Volvo, BMW and Mini. The project developed supports for certain brands and launching exhibition space of new cars for motorsport lovers.
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Imagem de satélite. ................................................................................................. 3
Figura 2: Declividade do terreno. ........................................................................................... 3
Figura 3: tabela da revista ANFAEVEA sobre a história da associação automobilística. ........ 5
Figura 4 Concessionária da Ferrari SP. ................................................................................. 6
Figura 5: Imagem de satélite mostrando implantação da concessionária............................... 7
Figura 6: concessionária Hyundai. ......................................................................................... 7
Figura 7: Imagem de satélite. ................................................................................................. 8
Figura 8: Concessionária Citroën C-42 .................................................................................. 8
Figura 9: Imagem de satélite localizando-a. ........................................................................... 9
Figura 10: Elementos arquitetônicos Concessionária Maserati e Ferrari ................................ 9
Figura 11: Elementos arquitetônicos pavilhão Hyundai. ....................................................... 10
Figura 12: Elementos arquitetônicos C-42 ........................................................................... 10
Figura 13: Concessionária Maserati e Ferrari perspectiva de implantação .......................... 11
Figura 14: Pavilhão Hyundai e entorno imediato. ................................................................. 11
Figura 15: C-42 e entorno imediato ...................................................................................... 11
Figura 16: Relação entre a malha urbana. ........................................................................... 12
Figura 17: Edificação e espaços abertos. ............................................................................ 12
Figura 18: Relação da edificação com entorno. ................................................................... 12
Figura 19: Integração com área externa. ............................................................................. 13
Figura 20: Utilização dos espaços externos. ........................................................................ 13
Figura 21: Diferente Percepção. .......................................................................................... 13
Figura 22: Implantação concessionária. ............................................................................... 13
Figura 23:Planta de Implantação ......................................................................................... 14
Figura 24: Corte de demonstração de implantação. ............................................................. 14
Figura 25: Corte esquemático. ............................................................................................. 15
Figura 26: Planta baixa subsolo zoneada. ........................................................................... 15
Figura 27: Planta baixa pavimento térreo zoneado. ............................................................. 16
Figura 28: Planta baixa mezanino zoneado. ........................................................................ 16
Figura 29: Planta baixa térreo zoneada. .............................................................................. 17
Figura 30: Planta baixa mezanino zoneada. ........................................................................ 17
Figura 31: Planta baixa primeiro pavimento zoneada. .......................................................... 18
Figura 32: planta baixa ultimo pavimento zoneada. ............................................................. 18
Figura 33: forma e composição concessionária Maserati e Ferrari. ..................................... 19
Figura 34: Forma e composição Pavilhão Hyundai. ............................................................. 20
Figura 35: Forma e composição C-42. ................................................................................. 20
Figura 36: Estrutura Metálica. .............................................................................................. 21
v
vii
Figura 37: Pavilhão Hyundai. ............................................................................................... 22
Figura 38: concessionária Citroën C-42. .............................................................................. 22
Figura 39: Estrutura da edificação. ...................................................................................... 23
Figura 40: Estrutura da edificação. ...................................................................................... 23
Figura 41: Estrutura da edificação. ...................................................................................... 24
Figura 42: Localização da região ......................................................................................... 25
Figura 43: perímetro da cidade e principais marcações. ...................................................... 25
Figura 44 Localização do lote. ............................................................................................. 26
Figura 45: Mapa de cheios e vazios da ocupação do solo. .................................................. 26
Figura 46: Skyline do terreno em estudo. ............................................................................. 27
Figura 47: Mapa do sistema viário. ...................................................................................... 27
Figura 48: Corte esquemático da RS-153 e perimetral Sul. ................................................. 28
Figura 49: Mapa de uso e ocupação do solo ....................................................................... 28
Figura 50: Gráfico de uso e ocupação do solo. .................................................................... 29
Figura 51: Mapa das alturas das edificações ....................................................................... 29
Figura 52: Gráfico das alturas das edificações..................................................................... 30
Figura 53: Mapa de infraestrutura urbana ............................................................................ 31
Figura 54: Mapa de linhas de transporte coletivo ................................................................. 31
Figura 55: Mapa de linhas de transporte coletivo ................................................................. 31
Figura 56: Mapa de linhas de transporte coletivo ................................................................. 32
Figura 57: Mapa de linhas de transporte coletivo ................................................................. 32
Figura 58: Mapa de linhas de transporte coletivo ................................................................. 32
Figura 59: Dimenção da área de implantação ...................................................................... 33
Figura 60: Analise topográfica da área de implantação ........................................................ 33
Figura 61: Corte AA, de analize de do terreno de implantação. ........................................... 34
Figura 62: Perspectiva do terreno em estudo. ..................................................................... 34
Figura 63: Imagem interna do terreno em estudo. ............................................................... 34
Figura 64: Imagem interna do terreno em estudo. ............................................................... 35
Figura 65: Imagem interna do terreno em estudo. ............................................................... 35
Figura 66: Imagem interna do terreno em estudo. ............................................................... 35
Figura 67: Vetor /de batimentos cardíacos. ............................................................................ 4
Figura 68: Localização do terreno. ......................................................................................... 5
Figura 69: faces do terreno. ................................................................................................... 5
Figura 70: demostração de revendas de veiculos na região analizada. ................................. 6
Figura 71: Croqui esquemático. ............................................................................................. 6
Figura 72: Elevação da edificação. ........................................................................................ 1
Figura 73: elevador de carga para veículos. .......................................................................... 1
viii
Figura 74: integração dos espaços internos. .......................................................................... 2
Figura 75: Marcação de acesso. ............................................................................................ 2
Figura 76: Perspectiva do ...................................................................................................... 3
Figura 77: Área interna do terreno. ........................................................................................ 3
Figura 78: Perspectiva do terreno. ......................................................................................... 3
Figura 79: Perspectiva do terreno. ......................................................................................... 3
Figura 80: Localização do ...................................................................................................... 4
Figura 81: Área interna do terreno. .................................................................................... 4
Figura 82: Proposta 01. ......................................................................................................... 5
Figura 83: proposta 02. .......................................................................................................... 6
Figura 84: Proposta 03. ......................................................................................................... 7
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Tabela de fluxos da edificação. ............................................................................ 16
Tabela 2: Fluxograma pavilhão Hyundai. ............................................................................. 17
Tabela 3: Fluxograma C-42 ................................................................................................. 19
Tabela 4: Organograma proposto. ......................................................................................... 2
Tabela 5: Fluxograma Proposto para pavimento térreo. ........................................................ 2
Tabela 6: Fluxograma proposto par subsolo. ......................................................................... 3
Tabela 7: Fluxograma Proposto para mezanino. .................................................................... 3
Tabela 8: Fluxograma proposto para segundo Pavimento. .................................................... 4
Tabela 9: Pré-dimensionamento. ........................................................................................... 5
x
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ...........................................................................................................vi
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1
1.1. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 1
1.2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 2
1.2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................... 2 1.2.2. Objetivos Específicos .................................................................................................. 2
1.3. DELIMITAÇÃO DO TEMA......................................................................................... 2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................................... 4
2.1. PROJETO DE UMA CONCESSIONÁRIA MULTIMARCA DE VEÍCULOS
IMPORTADOS ................................................................................................................... 4
2.1.1. A importância do projeto de arquitetura contemporânea ............................................... 4 2.1.2. As concessionárias no Brasil ......................................................................................... 5
2.2. ESTUDO DE CASO .................................................................................................. 6
2.2.1. Ficha técnica dos projetos.............................................................................................. 6 2.2.2. Programa de caráter ...................................................................................................... 9 2.2.3. Implantação ..................................................................................................................11 2.2.4. Função..........................................................................................................................15 2.2.5. Forma ...........................................................................................................................19 2.2.6. Habitabilidade ...............................................................................................................21 2.2.7. Tecnologia ....................................................................................................................22 2.2.8. Conclusão dos estudos ................................................................................................24
3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇO .............................................................................25
3.1. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ...................................................... 25
3.1.1. Contextualização regional ............................................................................................25 3.1.2. Contextualização urbana..............................................................................................25 3.1.3. Analise da área de implantação ...................................................................................26 3.1.4. Mapa noli ......................................................................................................................26 3.1.5. Skyline Pincipal ............................................................................................................27 3.1.6. Infraestrutura: sistema viário ........................................................................................27 3.1.7. Uso e ocupação do solo ...............................................................................................28 3.1.8. Mapa de infraestrutura urbana Geral ...........................................................................30 3.1.9. Transporte ....................................................................................................................31
3.2. Área de implantação ............................................................................................... 33
3.3. Síntese da legislação geral e especifica do tema .................................................... 35
3.3.1. Plano diretor .................................................................................................................35 3.3.2. Código de obras ............................................................................................................. 2 3.3.3. Normatização especifica NBR ISSO 14001 ................................................................... 2 3.3.4. NBR 9050 ....................................................................................................................... 2 3.3.5. NBR 9077 ....................................................................................................................... 2
4. CONCETO E DIRETRIZ DO PROJETO ......................................................................................... 4
4.1. Conceito da proposta ................................................................................................ 4
4.2. Carta de intenções .................................................................................................... 4
4.3. Diretrizes do projeto .................................................................................................. 1
4.4. Diretrizes urbanas Propostas .................................................................................... 3
5. PARTIDO GERAL ........................................................................................................................... 5
xi
5.3 Programa de necessidades....................................................................................... 5
6. CONCLUSÕES ............................................................................................................................... 9
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................10
8. ANEXOS ........................................................................................................................................12
9. APÊNDICES ..................................................................................................................................13
1
1. INTRODUÇÃO
Segundo o DENATRAN (Departamento Nacional de Transito) no mês de janeiro
do ano de 2016 a cidade de Passo Fundo apresenta uma frota de 122.582 veículos
automotores, isso reflete um aumento de frota em relação ao mesmo período do ano
passado de 4.294 veículos, demonstrando o constante aumento da venda de
veículos na cidade. O desenvolvimento de uma concessionaria multimarcas de
veículos importados, vai além da venda e manutenção de veículos, tendo como
princípio a valorização do showroom visando um atrativo para eventos relacionados
ao tema, como exposição de novidades e lançamentos das marcas, pesando em
atingir o público de forma geral.
De certa maneira, apenas o showroom de uma loja não é o suficiente para atrair
os mais variados olhares. Desta forma a melhor maneira de chamar a atenção é
desenvolver um ambiente onde se valorize os veículos e por isso idealizar-se o
desenvolvimento de uma forma moderna e com total ares de contemporaneidade,
abusando do que o mercado oferece para em questão de estrutura e acabamentos e
considerando esta a melhor forma de apresentar veículos tão cobiçados por quem
aprecia essas maquinas, sem deixar de lado a visibilidade e uma ótima localização
perante a cidade de Passo Fundo RS, fazendo com que se torne uma edificação
como ponto de referência por sua arquitetura e por sua localidade.
1.1. JUSTIFICATIVA
Pensando na carência desse tipo de comércio na cidade, tanto na parte de
vendas como na parte de prestação de serviços, a concessionária vem a
acrescentar na cidade. O projeto não será pensado apenas para venda e reparos em
veículos, mas com um anexo com suporte para apresentação de novidades a serem
vendidas pelas marcas. Procurando o melhor local de implantação de uma
concessionária de veículos importados no interior do estado do Rio Grande do Sul,
conseguimos deduzir que a cidade de Passo Fundo, hoje se encontra como capital
do interior do estado sendo polo para cidades vizinhas e trazendo consumidores de
toda a região. Tudo isso faz da concessionária um investimento, conseguindo
atender toda a região.
2
1.2. OBJETIVOS
1.2.1. Objetivo Geral
Projetar uma edificação para atender da melhor forma uma concessionária
multimarcas de veículos importados com espaços para apresentação de novidades
na cidade de Passo Fundo e região.
1.2.2. Objetivos Específicos
Projetar uma edificação contemporânea e moderna para melhor
apresentação dos veículos.
Adotar um terreno com uma grande área pensando na utilização do
mesmo por completo.
Priorizar a escolha do terreno visando uma grande visibilidade para
avantajar a edificação e seu showroom.
Projetar a oficina para atender à necessidade das marcas.
Analisar a melhor disposição do showroom e da área de exposição para
que possa aproveitar da melhor do espaço e da visualização externa.
Propor acessos específicos para determinados setores.
Valorizar do acesso.
1.3. DELIMITAÇÃO DO TEMA
Projeto de uma concessionária de veículos importados, buscando o foco em um
público em geral com maioridade de dezoito anos, buscando implantar a edificação
no Brasil, estado do Rio Grande do Sul, cidade de Passo Fundo, Vila São Miguel, na
Av. Brasil Oeste com a Rodovia Transbrasiliana RS 153, setor 24, quadra 69, lote n°
13, situado na zona ZPU – Zona de Produção Urbana, cujo CA é de 0,8, o TO de 60
%, CID de 60 m² e LM de 300m². Possuindo amplo espaço livre, pouca vegetação de
porte e sem construções sobre o mesmo, com lindeiros em suas extremidades
sendo parte empresas prestadoras de serviço e residências unifamiliares, o terreno
assim, tem grande potencial para investimento, com sua ótima localização em um
3
dos acessos a cidade. Tudo isso é um estudo da declividade do terreno estão
presentes nas figuras 1 e 2 abaixo.
Figura 1: Imagem de satélite.
Fonte: Google maps < https://www.google.com.br/maps/@-28.2703855,-52.4399922,941m/data=!3m1!1e3>. 08 de março de 2016.
Figura 2: Declividade do terreno.
Fonte: autor, 2016.
4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. PROJETO DE UMA CONCESSIONÁRIA MULTIMARCA DE
VEÍCULOS IMPORTADOS
2.3.1 A importância do projeto de arquitetura contemporânea
Segundo Lima, (2010), no livro Percepção Visual Aplicada a Arquitetura e
Iluminação, a percepção visual sobre o efeito da iluminação vem acrescentar e
treinar nosso olhar para entender nosso entorno. Sendo assim, devemos ter uma
certa educação para conseguirmos perceber o que nos cerca, olhando para entorno
de uma maneira alternativa da que estamos acostumados a ver. Com esse método
conseguimos analisar as teorias de Gestalt onde vem a tratar da percepção visual da
arquitetura e da iluminação, fazendo com que a luz faça parte do projeto, mostrando
toda sua imponência seja ela natural seja ela artificial, em ambientes abertos ou
fechados a luz e mais uma ferramenta do arquiteto, para que possa transmitir
sensações aos espectadores.
Segundo Corbella et.al, (2003). No livro Em Busca de uma Arquitetura Sustentável
Para os Trópicos, o arquiteto é responsável pela alteração dos espaços, pensando
nos benefícios que trará aos usuários, utilizando o que há disposição na questão
construtiva. Uma arquitetura sustentável baseia-se na integração dos espaços com a
totalidade do meio ambiente, com o objetivo de tornar esses espaços integrados e
assim fazer parte de conjunto maior.
Segundo Waterman, (2010). O livro Fundamentos de paisagismo, falando de
paisagismo conseguimos abranger uma série de questões, hoje os paisagistas
atuam em várias frentes, alterando a configuração das cidades, seja em um jardim
no quintal de uma casa seja em uma área urbana, mas a grande importância disto e
entender o porquê disso, visualizando a arquitetura paisagística como um contexto,
um diferente do outro. O paisagismo vem a integrar os espaços projetados com o
seu entorno, seja em um contexto social, ambiental, histórico, cultural entre outros. A
integração com o ambiente envolve diversas áreas fazendo com que o arquiteto
paisagista relacione seu trabalho com outros profissionais, assim desempenhando
um papel fundamental, solucionando alguns problemas que hoje enfrentamos como
5
lidar com questões climáticas e desenvolver comunidades sustentáveis entre outros,
fazendo com que o paisagismo se torne parte das cidades.
2.1.2. As concessionárias no Brasil
No princípio onde começavam as primeiras concessionarias, tinham como ponto de
partida de uma oficina mecânica ou algo do gênero. Com o passar do tempo foi-se
extinguindo este modelo, separando concessionária de oficina. Segundo a
ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores 2006,
pg. 82): “Isto hoje apresenta novo perfil, mais enxuto e voltado para o pós-venda.
Trata-se de uma volta às origens, na avaliação dos próprios distribuidores”.
Sendo assim percebe-se que a prestação de serviços de reparos vem a ser
indispensável quando se fala em revenda de veículos automotores em tempos
atuais.
A figura 3 abaixo demonstra um pouco da história sobre associações
automobilísticas, leis que marcaram época e o princípio da importação e venda de
veículos no Brasil.
Figura 3: tabela da revista ANFAEVEA sobre a história da associação automobilística.
Fonte: Site da ANFAVEA, < http://www.anfavea.com.br/ >. 23 de março de 2016.
1910
1920
Anos 50
1961
1965
1966
1967
1967
1972 / 74
1973
1975
1977
1978
1979
1979
1979
1983
1989
1990
1995
Agentes importadores começam a vender carros.
Surgem os primeiros revendedores autorizados.
Novos contratos de concessão.
Presidente João Figueiredo sanciona a Lei n° 6.729 (Ferrari).
Ambreve realiza em brasília seu primeiro congresso nacional.
Criada a Acovesp, Associação dos concessionários de veículos de São Paulo.
Fundada a Abrave, Associação brasileira de revendedores autorizados de veículos.
Abrave forma comição interna de estudos.
Abrave cria diretoria de relações com as fabricantes.
Instituidas as primeiras associações de marca.
Criada a Aladda, Associação Latino-América de Distribuidores de Veículos Automotores.
1° Congresso dos Revendedores Autorizados da Região de Brasília.
Renato Ferrari coordena texto para projeto de lei sobre indústria-concessionária.
Lei Ferrari aprovada no congresso Nacional.
Presidente Ernesto Geisel veta a lei Ferrari.
Distribuidores e fabricantes reapresentam texto cunjunto.
Primeira convenção da categoria.
Transformação da Ambeve em Fenabrev.
Lei n° 8.132 altera artigos da Lei 6.729 (governo Collor)
Novos fabricantes se instalam no pais e o setor reestrutura.
Fonte fenabreve ( Federação Nacional de Veicúlos Aotomotores )
6
Segundo a ABEIFA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos
Automotores), o período de janeiro a dezembro do ano de 2015 foram vendidos no
Brasil 59.975 veículos automotores, formando um comparativo entre o mês de
janeiro e fevereiro do ano de 2016 onde foram vendidos 6.543 veículos, em relação
ao mesmo período do ano de 2015 onde foram vendidos 11.836 veículos, houve
uma diminuição nas vendas de 5.293 veículos, e mesmo com a queda das vendas
nesse período do ano ainda se percebe uma quantia razoável de vendas
favorecendo e mantendo as concessionarias no mercado.
Segundo a ABEIFA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e
Fabricantes de Veículos Automotores), no período de janeiro a abril de 2016, foram
comercializados e emplacados 12.716 veículos importados, demonstrando todo mês
um crescimento na linha de vendas e motivando os comerciantes.
2.2. ESTUDO DE CASO
2.2.1 Ficha técnica dos projetos
I- Showroom Ferrari / /Maserati.
Noosfera projetos Especiais – José Wagner (autor); Fernando Casado, Gabriela
Lessa e Telma Portero (Arquitetos colaboradores). Área do terreno 1.641 m²,
Área construída 1.500 m². Conforme figura 4.
Figura 4 Concessionária da Ferrari SP.
Fonte: Site arcowab < https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016.
Localizado no Brasil estado de são Paulo, a concessionária da Maserati e Ferrari
se situa na cidade de são Paulo, na Av. Brasil esquina com a rua Venezuela. Conforme figura 5.
7
Figura 5: Imagem de satélite mostrando implantação da concessionária.
Fonte: Google Earth Pro, retirada pelo Autor, 2016.
II- Pavilhão Hyundai
Spadoni + associados – Francisco Spadoni (autor); Tiago Andradade
(coordenador), Carolina Mina Fukumoto, Fabiana Benine, Ricardo Canton
e Sabrina Chibani (colaboradores). Área do terreno: 5.248 m². Área
construída: 1.170 m². Conforme figura 6.
Figura 6: concessionária Hyundai.
Fonte: Site arcowab <https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo>. 23 de março de 2016.
Localizada no Brasil, estado de São Paulo, a concessionária Hyundai situa-se na
cidade de São Paulo, na Av. Morumbi esquina com Av. Dr. Chucri Zaidan. Conforme
figura 7.
8
Figura 7: Imagem de satélite.
Fonte: Google Earth Pro, retirada pelo Autor, 2016.
III- C – 42
Arquiteta Manuelle Gautrad
Área da Edificação 1.200 m²
Conforme figura 8.
Figura 8: Concessionária Citroën C-42
9
Fonte: Site retail design blog <http://retaildesignblog.net/2012/02/03/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-
by-manuelle-gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016.
Localizado no centro de Paris, França, na Rua Champs Elysee, número 42,
que origina a principal concessionária da Citroën na França. Conforme figura 9.
Figura 9: Imagem de satélite localizando-a.
Fonte: Site Google maps. <Https://www.google.com/maps/@48.869687,2.3090563,351m/data=!3m1!1e3?hl=pt-BR>.
23 de março de 2016.
2.2.2 Programa de caráter
Elementos Arquitetônicos Programa de
Necessidades
Pro
jeto
I
A concessionária possui foram as ortogonais sustentada por
uma malha metálica e com fechamentos por elementos
translúcidos e foscos, com fachas como vitrines para a
exposição dos veículos. Conforme figura 10.
Figura 10: Elementos arquitetônicos Concessionária Maserati e Ferrari
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-
ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016.
Acesso principal,
Showroom, Atendimento
/ vendasM Sala de
espera, Café, Copa, Box
de lavagem de veículos,
Espera / secagem,
Garagem,
Administrativo, Sala de
reuniões, Sala da
gerencia, Banheiros
10 P
roje
to II
Para essa concessionária foram utilizados elementos pré-
fabricados, sendo estrutura metálica e vidro os principais
componentes das fachadas possibilitando maior transparência,
sendo inspirada em um posto de gasolina desenhado por Mies
Van Der Rohe. Conforme figura 11.
Figura 11: Elementos arquitetônicos pavilhão Hyundai.
Fonte: Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo> 23 de março de 2016.
Showroom
Administração
Sala da gerencia
Sala de espera
Copa
Sala de reuniões
Sanitários
Apoio a recepção
Entrega de veículos
Pro
jeto
III
Uma antiga edificação da Rua Champs-Elysées na França, que
foi extinta para a concepção de um conceito totalmente
diferente ao entorno com vidro e com uma forma distinta que
lembra a logo da marca, trazendo um origami imenso até o topo
da edificação. No jogo entre o aço e o vidro, onde começa com
uma pele de vidro retilínea e continua com uma forma única
marcando a edificação na cidade. Conforme figura 12.
Figura 12: Elementos arquitetônicos C-42
Fonte: Site retail design blog <http://retaildesignblog.net/2012/02/03/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-by-manuelle-gautrand-architecture-paris/>. 23
de março de 2016.
Showroom
Recepção
Circulação Vertical
Banheiros
Administrativo
11
2.2.2 Implantação
Projeto I Projeto II Projeto III
Rela
çã
o c
om
a m
alh
a u
rba
na
A edificação possue um
nivel mais baixo onde reune
setores de apoio, que se
comunicam com a área
externa visualmente.
Conforme figura 13.
Figura 13: Concessionária Maserati e Ferrari perspectiva
de implantação
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finest
ra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-
2009>. 23 de março de 2016.
Surgindo ao meio de outras
edificações, a
concessionária reflete o
seu entorno de forma geral,
mas mantendo a identidade
e integrando com o
entorno. Conforme figura
14.
Figura 14: Pavilhão Hyundai e entorno imediato.
Fonte: Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestr
a/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo>
23 de março de 2016.
A edificação por si só destoa de
todo o resto do entorno, sendo
totalmente futurista. Para
amenizar esse distoamento a
decisizão de utilizar a cor da
marca para a parte interna em
grande parte, foi crucial para
amenizar esse contraste.
Conforme figura 15.
Figura 15: C-42 e entorno imediato
Fonte: Site retail design blog <http://retaildesignblog.net/2012/02/0
3/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-by-manuelle-
gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016.
12 E
sp
aço
s a
be
rto
s e
m r
ela
çã
o a
ma
lha
urb
ana
Com um recuo da
edificação, conseguimos
perceber o uso frontal da
edificação para arborização
e passeio público.
Conforme figura 16.
Figura 16: Relação entre a malha urbana.
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finest
ra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-
2009>. 23 de março de 2016.
A integração com o
entorno, trazendo um
ambiente translúcido e
incorporando junto ao
recuo do terreno, uma
calçada com revestimento
com pedra portuguesa.
Conforme figura 17.
Figura 17: Edificação e espaços abertos.
Fonte: Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestr
a/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo>
23 de março de 2016.
Por se situar-se em uma das mais
famosas ruas do mundo, onde as
edificações contam histórias, a
larga calçada em frente a enorme
vitrine se torna o marco para
relação entre a edificação e a
malha urbana. Conforme figura
18.
Figura 18: Relação da edificação com entorno.
Fonte: Site retail design blog <http://retaildesignblog.net/2012/02/0
3/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-by-manuelle-
gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016.
13 R
ela
çã
o e
xte
rno
e in
tern
o
Fachada transparentes
remetendo a vitrine, para
melhor percepção do
público externo, sem perder
as condições do conforto
ambiental. Conforme figura
19.
Figura 19: Integração com área externa.
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finest
ra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-
2009>. 23 de março de 2016.
Manter uma continuidade
do espaço urbano e as
configurações do local.
Conforme figura 20.
Figura 20: Utilização dos espaços externos.
Fonte: Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestr
a/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo>
23 de março de 2016.
A relação extena se da com o
contraste da edificação com o
entorno onde internamente se
vivencia uma arquitetura
completamente diferente da
externa. Conforme figura 21.
Figura 21: Diferente Percepção.
Fonte: Site retail design blog <http://retaildesignblog.net/2012/02/0
3/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-by-manuelle-
gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016.
Projeto I, concessionária Maserati e Ferrari, planta de implantação na malha
urbana da demonstrando acessos e elementos complementares. 1 Acesso principal /
2 Térreo / 3 Jardim no subsolo com piso permeável / 4 Jardim sobre a laje
impermeável / 5 Jardim no térreo / 6 Passeio / 7 Acesso secundário. Conforme figura
22.
Figura 22: Implantação concessionária.
14
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016, imagem alterada pelo autor.
Projeto II, Pavilhão Hyundai, demonstrando planta de implantação com
indicação de acesso e elementos complementares. 1 Acesso de veículos / 2 Acesso
Principal / 3 Acesso secundário / 4 Acesso secundário. Conforme figura 23.
Figura 23:Planta de Implantação
Fonte: Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo> 23 de março de 2016, imagem alterada pelo autor.
Projeto III, C-42, corte representando implantação da edificação no terreno,
com detalhe de circulação vertical acesso. Conforme figura 24.
Figura 24: Corte de demonstração de implantação.
Fonte: Site retail design blog <http://retaildesignblog.net/2012/02/03/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-by-manuelle-gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016, imagem modificada pelo
autor.
15
2.2.3 Função
Projeto I, concessionária Maserati e Ferrari, com corte esquemático na figura
25, explicando setorização da edificação com devida legenda, em conjunto com
as imagens 26, 27 e 28.
Figura 25: Corte esquemático.
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016, imagem alterada pelo autor.
Figura 26: Planta baixa subsolo zoneada.
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016, imagem alterada pelo autor.
16
Figura 27: Planta baixa pavimento térreo zoneado.
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016, imagem alterada pelo autor.
Figura 28: Planta baixa mezanino zoneado.
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016, imagem alterada pelo autor.
Tabela 1, com indicação do fluxo interno da edificação analisada.
Tabela 1: Tabela de fluxos da edificação.
17
Fonte: autor, 2016.
Projeto II, pavilhão Hyundai, com plantas baixas zoneadas, facilitando o
entendimento do fluxograma com devida legenda, demonstrada nas figuras 29 e 30.
Figura 29: Planta baixa térreo zoneada.
Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo> 23 de março de 2016, imagem alterada pelo autor.
Figura 30: Planta baixa mezanino zoneada.
Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo> 23 de março de 2016, imagem alterada pelo autor.
Tabela 2, Fluxograma, pavilhão Hyundai, com indicação de fluxo interno.
Tabela 2: Fluxograma pavilhão Hyundai.
Fonte: autor, 2016.
18
Projeto III, C-42, planta baixa com zoneamento, nas figuras 31 e 32 com devidas legendas.
Figura 31: Planta baixa primeiro pavimento zoneada.
Fonte: Site retail design blog <http://retaildesignblog.net/2012/02/03/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-by-manuelle-gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016, imagem modificada pelo
autor.
Figura 32: planta baixa ultimo pavimento zoneada.
Fonte: Site retail design blog <http://retaildesignblog.net/2012/02/03/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-by-manuelle-gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016, imagem modificada pelo
autor.
Fluxograma, demostrando deslocamento dentro da edificação
denominada C-42. Conforme tabela 3.
19
Tabela 3: Fluxograma C-42
Fonte: autor, 2016.
2.2.4 Forma
Estudo I - Segundo CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. Editora
Martins Fontes. São Paulo, 1998, afirma-se que a relação dos espaços desta
edificação se situa como aglomerada, onde possui uma característica visual comum.
Estudo II - Segundo Segundo CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e
ordem. Editora Martins Fontes. São Paulo, 1998, podemos classificar a edificação
com uma forma em malha, pois mantem a disposição dos ambientes mesmo tendo
uma planta em L.
Estudo III - Segundo Segundo CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e
ordem. Editora Martins Fontes. São Paulo, 1998, afirma-se que o espaço possui uma
forma aglomerada, pois seus ambientes diferenciados tendem a demonstrar essa
forma.
Estudo I - Sendo uma estrutura formada por aço, vidro e alvenaria, percebe-se
perfeitamente uma hierarquia entre os elementos demarcando muito bem a fachada
principal. Conforme figura 33.
Figura 33: forma e composição concessionária Maserati e Ferrari.
20
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-
ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016.
O Pavilhão Hyundai em São Paulo, fornece um ritmo em sua forma por sua
fachada de vidro inteiriça os pilares metálicos marcam um elemento simétrico na
edificação. Conforme figura 34
Figura 34: Forma e composição Pavilhão Hyundai.
Fonte: Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo> 23 de março de 2016.
A forma da fachada desta edificação baseia-se na logo da marca, formando
uma complexidade na fachada, onde a dificuldade da formação da mesma é vencida
graças a estrutura metálica. Conforme figura 35.
Figura 35: Forma e composição C-42.
Fonte: Site retail design blog
<http://retaildesignblog.net/2012/02/03/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-
by-manuelle-gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016.
Estudo I - Como a composição encontra-se em nível térreo o acesso a
edificação também é pelo térreo.
21
Estudo II - Apesar da elevação da edificação, não teve maiores dificuldades
para resolver a questão dos acessos, vencendo-os com rampas e escadas.
Estudo III - Sendo uma Concessionaria localizada em uma rua bastante
movimentada, com um terreno plano e a edificação verticalizada, não se encontram
problemas para acessar o edifício.
2.2.5 Habitabilidade
Estudo I - A edificação foi projetada para mostrar ao público externo os
mostruários do showroom, sendo assim uma fachada de vidro e aço foram utilizados
para obter esse resultado, mas sem perder o foco no conforto ambiental dentro da
edificação. Dessa forma origina-se vãos protegidos por chapas de vidro ou chapas
de aço inox. Também se destaca duas asas com estrutura de aço, nela fachada e
cobertura se tornam uma só. Conforme figura 36.
Figura 36: Estrutura Metálica.
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-
loja-ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016.
Estudo II - Com uma forma onde suas principais fachadas são inteiramente
revestidas por vidro, foi utilizado um sistema de ar condicionado central para
refrigeração do mesmo, de uma maneira convencional. Conforme figura 37.
22
Figura 37: Pavilhão Hyundai.
Fonte: Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-
hyundai-sao-paulo> 23 de março de 2016.
Estudo III - A fachada da edificação onde marca o acesso, é o enfoque
principal da obra. Foram utilizados vidro e metal para compô-la, desta maneira
permitiu com que o arquiteto desenvolvesse uma fachada, onde remete inteiramente
logomarca da empresa, dando a edificação a cara da marca de veículos. Conforme
figura 38.
Figura 38: concessionária Citroën C-42.
<Http://retaildesignblog.net/2012/02/03/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-
showroom-by-manuelle-gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016.
2.2.6 Tecnologia
Estudo I - Primeiramente a edificação estrutura-se em uma forma metálica,
em conjunto com vidro e o aço inox. As fachadas por sinal, executadas
artesanalmente, se encontram elementos de vedação que se fundem junto ao
revestimento, onde a malha metálica estrutural, serve também como parte da
23
vedação, fazendo com que o resultado final da fachada se une nestes três materiais.
Conforme figura 39.
Figura 39: Estrutura da edificação.
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016.
.
Estudo II - Toda modulada com estrutura metálica, a edificação recebeu uma
fachada de vidro inteiriça, onde segundo o arquiteto responsável integrou com todo o
entorno. Conforme figura 40.
Figura 40: Estrutura da edificação.
Fonte: Arcoweb < https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo> 23 de março de 2016.
Fonte: Site retail design blog
Estudo III - Toda parte tecnológica da edificação se resume no metal e no
vidro, onde foram possíveis dar forma ao edifício. Conforme figura 41.
24
Figura 41: Estrutura da edificação.
<http://retaildesignblog.net/2012/02/03/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-by-manuelle-gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016.
2.2.7Conclusão dos estudos
Dentre os três estudos, encontramos muitas semelhanças e diferenças, apesar de ser três propostas diferentes nos deparamos com o material empregado grande semelhança, dês da utilização do aço, do vidro e da estrutura metálica com sustentação, conseguindo se desdobrar mesmo com formas tão variadas e formando essas belas edificações.
25
3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇO
3.1. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
3.1.1Contextualização regional
Segundo dados do IBGE, Passo Fundo se localizado na região sul do Brasil, situando na região noroeste do Rio Grande do Sul, como cidade polo para região do Planalto Médio, sendo assim centro da mesorregião noroeste do Rio Grande do Sul, com 783,421 Km² da área territorial e uma população estimada para o ano de 2015 de 196.739 habitantes. Conforme figura 42.
Figura 42: Localização da região
Fonte: Autor, 2016.
3.1.2Contextualização urbana
Passo Fundo conta com seis principais vias de acesso à cidade, RS-324 para Marau, BR-285 para Mato Castelhano, RS-117 para Coxilha, RS–324 para Pontão, continuação da BR-285 para Carazinho e RS-153 para Ernestina. Na Figura 2 encontramos o mapa de passo fundo e seu perímetro demarcando as vias de acesso à cidade, principais avenidas, o centro da cidade e o terreno em estudo. Conforme figura 43.
Figura 43: perímetro da cidade e principais marcações.
26
Fonte: autor,2016.
3.1.3 Alise da área de implantação
O terreno em questão está localizado em um cruzamento de acesso a cidade RS-153 Via TransbrasiIiana, conhecido popularmente como o ‘‘Trevo da Caravela’’, conforme figura 44.
Figura 44 Localização do lote.
Fonte: autor,2016.
3.1.4 Mapa noli
Na figura 45, percebemos um contraste entre as edificações e a malha urbana, como uma proposta de percebermos os espaços cheios e vazios.
Figura 45: Mapa de cheios e vazios da ocupação do solo.
Fonte: autor, 2016.
27
3.1.5 Skyline Pincipal
Conseguimos perceber na figura 46, uma dimensão da grandiosidade do terreno em estudo.
Figura 46: Skyline do terreno em estudo.
Fonte: autor, 2016.
3.1.6 Infraestrutura: sistema viário
Na figura 47, demonstra um esquema realizado nas proximidades do entorno em relação a infraestrutura e o sistema viário, tendo como sua principal via a RS-153 e Perimetral Sul asfaltada, e via lateral com calçamento paralelepípedo. E figura 48 com cortes esquemáticos das vias.
Figura 47: Mapa do sistema viário.
Fonte: autor, 2016.
28
Figura 48: Corte esquemático da RS-153 e perimetral Sul.
Fonte: autor, 2016.
3.1.7 Uso e ocupação do solo
Na figura 49, conseguimos visualizar a predominância de residências em torno do terreno em estudo, mesclando com estabelecimentos comerciais e de uso misto.
Figura 49: Mapa de uso e ocupação do solo
Fonte: autor, 2016.
Na figura 50, se tem gráfico com os usos e ocupações no solo estudado,
visualizando uma predominância das residências unifamiliares.
29
Figura 50: Gráfico de uso e ocupação do solo.
Fonte: autor, 2016.
Na figura 51, encontra-se mapa com a altura das edificações, analisadas as
edificações com 1 pavimento, 2 pavimentos, 3 pavimentos e 4 pavimentos,
encontrando-se predominantemente as edificações de 1 pavimento.
Figura 51: Mapa das alturas das edificações
Fonte: autor, 2016.
Na figura 52, apresenta o gráfico com o índice das alturas das edificações da
área analisada.
30
Figura 52: Gráfico das alturas das edificações
Fonte: autor, 2016.
3.1.8 Mapa de infraestrutura urbana Geral
Em Passo Fundo a concessionaria distribuidora de água é a CORSAN, que
distribui água por meio de tubulações subterrâneas, o ponto de armazenagem mais
próximo ao terreno se localiza na Rua Bernardino Bento e na Avenida Zero Hora do
bairro Boqueirão. Apesar da empresa CORSAN que distribui água potável para
Passo Fundo ser a mesma que cuida da parte de esgoto na cidade, em nenhuma
das ruas analisadas no entorno do terreno tem encanamento de esgoto.
A rede elétrica é fornecida pela RGE e há cabos que passam por todas as vias
analisadas juntamente com postes de iluminação pública.
A rede de vegetação não tem um alinhamento previsto, assim se desdobram
entre as calçadas e fios dos postes de energia. Com uma vegetação forte próximo
aos fundos do terreno, encontramos novos quarteirões se abrindo entre a vegetação.
Na figura 53, encontramos o mapa de infraestrutura urbana com a devida
legenda de redes de água, esgoto, esgoto pluvial, rede elétrica e vegetação.
31
Figura 53: Mapa de infraestrutura urbana
Fonte: autor, 2016
3.1.9 Transporte
Figura 54, encontramos a linha de transporte coletivo Eddmundo Traim São José,
que atravessa a Passo Fundo pela Av. Brasil.
Figura 54: Mapa de linhas de transporte coletivo
Fonte: Site Coleurb, 2016.
Figura 55, demonstra linha de transporte coletivo Jerônimo Coelho Universidade, que passa pelo centro da cidade e bairros do seu entorno, atravessando a cidade de ponta a ponta.
Figura 55: Mapa de linhas de transporte coletivo
32
Fonte: Site Coleurb, 2016.
A figura 56, demonstra a linha de transporte coletivo Vila Umbú Bom Recreio, que tem por caminho a Av. Brasil.
Figura 56: Mapa de linhas de transporte coletivo
Fonte: Site Coleurb, 2016.
Figura 57, demonstra linha de transporte coletivo Vila Ricci Gardem, onde passa pelo centro, vido do Boqueirão sentido São Cristovam pela Av. Pr. vargas.
Figura 57: Mapa de linhas de transporte coletivo
Fonte: Site Coleurb, 2016.
Figura 58, demonstra linha de transporte coletivo São José Seminário, onde atravessa a Av. Brasil.
Figura 58: Mapa de linhas de transporte coletivo
Fonte: Site Coleurb, 2016.
33
3.2. Área de implantação
O terreno para implantação conforme figura 59, contém uma área total de 10.040,00 m², localizado no trevo de acesso a cidade de Passo Fundo RS-153.
Figura 59: Dimenção da área de implantação
Fonte: autor, 2016.
A figura 60, representa a declividade do terreno, tendo com sigo um histórico de
uma antiga edificação no local, o terreno encontra-se aterrado, vencendo todo o
desnível natural da área, fazendo com que na sua divisa abranja toda essa
declividade. Também são perceptíveis a posição solar e os ventos predominantes na
área.
Figura 60: Analise topográfica da área de implantação
Fonte: autor, 2016.
34
Figura 61, contém o corte esquemático do terreno de implantação demostrando
declividade da área.
Figura 61: Corte AA, de análise de do terreno de implantação.
Fonte: autor, 2016.
Figura 62, perspectiva do terreno de implantação, com arborização existente e
edificações do entorno.
Figura 62: Perspectiva do terreno em estudo.
Fonte: autor, 2016.
As figuras a seguir 63, 64, 65 e 66, representam uma ideia interna do terreno
demonstrando sua dimensão.
Figura 63: Imagem interna do terreno em estudo.
Fonte: autor, 2016.
35
Figura 64: Imagem interna do terreno em estudo.
Fonte: autor, 2016.
Figura 65: Imagem interna do terreno em estudo.
Fonte: autor, 2016.
Figura 66: Imagem interna do terreno em estudo.
Fonte: autor, 2016.
3.3. Síntese da legislação geral e especifica do tema
3.3.1 Plano diretor
A cidade de Passo Fundo possui diversas zonas com diferentes índices
urbanísticos, apropriando cada setor da cidade com suas devidas proporções,
fazendo com que a cidade cresça de maneira controlada. O terreno em questão
2
encontrasse na zona ZPU – Zona de Produção Urbana, cujo CA é de 0,8, o TO de
60 %, CID de 60 m² e LM de 300m. Estes condicionantes proporcionam uma
determinada metragem quadrada, segundo as especificações da prefeitura,
limitando a construção, tanto horizontal quanto vertical. O Coeficiente de
Aproveitamento (CA) do terreno consolida-se em 8.032 m² e a Taxa de Ocupação
(TO) 6.024 m², sendo assim a edificação não poderá passar destas condicionantes.
3.3.2 Código de obras
Tendo como base o código de obras de Passo Fundo, entende-se que o Art.
133 - quando existir manipulação de olhos e graxas junto a lavagem ou lubrificação
em oficinas mecânicas deverá ser incluso caixa separadora de óleo e lama.
3.3.3 Normatização especifica NBR ISO 14001
A norma NBR ISO 14001, 2004, traz com sigo o Sistema de gestão ambiental
- requisitos com orientação para uso, tendo em vista auxiliar em um melhor
desempenho ambiental correto por meio de impacto de suas atividades e do
desenvolvimento sustentável. Cada vez mais procurado por trazer controle de
impactos ambientais, diminuindo custos operacionais e melhorando a imagem da
empresa no mercado (Souza, 2008).
3.3.4 NBR 9050
Baseando-se nos princípios da norma 9050, com parâmetros técnicos a ser
considerado, para projetar espaços com acessibilidade universal para portadores de
necessidades especiais, como rampas de acesso, vagas de estacionamento
adequadas próximo aos pontos de acesso com espaçamento de no mínimo 1,2 m
para locomoção, sinalização vertical e no piso conforme norma.
3.3.5 NBR 9077
Trazendo esta norma com exigências e especificações, fundamentadas em
preservar a integridade física das pessoas que utilizam os espaços para
trabalho ou para visitação. Tendo em vista a saída rápida das pessoas e o fácil
acesso dos bombeiros em caso de incêndio. Trabalhando as saídas comuns
das edificações para que sirvam de saída de emergência
3
4
4. CONCETO E DIRETRIZ DO PROJETO
4.1. Conceito da proposta
Baseando-se nas linhas de um vetor, a ideia de transpor para a implantação
suas linhas retas e angulares, vem como uma marcação para a edificação.
Pensando na mistura da emoção, da fadiga, da ansiedade da adrenalina, quando se
pilota um veículo de grande potência, lembrando do aumento do batimento cardíaco
que passamos nesses momentos, traz a ideia de um vetor de batimento cardíaco,
para a base da edificação, conforme figura 67.
Figura 67: Vetor /de batimentos cardíacos.
Fonte autor, 2016.
4.2. Carta de intenções
O terreno para o desenvolvimento da concessionária encontra-se em um ponto de
acesso à cidade. Possui grande fluxo de veículos e grande visibilidade para a exposição de
um showroom. Conforme figura 68.
5
Figura 68: Localização do terreno.
Fonte: autor, 2016.
Situando em um trevo em cruzamento, apresenta duas faces principais para o
desenvolvimento da concessionaria, conseguindo desenvolver ambientes para as cinco
marcas a serem implantadas, conforme figura 69.
Figura 69: faces do terreno.
Fonte: Google maps < https://www.google.com.br/maps/@-28.2703855,-52.4399922,941m/data=!3m1!1e3>. 08 de março de 2016, imagem alterada pelo autor.
O desenvolvimento da concessionária, ocorre de acordo com a disposição da cidade,
onde se concentram uma maioria de concessionárias e revendas de veículos, voltando o
olhar da população, onde já acostumadas, remetem a essa região como o lugar para se
comprar carros. Conforme figura 70.
6
Figura 70: demostração de revendas de veiculos na região analizada.
Fonte: Google maps < https://www.google.com.br/maps/@-28.2703855,-52.4399922,941m/data=!3m1!1e3>. 08 de março de 2016.
Com grande insolação durante o dia, o pensamento de utilizar o segundo pavimento
avançado a fachada, proporciona um elemento com dupla funcionalidade, estendendo o
showroom e utilizando o espaço como um salão do automóvel para apresentação de
novidades e funcionando como um brise horizontal impedindo uma entrada significativa de
insolação no pavimento térreo. Como o terreno já foi fruto de uma outra edificação,
encontra-se terraplanado, desta forma o desnível natural não existe mais, assim nas
extremidades do terreno onde encontra-se os lindeiros, absorvem todo esse desnível.
A figura 71, demonstra um croqui esquemático sobre a ideia de concessionaria para o
local,
Figura 71: Croqui esquemático.
Fonte: autor, 2016.
1
A ideia é tratar os espaços internos e externos com uma certa sofisticação, pensando em
atrair um público mais requintado e com condições de adquirir o produto importado, sabendo
que de certa forma, o próprio ambiente seleciona seus consumidores.
4.3. Diretrizes do projeto
O Pavimento térreo elevado em relação ao terreno, para utilização do subsolo
com pé direito duplo deixando espaço para que o setor de serviço funcione
devidamente. Conforme figura 72.
Figura 72: Elevação da edificação.
Fonte: Site arcowab <https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo>. 23 de março de 2016.
Utilização de um elevador de carga para elevação dos veículos para o segundo
pavimento. Conforme figura 73.
Figura 73: elevador de carga para veículos.
Fonte: Site retail design blog <http://retaildesignblog.net/2012/02/03/%E2%80%9Cc42%E2%80%9D-citroen-showroom-
by-manuelle-gautrand-architecture-paris/>. 23 de março de 2016.
Ambientes internos integrados, mas diferenciados, demonstrando padronização
coerente com as marcas de veículos. Conforme figura 74.
2
Figura 74: integração dos espaços internos.
Fonte: Site Arch daily <http://www.archdaily.com.br/br/623650/showroom-eurobike-porsche-1-1-arquitetura-design>. 25 de abril de 2016.
Fachada marcante, mas com desenvoltura para inserção dos totens das marcas.
Conforme figura 75.
Figura 75: Marcação de acesso.
Fonte: Site Arcoweb <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-
garcia-loja-ferrari-17-11-2009>. 23 de março de 2016.
Estrutura da edificação pilares e vigas toda em estrutura metálica, permitindo
trabalhar com vãos mais amplos e vigas mais baixas.
Trabalhar com pele de vidro, fechamentos e divisões com drywall, chapa naval,
chapa verde para ambientes com humidade, aço cortem para revestimentos
externos, piso polido (cimento queimado). Na oficina trabalhar com pintura epóxi
no piso para melhor durabilidade e acabamento, porcelanato liquido no ambiente
showroom, brise no pavimento superior a ser definido. Acesso principal fachada
sudeste, com entrada diretamente na recepção do showroom com área de
vendas e setor administrativo, setor superior com salão do automóvel e subsolo
com setor de serviço.
3
4.4. Diretrizes urbanas Propostas
Problema
Problema Diretriz Estratégia Imagem
Trevo com
movimento de
veículos
intenso.
Facilitar o
acesso do
pedestre e
veículos.
Criar faixa
elevada e
repensar
acesso dos
veículos.
Figura 76: Perspectiva do
Terreno.
Fonte: autor, 2016.
Vegetação
existente.
Facilitar a
visualização do
showroom.
Reduzir
vegetação de
grande porte
nas fachadas
principais.
Figura 77: Área interna do terreno.
Fonte: autor, 2016.
Entorno. Destoar do
entorno.
Valorizar o
entorno da
edificação.
Figura 78: Perspectiva do terreno.
Fonte: autor, 2016.
Potencialidade
Potencialidade Diretriz Estratégia Imagem
Visibilidade Grande
visibilidade no
acesso à
cidade.
Valorização da
edificação.
Figura 79: Perspectiva do terreno.
Fonte: autor, 2016.
4
Localização. Facilitar a
localização.
Próximo as
outras
concessionárias
da cidade.
Figura 80: Localização do
terreno.
Fonte: autor, 2016.
Terreno. Aproveitamento
da
terraplanagem
já existente.
Facilitar a
implantação.
Figura 81: Área interna do terreno.
Fonte: autor, 2016.
5
5. PARTIDO GERAL
5.1 Programa de necessidades
O programa de necessidades encontra-se com os determinados ambientes
abaixo:
- Hall de entrada concessionaria
- Showroom Audi
- Showroom BMW
- Showroom Land Rover
- Showroom Mini Cooper
- Showroom Volvo
- Estar / Café
- Espaço de vendas
- Sala RH
- Sala Contabilidade
- Sala gerencia
- Sala de arquivo
- Sala de reunião
- Sala administrativa
- Almoxarifado
- Estoque de peças
- Atendimento de venda de peças
- Carga e descarga
- Sala dos funcionários
- Vestiário M e F
- DML
- Almoxarifado
- Oficina Audi
- Oficina BMW
- Oficina Land Rover
- Oficina Mini Cooper
- Oficina Volvo
- Seção de ferramentas
- Seção de MCD (Motor / Caixa /
Diferencial)
- Lavagem de veículos
- Lavagem de peças
- Hall de entrada para veículos
- Estacionamento
- Vestiário
- Salão de apresentação dos veículos.
- Auditório
- Sanitários
- Sala de apoio
- Elevador de carga
5.2 Organograma
2
A disposição dos setores se dará da seguinte forma, setor de recepção, setor de
exposição, setor de vendas, setor administrativo, setor de estoque e setor de
serviço. Conforme tabela 04.
Tabela 4: Organograma proposto.
Fonte: autor, 2016.
5.3 Fluxograma
Fluxograma representando Fluxo do 1° pavimeto da edificação, conforme tabela
05.
Tabela 5: Fluxograma Proposto para pavimento térreo.
Fonte: autor, 2016.
Fluxo grama representando fluxo de serviço da oficina no subsolo, conforme tabela
06.
3
Tabela 6: Fluxograma proposto par subsolo.
Fonte: autor, 2016.
Fluxo grama setor administrativo localizado no mezanino, conforme tabela 07.
Tabela 7: Fluxograma Proposto para mezanino.
Fonte: autor, 2016.
Fluxograma setor de exposição e sala de conferencia localizado no segundo
pavimento, conforme tabela 08.
4
Tabela 8: Fluxograma proposto para segundo Pavimento.
Fonte: autor, 2016.
5.4 Pré-dimensionamento
SETOR NOME DO COMPARTIMENTO MOBILIÁRIO NECESSARIO ÁREA UTIL EM m²
5 Shoroom Multimarcas
Espaço para quatro veículos mais
duas bancadas com cadeira para
atendimeto e quatro poltronas por
marca.
850
Gerencia Geral
Mesa para atendimento com
cadeira, duas poltronas e bancada
de apoio.
15
865
Atendimento venda de peçasbancada alta para dois atendentes
com cadeiras.20
Estoque de peças
Sala com prateleiras para estoque de
peças e mesa para controle interno
com cadeira.
100
Carga e descarga
Espaço para manobra de caminhão e
descarga de mercadoria com mesa
para controle e cadeira.
52
172
Almoxarifado Armário 15
Sanitários M/F Vaso, pia, mictório, espelho 12
Vestiário M/F Armário fechado, banco, espelho 12
Sala dos funcionariosCozinha, mesa para refeição, estar
com sofa e tv.28
DML Amário fechado 15
Deposito de Ferramenta
Bancada para manutenção das
ferramentas, armário fechado e
painel na parede para pindurar as
ferramentas.
50
Lavagem de peças
Espaço adequado para suporte de
motor, maquina de lavajato,
lavadora de peças e gradil para
secagem.
20
Lavagem de veículos Rampa e lava jato. 30
5 Box de Oficina Elevacar, mesa para apoio. 300
Seção MCDBancada para apoio, suporte para
motor, caixa e diferencial.20
CopaPia, Fogão, geladeira e Mesa para
lanche20
522
Setor de vendas
Setor de Estoque
Setor Serviço
Subtotal por setor em m²
Subtotal por setor em m²
Subtotal por setor em m²
5
Tabela 9: Pré-dimensionamento.
Fonte: autor, 2016.
5.5 Partido Geral – Zoneamento
Proposta 01
Figura 82: Proposta 01.
Fonte: autor, 2016.
Critérios Avaliação
Funcionalidade Fácil localização de acesso, tanto de serviço
tanto principal, visualização do showroom como
um todo bom aproveitamento do terreno, tanto do
solo quanto da posição solar.
Sala de reuniãoMesa para dez pessoas, cadeiras,
painel de tv e bancada para apoio.25
Sala GerenciaArmario, mesa, uma cadeira e duas
poltronas20
Sala RHDuas mesas, duas cadeiras e armário
para apoio23
Sala AdministrativaDuas mesas, duas cadeiras e armário
para apoio23
Sala da contabilidadeDuas mesas, duas cadeiras e armário
para apoio23
Sala de Arquivo Armário auto para porta arquivo. 20
134
Salão de exposição Espaço amplo e livre 400
Auditório Epaço para 35 pessoas 80
Elevador de carga para veiculos Elevador de carga 30
510
Recepção Showroom Bancada de atendimento 30
Recepção Mezanino Bancada de atendimento 15
Recepção Veículos Bancada de atendimento 25
Recepção Salão de exposição Bancada de atendimento 18
CaféMesa alta banquetas, mesa baixa e
cadeiras, armário para apoio.25
Estacionamento Vaga de veículo 10
123
2326
Setor Administrativo
Setor de Exposição
Total em m²
Subtotal por setor em m²
Subtotal por setor em m²
Seção de acessos
Subtotal por setor em m²
6
Forma Trabalhando uma forma mista com traços
angulares, horizontais e verticais, trazendo uma
composição aglomerada com adição e subtração
de elementos.
Sistema construtivo Formado por uma estrutura metálica, a ideia é
trabalhar com pele de vidro nas fachas principais
e sistema Drywall com chapa naval para as
demais fachadas e divisões internas.
Conclusões Baseia-se em uma subdivisão setorial bem
composta com seu programa de necessidades
atendendo a ideia arquitetônica do projeto.
Proposta 02
Figura 83: proposta 02.
Fonte: autor, 2016.
Critérios Avaliação
Funcionalidade Fácil localização de acesso, tanto de serviço
tanto principal, visualização do showroom como
um todo bom aproveitamento do terreno, tanto do
solo quanto da posição solar.
Forma Trabalhando uma forma reta com traços
horizontais e verticais, trazendo uma composição
aglomerada com adição e subtração de
elementos.
Sistema construtivo Formado por uma estrutura metálica, a ideia é
trabalhar com pele de vidro nas fachas principais
e sistema Drywall com chapa naval para as
7
demais fachadas e divisões internas.
Conclusões Baseia-se em uma subdivisão setorial bem
composta com seu programa de necessidades
atendendo a ideia arquitetônica do projeto.
Proposta 03
Figura 84: Proposta 03.
Fonte: autor, 2016.
Critérios Avaliação
Funcionalidade Fácil localização de acesso, tanto de serviço
tanto principal, visualização do showroom como
um todo bom aproveitamento do terreno, tanto do
solo quanto da posição solar.
Forma Trabalhando uma forma angular com traços
horizontais e verticais, trazendo uma composição
aglomerada com adição e subtração de
elementos.
Sistema construtivo Formado por uma estrutura metálica, a ideia é
trabalhar com pele de vidro nas fachas principais
e sistema Drywall com chapa naval para as
demais fachadas e divisões internas.
Conclusões Baseia-se em uma subdivisão setorial bem
composta com seu programa de necessidades
atendendo a ideia arquitetônica do projeto.
8
5.6
Trazendo as propostas para avaliação, a decisão de utilizar a proposta de
número 3, vem por melhor conversar com a ideia, e encaixar-se no terreno, pois
sendo de esquina frente a uma perimetral, tem com sigo a forma angular do projeto,
trazendo melhor visibilidade para a edificação e seu showroom.
9
6. CONCLUSÕES
Formando uma ideologia do desenvolvimento da concessionaria na cidade, conseguimos uma base de conhecimentos do setor e do ramo, para a implantação, dês da procura para o melhor lugar até o seu público alvo. Com a busca pelo conhecimento de outras obras traz ao projeto embasamento para a formação de sua estrutura interna e funcionamento, tendo um parâmetro com base na comparação dos projetos analisados. Estudando o entorno conseguimos perceber tudo o que cerca o terreno a ser edificado na questão de infraestrutura, sistema viário e edificações. Propondo diretrizes ao projeto conseguimos uma base para o desenvolvimento do projeto, nas questões de matérias, formas construtivas e propostas de edificação. Dando sequência, uma programação da edificação em relação a fluxos e pré-dimensionamento, dando base para a faze de projeto.
10
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MACULAN, L. S. Orientações para trabalhos de TCC. ed. São Paulo: Livraria Nobel, 1985.
LIMA, Mariana. Percepção visual aplicada a arquitetura e iluminação. São Paulo: Ciência Moderna Ltda, 2010.
CORDEBELLA, Oscar et al. Busca de uma Arquitetura Sustentável Para os Tropicos. São Paulo: Editora Revan, 2003.
WATERMAN, Tim. Fundamentos de Paisagismo. São Paulo: Editora Bookman, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos Sólidos - Clasificação. Rio de Janeiro: Abnt, 2004. 71 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14001: Sistema da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso.. Rio de Janeiro: Abnt, 2005. 27 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro: Impresso Brasil, 2001. 36 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: Abnt, 2015. 162 p.
ANUÁRIO DA INDUSTRIA AUTOMOBILÍSTICA BRASILEIRA: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. São Paulo: Published By, 2016.
INDUSTRIA AUTOMOBILÍSTICA BRASILEIRA. [s.l.]: [s.n.], [2006?].
LEITE, João. O mercado está puxando para cima. 2015. Disponível em: <http://omundoemmovimento.blogosfera.uol.com.br/2015/10/21/o-mercado-esta-puxando-pra-cima/>. Acesso em: 21 maç. 2016.
SILVA, Cleide. Na contramão do setor, mercado de carro de luxo cresce 18% no ano. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,na-contramao-do-setor-mercado-de-carros-de-luxo-cresce-18-no-ano,1687102>. Acesso em: 14 maio 2016.
MOTONAUTA, Equipe et al. Concessionárias de automóveis do segmento Premium investem em projetos arquitetônicos. 2013. Disponível em: <http://www.motonauta.com.br/concessionarias-de-automoveis-do-segmento-premium-investem-em-projetos-arquitetonicos/>. Acesso em: 22 mar. 2016.
LEAL, Ledy Valporto. Spadoni + Associados: Pavilhão Hyundai: PAINÉIS DE VIDRO EM PERFIS METÁLICOS. Publicada originalmente em Finestra na Edição 62. Disponível em: <https://arcoweb.com.br/finestra/spadoni--associados-pavilhao-hyundai-sao-paulo>. Acesso em: 23 mar. 2016.
PAIVA, Cida. José Wagner Garcia: Loja Ferrari e Maserati, São Paulo: PAINÉIS DE INOX E VIDRO CRIAM FILTROS DE LUZ. Publicada originalmente em Finestra na Edição 58. Disponível em: <https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/jose-wagner-garcia-loja-ferrari-17-11-2009>. Acesso em: 23 mar. 2016.
11
MARSH, Julian. CITROËN ON THE CHAMPS ELYSÉES: BACK TO THE FUTURE. Disponível em: <http://www.citroenet.org.uk/miscellaneous/champselysees/paris-showroom.html>. Acesso em: 23 mar. 2016.
DELAQUA, Victor. Showroom Eurobike - Porsche / 1:1 arquitetura:desig. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/623650/showroom-eurobike-porsche-1-1-arquitetura-design>. Acesso em: 26 abr. 2016.
FENABREVE. Federção nacional da distribuição de veículos automotivos. Disponível em: <http://www3.fenabrave.org.br:8082/plus/modulos/listas/index.php?tac=indices-e-numeros&idtipo=1&layout=indices-e-numeros>. Acesso em: 26 abr. 2016.
12
8. ANEXOS
13
9. APENDICES
Partido Geral do Projeto da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade
Meridional – IMED. (Prancha).
PRANCHA 01
Apresentação do tema e delimitações.
PRANCHA 02
Conceito e programa de necessidades.
PRANCHA 03
Planta de implantação.
PRANCHA 04
Planta baixa primeiro pavimento.
PRANCHA 05
Planta baixa Subsolo.
PRANCHA 06
Planta baixa segundo pavimento.
PRANCHA 07
Corte AA e BB e Fachada Leste.
PRANCHA 08
Imagens volumétricas em 3D.
PRANCHA 09
Imagens volumétricas em 3D.