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FACULDADE TECSOMA Administração de Empresas Árina Aparecida Silva Carvalho QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: um estudo de caso na DG Conservadora LTDA - Paracatu/MG Paracatu/MG 2012

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FACULDADE TECSOMA Administração de Empresas

Árina Aparecida Silva Carvalho

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: um estudo de caso na DG Conservadora LTDA - Paracatu/MG

Paracatu/MG 2012

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Árina Aparecida Silva Carvalho

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: um estudo de caso na DG Conservadora LTDA – Paracatu/MG

Monografia apresentada à disciplina Metodologia do Estágio Supervisionado II ministrada pelo Professor Geraldo B. B. de Oliveira como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração pela Faculdade Tecsoma de Paracatu-MG.

Orientador: Prof. Alan Kardec Guimarães Júnior.

Paracatu/MG

2012

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Carvalho, Árina Aparecida Silva Qualidade de Vida no Trabalho: um estudo de caso na DG Conservadora

Ltda – Paracatu-MG. / Árina Aparecida Silva Carvalho. Paracatu, 2012 94f. Orientadora: Alan Kardec Guimarães Júnior Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Bacharel em

Administração 1. Gestão de pessoas. 2. Qualidade de vida no trabalho. 3. Saúde do

trabalhador. I. Guimarães Júnior, Alan Kardec. II. Faculdade Tecsoma. III. Título.

CDU: 658.3

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Árina Aparecida Silva Carvalho

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: um estudo de caso na DG Conservadora Ltda - Paracatu/MG

Monografia apresentada ao Curso de Administração da Faculdade Tecsoma de Paracatu – Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Alan Kardec Guimarães Júnior (Orientador Teórico) – Faculdade

Tecsoma

Geraldo B. B. de Oliveira (Orientador Metodológico) – Faculdade Tecsoma

Fernando Antônio Antunes (Coordenador do Curso) – Faculdade Tecsoma

Professor Convidado

Paracatu/MG, 06 de Julho de 2012.

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Dedico esse trabalho à minha mãe que na

sua sabedoria infinita, soube acalentar-me

nos momentos que achei que não seria mais

possível a caminhada e a minha família que

soube compreender minhas ausências,

quando desejavam que estivesse presente.

Vocês são meu porto seguro, jamais teria

vencido uma batalha sequer sem esse amor

dedicado a mim.

Amo vocês!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por sua fidelidade em minha vida.

Ao meu pai, por seu exemplo de vida.

À minha mãe, por toda a sua dedicação e suas orações.

Aos meus irmãos Walber, Arilson, Ariádna e Ariana que sempre me

apoiaram e incentivaram para que não desistisse nunca. Meu irmão Arilson

obrigada por me “obrigar” a entrar na faculdade, você é meu exemplo de líder.

Aos meus sobrinhos e afilhados Emanuelle, Walber Felipe, Samuel e

Lucas pelo amor a mim dedicado; eu amo vocês.

Aos meus tios Antônio e Dininha; e por fim a todos que me apoiaram

durante todos esses anos, a vocês minha gratidão eterna.

Agradeço também aos que no inicio do curso eram apenas colegas e no

decorrer da nossa caminhada tornaram amigos de verdade: Eliana, Eraldo,

Hassan e Sandra.

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LISTA DE SIGLAS

ARH – Administração em Recursos Humanos

BEO – Bem Estar Organizacional

BEO – Bem Estar Organizacional.

CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.

DO – Diagnóstico Organizacional.

GQVT – Gestão de Qualidade de Vida no Trabalho

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.

IDS – Índice de Desenvolvimento Social

OMS – Organização Mundial da Saúde.

ONU – Organização das Nações Unidas.

PIB – Produto Interno Bruto

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

QV – Qualidade de Vida

QVT – Qualidade de Vida no Trabalho

RH – Recursos Humanos

TST - Tribunal Superior do Trabalho

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Cronograma das Atividades ...................................................... 24

FIGURA 2 – Organograma da Empresa DG Conservadora Ltda .................. 28

FIGURA 3 – Organograma básico do setor de RH ........................................ 35

FIGURA 4 – Competência do Bem Estar Organizacional .............................. 49

FIGURA 5 – Indicadores de QVT de acordo com Walton .............................. 51

FIGURA 6 – Indicadores Empresariais de GQVT – Limongi-França ............. 64

FIGURA 7 – Cronograma de implantação do projeto de QVT na DG Conservadora ............................................................................ 86

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Recursos humanos utilizados no projeto monográfico .............. 25

TABELA 1 – Valor total do projeto ................................................................. 25

TABELA 2 – Recursos materiais utilizados no projeto monográfico .............. 25

TABELA 4 – Valor total do projeto ................................................................. 26

TABELA 5 – Divisão do capital social da DG Conservadora Ltda ................. 27

TABELA 6 – Custos para implantação do Projeto de QVT na DG Conservadora ............................................................................ 85

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Gênero dos participantes da pesquisa, DG Conservadora, 2012 ...................................................................................... 68

GRÁFICO 2 – Faixa etária dos participantes da pesquisa, DG Conservadora, 2012 .............................................................. 68

GRÁFICO 3 – Tempo de trabalho dos participantes da pesquisa, DG Conservadora, 2012 .............................................................. 69

GRÁFICO 4 – Grau de escolaridade dos entrevistados, DG Conservadora, 2012 ...................................................................................... 69

GRÁFICO 5 – Entrevistados da DG Conservadora, questionados quanto a estudar atualmente ............................................................... 70

GRÁFICO 6 – Disponibilização de equipamentos e materiais necessários para as tarefas ....................................................................... 70

GRÁFICO 7 – Associação do trabalho a algum desgaste emocional e/ou sofrimento psicológico ........................................................... 71

GRÁFICO 8 – Oferta de local de trabalho limpo agradável e organizado .... 72

GRÁFICO 9 – Jornada de trabalho adequada aos padrões legais .............. 72

GRÁFICO 10 – Interferência da jornada de trabalho na vida particular ......... 73

GRÁFICO 11 – Existe liberdade para planejar as prioridades do seu trabalho e para executá-lo .................................................... 74

GRÁFICO 12 – Fornecimento de retorno sobre suas atitudes, comportamento e resultados ................................................. 74

GRÁFICO 13 – Existência de políticas de incentivos das potencialidades do processo de educação continuada ........................................ 75

GRÁFICO 14 – Consideração do trabalho como forma de crescimento e realização pessoal e profissional .......................................... 76

GRÁFICO 15 – Existência de políticas e programas de treinamento e desenvolvimento sólidos e sistematizados para todas as funções ................................................................................. 77

GRÁFICO 16 – Compatibilidade da política de remuneração com suas necessidades pessoais ......................................................... 78

GRÁFICO 17 – Existe discriminação quanto à aparência, estilo de vida, sexo, raça ou religião ............................................................ 79

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GRÁFICO 18 – Transmissão de segurança para a manutenção dos empregos por parte da gestão da empresa .......................... 79

GRÁFICO 19 – Adoção de políticas de integração e interação dos funcionários no ato de sua contratação ................................ 80

GRÁFICO 20 – Oferta de manual de procedimentos acerca das normas e obrigatoriedade na execução de suas atividades ................. 81

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RESUMO

O presente estudo apresenta resultados de uma pesquisa sobre a qualidade de

vida no trabalho junto a uma organização com ramo de atividade de

conservação e manutenção, localizada no noroeste de Minas Gerais, na cidade

de Paracatu. A perspectiva teórica conceitual adotada refere-se à qualidade de

vida no trabalho com ênfase nas oito categorias de Walton (1973). Os

resultados da pesquisa demonstram que apesar da maioria dos funcionários

estarem satisfeitos, existem insatisfações por parte de alguns. Ressalta ainda a

contribuição do estudo no sentido de fornecer relatórios sobre as análises

obtidas junto aos participantes da pesquisa. Todo este estudo realizado ratifica

a necessidade de se aplicar avaliações constantes nas empresas para que a

qualidade de vida no trabalho esteja sempre sendo monitorada para determinar

os diferenciados perfis dos profissionais que trabalham juntos numa

organização empresarial. Percebe-se que por meio das pesquisas

desenvolvidas obtiveram-se informações e conhecimentos que possam auxiliar

os profissionais na gestão de programas e atividades a serem desenvolvidas

de acordo com os perfis detectados.

Palavra Chave: Qualidade de vida no trabalho. Saúde do trabalhador. Gestão

de Pessoas.

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ABSTRACT

This study presents results of a survey of business activity with the organization

of repair and maintenance, located in the northwest of Minas Gerais in the city

of Paracatu. The theoretical perspective adopted concept refers to the quality of

work life with emphasis on eight categories of Walton (1973). The survey results

show that although most employees are satisfied. Pointed out the contribution

of the study in order to provide reports on the analysis obtained from the

research participants. All this study confirms the need to apply constant

evaluations in companies that QVT is always being monitored to determine the

different profiles of professionals working together in a business organization. It

can be seen that by means of surveys were obtained developed information

and knowledge that can help professionals in the management of programs and

activities to be developed in accordance with the detected profiles.

Key words: Quality of work life. Occupational health. People Management.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 15 2 PROJETO MONOGRÁFICO ....................................................................... 19 2.1 Título ........................................................................................................ 19 2.2 Tema ........................................................................................................ 19 2.3 Objetivos ................................................................................................. 19 2.3.1 Objetivo geral ....................................................................................... 19 2.3.2 Objetivos específicos .......................................................................... 19 2.4 Problematização ..................................................................................... 19 2.4.1 Hipótese ............................................................................................... 20 2.5 Justificativa ............................................................................................. 20 2.6 Resultados Esperados ........................................................................... 21 2.7 Metodologia do projeto ........................................................................... 22 2.8 Cronograma ............................................................................................ 24 2.9 Recursos utilizados no projeto monográfico ...................................... 25 2.9.1 Recursos humanos utilizados no projeto monográfico ................... 25 2.9.2 Recursos materiais utilizados no projeto monográfico ................... 25 2.9.3 Recursos financeiros utilizados no projeto monográfico ............... 25 2.9.4 Total de recursos utilizados no projeto monográfico ...................... 26 3 DADOS DA EMPRESA ............................................................................... 27 3.1 Razão social ............................................................................................ 27 3.2 Nome fantasia ......................................................................................... 27 3.3 Endereço ................................................................................................. 27 3.4 CNPJ ........................................................................................................ 27 3.5 Inscrição estadual .................................................................................. 27 3.6 Quadro societário ................................................................................... 27 3.7 Capital social .......................................................................................... 28 3.8 Organograma .......................................................................................... 28 3.9 Objetivos Sociais da empresa ............................................................... 29 3.10 Missão ................................................................................................... 29 3.11 Público alvo da empresa ..................................................................... 29 3.12 Atividades a desenvolver na empresa ................................................ 29 4 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................... 30 4.1 Novos paradigmas para a gestão de recursos humanos com vistas à qualidade de vida no trabalho .................................................................. 30 4.2 Qualidade de vida no trabalho .............................................................. 38 4.2.1 Conceito de Qualidade de Vida .......................................................... 38 4.2.2 perspectiva histórica e conceito de qualidade de vida no trabalho ........................................................................................................................ 39 4.3 Qualidade de vida no trabalho e sua importância ............................... 42 4.4 A valorização do bem estar da organização ......................................... 45 4.5 Visão de qualidade de vida no trabalho segundo Walton .................. 50 4.5.1 Aspectos intrínsecos à qualidade de vida no trabalho, segundo Walton ........................................................................................................... 55 4.5.2 Recursos humanos versus qualidade de vida no trabalho ............. 60

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4.6 Ferramentas para a gestão de qualidade de vida no trabalho ........... 62 5 ESTUDO DE CASO .................................................................................... 65 5.1 Local do estudo ...................................................................................... 65 5.2 Características do local ......................................................................... 65 5.3 Pesquisa exploratória por estudo de caso com aplicação de questionário .................................................................................................. 66 5.4 Universo do estudo ................................................................................ 66 5.5 Variáveis estudadas ............................................................................... 66 5.6 Coleta de dados ...................................................................................... 66 5.7 Desenvolvimento do estudo .................................................................. 67 6 ANÁLISE DE RESULTADOS ..................................................................... 68 7 CONCLUSÃO ............................................................................................. 82 8 PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA QVT NA DG .................................... 84 8.1 Título do Projeto ..................................................................................... 84 8.2 Objetivo do Projeto ................................................................................. 84 8.3 Objetivos Específicos ............................................................................ 84 8.4 Descrição ................................................................................................ 84 8.5 Custos do Projeto .................................................................................. 85 8.6 Cronograma do Projeto ......................................................................... 86 8.7 Benefícios esperados ............................................................................ 86 8.8 Considerações finais ............................................................................. 86 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 87 APÊNDICE ..................................................................................................... 91

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1 INTRODUÇÃO

Anos atrás, a satisfação no trabalho era sinônimo de carteira assinada.

Hoje esse sentimento foi mudado para crescimento profissional, qualidade de

vida e reconhecimento profissional também. Contudo, manter-se satisfeito

diante das crises e pressões que acontecem no mundo e dentro do mercado de

trabalho tornou-se tarefa árdua e difícil tanto para as empresas quanto para os

profissionais.

Sabe-se que milhares de trabalhadores em todo o mundo, nos diversos

segmentos empresariais, diferentes classes e níveis, sofrem as consequências

por trabalharem em organizações onde o fator humano não tem nenhuma

relevância. Em decorrência do exposto, torna-se muito importante conhecer e

identificar as necessidades e os anseios das pessoas.

A QVT - Qualidade de Vida no Trabalho pode contribuir para criar

condições que motivam os profissionais, através de um ambiente de trabalho

saudável, onde se identificam as necessidades e anseios das pessoas,

reconhecendo essas mesmas pelo desempenho profissional. Para que isso

aconteça é necessário que os colaboradores participem das decisões da

empresa, facilitando o desenvolvimento pessoal e meios de feedback positivo

proporcionando novos desafios.

A qualidade de vida no trabalho, busca por novas formas para otimizar a

organização do trabalho mediante a harmonização deste, contribuindo, assim,

para a satisfação tanto do colaborador como a organização.

Até pouco tempo, satisfação e realização no trabalho eram sinônimos

para carteira de trabalho assinada, significavam permanência e garantia no

emprego. Atualmente, esse sentimento abrange outros fatores do contexto de

trabalho, como por exemplo, crescimento profissional, qualidade de vida,

reconhecimento e participação. Entretanto, manter-se satisfeito diante das

crises e pressões que acontecem no mercado de trabalho tornou-se um grande

desafio para os profissionais.

Frente a essas dificuldades enfrentadas pelas organizações no contexto

atual globalizado de públicos tanto interno quanto externo exigentes, impera o

desafio da sobrevivência e da conscientização de que a competitividade exige

produtividade com qualidade, o que significa não apenas investir em

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tecnologias, porém também nas pessoas e quanto no ambiente em que elas

trabalham.

É necessário refletir sobre até que ponto a possibilidade de

investimentos destinados à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) contribui ou

não para a criação de condições que motivem os profissionais, dentre eles o

oferecimento de um ambiente de trabalho saudável, a identificação de

necessidades e o reconhecimento do desempenho profissional. O estado de

satisfação e contentamento do trabalhador ao realizar suas tarefas é um dos

aspectos a ser considerado no âmbito da QVT, conceito que congrega e traduz

a importância da humanização do trabalho e responsabilidade social da

empresa para com os seus funcionários.

A QVT não é assunto separado dentro das empresas, mas é um conjunto de ações que uma empresa pode desenvolver a partir da identificação e da implantação de melhorias e novidades gerenciais, tecnológicas e estruturais tanto internas quanto fora do ambiente de trabalho, visando propiciar plenas condições de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho. (ALBUQUERQUE, 2002, p. 35).

O interesse observado sobre as condições de saúde e expectativa da

vida humana tem gerado grandes avanços em relação à melhoria da qualidade

de vida dos trabalhadores visto que um ambiente agradável, onde o

trabalhador atue com um baixo nível de pressões apresentará melhores

resultados paras a empresa. Logo, faz-se necessário lançar mão de grandes

investimentos tanto para a saúde dos indivíduos como para que as

organizações sobrevivam.

Conforme Fernandes (1996) a QVT é uma gestão dinâmica de fatores

físicos e tecnológicos e sócio-psicológicos, atuando dinamicamente, que afeta

a cultura e renovam o clima organizacional, refletindo na satisfação do

trabalhador e na produtividade das empresas. É dinâmica porque pessoas e

organizações mudam constantemente, fatores físicos, sociológicos e

psicológicos interferem na satisfação dos indivíduos que consequentemente

afetam o desenvolvimento normal e operacional das organizações, sem deixar

de ressaltar os aspectos tecnológicos que também, afetam e interferem no

clima organizacional e na qualidade e satisfação dos empregados.

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QVT é um universo de fatores, entre eles: renda capaz de satisfazer as experiências pessoais e sociais, orgulho pelo trabalho realizado, vida emocional satisfatória, autoestima, imagem da empresa/Instituição junto à opinião pública. Além de equilíbrio entre trabalho e lazer, horários e condições de trabalhos sensatos, oportunidades e perspectivas de carreira, assim como possibilidade de uso do potencial e o respeito aos direitos, e a justiça nas recompensas. (BOM SUCESSO, 1998, p. 201).

Numa visão mais ampla, a QVT busca por novas maneiras para

aperfeiçoar a produtividade e que tenham como objetivo de melhorar seu

posicionamento no mercado, obtendo ganhos com as práticas de

competitividade e bem estar dos trabalhadores. (ALBUQUERQUE, 2002).

A importância dos estudos referentes à QVT se dá devido à

preocupação com a valorização da pessoa, dando-lhe oportunidades para

melhorar seu desempenho ao realizar suas atividades, gerando maior

autonomia, participação na tomada de decisão, visando a sua realização e

crescimento pessoal e profissional.

Considerando a relevância do assunto diante da sociedade, uma vez

que a produtividade está relacionada com a saúde do trabalhador, bem como a

ausência de riscos que possam afetar as condições de trabalho, cabe ressaltar

que conforme afirmam Limongi-França (2004) e Albuquerque (2002), a QVT

tem sido objeto de estudos e preocupação nas diversas áreas do conhecimento

humano, entre elas saúde, ecologia, ergonomia, psicologia, sociologia,

econômica, administração e engenharia.

O presente estudo apresenta uma pesquisa sobre a temática QVT no

contexto de trabalho da empresa DG Conservadora Ltda., do setor de

conservação, manutenção e limpeza predial com atuação em nível industrial.

Trata-se de uma organização familiar fundada em quatro de outubro de 1984

(04/10/84). A empresa DG Conservadora Ltda. emprega cerca de 270

trabalhadores e está sediada na cidade de Paracatu, região noroeste de Minas

Gerais.

Nos últimos anos, a empresa registrou crescimento significativo em

relação à contratação de mão de obra em virtude da criação de novas

empresas na Região de Paracatu, fomentando todo o comércio e aumentando

a empregabilidade no local. Por isso torna-se importante propor sugestões de

melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho, tema desta pesquisa.

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A fim de apresentar base teórica satisfatória serão consultados os

autores citados anteriormente e outros como Barros (1991), Basil e Cook

(1999), Vergara (2007) e outros mais disponíveis em obras impressas e online.

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2 PROJETO MONOGRÁFICO

2.1 Título

Qualidade de vida no trabalho, na DG Conservadora Ltda.

2.2 Tema

Qualidade de Vida no Trabalho.

2.3 Objetivos 2.3.1 Objetivo geral

Propor sugestões de melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho.

2.3.2 Objetivos específicos

Identificar a percepção dos trabalhadores, quanto à qualidade de vida no

trabalho;

Avaliar o grau de satisfação do empregado com o trabalho;

Analisar as transformações no trabalho e as relações trabalhistas, bem

como as formas de organização do trabalho;

Estudar os fatores que contribuem para que a empresa possa obter a

qualidade de vida no trabalho para os seus funcionários.

2.4 Problematização

Há poucas décadas atrás, para que uma empresa se tornasse

competitiva, bastava trabalhar com os últimos conceitos de tecnologia e

qualidade aplicados àquele momento. Contudo, para que estes conceitos e

programas fossem aplicados, era de suma importância a adesão e o

comprometimento dos empregados dos mais variados níveis hierárquicos da

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empresa. Desta forma, as empresas necessitavam de pessoas motivadas e

comprometidas com os objetivos da empresa.

Na realidade, uma pesquisa para verificação do nível de Qualidade de

Vida no Trabalho (QVT) permite saber como as pessoas se sentem em relação

aos vários fatores (tanto internos como externos) da empresa e, a partir daí,

gerenciar essa informação.

Propor sugestões a empresa que serviram de base para a pesquisa, as

sugestões têm por objetivo desenvolver uma proposta, junto aos empregados,

que envolva satisfação, produtividade com qualidade, superando os contra

tempos do dia-a-dia.

A empresa caracterizada – DG Conservadora Ltda. – tem como meta

trabalhar com pessoas que se sintam mais satisfeitas e realizadas

profissionalmente com o trabalho, consequentemente obterá aumento de

produtividade e maior qualidade no segmento de conservação e manutenção.

2.4.1 Hipótese

Espera-se que os indivíduos que desempenham suas funções em

diversos setores apresentem uma melhor QVT, através da motivação, pois

indivíduos satisfeitos tendem a ter alto nível de produtividade e na saúde, um

sistema de trabalho que reduzem riscos de doenças geradas pelo trabalho,

vistas em QVT tem por objetivo minimizar riscos de absenteísmo e melhora na

qualidade dos funcionários.

2.5 Justificativa

Vivemos um processo acelerado de mudanças que é diagnosticado a

cada passo e que atinge todas as áreas da atividade humana. As inovações

tecnológicas, o aprimoramento das políticas empresariais e a adoção de novos

procedimentos administrativos exigem profissionais especializados e

preparados para as necessidades das organizações.

Como o desenvolvimento humano constitui força vital para a realização

dos objetivos da organização, deve-se buscar não somente o aumento da

produtividade, mas também proporcionar satisfação ao profissional e uma

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qualidade de vida no trabalho, focando a motivação e o comprometimento com

os resultados.

A QVT está voltada para os todos os aspectos da satisfação do indivíduo

no cargo e no trabalho. É vista como meio para alcançar o desenvolvimento do

ambiente de trabalho, obtenção de maior produtividade e qualidade em

processos e produtos.

Partindo da premissa de que os resultados organizacionais dependem,

essencialmente, do desempenho e da motivação de seus colaboradores,

percebe-se que a chave empresarial é mantê-los motivados em seu trabalho.

Isso somente será alcançado se os indivíduos estiverem satisfeitos em todos

os aspectos de sua vida, que incluem também uma boa qualidade de vida no

trabalho.

Por Qualidade de Vida no Trabalho, define-se:

Um conjunto de ações de uma empresa que envolve diagnóstico e implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho. (LIMONGI-FRANÇA, 2004, p. 41).

Justifica-se a importância deste estudo, que busca conhecer e avaliar a

satisfação dos colaboradores, fatores estes que influenciam sua qualidade de

vida como um todo, procurando observar como a empresa pode agir sobre os

aspectos que causam insatisfação para assim contribuir para melhor qualidade

de vida no trabalho.

2.6 Resultados Esperados

Como o desenvolvimento humano constitui força vital para a realização

dos objetivos da empresa, visando não somente o aumento da produtividade,

mas também proporcionar satisfação ao profissional e uma qualidade de vida

no trabalho, focando a motivação e o comprometimento com os resultados.

Falar em busca de realização, crescimento organizacional e bem estar e

satisfação no trabalho vêm demonstrar a questão da Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT), esse termo congrega e traz consigo a importância da

humanização do Trabalho e responsabilidade social da empresa, que procura o

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atendimento e aspiração do indivíduo, que muitas vezes vêm sendo

negligenciados pelas organizações.

A Qualidade de Vida no Trabalho está voltada para todos os aspectos da

satisfação do indivíduo no cargo e no trabalho. É vista como meio para

alcançar o desenvolvimento do ambiente de trabalho, obtenção de maior

produtividade e qualidade em processos e produtos. Numa visão mais ampla,

busca por novas formas para otimizar a organização do trabalho mediante a

harmonização deste, contribuindo, assim, para satisfação tanto do colaborador

quanto da organização. Procurando sempre favorecer o desenvolvimento de

um perfil humano condizente com os padrões inerentes a cada organização

significa contribuir para a construção de um mundo mais humano e um

desenvolvimento sustentável cada vez mais crescente.

2.7 Metodologia do projeto

O estágio foi realizado no período de agosto a dezembro do ano de

2011, onde deverá ser cumprida uma carga horária mínima de 140 horas

(cento e quarenta), com o objetivo de propor sugestões de melhoria da

Qualidade de Vida do Trabalho.

A pesquisa exploratória foca na maior familiaridade com o problema,

com o objetivo de torná-lo mais explícito ou a facilitar a construção de

hipóteses. Esse tipo de pesquisa tem como principal objetivo o aprimoramento

de ideias ou a descoberta de intuições e novas ideias. Conforme Vergara

(2007, p. 48) “a pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido

com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas,

isto é material acessível ao público em geral”. Ainda de acordo com esta

autora, a pesquisa documental ou „investigação documental‟ é realizada em

documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer

natureza, ou mesmo com pessoas, tais como: registro, anuais, regulamentos,

circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes,

microfilmes, fotografias, videoteipe, informações em disquete, diários, cartas

pessoais e outros.

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23

A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir

ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do

que aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna

particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito

dispersos pelo espaço e tempo.

A pesquisa de campo é a investigação baseada em documentação

direta, o levantamento de dados é realizado no local onde ocorrem ou

ocorreram os fenômenos com objetivo de obter informações sobre um

problema, ou confirmar uma hipótese, ou discutir relações entre fatos por meio

de observações.

Considerando-se que o objetivo da presente pesquisa é investigar a

satisfação dos colaboradores da DG Conservadora Ltda., no que se refere à

sua qualidade de vida no trabalho, a única técnica que permitiria identificar os

indicadores mais adequados à situação em estudo e realizar um diagnóstico

confiável e propor sugestões à empresa para a melhoria da QVT dos

funcionários, é um estudo de caso, que se caracteriza pelo estudo profundo e

exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira a permitir conhecimento amplo

e detalhado do mesmo. (GIL, 1999). Assim sendo, pode-se constatar que o

estudo está caracterizado como uma pesquisa exploratória, com levantamento

de dados primários (pesquisa de campo) e secundários (pesquisa

bibliográfica).

A empresa conta com uma equipe de colaboradores que atuam em

diversos setores, em diferentes funções totalizando o quadro de funcionários

em 270 colaboradores, onde os mesmos são o público alvo desta pesquisa,

visando assim identificar e analisar os pontos positivos e negativos da empresa

em relação ao que se diz respeito QVT.

Foi realizada uma sondagem preliminar por meio de um instrumento de

consulta simples, junto aos sócios e gerentes dos setores explicando a

finalidade da pesquisa e a importância relacionadas à Qualidade de Vida no

Trabalho como fator de melhoria na Gestão das Pessoas.

Os dados serão obtidos através da observação, entrevistas,

questionários e/ou pesquisas documentais. É de extrema importância que o

pesquisador-autor tenha senso investigativo e flexível transformando situações

imprevistas em oportunidades, ou seja, é necessário que o pesquisador-autor

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construa uma ponte entre a informação recebida e a teoria (preposições) a fim

de processar o que é mais relevante para o estudo em questão e evitar o risco

de erros. De posse dos questionários respondidos, será feita uma análise para

averiguação de onde deverá haver uma melhoria ou uma nova implantação

(sugestão), e indicações para melhoria na qualidade de vida no trabalho dos

funcionários. Esse relatório dará subsídios para apontar as necessidades e

insatisfações dos funcionários.

2.8 Cronograma

Figura 1 – Cronograma das Atividades

Etapas 2011 2012

Meses Meses

08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06

a) Estabelecimento dos objetivos X X

b) Leitura X X X X X X X X X X X

Revisão Bibliográfica X X X X

c) Coleta de dados X X X X X X

d) Elaboração do pré-projeto X X X X

e) Ajuste da revisão bibliográfica X X X

f) Coleta de dados X X X X X X

g) Análise dos dados X X X X X X

Considerações finais X X X

h) Entrega final X

Fonte: Elaborada pela autora, 2011

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2.9 Recursos utilizados no projeto monográfico 2.9.1 Recursos humanos utilizados no projeto monográfico

Tabela 1 – Recursos humanos utilizados no projeto monográfico

Fonte: Elaborada pela autora, 2011

2.9.2 Recursos materiais utilizados no projeto monográfico

Tabela 2 – Recursos materiais utilizados no projeto monográfico

Fonte: Elaborada pela autora, 2011

2.9.3 Recursos financeiros utilizados no projeto monográfico

Tabela 3 – Recursos financeiros utilizados no projeto monográfico

Fonte: Elaborada pela autora, 2011

Atividade Responsável Valor (R%)

Sócios da empresa Dionísio Guedes e Bruno Edgard Guedes 00,00

Gerente da empresa Arilson Silva Carvalho 00,00

Colaboradores 270 funcionários 0,00

Aplicação do questionário Autora do projeto 00,00

TOTAL 00,00

Atividade Quantidade Valor unitário (R$) Valor total (R$)

Papel A4 (pct 500folhas) 1 13,50 13,90

Caneta 200 50,00 50,00

Recarga de tinta 2 10,00 20,00

TOTAL 83,90

Despesas Quantidade/tempo Valor total

Internet 4 meses 119,60

Livros 0,00

Artigos 0,00

Planilhas da empresa 0,00

TOTAL 119,60

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2.9.4 Total de recursos utilizados no projeto monográfico

Tabela 4 - Valor total do projeto

Recursos Total (R$)

Humanos 0,00

Materiais 83,90

Financeiros 119,60

Total Geral 203,50

Fonte: Elaborado pela autora

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3 DADOS DA EMPRESA

3.1 Razão social

DG Conservadora Ltda.

3.2 Nome fantasia

DG

3.3 Endereço

Marginal BR 040, KM 43,7 – Jardim Serrano– Paracatu/MG - CEP 38.600-000.

3.4 CNPJ

25.542.887/0001-70

3.5 Inscrição estadual

Isento

3.6 Quadro societário

Sociedade Limitada

Tabela 5 - Divisão do capital social da DG Conservadora Ltda

Sócio Valor unit. (R$) Quotas (%) Valor em reais R$

Bruno Edgard Novais Guedes 1,00 39 50.700,00

Flávia Maria Novais Guedes 1,00 29 37.700,00

Daniel Novais Guedes 1,00 29 37.700,00

Dionísio Guedes 1,00 3 3.900,00

TOTAL 100 130.000,00

Fonte: Elaborada pela autora

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3.7 Capital social

O capital social da DG Conservadora Ltda. é de R$ 130.000,00 (Cento e

trinta mil reais), sendo dividido entre os sócios 130.000 (Cento e trinta mil)

quotas no valor de R$ 1,00 (Hum real) cada uma.

3.8 Organograma

Figura 2 - Organograma da Empresa DG Conservadora Ltda

Fonte: Arquivo da empresa

DIRETORIA

(2)

GERÊNCIA ADMINISTRATIVA

Líder de Serviços mecânica terceirizada

Líder serviços de transportes

Líder serviços de limpeza e

conservação

Líder de serviços gerais

Líder de Manutenção

de equipamentos

SESMT – Serviços de Saúde e Segurança -

Coordenador

Médico do trabalho

Enfermeira do Trabalho

Engenheiro Segurança do

trabalho

Técnico de Segurança

Departamento de medições e controles –

Encarregado Adm.

Serviços de cessão de mão-de-obra

Assistente Administrativo

Auxiliar Administrativo

Departamento de RH

- Encarregado de RH

Auxiliar Administrativo

CONTABILIDADE TERCEIRIZADA

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3.9 Objetivos Sociais da empresa

Criar oportunidades para portadores de necessidades especiais, meio

ambiente, serviços comunitários, empregabilidade para a comunidade local.

3.10 Missão

A missão da DG Conservadora Ltda. é conservar os princípios éticos e

os valores morais herdados da família, promover o pleno desenvolvimento do

ser humano e estabelecer parcerias com os fornecedores, clientes e a

comunidade, constituem a base da missão solidificar as relações, assegurar a

fidelidade e atender a carteira de clientes em suas demandas e desejos,

respeitando a legislação, o homem e o meio ambiente.

Sua política de qualidade é o compromisso permanente no atendimento

das necessidades dos clientes e na superação de suas expectativas,

garantindo excelência nos serviços prestados e competitividades nos preços.

3.11 Público alvo da empresa

Os principais clientes da empresa são: empresas no ramo de mineração,

beneficiamento de sementes, agronegócios, cooperativa de créditos,

concessionárias.

3.12 Atividades a desenvolver na empresa

Ajudar no preenchimento de fichas, atender telefone, agendar exames

pré-admissional, periódicos e demissional, faturas de convênios, etc...

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4 REFERENCIAL TEÓRICO

A qualidade de vida no trabalho justifica-se para o indivíduo e para a

organização de trabalho pela importância de uma gestão da saúde do

trabalhador com uma visão mais abrangente, valorizando fatores essenciais

para se ter uma boa QVT. A partir do momento em que a empresa possui estas

informações, pode melhor direcionar e fundamentar programas de promoção

da saúde de colaboradores, proporcionando melhores condições de trabalho

ao indivíduo, oferecendo-lhe a oportunidade de utilizar todo o seu potencial

produtivo. (TIMOSSI et al., 2010).

4.1 Novos paradigmas para a gestão de recursos humanos com vistas à

qualidade de vida no trabalho

A presente seção aborda a revisão bibliográfica sobre QVT,

considerando suas interfaces e proporcionando maior esclarecimento da

importância da Gestão dos Recursos Humanos como instrumento de

valorização tanto quanto para a empresa como para o trabalhador.

Nas concepções de Marras (2002) o homem é essencialmente um

animal dotado de necessidades que se alternam ou sucedem conjunta ou

isoladamente. Essas necessidades são infinitas e contínuas motivando o

comportamento das pessoas e dando-lhes a direção e conteúdo de suas

ações. A realização de grande parte dessas necessidades é alcançada através

do trabalho que é direta ou indiretamente uma atividade coletiva e como tal tem

resultados proporcionais ao grau de satisfação alcançado nas relações

interpessoais.

No ambiente empresarial as relações pessoais são sempre intermediadas por administradores que precisam ter grande habilidade de gerenciamento de pessoas tendo em vista sempre os objetivos e estratégias que satisfaçam funcionários e meios de produção. A administração precisa tratar os empregados como membros de grupos e sujeitos às influências sociais desses grupos. Assim, dá-se o controle social sobre o comportamento individual que caracteriza as relações entre grupos e, dentre eles, os empresariais. (MARRAS, 2002, p.17).

Esse ambiente adequado, de acordo com Barros (2002) deve ser criado

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a partir do conhecimento da realidade interna da organização e, para tal, é

precisa realizr avaliações e observações que permitam identificar pontos onde

haverá intervenção, constituindo o diagnóstico Organizacional (DO).

O DO consiste na primeira parte de um processo de consultoria ou

assistência técnica que visa proporcionar à organização as condições

necessárias para o desenvolvimento e aprimoramento de modo que seu

desempenho atinja níveis satisfatórios de eficiência e eficácia. Com base nas

informações obtidas no Diagnóstico Organizacional, será possível realizar o

processo decisório mais assertivo.

Para Barros (2002) a realização de um DO é tão importante quanto

nossas visitas ao consultório médico, pois é por meio de um DO que apura-se

o potencial ou dificuldades da organização, pois ao realizarmos tal diagnóstico

é possível avaliar a situação atual da empresa, assim como quando

detectamos uma doença em fase inicial o processo de cura é mais seguro do

que quando a doença já se encontra em um estágio mais avançado, onde os

riscos se tornam maiores.

Realizar um diagnóstico organizacional é de suma importância para uma empresa, pois é através deste que apuramos o potencial ou as dificuldades da mesma.Consiste numa análise minuciosa da organização cujo propósito é levantar todas as características: forças, fraquezas, ameaças e oportunidades. (BARROS, 2002, p. 36).

Chiavenato (2003) acrescenta que um diagnóstico é cabível tanto nos

bons como nos maus momentos de uma empresa. É um instrumento

indispensável de gestão, uma técnica gerencial de primeira ordem, mesmo que

a empresa apresente resultados satisfatórios. Toda e qualquer organização

depende do desempenho humano para o sucesso, por esse motivo é

necessário desenvolver e organizar uma forma de atuação do comportamento

humano, para a gestão de pessoas.

Entende-se, segundo Chiavenato (2003), por modelo de gestão de

pessoas a maneira pelo qual uma empresa se organiza para gerenciar e

orientar o comportamento humano no trabalho. Para isso, a empresa se

estrutura definindo princípios, estratégias, políticas e práticas ou processos de

gestão. Através destes mecanismos, implementa diretrizes e orienta os estilos

de atuação dos gestores em sua relação com aqueles que nela trabalham.

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De acordo com Marras (2002), a postura de um gestor de RH está

diretamente relacionada ao seu perfil cognitivo e cultural, no seu sentido mais

amplo. A gestão de pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que

predomina nas organizações, pois dependem de vários aspectos como a

cultura que existe em cada organização, a estrutura organizacional adotada, as

características do contexto ambiental, o negócio da organização, a tecnologia

utilizada, os processos internos e uma infinidade de outras variáveis

importantes.

O modelo de gestão da organização tenderá a pautar-se por valores, e não por regras e papéis, enfatizando-se o aprendizado e os aperfeiçoamentos contínuos. A organização assimilará conceitos como sistemas flexíveis e procedimentos adaptativos, ampla delegação no processo de tomada de decisões, múltiplos fluxos de comunicação em todas as direções com base nas tecnologias da informação, recursos humanos de múltiplas habilidades cumprindo tarefas variáveis, autodefinidas e quase sempre autocontroladas. (TACHIZAWA, 2001, p. 74).

Este novo contexto exigirá uma gestão de pessoas que leve em conta a

existência na organização, de um acervo intelectual constituído de experiências

acumuladas pelos trabalhadores.

Com a globalização dos negócios, continua Marras (2002), o

desempenho tecnológico, o forte impacto da mudança e o intenso movimento

pela qualidade e produtividade, surgem uma eloquente contratação na maioria

das organizações, o grande diferencial, a principal vantagem competitiva das

empresas, decorre das pessoas que nela trabalham.

Tachizawa (2001) afirma que são as pessoas que mantém e conservam

o status quo já existentes e são elas que geram e fortalecem a inovação. São

as pessoas que produzem, vendem, motivam, comunicam, supervisionam,

gerenciam e dirige os negócios das empresas. Dirigem inclusive outras

pessoas, pois não pode haver organizações sem pessoas. E no fundo, as

organizações são conjuntos de pessoas. Ao se falar em organizações,

forçadamente se fala em pessoas que as representam, que as vivificam e que

lhes dão personalidades próprias.

No que se refere a pessoas e talentos, há que levar em conta certas novidades como autocontrole, autoavaliação e constante capacitação interna num ambiente generalista. Registra-se ainda, a perspectiva de evolução da mão-de-obra, tendo como valores centrais o capital humano, competência, motivação, criatividade, trabalho em grupo,

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adaptabilidade a mudanças e alto grau de compromisso. (TACHIZAWA, 2001, p. 77).

Pode-se afirmar, segundo Tachizawa (2001), que para gerir as pessoas

dentro das organizações os gestores devem levar em consideração o

comportamento das mesmas dentro das organizações, suas capacitações,

criatividades, adaptação e motivação, todos esses fatores devem ser

considerados na gestão das pessoas.

Nas concepções de Chiavenato (2003) no local de trabalho, as pessoas

participam de grupos sociais dentro da organização e mantêm-se em uma

constante interação social. Para explicar o comportamento humano nas

organizações, a teoria nas relações humanas passou a estudar essa interação

social. As relações humanas são as ações e as atitudes desenvolvidas a partir

dos contatos entre pessoas e grupos. Cada pessoa possui uma personalidade

própria e diferenciada que influi no comportamento e nas atitudes das outras

com quem matem contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada pelas

outras. As pessoas procuram ajustar-se às demais pessoas e grupos: querem

ser compreendidas, aceitas e participar, no intuito de atender a seus interesses

e aspirações pessoais.

O comportamento humano é influenciado pelas atitudes e normas

informais existentes nos grupos dos quais participa. É dentro da organização

que surgem as oportunidades de relações humanas, devido ao grande número

de grupos e interações resultantes. A compreensão das relações humanas

permite ao administrador melhores resultados de seus subordinados e a

criação de uma atmosfera na qual cada pessoa é encorajada a exprimir-se de

forma livre e sadia. (CHIAVENATO, 2003).

O advento da teoria das Relações Humanas que embasam as concepções anteriores trouxe uma nova linguagem que passou a dominar o repertório administrativo. Fala-se agora em motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo e etc. os conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho, departamentalização, princípios gerais de Administração e etc. passam a ser contestados ou deixados de lado. Essa revolução na Administração ocorreu nos prenúncios da Segunda Guerra Mundial, ressaltando o caráter democrático da Administração. A ênfase nas tarefas w na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas. (CHIAVENATO, 2003, p. 102).

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Com a Teoria das Relações Humanas, surge uma nova concepção

sobre a natureza do homem como um ser social, que se baseia no princípio de

que as pessoas são motivadas por necessidades humanas e alcançam suas

satisfações por meio dos grupos sociais com que interagem. Dificuldades em

participar e em se relacionar com o grupo provocam elevação da rotatividade

de pessoal, abaixamento do moral, fadiga psicológica, redução dos níveis de

desempenho e outras consequências.

As pessoas constituem o mais importante item das organizações. Tanto

as primeiras quanto as últimas variam e o relacionamento entre ambas, antes

baseado em conflitos, hoje baseiam-se na condição de ganhos para os dois

lados. Cada uma das partes tem objetivos organizacionais e individuais e a

gestão de pessoas depende da mentalidade dominante que atualmente deve

estender o conceito de parceria para os funcionários a fim de receber retornos

positivos. (CHIAVENATO, 2003).

O ambiente interno influencia decisivamente na produtividade da

empresa. Quando aprazível cria condições de maior satisfação do funcionário,

gerando maior dedicação e empenho. Essa característica torna o trabalho mais

prazeroso, pois segundo Chiavenato (2004) o homem é essencialmente um

animal dotado de necessidades que se alternam ou ocorrem conjunta ou

isoladamente. Essas necessidades são infinitas e contínuas motivando o

comportamento das pessoas e dando-lhes a direção e conteúdo de suas ações

e a realização de grande parte dessas necessidades é alcançada através do

trabalho que é direta ou indiretamente, atividade coletiva e como tal tem

resultados diretamente ligados ao grau de satisfação alcançado nas relações

interpessoais.

De acordo com Chiavenato (2004) a moderna Gestão de pessoas

consiste de varias atividades integradas, como descrição e análise de cargos,

planejamento de recursos humanos (RH), recrutamento de seleção, orientação

e motivação das pessoas, avaliação do desempenho, remuneração,

treinamento e desenvolvimento, relações sindicais, segurança, saúde e bem

estar. O organograma abaixo posiciona os diversos segmentos ligados ao setor

de RH.

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Figura 3 – Organograma básico do setor de RH

Fonte: RH Supruicel, 2011

De acordo com Chiavenato (2004) a Administração de Recursos

Humanos pode aumentar ou reduzir as forças e fraquezas de uma organização

dependendo da maneira como elas são tratadas. Elas podem ser a fonte de

sucesso como podem ser a fonte de problemas. É melhor tratá-las como fonte

de sucesso. Para que o objetivo da gestão de pessoas seja alcançado, é

necessário que as pessoas sejam tratadas como elemento básico para a

eficácia organizacional.

Para Boudreau e Milkovich (2000) os objetivos da gestão de pessoas

são variados. A Administração em Recursos Humanos (ARH) deve contribuir

para eficácia organizacional através dos seguintes meios:

Propor a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão,

pois o salto para a eficácia veio com a preocupação em atingir objetivo e

resultados.

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Proporcionar competitividade à organização. A função da administração

em RH é fazer com que as forças das pessoas sejam mais produtivas

para beneficiar clientes, parceiros e empregados.

Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas. O

primeiro passo prepara e capacitar continuamente às pessoas, segundo

passo é dar reconhecimento às pessoas e não apenas dinheiro, pois o

reconhecimento leva a satisfação mútua.

Aumentar a auto-atualização e a satisfação das pessoas no trabalho. A

felicidade na organização e a satisfação no trabalho são fortes

determinantes do sucesso organizacional.

Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho. Esta ligada no

conceito experiência do trabalho, como estilo de gestão, liberdade e

autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável,

segurança no emprego, horas tarefas no emprego adequado e

agradável.

Manter políticas éticas e comportamentos socialmente responsáveis. O

principio ético devem ser aplicado a todas as atividades da ARH. Tanto

as pessoas as organizações devem seguir padrões éticos e de

responsabilidade social. (BOUDREAU; MILKOVICH, 2000).

Além dos direitos e vantagens previstos legalmente, acrescentam

Boudreau e Milkovich (2000), muitas empresas adotam programas de incentivo

aos trabalhadores, complementando o que está registrado no contrato

trabalhista. Comumente também as empresas utilizam de recursos que não

geram gastos financeiros, mas dá ao trabalhador a certeza de ser valorizado e

reconhecido pelo seu esforço. Através de políticas como desenvolvimento de

confiança nos indivíduos, estímulos rumo às mudanças e avaliação de

prioridades o gestor consegue abrir canais de comunicação eficientes, exercer

liderança democrática, motivar positivamente seus auxiliares, resolver conflitos

e transformar o funcionário em um participante ativo de produções com

qualidade. Como o sucesso da organização depende diretamente das pessoas,

o trabalho básico do administrador é lidar com pessoas que fazem parte da

organização e, às vezes sentem a empresa como uma continuação de sua

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vida. Para tal, deve ser um líder conhecedor das habilidades necessárias à

administração competente e contemporânea.

O gestor precisa estar apto para reconhecer as mudanças e usar ferramentas apropriadas para tratar o problema dentro de todo o contexto organizacional. Aprimorar conhecimento em todas as áreas da organização unindo o conhecimento analítico à prática, desenvolvendo um entendimento na área administrativa para utilizar este conhecimento na tomada de decisão. (CERTO; PETER, 1993, p. 61).

De acordo com Certo e Peter (1993) o processo de administração

estratégica é assegurar que a organização se integre ao seu ambiente em

constante mudança. A empresa deve acompanhar estas transformações sem

perder a sua identidade e assegurar que as metas e os objetivos pré-

estabelecidos sejam alcançados.

Nas concepções de Chiavenato (2003) no local de trabalho, as pessoas

participam de grupos sociais internos e mantem-se em uma constante

interação social. Para explicar o comportamento humano nas organizações, a

teoria nas relações humanas passou a estudar essa interação social.

Segundo Chiavenato (2003), as relações humanas são as ações e as

atitudes desenvolvidas a partir dos contatos entre pessoas e grupos. Cada

pessoa possui uma personalidade própria e diferenciada que influi no

comportamento e nas atitudes das outras com quem matem contatos e é, por

outro lado, igualmente influenciada pelas outras. As pessoas procuram ajustar-

se às demais pessoas e grupos: querem ser compreendidas, aceitas e

participar, no intuito de atender a seus interesses e aspirações pessoais.

O comportamento humano é influenciado pelas atitudes e normas

informais existentes nos grupos dos quais participa. É dentro da organização

que surgem as oportunidades de relações humanas, devido ao grande número

de grupos e interações resultantes. A compreensão das relações humanas

permite ao administrador melhores resultados de seus subordinados e a

criação de uma atmosfera na qual cada pessoa é encorajada a exprimir-se de

forma livre e sadia. (CHIAVENATO, 2003).

Assim, um tipo de comportamento positivo, considerado ético, determina

que tipos de resultados surgirão do trabalho do grupo, onde as ações e

resultados são interdependentes entre si. Especificamente em âmbito público,

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atitudes e valores morais precisam ser verdadeiros e intrínsecos ao

comportamento de cada individuo, pois os campos de atuação são amplos e

interligados, dificultando as formas de controle desenvolvida nos diversos

grupos sociais.

4.2 Qualidade de vida no trabalho

O tema tem ampla abrangência e complexidade, envolvendo

diretamente ações e resultados empresariais, com grande preocupação no

bem estar humano e seu desenvolvimento dentro da Organização, bem como

as relações que estabelecida com a Qualidade de Vida de cada indivíduo,

incluindo sua satisfação e realização profissional.

A satisfação, fator diretamente ligado à produção, demonstra que

colaboradores satisfeitos desenvolvem suas tarefas com maior eficiência e

eficácia. Satisfação no trabalho é um fenômeno complexo e de difícil definição,

pois é um estado pessoal, oscilando de acordo com cada pessoa e com cada

situação ao longo do tempo.

Estudos mais interessantes relacionados à satisfação e motivação no

ambiente de trabalho foi conduzido por Frederick Herzberg (HERZBERG,

1997), à teoria dos Dois Fatores ou teoria Motivação – Higiene , explica como o

ambiente de trabalho e o próprio trabalho interage para motivar, e essa

motivação é resultado de dois fatores: os higiênicos e os motivacionais. Os

primeiros fatores segundo Herzberg, causam satisfação ou motivação, mas a

falta não necessariamente causa insatisfação.

4.2.2 Conceito de Qualidade de Vida

De acordo com Limongi-França (2004) o assunto Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT) tem despertado grande interesse dos vários segmentos

sociais, seja por parte de empresas públicas ou privadas, em função de

inúmeros pesquisadores que buscam novos conhecimentos sobre o tema e

apontam estudos específicos diferenciadores sobre a sua relevância para as

organizações e indivíduos.

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Esse interesse explica também que o atual estado da arte desta

abordagem, conforme comentam Vilarta e Gutierrez (2007, p. 79):

Ao dizermos que é um campo recente estamos pressupondo a ausência de um debate conceitual amadurecido, onde diferentes escolas de pensamento se digladiam oferecendo um leque de interpretações distintas, que possam orientar e legitimar diferentes propostas de intervenção no interior de um projeto metodológico coerente e adequado.

Estudos em QVT derivam-se, segundo Limongi-França (2004), de um

conceito mais amplo que é a Qualidade Vida. O tema Qualidade de Vida (QV)

tem merecido maior atenção nos últimos anos, consolidando como uma das

principais necessidades e aspirações do ser humano. O conceito apresenta

várias definições, por vezes divergentes, que dependem, dentre outros fatores,

da área de interesse de investigações. Apesar disso, é consenso que não inclui

apenas fatores relacionados à saúde, como bem- estar físico, funcional,

emocional e mental, mas outros elementos importantes da vida humana, como

trabalho, família, amigos, lazer e outros.

Para Vilarta e Gutierrez (2007) a Organização Mundial da Saúde (OMS),

instituição especializada em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e

subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU) apresenta como

objetivo o desenvolvimento e melhoria do nível de saúde de todo o ser humano

de qualquer parte do planeta, a saúde é estado de completo bem-estar físico,

mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou

enfermidade. Considera que a qualidade de vida engloba as seguintes

dimensões: saúde física, saúde psicológica, nível de independência, relações

sociais, satisfação pessoal e meio ambiente.

4.2.2 perspectiva histórica e conceito de qualidade de vida no trabalho

A denominação terminológica QVT, explicam Limongi-França e Arellano

(2002), surgiu a partir da década de 50, oriunda dos estudos de Erick Trist, no

instituto de Tavistock, momento em que se aplicava uma nova técnica de

organização do trabalho, em que se resgatava a relação: indivíduo, trabalho e

organização. Em alguns estudos realizados, verificou-se que, em determinadas

empresas, havia um estreitamento dos sistemas sociais em que eram

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representados por uma estrutura organizacional sistematizada, ou seja, havia a

representação por parte do indivíduo de um lado, isto é, o trabalhador e sua

função na empresa; e a tecnologia de outro lado, fazendo com que as

empresas se conduzissem com formas estratégicas diferenciadas culminando

e inter-relacionando esses dois eixos.

Nas palavras de Limongi-França (2004) a ideia de evolução do QVT teve

início no ano de 1959 a 1972 e apresenta uma qualidade de vida no trabalho

sendo vista como uma variável, ou seja, haveria relativização do processo de

qualidade de vida no trabalho. Passa-se, portanto, a uma investigação mais

detalhada de como melhorar as condições de vida no ambiente de trabalho. A

discussão sobre a QVT tem seu ápice nos anos de 1975 a 1980, quando da

ocorrência do início da produção, surgindo, assim, um questionamento do que

se era necessário para que as pessoas começassem a ser mais produtivas.

Cabe ressaltar que para a literatura a questão da qualidade de vida, datada por

volta do século XX, objetivando tornar o trabalho mais agradável, harmônico e

com aplicação de melhorias na qualidade de vida dos operários, trabalhadores

da época, impulsionando a ampliação de novos estudos que não pararam e

têm gerado novos estudiosos no assunto em todas as épocas que buscam

sempre neutralizar a insalubridade proporcionada no ambiente de trabalho.

Rodrigues (2001) comenta que estudos em QVT, aumentam cada vez

mais a partir do momento que se prioriza o prazer, a satisfação e o bem-estar

do trabalhador. Surgiram propostas de democracia no âmbito organizacional e

gerenciamento participativo condizentes com a busca da qualidade de vida no

trabalho, que visa o ambiente do trabalho mais saudável. A Qualidade de Vida

no Trabalho orienta-se por estudar especificidades ligadas ao bem-estar dos

profissionais e sua relação direta com o trabalho que executa, envolvendo as

demais características, tais como local, tempo, cargos, produtividade e seus

reflexos. A visão sobre Qualidade de Vida é prioritariamente humana, com

abrangência em muitos significados que refletem conhecimentos, experiências

e valores dos indivíduos na coletividade. A essa noção, acrescentam-se

diferentes dimensões, inclusive estudos empíricos para melhor compreensão

do fenômeno, sua extensão e suas implicações.

A relação organização, trabalho e indivíduo, tornam-se relevante a partir

do instante que passa a ter como objetivo prioritário a reestruturação das

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tarefas dos trabalhadores, tornando tais atividades menos penosas e

promovendo bem-estar e satisfação dos trabalhadores, resume Limongi-França

(2004). Dessa forma, geram-se impactos profundos na economia mundial, uma

vez que o processo de globalização propicia mudanças complexas tanto nos

indivíduos quanto nas organizações. Considera-se ainda que a produtividade

dos trabalhadores esteja associada a um nível satisfatório de qualidade de vida

em seu ambiente de trabalho.

Cabe ressaltar, continua Limongi-França (2004), que a atenção em

destaque se há ou não há insatisfação do trabalhador em uma organização.

Observa-se e se acompanha uma sequência de sinais na esfera

comportamental no campo do trabalho, envolvendo inúmeros indicadores que

possuem influência direta na relação indivíduo, trabalho e empresa. Tais

indicadores podem ser identificados como diminuição do rendimento,

rotatividade nos setores de trabalho, surgimento de problemas emocionais ou

psicossomáticos, estresses físicos e emocionais.

Para Limongi-França (2004), existe uma influência em várias dimensões

que permeiam esses indicadores para se executar a Qualidade de Vida no

Trabalho, sendo elas: a socioeconômica, organizacional e da condição humana

no trabalho. Para a autora, são dimensões básicas em que se desenvolvem as

teorias sobre a QVT.

Os aspectos que envolvem a dimensão organizacional, dimensão em

que se destaca o autor Walton (1973) comentado por Limongi-França e

Arellano (2002) - que baseou suas contribuições, enfocando principalmente as

questões relativas à saúde física e psicológica do trabalhador - enfoca cada

situação concernente ao trabalhador, desde a sua valorização no trabalho, a

sua capacitação, sua qualidade pessoal, o tempo livre, a motivação e

comprometimento, a imagem corporativa e a comunicação interna. Por fim, a

dimensão da condição humana no trabalho é conceituada pela concepção

biopsicossocial do homem/trabalhador.

Buscando destacar a evolução das perspectivas sobre QVT, Limongi-

França (2004) apresenta uma sugestão que é preciso promover algumas

mudanças no perfil do próprio gestor que gerencia essas práticas das referidas

dimensões. Isso devido ao surgimento da operacionalização com aspectos que

envolvem necessidades contendo habilidades mais complexas, que vão além

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do ato de gerenciar ações voltadas para a qualidade, a produção, a

comunicação e as estratégias de negócios. Na QVT, o gestor deve conhecer,

prioritariamente, o lado humano da organização, ou seja, entender de pessoas,

saber da importância do significado do trabalho, buscar reconhecer nos

treinamentos e projetos de educação para o trabalho, além das novas

tecnologias e todo o conhecimento sobre o mercado de trabalho no qual a

organização está inserida, características que proporcionem o bom resultado

dessa relação entre o indivíduo e a empresa.

O papel do gestor é enfocado, na obra da autora citada, como aquele

que sinaliza e evidencia ações contendo novas competência gerenciais,

condições básicas para lidar com as especificidades atuais nas organizações

de trabalho. Atrela-se a esta ideia de competências gerenciais as ações de

melhoria nas condições de trabalho, na área da saúde física e psicológica dos

trabalhadores e, obviamente, executa-se a esperada responsabilidade social,

característica ímpar para a sustentabilidade das relações organizacionais.

O gestor é visto como o conhecedor das competências que envolvem

conhecimento, técnicas/habilidades e estratégias ou atitudes, observados

“numa perspectiva de interfaces, de diálogos com ambientes globalizados, de

integração comunitária, organizacional e da pessoa no trabalho”. (LIMONGI-

FRANÇA, 2004 apud TRIERWEILER; SILVA, 2007, P. 185).

A nova visão de Qualidade de vida no trabalho traz o enfoque de que o

funcionário detém merecida importância por parte da organização, uma vez

que estão envolvidos em diversas áreas, conhecidos como parceiros e não

como recursos humanos, proporcionando a integração entre indivíduos e

organização de forma harmoniosa.

4.3 Qualidade de vida no trabalho e sua importância

Para a construção dos indicadores de qualidade de vida para o trabalho

(para as organizações) e para as pessoas (para os colaboradores), do trabalho

que tem por base o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de

Desenvolvimento Social (IDS). Ressalta-se que tal procedimento se deve ao

fato de tentar abranger as várias dimensões da qualidade de vida pessoal e da

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qualidade de vida do trabalho, valendo-se dos pontos de vista do trabalhador e

da empresa.

Desenvolvimento humano é um processo para ampliação da gama de

opções e oportunidades das pessoas e deve incorporar as dimensões em que

se manifestam essas opções: econômica, social, política, cultural e ambiental

(LIMONGI-FRANÇA, 2009). Com isso, faz-se necessário acreditar que as

pesquisas realizadas sobre QVT, tanto para as pessoas quanto para as

organizações, estão fundamentadas em dados coletados e consolidados por

setores de credibilidade.

Segundo Limongi-França (2003, p. 203):

É uma medida socioeconômica que complementa os dados do PIB e é um índice de natureza basicamente estrutural. O conceito de índice de desenvolvimento humano – IDH e sua divulgação no Brasil, através do PNUD, tiveram início em 1990. “Os indicadores estão associados ao ciclo social de conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) e referem-se à natureza e sentido do desenvolvimento, mais especificamente à realização (ou satisfação) pessoal dos indivíduos de um país ou região.

Para Matos (1997) alguns pontos estratégicos são analisados e

necessariamente empregados nas organizações, tais como: a compreensão

das relações trabalho\saúde, em como essas relações configuram a qualidade

de vida e de trabalho, no plano pessoal e empresarial; mudanças nos

processos e condições de humanização do trabalho; revisando as atuações

entre equipes e em equipes multidisciplinares, que passam a dar suporte aos

estilos de vida intra e também extra-organizacional, enfocando basicamente os

aspectos dos ambientes físicos e psíquicos, promovendo a gestão da saúde.

Não se dispensa, dessa forma, a participação dos colaboradores nas

sugestões e implantações de melhorias diante de cada procedimento avaliado

e analisado.

Não há Qualidade de Vida no Trabalho sem Qualidade Total, ou seja, sem que a empresa seja boa. Não confundir QVT com política de benefícios, nem com atividades efetivas de congraçamento, embora essas sejam importantes em uma estratégia global. A qualidade tem a ver, essencialmente com a cultura da organização. São fundamentalmente os valores, a filosofia da empresa, sua missão, o clima participativo, o gosto por pertencer a ela e as perspectivas concretas de desenvolvimento pessoal que criam a identificação empresa-empregado. O ser humano fazendo a diferença na concepção da empresa e em suas estratégias. (MATOS, 1997, p. 73).

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A importância dos estudos sobre QVT para as pessoas e para as

organizações, esclarece Limongi-França (2009), apresenta novos processos

organizacionais, apresentando pessoas inovadoras, que estão prontas para

superarem novos desafios, tornando-se mais participativos, presentes nas

ações e, obviamente, corresponsáveis pelo processo de implantação dos

novos estudos de otimização das organizações. Ressalta-se a importância da

qualidade de vida no trabalho para as pessoas e para as organizações, a

necessidade de atuação eficaz de cada segmento representado, além da

valorização das condições de trabalho, no tocante aos procedimentos de cada

tarefa em si, ao próprio ambiente físico e aos padrões de relacionamentos

entre os colaboradores, a empresa e demais elementos constitutivos da

organização.

Assim para Limongi-França (2009, p. 209):

Em cada organização, é preciso dar ênfase na satisfação, no compromisso e na empregabilidade que busca o prazer por meio do trabalho, ou seja, utilizando-se do trabalho para promoção do bem-estar social, psicológico, físico, econômico e até mesmo moral. Muitos anos de estudo, levam-nos a crer que o trabalho de 40 horas semanais, existente em várias empresas, faz sua remuneração baseada no resultado financeiro da organização, atrelando, como ferramenta de mensuração, a avaliação de desempenho que a cada instante é repensada estrategicamente como meio que possibilite a reorganização da estrutura empresarial, aliando satisfação empresa\colaborador.

Para se gerar um programa de Qualidade de Vida no Trabalho, de

acordo com Matos (1997), é preciso ter como meta, uma organização mais

humanizada. Nessa organização, trabalhadores se envolvem,

simultaneamente, de acordo com o seu grau de responsabilidade, de

autonomia, de seu nível de cargo, recebimento de estruturas de „feedback’

sobre cada desempenho, adequando cada tarefa à variedade e ao

enriquecimento pessoal dos colaboradores. Pode-se dizer que nem todos os

problemas de produtividade nas organizações, nem todo tipo de insatisfação do

colaborador, quer em qualquer nível na empresa, seja resolvido pela Qualidade

de Vida no Trabalho. Porém pode-se afirmar que grande parte dessas

fragilidades são repensadas e reestruturadas para posteriores reformulações

das ações internas na organização, de forma a solucionar os problemas,

tornando-os potencialidades futuras.

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A presença da informalidade na organização, esclarece Matos (1997),

auxilia na implantação da Qualidade de Vida no Trabalho, gerando uma

conscientização definitiva de que o colaborador, ao ser contratado, não

passará por um processo burocrático, que o ignora quanto indivíduo existente

na empresa. Destarte, quando a conduta aplicada na organização é a de que

respeita o indivíduo em suas especificidades, respeitando a máxima de que as

pessoas, quando são empregadas, o são em sua integralidade, respeitando

cada função a ser executada com sua elaboração de qualidade, tanto para a

empresa quanto para o empregado.

Cabe à organização, de acordo com o autor anterior, continuar sua

busca pela racionalidade, estabelecendo a melhor estrutura formal entre

empregador e empregado, visando ao comportamento humano que se insere

numa organização empresarial, pois há um interesse na gestão das funções

das pessoas e suas relações diretas com seus cargos. Haverá, assim, uma

preocupação com a condição humana global dentro e fora do trabalho, pois o

ser humano não pode ser considerado uma simples peça na organização

empresarial. Mesmo com tantos sinais importantes na evolução das relações e

nas condições de trabalho dentro das organizações, existem características

desafiadoras que propiciam inovações e renovações no processo estrutural da

Qualidade de Vida no Trabalho.

No Brasil, comenta Limongi-França (2004), existem ações e programas

de gestão de recursos humanos que possibilitam a Qualidade de Vida no

Trabalho, nos quais a potencialidade humana passa a ser objeto real de

competência, valorizando-se os cuidados com relação à humanização, sem

desacreditar a organização, posto que as relações entre trabalhador e trabalho

são passíveis de descréditos, caso não haja uma reflexão ostensiva entre

ambos dentro da estrutura organizacional.

4.4 A valorização do bem estar da organização

Muitas inquietudes são destacáveis em determinadas organizações.

Podem ser oriundas de diversas fusões, de atitudes coletivas, individuais, por

novos conhecimentos, conciliação de expectativas entre trabalho, família e

consumo, impactos tecnológicos e outros. Mas, a base do bem-estar em uma

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organização é constituída por diversas ações e programas, como já se vem

demonstrando neste trabalho, quando se ressalta a importância da QVT e sua

gestão constante.

É necessário, portanto, fazer a gestão desta competência do bem-estar

organizacional que deve ser realizada com estratégias que envolvem pelos

menos os seguintes fatores críticos de gestão:

cultura organizacional.

legitimidade;

perfil das Lideranças;

produtividade;

visão de Pessoa no Trabalho;

Uma organização que priorize esses fatores consegue, sem dúvida,

estruturar tanto o investimento como o envolvimento de pessoas e grupos,

possibilitando uma vida saudável dentro e fora da empresa. Destaca-se, neste

ínterim, uma representação bem maior da solidez na atuação da gestão

organizacional, dos especialistas e praticantes da qualidade de vida.

Para que possa realizar seu processo de mudança organizacional,

fazendo a travessia do lugar atual no qual se encontra rumo a um novo

patamar de atuação, com vistas a obter mais sucesso e melhores resultados, a

organização precisa ter algumas competências bem claras e definidas. Tê-las

instaladas entre seu pessoal significará o sucesso na empreitada da

transformação organizacional exigida por tempos cada dia mais exigentes e

complexos. (CYRINO, 2011).

Para se analisar tais fatores críticos, primeiramente é preciso se

observar, e com muito critério, a qualidade de vida existente na realidade social

e contextual da organização que se estuda, não de maneira genérica,

superficial, mas específica, detalhada, com consistência e compromisso na

análise dos hábitos e no desenvolvimento organizacional sustentável.

Muitas adaptações desses fenômenos atingem as pessoas –

trabalhadores – quanto às instituições – organizações. O certo é a procura do

bem-estar lançando-se análise das perspectivas a curto, médio e longo prazos.

As responsabilidades dos profissionais envolvidos nos processos que

estudam as QVT‟s ascenderam de forma contínua e se tornaram muito mais

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abrangentes nos últimos anos. Tais atividades requerem novas competências e

habilidades por parte dos gestores, a apuração da visão crítica das pessoas, a

preocupação com a produtividade não pode ser deixada de lado, a legitimação

dos procedimentos e mecanismos e, é claro, sem se esquecer do perfil do

administrador e, principalmente, da cultura organizacional, ou seja, o contexto

da empresa e da sociedade em que ela está inserida.

Quando se fala de fator crítico de gestão com visão de pessoas, o que

se devem levar em consideração é que, na maioria das empresas, não passam

de ações aleatórias ou apenas de reação a algumas exigências que são

transparentemente de responsabilidade social.

Ao se utilizar uma correta avaliação das competências pessoais dentro

de uma organização não só se alinham as ações de RH à realidade, como

também ajuda no planejamento estratégico da empresa. Em muitos desses

casos, o importante é mapear as competências, para possibilitar saber

construir ferramentas de avaliação, tornando-se essencial para o crescimento

da empresa a visão do vínculo e da estrutura da vida pessoal para a

organização, assim como seus fatores socioeconômicos, as metas

empresariais e, sem se esquecer, das pressões organizacionais. Todos esses

fatores alinhados permitem a criação de novos paradigmas para as questões

de QVT e bem-estar nas organizações.

A produtividade, como fator crítico de gestão e numa visão taylorista,

observou-se como prática da administração das empresas contemporâneas na

busca da excelência. Já como conceito de excelência, usa-se muito a avaliação

de desempenho empresarial como responsabilidade social e ambiental.

O ponto crítico da produtividade pode ser associado ao processo de

inovação das ferramentas tecnológicas:

A modernização foi um imperativo às exigências crescentes do mercado em matéria de evolução tecnológica, [...] pressão dos consumidores para redução de custo, exigência de aumento de produtividade, exigência de resposta mais rápida às solicitações de solução de problemas técnicos, de modo que não dava para continuar o trabalho de rotina; tínhamos de acompanhar a evolução do mercado. (LIMONGI-FRANÇA, 2009, p.118).

Em época de globalização, deve-se atentar para a construção de

critérios com base em fundamentos essenciais para que se obtenha a

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excelência do desempenho, considerando os padrões de desempenho fixados

pela economia vigente, aumentando a produtividade e a qualidade requerida

pela competição globalizada.

A legitimidade pode ser entendida como uma espécie de caráter daquilo

que é legítimo, ou seja, aquilo que se legitimou, pela perspectiva da justiça ou a

harmonização dos princípios justos, racionais ou legais.

Nesse contexto, o Estado é a instituição capaz de assegurar a

obediência e a necessidade de recorrer ao uso da força de forma legítima,

desde que dentro dos princípios legais. A legalidade e a legitimidade devem

estar relacionadas com a garantia do livre desenvolvimento da personalidade

humana, dentro e fora das organizações. (GASPARINI, 2001).

No âmbito organizacional, Milkovich e Boudreau (2000) definem

legitimidade como imparcialidade percebida pelos atores envolvidos sobre as

decisões adotadas.

Legitimidade tem a ver com a noção de que, além de os deveres e

direitos serem obedecidos e observados, as decisões, os comportamentos e as

atitudes individuais e específicos são também aceitos e respeitados.

Outro fator crítico a se observar é o perfil do gestor, ou do administrador.

Valorizam-se as demandas do administrador referentes à QVT, uma vez que

estão presentes na formação da organização, utilizando-se como objetivo o

contribuir para o aprimoramento da formação do próprio administrador, como

cidadão e profissional; cabe integrar um processo de avaliação amplo e

contínuo, além de subsidiar a interface dos novos parâmetros do processo de

crescimento organizacional.

Faz-se necessário destacar a competência do BEO – Bem Estar

Organizacional - caracterizada pela conceituação apresentada no triângulo a

seguir, composto por: conhecimento, técnica, estratégia e atitude, alinhando as

especificidades de cada foco.

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Figura 4 - Competência do Bem Estar Organizacional

Fonte: Limongi-França (2009, p.184)

É preciso relacionar tais objetivos para se desenvolver os processos

capazes de aumentar a efetividade do aprendizado individual e possibilitar a

identificação das influências dos ambientes interno e externo, além das

condições de trabalho.

Para a cultura organizacional, os principais requisitos são as questões

de competitividade e sobrevivência. Fundamenta-se esse quesito na dinâmica

de organização como processo de aprendizagem operacional e conceitual

utilizando-se todos os níveis.

São características dessa questão cultural-organizacional: o processo da

aprendizagem coletivo; o comprometimento com objetivos individuais de auto-

desenvolvimento e o próprio desenvolvimento organizacional; destaca-se,

ainda, a comunicação organizacional, que deve fluir entre as pessoas, as

áreas, níveis e valorando as competências interdisciplinares; o fenômeno

organizacional é desenvolvido por uma visão sistêmica e dinâmica.

A sociedade depende, cada vez mais, da geração de novas tecnologias e de forte aparato científico. É a era da gestão do conhecimento. O século XX, denominado o „século da pressa‟, consagrou uma nova verdade que ressalta a importância da comunicação nos contextos empresarial e social, mudando o antigo conceito „pode mais quem sabe mais‟ para „pode mais quem sabe antes‟. Em geral, as redes têm como objetivo, um enfoque mais ético na prática de negócios, pois informa e encoraja os que procuram humanizar e harmonizar as suas vidas de negócios. (LIMONGI-FRANÇA, 2009, p. 229).

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A competência do BEO forma-se por conhecimentos ligados à gestão de

pessoas. Elementos que somados às contribuições de ideias e modelos

administrativos consolidam os negócios da organização empresarial. Existem

desafios de revisão dessas características e desses valores quanto à natureza

de resultados de capital e de benefícios sociais, levando-se em consideração

os resultados em benefício do desenvolvimento humano e da cidadania.

4.5 Visão de qualidade de vida no trabalho segundo Walton

Todas as organizações buscam o lucro e a produtividade, gerando um

comprometimento na qualidade de vida e na saúde dos trabalhadores

envolvidos, que muita das vezes são sacrificados pelo sucesso e permanência

no emprego. O estudo da Qualidade de Vida no Trabalho passa a ser

imprescindível na atual situação econômica. Desta maneira, este capítulo

apresenta com o objetivo de averiguar o nível de satisfação/motivação dos

funcionários de uma empresa. Assim, a QVT continua sendo um dos fatores

importantes no nível de satisfação e ou motivação dos funcionários em seus

ambientes de trabalho, além, é claro, de estabelecer algumas especificidades

da teoria de Walton. Teoria que influencia no contexto de cada funcionário,

levando-se como ponto principal de observância o bem-estar mais ou menos

motivado de cada um deles; é o que defende Medeiros (2002).

A importância de se buscar a Qualidade de Vida no Trabalho se torna

fundamental em nossa sociedade organizacional, uma vez que, em seu

contexto cultural, destina-se, ou impõem-se, aos trabalhadores algumas

condições desfavoráveis. Vale ressaltar que apenas se visava o lucro através

da produtividade. Uma organização cultural contendo este tipo de visão passa

a perder a sua importância quando os seus trabalhadores deixam de ser

apenas trabalhadores e se tornam elementos para a excelência das

estratégias, e destarte, seu desempenho se torna parte inerente ao

desenvolvimento da organização.

Usando Walton (1973) como referência, para que se possa determinar o

nível de QVT, algumas questões precisam ser levantadas porque se tornam

fundamentais, uma vez que servem para fornecer uma estrutura mais clara,

tais como: Como deveria a QVT ser conceituada e como ela pode ser medida?

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Quais são os critérios apropriados e como eles são interrelacionados? Como

cada um é relacionado à produtividade? E são estes critérios uniformemente

destacados em todos os grupos de trabalho?

O conjunto de critérios de Qualidade de Vida no Trabalho mais utilizado no Brasil é o proposto por Walton (1975), que devem ser operacionalizados de acordo com a proposta do programa de QVT de cada empresa. São eles: 1- compensação justa e adequada; 2- condições de trabalho; 3- integração social na organização; 4- oportunidade de crescimento e segurança; 5- uso e desenvolvimento das capacidades pessoais; 6- cidadania; 7- trabalho e espaço total de vida; 8- relevância social do trabalho. (LIMONGI-FRANÇA, 2009, p.170).

O quadro a seguir apresenta os critérios e fatores determinantes (ou

indicadores) de QVT Walton (1973).

Figura 5 - Indicadores de QVT de acordo com Walton

(continua)

CATEGORIAS CONCEITUAIS FATORES DE QVT

1- Compensação Justa e

Adequada

Equidade interna e externa

Justiça na compensação

Partilha nos ganhos de produtividade

Proporcionalidade entre salários

2. Condições de Trabalho

Jornada de trabalho razoável

Ambiente físico seguro e saudável

Ausência de insalubridade

3. Uso e Desenvolvimento de

Capacidades

Autonomia

Habilidades múltiplas

Informações sobre o processo de trabalho

Autocontrole relativo

4. Oportunidade de Crescimento e

Segurança

Possibilidade de carreira

Crescimento pessoal

Perspectiva de avanço salarial

Segurança no emprego

5. Integração Social na

Organização

Ausência de preconceitos

Igualdade

Mobilidade

Relacionamento

Senso Comunitário

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(conclusão)

CATEGORIAS CONCEITUAIS FATORES DE QVT

6. Constitucionalismo

Privacidade pessoal

Liberdade de expressão

Tratamento imparcial

Direitos de proteção do trabalhador

Direitos trabalhistas

7. O Trabalho e o Espaço Total de

Vida

Estabilidade de horários

Poucas mudanças geográficas

Tempo para lazer e família

Papel balanceado no trabalho

8. Relevância Social da Vida no

Trabalho

Imagem da empresa

Responsabilidade social da empresa

Responsabilidade pelos produtos

Práticas de emprego

Fonte: Adaptado de Walton, 1973

Ao analisar a situação da QVT, observa-se que é indispensável a

aplicação das estratégias citadas, pelo simples fato de que os trabalhadores,

de modo geral, passam, em média, 8 horas em seu ambiente de trabalho, isso

durante pelo menos 35 anos de suas vidas. Deve-se ressaltar que não se trata

de citar que o trabalhador vivencie seus problemas de casa no trabalho, e nem

mesmo, os do trabalho em casa, mas, de acordo com os critérios citados por

Walton, não acumular as tensões, os receios e as angústias acumulados no

ambiente de trabalho no dia a dia. Toda proposta do programa de QVT visa à

saúde integral do trabalhador.

Sobre o modelo de Walton, comentam Goulart e Sampaio (1999. p. 203):

Cobre desde as necessidades básicas do ser humano até condições da organização, passando pelas necessidades secundárias do ser humano, com realce para a autorrealização. Algumas dimensões do modelo de Walton englobam aspectos da hierarquia das necessidades de Maslow; fundamentada pelas seguintes necessidades: fisiológicas, segurança, amor, estima e autorrealização.

A QVT possui como enfoque a situação biopsicossocial (BPS) do

trabalhador, isto é, o trabalhador é visto como pessoa, ou seja, um indivíduo, e

deve ser considerado, na visão de Dejours citado por Albuquerque (2002, p. 3)

“um complexo dinâmico, que não pode ser dividido em partes, mas visto como

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um todo (visão holística) e tem potencialidades biopsicossociais que

respondem simultaneamente às condições de vida”.

O estudo da QVT em empresas passa a ter lugar de destaque,

independente se o cenário econômico apresenta-se em situação de recessão

ou de crescimento, com perda de poder aquisitivo ou aumento do desemprego.

A finalidade passa a ser a de estudar a satisfação do trabalhador em ambiente

de trabalho, associando-se a tudo isso à motivação, à qualidade de vida no

trabalho. Baseando-se na humanização do trabalho e responsabilidade social

da empresa, destacando-se o envolvimento do atendimento de necessidade e

aspiração do indivíduo, que, muitas vezes, aparecem negligenciadas pelas

organizações em favor da produtividade e do crescimento econômico.

Para Walton (1973, p. 11):

A expressão Qualidade de Vida tem sido utilizada com crescente frequência para descrever certos valores ambientais e humanos, negligenciados pelas sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento econômico.

A visão do modelo de Walton (1973), mesmo quando se é considerado

em sua anterioridade, é tida como uma das mais aceitas e utilizadas por muitos

pesquisadores brasileiros, mesmo que sua aplicabilidade apresente uma série

problematizada em se tratando de sua linguagem. Muitos colaboradores,

quando da aplicação do instrumento, demonstram dificuldades em interpretar e

entender a forma original do modelo, visto que a utilização de termos e

expressões técnicas, em muitos casos, apresenta a origem em traduções

literais. Outra fragilidade encontrada é a ausência de perguntas diretas e

específicas para definir cada critério.

O objetivo deste estudo é apresentar o modelo de avaliação da QVT

proposto por Walton, que possui uma linguagem simples e direta, de maneira a

permitir sua aplicação em grupos de menor escolaridade, de maneira que o

entendimento do instrumento seja facilitado. Ressalta-se que outros autores

serão mencionados e relacionados ao longo deste trabalho para que se possa

fazer uma analogia entre os modelos vigentes a respeito da QVT.

Limongi-França (2009) comenta que existem inúmeras possibilidades

que enfocam a Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho e que podem inferir

nas estruturas organizacionais das empresas:

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Gestão Estratégia de QVT, quando é declarada na missão e política da empresa, juntamente coma imagem corporativa. Gestão Gerencial de QVT, quando aparece como responsabilidade e atribuição dos líderes e chefes das áreas e departamentos específicos no segundo ou terceiro nível hierárquico, com ênfase em objetivos, metas e produtividade organizacional. Gestão Operacional de QVT, quando há ações específicas – aleatórias, reativas ou planejadas – que visam ao bem-estar e à conscientização de novas práticas de estilo de vida para as pessoas da empresa, mas não alinhadas aos propósitos de competitividade ou otimização do gerenciamento, da produtividade e da performance para o trabalho. (LIMONGI-FRANÇA, 2009, p.240).

Destaca-se que os critérios citados e enumerados pelo modelo de

Walton (1973) não estão dispostos e nem pretendem apresentar uma ordem de

prioridade, sendo que podem ser arranjados de maneiras diversas, assumindo

outras importâncias, de acordo com a realidade de cada organização.

Entende-se que a percepção e ou observação do indivíduo de QVT

possui uma conotação subjetiva. E, como se sabe, quantificar algo subjetivo

torna-se possível com a construção de um modelo de pensamento racional

que, em sua essência, não existe numa realidade norteada por

irracionalidades, pois se apresenta como uma realidade concreta. Mesmo

analisando outros pontos que fragilizam o estudo da Gestão de Qualidade de

Vida no Trabalho (GQVT), obtém-se um conceito vazio de conteúdo real, que

pode servir como característica de contraste, mas que permitem situar

percepções subjetivas na realidade. Portanto, os resultados obtidos, após

inúmeras análises, não são nem hipótese nem proposição, não podendo ser

falsos nem verdadeiros, mas válidos ou não-válidos, de acordo com sua

característica útil, causando uma compreensão mais significativa dos

acontecimentos e objetos de estudos realizados pelos investigadores e ou

observadores.

Pode-se, desta forma, comparar os resultados obtidos com a aplicação

do modelo de Walton, é claro, que numa versão adaptada, indicaram que tal

adaptação proposta apresenta consistência interna elevada, tornando-se,

assim, o modelo original proposto por Walton (1973), vislumbrando a sua

adequação, para subsidiar pesquisas na área da qualidade de vida no trabalho.

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4.5.1 Aspectos intrínsecos à qualidade de vida no trabalho, segundo

Walton

Segundo Walton (1973), a QVT deve ser entendida como um conceito

global que compreende atos legislativos, protegendo os direitos dos

trabalhadores, o atendimento das expectativas e aspirações humanas e a

responsabilidade social das organizações.

Na perspectiva do autor o termo Qualidade de Vida recupera certos

valores ambientais e humanísticos negligenciados em favor do avanço

tecnológico, da produtividade industrial e do crescimento econômico.

Walton (1973) propõe um modelo de QVT com as seguintes categorias:

a) Compensação justa e Adequada:

Visa caracterizar a QVT em relação à remuneração recebida pelo

trabalho realizado. Busca-se a obtenção de remuneração adequada pelo

trabalho feito, assim como a equidade interna (comparação com outros

membros da empresa) e externa (comparação com o mercado de trabalho).

Dessa maneira, o trabalho é tido como prioridade, pois garante a sobrevivência

do trabalhador. Walton afirma que a relação entre trabalho e remuneração é

muito subjetiva, portanto, difícil de ser definida.

Assim sendo, podem-se analisar os seguintes fatores: Remuneração

adequada: remuneração necessária para o empregado viver dignamente

dentro das necessidades pessoais e dos padrões culturais, econômicos e

sociais em que vive; Equidade interna: equidade na remuneração entre outros

membros da organização; Equidade externa: equidade na remuneração com

membros de outras organizações. E contempla os seguintes indicadores:

Justiça na compensação: é a remuneração necessária para o

trabalhador viver dignamente diante das suas necessidades

pessoais, sociais e econômicas.

proporcionalidade entre os salários: equidade na remuneração

entre outros membros. (WALTON, 1973).

Não existe um modelo objetivo ou subjetivo que sirva para julgar se a

compensação é adequada para cada colaborador, entretanto, existem alguns

meios operacionais capazes de ajudar nessa análise, como: o nível de

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treinamento requerido para determinada tarefa; nível de responsabilidade do

trabalho e nível de periculosidade presente no trabalho.

b) Condições de trabalho

Reportam-se á preservação da saúde e ao bem-estar do trabalhador.

Esta categoria apresenta os seguintes indicadores:

Ambiente físico: local de trabalho e suas condições de bem-estar e

organização para o desempenho do trabalho;

Jornada de trabalho: número de horas trabalhadas e sua relação com as

tarefas desempenhadas;

Saúde ocupacional: é a saúde no trabalho. Refere-se ao bem estar físico

e mental do trabalhador;

Salubridade: condições ambientais propícias à saúde;

Recursos materiais: quantidade e qualidade de materiais disponíveis

para a execução do trabalho. (WALTON, 1973).

Os colaboradores não devem ser expostos a condições físicas ou

mentais que prejudiquem de alguma forma seu trabalho. O autor sugere alguns

aspectos importantes para minimizar os riscos durante o trabalho: criação de

um período de trabalho padrão; criar condições físicas mínimas para execução

da tarefa, de forma a minimizar os riscos de lesões e imposição de limite de

idade para determinadas funções. O autor, no entanto, cita que com o passar

dos anos e com a possível melhoria dos ambientes de trabalho, há a

possibilidade de existir um “relaxamento” quanto à imposição de condições

físicas e limite de idade em determinadas tarefas.

c) Uso e desenvolvimento das capacidades

É a oportunidade de o trabalhador aplicar no seu dia-a-dia o seu saber e

as suas aptidões profissionais. Destacam-se os seguintes indicadores:

Autonomia: independência no planejamento e execução de seu trabalho;

Qualidades múltiplas: variedade de habilidades

Informação sobre o processo total de trabalho: ter informações e

conhecimento sobre o processo de trabalho. (WALTON, 1973).

O trabalho tem sido cada vez mais fracionado, autodestruído e

controlado rigidamente, gerando uma separação de todo o plano de trabalho

em pequenas partes. Esses aspectos acabam limitando o colaborador no uso

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de suas capacidades e habilidades, podendo criar sentimentos de agonia pelo

excesso de organização necessário, diminuindo a sua autonomia e o seu

conhecimento sobre o processo total do trabalho.

d) Oportunidade de crescimento

Destina-se à valorização do trabalhador através de oportunidades.

possibilidade de carreira: viabilidade de oportunidade avanços na

carreira;

crescimento pessoal: processo de educação continuada para

desenvolvimento do trabalhador;

segurança e estabilidade: o trabalhador deve se sentir seguro na

organização em que trabalha. (WALTON, 1973).

Refere-se à possibilidade de carreira, desenvolvimento pessoal,

perspectivas de avanços salariais e estabilidade no emprego. Walton (1973)

descreve esses critérios como fundamentais para um movimento de ascensão

profissional na empresa, melhorando o desempenho e, consequentemente,

diminuindo os riscos de demissão.

e) Integração social

É a ausência de diferenças hierárquicas altamente marcantes.

ausência de preconceitos: inexistência de conceitos formados

antecipadamente.

igualdade: ausência de estratificação no ambiente de trabalho

mobilidade: oportunidade de circulação ou movimento de idéias, de

valores sociais no ambiente de trabalho;

relacionamento: auxílio recíproco marcado pelo apoio sócio-emocional,

abertura interpessoal e respeito às individualidades;

senso comunitário: companheirismo e espírito coletivo. (WALTON,

1973).

Walton (1973) analisou esse critério baseado na ausência de

preconceitos na organização; na igualdade de tratamento entre os

colaboradores; relacionamento entre chefes e subordinados e entre colegas do

mesmo nível e senso de valor comunitário. Esses indicadores, quando

favoráveis, diminuem a sensação de exclusão dentro da empresa; criam um

ambiente diplomático e educado e há uma valorização das tarefas pela

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empresa, sendo considerados fundamentais para a qualidade de vida no

trabalho.

f) Constitucionalismo

Respeito e zelo que a organização tem pelos direitos do trabalhador.

direitos trabalhistas: refere-se à observância ao cumprimento das

normas que regem as relações de trabalho entre trabalhadores e a

organização;

privacidade pessoal: respeito à individualidade que o trabalhador possui

dentro da organização;

liberdade de expressão: forma como o trabalhador pode manifestar ,

expressando seus pontos de vista aos seus chefes , sem medo de sofrer

punições. (WALTON, 1973).

Os indicadores para analisar esse critério são: o direito de proteção ao

trabalhador; a privacidade pessoal preservada dentro do ambiente de trabalho;

garantia de liberdade de expressão; tratamento imparcial entre todos os

colaboradores e direitos trabalhistas garantidos. Esses indicadores garantem

aos indivíduos o pagamento de férias, seguros e benefícios; garantem a vida

pessoal preservada, de forma a não ser obrigado a dar informações sobre sua

família dentro do seu trabalho e garantem também o direito de ser tratado de

forma igual a de seus colegas, no que diz respeito a compensação justa,

recompensas simbólicas e segurança no trabalho.

g) Trabalho e espaço total de vida

É o sentido de equilíbrio existente entre o trabalho e a vida pessoal do

trabalhador. Consideram-se os seguintes indicadores:

tempo para lazer e para a família: relacionamento equilibrado entre o

trabalho e o convívio familiar;

papel balanceado do trabalho: distribuição racional dos horários de

trabalho com relação às outras esferas da vida ;

significado do trabalho: refere-se à representatividade do trabalho na

vida do trabalhador. (WALTON, 1973).

A experiência profissional de uma pessoa pode ter efeitos positivos ou

negativos em outras esferas da vida, inclusive nas relações familiares. Os

indicadores referentes a esses critérios são: ter funções balanceadas no

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trabalho; ter estabilidade de horários; ter poucas mudanças geográficas e ter

tempo disponível para lazer com a família. Para o autor, a aplicação desses

critérios é discutível. Quando um indivíduo gasta muito tempo e energia no

trabalho acaba abdicando da família, mas ainda não está claro se o fato do

trabalhador dedicar mais tempo ao trabalho é, de fato, o causador da falta de

sintonia entre a família. O fato de a empresa proporcionar mais tempo livre ao

colaborador não impede que ele vá praticar seus hobbies ou outras atividades

cívicas, ao invés de investir na sua família.

h) Relevância social do trabalho

Diz respeito ao empenho do trabalhador, no sentido de a organização

não propiciar a depreciação de seu trabalho e da sua profissão. Essa categoria

destaca os seguintes indicadores:

valorização do trabalho: percepção do sentido de valorização e

relevância do trabalhador, atribuído ao seu trabalho, pela organização e

pela comunidade;

imagem e responsabilidade social da organização: percepção do

trabalhador quanto à importância e responsabilidade do seu trabalho e

da sua organização em dar um retorno à comunidade. (WALTON, 1973).

Os colaboradores percebem o valor de suas carreiras e do seu trabalho

ao perceberem as atitudes de responsabilidade social da empresa. Algumas

atitudes das empresas acabam deixando os colaboradores orgulhosos, de

forma que cada atitude de responsabilidade social adotada pela empresa tem o

poder de aumentar a qualidade de vida dos indivíduos, como a participação em

campanhas políticas; se relacionar com países em desenvolvimento, entre

outras.

Segundo o autor, essas atitudes aumentam a credibilidade da empresa

na comunidade, melhorando a imagem da organização perante a população

como um todo. Esses critérios preconizados por Walton (1973), ao se

interrelacionarem mostram as possibilidades que o indivíduo possui para

construir seu próprio conceito de QVT. Esses critérios não tem a mesma

relevância para todos os indivíduos, o tempo de lazer para a família, por

exemplo, pode ser extremamente importante na vida de algumas pessoas e

pode não ser tão importante para outras, gerando uma visão diferente de QVT.

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A proposta de Walton é considerada um modelo clássico e tem sido

utilizada como referência na análise de experimentos sobre a QVT, segundo

Fernandes (1996). Alguns questionamentos feitos por Walton, que servem de

diretrizes para determinar seus oito “critérios” para a QVT, são descritos por

Rodrigues (2001, p. 82):

Como deveria a Qualidade de Vida no Trabalho ser conceituada e como ela pode ser medida? Quais são os critérios apropriados e como eles são inter-relacionados? Como cada um é relacionado à produtividade? São estes critérios uniformemente destacados em todos os grupos de trabalho?

Segundo Walton comentado por Rodrigues (2001), esses

questionamentos são importantes para a pesquisa de QVT nas empresas.

Desse modo, como aponta Rodrigues (2001), essas oito “categorias

conceituais” são propostas com a intenção de fornecer estrutura para analisar

as características da QVT.

O modelo de Walton é considerado abrangente porque inclui em sua

abordagem questões relacionadas à força de trabalho, ou seja, está

diretamente relacionada ao indivíduo e, como afirma Alves (2001), esse fato

justifica-se porque o modelo inclui fatores de higiene do trabalho, condições

físicas do trabalhador, aspectos relacionados à segurança e também à

remuneração, segundo Lima (1995).

Fernandes (1996) considera que mesmo as divergências das

preferências pessoais, bem como as diferenças individuais ligadas à cultura,

classe social, educação, formação da personalidade, etc., são fatores

intervenientes na Qualidade de Vida no Trabalho, para a grande maioria da

população. Desconsiderar esses fatores na QVT pode provocar reações

adversas nos trabalhadores, tendo-se como consequência uma redução da

satisfação no trabalho.

4.5.2 Recursos humanos versus qualidade de vida no trabalho

O setor de RH além do desafio de promover iguais oportunidades de

emprego, também procura melhorar a qualidade de vida no trabalho. Os

esforços para melhorar a qualidade de vida no trabalho procuram tornar os

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cargos mais produtivos e satisfatórios. Quando os cargos precisam ser

reformulados, as mudanças são feitas por gerentes operativos sem o

envolvimento direto do setor de Recursos Humanos. Porem outros gerentes

buscam na assistência desse departamento, motivos que possam ajudar a

combinar as necessidades humanas com as do cargo. Os especialistas de

pessoas precisam estar informados a respeito de como melhorar a qualidade

de vida no trabalho por meio a reformulação de cargo e fatores que influenciam

o projeto de cargo e qualidade de vida no trabalho. (FERNANDES, 1996;

WETHE).

A qualidade de vida no trabalho é um desafio importante à administração

do setor de Recursos Humanos. De Acordo com Wether e Davis (1983) as

exigências sobre o projeto de cargo são organizacionais, ambientais e

comportamentais. Quando são cuidadosamente consideradas e

consequentemente combinadas com um projeto apropriado do cargo, o

resultado é um cargo produtivo e satisfatório. Mas quando os insumos ou

produtos desejados são omitidos, resultam problemas. Os elementos

organizacionais do projeto de cargo dizem respeito à eficiência e os cargos

projetados eficientemente permitem que um trabalhador altamente motivado e

capaz consiga o máximo de produção.

Outro aspecto do projeto de cargos refere-se aos elementos ambientais.

Como acontece com a maioria das atividades de pessoal, o projeto de cargo

não podem ignorar a influência do ambiente externo. Ao projetar cargos, os

especialistas de pessoal e os gerentes devem considerar a habilidade e a

disponibilidade de empregados potenciais ao mesmo tempo, as expectativas

sociais também devem ser ponderadas. Habilidades e disponibilidades de

empregados, as considerações de eficiência precisam estar equilibradas com

as habilidades e disponibilidades das pessoas que vão realizar o trabalho.

(WERTHER; DAVIES, 1983).

Os cargos não podem ser projetados, utilizando apenas os elementos

que ajudam a eficiência. Agir dessa maneira omite as necessidades humanas

das pessoas que devem desempenhar o trabalho. Em lugar disso, os

projetistas de cargo recorrem pesadamente à pesquisa comportamental a fim

de promoverem um ambiente de trabalho que ajude a satisfazer as

necessidades individuais. (FERNANDES, 1996).

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Conforme Pedroso, Pilatti e Cantorani (2009) o problema com alguns

cargos é que eles têm falta de qualquer identidade de tarefa. Os trabalhadores

não podem apontar alguma peça de trabalho completo quando um cargo tem

falta de identidade. Eles têm pouco senso de responsabilidade e podem não

sentir orgulho pelos resultados. Depois de completarem seu trabalho, podem

sentir pouco senso de realização. Quando as tarefas são agrupadas de modo

que os empregados sintam que estão fazendo uma contribuição identificável, a

satisfação no cargo aumenta de modo significativo.

Os elementos comportamentais de projeto de cargo informam os

especialistas de pessoal para acrescentar mais autonomia, variedade,

identidade de tarefa e retroinformação. Mas os elementos de eficiência

apontam para maior especialização, menor variedade, autonomia mínima e

outros elementos contraditórios. Assim, tornar os cargos mais eficientes pode

fazer com que sejam menos satisfatórios. Inversamente, cargos satisfatórios

podem revelar ser ineficientes. (RODRIGUES, 1994).

A fim de aumentar a qualidade de vida no trabalho, para os que têm

cargos que não ofereçam oportunidades para realização, reconhecimento e

crescimento psicológico, os setores de Recursos Humanos podem usar uma

variedade de métodos a fim de melhorar os cargos através de reformulação. As

técnicas mais amplamente praticadas incluem rotação de cargo, aumento de

cargo e enriquecimento de grupo de trabalho. Essas técnicas, usualmente, são

referidas como programas de qualidade de vida no trabalho. (CHIAVENATO,

2004).

4.6 Ferramentas para a gestão de qualidade de vida no trabalho

Destacando a característica do modelo de Walton para o estudo do

QVT, é preciso refletir sobre os focos, os indicadores que atuam no

gerenciamento desse estudo. São destacados os focos: potencial humano,

saúde e segurança do trabalho e sistemas de qualidade. (LIMONGI-FRANÇA,

2009).

Quanto ao potencial humano, especifica-se a capacitação, a motivação e

o desenvolvimento profissional da força de trabalho, sem deixar de lado todas

as políticas e ações que são inerentes ao aprendizado organizacional.

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Referindo à saúde e segurança do trabalho, observa-se a prevenção,

correção ou reparação de aspectos humanos no tocante à neutralização dos

possíveis riscos nas condições de trabalho para os funcionários.

O fator de grande importância dos mecanismos e indicadores da QVT, a

área que responde pela segurança industrial, higiene e medicina do trabalho,

interfere diretamente na relação dos empregados e empresa, pois existem

mecanismos que interferem constantemente na prevenção, na correção das

ações que estão ligadas a esta área, viabilizando o subsistema das ações do

RH. (VASCONCELOS, 2001).

Para os sistemas de qualidade, o destaque maior fica para as políticas

voltadas para a Qualidade Total. Pode-se citar como exemplo a certificação

ISO 9000 e outras práticas que estão literalmente centradas na satisfação do

cliente. Conforme Ohashi e Melhado (2004), fazendo e destacando a revisão

das normas que avaliavam os indicadores, nos anos de 2000, passou a se

considerar a medição de desempenho como parte integrante do processo de

avaliação e como sistema de gestão da qualidade. E, utilizando-se do

monitoramento de cada um dos processos, dos produtos, dos serviços e da

satisfação dos consumidores é que se pode buscar a melhoria contínua do

sistema organizacional.

Os indicadores para a gestão de QVT são as ferramentas que permitem

um melhor planejamento dos critérios e objetivação para a avaliação do

controle da qualidade em determinadas ações e contextos.

A ideia é – com o auxílio de indicadores – viabilizar maior capacidade estratégica, gerencial e operacional para questões de Qualidade de Vida no Trabalho. A consolidação de indicadores de Gestão de Qualidade de Vida no Trabalho pode levar a área de gestão de pessoas a um amadurecimento conceitual e metodológico com a mesma importância de outras áreas da organização. Devem-se localizar e descrever aspectos que permitam registro, comparações e avaliações na construção de um método de análise baseado em indicadores. (LIMONGI-FRANÇA, 2009, p.177).

Cabe ressaltar que a QVT é consolidada pelos indicadores quando

estes permitem que todo o processo de avaliação seja construído de maneira

que possibilite avaliações constantes com reflexibilidade e gerenciamento do

contexto da organização empresarial. Tais procedimentos levam a uma

constante análise por parte da área de gestão de pessoas que, com as

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medidas devidas, tornam a empresa com uma estrutura mais amadurecida e

melhor preparada, além de solidificada, em seus próprios critérios avaliativos e

sistematizáveis.

Figura 6 - Indicadores Empresariais de GQVT – Limongi-França

Critérios Foco

Organizacional Imagem, Treinamento & Desenvolvimento, Processos e Tecnologia, Comitês

de Decisão, Ausência de Burocracia, Rotina de Pessoal

Biológico Semana Interna de Prevenção de Acidentes, Controle de Riscos

Ergonômicos – PPRA, Ambulatório Médico, Ginástica Laboral Refeição

(Refeitório), Saúde – PCSMO, Comissão – CIPA

Psicológico Recrutamento e Seleção, Avaliação do Desempenho

Camaradagem – Clima Organizacional, Carreira, Salário, Vida Pessoal

Social Convênios Comerciais, tempo livre – Lazer, Filhos, Cesta Básica,

Previdência Privada, Financiamento de Custos

Fonte: adaptado de Limongi-França, 2009.

Quando se usam os indicadores, observa-se uma das melhores

formas de se medir e avaliar a qualidade de produtos, processos e clientes,

permitindo que a QVT seja constantemente analisada e avaliada. É importante

ressaltar que o uso de um sistema de indicadores requer uma constante

estruturação de cada indicador utilizado, de maneira que a cada coleta, a cada

processamento e cada análise da mão-de-obra e sua utilização sejam levados

em consideração os resultados obtidos, de forma que seja avaliado,

sistematicamente, cada momento.

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5 ESTUDO DE CASO

5.1 Local do estudo

Empresa DG Conservadora Ltda.

5.2 Características do local

A DG Conservadora é uma empresa familiar, cuja atividade principal é:

Terceirização de prestação de serviços em geral sendo: Serviços no Segmento

de conservação e limpeza, Serviços de Manutenção nas áreas civil, elétrica,

mecânica, mecânica Industrial, hidráulica, locação de máquinas e veículos

(caminhão pipa).

Ressalta-se a importância de conceituar o real sentido de Terceirização,

sendo: uma moderna técnica de gestão estratégica de empresas que visa ao

fomento da competitividade empresarial através da distribuição das atividades

intermediárias, a empresas especializadas nessas atividades. A fim de que

possam concentrar-se no planejamento, na organização, no controle, na

coordenação e na direção da atividade principal. (QUEIROZ, 2004).

“É um processo planejado de transferência de atividades para serem

realizadas por terceiros”. (PAGNONCELLI, 1993, p.10). É considerado um

processo, porque é contínuo e permanente. Devendo ser planejado,

considerando o referencial do planejamento estratégico, para não comprometer

o próprio futuro da organização. E observado a atividade que não seja o âmago

da missão da empresa, e sim para ser autorizada a sua execução fora da

empresa.

Definida ainda como sendo a contratação de serviços por meio de

empresas, intermediárias entre o tomador de serviços e a mão-de-obra,

mediante contrato de prestação de serviços.

Em resumo podemos definir Terceirização, sendo a transferência de

atividade-meio (não essenciais) da empresa para os profissionais contratados

para a execução das mesmas. Resultando em garantia para que a empresa

concentre suas energias nas atividades-fim. Passando a atividade não

essencial da empresa tomadora (cliente), para ser a atividade principal na

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terceirizada. Na terceirização, os parceiros têm interdependência empresarial

estabelecendo-se uma relação de confiança. A legislação que regulamenta a

atividade de terceirização é o Enunciado do Tribunal Superior do Trabalho TST

nº 331, que reconhece a legitimidade da subcontratação de atividades que seja

o objetivo principal, para qual a empresa foi instituída. (SILVA, 2011).

Fica alheia a esta modalidade a ação de subordinação e pessoalidade

das pessoas contratadas para efetuar as atividades repassadas, a contratação

de atividades que seja o objetivo principal, para qual a empresa foi instituída.

5.3 Pesquisa exploratória por estudo de caso com aplicação de

questionário

Estudo de caso.

5.4 Universo do estudo

Funcionários da DG Conservadora.

5.5 Variáveis estudadas

Grau de satisfação dos funcionários com relação ao ambiente interno;

Nível de adequação das práticas de recursos humanos desenvolvidas;

Influência de políticas internas de valorização profissional no empenho

dos funcionários;

Viabilidade dos instrumentos de motivação profissional aplicados.

5.6 Coleta de dados

Realizada através de observação, entrevistas, questionários e pesquisas

bibliográficas e documentais.

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5.7 Desenvolvimento do estudo

Foi realizada uma sondagem preliminar por meio de um instrumento de

consulta simples junto aos sócios e gerentes dos setores explicando a

finalidade da pesquisa e a importância relacionadas à Qualidade de Vida no

Trabalho como fator de melhoria na Gestão das Pessoas.

Os dados foram obtidos através da observação e questionários. É de

extrema importância que o pesquisador-autor tenha senso investigativo e

flexível transformando situações imprevistas em oportunidades, ou seja, é

necessário que o pesquisador-autor construa uma ponte entre a informação

recebida e a teoria (preposições) a fim de processar o que é mais relevante

para o estudo em questão e evitar o risco de erros.

De posse dos questionários respondidos, foi feita uma análise para

averiguação de onde deverá haver uma melhoria ou uma nova implantação

(sugestão), e indicações para melhoria na qualidade de vida no trabalho dos

funcionários.

Esse relatório forneceu subsídios para apontar as necessidades e

insatisfações dos funcionários. Diante de todas as informações, será sugerido

um programa de Qualidade de vida no trabalho na empresa DG Conservadora

Ltda.

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6 ANÁLISE DE RESULTADOS

Após aplicado o questionário os dados coletados foram tabulados e

apresentados graficamente a seguir.

Gráfico 1 - Gênero dos participantes da pesquisa, DG Conservadora, 2012

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

A caracterização da população baseada nos gêneros masculino e

feminino, mostrando que a grande maioria dos entrevistados, 69,11%, pertence

ao gênero masculino e 30,89% ao gênero feminino.

Gráfico 2 - Faixa etária dos participantes da pesquisa, DG Conservadora, 2012

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

69,11%

30,89%

Masculino

Feminino

11%

24%

24%

26%

11%2% 2%

Até 18 à 23 Anos de 24 à 29 Anos de 30 à 35 Anos de 36 à 41 Anos

de 42 à 46 Anos de 47 à 52 Anos Acima de 53 Anos

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A idade dos participantes variou de 18 a 53 anos, sendo que estão na

faixa etária de 36 a 41 anos; 26,02%, e na faixa etária entre 24 a 35 anos

representam 59 participantes, 47,97% .

Gráfico 3 - Tempo de trabalho dos participantes da pesquisa, DG Conservadora, 2012

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

Verificou-se que o tempo de permanência dos colaboradores da DG

Conservadora é variado, sendo que o maior período apresentado é de 06

meses a 01 ano correspondendo a 53 funcionários, o equivalente a 43%, sendo

que o percentual de 40% corresponde a 49 respondentes que estão no período

de 01 a 05 anos na empresa.

Gráfico 4 - Grau de escolaridade dos entrevistados, DG Conservadora, 2012

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

43%

40%

11%

2% 3% 1%

06 Meses À 1 Ano de 01 à 5 Anos de 06 à 11 Anos

de 12 à 17 Anos de 18 à 23 Anos Acima de 23 Anos

47%

45%

5% 3%

Nível Básico

Nível Médio

Nível Superior

Outros

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A maioria dos respondentes possui apenas o nível básico de

escolaridade, perfazendo um total de 47%, do qual corresponde a 58 pessoas,

e 44% que correspondem a 55 pessoas.

Gráfico 5 – Entrevistados da DG Conservadora, questionados quanto a estudar atualmente

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

De acordo com a amostragem 72,36% dos respondentes disseram que

não estudam, e o restante de 27,64%, disseram que estão estudando.

1) A empresa disponibiliza equipamentos e materiais necessários para

execução de suas tarefas?

Gráfico 6 - Disponibilização de equipamentos e materiais necessários para as tarefas

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

27,64%

72,36%

Estuda Sim

Estuda Não

96,75%

3,25%Sim

Não

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71

Do total dos respondentes, 96,75% afirmaram que a empresa

disponibiliza equipamentos e materiais para execução de suas tarefas se

somente 3,25% responderam o contrário.

2) O seu trabalho se associa a algum desgaste emocional e/ou

sofrimento psicológico?

Gráfico 7 - Associação do trabalho a algum desgaste emocional e/ou

sofrimento psicológico

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

Conforme dados demonstrados pelos entrevistados, para 50

pessoas que representam 47,15% concordam que seu trabalho não associa a

nenhum desgaste emocional, 37,4% às vezes, dependendo da carga horária,

tempo de execução e quantidade de tarefas poderá sim, sofrer desgaste ou

sofrimento psicológico. No entanto para 19 pessoas, 15,45% considerando seu

trabalho um sofrimento, associado com desgaste emocional.

15,45%

47,15%

37,40%

Sim

Não

Às vezes

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3) A empresa oferece aos funcionários um local de trabalho limpo

agradável e organizado?

Gráfico 8 - Oferta de local de trabalho limpo agradável e organizado

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012.

Total dos entrevistados de 123 pessoas, 79 respondentes disseram que

sim, a empresa fornece um local limpo, agradável e organizado o qual

corresponde 64,23%, para 38 pessoas consideram que o ambiente, às vezes

se encontra limpo, agradável e organizado que totaliza um percentual de

30,89% e para 06 pessoas a empresa não oferece um ambiente favorável o

que corresponde 4,88%.

4) A jornada de trabalho está adequada aos padrões legais?

Gráfico 9 - Jornada de trabalho adequada aos padrões legais

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012.

64,23%4,88%

30,89%

Sim

Não

Às vezes

94,31%

5,69% Sim

Não

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73

A maioria dos entrevistados representados por 94,31% concordaram

que a empresa oferece uma jornada de trabalho de acordo com as leis

trabalhistas, respeitando os direitos dos trabalhadores, sem excesso de carga

horária, nos critérios da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT),

considerando horário normal de trabalho.

5) Sua jornada de trabalho interfere na sua vida particular?

Gráfico 10 - Interferência da jornada de trabalho na vida particular

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

Considerando que o colaborador fica a maioria do dia em seu ambiente

de trabalho, do total de 123 respondentes para 71 pessoas (58%), a jornada de

trabalho não interfere em sua vida particular. Porém, para 35 colaboradores

(28%), afirmam que o seu trabalho às vezes interfere em sua vida particular

provocando algum tipo de desgaste e para 17 pessoas (14%), consideram

existir interferência do trabalho em vida particular.

14%

58%

28%

Sim

Não

Às vezes

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74

6) Existe liberdade para planejar as prioridades do seu trabalho e para

executá-lo dentro do ambiente organizacional?

Gráfico 11 - Existe liberdade para planejar as prioridades do seu trabalho e para executá-lo

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

Durante a execução das tarefas diárias de trabalho, 74 pessoas que

correspondem 60,16% afirmaram ter liberdade para planejá-las, já 36 pessoas

das quais representam 29,27%, afirmam que às vezes existe essa liberdade de

planejamento das atividades, já 13 pessoas que totaliza 10,57% consideram

não ter liberdade para o planejamento das atividades.

7) Há fornecimento, por parte da empresa, de retorno ao trabalhador

sobre suas atitudes, comportamentos e resultados?

Gráfico 12 - Fornecimento de retorno sobre suas atitudes, comportamento e resultados

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

60,16%

10,57%

29,27%

Sim

Não

Às vezes

49,59%

15,45%

34,96%

Sim

Não

Às vezes

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De acordo com os dados 49,59% colaboradores dizem receberem

feedback de suas atitudes e comportamentos, outros 43 pessoas que somam

34,96% afirmam que o feedback acontece ocasionalmente, já o restante 19

pessoas que totalizam 15,45% afirmam nunca receberam o retorno de suas

atitudes e comportamentos.

8) Existem políticas de incentivos que buscam desenvolver as

potencialidades das pessoas e visam facilitar o processo de

educação continuada?

Gráfico 13 - Existência de políticas de incentivos das potencialidades do processo de educação continuada

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

Quanto às políticas de incentivo, educação continuada e realização

pessoal e profissional, a maioria respondeu que existem grandes incentivos

para o crescimento profissional sendo que 88 dos entrevistados (71,54%)

acreditam também ser um dos pontos positivos para a empresa. Porém 35

pessoas (28,46%) afirmaram o contrario, desconhecem as políticas de

incentivo.

71,54%

28,46%

Sim

Não

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9) Você considera seu trabalho uma forma de crescimento e

realização pessoal e profissional?

Gráfico 14 - Consideração do trabalho como forma de crescimento e realização pessoal e profissional

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

De acordo com dados do questionário para 53,66% dos funcionários,

consideram que o trabalho é uma forma de crescimento e realização, para

24,39% das pessoas não consideram o trabalho como forma de crescimento e

realização, já para o restante 21,95%, acham que às vezes o trabalho é uma

forma de realização pessoal e profissional.

53,66%

24,39%

21,95%Sim

Não

Às vezes

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10) A empresa tem políticas e programas de treinamento e

desenvolvimento sólidos e sistematizados para todas as funções?

Gráfico 15 - Existência de políticas e programas de treinamento e desenvolvimento sólidos e sistematizados para todas as funções

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

Quanto à política de treinamento e desenvolvimentos a maioria

composta por 65,04% dos participantes afirma que todos os funcionários

participam de treinamentos e desenvolvimento, outros 28,46% dizem que os

treinamentos acontecem de vez enquanto, o restante de 6,5% diz que não

recebe treinamentos.

65,04%6,50%

28,46%

Sim

Não

Às vezes

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11) A política de remuneração está dignamente compatível com suas

as necessidades pessoais?

Gráfico 16 - Compatibilidade da política de remuneração com suas necessidades pessoais

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

Para a maioria 88 pessoas (71,54%), concordaram com a política de

remuneração estão compatíveis com as necessidades pessoais, para as outras

pessoas 35 pessoas (28,46%) dizem que a política não é compatível com as

suas necessidades.

71,54%

28,46%

Sim

Não

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12) Na empresa, seus colegas são discriminados pela aparência, estilo

de vida, sexo, raça ou religião?

Gráfico 17 - Existe discriminação quanto à aparência, estilo de vida, sexo, raça ou religião

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

No quesito discriminação 67,48% dizem que não existe nenhum tipo de

discriminação, já outros 17,89% afirmam que às vezes acontece algum tipo de

discriminação, e para os outros 14,63% declara que sofrem algum tipo de

discriminação na empresa.

13) A gestão da empresa transmite segurança para a manutenção dos

empregos?

Gráfico 18 – Transmissão de segurança para a manutenção dos empregos por parte da gestão da empresa

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

14,63%

67,48%

17,89% Sim

Não

Ás vezes

87,80%

12,20% Sim

Não

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O ponto forte das empresas é exclusivamente sua gestão que busca

transmitir segurança na relação empregador e empregado, dos entrevistados

108 respondentes (87,8%) afirmaram com categoria ser de grande relevância a

gestão para manutenção dos empregos e para 15 (12,2%) não acreditam na

gestão como sendo ferramenta que auxilia o relacionamento nos empregos.

14) A empresa adota a política de integração e interação dos

funcionários na ato de sua contratação?

Gráfico 19 - Adoção de políticas de integração e interação dos

funcionários no ato de sua contratação

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012.

No que tange sobre a interação e integração dos funcionários no ato de

sua contratação, para 109 entrevistados que representam (88,62%)

responderam de maneira positiva sobre a política adotada na admissão, como

fator de relevância no inicio do relacionamento em seu ambiente de trabalho.

Mas para 14 pessoas (11,38%) negam conhecer qualquer forma de política.

88,62%

11,38%

Sim

Não

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15) Os funcionários recebem manual de procedimentos, para

conscientização das normas e obrigatoriedade para execução de

suas atividades?

Gráfico 20 - Oferta de manual de procedimentos acerca das normas e obrigatoriedade na execução de suas atividades

Fonte: Questionário aplicado na pesquisa, 2012

Para a maioria dos colaboradores 82,93% a empresa fornece o manual

de procedimentos de conhecimentos de normas e obrigatoriedade de execução

das atividades, já para 17,07% desconhece o recebimento de manual.

82,93%

17,07% Sim

Não

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7 CONCLUSÃO

A monografia abordou a temática qualidade de vida no trabalho por meio

de um estudo cujo objetivo foi captar as percepções dos trabalhadores sobre a

relevância da qualidade como atributo essencial à vida, visando compreensão

sobre como a empresa em que trabalham se comporta diante de suas

variáveis.

Diante deste contexto, observou-se a importância das organizações

buscarem através da conscientização de cada colaborador, o desejo de se criar

um ambiente mais humano, buscando soluções para questões que envolvem a

satisfação dos mesmos, pois o trabalho é o diferencial que contribui para o

desenvolvimento, crescimento, satisfação e realização profissional e pessoal.

Diante de tantas necessidades, o presente estudo foi desenvolvido a

partir do objetivo de se conhecer a percepção dos colaboradores da DG

CONSERVADORA LTDA sobre a qualidade de vida no trabalho.

O estudo partiu do pressuposto que a qualidade de vida no trabalho é

imprescindível para as organizações, visto que ela traz consigo maior

competitividade e produtividade, pois trabalhadores satisfeitos são motivados e

comprometidos com seu trabalho.

Pode-se constatar que a empresa pesquisada apresenta condições

favoráveis no atendimento das condições de trabalho, tais como clima

organizacional adequado, liberdade na programação das tarefas, investimento

em formação e política de igualdade e oportunidades.

O tema QVT no contexto estudado foi conhecido preliminarmente

através de observações na organização, nos postos de trabalhos e

posteriormente, com observações e reflexões na aplicação do questionário e

entrevista, que possibilitou aos colaboradores a oportunidade da reflexão e

conscientização da QVT com base em suas experiências.

O estudo proporcionou um conjunto de conhecimento sistematizado

sobre a qualidade de vida no trabalho com a relevância de apresentá-lo como

de grande importância para o desenvolvimento do trabalhador e da empresa.

Constatou-se mediante o questionário que a empresa acata

integralmente a legislação trabalhista e observa os padrões legais. Confirmou

também que os recursos de trabalho e equipamentos são adequados e de

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qualidade. O ambiente é limpo, confortável e bem estruturado, e os

funcionários trabalham dentro dos padrões de saúde exigidos por lei.

Com o intuito de amenizar, suplantar e até extinguir esse desafio, notou-

se que a organização procura criar incentivos e meios para a melhoria da

produtividade, sendo que estes vão além da remuneração e gratificações,

buscam promover a qualidade, proporcionar maior resistência ao estresse,

tornando-os mais motivados para desenvolver seu trabalho com mais

eficiência, apresentando maior estabilidade emocional, melhorando a sua auto-

estima e relacionamento.

Observou-se que um dos pontos favoráveis durante a entrevista, foi a

conscientização da maioria, quanto à política de remuneração, que está

compatível com as necessidade pessoais, demonstrando a importância da

satisfação com o trabalho e conseqüentemente aumento de produtividade.

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8 PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA QVT NA DG

8.1 Título do Projeto

Importância da Qualidade de Vida no Trabalho

8.2 Objetivo do Projeto

Propor sugestões de melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho

8.3 Objetivos Específicos

Envolver a participação dos gestores da empresa, em relação ao

levantamento e apresentação dos dados;

Criar formas de intensificar a participação dos colaboradores e seus

pares, promovendo maior interação e companheirismo;

Despertar a conscientização dos gestores visando promover a qualidade

de vida do trabalhador, que visa facilitar e satisfazer as necessidades do

trabalhador ao desenvolver suas atividades na organização;

Avaliar o grau de comprometimento dos colaboradores, através da

satisfação com o trabalho e conseqüentemente procurar desenvolver

um ambiente mais humano.

8.4 Descrição

A complexidade do tema QVT no contexto estudado foi conhecida

preliminarmente através de visitas na organização, nos postos de trabalhos e

posteriormente, com observações e reflexões na aplicação do questionário,

que possibilitou aos colaboradores a oportunidade da reflexão e

conscientização da QVT com base em suas experiências.

Ações de melhoria na Qualidade de Vida do funcionário podem gerar um

aumento da produtividade da companhia. Limongi-França (2004, p. 42) afirma

que há uma “íntima correlação entre melhoria da Qualidade de Vida das

pessoas e estilo da vida dentro e fora da organização” e que essa melhoria

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“causará impacto na excelência e na produtividade dos indivíduos em seu

trabalho”.

Tendo em vista que o QVT esta relacionado com a satisfação do

funcionário, pode-se constatar conforme pesquisa aplicada na empresa, a

existência de um elevado grau de satisfação dos funcionários para com a

mesma, de acordo com os gráficos confeccionados para demonstração de tais

resultados.

No entanto, pode-se ainda constatar que alguns fatores devem ainda ser

melhorados e outros ainda implantados.

Um dos pontos que pode ser trabalhados, esta relacionado ao desgaste

emocional e/ou sofrimento psicológico. Tendo em vista que importância da

implantação QVT consiste com o objetivo primordial que o desenvolvimento e

melhoria do nível da saúde do ser humano, que é o completo bem estar físico,

mental e social, propõe-se neste projeto a implantação de um

acompanhamento psicológico. Sugere-se ainda a implantação de treinamentos

visando a reciclagem dos colaboradores.

Estima-se que diante de tais ações haverá um aumento no nível de

satisfação do funcionário para com a empresa e com seu auto-

desenvolvimento.

8.5 Custos do Projeto

Tabela 6 - Custos para implantação do Projeto de QVT na DG Conservadora

Atividades Profissional Valor (R$)

Consultoria/Treinamentos 2.000,00

Acompanhamento Psicológico 2.500,00

Materiais Didáticos 800,00

Material de escritório 90,00

Aluguel/ Sala 600,00

Total 5.990,00

Fonte: Elaborado pela autora

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8.6 Cronograma do Projeto

Figura 7 - Cronograma de implantação do projeto de QVT na DG Conservadora

2012

ATIVIDADES / PERÍODOS 8 9 10 11 12

1 Reunião com o Gerente X

2 Definição do Profissional X X

3 Contratação do Profissional X

4 Aplicação do Programa X X

5 Mensuração dos Resultados X

Fonte: Elaborado pela autora

8.7 Benefícios esperados

Espera-se com tais ações um conjunto de conhecimento sistematizado

sobre a qualidade de vida no trabalho com a relevância de apresentá-lo como

de grande importância para o desenvolvimento do trabalhador e da empresa.

Sendo que uma das preocupações que os empresários e

administradores têm hoje, com relação aos trabalhadores, é justamente no

sentido da humanização. Visando que uma empresa mais humanizada agrega

valores, promovem melhoria na qualidade de vida e no trabalho, buscam

relações mais justas e livres de preconceitos, além de contribuírem para o

crescimento e desenvolvimento das pessoas tornando-as mais satisfeitas com

suas atuações.

8.8 Considerações finais

A importância da implantação QVT consiste com o objetivo primordial

que o desenvolvimento e melhoria do nível da saúde do ser humano, que é o

completo bem estar físico, mental e social.

O grande diferencial quando se fala em satisfação, percebe-se que

quanto maior o seu grau, maior comprometimento e melhores resultados.

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Buscar um ambiente de trabalho mais humano, que proporcione

evolução profissional e pessoal, traz tanto para empregador como para

empregado vínculos mais forte, que geram benefícios para ambos.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS FUNCIONÁRIOS DA DG

CONSERVADORA LTDA - PARACATU/MG.

FICHA DOS DADOS PESSOAIS DOS ENTREVISTADOS

Seu cargo/ Função atual na empresa:________________ Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino Faixa Etária : ( ) até 18 a 23 anos ( ) de 24 a 29 anos ( ) de 30 a 35 anos ( ) de 36 a 41 anos ( ) de 42 a 46 anos ( ) de 47 a 52 anos ( ) Acima de 53 anos Tempo de trabalho na empresa: ( ) 06 meses a 1 ano ( ) de 1 a 5 anos ( ) de 06 a 11 anos ( ) de 12 a 17 anos ( ) de 18 a 23 anos ( ) Acima de 23 anos Grau de escolaridade completa: ( ) Nível Básico ( ) Nível Médio ( ) Nível Superior ( ) Outros Estuda Atualmente: ( ) Sim ( ) Não 01) A empresa disponibiliza equipamentos e materiais necessários para execução de suas tarefas? ( ) Sim ( ) Não 02) O seu trabalho se associa a algum desgaste emocional e/ou sofrimento psicológico? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 03) A empresa oferece aos funcionários um local de trabalho limpo agradável e organizado? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 04) A jornada de trabalho está adequada aos padrões legais? ( ) Sim ( ) Não 05) Sua jornada de trabalho interferi na sua vida particular? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 06) Existe liberdade para planejar as prioridades do seu trabalho e para executá-lo dentro do ambiente organizacional? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 07) Há fornecimento, por parte da empresa, de retorno ao trabalhador sobre suas atitudes, comportamentos e resultados? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes

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08) Existem políticas de incentivos que buscam desenvolver as potencialidades das pessoas e visam facilitar o processo de educação continuada? ( ) Sim ( ) Não 09) Você considera seu trabalho uma forma de crescimento e realização pessoal e profissional? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 10) A empresa tem políticas e programas de treinamento e desenvolvimento sólidos e sistematizados para todas as funções? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 11) A política de remuneração está dignamente compatível com suas as necessidades pessoais? ( ) Sim ( ) Não 12) Na empresa, seus colegas são discriminados pela aparência, estilo de vida, sexo, raça ou religião? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes

13) A gestão da empresa transmite segurança para a manutenção dos empregos? ( ) Sim ( ) Não

14) A empresa adota a política de integração e interação dos funcionários na ato de sua contratação? ( ) Sim ( ) Não

15) Os funcionários recebem manual de procedimentos, para conscientização das normas e obrigatoriedade para execução de suas atividades. ( ) Sim ( ) Não