FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia Fernando Luiz …s/Monografia Pronta Formatada... ·...

61
FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia Fernando Luiz dos Anjos APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE CAWTHORNE E COOKSEY ADAPTADO PARA MELHORA DA SINTOMATOLOGIA EM UM PACIENTE COM VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA: estudo de caso. Paracatu 2013

Transcript of FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia Fernando Luiz …s/Monografia Pronta Formatada... ·...

FACULDADE TECSOMA

Curso de Fisioterapia

Fernando Luiz dos Anjos

APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE CAWTHORNE E COOKSEY ADAPTADO

PARA MELHORA DA SINTOMATOLOGIA EM UM PACIENTE COM VERTIGEM

POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA:

estudo de caso.

Paracatu

2013

Fernando Luiz dos Anjos

APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE CAWTHORNE E COOKSEY ADAPTADO

PARA MELHORA DA SINTOMATOLOGIA EM UM PACIENTE COM VERTIGEM

POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA:

estudo de caso.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Fisioterapia da Faculdade TECSOMA,

como requisito parcial para obtenção do título de

Bacharel em Fisioterapia.

Profª.: M Sc. Cecília Nascimento

Profª.: M Sc. Michelle Faria

Paracatu

2013

Anjos, Fernando Luiz

Aplicação do protocolo de Cawthorne e Cooksey adaptado para melhora da

sintomatologia em um paciente com vertigem posicional paroxística benigna: estudo de

caso. / Fernando Luiz dos Anjos. Paracatu, 2013.

61f.

Orientadora: Michelle Faria Lima

Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Graduação em Fisioterapia.

1. Reabilitação Vestibular. 2. Vertigem posicional. 3. Fisioterapia na VPPB. I. Lima,

Michelle Faria. II. Faculdade Tecsoma. III. Título.

CDU: 615.8:616.8

Fernando Luiz dos Anjos

APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE CAWTHORNE E COOKSEY ADAPTADO

PARA MELHORA DA SINTOMATOLOGIA EM UM PACIENTE COM VERTIGEM

POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA:

estudo de caso.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Fisioterapia da Faculdade TECSOMA,

como requisito parcial para obtenção do titulo de

Bacharel em Fisioterapia.

____________________________________________

M Sc. Michelle Faria Lima – Orientadora temática

Faculdade Tecsoma

____________________________________________

M Sc. Cecília Nascimento – Orientadora metodológica

Faculdade Tecsoma

Paracatu, 05 de dezembro de 2013.

Dedico a minha mãe e aos meus avós que sempre

me deram o seu carinho e confiança sendo peça

fundamental na realização deste trabalho.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus porque sem a sua ajuda, força e paciência eu não

estaria neste momento concluindo um sonho em minha vida, obrigado pai.

Agradeço em especial meu avô Iraídes pelo carinho e confiança depositados em mim,

sempre me dando força e palavras de estimulo, obrigado pelo seu companheirismo, sempre

me estimulando a conquistar e vencer, sem o seu amor este sonho nunca teria se realizado.

Agradeço em especial também a minha mãe Eliane e minha Avó Maria Aparecida,

pelo empenho, carinho, amor incondicional, e principalmente força para nunca desistir dos

meus sonhos e lutar por ele, amo muito vocês.

Agradeço com uma forma especial a minha noiva Fabrícia e o meu filho Luiz Otávio

porque posso dizer com toda certeza que vocês foram o combustível principal para que eu

continuasse esta trajetória, agradeço a confiança, carinho e o amor destinado a mim, amo

vocês.

Agradeço a todos meus familiares pelo carinho, companheirismo e força, agradeço a

todos, meu irmão, tios e primos, obrigado.

Agradeço aos meus colegas de sala pelos dias de sorrisos, pelo companheirismo que

sempre tivemos uns com os outros, pela amizade que tenho certeza que irá durar eternamente

obrigado a todos vocês.

Agradeço aos professores, principalmente pela paciência, ajuda e disposição, sem

vocês com certeza eu não estaria realizando mais um sonho em minha vida, obrigado a todos.

Agradeço a todos que me ajudaram direto e indiretamente para realização deste sonho.

O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus,

a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o

meu alto refúgio (Sl 18.2)

RESUMO

A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é vista como alguns episódios rápidos e

súbitos de vertigem, náuseas ou nistagmo, devido à mudança repentina de posição da cabeça

no espaço, essa vertigem acontece devido às partículas de cálcio soltas no labirinto, com o

movimento da cabeça essas partículas irão se deslocar e acelerar a endolinfa provocando uma

movimentação anormal da cúpula provocando a vertigem. O objetivo deste estudo foi avaliar

a eficácia dos exercícios de reabilitação vestibular com os protocolos de Cawthorne e

Cooksey adaptados se houve uma melhora no equilíbrio corporal, qualidade de vida e redução

dos sinais e sintomas sofridos pela paciente. Foi selecionada uma paciente, sexo feminino

com idade entre 50 e 60 anos, com sintomas de vertigem ao realizar movimentos da cabeça e

diminuição de equilíbrio e propriocepção, a paciente foi submetida a 12 sessões de

fisioterapia. A paciente teve uma melhora em todos seus aspectos, o equilíbrio corporal

melhorou de 38 pontos chegando ao escore total de 56 pontos na escala de Berg, em seu

aspecto funcional teve uma melhora quase que total no qual o escore inicial era de 30 pontos e

foi reduzido para 2 pontos, já no aspecto físico houve uma melhora total, o seu escore inicial

era de 20 pontos e foi reduzido a zero pontos após a reabilitação, o mesmo aconteceu no

aspecto emocional seu escore inicial era de 24 pontos e foi reduzido a zero comprovando a

eficácia do tratamento proposto. Observa-se no presente estudo uma grande diferença dos

valores pré-tratamento e pós-tratamento, concluindo assim, que este tipo de tratamento é uma

ótima estratégia para melhora do equilíbrio corporal e atinge principalmente o âmbito da

qualidade de vida, proporcionando ao paciente realizar suas atividades de vida diária sem

prejuízo e sem sintomas.

Palavras-chave: Reabilitação Vestibular. Vertigem posicional. Fisioterapia na VPPB.

ABSTRACT

Benign paroxysmal positional vertigo (BPPV) is seen as some quick and sudden episodes of

vertigo, nausea and nystagmus due to sudden change in head position in space, that vertigo is

due to calcium particles loose in the maze, with the movement of head these particles will

move and accelerate the endolymph causing an abnormal movement of the dome causing

vertigo. The aim of this study was to evaluate the effectiveness of vestibular rehabilitation

exercises with the protocols Cawthorne and Cooksey adapted if there was an improvement in

body balance, quality of life and reducing signs and symptoms suffered by the patient. We

selected a patient, female aged between 50 and 60 years, with symptoms of dizziness when

performing head movements and decreased balance and proprioception, the patient underwent

12 sessions of physiotherapy. The patient had an improvement in all its aspects, body balance

improved from 38 points coming in the total score of 56 points on the scale of Berg, in its

functional aspect had improved almost complete in which the initial score was 30 points and

was reduced to 2 points, since the physical aspect there was a total improvement, your initial

score was 20 points and was reduced to zero points after rehabilitation, the same happened in

the emotional aspect of your initial score was 24 points and was reduced to zero proving the

effectiveness of the proposed treatment. Observed in this study a difference of values pre-

treatment and post-treatment, therefore concluding that this type of treatment is a great

strategy for improving body balance and mainly affects the scope of the quality of life,

helping the patient perform their daily activities without prejudice and without symptoms.

Keywords: Vestibular Rehabilitation. Positional vertigo. Physiotherapy in BPPV.

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Grau de equilíbrio da paciente pré-tratamento e pós-tratamento ................. 32

TABELA 2 - Grau de aspectos funcionais pré e pós-tratamento....................................... 34

TABELA 3 - Grau de aspectos físicos pré e pós-tratamento ............................................. 35

TABELA 4 - Grau de aspectos emocionais pré e pós-tratamento ..................................... 36

LISTA DE SIGLAS

AVD’s - Atividades de vida diária

CSC - Canais semicirculares

DHI- Dizziness Handicap Inventory

DSC - Ducto semicircular

PA- Pressão Arterial

RV - Reabilitação Vestibular

SNC - Sistema Nervoso Central

TENS- Neuroestimulação Elétrica Transcutânea

VPPB - Vertigem Posicional Paroxística Benigna

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 13

2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 15

3. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 16 3.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 16 3.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 16

4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 17

4.1 Anatomia do ouvido interno ............................................................................................... 17 4.2 Fisiologia do ouvido interno ............................................................................................... 18

4.3 Equilíbrio ............................................................................................................................ 18 4.4 Fisiopatologia ..................................................................................................................... 20 4.5 Quadro clínico .................................................................................................................... 21 4.6 Epidemiologia ..................................................................................................................... 22

4.7 Diagnóstico da VPPB ......................................................................................................... 22 4.8 Tratamento - Reabilitação vestibular .................................................................................. 23

4.8.1 Exercícios de Cawthorne e Cooksey ............................................................................... 25 4.8.2 Exercícios de Brandt Daroff ............................................................................................ 26

5. METODOLOGIA ................................................................................................................. 29 5.1 Tipo de estudo .................................................................................................................... 29

5.2 Características da paciente.................................................................................................. 29 5.3 Local do estudo ................................................................................................................... 29

5.4 Instrumentos utilizados ....................................................................................................... 29 5.5 Desenvolvimento do estudo................................................................................................ 30

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................ 32

7. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 38

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 37

APÊNDICES ............................................................................................................................ 42

ANEXOS .................................................................................................................................. 49

13

1. INTRODUÇÃO

A vertigem posicional paroxística benigna é um distúrbio causado por alguns cristais

de cálcio soltos na endolinfa em alguns dos canais semicirculares no ouvido interno. Segundo

Monteiro e colaboradores (2012), a vertigem posicional paroxística benigna é vista por alguns

episódios rápidos e súbitos de vertigem, náuseas ou nistagmo, devido à mudança repentina de

posição da cabeça no espaço, essa vertigem acontece devido às partículas de cálcio soltas no

labirinto no qual irá fracionar os estatocônios na mácula utricular, com o movimento da

cabeça essa partículas irão se deslocar e acelerar a endolinfa provocando uma movimentação

anormal da cúpula.

Com a presença destes cristais de carbonato de cálcio soltos nos canais semicirculares

provenientes do fracionamento dos otólitos da mácula utricular com capacidade suficiente

para ativar as terminações nervosas provocando um sinal anormal e provocando um disparo

de vertigem com a movimentação da cabeça é considerada vertigem posicional paroxística

benigna (ALVARENGA; BARBOSA; PORTO, 2011).

Marchiori e colaboradores (2011), afirmam que a vertigem posicional paroxística

benigna é caracterizada por uma crise de vertigem súbita, com grau geralmente grave, com

curta duração, e com desaparecimento total dos sintomas com cerca de 45 segundos, os

movimentos mais comuns o qual se desencadeia as crises são os de deitar e levantar da cama

virar de lado quando deitado e os movimentos da cabeça de olhar para cima.

Ganança e colaboradores (2010), dizem que a vertigem posicional paroxística benigna

é a causa de vertigem mais comum entre os adultos e que mais ou menos aos 70 anos de idade

ao menos 30% já tiveram a vertigem ao menos uma vez, e a vertigem posicional paroxística

benigna e mais comum em idosos.

A incidência pode variar em 11 a 64 casos por 100 mil habitantes, onde se tem um

aumento na faixa etária de 50 e 55 anos de idade nos casos idiopáticos e rara na infância

(ALVARENGA; BARBOSA; PORTO, 2011).

A incidência máxima da vertigem posicional paroxística benigna é quase sempre na

sexta década de vida e ocorre cerca de duas vezes mais em mulheres. Cerca de 86% dos

pacientes com essa patologia se ausentam do seu local de trabalho ou suas atividades de vida

diária são limitadas devido a patologia (SANTOS, 2012).

O canal semicircular mais acometido é o posterior com cerca de 85 a 95% dos casos e

enquanto no horizontal é de 5 a 10% dos casos, já no canal anterior não se tem muitos relatos

na literatura (PEREIRA; SCAFF, 2001).

14

Os cristais soltos tendem a se depositarem nos canais semicirculares posteriores

devido a sua posição espacial, por ter uma posição mais caudal do sistema o canal posterior

seria como um ralo para os cristais (MUNARO; SILVEIRA, 2009).

De acordo com Alvarenga e Bittar (2011), na reabilitação vestibular da vertigem

posicional paroxítica benigna o tratamento utilizará de exercícios específicos e manobras que

ajudam na estabilidade visual durante vários movimentos da cabeça, atuará na melhora da

interação vestíbulo visual durante as movimentações, no aumento considerável na estabilidade

postural estática e dinâmica, na diminuição dos sintomas quando tiverem movimentações

cefálicas.

A especialidade da reabilitação vestibular é realizada por diversos profissionais de

saúde, estudos tem demostrado que a utilização dos exercícios específicos como os de

Cawthorne e Cooksey, as manobras de Brandt Daroff e liberatória de Semont, provaram sua

utilidade no tratamento da vertigem posicional paroxística benigna desde que sejam aplicados

corretamente (ALVARENGA; BITTAR, 2011).

Igual a outras patologias do corpo humano, a disfunção vestibular se for diagnosticada

e realizado um tratamento precoce desta patologia, as limitações funcionais serão diminuídas

e pode-se impedir sua progressão para uma incapacidade (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).

15

2. JUSTIFICATIVA

A vertigem posicional paroxística benigna é um distúrbio no qual se acomete

geralmente pessoas acima de 40 anos de idade, ocorre cerca de duas vezes mais em mulheres

do que em homens, é uma das patologias mais incapacitantes em pessoas de vida ativa devido

aos seus sintomas, restringindo em grande parte suas atividades de vida diária e qualidade de

vida. A pessoa que possui este tipo de patologia sofre diversos sintomas como a tontura, falta

de equilíbrio, zumbidos no ouvido, em casos mais agudos o paciente pode relatar náuseas,

dores de cabeça intensa associada aos sintomas que acaba se tornando um problema sério se

não tratado corretamente por um profissional capacitado a fazer tal tratamento.

A fisioterapia é uma ferramenta muito importante no tratamento desta patologia,

através de exercícios fisioterapêuticos de reabilitação vestibular por meio de adaptação do

sistema nervoso central, permitindo uma neuroplasticidade neuronal mais eficiente,

promovendo uma melhor estabilização visual, tanto estática com dinâmica, e com a melhora

destes aspectos podemos dizer que o paciente terá consequentemente uma melhora

considerável nos seus sinais, sintomas e uma melhor qualidade de vida.

Então pode-se dizer que a fisioterapia atua nesta patologia através dos exercícios

retornando o paciente a realizar suas atividades de vida diária normalmente, sem que o mesmo

sofra com os sintomas e os agravantes desta patologia.

16

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Avaliar a eficácia dos exercícios fisioterapêuticos de Cawthorne e Cooksey

adaptado, na melhora dos sinais e sintomas de um paciente com vertigem

posicional paroxística benigna.

3.2 Objetivos específicos

Analisar se houve diminuição na sensação de tontura através dos exercícios de

Cawthorne e Cooksey adaptado;

Analisar se houve diminuição nos sintomas de desequilíbrio através dos exercícios

fisioterapêuticos de Cawthorne e Cooksey adaptado;

Verificar através do Dizziness Handicap Inventory - DHI brasileiro pré e pós-

reabilitação vestibular se a paciente teve uma melhora em suas atividades.

17

4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Anatomia do ouvido interno

O ouvido interno situa-se na parte pedrosa do osso temporal, e por ter uma forma

complicada é denominada de labirinto. O labirinto ósseo é constituído por três partes que são:

cóclea, vestíbulo e canais semicirculares. O vestíbulo consiste em uma cavidade oval que se

situa entre a cóclea e os canais semicirculares que apresenta duas vesículas membranosas

chamadas de sáculo e utrículo. Os canais semicirculares (CSC) são três e estão distribuídos de

tal forma a ocupar os três planos geométricos que irá formar um ângulo entre eles de cerca de

90° (DANGELO; FATTINI, 2004).

Consistem em duas dilatações do labirinto membranáceo o utrículo e sáculo que

contém endolinfa, circulados pelo vestíbulo do labirinto ósseo. Cada uma destas dilatações

possui uma área especializada de epitélio sensorial chamada mácula que é responsável pelo

labirinto estático. Em relação às ductos semicirculares (DSC) estes estarão unidos ao utrículo

e estão por dentro dos canais semicirculares do labirinto ósseo. Vão se encontrar em planos

verticais, os ductos semicirculares anterior e posterior permanecendo o primeiro em plano

transversal e o último paralelo em relação a parte pedrosa do osso temporal. Já o ducto

semicircular lateral terá uma inclinação para baixo e para trás com um ângulo de cerca de 30°

em relação ao plano horizontal. Cada um destes ductos semicirculares tem uma expansão ou

ampola (KIERNAM, 2003).

Os responsáveis pela orientação dinâmica são os ductos semicirculares, eles possuem

uma estrutura alargada chamada de ampola que contém uma crista interna, com um

neuroepitélio sensorial que irá incluir as células ciliadas, acima delas existe uma massa

gelatinosa chamada cúpula. Muitos cílios das células ciliadas que estão localizadas ao longo

da crista da ampola são projetados para dentro da cúpula cerca de centenas de cílios

(DELISA; GANS, 2002).

A membrana otolítica é uma camada de finos cristais de carbonato de cálcio chamados

otocônios, dispersos em uma matriz gelatinosa composta por proteínas onde as extremidades

dos cinecílios estão fixadas (COHEN, 2001).

18

4.2 Fisiologia do ouvido interno

Está presente dentro dos ductos semicirculares (DSC) um líquido chamado endolinfa,

que se move livremente sem impedimentos dentro de cada um dos ductos em relação ao

movimento angular realizado pela cabeça. E conforme este líquido se move, irá curvar as

células receptoras sensoriais chamadas células ciliadas que estão localizadas na cúpula. E

cada ducto irá responder melhor ao movimento em torno do seu próprio plano (DOUGLAS,

2006).

Quando temos um movimento em torno de um plano, um ducto semicircular ou

próximo dele, a endolinfa é carreada de forma lenta por motivo da inércia, no movimento, a

cúpula se move como uma porta em direção contrária ao movimento da cabeça. Os cílios e os

cinocílios das células sensitivas irão se inclinar harmonicamente causando a liberação de

transmissores químicos onde haverá um início dos potenciais de ação nas terminações

nervosas sensitivas (KIERNAM, 2003).

Os sinais gerados através deste declínio das células ciliadas são enviados através do

nervo vestibular para o sistema nervoso central informando uma mudança de direção e

velocidade da rotação da cabeça em três planos espaciais diferentes (DELISA; GANS, 2002).

Dangelo e Fattini (2004), dizem que os impulsos originados pelos cílios e cinocílios

são levados até o tronco encefálico pelas fibras vestibulares do VIII par craniano e vão até o

cerebelo levando informações sobre os movimentos da cabeça, e esses movimentos estão

associados à manutenção do equilíbrio e da postura.

O’Sullivan e Schmitz (2004), falam que a informação sobre a velocidade angular e

linear da cabeça será primeiramente enviada para os núcleos vestibulares localizados no

tronco encefálico e no cerebelo para o processamento das informações. Estes sinais

vestibulares irão interagir com o sistema nervoso central (SNC), com os sinais visuais e

somatosensoriais. O sistema nervoso central irá integrar os três impulsos sensoriais, e em

contra partida produzirá um plano motor apropriado para o olhar e a estabilidade postural.

4.3 Equilíbrio

O equilíbrio é a capacidade de se manter em pé ou executar determinados movimentos

com o corpo, sem oscilações ou algum tipo de queda. É um fator primordial para adotar e

manter a postura, além de realizar movimentos com harmonia e conforto físico e mental

(PATATAS; GANANÇA; GANANÇA, 2009).

19

Segundo Douglas (2006), o equilíbrio trata-se de uma situação na qual o corpo irá

adotar uma determinada posição no espaço, a cabeça irá estar na posição para cima e a face

para frente com o intuito de posicionar a cabeça na parte alta. É uma posição na qual o corpo

estará em sobrextensão corpórea, havendo um predomínio da musculatura extensora sobre a

flexora mantendo-se uma postura por contração tônica.

Conforme Tavares, Santos e Knobel (2008), o equilíbrio no seu estado normal é

garantido por três sistemas que captam sinais e informações do meio externo que são: visão,

propriocepção e sistema vestibular.

O sistema vestibular tem a função de informar sobre as acelerações angulares da

cabeça em todos os planos do espaço que são: sagital, axial e coronal. É de

competência do sistema vestibular os movimentos de acelerações lineares que são:

frente, trás, cima e baixo;

O sistema visual é o responsável pela percepção rápida dos movimentos corporais e

pela profundidade;

Já o sistema proprioceptivo são estruturas localizadas nos músculos tendões e cápsulas

articulares responsáveis por informar qual é a posição do corpo no espaço em um

determinado instante.

Duarte e Freitas (2010), afirmam que a manutenção do equilíbrio do corpo é dada ao

sistema de controle postural, essa consideração é utilizada para referir-se ao sistema nervoso,

sensorial e motor que desempenham esse trabalho e por esse motivo a postura ereta é

essencial para execução de diversas atividades de vida diária e para prática de atividades

físicas e esportivas.

O equilíbrio corporal durante uma movimentação do corpo e da cabeça vai depender

principalmente de uma harmoniosa interação dos sistemas sensorial, motor e um

processamento preciso das informações recebidas pelos órgãos sensoriais (JUNIOR et al.,

2009).

Segundo Mirallas e colaboradores (2011), o equilíbrio corporal vai depender de vários

fatores, como o sistema visual, sistema locomotor e sistema vestibular, e das reintegrações de

suas atividades no sistema nervoso central.

20

4.4 Fisiopatologia

A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é vista por alguns episódios

rápidos e súbitos de vertigem, náuseas ou nistagmo, devido à mudança repentina de posição

da cabeça no espaço, essa vertigem acontece devido às partículas de cálcio soltas no labirinto,

irá fracionar os estatocônios na mácula utricular, com o movimento da cabeça essas partículas

irão se deslocar e acelerar a endolinfa provocando uma movimentação anormal da cúpula

(MONTEIRO et al., 2012).

Segundo Pereira e Scaff (2001), a vertigem posicional paroxística benigna foi descrita

primeiramente por Barany em 1921 e já em 1952 Dix Hallpike firmaram o termo. Em 1969

Schuknecht havia proposto uma teoria que seria da cupolitíase, na qual as partículas pesadas

se fixariam na cúpula do canal semicircular, fazendo com que a cúpula deixasse de funcionar

como um transdutor angular, funcionando como um transdutor linear. Só que hoje se aceita

uma nova teoria que seria a da canalolitíase onde fragmentos otolíticos estariam soltos na

endolinfa dos ductos semicirculares.

A canalolitíase é a teoria mais aceita hoje, afirmando que partículas de cristais

entravam indevidamente nos canais semicirculares, essas partículas ficam presas nos canais

causando alterações na inércia do líquido endolinfático e consequentemente uma vertigem e

nistagmo quando a cabeça se move para o plano do canal (SANTOS, 2012).

Segundo Munaro e Silveira (2009), os cristais soltos tendem a se depositar nos canais

semicirculares posteriores, devido a sua posição espacial, por ter uma posição mais caudal do

sistema, o canal posterior seria como um ralo para os cristais.

O distúrbio vestibular periférico mais comum é a vertigem posicional paroxística

benigna, acometida pelo deslocamento indevido da matéria otoconial (cristais de carbonato de

cálcio) dos otólitos até o canal semicircular posterior. A vertigem tem sua causa devido a

sinais desiguais dos dois nervos vestibulares, que vão até os núcleos vestibulares. Os núcleos

vestibulares vão interpretar erroneamente a diferença dos dois sinais como uma indicação do

movimento. Possivelmente esses pacientes vão apresentar comprometimentos do controle

postural e desorientação (COHEN, 2001).

Para Tavares, Santos e Knobel (2008), as informações recebidas são encaminhadas ao

sistema nervoso central, estas informações são analisadas comparadas e integradas. Quando as

informações chegam ao sistema nervoso e não são coerentes entre si ocorrerá um conflito

sensorial dando origem a vertigem e ao desequilíbrio.

21

4.5 Quadro clínico

Os pacientes que sofrem desta patologia relatam breves momentos de vertigem ou uma

leve instabilidade postural, ocasionados por uma mudança rápida e brusca na movimentação

da cabeça. E quase sempre o paciente consegue identificar a posição desencadeante da crise e

começa a evitar a posição constantemente, provocando diversas alterações e/ou distúrbios

posturais que pioram o quadro e aumenta a incapacidade funcional (RESENDE et al., 2003).

Segundo Marchiori e colaboradores (2011), a principal característica da vertigem

posicional é a crise vertiginosa súbita, de curta duração e às vezes graves, com duração de

cerca de 45 segundos para o desaparecimento completo dos sintomas; alguns movimentos

desencadeantes são: movimentos bruscos da cabeça em qualquer um dos lados, levantar da

cama e virar de lado quando deitado.

Os sintomas da vertigem desaparecem em cerca de um a dois minutos quando a

posição que desencadeou a vertigem é mantida. O paciente em geral não se queixa de perda

auditiva, zumbido ou plenitude aural (DELISA; GANS, 2002).

Para Silva e colaboradores (2011), a sensação de tontura rotatória é o principal

sintoma com as mudanças de posição da cabeça, que pode ocorrer de maneira imprevisível e

súbita, porém não possui uma característica progressiva.

Esse tipo de patologia vestibular como a vertigem posicional é autolimitante, pode ter

a duração de semana a meses e geralmente não responde bem ao tratamento medicamentoso

que são utilizados para minimizar os sintomas neurovegetativos que seguem a vertigem

(CUSIN; SILVA; GANANÇA, 2005).

Paciente com este tipo de disfunção vestibular apresenta um comprometimento

mensurável no controle postural, oculomotor, orientação espacial e por ilusões perceptivas

como a vertigem que levam ao desconforto, a capacidade motora reduzida e por sofrimentos

psicológicos que possivelmente levam a limitações funcionais nas tarefas de cuidados

pessoais e de atividades de vida diária (AVD’s), principalmente nas atividades que necessitam

de equilíbrio corporal, rotações cefálicas rápidas e de uma boa acuidade visual dinâmica

(JUNIOR; LOBO; ALMEIDA, 2007).

Para Morenttin, Mariotto e Filho (2007), a vertigem dificulta as atividades de vida

diária e reduz muito a qualidade de vida do indivíduo. Pode acarretar distúrbios emocionais,

físicos, ansiedade e incapacidade para uma melhora nas atividades rotineiras.

22

4.6 Epidemiologia

Segundo Moreno e André (2009), a vertigem posicional paroxística benigna é uma das

causas mais comuns de tontura dentre as labirintopatias periféricas. No idoso esta é a

patologia mais comum chegando a cerca de 18% dos casos em pacientes com 60 anos ou

mais.

Junior e colaboradores (2009), explicam que as alterações do equilíbrio são a segunda

maior causa de consultas médicas, e estima-se que das alterações relacionadas ao equilíbrio e

vertigem representem cerca de 5 a 10% das visitas médicas ao ano, acometendo cerca de 40%

das pessoas acima dos 40 anos de idade e entre pessoas acima de 75 anos é a queixa mais

comum; é observada frequentemente em idosos e em pacientes do sexo feminino, acredita-se

que no caso dos idosos, seja devido a alterações degenerativas senis, e nos casos femininos

devido às disfunções hormonais.

A incidência máxima da vertigem posicional paroxística benigna é quase sempre na

sexta década de vida e ocorre cerca de duas vezes mais em mulheres. Cerca de 86% dos

pacientes com essa patologia se ausentam do seu local de trabalho ou suas atividades de vida

diária é limitada (SANTOS, 2012).

Ganança e colaboradores (2010), dizem que a vertigem posicional paroxística benigna

é a causa de vertigem mais comum entre os adultos e que mais ou menos aos 70 anos de idade

ao menos 30% já tiveram a vertigem ao menos uma vez na vida.

A incidência pode variar em 11 a 64 casos por 100 mil habitantes, com aumento na

faixa etária de 50 e 55 anos de idade nos casos idiopáticos e é raro na infância

(ALVARENGA; BARBOSA; PORTO, 2011).

4.7 Diagnóstico da VPPB

Teixeira e Machado (2006), elucidam que o diagnóstico do paciente com vertigem

posicional é clínico, a história é típica com curtos casos de vertigem devido a movimentações

cefálicas. Algumas características clínicas acabam favorecendo a limitação de atividades do

dia a dia dos pacientes acometidos, tornando-os mais apreensivos devido a sintomas como a

vertigem.

São realizadas diversas manobras que podem ser utilizadas para o diagnóstico da

vertigem posicional. Mas a manobra de Dix-Hallpike é a mais utilizada para o diagnóstico da

vertigem posicional, pois ela pode detectar se há otólitos soltos nos ductos semicirculares

23

posterior e anterior. O critério para o diagnóstico será o paciente apresentar nistagmo no olho

do lado afetado, e se queixar de sensação de vertigem quando mobilizado a cabeça para o lado

afetado (SILVA et al., 2011).

O teste de Dix-Hallpike é um dos procedimentos mais precisos para que se tenha o

diagnóstico da vertigem posicional, porque o nistagmo nos permite diagnosticar o quadro

clínico da patologia e identificar qual é o canal afetado (CUSIN; SILVA; GANANÇA, 2005).

Pereira e Scaff (2001), explicam que o teste de Dix-Hallpike é realizado com paciente

sentado com sua cabeça rodada a 45° para o lado a ser testado e em seguida paciente é deitado

para trás. No final do movimento a cabeça fica pendurada para o lado examinado. Este teste

dever ser realizado o mais rápido possível, devido ao nistagmo não aparecer com o

movimento lento.

4.8 Tratamento - Reabilitação vestibular

Segundo Resende e colaboradores (2003), a reabilitação vestibular (RV) é uma

ferramenta terapêutica utilizada no tratamento de pacientes com distúrbios do equilíbrio

corporal, sendo sua proposta de atuação nos mecanismos com relação à plasticidade neuronal

do sistema nervoso central com intuito de promover uma melhor estabilização visual durante

os movimentos da cabeça, aumentar a estabilidade postural estática e dinâmica nas condições

que produzirão informações sensoriais conflitantes e diminuir a sensibilidade individual à

movimentação da cabeça em vários planos.

A compensação vestibular é definida como um mecanismo de recuperação do

equilíbrio corporal funcional, que consistirá em uma série de eventos que regulam a simetria

das respostas vestibulares no tronco encefálico. Consegue-se a melhora dos pacientes devido

às adaptações neurais multifatoriais, substituições sensoriais, recuperação funcional dos

reflexos vestíbulo ocular e vestíbulo espinal através do condicionamento global, modificações

do estilo de vida dos pacientes e efeitos psicológicos positivos com a recuperação da

segurança física e psíquica do paciente (RESENDE et al., 2003).

Costa e colaboradores (2010), elucidam que a reabilitação vestibular é definida como

um conjunto de técnicas que visam proporcionar o equilíbrio corporal perdido, sendo este

alcançado devido ao fenômeno de compensação vestibular central. A reabilitação vestibular

quando realizada corretamente e com supervisão de um profissional preparado traz a

confiança, segurança e motivação, assim através da interação entre terapeuta e paciente há

influência no resultado da terapia.

24

A reabilitação vestibular é um mecanismo terapêutico que tem como objetivo

compensação vestibular por meio de exercícios físicos específicos e repetitivos que visam

ativar os mecanismos de plasticidade neural do sistema nervoso central, promovendo a

aceleração destes mecanismos e consequentemente a diminuição dos sintomas vestibulares

(TAVARES; SANTOS; KNOBEL, 2008).

Junior, Lobo e Almeida (2007), afirmam que os processos terapêuticos da reabilitação

vestibular procuram restaurar o equilíbrio, acelerar e estimular os meios de adaptação natural

de compensação, permitindo que o paciente consiga realizar os movimentos que conseguia

fazer antes dos episódios de vertigem o mais perfeito possível.

Os exercícios com os olhos, com a cabeça e o corpo provocam no sistema nervoso

central um conflito sensorial que acelera a compensação, proporcionando uma recalibração da

função vestibular, esta estimulação repetitiva produz um processo adaptativo que reduz ou

anula as respostas sensoriais. Estes exercícios buscam alcançar mecanismos de adaptação e

uma compensação do sistema nervoso central visando á melhora do quadro e superação dos

sintomas (TEIXEIRA; MACHADO, 2006).

Morettim, Mariotto e Filho (2007), elucidam que a reabilitação vestibular não consiste

em um tratamento paliativo, alternativo ou psiquiátrico, este tratamento possui limites

precisos e indicações bem definidas, onde a análise de um programa terapêutico de

reabilitação vestibular é de suma importância, principalmente para ajudar a traçar o melhor

meio de utilização dos exercícios da reabilitação e os resultados obtidos.

O tratamento vestibular visa restaurar a função do equilíbrio ou trazê-la o mais

próximo possível do normal, sem a utilização da terapia farmacológica. Com o objetivo de

melhora no equilíbrio corporal global, melhora na qualidade de vida e a restauração da

orientação espacial através de técnicas e exercícios que irão estimular os fenômenos de

adaptação, habituação e compensação para o paciente (MIRALLAS et al. 2011).

Para Junior e colaboradores (2009), a fisioterapia hoje é um dos recursos mais

utilizados no tratamento de pacientes vestibulopatas e com as grandes evoluções da área

científica vem ainda mais fortalecendo as bases sobre este tipo de tratamento com resultados

seguros e previsíveis. A reabilitação vestibular apresenta algumas bases fisiológicas e a

metodologia do tratamento tem o objetivo de acelerar os processos adaptativos de

compensação central dos transtornos do equilíbrio, estes seguem três etapas que são:

Orientação, onde o paciente e seus familiares são orientados sobre a patologia seu

tratamento, sintomas e orientações sobre o equilíbrio;

25

Tratamento, composto por exercícios repetitivos dos olhos, cabeça, tronco e marcha;

O acompanhamento que é o processo de observação do paciente e são dadas diversas

orientações em relação ao tratamento realizado.

Segundo Kohler, Azevedo e Soares, (2006), a fisioterapia vestibular representa uma

terapia fisiológica sem nenhum efeito colateral, é extremamente eficiente e seus pacientes

respondem muito bem ao tratamento com a utilização de exercícios específicos.

À medida que nosso conhecimento em relação ao sistema vestibular melhora somos

capazes de promover mais exercícios específicos para melhora e habituação do paciente

(O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).

4.8.1 Exercícios de Cawthorne e Cooksey

Na década de 40, na Inglaterra, Cawrhorne e Cooksey foram os criadores de uma

técnica no qual utilizaram exercícios no tratamento de pessoas com disfunções vestibulares. O

programa consistia em uma série de movimentos com os olhos em diversos planos,

movimentos da cabeça e do corpo, geralmente em posições desencadeadoras dos sintomas e

foi observado por eles que os pacientes obtiveram uma melhora rápida na recuperação da

função. A utilização do tratamento vestibular auxilia na redução da tontura e desequilíbrio em

quadros de lesões periféricas, com meios de aceleração da compensação vestibular. Exercícios

de habituação são baseados em expor o paciente nas posições desencadeantes de vertigem

rotatória e com a repetição provocar estímulos que resultem em diminuição dos sintomas. A

realização da reabilitação vestibular busca sanar os distúrbios causados pelas vestibulopatias

periféricas que possa ter trazido ao indivíduo restrições tanto nas suas atividades de vida

diária quanto laboral (KOHLER; AZEVEDO; SOARES, 2006).

Para Mantello e colaboradores (2008), trata-se de um protocolo de exercícios de

atividades físicas e em conjunto a mudanças de hábitos que visam acelerar a compensação

vestibular. E com sua utilização tem se mostrado muito importante e efetiva estratégia de

tratamento em pacientes com vestibulopatias e desordens do equilíbrio corporal,

proporcionando uma melhora significativa na qualidade de vida, cujo seus principais

objetivos são: promover a estabilização visual e aumentar a interação vestíbulo-visual durante

as movimentações de cabeça.

Os exercícios de Cawthorne e Cooksey consistem em exercícios de movimentações da

cabeça associados a movimentos de coordenação óculo-cefálica, exercícios de equilíbrio e

26

movimentos corporais globais. É um método muito utilizado até hoje e tem manifestado

excelentes resultados, promovendo a sintomatologia e criando respostas adaptativas através da

neuroplasticidade cerebral. Estes exercícios são bastante utilizados e apresentam ótimos

resultados em pacientes com vestibulopatias periféricas (ROGATTO et al., 2010).

Segundo Santos (2008), os exercícios de Cawthorne e Cooksey é um programa de

reabilitação vestibular através de exercícios com movimentos de cabeça e pescoço e os olhos,

exercícios de equilíbrio e controle postural em diversas posições como: sentado, em pé com

apoio unipodal e bipodal, andando, com uso de superfícies macias, para que ocorra uma

diminuição no input proprioceptivo e exercícios com os olhos fechados para diminuir o

feedback da visão.

Exercícios vestibulares como o de Cawthorne e Cooksey podem adicionar novos

subsídios para que haja um novo rearranjo das informações sensoriais periféricas, com isso

admitindo-se que novos padrões de estimulação vestibular são necessários em novas

experiências, e esses padrões passem a serem realizados automaticamente, este treino de

equilíbrio seria capaz de promover ao paciente melhora de suas reações de equilíbrio e

propriocepção com consequente diminuição na capacidade de queda (RIBEIRO; PEREIRA,

2005).

Para Zanardini e colaboradores (2007), estes exercícios de reabilitação vestibular

visam melhorar a interação sensorial vestibulovisual durante as movimentações cefálicas,

aumentar a estabilidade postural e dinâmica em condições posturais conflitantes e diminuir a

sensibilidade individual a movimentações da cabeça. E o seu tratamento é cada vez mais

enfatizado pela literatura mundial, porque além de melhorar os sintomas, o equilíbrio tem a

função profilática. No Brasil a reabilitação vestibular tem sido muito utilizada nos últimos

anos e os protocolos tem sido personalizados e diversificados visando sempre à melhora das

condições do paciente portador de vestibulopatias periféricas.

Os verdadeiros objetivos desta técnica e da fisioterapia são treinar a coordenação dos

movimentos oculares, melhorar o equilíbrio estático e dinâmico, melhorar o condicionamento

físico geral e possibilitar um ótimo desempenho nas atividades funcionais (TEIXEIRA;

PRADO, 2009).

4.8.2 Exercícios de Brandt Daroff

Segundo Delisa e Gans (2002), os exercícios de Brandt Daroff se baseiam em alguns

princípios que são: material otoconial na cúpula do canal semicircular posterior pode ser

27

deslocado quando o paciente movimenta a cabeça com frequência em uma posição que

provoca vertigem, e estes exercícios sujeitam o paciente a essa posição desencadeadora,

fazendo com que a resposta fique fadigada e isso irá estimular o sistema nervoso central a

realizar compensações por meio da habituação e adaptação. Estes exercícios são utilizados

para melhorar as estratégias de respostas posturais e também são utilizados para facilitar uma

melhor habilidade do paciente para que se tenha uma resposta postural adaptativa corretiva e

protetora. Sendo as respostas corretivas uma melhora na estabilidade que se referem às

respostas de tencionamento e contra balanço do corpo, quadril e tornozelo. Já a resposta

protetora inclui trocar os passos, agarrar em algum tipo de suporte externo e em último caso

será a utilização do suporte dos braços estendidos para tentar diminuir o impacto de uma

queda.

Os exercícios de Brandt Daroff foram primeiramente elaborados para habituar o

sistema nervoso central a algumas posições que desencadeiam a vertigem, mas um achado

interessante foi que estes exercícios tem levado a remissão total dos sintomas, e às vezes após

a primeira sessão já se tem uma diminuição considerável (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).

Para Pereira e Scaff, (2001), a manobra de Brandt Daroff consiste em movimentos

rápidos e repetitivos partindo da posição sentada, o paciente é orientado a se deitar

alternadamente, para direita e para esquerda e manter esta posição por 40 segundos ou

enquanto persistir a vertigem. Brandt Daroff em sua pesquisa afirma que 66 pacientes dos 67

tratados por ele obtiveram a cura, em raros os casos não ocorre melhora clínica.

A utilização deste recurso para reabilitação vestibular gera alívios dos sintomas

vertiginosos, aumento do limiar de sensibilidade à vertigem, tudo isso através de estímulos de

dois mecanismos fisiológicos que são denominados compensação e habituação. Estes

exercícios passaram a envolver diversas técnicas e manobras provocando mudanças de

hábitos do paciente e da sua educação quanto a conhecer os sintomas associados à alteração

do equilíbrio (ALVARENGA; BITTAR, 2011).

A reabilitação vestibular vem hoje em dia se transformando em uma ferramenta

extremamente útil em pacientes com disfunções de vertigem, desequilíbrio e instabilidade na

marcha. Estudos demonstram a influência da reabilitação vestibular para estes pacientes, tanto

na melhora da sintomatologia quanto nos quadros de desequilíbrio corporal (MAZZUCATO;

BORGES, 2009).

Segundo Popper (2001), os mecanismos terapêuticos desta técnica visa restaurar o

equilíbrio, acelerando e estimulando os mecanismos de compensação, permitindo que o

paciente realize todas suas atividades o mais perfeitamente possível. Estes exercícios têm

28

como objetivo compensar os distúrbios do equilíbrio corporal através de técnicas repetitivas

de estimulação labiríntica.

A utilização deste tipo de técnica traz uma melhora nas funções adaptativas neurais

multifatoriais, substituições sensoriais sem falar da recuperação funcional dos reflexos

vestíbulo-ocular e vestíbulo-espinal, pelos fatores de condicionamento global, mudanças de

estilo de vida e efeito sobre o estado psicológico positivo com a recuperação de sua

integridade física e psíquica. O sucesso deste tratamento depende da cooperação do paciente

com a participação de forma ativa, que consequentemente levará os resultados mais

satisfatórios, e com isso uma melhora em sua qualidade de vida (PAVAN et al., 2010).

Teixeira e colaboradores (2010), enfatizam que mesmo que os idosos relatem ou não

os sintomas de tonturas, presença de instabilidades posturais ou riscos de quedas, este público

deve ser atendido com exercícios de estimulação vestibular; são de fácil aplicação e baixo

custo, que tem o intuito preventivo e às vezes curativo quando se fala em alterações do

equilíbrio e riscos de queda.

A reabilitação deverá ser adaptada individualmente, de acordo com a etiologia da

vertigem de cada paciente, fatores simultâneos como comorbidades existentes, sua capacidade

física para realização dos exercícios propostos, disposição e empenho para realização do

protocolo indicado e o estado psicológico do paciente (ALBERTINO; ALBERTINO, 2012).

Segundo Kohler, Azevedo e Soares (2006), essas manobras de Brandt Daroff que são

efetuadas nas sessões de fisioterapia podem ser adaptadas e realizadas em casa, sendo

indicada para os casos de vertigem de posicionamento, e para pacientes que apresentam

vertigem posicional paroxística benigna com sintomas considerados mais leves.

Para Kessler e colaboradores (2006), essa manobra de reabilitação vestibular é

específica e depende do canal semicircular afetado e da fisiopatologia da vertigem, existem

outras citadas na literatura que também são muito eficientes nos pacientes com distúrbios da

VPPB.

29

5. METODOLOGIA

5.1 Tipo de estudo

O presente trabalho trata-se de um estudo que segue uma abordagem quantitativa do

tipo estudo de caso. O estudo quantitativo supõe uma população a observação comparável

entre os dados pesquisados e os indicadores numéricos são dispostos em formas de tabelas ou

gráficos e percentuais sobre algum determinado fenômeno a ser pesquisado. Já o estudo de

caso tem como base acontecimentos de fatos utilizando a coleta de dados e as observações do

determinado fato ou fenômeno (MARCONI; LAKATOS, 2007).

5.2 Características da paciente

A paciente foi convidada a participar da pesquisa cujos critérios de inclusão foram a

paciente possuir o diagnóstico de vertigem posicional paroxística benigna e não ter realizado

fisioterapia para melhora dos sintomas. A paciente foi esclarecida do seu tratamento e sobre o

estudo realizado, assinando um termo de consentimento livre e esclarecido (anexo A), para

realização deste estudo, aceitando a participar da pesquisa. Paciente, sexo feminino com idade

entre 50 e 60 anos, com sintomas de vertigem ao realizar movimentos da cabeça e diminuição

de equilíbrio e propriocepção.

5.3 Local do estudo

O presente estudo foi realizado no município de Paracatu-MG, na clínica escola de

Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, situada na Rua Eugênia Martins de Souza, 17, deste

município. Com população aproximada de 87.718 pessoas segundo censo 2010, com divisas e

confrontações com as cidades de Unaí, Guarda-Mor, Vazante, Lagoa Grande, João Pinheiro,

com área territorial de 8.229,595 Km² (IBGE, 2010).

5.4 Instrumentos utilizados

O protocolo de tratamento consistiu na aplicação de um protocolo de atendimento

fisioterapêutico de Cawthorne e Cooksey adaptado (RIBEIRO; PEREIRA, 2005) (anexo B),

sobre uma paciente com vertigem posicional paroxística benigna. Foram aplicados para

30

conferência de resultados dois tipos de instrumentos, que são a escala de equilíbrio de Berg

(RIBEIRO; PEREIRA, 2005) (anexo D), e um questionário que aborda sobre as atividades de

vida diária e os problemas ocasionados pela patologia, Dizziness Handicap Inventory versão

brasileira (CASTRO et al., 2007) (anexo C), estes instrumentos foram aplicados pré e pós-

reabilitação verificando o verdadeiro efeito da técnica.

5.5 Desenvolvimento do estudo

Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema a ser estudado. As pesquisas

foram embasadas em livros, revistas, artigos científicos, internet e outros.

A paciente foi selecionada e tratada individualmente e submetida a 12 sessões de

fisioterapia na qual a primeira e a última sessões foram para avaliação. A mesma compareceu

a clínica da Faculdade Tecsoma no horário de 15h e 30min às 16h e 30min para reabilitação,

duas vezes por semana nos dias de segundas e quartas-feiras nos meses de março/2013 e

abril/2013. Foi realizado o esclarecimento da patologia com a paciente evidenciando quais são

os efeitos da mesma sobre o corpo e suas possíveis complicações, foi esclarecido também

sobre os exercícios utilizados durante o tratamento e possível melhora dos sinais e sintomas

conforme as sessões.

Foi realizada uma avaliação geral da paciente contendo dados pessoais, sinais e

sintomas, história da doença e o estado atual da paciente, a paciente foi submetida a uma

avaliação através da escala de equilíbrio de Berg, citado por Ribeiro e Pereira (2005), e para

avaliar as atividades de vida diária foi utilizado um questionário, Dizziness Handicap

Inventory versão brasileira (CASTRO et al., 2007).

As sessões foram constituídas de exercícios oculares, de movimentos com os olhos em

diversos planos como para cima, para baixo, para os lados, aproximar e afastar dos olhos,

jogar bolinhas de uma mão para outra, passar bola entre as pernas; estes exercícios foram

realizados com movimentações cefálicas, com 4 séries de 20 repetições cada exercício.

Durante os exercícios de posicionamento, a paciente assume uma posição na qual

inicialmente ela estará sentada depois se colocará em decúbito lateral com rotação cefálica

para o lado oposto ao movimento, a paciente assume esta posição e permanece nela cerca de

45 segundos de cada lado (direito e esquerdo), com 2 séries de 10 repetições para cada lado.

Os exercícios de equilíbrio e propriocepção foram realizados com auxílio da cama

elástica, maca, colchonetes, cadeiras, bolas, balancinho e tábua de propriocepção, todos da

31

marca CARCI. Realizando-os com os olhos abertos e com os olhos fechados associados aos

exercícios oculares, em 4 a 10 séries de 15 a 20 segundos ou repetições em todas as sessões.

Realizou-se na quarta sessão o exercício de reposicionamento canalítico com uma

série de 10 repetições para o lado esquerdo. A paciente foi orientada a realizar os exercícios

em casa três vezes ao dia, e a mesma se comprometendo a realizá-los.

Todas as sessões foram relatadas em anexo na ficha de avaliação da paciente para que

se tenha um controle do tratamento e das sessões realizadas.

32

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram realizadas 12 sessões de fisioterapia sendo a primeira e a última reservadas para

avaliação, na qual foram coletados os dados. Os resultados obtidos nestas avaliações estão

apresentados em tabelas conforme cada item analisado.

O primeiro item analisado foi o grau de equilíbrio corporal da paciente estudada antes

e depois dos exercícios de reabilitação vestibular de acordo com a escala de Berg.

Tabela 1 - Grau de equilíbrio da paciente pré-tratamento e pós-tratamento

Testes da Escala de Berg Pré Pós

Sentado para em pé.

Ficar em pé sem apoiar-se.

Sentado sem apoiar-se, pés no chão.

Em pé para sentado.

Transferências.

Ficar em pé sem apoio, com os olhos fechados.

Ficar em pé sem ajuda, com os pés juntos.

Inclinar-se para a frente, com o braço esticado.

Pegar objetos do chão.

Virar para olhar para trás / sobre os ombros direito e esquerdo.

Girar 360º.

Contar o número de vezes em que pisa em um banquinho.

Ficar em pé sem apoio, um dos pés à frente.

Ficar em pé sobre apenas uma das pernas.

4

4

4

3

3

3

3

1

4

0

1

3

2

3

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

Fonte: Dados da pesquisa

Constata-se na tabela 1 que a paciente apresentou uma melhora total em seu grau de

equilíbrio em todos os testes realizados, o menor escore obtido representa maior índice de

desequilíbrio corporal e quanto maior o escore melhor grau de equilíbrio corporal, no

momento da primeira avaliação a paciente possuía um escore de 38 pontos, após as 10 sessões

de fisioterapia vestibular a paciente conseguiu um escore total de 56 pontos, conseguindo a

pontuação total.

Funabashi e colaboradores (2009), relatam que a escala de equilíbrio de Berg é

validada desde 1992 não exclusivamente para pacientes com patologias vestibulares, mas

33

também com pacientes de outros diagnósticos, esta escala é muito utilizada na avaliação

estática do paciente e tem alto grau de confiabilidade.

Os resultados acima estão de acordo com o estudo de Ribeiro e Pereira (2005), que

afirmam que os exercícios de Cawthorne e Cooksey tem a capacidade de melhorar o

equilíbrio corporal e consequentemente diminuir o risco de quedas em idosos.

Resende e colaboradores (2003), selecionaram 8 pacientes do sexo feminino com

idade superior a 60 anos com diagnóstico de VPPB e aplicou o protocolo de Cawthorne e

Cooksey por 5 semanas com 2 atendimentos por semana, totalizando 10 sessões e chegou a

conclusão que os exercícios de reabilitação vestibular é uma excelente estratégia terapêutica

apresentando resultados significativos na melhora do equilíbrio e da qualidade de vida dos

pacientes estudados, estando de acordo com os resultados do presente estudo.

No estudo de Junior, Lobo e Almeida (2007), o tratamento foi focado na reabilitação

vestibular em 5 pacientes de sexo feminino com idades entre 65 e 70 anos com diagnóstico de

VPPB, após a reabilitação vestibular observou-se uma melhora acentuada no equilíbrio e

qualidade de vida das paciente submetidas ao tratamento.

Teixeira e Prado (2009), afirmam que os principais objetivos do tratamento

fisioterapêutico é a melhora do equilíbrio estático e dinâmico e possibilitar ótimo desempenho

em suas atividades funcionais, evidenciando que o tratamento vestibular é efetivo na melhora

do equilíbrio e propriocepção.

Observa-se na tabela 2 que a paciente teve uma melhora considerável de suas

atividades de vida diária (AVD’s) e qualidade de vida no que diz respeito aos seus aspectos

funcionais reduzindo de 30 pontos para 2 pontos, esta entrevista nos mostra que quanto menor

o escore melhor será a execução das AVD’s e qualidade de vida do entrevistado.

O Dizziness Handicap Inventory é separado em aspectos funcionais, físicos e

emocionais, eles possuem uma ordem aleatória, não seguindo as numerações crescentes

quando separados, o questionário completo poderá ser observado no anexo C.

Segundo Castro e colaboradores (2007), o Dizziness Handicap Inventory tem como

principal objetivo verificar e avaliar a auto-percepção dos efeitos incapacitantes ocasionados

pela tontura. No qual o maior escore obtido seria 100 pontos, situação em que se observa o

máximo de prejuízo causado pela tontura e o menor escore zero pontos, indicando nenhum

prejuízo devido a tontura na vida do paciente entrevistado. E da mesma forma quando se

avalia cada aspecto separadamente, quanto maior a pontuação maior o prejuízo causado pela

tontura.

34

Tabela 2 - Grau de aspectos funcionais pré e pós-tratamento

Questões Referentes aos Aspectos Funcionais Pré Pós

Você restringe suas viagens de trabalho ou lazer por causa da tontura? 4 0

Devido a sua tontura, você tem dificuldade ao deitar-se ou levantar-se da

cama? 4 0

Sua tontura restringe significativamente sua participação em atividades

sociais tais como: sair para jantar etc. 4 0

Devido a sua tontura, você tem dificuldade para ler? 2 0

Devido a sua tontura, você evita lugares altos? 4 2

Devido a sua tontura, é difícil para você realizar trabalhos domésticos

pesados ou cuidar do quintal? 2 0

Devido a sua tontura é difícil para você sair para caminhar sem ajuda?

Devido a sua tontura, é difícil para você andar pela casa no escuro?

4

4

0

0

Sua tontura interfere em seu trabalho ou responsabilidades em casa? 2 0

Fonte: Dados da pesquisa

Morettin, Mariotto e Filho (2007), elucidam que para que se tenha uma mudança

considerável e significativa na auto-percepção dos prejuízos causados pela tontura na

qualidade de vida dos usuários a diferença entre pré e pós-tratamento deve ser de no mínimo

18 pontos, o que está de acordo com os resultados obtidos neste estudo.

Na tabela 3 nota-se que a paciente obteve uma melhora total na questão de seus

aspectos físicos, reduzindo seu escore de 20 pontos para zero, comprovando a eficácia das

técnicas e do tratamento proposto.

Mirrallas e colaboradores (2011), em seu estudo realizaram um tratamento em 11

pacientes, sendo 8 do sexo feminino e destas 8 pacientes 5 tinham o diagnóstico de VPPB;

neste estudo os autores realizaram 12 sessões de tratamento de reabilitação vestibular em

todos os pacientes. Os resultados mostraram que os pacientes tiveram uma melhora

significativa no Dizziness Handicap Inventory, observando uma média pré-tratamento de

42,54 pontos e pós-tratamento de 24,18 pontos, efetivando a eficácia das técnicas de

reabilitação vestibular na melhora de sinais, sintomas e qualidade de vida.

35

Tabela 3 - Grau de aspectos físicos pré e pós-tratamento

Questões Referentes aos Aspectos Físicos Pré Pós

Olhar para cima piora a sua tontura? 4 0

Andar pelo corredor piora a sua tontura? 2 0

Sua tontura piora quando você realiza atividades mais difíceis como

esportes, dançar, trabalhar em atividades domésticas tais como varrer e

guardar a louça?

2 0

Movimentos rápidos da sua cabeça pioram a sua tontura? 4 0

Virar-se na cama piora a sua tontura? 2 0

Caminhar na calçada piora a sua tontura? 2 0

Inclinar-se piora a sua tontura? 4 0

Fonte: Dados da pesquisa

Mantello e colaboradores (2008), realizaram um estudo com idosos na faixa etária de

60 e 84 anos com diagnóstico de VPPB, os pacientes foram submetidos a 10 sessões de

reabilitação vestibular com base nos protocolos de Cawthorne e Cookey, em seus resultados

observou-se que o tratamento com este protocolo é eficaz nos pacientes portadores de VPPB,

notando uma melhora considerável em todos os aspectos, obtendo uma pontuação maior no

aspecto da qualidade de vida, estando de acordo com os resultados deste estudo.

Kohler, Azevedo e Soares (2006), no seu estudo com 8 pacientes sendo 7 do sexo

feminino e um do sexo masculino todos portadores de VPPB submetidos a reabilitação

vestibular com 10 sessões duas vezes por semana, observou uma melhora nas respostas

sintomáticas dos pacientes estudados e em seu estudo fica claro que a reabilitação vestibular

é superior a medicação antivertiginosa em todos os aspectos estudados, estes resultados estão

condizentes com os resultados do presente estudo.

Na tabela 4 observamos que as questões emocionais tiveram uma melhora em todos os

seus aspectos, reduzindo sua quantidade de pontos de 24 para zero, efetivando o êxito das

técnicas e tratamento, estando de acordo com o estudo de Patatas, Ganança e Ganança (2009),

no qual foram estudados 22 pacientes, sendo 13 homens e 9 mulheres com idade média de 56

anos. O tratamento vestibular teve como base os protocolos de Cawthorne e Cooksey, e para

verificar a qualidade de vida foi aplicado o DHI brasileiro, nos resultados observaram que os

pacientes tiveram melhora significativa em todos os aspectos do questionário diminuindo seu

escore de 52,27 pontos para 27,45 pontos na média, com diferença de 24,82 de melhora entre

36

os pacientes atendidos, chegando a conclusão que a reabilitação vestibular apresentou

melhora na qualidade de vida nos pacientes estudados.

Tabela 4 - Grau de aspectos emocionais pré e pós-tratamento

Questões Referentes aos Aspectos Emocionais Pré Pós

Você se sente frustrado(a) devido a sua tontura? 2 0

Devido a sua tontura, você tem medo de sair de casa sem ter alguém que o

acompanhe? 4 0

Devido a sua tontura, você se sente envergonhado na presença de outras

pessoas? 4 0

Por causa da sua tontura, você teme que as pessoas achem que você está

drogado(a) ou bêbado(a)? 0 0

Devido a sua tontura, é difícil para você se concentrar? 4 0

Devido a sua tontura, você tem medo de ficar em casa sozinho(a)? 2 0

Devido a sua tontura, você se sente incapacitado?

Sua tontura prejudica suas relações com membros de sua família ou

amigos?

4

0

0

0

Devido a sua tontura, você está deprimido? 4 0

Fonte: Dados da pesquisa

Em concordância com este estudo Zanardini e colaboradores (2007), observaram em

seu estudo com 8 pacientes, sendo 3 do sexo masculino e 5 do sexo feminino com faixa etária

de 63 a 82 anos, no qual foram submetidos a reabilitação vestibular; e sua qualidade de vida

avaliada pelo DHI brasileiro pré e pós-tratamento onde obtiveram um resultado que

comparando as médias pré e pós-tratamento em todos os aspectos tiveram uma melhora

significativa, no aspecto físico reduziu de 9,25 pontos para 3,5, já o aspecto funcional de 7

pontos teve uma redução para 2 pontos e na questão emocional os pontos eram 5,5 e caíram

para 1 ponto de média em todos os pacientes após a aplicação do protocolo de reabilitação

vestibular, comprovando a qualidade do tratamento.

No estudo de Peres e Silveira (2010), foram avaliados pacientes de uma instituição de

idosos com faixa etária de 60 a 94 anos submetidos a reabilitação vestibular pelos métodos de

tratamento proposto por Cawthorne e Cooksey, duas vezes por semana durante 90 dias, os

seus resultados nos aspectos da qualidade de vida teve uma redução de 56 pontos para 32

pontos com média de 23,86 pontos, comprovando que esta técnica tem a capacidade de

37

melhorar a qualidade de vida de seus pacientes, o que esta de acordo com estudo realizado.

38

7. CONCLUSÃO

Os protocolos de Cawthorne e Cooksey adaptado têm efeitos positivos na diminuição

dos sintomas e melhora a qualidade de vida de uma pessoa que possui vertigem posicional

paroxística benigna. Pode-se concluir que esses protocolos são de suma importância na

eficácia do tratamento, atingindo assim um alto limiar de satisfação, proporcionando assim a

melhora desta patologia.

.

REFERÊNCIAS

ALVARENGA, G. A.; BARBOSA, M. A.; PORTO, C. C. Vertigem Posicional Paroxística

Benigna sem nistagmo: diagnóstico e tratamento. Jornal. Bras. Otorrinolaringol, 77(6)

p.799-804, nov/dez 2011. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S180886942011000600018&script=sci_arttext>

Acesso em: 22 mar 2013.

ALVARENGA, C. B.; BITTAR, A. J. Tratamento Fisioterapêutico na Vertigem Posicional

Paroxística Benigna: Revisão Sistemática da Literatura. Rev. Mov. v. 4, n.1 p. 51-65, 2011.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-

72992006000100021> Acesso em: 22 abr 2013.

ALBERTINO, S.; ALBERTINO, R. R. Reabilitação Vestibular. Rev do Hosp Uni Pedro

Ernesto, UERJ. p. 42-47. Julho / Setembro de 2012. Disponível em:

<http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=339>. Acesso em: 14 mai 2013.

BRASIL, Instituto Brasileiro Geografia e estatística. Cidades, 2010. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> Acesso em: 20 mar 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde – comissão nacional de ética

em pesquisa. Resolução nº 196/96 versão 2012. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.

br/web_comissoes/conep/aquivos/resolucoes/23_out_versao_final_196_ENCEP2012.pdf>.

Acesso em: 07 de junho de 2013.

CASTRO, A. S. O. et al. Versão brasileira do Dizziness Handicap Inventory. Rev.

Atualização cientifica, v. 19, n. 1, p.97-104, jan.-abr. 2007. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-56872007000100011>

Acesso em: 01 mar 2013.

COHEN, H. Neurociências para Fisioterapeutas, incluindo correlações clinicas. 2° ed.

São Paulo: Manole, 2001. Cap. 10, p.149-158.

COSTA, A. C. et al. Estudo Comparativo da Eficácia da Reabilitação Vestibular em Idosos.

2010. 51f. Monografia (conclusão de curso) - Faculdades Integradas de Fernandópolis,

Fundação Educacional de Fernandópolis-SP. Disponível em:

<http://www.fef.br/admin/arquivos/33/Eficacia%20da%20Reabilitacao%20vestibular%20em

%20idosos_final.pdf>. Acesso em: 21 mai 2013.

CUSIN, F. S.; SILVA, S. M. R.; GANANÇA, C. F. Achados na vestibulometria de pacientes

com Vertigem Posicional Paroxística Benigna submetidos à Manobra de Epley. ACTA ORL,

v. 24 n. 2 p. 67-72, 2005. Disponível em:

<http://www.ciape.org.br/matdidatico/anacristina/vestibulometria.pdf>. Acesso em: 05 mar

2013.

DANGELO, J. G.; FATTINI, J. G. Anatomia Humana Básica. 1° ed. São Paulo: Atheneu,

2004. Cap 15. p. 168-169.

DELISA, J. A.; GANS, B. M. Tratado de Medicina de Reabilitação. Princípios e pratica.

3° ed. São Paulo: Manole, 2002. Cap. 71 p. 1847-1862.

DOUGLAS, C. R. Tratado de Fisiologia Aplicada as Ciências Médicas. 6° ed. Rio De

Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Cap 19 p. 234-246.

DUARTE, M.; FREITAS, S. M. S. F. Revisão sobre posturografia baseada em

plataforma de força para avaliação do equilíbrio. Rev. Bras. Fisioterapia, v. 14, n. 3, p. 183-

92, maio/jun. 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v14n3/03.pdf> Acesso

em: 10 mar 2013.

FUNABASHI, M. et al. Proposta de Avaliação Fisioterapêutica para Pacientes com Distúrbio

do Equilíbrio Postural. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 22, n. 4, p. 509-517, out./dez. 2009.

Disponível em: <http://www2.pucpr.br/reol/index.php/rfm?dd1=3386&dd99=view> Acesso

em: 01 set 2013.

GANANÇA, F. F. et al. Quedas em idosos com Vertigem Posicional Paroxística Benigna.

Jornal. Bras. Otorrinolaringol, 76(1) p. 113-120, Jan/Fev 2010. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S180886942010000100019&script=sci_arttext>

Acesso em: 05 abr 2013.

JUNIOR, P. C. N.; LOBO, R.; ALMEIDA, A. L. B. Reabilitação vestibular em pacientes

idosos portadores de vertigem posicional paroxística benigna: estudo piloto. Fisioterapia Ser,

v. 2 n. 2, 2007. Disponível em: <http://www.tonanet.com/paulo/paulocesar/PDF/artigo2.pdf>

Acesso em: 12 abr 2013.

JUNIOR, P. C. N. et al. Reabilitação vestibular em pacientes idosos portadores de vertigem

posicional paroxística benigna. Rev Neurociências vol 5, n 2, abril/junho de 2009.

Disponível em: <http://www.tonanet.com/paulo/paulocesar/PDF/artigo6.pdf> Acesso em: 10

mai 2013.

KESSLER, N. et al. Vertigem Posicional Paroxística Benigna em pacientes submetidos

à cirurgia otológica. ACTA ORL. P. 6-9 , 2006. Disponível em:

<http://www.ciape.org.br/matdidatico/anacristina/VPPB_em_cirurgia_otologica.pdf>. Acesso

em: 18 mai 2013.

KIERNAM, J.A. Neuroanatomia Humana de Barr. 7° ed. São Paulo. Manole, 2003. Cap

23, p.396-405.

KOHLER, M. C.; AZEVEDO, V. F. O.; SOARES, A. V. A Influência da Reabilitação

Vestibular em Pacientes com Vertigem Posicional Paroxística Benigna. Fisioterapia em

Movimento, Curitiba, v.19, n.2, p. 37-47, abr./jun., 2006. Disponível em:

<http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=511&dd99=pdf>. Acesso em: 23 mai 2013.

MANTELLO, E. B. et al. Efeito da reabilitação vestibular sobre a qualidade de vida de idosos

labirintopatas. Rev Bras Otorrinol ,74 (2) março/abril 2008. Disponível

em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S003472992008000200004&lng=e

n&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 11 mai 2013.

MARCHIORI, L. L. M. et al. Manobra de Epley na Vertigem Posicional Paroxística Benigna:

Relato de Série de Casos. Arq. Int. Otorrinolaringol. v.15, n.2, p. 151-155, Abr/Mai/Jun

2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1809-

48722011000200005&script=sci_arttext> Acesso em: 03 abr 2013.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São

Paulo: Atlas, 2007.

MAZZUCATO, A.; BORGES, A. P. O. Influência da reabilitação vestibular em indivíduos

com desequilíbrio postural. Rev neurociências. 17(2). p. 183-188, 2009. Disponível em:<

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2009/RN%201

7%2002/17.pdf> Acesso em: 22 mai 2013.

MIRALLAS, N. D. R. et al. Avaliação e reabilitação vestibular no indivíduo idoso. Rev.

Bras. Geriatr. Gerontol, 14(4) p. 687-698, 2011. Disponível em:

<http://revista.unati.uerj.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180998232011000400008&ln

g=pt&nrm=iso> Acesso em: 13 abr 2013.

MORETTIN, M.; MARIOTTO, L. D.; FILHO, O. A. C. Avaliação da Efetividade da

Reabilitação Vestibular em Pacientes com Queixas Vestibulares. Arq. Int. Otorrinolaringol,

v.11, n.3, p. 284-292, 2007. Disponível em:

<http://arquivosdeorl.org.br/conteudo/pdfForl/441.pdf> Acesso em: 01 abr 2013.

MONTEIRO, S. R. G. et al. Posturografia do Balance Rehabilitation Unit (BRUTM) na

vertigem posicional paroxística benigna. Jornal. Bras. Otorrinolaringol, 78(3), p. 98-104,

mai/ jun 2012. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/bjorl/v78n3/v78n3a17.pdf> Acesso

em: 27 abr 2013.

MORENO, N. S.; ANDRE, A. P. R. Características audiológicas de idosos com Vertigem

Posicional Paroxística Benigna. Jornal. Bras. Otorrinolaringol, 75(2) p. 300-304, mar/abr

2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-

72992009000200023&script=sci_arttext> Acesso em: 05 mar 2013.

MUNARO, G.; SILVEIRA, A. F. Avaliação Vestibular na Vertigem Posicional Paroxística

Benigna Típica e Atipica. Rev CEFAC, v.11, Sup l1, 76-84, 2009. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-18462009000500012&script=sci_arttext>

Acesso em: 20 mar 2013.

O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia Avaliação e Tratamento. 4° ed. São

Paulo: Manole, 2004. Cap. 25 p. 822-839.

PATATAS, O. H. G.; GANANÇA, C. F.; GANANÇA, F. F. Qualidade de vida de indivíduos

submetidos à reabilitação vestibular. Jornal. Bras. Otorrinolaringol, 75(3) p. 387-394,

mai/jun 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1808-

86942009000300014&script=sci_arttext&tlng=pt> Acesso em: 14 mar 2013.

PAVAN, Karina et al. Reabilitação vestibular em pacientes neurológicos. Med Reabil, 29(2)

p. 31-36. 2010. Disponível em:<http://www.iles.bvs.br/upload/S/0103-

5894/2010/v29n2/a001.pdf>. Acesso em: 02 mai 2013.

PEREIRA, C. B.; SCAFF, M. Vertigem de Posicionamento Paroxística Benigna. Arq Neuro-

psiquiatr. 59(2-B) p. 466-470, 2001. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/anp/v59n2B/a31v592b.pdf> Acesso em: 02 abr 2013

PERES, M.; SILVEIRA, E. Efeito da Reabilitação Vestibular em Idosos: Quanto ao

Equilíbrio, Qualidade de Vida e Percepção. Ciência & Saúde Coletiva, 15 (6):2805-2814,

2010. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-

81232010000600018&script=sci_arttext> Acesso em 15 set 2013.

POPPER, V. M. A Reabilitação Vestibular na Vertigem. CEFAC, p. 01-47, 2001. Disponível

em: <http://www.fisioterapia.com/public/files/artigo/vest9.pdf>. Acesso em: 07 mai 2013.

RESENDE, C. R. et al. Reabilitação vestibular em pacientes idosos portadores de vertigem

posicional paroxística benigna. Rev Bras Otorrinolaringol, v.69, n.4, 34-8, jul./ago. 2003.

Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-

72992003000400015&script=sci_arttext>. Acesso em: 14 abr 2013.

RIBEIRO, Â. S. B.; PEREIRA, J. S. Melhora do equilíbrio e redução da possibilidade de

queda em idosas após os exercícios de Cawthorne e Cooksey. Rev. Bras. Otorrinolaringol.

v.71, n.1, p. 38-46, jan./fev. 2005. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003472992005000100008>.

Acesso em: 01 mar 2013.

ROGATTO, A. R. D. et al. Proposta de um protocolo para reabilitação vestibular em

vestibulopatias periféricas. Fisioter. Mov, v. 23, n. 1, p. 83-91, jan./mar. 2010. Disponível

em: < http://www.scielo.br/pdf/fm/v23n1/08.pdf>. Acesso em: 11 mar 2013.

SANTOS, J. A. Manobra de Epley na Vertigem Posicional Paroxística Benigna: Resolver a

uma Velocidade Vertiginosa. Rev. Port. Med. Geral. Fam. v. 28 p. 285-294, 2012.

Disponível em: <http://www.apmgf.pt/ficheiros/rpmgf/v28n4a01/v28n4a07.pdf>. Acesso em:

16 abr 2013.

SANTOS, A. C. et al. Exercícios de Cawthorne e Cooksey em Idosas: Melhora do Equilíbrio.

Fisioter. Mov. 21(4) p. 129-136 out/dez 2008. Disponível em:<

www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=2465&dd99=pdf>. Acesso em: 12 mar 2013.

SILVA, A. L. S. et al. Vertigem Posicional Paroxística Benigna: comparação de duas recentes

diretrizes internacionais. Jornal. Bras. Otorrinolaringol, 77(2) p. 191-200. Mar/abr 2011.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1808-

86942011000200009&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 08 mar 2013.

TAVARES, F. S.; SANTOS, M. F. C.; KNOBEL, K. A. B. Reabilitação vestibular em um

hospital universitário. Rev. Bras. Otorrinolaringol,74(2) p. 241-247, mar/abr 2008.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-

72992008000200014&script=sci_arttext>. Acesso em 15 mar 2013.

TEIXEIRA, L. J.; MACHADO, J. N. P. Manobras para o tratamento da vertigem posicional

paroxística benigna: revisão sistemática da literatura. Rev Bras Otorrinolaringol, 72(1) p.

130-139, jan/fev 2006. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992006000100021>.

Acesso em: 22 abr 2013.

TEIXEIRA, C. S. et al. Reabilitação vestibular: tendências e indicações. RBCEH, Passo

Fundo, v. 7, n. 2, p. 280-288, maio/ago. 2010. Disponível em:

<http://www.upf.br/seer/index.php/rbceh/article/download/366/pdf. Acesso em: 02 mai 2013.

TEXEIRA, L. J.; PRADO, G. F. Impacto da fisioterapia no tratamento da vertigem. Rev

Neurociências, 17(2) p. 112-118, 2009. Disponível em:

<http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2009/RN%2017%2002/4.pdf>. Acesso em:

02 mai 2013.

ZANARDINI, F. H. et al. Reabilitação vestibular em idosos com tontura. Revista de

Atualização Científica, Barueri (SP), v. 19, n. 2, p. 177-184, abr.-jun. 2007. Disponivel em:

<http://www.scielo.br/pdf/pfono/v19n2/a06v19n2.pdf>. Acesso em:19 mai 2013.

APÊNDICES

APÊNCIDE A – FICHA DE AVALIAÇÃO

Anamnese

Dados Pessoais:

Nome: __________________________________________________________________

Data nascimento:____________ Sexo:______ Data da Avaliação:___________

Endereço:__________________________________Bairro:________________

Cidade:________________________________________________

Telefone:______________________

Médico Responsável: _______________________________________________________

Exame Físico

Geral

Estado Geral Saúde:___________________________________________________

Pressão Arterial:_______X______mmhg.

Freqüência Cardíaca:_________

Temperatura:_________C°

Frequência respiratória:_________

Queixa principal:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Surgimento do sintoma:

Data do surgimento: ______________________

Descrição dos sintomas:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Súbito ( ) Gradual ( )

Frequência:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Sintomas associados:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Perda auditiva: sim ( ) não ( ) Direita ( ) Esquerda ( ) Duração:

______________________outros: ( )

______________________________________________________________

Zumbido: Sim ( ) Não( ) Duração:

_______________________________________________

Historia da doença:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

História da moléstia atual:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Antecedentes pessoais

Historia de TCE:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Atividades estressantes na vida, infecção de ouvido enxaqueca, diabetes mellitus, hipertensão,

doença cardíaca, AVC, doença de Parkinson, problema visual, outros.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Historia Pessoal

Nível de AVD’s descrever:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Historia de tabagismo: Sim ( ) Não ( )

Historia de alcoolismo: Sim( ) Não ( )

Medicamentos atuais e alergias:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Historia funcional: Atividades específicas que não podem ser executadas devido aos

sintomas.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Classificação pela incapacidade:

( ) 0- Sem incapacidade

( ) 1- Sintomas de causam incomodo

( ) 2- incapacidade leve, executa tarefas usuais, os sintomas interferem com a atividade social

( ) 3- incapacidade moderada , pertuba tarefas usuais

( ) 4- incapacidade grave recente, sob licença medica ou precisou trocar de profissão

( ) 5- Incapacidade a longo prazo, incapaz de trabalhar por períodos extensos

APÊNDICE B – EVOLUÇÃO DA PACIENTE

Evolução: 11/03

A paciente compareceu a clinica escola, cooperativa em bom estado geral, foi

realizada a avaliação fisioterapêutica e logo após foi aplicado o TENS convencional 20 min

na região da coluna torácica, para alivio de dores relatadas pela paciente.

Evolução: 18/03

A paciente compareceu a clinica para tratamento, disposta, cooperativa e em bom

estado geral sua PA inicial era de 120x60 mmHg, foi realizado um alongamento global ativo

assistido com 2 series de 15 segundos cada segmento, foi realizado exercícios oculares e de

movimentação cervical ativa com ritmo lento 4 series de 8 repetições, foi realizado 8

repetições devido a intolerância da paciente com o exercício foi realizado exercício de

posicionamento com 4 series de 30 segundos cada lado, foi realizado exercícios de kegel para

assoalho pélvico 2 series de 10 repetições a PA final era de 120x 80 mmHg.

Evolução: 20/03

Paciente compareceu a clinica escola em bom estado geral, colaborativa PA inicial de

120X70 mmHg foram realizados exercícios oculares com movimentos lentos e rápidos com 3

series de 10 repetições, exercícios de posicionamento Brandt Daroff, com duas series de 10

repetições cada lado foi realizado, foi realizado alongamento ativo de membros superiores

ênfase em deltoide, tríceps e flexores palmares com a paciente com a paciente em cima da

bola suíça, exercícios de kegel com a paciente em cima da bola e com a bola entre as pernas

na posição deitada de decúbito dorsal.

Evolução: 25/03

A paciente compareceu a clinica escola em bom estado geral sem queixas a PA inicial

foi de 120x70 mmHg foi realizado uma reeducação respiratória com os padrões diafragmático

e abreviado com 2 series de 10 repetições foi realizado alongamento global com 2 series de 15

segundos cada segmento, foi realizado exercícios oculares com 4 series de 12 repetições

cada foi um total de 3 exercícios foi realizado exercício de posicionamento de Brandt Daroff

com 2 series de 10 repetições cada lado, foi realizado exercício de reposicionamento

canalítico com uma serie de 10 repetições do lado esquerdo que e o lado afetado PA final de

120x80 mmHg a paciente foi liberada sem intercorrências.

Evolução: 27/03

Paciente em bom estado geral, disposta para o tratamento com PA inicial de

110x70mmHg foi realizado um alongamento global com 2 series de 15 segundos, foi

realizado exercícios oculares com 4 series de 12 repetições um total de 3 exercícios, foi

realizado exercícios de reposicionamento canalitico com 1 serie de 10 repetições, foi

realizado exercícios de Brandt Daroff com 3 series de 10 repetições para cada lado foi

realizado treino dinâmico de equilíbrio e propriocepção com 10 voltas em um circuito

montado, esse treino foi associado com exercícios oculares, paciente com PA final de

120x80mmHg a paciente foi liberada sem intercorrências.

Evolução: 01/04

Paciente em bom estado geral, disposta para o tratamento com PA inicial de

110x80mmHg foi realizado exercícios oculares com 4 series de 15 segundos com um total de

4 exercícios, foi realizado exercício de Brandt Daroff com 2 series de 10 repetições para cada

lado foi realizado exercícios com a bolinha passando de uma mão para outra com duas series

de 10 repetições foi realizado exercícios de passar a bola entre as pernas associado a

exercícios oculares com 4 series de 15 repetições foi realizado treino estático de equilíbrio e

propriocepção com 6 series de 15 repetições revezando com apoio unipodálico e bipodálico

associado ao arremesso de bola e jogando a bolinha de uma mão para outra todos os

exercícios associados a respiração sua PA final foi de 120x80mmHG.

Evolução: 03/04

A paciente compareceu a clinica escola em bom estado geral sem queixas de tonturas e

algias sua PA inicial foi de 110x70mmHg foi realizado um alongamento global com 2 series

de 15 segundos cada segmento foi realizado exercícios de kegel com 3 exercícios de 10

repetições com auxilio de bola foi realizado exercícios de posicionamento de Brandt Daroff

com 2 series de 10 repetições cada lado, foi realizado exercícios oculares com 4 series de 15

repetições cada, foi um total de 4 exercícios foi realizado exercícios de mudança de direção

em um circuito montado com 5 voltas com colchonetes, foi realizado exercícios de equilíbrio

e propriocepção com 4 series de 15 repetições e segundos com auxilio da cama elástica e bola

comum total de 4 exercícios, PA final de 120x80mmHg a paciente foi liberada sem

intercorrências.

Evolução: 08/04

A paciente compareceu a clinica escola em bom estado geral sem queixas de tonturas e

algias sua PA inicial foi de 110x80mmHg foi realizado um alongamento global com 2 series

de 15 segundos cada segmento foi realizado exercícios de kegel com 2exercícios de 15

repetições com auxilio de bola foi realizado exercícios oculares com 4 series de 15 repetições

cada, foi um total de 4 exercícios, foi realizado exercícios de posicionamento de Brandt

Daroff com 2 series de 10 repetições para cada lado foi realizado exercício de sentar e

levantar com 4 series de 10 repetições sendo 2 series como os olhos abertos e 2 com os olhos

fechados, foi realizado exercício de sentar e levantar com giros de 360° para os lados direito

e esquerdo alternadamente com 6 series de 15 repetições 3 com os olhos abertos e 3 series

com os olhos fechados foi realizado exercícios de equilíbrio e propriocepção com 4 series de

20 repetições, com auxilio da cama elástica, bola com um total de exercícios PA final de

120x90mmHg a paciente foi liberada sem intercorrências.

Evolução: 10/04

A paciente compareceu a clinica escola em bom estado geral sem queixas de tonturas e

algias sua PA inicial foi de 120x80mmHg foi realizado um alongamento global com 2 series

de 15 segundos cada segmento foi realizado exercícios de kegel com 2exercícios de 15

repetições com auxilio de bola, foi realizado exercício de sentar e levantar com giros de 360°

para os lados direito e esquerdo alternadamente com 6 series de 15 repetições, 3 series com os

olhos abertos e 3 series com os olhos fechados foi realizado exercícios de equilíbrio e

propriocepção com um circuito montado com um total de 6 voltas sendo 3 voltas com olhos

abertos e 3 voltas com os olhos fechados as voltas com os olhos abertos teve uma sequencia

de olhar para direita e esquerda com auxilio da cama elástica e bola. Foi realizado exercícios

oculares com 4 series de 15 repetições cada foi um total de 4 exercícios, foi realizado

exercícios de posicionamento de Brandt Daroff com 2 series de 10 repetições para cada lado

PA final foi de 120x 90mmHg a paciente foi liberada sem intercorrências.

Evolução: 15/04

A paciente compareceu a clinica escola em bom estado geral sem queixas de tonturas e

algias sua PA inicial foi de 120x80mmHg foi realizado um alongamento global com 2 series

de 15 segundos cada segmento com ênfase em deltoide, flexores palmares, tríceps braquial,

membros inferiores com ênfase em ísquios tibiais, alongamento da coluna lombar, todos os

alongamentos foram realizados na bola suíça, exercícios de kegel no padrão elevador com 2

series de 15 repetições com a paciente sentada na bola suíça, foi realizado exercícios oculares

com 4 series de 15 repetições com um total de 4 exercícios, foi realizado exercícios de

posicionamento de Brandt Daroff com 2 series de 10 repetições para cada lado, treino

proprioceptivo com 6 exercícios na cama elástica sendo 3 com olhos abertos e 3 com olhos

fechados com 6 series de15 repetições com auxilio de bola e bastão, foi realizado exercício de

andar sobre 3 colchonetes na ponta dos pés com 10 voltas sendo 5 com olhos abertos e 5 com

olhos fechados os exercícios de olhos abertos foi realizado com movimentos de olhar para

direita e esquerda a paciente foi liberada sem intercorrências sua PA final foi de

110x70mmHg.

Evolução: 17/04

A paciente compareceu a clinica escola em bom estado geral sem queixas de tonturas e

algias sua PA inicial foi de 110x80mmHg foi realizada sua segunda reavaliação

posteriormente foi realizado exercícios de equilíbrio e propriocepção com auxilio da tabua de

propriocepção com 6 series de 15 repetições sendo 3 series com apoio e 3 series sem apoio foi

realizado exercício com o balancinho para equilíbrio com 3 series de 15 repetições cada

perna, foi realizado exercícios oculares com 3 series de 20 repetições com um total de 3

exercícios sua PA final 120x80mmHg a paciente foi liberada sem intercorrências.

Evolução: 22/04

A paciente compareceu a clinica escola em bom estado geral, sem queixas de tonturas

e algias sua PA inicial foi de 110x80mmHg, foi realizado um alongamento global com 2

series de 15 segundos cada segmento, foi realizado exercícios oculares com 3 series de 15

repetições cada foi um total de 3 exercícios, foi realizado exercícios de posicionamento de

Brandt Daroff com 2 series de 10 repetições para cada lado foi realizado exercício de

equilíbrio e propriocepção com a tabua de propriocepção com 4 series de 15 repetições 2 com

os olhos abertos e 2 com olhos fechados foi realizado com auxilio da balancinho 4 series de

15 repetições cada perna sendo duas com os olhos abertos e duas com os olhos fechados sua

PA final era de 120x90mmHg a paciente foi liberada sem intercorrências.

ANEXOS

ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)

Eu, ___________________________________________________ RG.: ___________,

abaixo qualificada, DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui devidamente

esclarecida sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Aplicação do protocolo de Cawthorne e

Cooksey adaptado para a melhora da sintomatologia de um paciente com vertigem

posicional paroxística benigna: estudo de caso, desenvolvido pelo aluno Fernando Luiz dos

Anjos, do curso de Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, quanto aos seguintes

aspectos:

A vertigem posicional paroxística benigna caracteriza-se por uma crise vertiginosa de

intensidade normalmente severa e de curta duração, que é desencadeada por mudanças de

postura do paciente. O quadro vertiginoso pode ter duração entre 30 segundos a dois minutos,

mas geralmente dura menos que um minuto, e pode persistir por semanas a anos. Geralmente,

os pacientes com déficit vestibular periférico conseguem identificar a posição que leva à

tontura e passam a evitá-la constantemente. Isto pode levar às alterações e distúrbios posturais

que pioram o estado geral e aumentam a incapacidade funcional. Assim, o quadro em que o

paciente se encontra o limita física e socialmente (ALVARENGA; BITTAR, 2011).

Será realizado um programa de exercícios oculares, de posicionamento e equilíbrio

duas vezes por semana no período de março/2013 a abril/2013. Este estudo tem o intuito de

analisar os efeitos dessas técnicas na sintomatologia e na melhora do equilíbrio da paciente

portadora de vertigem posicional paroxística benigna.

O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participação em qualquer fase da

pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu tratamento e cuidado. É garantido o

sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e

informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de publicação e produção

de trabalho de conclusão de curso para grau de bacharel.

Declaro, que depois de esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi

explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.

Paracatu, de de 2013.

QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Objeto da pesquisa

Nome: ......................................................................................................................

RG.: ........................ Data de Nascimento: ......./......./.............. Sexo: M ( ) F ( )

Endereço: .................................................................................................. nº .........

Bairro: ................................................................... Cidade: ....................................

CEP: .......................................................... Tel.: .....................................................

____________________________________________

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR

DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento

Livre Esclarecido, cumprindo todas as exigências contidas no Capítulo IV da Resolução

196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e esclarecido do

declarante acima qualificado para a realização desta pesquisa.

Paracatu, de de 2013.

__________________________________________

Fernando Luiz dos Anjos

ANEXO B - PROTOCOLO CAWTHORNE E COOKSEY

Protocolo de Cawthorne Cooksey adaptado.

A) Movimentos de olhos e cabeça, sentado – primeiro lentos, depois rápidos:

1) Olhar para cima e para baixo;

2) Olhar para a direita e para a esquerda;

3) Aproximar e afastar o dedo, olhando para ele;

4) Mover a cabeça (lentamente e depois rapidamente) para a direita e para a esquerda, com

olhos abertos;

5) Mover a cabeça (lentamente e depois rapidamente) para cima e para baixo, com olhos

abertos;

6) Repetir 4 e 5 com olhos fechados.

B) Movimentos de cabeça e corpo, sentado:

1) Colocar um objeto no chão. Apanhá-lo e elevá-lo acima da cabeça e colocá-lo no chão

novamente (olhando para o objeto o tempo todo);

2) Encolher os ombros e fazer movimentos circulares com eles;

3) Inclinar para frente e passar um objeto para trás e para frente dos joelhos.

C) Exercícios em pé:

1) Repetir A e B2;

2) Sentar e ficar em pé; sentar e ficar em pé novamente;

1) Sentar e ficar em pé; sentar e ficar em pé novamente com olhos fechados;

2) Ficar em pé, mas girar (dar uma volta para a direita) enquanto de pé;

3) Ficar em pé, mas girar (dar uma volta para a esquerda) enquanto de pé;

4) Jogar uma bola pequena de uma mão para a outra (acima do nível do horizonte);

5) Jogar a bola de uma mão para a outra embaixo do joelho, alternadamente.

Outras atividades para melhorar o equilíbrio:

1) Subir e descer escadas (corrimão, se necessário);

2) Enquanto de pé faça voltas repentinas de 90 graus (com olhos abertos e, depois, com olhos

fechados)

3) Enquanto caminhando, olhe para a direita e para a esquerda (como num mercado lendo

rótulos);

4) Pratique ficar em um pé só (com o pé direito e depois com o pé esquerdo), com olhos

abertos e depois com olhos fechados;

5) Em pé, em superfície macia;

a) Ande sobre a superfície para se acostumar;

b) Andar pé-antepé com olhos abertos e depois com olhos fechados;

c) Pratique o exercício 4 em superfície macia;

6) Circular ao redor de uma pessoa que está no centro, que joga uma bola grande (que lhe

deve ser devolvida);

7) Andar pela sala com os olhos fechados.

Fonte: RIBEIRO; PEREIRA, (2005).

ANEXO C - DIZZINESS HANDICAP INVENTORY

Dizziness Handicap Inventory (DHI) brasileiro.

01. Olhar para cima piora a sua tontura?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

02. Você se sente frustrado(a) devido a sua tontura?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

03. Você restringe suas viagens de trabalho ou lazer por causa da tontura?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

04. Andar pelo corredor de um supermercado piora a sua tontura?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

05. Devido a sua tontura, você tem dificuldade ao deitar-se ou levantar-se da cama?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

06. Sua tontura restringe significativamente sua participação em atividades sociais tais como:

sair para jantar, ir ao cinema, dançar ou ir a festas?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

07. Devido a sua tontura, você tem dificuldade para ler?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

08. Sua tontura piora quando você realiza atividades mais difíceis como esportes, dançar,

trabalhar em atividades domésticas tais como varrer e guardar a louça?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

09. Devido a sua tontura, você tem medo de sair de casa sem ter alguém que o acompanhe?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

10. Devido a sua tontura, você se sente envergonhado na presença de outras pessoas?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

11. Movimentos rápidos da sua cabeça pioram a sua tontura?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

12. Devido a sua tontura, você evita lugares altos?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

13. Virar-se na cama piora a sua tontura?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

14. Devido a sua tontura, é difícil para você realizar trabalhos domésticos pesados ou cuidar

do quintal? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes

15. Por causa da sua tontura, você teme que as pessoas achem que você está drogado(a) ou

bêbado(a)? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes

16. Devido a sua tontura é difícil para você sair para caminhar sem ajuda?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

17. Caminhar na calçada piora a sua tontura?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

18. Devido a sua tontura, é difícil para você se concentrar?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

19. Devido a sua tontura, é difícil para você andar pela casa no escuro?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

20. Devido a sua tontura, você tem medo de ficar em casa sozinho(a)?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

21. Devido a sua tontura, você se sente incapacitado?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

22. Sua tontura prejudica suas relações com membros de sua família ou amigos?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

23. Devido a sua tontura, você está deprimido?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

24. Sua tontura interfere em seu trabalho ou responsabilidades em casa?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

25. Inclinar-se piora a sua tontura?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes

Legenda: aspectos físicos - questões 01, 04, 08, 11, 13, 17 e 25; aspectos funcionais -

questões 03, 05, 06, 07, 12, 14, 16, 19 e 24; aspectos emocionais - questões 02, 09, 10, 15, 18,

20, 21, 22 e 23.

A cada resposta sim - 04 pontos; às vezes - 02 pontos; não - 00 pontos. O escore final é a

somatória dos pontos obtidos em todos os aspectos.

Fonte: CASTRO et al., (2007).

ANEXO D: ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG

1. Sentado para em pé.

Instruções: Fique em pé. Tente não usar as mãos para se apoiar.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, capaz a de ficar em pé não usa as mãos e estabilidade e independente

( ) 3 pontos, capaz de ficar em pé independentemente usando as mãos

( ) 2 pontos, capaz de ficar me pé usando as mão depois de varias tentativas

( ) 1 ponto, precisa de uma ajuda mínima para ficar em pé e estabilizar

( ) 0 ponto, precisa de ajuda temporária ou máxima para ficar em pé

2. Ficar em pé sem apoiar-se.

Instruções: Fique em pé durante 2 minutos, sem se segurar.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos,capaz de ficar em pe com segurança pelo menos 2 minutos.

( ) 3 pontos,capaz de ficar em pé por 2 minutos com supervisão.

( ) 2 pontos,capaz de ficar em pé por 30 segundos sem se apoiar.

( ) 1 ponto,precisa de arias tentativas para ficar em pé sem se apoiar.

( ) 0 ponto,incapaz de ficar em pé por 30 segundo sem ajuda.

3. Sentado sem apoiar-se, pés no chão.

Instruções: Fique sentado com os braços cruzados durante 2 minutos.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, capaz de ficar sentado com segurança mais de 2 minutos.

( ) 3 pontos, capaz de ficar sentado 2 minutos com supervisão.

( ) 2 pontos, capaz de ficar sentado 30 segundos.

( ) 1 ponto,capaz de ficar sentado 10 segundos.

( ) 0 ponto, incapaz de ficar sentado sem se apoiar por 10 segundos.

4. Em pé para sentado

Instruções: Sente-se.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, senta-se com segurança utilizando o mínimos das mãos

( ) 3 pontos, controla a descida pelo uso das mãos

( ) 2 pontos, usa a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar a descida.

( ) 1 ponto, senta-se independentemente, mais com uma descida descontrolada.

( ) 0 ponto, precisa de ajuda para sentar

5. Transferências

Instruções: Ande desde a cadeira até a cama e volte novamente. Uma das vezes, sente em uma

cadeira com apoios para os braços e,

na outra, em uma cadeira sem apoios.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, consegue transferir-se com segurança com uso mínimo das mãos

( ) 3 pontos, consegue transferir-se com segurança evidente necessidade das mãos.

( ) 2 pontos, consegue transferir-se com segurança com dicas verbais ou supervisão.

( ) 1 ponto, precisa de uma pessoa para ajuda-lo.

( ) 0 ponto, precisa de duas pessoas para ajuda-lo ou de supervisão para sentir-se seguro.

6. Ficar em pé sem apoio, com os olhos fechados

Instruções: Feche os olhos e fique em pé imóvel durante 10 segundos.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, consegue ficar em pé por 10 segundos com segurança.

( ) 3 pontos, consegue ficar em pé por 10 segundos com supervisão.

( ) 2 pontos, consegue ficar em pé por 3 segundos.

( ) 1 ponto, incapaz de ficar com os olhos fichados por 3 segundos, mais estável.

( ) 0 ponto, precisa de ajuda para não cair.

7. Ficar em pé sem ajuda, com os pés juntos

Instruções: Junte os pés e fique em pé sem apoiar-se.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, capaz de juntar os pés sozinho e ficar por 1 minuto com segurança.

( ) 3 pontos, capaz de juntar os pés sozinho e ficar por 1 minuto com supervisão.

( ) 2 pontos, capaz de juntar os pés sozinhos mais incapaz de ficar de manter a posição por 30

segundos.

( ) 1 ponto, precisa de ajuda para chegar na posição mais consegue ficar em pé por 15

segundos

( ) 0 ponto, precisa de ajuda para chegar na posição e incapaz de ficar em pé por 15 segundos.

OS ITENS A SEGUIR DEVEM SER EXECUTADOS COM O PACIENTE EM PÉ

SEM APOIAR-SE.

8. Inclinar-se para a frente, com o braço esticado

Instruções: Erga o braço a 90º. Alongue os dedos e incline o corpo para frente o máximo que

puder. (O examinador coloca uma régua

nas pontas dos dedos, quando o braço está a 90º. Eles não devem tocar a régua quando o

paciente inclina o corpo para frente. A

medida registrada é a distância que os dedos atingem quando o paciente está na posição

máxima de inclinação para frente).

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, consegue com confiança alcançar mais de 25 cm.

( ) 3 pontos, consegue alcançar com confiança mais de 10 cm.

( ) 2 pontos, consegue alcançar com confiança mais que 5 cm.

( ) 1 ponto, inclina o corpo para frente e precisa de supervisão.

( ) 0 ponto, precisa de ajuda para não cair

9. Pegar objetos do chão

Instruções: Pegue o sapato/chinelo colocado na frente dos seus pés.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, consegue pegar o chinelo com segurança e facilidade.

( ) 3 pontos, consegue pegar o chinelo, mais precisa de supervisão independentemente.

( ) 2 pontos, incapaz de pegar mais chega a 2,5 ou 5 cm e mantem equilibrio.

( ) 1 ponto, incapaz de pegar e precisa de supervisão enquanto tenta.

( ) 0 ponto, incapaz de tentar precisa de ajuda para não cair

10. Virar para olhar para trás / sobre os ombros direito e esquerdo

Instruções: Vire-se para olhar para trás / sobre o ombro esquerdo. Repita com o direito.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, olha para trás ambos os lados e transfere bem o peso do corpo.

( ) 3 pontos, olha para apenas um dos lados para o outro mostra menos deslocamento do peso.

( ) 2 pontos, vira para os lados mais consegue manter o equilíbrio.

( ) 1 ponto, precisa de ajuda enquanto vira.

( ) 0 ponto, precisa de ajuda para não cair.

11. Girar 360º

Instruções: Dê um giro completo. Faça uma pausa. Depois, execute um giro completo na

direção oposta.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, capaz de girar 360° seguramente, em menos de 4 segundos de cada lado.

( ) 3 pontos, capaz de girar 360° seguramente, para um dos lados em menos de 4 segundos.

( ) 2 pontos, capaz de girar 360° seguramente , mais lentamente

( ) 1 ponto, precisa de supervisão estreita e dicas verbais.

( ) 0 ponto, precisa de ajuda enquanto vira.

DESLOCAMENTO DINÂMICO DO PESO ENQUANTO ESTÁ EM PÉ SEM APOIO

12. Contar o número de vezes em que pisa em um banquinho

Instruções: Coloque cada um dos pés alternadamente sobre a banqueta. Continue, até que cada

um deles tenha tocado a banqueta

quatro vezes.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, capaz de ficar em pé independentemente e seguramente, e completa 8 passos em

20 segundos.

( ) 3 pontos, capaz de ficar em pé independentemente e completa 8 passos em 20 segundos

( ) 2 pontos, capaz de completar 4 passos sem ajuda com supervisão.

( ) 1 ponto, capaz de completar mais de 2 passos mais precisa de uma ajuda mínima.

( ) 0 ponto, precisa de ajuda para não cair/incapaz de tentar.

13. Ficar em pé sem apoio, um dos pés à frente

Instruções: (Demonstre para o indivíduo). Coloque os pés diretamente na frente do outro. Se

não conseguir colocá-lo diretamente na

frente, tente dar o passo mais longo que conseguir à frente, de forma que o calcanhar de um

dos pés fique além dos artelhos do outro.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, capaz de colocar o pé correto, independentemente e manter a posição por 30

segundos.

( ) 3 pontos, capaz de colocar o pé um na frente do outro, independentemente e manter a

posição por 30 segundos .

( ) 2 pontos, capaz de dar um passo pequeno independentemente e manter a posição por 30

segundos.

( ) 1 ponto, precisa de ajuda para dar o passo, mais consegue manter a posição por 15

segundos.

( ) 0 ponto, perde o equilíbrio quando da um passo a frente ou fica em pé.

14. Ficar em pé sobre apenas uma das pernas

Instruções: Fique em pé sobre apenas uma das pernas, enquanto puder, mas sem apoiar-se.

Pontuação: Marque a categoria abaixo que se aplica.

( ) 4 pontos, consegue erguer a perna independentemente, e manter a posição por mais de 10

segundos.

( ) 3 pontos, consegue erguer a perna independentemente, e manter a posição por 5 a 10

segundos.

( ) 2 pontos, consegue erguer a perna independentemente, e manter a posição por 3 segundos

independentemente.

( ) 1 ponto, tenta erguer a perna incapaz de manter a posição por 3 segundos mais continua

em pé.

( ) 0 ponto, não consegue tentar ou precisa de ajuda para não cair.

Pontuação total:_________

Pontuação máxima: ___________

Fonte: RIBEIRO; PEREIRA (2005)