Faial Varella Krauser - Cabeamento Estruturado Para Telecomunicações

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  • CTAI Centro de Tecnologia em Informtica e Automao

    CABEAMENTOESTRUTURADO PARATELECOMUNICAES

    Organizador:FAIAL VARELLA KRAUSER

    Seta Tecnologia, Consultoria,Estudo e Planejamento Ltda

    Florianpolis2003

  • CABEAMENTOESTRUTURADO PARATELECOMUNICAES

  • FIESCJos Fernando Xavier FaraccoPresidente

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  • Federao das Indstrias do Estado de Santa CatarinaServio Nacional de Aprendizagem Industrial

    Centro de Tecnologia em Automao e Informtica

    CABEAMENTO ESTRUTURADOPARA TELECOMUNICAES

    Organizador:Faial Varella Krauser

    Seta Tecnologia, Consultoria, Estudo e Planejamento Ltda

    Florianpolis2003

  • Proibida a reproduo total ou parcial deste material,

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    Diagramao e Design:Clehani Rauen da Luz

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    Departamento Regional de Santa Catarina

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    KRAUSER, Faial Varella. Cabeamento estruturado paratelecomunicaes. Florianpolis: SENAI/CTAI, 2002. 118p.

    TELECOMUNICAES.

  • SUMRIO

    1

    OBJETIVO .................................................................................................................7

    1. INTRODUO.......................................................................................................8

    2. CONCEITOS INICIAIS .......................................................................................10

    3.CABOS PARA TELECOMUNICAES ............................................................113.1 Caractersticas Eltricas para Cabos Metlicos......................................................113.2. Banda Passante....................................................................................................133.3 Unidades de medida :............................................................................................163.4 Cabo de Par tranado (Twisted pair).....................................................................173.5 Cabo Coaxial........................................................................................................193.6 Cabo de Fibra ptica.............................................................................................20

    4.SISTEMA DE CABEAMENTO ESTRUTURADO .............................................25

    5.CABEAMENTO HORIZONTAL .........................................................................285.1-Definies............................................................................................................285.2-Meios fsicos reconhecidos...................................................................................285.3-Distncias e topologia...........................................................................................285.4 Escolha do tipo de tomada e cabos........................................................................305.5.Cross-connect horizontal.......................................................................................315.6-Caminhos e espaos para o cabeamento horizontal................................................335.7 Interferncias eletromagnticas.............................................................................45

    6. REA DE TRABALHO.......................................................................................476.1 Cabeamento em escritrios abertos.......................................................................506.2 Conectores............................................................................................................54

    7. SALA DE TELECOMUNICAES ...................................................................57

    8. CABEAMENTO DE BACKBONE......................................................................63

    9. SALA DE EQUIPAMENTOS..............................................................................69

    10.ENTRADA NO EDIFCIO..................................................................................72

    11. PRTICAS DE INSTALAO.........................................................................7611.2 Conectorizao no bloco 110..............................................................................7811.5.Organizao dos cabos........................................................................................83

    12. NORMA DE CABEAMENTO BRASILEIRA NBR 14.565..............................8712.3 Armrio de telecomunicaes..............................................................................8812.4 Cabeamento primrio..........................................................................................88

  • 12.5 Sala de equipamentos..........................................................................................8812.6. Sala de entrada de telecomunicaes..................................................................8912.7 Proteo eltrica..................................................................................................8912.8 Administrao.....................................................................................................89

    13. INSTALAES ELTRICAS EM INFORMTICA ......................................91

    14. ATERRAMENTO...............................................................................................93

    15. TESTES E CERTIFICAO ............................................................................9515.1.Testes de campo para cabos de par tranado de 100 ohms...................................9515.2.Testes de desempenho de transmisso em fibra ptica.......................................110

    BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................113

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    OBJETIVO

    Este mdulo tem por objetivo fornecer os conhecimentos bsicos sobre osconceitos e as tcnicas envolvidas nos projetos de cabeamento estruturado, tendo emvista que este o estado da arte tratando-se de infra-estrutura de telecomunicaes.

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    1. INTRODUO

    Antes de 1984 , nos Estados Unidos , os sistemas de telecomunicaes e osprojetos de edifcios no estavam em sintonia. Existiam vrios padres de cabos paraatender uma instalao : par tranado para telefonia, cabos coaxiais de 50W para asnovas redes ethernet de 10 Mbps, cabos coaxiais de 75W para vdeo, cabos STP paratoken-ring, ou seja , no havia uma coordenao entre as empresas de construo e asaplicaes desenvolvidas pelas indstrias de informtica e comunicaes.

    Aps aquela data, o Bell System, conglomerado de empresas prestadoras deservio de telecomunicaes, comeou a pressionar os rgos de normalizao paratentar resolver os problemas de incompatibilidade que estavam surgindo. Assim em1985 o EIA (Eletronic Industry Association) e a TIA ( Telecommunication IndustryAssociation) organizaram comits tcnicos para desenvolver um rol de padres para ossistemas de telecomunicaes, que resultaram,em 1991, na publicao da normaconhecida por ANSI/TIA/EIA-568 Commercial Building Telecommunications CablingStandard, que disseminou a tcnica de projeto de infra-estrutura de telecomunicaesconhecida por cabeamento estruturado. Surge a ANSI/TIA/EIA-569 CommercialBuilding Standard for Telecommunications Pathways and Spaces, para definir oscaminhos e espaos.

    Dando continuidade a este trabalho, produziram-se diversas atualizaes,listadas abaixas :

    ANSI/TIA/EIA-568 Commercial Building Telecommunications Cabling Standard (,

    julho de 1991 )

    ANSI/TIA/EIA-568A Commercial Building Telecommunications Cabling Standard,(

    outubro de 1995 )

    TIA/EIA TSB67 Transmission performance Specifications for Field Testing of

    Unshielded Twisted-Pair Cabling Systems ( outubro de 1995 )

    TIA/EIA TSB72 Centralized Optical Fiber Cabling ( outubro de 1995 )

    TIA/EIA TSB75 Additional Horizontal Pratices for Open Offices ( agosto de 1996 )

    TIA/EIA TSB95 Additional Transmission Performance Guidelines for 4-Pair 100 WW

    Category 5 Cabling ( outubro de 1999 )

    ANSI/ TIA/EIA-568-A-1, Propagation Delay and Delay Skew Specifications for 100 WW 4-

    Pair Cable ( setembro de 1997 )

    ANSI/ TIA/EIA-568-A-2, Corrections and Additions to TIA/EIA-568-A ( agosto de 1998 )

    ANSI/ TIA/EIA-568-A-3, Addendum no. 3 to TIA/EIA-568-A ( dezembro de 1998 )

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    ANSI/ TIA/EIA-568-A-4, Production Modular Cord NEXT Loss Test Method and

    Requirements for Unshielded Twisted-Pair Cable ( novembro 1999 )

    ANSI/ TIA/EIA-568-A-5, Transmission Performance Specifications for 4-Pair 100 WW

    Category 5e Cabling ( fevereiro 2000 )

    Em 2001 todas as normas, boletins e adendos acima condensaram-se na novanorma ANSI/TIA/EIA-568B Commercial Building Telecommunications cablingStandard, maio de 2001 , subdividida em trs partes :

    ANSI/TIA/EIA 568-B.1 General Requirements ANSI/TIA/EIA 568-B.2 Balanced Twisted Pair Cabling Components ANSI/TIA/EIA 568-B.3 Optical Fiber Cabling Components Standard

    A seguir. outras normas relacionadas ao cabeamento estruturado e a suaevoluo cronolgica:

    ANSI/TIA/EIA-569 Commercial Building Standard for Telecommunications Pathways

    and Spaces,( outubro 1990)

    ANSI/TIA/EIA-569A Commercial Building Standard for Telecommunications

    Pathways and Spaces, ( fevereiro de 1998 )

    ANSI/TIA/EIA-570- residential and Light Commercial Telecommunications Wiring

    Standard,( junho de 1991 )

    ANSI/TIA/EIA-570A- residential and Light Commercial Telecommunications Wiring

    Standard,( outubro de 1999 )

    TIA/EIA-606 - The Administration Standard For The Telecommunications Infrastruture

    Of Commercial Buildings,( fevereiro de 1993 )

    ANSI/EIA/TIA-607- Commercial Building Grounding And Bonding Requirements For

    Telecommunications, ( agosto de 1994 )

    No Brasil com a crescente demanda de sistemas de telecomunicaes a ABNTformou um comit para desenvolver a norma de cabeamento estruturado brasileira,dando origem ABNT/NBR 14565- " Procedimentos bsicos para elaborao deprojetos de cabeamento de telecomunicaes para rede interna estruturada" deagosto de 2000, Esta norma baseou-se na ANSI/TIA/EIA-568A de outubro de 1995.

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    2. CONCEITOS INICIAIS

    O cabeamento estruturado uma tcnica utilizada para projetar , em prdioscomerciais, um sistema de telecomunicaes genrico, ou seja, no dedicado aaplicao especfica. Ele estabelece critrios tcnicos e de desempenho para atender amaioria das aplicaes existentes.

    Atualmente o termo telecomunicaes mais do que voz e dados: , englobatambm vdeo, sensores, alarmes, etc., ou seja , sistemas que utilizam sinais de baixavoltagem.

    Outra idia importante projetar sem dependncia do tipo de equipamento a serutilizado, isto , seguir as recomendaes da norma . Como elas esto em consonnciacom a tcnica, a estrutura ter condies de atender os requisitos da maior parte dosequipamentos. No impedindo a existncia de circuitos exclusivos para atender umaaplicao especfica.

    Essas normas tendem a balizar o trabalho do projetista de sistemas detelecomunicaes de tal forma, que um prdio poder ser construdo sem depender dosclientes que vo utiliz-lo e, se posteriormente, alguma alterao for necessria, o custopara tal ser mnimo.

    Para atender a estes princpios criou-se o conceito de rea de trabalho levandoem considerao o espao necessrio para que uma pessoa realizar suas atividades. Porexemplo, um funcionrio precisa de uma mesa, cadeira, computador , telefone e umapoltrona de visita, ento este material somado aos espaos para movimentao ( sentare levantar da mesa) ocuparo 10m2 . . Se a sala para ocupao possuir 100m2, dever terno mximo 10 funcionrios , seno a funcionalidade do escritrio ficar comprometida.

    Outra normalizao est relacionada a definio de tipos e categorias de cabos econectores a serem utilizados. Isso possibilita, s indstrias de equipamentos, aadequao de seus novos produtos infra-estrutura que encontraro nas edificaes .

    E finalizando, tem-se a especificao de salas ou espaos, dutos e canaletasprevendo as possveis expanses e uma metodologia de administrao para manteratualizadas todas as informaes relativas s estruturas de telecomunicaes.

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    3.CABOS PARA TELECOMUNICAES

    Os meios fsicos utilizados nos sistemas de telecomunicaes podero basear-seem meios confinados ( cobre ou fibras pticas) ou em no confinados ( espao livre).

    3.1 Caractersticas Eltricas para Cabos Metlicos

    Os cabos metlicos podem ser modelados atravs dos seus parmetros principaisresistncia, indutncia, capacitncia e condutncia. A associao destes produz ascaractersticas conhecidas como : atenuao, banda passante, corrente mxima,resistncia ao rudo, interferncias,etc.

    Figura 1 Modelo eltrico de um cabo UTP

    A seguir, anlise de cada um destes parmetros e verificao da influncia totalno cabo.

    Resistncia (R)

    A resistncia a oposio que um determinado material faz a passagem dacorrente eltrica. O valor da resistncia diretamente proporcional ao comprimento docondutor e a temperatura, e inversamente proporcional a rea da seo reta transversaldo mesmo. A unidade de medida de resistncia o ohm ( W )..

    Na medida que aumenta a freqncia do sinal transmitido, a corrente eltricatende a se propagar na parte mais externa do condutor, a este fato d-se o nome deEfeito Pelicular. Quando isto acontece a rea da seo do condutor diminui provocandoo aumento da resistncia. A conseqncia principal ser o aumento da resistncia nasfreqncias mais altas prejudicando a transmisso do sinal.

    G C

    R L

    LR

    C G

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    Figura 2 EFEITO PELICULAR - Na figura 1 temos os sinais de baixa freqncia ocupando toda aseo reta do condutor e na 2 os de alta ocupando parcialmente.

    Tabela 1 Variao dos fatores que influenciam a resistncia

    Variao Fator Resistncia AtenuaoAumento Comprimento Aumento AumentoAumento Temperatura Aumento AumentoAumento Seo reta Diminuio DiminuioAumento Freqncia Aumento AumentoDiminuio Comprimento Diminuio DiminuioDiminuio Temperatura Diminuio DiminuioDiminuio Seo reta Aumento AumentoDiminuio Freqncia Diminuio Diminuio

    Indutncia(L)

    A indutncia est relacionada ao campo magntico gerado quando uma correnteeltrica atravessa um condutor. Este campo armazena energia do sinal transmitido,tornando-se mais um fator de atenuao. O valor da indutncia depende basicamenteda geometria do cabo e sua unidade o Henry ( H ).

    Capacitncia(C)

    A capacitncia est associada a energia armazenada no campo eltrico ente ocondutor e o seu isolante. Como efeitos prejudicais temos a atenuao dos sinais de altafreqncia e o acoplamento capacitivo que facilita a interferncia de sinais gerados emcondutores prximos ( diafonia). A unidade o Farad ( F ).

    1

    ALTAS FREQNCIAS

    2

    BAIXAS FREQNCIAS

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    Condutncia(G)

    Representa a perda de potncia devido a correntes conduzidas pelo isolante docabo. No caso de isolantes de polietileno extremamente baixa e pode ser desprezada.A unidade o Siemens ( S ). A principal influncia da condutncia est na velocidadedo sinal eltrico no condutor.

    Impedncia(Z)

    A impedncia representa a influncia total da resistncia , indutncia ecapacitncia de um determinado condutor , na presena de sinais . Sua unidade ohm(W).

    Ao acoplar dispositivos eltricos a meios de transmisso deve-se observar ocasamento de impedncia, isto , a impedncia dos dois dever possuir o mesmo valorpois caso contrrio, no haver a transmisso integral da energia, ocorrendo uma perdapor reflexo .

    Figura 3 Esta figura mostra o retorno de parte do sinal devido ao descasamento de impedncia.

    3.2. Banda Passante

    O conceito de banda passante ou largura de banda vem do incio dos estudos dossinais e das tcnicas de transmisso analgicas. Ela caracteriza a capacidade detransmisso de um meio fsico e as exigncias do sinal para garantir a qualidade dainformao.

    O hertz mede a quantidade de ciclos de um determinado sinal por segundo que equivalente a freqncia. Os sinais que representam informaes como voz, dados eimagem so representados por um conjunto de freqncias de amplitudes diferentes,cuja soma produz a forma do sinal original. Ao analisar um determinado canal decomunicaes, este atenua de maneira diferente cada freqncia que compe o sinaltransmitido. Para conservar as caractersticas do mesmo, deve-se determinar qual a faixa

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    de freqncias onde a atenuao possui uma pequena variao. Assim quando aamplitude das freqncias comear a cair pela metade , esta faixa ser a banda-passantedo canal.

    Figura 4 Sinal peridico senoidal com freqncia de 4 Hz

    Nas tabelas abaixo h exemplos de banda passante de sinais e de canais decomunicaes. A noo mais importante que precisa-se ter que a banda do canaldever ser sempre maior do que a do sinal

    Tabela 2 Banda passante de alguns sinais

    Tipo de sinal Banda passante( Hz)

    Voz em telefonia 3.100Msica clssica 18.000Sinal de vdeo (banda base) 4.200.000Sinal de vdeo (videolaser) 5.000.000Sinal de vdeo HDTV 6.000.000

    Tabela 3 - Banda passante dos meios de transmisso

    Meio de transmisso Banda passante( Hz)Rede telefnica antiga 4.000Linha para transmisso HDSL 196.000Linha para transmisso ADSL 1.040.000Rdio AM 5.000Rdio FM 15.000CD de udio 20.000Cabo de par tranado categoria 3 16.000.000Cabo de par tranado categoria 5 100.000.000Cabo de par tranado categoria 6 250.000.000Cabo coaxial 1.000.000.000

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    Tabela 4 Taxa de transmisso digital para alguns sinais

    Tipo de sinal Taxa de transmisso( bits\s)

    Voz em telefonia 64.000Som estreo com qualidade de FM 768.000Som estreo com qualidade de CD 1.500.000Vdeo ocupando de tela, som estreo de boaqualidade

    384.000.000

    TV convencional 23.000.000TV de alta definio compactada 19.000.000TV de alta definio sem compactao 1.200.000.000Ethernet 10.000.000

    Com a chegada dos Sistemas Digitais passaram a existir duas origens para asinformaes: os sinais digitais propriamente ditos ( gerados num computador) e ossinais digitalizados ( vdeo e voz so naturalmente analgicos). Da mesma forma anossa medida da capacidade de transmisso passou a utilizar o bit por segundo comounidade bsica .

    Os sinais de origem analgica so bastante crticos pois possuem restriesespeciais quanto a atrasos e perdas e tambm quanto a preciso necessria a suaconverso em bits. Na tabela abaixo h alguns sinais e seus requisitos de taxas detransmisso necessrias.

    A grande confuso que existe hoje est baseada na apropriao do conceito debanda passante dos sinais analgicos medida em hertz para os dos sistemas digitaismedidos em bits por segundo. O problema dessa confuso est em achar que estesvalores tem uma correspondncia direta, o que na maioria das vezes no verdade.

    A tcnica utilizada para transmitir uma determinada quantidade de bits sobreuma certa banda passante chamada de Codificao de Linha.

    Tabela 5 Aplicaes com banda passante e taxa de transmisso correspondentes

    Aplicao Banda passante( Hz)

    Taxa de transmisso(bps)

    Relao decompresso

    HDSL 196.000 784.000 1:4Token ring 16 Mbps

    12.000.000 16.000.000 1:1,33

    Ethernet 7.500.000 10.000.000 1:1,33Fast-Ethernet 31.250.000 100.000.000 1:3,2Gigabit ethernet 65.200.000 250.000.000 ( por par) 1:4ATM 155 77.000.000 155.000.000 1:2ATM 622 31.250.000 622.000.000 1:19,9

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    3.3 Unidades de medida :

    Uma das medidas mais importantes nos sistemas de comunicao a depotncia. Os termos atenuao e ganho de um sistema refere-se a diminuio e aumentoda potncia do sistema, respectivamente, que por sua vez se relaciona com a amplitudedos sinais transmitidos. Os estudos ligados a transmisso de sinais eltricos comearamno sculo XIX, onde o logaritmo era a ferramenta matemtica mais utilizada. Surgiu oBEL, como unidade de medida que relacionava duas potncias. Com o uso notou-se queum submultiplo do Bel era mais prtico de usar, obtendo assim o decibel (dB). Veja afrmula abaixo:

    ( )POT LOG POTPOT

    dBSAIDAENT

    =

    10*

    POT= potncia em decibisPOTSAIDA= potncia de sada do circuitoPOTENT = potncia de entrada ou de referncia do circuito

    Ao trabalhar com valores logartmicos, as multiplicaes e as divises deveropassa a ser somas e subtraes respectivamente.

    Tabela 6 Relao de valores em dB com relao de potencia

    Valor em dB Relao POTSAIDA / POTENT

    30 100020 10010 106 43 20 1-3 0,5-6 0,25-10 0,1-20 0,01-30 0,001

    Juntamente com o dB outra unidade criada foi o dBm onde a POTSAIDA dividida pela potncia padro de 1mW. Assim converte-se a potncia de umequipamento para unidades logartmicas facilitando os clculos.

    Exemplo:

    Tendo um cabo com atenuao de 4 dB/km e os terminais distanciados em10km , a atenuao total do percurso dever ser :

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    Atota l= 4dB/km x 10km = 40 dB ou 10.000 vezes

    Se o nosso transmissor tiver a potncia de sada de 1 W , qual sera potncia dechegada no receptor?

    dBmmW

    mWdBm 30

    11000

    log10 =

    *=

    POTRx = 30dBm 40dB=-10dBm

    Resposta 0,1 mW

    3.4 Cabo de Par tranado (Twisted pair)

    O par tranado consiste em dois fios de cobre isolados, que so tranados entresi para produzir um efeito de cancelamento de correntes, protegendo o par deinterferncias externas. Quanto mais apertado for o passo de trancamento maisprximos sero os valores das correntes induzidas nas duas espiras adjacentes,produzindo a neutralizao da influncia dos campos magnticos.

    Figura 5 As correntes geradas pelos campos magnticos que atingem as tranas dos pares , so maissemelhantes quanto menor for o passo.

    Estes pares so recobertos por uma ou mais camadas protetoras formando o cabode par tranado. Um cabo pode conter 1 ou mais pares, dependendo da necessidade ,sendo que para redes de cabeamento estruturado so utilizados 4 ou 25 pares.

    Os cabos podem ser classificados pelo uso ou no de uma camada de blindagemmetlica. Os cabos que no utilizam blindagem so chamados de UTP - UnshieldedTwisted Pair que possuem uma impedncia de 100W. Os cabos que utilizam blindagem,poder ser individualizada a cada par , so conhecidos como Shielded Twisted Pair

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    (STP) com impedncia de 150W, ou sobre o conjunto de pares , sendo conhecida porScreened Twisted Pair (ScTP) com impedncia de 100W.

    A tabela 6 mostra a classificao dos cabos UTP e ScTP quanto ao desempenho.

    Figura 6 Exemplo cabo UTP de 4 pares

    Tabela 7 Categoria de cabeamento UTP e ScTP

    CATEGORIA LIMITE OBSERVAO

    3 Testado at 16 MHz

    5E Testado at 100 MHz ,

    6 Testado at 250 MHz ,

    7 Testado at 600 MHz Est em fase de aprovao e o cabo passa ater blindagem individual em cada par

    Figuras 7 Acima dois tipos de conectores, , conector para cabo ScTP e conector para cabo UTP (daesquerda para direita)

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    A tcnica de transmisso utilizada em cabos de par tranado chamada detransmisso balanceada, na qual o sinal transmitido em cada condutor com polaridadeinvertida, fazendo com que o rudo absorvido ao longo do percurso seja anulado quandoo sinal for recomposto.

    Figura 8 Modelo de transmisso balanceada mostrando o rudo sendo absorvido no sinal e sendo anuladono receptor.

    3.5 Cabo Coaxial

    O cabo coaxial constitudo por um ncleo de metal condutor ,recoberto por umdieltrico, este recoberto por uma malha metlica e sobre esta, uma camada de plsticoprotetor. Existem vrios tipos de cabos coaxiais que diferem pela impedncia, dimetroe aplicaes. Para comunicaes analgicas o mais utilizado o cabo de 75W ( RG-59,RG6 ou RG11). As comunicaes digitais em banda bsica utilizam o cabo de 50W , noqual o RG-58 thin-net ou cheap-net e o RG-8 o think-net ou yellow cable so os maisusados. A tcnica de transmisso utilizada conhecida como no-balanceada onde osinal transmitido pelo condutor central. A malha externa ligada a referncia de terraformando uma blindagem, evitando a entrada e sada de rudo .

    Figura 9 Dois principais cabos coaxiais utilizados em comunicao de dados, o RG-8 acima e RG-58abaixo

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    Em termos de aplicaes, os cabos coaxiais possuem uma banda passante naordem de 1 GHz e a atenuao varia de acordo com o modelo do cabo.

    Tabela 8- Atenuaes em dB em 100 m de cabos coaxiais

    Tipo de cabo 187 MHz 250 MHz 350 MHz 500 MHz 750 MHz 1000 MHz

    RG-59 10,76 12,5 14,86 17,91 22,15 25,82

    RG-6 8,6 10,01 11,94 14,4 17,85 20,83

    RG-11 5,54 6,46 7,74 9,42 12,17 13,78

    3.6 Cabo de Fibra ptica

    3.6.1 Conceitos Iniciais de Fibras pticas

    A fibra ptica constituda de um condutor cilndrico central,chamado dencleo, feito de vidro ou plstico de altssima pureza e de pequenas dimenses (microns ) recoberto de uma camada chamada de casca , de vidro ou de plstico, comndice de refrao menor. Diferente dos cabos de cobre, a fibra transmite luz atravs doprincpio da reflexo total, podendo ser gerada por laser ou por LED. Entre suasprincipais vantagens esto:

    a) Imunidade a interferncias eletromagnticas

    b) Dimenses reduzidas

    c) Capacidade de transmisso a longas distncias

    d) Elevadas taxas de transmisso de dados

    e) Segurana

    De acordo com as caractersticas bsicas de transmisso da luz, as fibras podemser classificadas em monomodo e multimodo .

    A fibra monomodo tem o seu ncleo com dimenses muito pequenas ( 8 a 10mm), que possibilita somente um modo para a propagao da luz, fato que garante umagrande banda passante. Possui baixa atenuao ( menor que 0,5 dB/km, chegando a0,16 dB/km) permitindo alcances de at 100 km, e uma grande banda passante de 10 a100 GHz.

    Devido as pequenas dimenses do ncleo torna-se necessrio concentrar omximo de energia no mesmo , o que implicar na utilizao de fontes laser, tornando ocusto dos equipamentos transmissores bastante elevado.

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    Figura 10 Raio luminoso propagando-se dentro de uma fibra monomodo

    Este tipo de fibra bastante utilizada nos sistemas de telecomunicaes, onde asdistncias e a bandas so grandes , como nas redes metropolitanas ( MAN ) e redes degrande alcance ( WAN ). Nas redes locais ( LAN ) seu emprego est ligado sdistncias superiores a 2 km ( tecnologias de 100 Mbps), a 550 m (tecnologias de 1.000Mbps ) e 300 m (tecnologias de 10.000 Mbps

    A fibra multimodo pode ser de dois tipos ndice degrau e ndice gradual.

    A fibra ndice degrau a mais fcil de ser produzida possuindo as maioresdimenses (100/140 mm) , porm perde nos itens atenuao (6 dB/km) e banda passante(20 MHz.km a 850 nm). Ela oferece diversos caminhos de propagao para o sinalluminoso, provocando uma grande disperso, pois os raios luminosos apresentamtempos de propagao muito diferentes, diminuindo a banda passante disponvel.

    Figura 11 Sinal de luz propagando-se numa fibra ndice degrau

    A fibra ndice gradual tem o ncleo com dimenses um pouco menores (62,5/125 m ou 50/125m ) e possui uma variao gradual do seu ndice de refrao doncleo. Esta alterao proporciona caminhos de propagao com tempos maisprximos reduzindo a disperso ( 160,200,400,500 e 2000 MHz.km a 850 nm ) . Outracaracterstica aperfeioada foi a atenuao para valores da ordem de 3,5 dB/km@850nm .

    Figura 12 Sinal de luz propagando-se numa fibra ndice gradual

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    Nas redes locais ( LAN ) seu emprego est ligado s distncias at 2 km (tecnologias de 100 Mbps), a 550 m (tecnologias de 1.000 Mbps com fibra 50/125) e300 m (tecnologias de 10.000 Mbps)

    A fibra multimodo ndice gradual 62.5/125mm a mais utilizada para redeslocais, porm com o advento do gigabit a fibra de 50/125mm comeou a se tornar maispopular por conseguir atingir a distncia de 550m contra os 275m nas tecnologias detransmisso de 850 nm.

    Tabela 9- Tecnologias e distncias com as diversas fibras

    TecnologiaMMF 62.5/125mmm

    850nm(200MHz.km)

    MMF 50/125mmm

    850nm(500MHz.km)

    MMF 50/125mmm

    850nm(2000MHz.km)

    SMF

    1310 nm

    10BaseF 2000m 2000m ND ND

    100BaseF 2000m 2000m ND 40.000m

    1000BaseSX 275m 550m ND ND

    1000BaseLX 550m 550m ND 5000m

    10GBaseSR/SW 35m 86m 300m ND

    10GBaseLX4/LW4 ND ND ND 10.000m

    Figura 13 Diversos tipos de fibra

    3.6.2 Tipos de Cabos

    A fibra ptica sensvel a curvas, tenses e a umidade, sendo necessrioproteg-la para estas situaes crticas. A estrutura bsica da fibra pode ser de doistipos:

    a) Loose ( solto ) : no qual a fibra , com sua proteo primria, fica alojadanum tubo plstico de dimenses maiores (3000 m ) que ajuda a isol-la dastenses externas. Normalmente preenchido com uma substncia gelatinosade origem petroqumica , que evita a penetrao de umidade e funciona

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    como um lubrificante para os movimentos da fibra. Estes tubos , que soconhecidos como tubo loose podem armazenar de 2 a 24 fibras. Estes so oselementos bsicos para os cabos de uso externo.

    Figura 14 Tubo loose de um cabo para uso externo

    A Norma NBR 14566 Cabo ptico para aplicao subterrnea em duto earea espinado Especificao, fornece as caractersticas mnimas exigidaspara estes tipos de cabos. Na tabela 10 tem-se as cores padronizadas paracada uma das fibras no tubo loose.

    Tabela 10- Tecnologias e distncias com as diversas fibras

    FIBRA COR

    1 VERDE

    2 AMARELO

    3 BRANCO

    4 AZUL

    5 VERMELHO

    6 VIOLETA

    7 MARROM

    8 ROSA

    9 PRETO

    10 CINZA

    11 LARANJA

    12 AGUA-MARINHA

    b) Light (compacto) : neste caso as fibras recebem uma proteo secundria edepois de reunidas so revestidas com uma camada plstica. Sua principalaplicao est nas instalaes internas , onde h uma infra-estrutura decalhas ou canaletas, que respeitam os raios de curvaturas exigidas eprotegem o cabo das influncias externas.

    Tubo Loose

    Gelia

    Fibraptica

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    Figura 15 Cabo do tipo tight e seus componentes

    Os tubos loose so reunidos junto com outros elementos de proteo produzindocabos para diversas aplicaes como:

    a) Instalao area espinado

    b) Instalao area auto-sustentado

    c) Instalao em dutos enterrados

    d) Instalao diretamente enterrada

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    4.SISTEMA DE CABEAMENTO ESTRUTURADO

    Um sistema de cabeamento estruturado composto de 6 elementos funcionais,cada um com especificaes prprias a saber:

    a) Entrance Facility Sala de Entrada de Telecomunicaes : asinstalaes de entrada no edifcio fornecem o ponto no qual feita ainterface entre o cabeamento externo( provedores de servio e interligaode campus) e a infra-estruturade telecomunicaes interna ao edifcio;

    b) Equipment Room - Sala de Equipamento : possui os equipamentos detelecomunicaes com maior complexidade que as salas detelecomunicaes(core switch ,roteadores ,bancos de modem,multiplexadores, centrais telefnicas, central de CFTV,etc. etc.);

    c) Telecommunication Room Salas de Telecomunicaes : tem comofuno receber o cabeamento horizontal, abrigar o cross-connect, fazer ainterconexo com o backbone e tambm alojar os equipamentos ativosbsicosl ;

    d) Work Area - rea de Trabalho: compreende a rea destinada ao trabalhodo usurio e tambm ; computadores, terminais de dados, telefones, cabosde adaptao de PC ,tomada de telecomunicaes

    e) Horizontal Cabling - Cabeamento Secundrio: o cabeamento que seestende dos armrios de telecomunicaes at a sada de telecomunicaesda rea de trabalho, compreendendo : cabeamento horizontal, sada detelecomunicaes, terminaes de cabos e conexes cruzada;

    f) Backbone Cabling Cabeamento Primrio : este cabeamentoproporciona a interligao entre os armrios de telecomunicaes, salas deequipamentos e instalaes de entrada, compreendendo tambm :ligaovertical entre pisos, cabos entre sala de equipamentos e entrada do edifcioe cabos entre prdios;

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    Figura 16 Estruturas do cabeamento

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    Figura 17 Infra-estrutura e espaos para o cabeamento

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    5.CABEAMENTO HORIZONTAL

    5.1-Definies

    constitudo pelos cabos e seus caminhos desde a sada de telecomunicaes,localizada na rea de trabalho , inclusive, at o cross-connect horizontal (distribuidorsecundrio)no armrio de telecomunicaes, considerando os cabos de interligao (jumper) e os pontos de consolidao ou de transio. Pela Norma Brasileira ocabeamento horizontal chamado de Cabeamento Secundrio.

    5.2-Meios fsicos reconhecidos

    Os meios fsicos reconhecidos para o cabeamento horizontal so :

    a) Cabo UTP de 4 pares, 100WW ou ScTP ,definidos pela ANSI\TIA\EIA568-B.2;

    Figura 18 cabo UTP de 4 pares

    b) Cabo de fibra ptica de 2 ou mais fibras, multimodo de 62,5/125mmm ou50/125mmm, definida de acordo com a ANSI\TIA\EIA568-B.3;

    Figura 19 Cabo de fibra ptica

    O cabo STP de dois pares e 150W, reconhecido, mas no deve ser utilizado emobras novas.

    5.3-Distncias e topologia

    A topologia utilizada no cabeamento horizontal a estrela, cujo centro ocross-connect horizontal (HC), localizado na sala de telecomunicaes e as pontasformadas pelas tomadas de telecomunicaes da rea de trabalho. No so permitidasemendas e nem extenses, no mesmo cabo.

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    Figura 20 Topologia em estrela com o centro no cross connect

    Todos estes meios devem cobrir a distncia mxima de 90m entre a tomada decomunicaes e o cross-connec horizontal. Para os cabos de interligao da tomada detelecomunicaes aos equipamentos da rea de trabalho tm-se 5m e dentro das salas detelecomunicaes 5m. As distncias esto resumidas no quadro abaixo:

    Figura 21 Distncias do cabeamento horizontal

    CROSS-CONNECT

    CM8v

    Workstation

    90m

    5m

    5m

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    Tabela 11 - Resumo das distncias do cabeamento horizontal

    DESCRIO DISTNCIA

    1.Cabeamento horizontal, incluindo pontos detransio e de consolidao 90m no mximo

    2.Cabos de equipamento 5m no mximo

    3.Cabos de manobra 5m no mximo

    A Soma dos itens 2 e 3 no deve ultrapassar 10m

    Quando o meio fsico do cabeamento horizontal for a fibra ptica , tem-se aopo de utilizar uma topologia chamada de cabeamento centralizado.

    Nela os cabos vo diretamente da tomada de telecomunicaes para a sala deequipamentos, na qual haver um cross-connect nico para a fibra, mas a distncia paraisto ficar limitada a 300m. Este comprimento inclui os cordes pticos e o cabeamentohorizontal

    5.4 Escolha do tipo de tomada e cabos

    Para cada rea de trabalho deve-se ter, no mnimo, duas tomadas detelecomunicaes, que podero ser colocadas no mesmo espelho ou no. Sistemas maisavanados trabalham com 4 a 5 tomadas sendo normalmente 4 para cabos metlicos e 1para fibras pticas.

    Como devero ser pelo menos duas das tomadas a serem utilizadas :

    a) Uma tomada dever utilizar cabeamento metlico de 4 pares e 100 ohms ,com classificao na categoria 3 ( banda passante de 16 MHz) ou superior(categorias 5e,6) de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.2;

    Figura 22 Conectores modulares de 8 vias

    b) A outra tomada poder utilizar cabeamento metlico ou fibra ptica,escolhidos entre:

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    b.1. cabo de 4 pares de 100 ohms categoria 5e ou 6( UTP ou ScTP ) deacordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.2

    b.2. cabo de fibra com pelo menos 2 fibras multimodo 62,5/125 mm ou50/125 mm de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.3

    Figura 23 Adaptador SC duplex para fibra ptica (E) e conector SC (D)

    5.5.Cross-connect horizontal

    O cross-connect horizontal o ponto onde ocorre a interconexo ou a conexocruzada, que permite a distribuio dos sinais de telecomunicaes ( voz,dados,imagem,automao, etc.) nas tomadas da rea de trabalho.

    Os dispositivos de conexo so utilizados para terminar os cabos reconhecidos (UTP, fibra ptica) que vem da rea de trabalho, em conectores reconhecidos ( Conectormodular de 8 vias, IDC, SC, etc.). Entre os dispositivos pode-se destacar:

    a) Patch panel

    Figura 24 Patch panel de 48 portas

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    b) locos IDC

    Figura 25 No item 1 da figura v-se os blocos de conexo, no 2 a base do bloco 110 onde seroconectados os cabos e no 3, os blocos de conexo j conectorizados sobre os cabos.

    c) Distribuidor Interno ptico

    Figura 26 Vista de um DIO de parede(E) e DIO para rack padro 19.

    Existem dois esquemas de conexo reconhecidos:

    a) Conexes cruzadas ( Cross-connections ) : os cabos vindos das tomadasde telecomunicaes e dos equipamentos ativos, so ligados a dispositivosde conexo diferentes, sendo necessrio a utilizao de cordes demanobra para fazer a sua interligao. Isto pode ser motivado pelo uso deespelhamento do ativos ou para integrar equipamentos que no possuemportas baseadas em conectores reconhecidos pelas normas.

    1

    3

    2

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    Figura 27 Exemplos de conexo cruzada entre equipamento e cabeamento horizontal

    b) Interconexes ( Interconnection) : onde os cabos vindos das tomadas detelecomunicaes so ligados a dispositivos de conexo e os equipamentosativos podem ser ligados diretamente a estes, via cordes de manobra.

    Figura 28 Exemplos de interconexo

    5.6-Caminhos e espaos para o cabeamento horizontal

    Neste item h os tipos mais usados de caminhos e espaos que envolvem adistribuio do cabeamento horizontal entre as reas de Trabalho e o Armrio deTelecomunicaes. Os principais so :

    1) Canaletas metlicas ou de PVC

    2) Eletrodutos

    3) Eletrocalhas

    4) Leito de cabos

    5) Malha de piso

    6) Piso Elevado ou Piso Falso

    7) Distribuies pelo teto

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    5.6.1.Canaletas

    So utilizadas para distribuir os pontos de telecomunicaes nas reas detrabalho , normalmente fixados sobre as paredes. Sua capacidade apresentada portabelas fornecidas pelo fabricante, que so calculadas com a taxa de ocupao de 40%ou, quando a ocupao j for definitiva, a 60%. Fazem parte do sistema de distribuioas curvas e adaptadores para tomadas de telecomunicaes especficos.Podem sermetlicas (alumnio ou ferro) ou no-metlicas (normalmente PVC): No caso decanaletas metlicas deve-se ligar uma de suas extremidades ao sistema de aterramentode telecomunicaes do prdio. Quando circuitos eltricos e de telecomunicaesseguirem pela mesma canaleta, esta dever possuir compartimentos separados para osdois servios.

    Figura 29 - Exemplos de canaletas no-metlicas.

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    Figura 30- Exemplos de canaletas metlicas e seus acessrios.

    5.6.2.Eletrodutos

    Tem o formato cilndrico, sendo rgidos ou flexveis, de ao carbono ou PVC.Normalmente so vendidos em barras de 3m de comprimento com ou sem rosca eutilizam diversos acessrios para fazer as mudanas de direes. Os eletrodutos de aocarbono podem ser pintados ou galvanizados.

    So normalmente utilizados para eletricidade e instalaes telefnicas, podendoser instalados aparentes ou embutidos. .

    Figura 31 - Eletroduto rgido terminado em conduletes com tomadas eltricas e de dados (a) e flexvel (b)

    b

    a

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    Para o dimensionamento deve-se observar a tabela abaixo, nela considera-se nomximo duas curvas de 900 e 30m ,entre caixas de passagem. Caso isto no sejaatendido, deve ser considerada uma nova taxa de ocupao.

    Tabela 12 Taxa de ocupao de eletrodutos

    Dimetro do cabo(milmetros)

    EletrodutosDimetro Comercial

    (Polegadas/mm} 3,3 4,6 5,6 6,1 7,4 7,9 9,4 13,5 15,8 17,8 15 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 20 6 5 4 3 2 2 1 0 0 01 25 8 8 7 6 3 3 2 1 0 0

    1 32 16 14 12 10 6 4 3 1 1 11 40 20 18 16 15 7 6 4 2 1 12 50 30 26 22 20 14 12 7 4 3 2

    2 65 45 40 36 30 17 14 12 6 3 33 80 70 60 50 40 20 20 17 7 6 6

    3 90 - - - - - - 22 12 7 64 100 - - - - - - 30 14 12 7

    Recomendaes

    Quando projeta-se a utilizao de eletrodutos deve-se considerar a ocupao de3 cabos para cada rea de trabalho, mesmo que haja somente 2 tomadas. Sehouver 4 ou mais tomadas deve-se considerar ento, a ocupao de 4 ou maiscabos.

    A taxa de ocupao dos eletrodutos dever ser no mximo de 40%.

    Para garantir a taxa de ocupao nos eletrodutos, atende-se no mximo 3 caixasde tomadas ( 100x100 mm ou 100x50 mm)

    No caso dos eletrodutos deve-se considerar o raio de curvatura mnimo, paradimetros at 50 mm de 6 vezes e superior de 10 vezes o dimetro interno doeletroduto.

    Quando forem passadas fibras pticas pelos eletrodutos deve-se considerar oraio de curvatura mnimo de 10 vezes o dimetro interno do eletroduto.

    Caso haja mais de duas curvas de 90 deve-se colocar uma caixa de passagementre elas.

    Se a distncia do lance for superior a 30m deve-se colocar uma caixa depassagem para facilitar o puxamento.

    No devem ser utilizados conduletes de tipo LB , pois no garantem o raio decurvatura mnimo do cabo.

    Os eletrodutos metlicos devem ser aterrados em uma ou nas duasextremidades.

    S utilizar eletrodutos flexveis quando este for a nica soluo e com odimetro nominal um valor acima do escolhido para o rgido e no deve superar6 m de comprimento.

    RodrigoHighlight

    RodrigoHighlight

    RodrigoHighlight

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    RodrigoHighlight

    RodrigoHighlight

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    RodrigoCross-Out

    RodrigoCross-Out

    RodrigoCross-Out

    RodrigoCross-Out

    RodrigoNoteQUER PASSAR 20 CABOS NAQUELES ESTRODUTOS???

    MENOS AMADORISMO E MAIS PROFISSIONALISMO!!!!

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    No caso de escritrios pequenos pode-se utilizar uma distribuio comeletrodutos embutidos no piso.

    5.6.3.Eletrocalhas

    So utilizadas normalmente como alimentadores para levar o cabeamento doarmrio de telecomunicaes para as salas e ento utilizar canaletas ou eletrodutos paradistribuio nas reas de trabalho.

    Podem ser ventiladas ou no. Quando utilizar a mesma eletrocalha paradistribuir sinais de comunicao e eletricidade, deve-se colocar uma separao metlicaaterrada entre eles.

    Devem ser utilizadas curvas especificas, pr-fabricadas, na dimenso daeletrocalha escolhida, que respeite os raios de curvatura mximos dos cabos dentro dasmesmas, evitando a exposio a cantos vivos:

    UTP 4 pares -4 vezes o dimetro do cabo

    Fibra optica -10 vezes o dimetro do cabo

    Figura 32 Exemplo de eletrocalhas e acessrios para curvas.

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    Figura 33 Exemplos de instalaes com eletrocalhas, mostrando uma alimentao e as derivaes paraos escritrios

    A taxa de ocupao recomendada para eletrocalhas de 40 % da rea tiltransversal, tendo como limite mximo 50%. Na tabela abaixo, encontram-se asprincipais dimenses comerciais.

    Tabela 13 Taxa de ocupao de eletrocalhas

    Dimetro do cabo(milmetros)

    EletrocalhasDimenses comerciais

    LarguraXAltura 5,2 6,550x25 20 1350x50 40 2675x50 60 3975x75 92 59100x50 80 52100x75 120 78100x100 160 104150x100 245 157200x100 327 209300x100 190 314

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    Figura 34 Exemplos de instalaes com eletrocalhas

    5.6.4.Leito de cabos

    Os leitos de cabos so aplicados principalmente nas salas de telecomunicaesou salas de equipamentos para receber e rotear as grandes quantidades de cabos quechegam nestes espaos. Eles permitem um acesso e gerenciamento bastante facilitado,porm no devem ficar em locais abertos por no proteger contra o acesso indesejado.

    Os cabos de fibra pticas devem ser conduzidos separadamente, quando houvercompartilhamento do leito com outros tipos de cabos. Para garantir esta separao pode-se utilizar dutos corrugados exclusivos.

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    Figura 35 Exemplos de instalaes com leitos de cabos

    Os cabos devem ser fixados a estrutura preferencialmente com velcros e semprecom ateno para evitar curvaturas de cabos alm dos limites permitidos. Caso sejamutilizadas abraadeiras plsticas na fixao dos cabos devem ser apertadas sem marc-los.

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    Figura 36 Exemplos de acessrios envolvidos na montagem do leito de cabos

    5.6.5.Malha de Piso

    um sistema de distribuio com dutos alimentadores e distribuidores, que sodispostos sobre a laje ficando embutidos no contra- piso. No seu dimensionamento,pela ANSI\TIA\EIA 569-A, deve ser considerado para cada 10 m2 uma seotransversal de duto com 650 mm2. No Brasil, os fabricantes destes sistemas utilizamuma taxa de ocupao de 30% dos dutos.

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    Deve ser observado espao no suporte de equipamento para o conector semocupar a seo da calha.

    Figura 37 Exemplos de sistemas de malha de piso

    Figura 38 Dutos para sistema se malha

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    A principal vantagem deste sistema est na flexibilidade para atender a reas detrabalho, especialmente em grandes sales onde as distncias entre as paredes dificultamo atendimento com distribuies de permetro.

    A principal desvantagem est ligada ao custo e ao fato de ser instalada durante aconstruo antes do contrapiso.

    Figura 39 Exemplos de tomadas utilizadas em sistema de malha de piso

    5.6.6.Piso Elevado

    constitudo por placas, que so sobrepostas a uma malha de sustentaometlica fornecendo um espao por onde sero passados os cabos. Ele tradicionalmente encontrado em CPDs e salas onde h grande quantidade deequipamentos de telecomunicaes. Alguns escritrios com necessidade de muitosrecursos de telecomunicaes tambm o utilizam.

    Figura 40 Exemplos de instalaes com piso elevado

    Este sistema constitudo por uma estrutura metlica que suporta os painisremovveis. Esta estrutura utiliza pedestais metlicos regulveis, que variam de 15 cm a

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    30 cm de altura e hastes metlicas que so fixadas nos pedestais formando umreticulado aonde so encaixados as placas.

    Ao escolher um sistema de piso elevado deve-se analisar :

    a) Cargas dinmicas , estticas e de impacto

    b) Dissipao de eletricidade esttica

    c) Proteo contra incndio

    d) Aterramento

    e) Administrao dos cabos

    Neste ltimo, convm destacar, que embaixo do piso todos os cabos devem serencaminhados via eletrocalhas, eletrodutos ou outro sistema especfico.

    5.6.7.Distribuio pelo teto

    constitudo normalmente por uma malha de eletrocalhas , que atravs deelementos especficos realiza baixadas atravs de postes ou eletrodutos, os quais descemdo teto at s reas de trabalho. Todo o cabeamento deve ser protegido e acondicionado.Os postes so divididos para acondicionar a parte de eletricidade e comunicaespossuindo diversos tipos de acabamento para harmonizar com o ambiente

    Figura 41 Exemplos de instalaes com postes de distribuio pelo teto

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    Figura 42 Vista em detalhe de postes

    Para fazer a distribuio pode-se utilizar eletrocalhas ou sistemas de suspensode cabos tipo ganchos , que devem ser colocados com uma distncia mxima de 1,5 m.

    Figura 43 Exemplos de sistema de distribuio com ganchos ( J-Hook)

    5.7 Interferncias eletromagnticas

    As interferncias eletromagnticas so um dos problemas que podero ocorrerno cabeamento metlico. Deve-se evitar que os cabos passem perto de fontes deinterferncia como :

    motores eltricos reatores de lmpadas fluorescentes, mquinas fotocopiadoras mquinas de solda cabos de energia( alimentadores).

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    cabos eltricos e de dados, quando necessrio, devem cruzar-se a 90

    Sempre devem ser observadas as normas locais de segurana quanto a instalaode sistemas eltricos e de comunicao de dados.

    A norma EIA/TIA569 de 1991, utilizava uma tabela para distanciar estes doissistemas( tabela 14 ), baseada na interferncia que poderia ocorrer, perturbando aperformance do cabeamento.

    Aps a edio da norma EIA/TIA569-A em 1997, ficou estabelecido que no hnecessidade de uma distncia entre cabos de telecomunicaes e cabos de energia, cujascorrentes no ultrapassem o limite de 20 A em 120/240V. Porm exige-se umaseparao mecnica entre eles, para fins de segurana fsica (curto circuito, sobrecargas,choques, etc...).

    Tabela 14 - Separao entre cabos de comunicao e energia de at 480v (ANSI\ TIA\EIA 569 1990 )

    Distncia Mnima deSeparaoCONDIES DO CABEAMENTO

    5kVACabos de energia no blindados ou equipamentos eltricos emproximidade com eletrodutos/ condutes abertos ou nometlicos

    127mm 305mm 610mm

    Cabos de energia no blindados ou equipamentos eltricos emproximidade com eletrodutos/ condutes metlicos aterrados

    64mm 152mm 305mm

    Cabos de energia instalados dentro de condutes metlicosaterrados( ou com blindagerm equivalente) em proximidadecom eletrodutos/condutes metlicos aterrados

    - 76mm 152mm

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    6. REA DE TRABALHO

    A rea de trabalho o espao dedicado aos funcionrios para que realizem suasatividades dirias. Em termos gerais, tem-se 10 m2 como uma dimenso capaz deacomodar uma pessoa com o computador, telefone, mesa e cadeira dentro de umescritrio comercial.

    Nela encontra-se a tomada de telecomunicaes, que dever possuir no mnimoduas sadas de telecomunicaes, podendo estar localizadas no mesmo espelho ou no.Estas so constitudas por conectores tanto para par tranado como para fibra ptica.Sendo que uma dever ser pelo menos de categoria 3 (com UTP de 4 pares) e a outra deUTP categoria 5e/6 ou fibra ptica multimodo dupla, ndice gradual 62,5/125mm ou50/125mm com conectores SC. Atualmente coloca-se todos os conectores para UTP decategoria 5e ou superior.

    Para garantir as futuras ampliaes recomendado utilizar 3 a 4 sadas detelecomunicaes por rea de trabalho.

    Figura 44 - Exemplo de tomadas de telecomunicaes

    Se na determinao dos pontos na rea de trabalho considerar-se reasmenores como 6 m2 ( valor bastante usual), deve-se ter cuidado pois todas as tabelas dedimensionamento da EIA/TIA568-B e EIA/TIA569-A so baseadas em 10 m2 .

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    Figura 45 Tomadas de telecomunicaes em um toten

    Os cabos que interligam os equipamentos ( telefones, computadores, vdeos, fax,etc.) s tomadas de telecomunicaes devem ter as mesmas caractersticas daquelesutilizados no cabeamento horizontal. Por exemplo, se houver uma instalao decategoria 5e e os cordes de equipamento com categoria 3, o desempenho dessa redeficar limitado ao da menor categoria. Normalmente estes cabos devem ser flexveis,devido as movimentaes que habitualmente ocorrem no ambiente de escritrio (limpeza e mudana de posio).

    Figura 46 Patch cords de diversas cores para facilitar o gerenciamento

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    Tabela 15 Padres de cores para patch cords

    CDIGO DE CORES (ABREVIATURA)

    Opo 1

    PAR CDIGO DE CORES

    (ABREVIATURA) Opo 1

    branco-azul W-BL Verde G

    azul BL1

    Vermelho R

    branco-laranja W-O Preto BK

    laranja O2

    Amarelo Y

    branco-verde W-G Azul BL

    verde G3

    Laranja O

    branco-marrom W-BR Marrom BR

    marrom BR4

    Cinza S

    Os patch cords de conectores modulares (RJ-RJ) NO PODEM SERFABRICADOS EM CAMPO (EIA/TIA568-B). Devem ser confeccionados em fbrica etestados um a um para NEXT e Return Loss com equipamentos adequados.

    Fazem parte da rea de trabalho as adaptaes especiais necessrias ainterligao dos equipamentos de telecomunicaes com os servios disponveis. Entreelas destacam-se :

    Cordes com conectores diferentes nas duas pontas;

    Figura 47 Patch cords pticos e metlicos com terminaes diferentes nas extremidades.

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    Para aproveitar os pares no utilizados e compartilhar servios semelhantesatravs de um mesmo cabo utiliza-se um adaptador em Y;

    Este adaptador serve para resolver situaes aps a instalao, no devendoser considerados no projeto inicial.

    Figura 48 Adaptador em Y.

    Quando precisar interligar cabos e tomadas com impedncias ou pinagensdiferentes utiliza-se adaptadores passivos ( por exemplo baluns);

    Se o equipamento do usurio e o equipamento de telecomunicaes utilizamtcnicas de sinalizao diferentes deve-se utilizar adaptadores ativos.

    6.1 Cabeamento em escritrios abertos

    Devido a grande variao de lay-out em escritrios que utilizam divisrias ,foram desenvolvidas algumas tcnicas para minimizar os problemas de tantasreconfiguraes.

    Multi-User Telecommunications Outlet Assembly - MUTOA

    A multi-user telecommunication outlet assembly (MUTOA) uma tomadaespecial na qual mltiplos cabos horizontais terminam dentro de um escritrio. Nestecaso o cabeamento que vem do HC segue direto dentro da infra-estrutura at a MUTOAe dela saem os cordes para a rea de trabalho. Uma MUTOA pode servir no mximo12 reas de trabalho.

    Ela deve ser instalada em local de fcil acesso, sobre um meio permanente comocolunas e paredes estruturais. No pode ser colocada em rea obstruda, nem emmobilirio, a no ser que este seja permanentemente fixado na estrutura do prdio.

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    Figura 49 MUTOA

    Figura 50 - Exemplos de MUTOA

    No seu projeto ela permite a utilizao de um patch cord com tamanho superiora 5 m, porm isto tem implicaes diferentes caso haja cabos de par tranado ou fibraptica.

    bom salientar que existe uma limitao de 10 m para o comprimento total depatch cords no cabeamento horizontal, pois, no caso dos cabos metlicos de partranado, estes so do tipo flexvel, cuja atenuao 20% maior do que a do rgido,sendo assim , para no prejudicar a atenuao total do canal, foi desenvolvida umafrmula para definir o comprimento do patch cord, que segue:

    XCROSS CONNECT

    HORIZONTAL

    MUTOA

    Workstation

    70 a 90 m

    22 a 5 m

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    a) Para cabos com pares de 24AWG UTP/ScTP

    C=(102-H)/(1,2)

    W=C-T 22m

    b) Para cabos com pares de 26AWG ScTP

    C=(102-H)/(1,5)

    W=C-T 17m

    Onde:

    C o valor mximo de cabos flexveis permitido

    H o comprimento total do cabeamento horizontal

    CENT o comprimento do cabeamento centralizado

    W o comprimento mximo do cabo da rea de trabalho

    T o tamanho total de patch cords sala de telecomunicaes ( 5 m )

    No caso dos cabos pticos no h reduo do tamanho do canal para abaixo de100m . Quando houver cabeamento ptico centralizado, a distncia mxima permitidacontado cabeamento horizontal, backbone e patch cords, de 300m.

    Para cabos pticos

    H+T+W=100 m (cabeamento normal)

    CENT+T+W=300 m

    Tabela 16 Distncias dos cabos utilizando MUTOA

    Patch cord de 24AWG UTP/ScTP Patch cord de 26AWG ScTPCabo Horizontal

    H(m) W(m) C(m) W(m) C(m)

    90 5 10 4 8

    85 9 14 7 11

    80 13 18 11 15

    75 17 22 14 18

    70 22 27 17 21

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    Consolidation Point ( ponto de consolidao)

    O consolidation point um ponto dentro do cabeamento horizontal que utilizahardwares de conexo de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.2 e com aANSI/TIA/EIA-568-B.3. S pode haver um ponto de consolidao no cabeamentohorizontal, que dever estar distante de no mnimo 15 m do armrio detelecomunicaes para reduzir os efeitos de NEXT e perda de retorno. O ponto deconsolidao no impede a existncia de um MUTOA e dever atender no mximo 12reas de trabalho.

    O ponto de consolidao deve ser instalado em local de fcil acesso, sobre ummeio permanente como colunas e paredes estruturais. No pode ser colocado emqualquer rea obstruda, nem em mobilirio, a no ser que este seja permanentementefixado na estrutura do prdio.

    O ponto de consolidao no poder ser utilizado como ponto de conexocruzada.

    Figura 51 - Exemplo de ponto de consolidao CP

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    Figura 52 O Ponto de consolidao

    6.2 Conectores

    Conectores para Cabo UTP

    O conector modular de oito posies o padro para cabos UTP de 100W,podendo ser conectorizado de acordo com dois padres principais, o T568A e o T568B.No caso de tomadas de comunicaes o conector conhecido por jack modular ou RJ-45 fmea e para cabo, por plug ou RJ-45 macho. Outro detalhe importante aclassificao em categorias, da mesma forma que o cabo UTP ,tanto a tomada como oconector devem ser da mesma categoria do cabo ou superior.

    Figura 53 - Padres para conectorizao .

    1 2 3 4 5 6 78T568-A

    1 2 3 4 5 6 7

    1

    2

    3 4V VV

    V

    T568-B

    1 2 3 4 5 6 7

    1

    2

    3 4V VV

    V

    XCROSS CONNECT

    HORIZONTAL

    Workstation

    TOMADADE

    TELECOMUNICAES

    PONTODE

    CONSOLIDAO

    90 m

    5 m

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    Figura 54 A esquerda um conector macho e direita uma tomada.

    Tabela 17 Padro T568A

    PAR PINO POSIObranco-verde T3 1

    verde R3 2branco-laranja T2 3

    azul R1 4branco-azul T1 5

    laranja R2 6branco-marrom T4 7

    marrom R4 8

    Tabela 18 Padro T568B (AT&T)

    PAR PINO POSIObranco-laranja T3 1

    laranja R3 2branco-verde T2 3

    azul R1 4branco-azul T1 5

    verde R2 6branco-marrom T4 7

    marrom R4 8

    Conectores para Cabos de Fibra ptica

    Conector reconhecido pelas normas o SC, porem tambm admitido oconector tipo ST, caso j existam, devido ao grande parque instalado e a necessidade dealguns equipamentos ativos. O conector SC encontrado na verso para fibra pticamultimodo ou monomodo e a maioria dos equipamentos com tecnologia fast e gigabitethernet.

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    Figura 55 - Exemplos de conectores pticos

    Atualmente reconhecido um conjunto de conectores chamados Small FormFactor (SFF), que atendem as normas TIA-FOCIS( Fiber Optic connectorIntermateability Standard). Destaca-se:

    MT-RJ LC Opti-Jack Volition

    MT-RJ

    SCST

    LC

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    7. SALA DE TELECOMUNICAES

    A principal funo da sala de telecomunicaes a terminao do cabeamentohorizontal e de backbone, abrigando os correspondentes hardwares de conectividade eequipamentos ativos de telecomunicaes que forem necessrios. Alm do horizontalcross-connect (HC), ela tambm pode conter o intermediate cross-connect(IC) ou omain cross-connect(MC). para diferentes partes do cabeamento de backbone.

    Proporciona tambm um ambiente controlado de fornecimento de energia(UPS), temperatura e umidade para abrigar os equipamentos de telecomunicaes,hardware de conexo e caixas de emenda servindo a parte do prdio.

    A sala de telecomunicaes um ponto estratgico dentro do sistema decabeamento estruturado, pois nele que realizado a interconexo dos cabeamentoshorizontal e vertical (backbone), sendo efetuado todo o gerenciamento de conexescruzadas das tomadas com as diversas utilidades disponveis no edifcio. No interior dasala de telecomunicaes tambm possvel criar sistemas exclusivos e independentesdas outras reas do edifcio, utilizando somente o cabeamento horizontal respectivo ecentralizao do sistema no seu interior.

    Recomenda-se que haja pelo menos uma sala de telecomunicaes por piso, equando a rea til for maior que 1.000 m2 ou o comprimento do cabo de distribuiohorizontal at a work area for maior que 90m, deve-se colocar TR adicionais. Quandoh mltiplos TRs em um nico piso, recomenda-se interconectar esses armrios com aomenos um eletroduto (dimetro de 75 mm) ou equivalente.

    Este espao dimensionado em funo da rea til do andar a que serve,seguindo a tabela 18.

    Tabela 19 Dimensionamento de salas de telecomunicaes

    rea atendida ( m2) WA( 10m2) Dimenses

    100 10 Rack de Parede ou gabinete

    100

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    Figura 56 - Bracket

    Figura 57 - Shaft

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    Figura 58 - Exemplos de rack em sala de telecomunicaes com blocos

    Figura 59 - Exemplos de rack em sala de telecomunicaes comblocos e patch panel

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    Figura 60 - Exemplos de sala de telecomunicaes

    Ao projetar a sala de telecomunicaes deve-se observar algumas caractersticasprincipais, para que ela possa atender as suas funes. Que so:

    a) A altura mnima da sala dever ser de 2,6 m

    b) Recomenda-se utilizar a codificao padro de cores dos dispositivos deconectividade ( tabela abaixo)

    Figura 61 - Exemplos de patch panel com cores identificando as portas

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    Tabela 20 - Cores para terminaes

    TIPO DETERMINAO

    COR DEIDENTIFICAO COMENTRIOS

    Cabo de entrada detelecomunicaes

    LaranjaEsta identificao feita por meio de etiquetas nosblocos de terminao no PTR, na sala de entrada detelecomunicaes

    Conexo rede pblica detelecomunicaes Verde

    Etiquetas na sala de equipamentos ou armrio detelecomunicaes

    Equipamentos (PABX,ativos instalados em

    bastidores, etc.)Prpura

    Etiquetas em painis ou blocos de conexo deacesso interconectados aos equipamentos

    Backbone Branca Etiquetas em painis ou blocos de conexo

    Backbone 2 nvel CinzaEtiquetas em painis e blocos de conexointermedirio e no painel de conexo redesecundria

    Cabeamento horizontal AzulEtiquetas em painis e blocos de conexo e nasoutras terminaes, tomada e ponto de consolidaode cabos

    Bacbone entre prdios(campus)

    Marrom Terminao de sada e entrada dos prdios de umcampus

    Miscelneas e circuitosespeciais

    Amarela Circuitos auxiliares, circuitos-ponte em redes debarramento, etc.

    c) Para permitir o mximo de flexibilidade no deve-se utilizar rebaixamentosde teto

    d) Para a iluminao na sala, recomenda-se 500 lux medidos a 1m de altura dopiso.,

    e) A carga suportada pelo piso deve ser no mnimo de 2,4 kPa

    f) Tamanho mnimo da porta dever ser 910 mm de largura por 2.000 mm dealtura e ter sua abertura voltada para fora do TR;

    g) O sistema de controle ambiental, com presso positiva, dever funcionar 24horas por dia e 365 dias por ano com os seguintes valores:

    Tabela 21 Condies ambientais para Salas de Telecomunicaes

    Sala de Telecomunicaes Condies

    Sem equipamentos ativos Temperatura: 10C a 35C

    Umidade : abaixo de 85 %

    Com equipamentos ativos Temperatura: 18C a 24C

    Umidade : entre 30% e 55%

    h) Proteo contra incndio

    i) Dever acessar o ponto principal de aterramento do edifcio

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    Figura 62- Barra de vinculao secundria

    j) Caso no existam racks, pelo menos uma parede de 2,4m (8 ps) de alturadeve ser forrada com painis de madeira compensada de 20 mm para fixaode hardware (blocos IDC110, etc.), com aplicao de duas mos de tintaantichama.

    k) Devem ser fornecidas tomadas de energia estabilizadas para os racks dosequipamentos e tomadas normais para atividades de manuteno, localizadasem intervalos de 1,8m por todo o permetro da sala

    Figura 63 - Exemplos UPS

    l) Espao utilizado pelo TR no dever ter distribuio eltrica, a no seraquela necessria para os equipamentos de telecomunicao;

    m) Deve ser deixado um espao de 1,2 m do rack tanto para frente como paratrs.

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    8. CABEAMENTO DE BACKBONE

    O Cabeamento de Backbone responsvel pela interligao entre os diversos TRdentro do mesmo prdio e a interligao entre os prdios do campus considerado. Comofoi comentado no item anterior, em cada TR existe a presena do cross-conect , que responsvel pela interligao do cabeamento horizontal com o backbone. A sala deequipamentos o ponto da instalao onde encontra-se os principais equipamentos detratamento da informao, isto , servidores, centrais telefnicas, hardwares maiscomplexos de interligao ( rdio modems, multiplexadores, etc..) e nesta sala h oprincipal cross-connect, chamado de MAIN CROSS-CONNECT(MC), de onde partemas principais ligaes para todo o complexo de telemtica.

    Outra categoria o INTERMEDIATE CROSS-CONEC(IC) , que corresponde aum nvel intermedirio ,mais complexo que o horizontal, porm no o principal. Atopologia empregada a Estrela Hierrquica.

    Figura 64 Topologia estrela hierrquica

    Tendo em vista perdas no sinal considera-se que no pode haver mais do quedois nveis hierrquicos de cross-connect, ou seja, do MC tm-se ligaes diretas paraIC e HC e dos IC para HC.

    Para o cabeamento de backbone existem meios de transmisso homologados:

    a) Cabo de par tranado de 100 ohms de acordo com ANSI/TIA/EIA-568-B.2

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    b) Cabo de fibra ptica multmodo de 62,5/125mmm ou 50/125mmm e cabo defibra ptica monomodo, de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.3

    Figura 65 - Da esquerda para direita tm-se a distribuio de sinais de voz com cabos categoria 3, cabosde fibra ptica (ao centro) e cabos UTP de 4 pares para distribuio de outros servios de alta velocidade

    Em termos de tecnologia atual, quando um cabo UTP for transportar dados hum limite de 90m a ser observado, pois 800m atenderia somente aplicaes de voz.

    Dentro das condies tcnicas e econmicas no Brasil, para atender adistribuio dos sinais de voz, deve-se utilizar os cabos telefnicos padro TELEBRASno nmero de pares necessrios e, no HC, manobr-los para o cabeamento horizontalcorrespondente.

    No dimensionamento do backbone deve-se considerar um par de fibra pticapara cada aplicao e 100% de reservas, caso utilize-se cabos UTP, tambm considerara mesma reserva.

    Tabela 22 Dimensionamento de Backbone

    APLICAO FIBRA

    VOZ 2

    DADOS 2

    IMAGEM 2

    RESERVA 6

    TOTAL 12

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    Figura 66- Topologia de Backbone

    Tabela 23 Distncia de interligaa para Backbone

    MEIO MC(direto ao HC) IC HC

    Cabo UTP 800m 500m 300m

    Fibra Multimodo 2000m 1700m 300m

    Fibra Monomodo 3000m 2700m 300m

    Devemos observar que para cabos UTP trafegando sinal de dados no poderemos exceder a distncia total de 100m.

    Os cabos de fibra ptica e de par tranado devem seguir as normas deretardncia a chama para evitar a propagao de incndios. No backbone , aonde oscabos atravessam vrios andares deve-se utilizar cabos do tipo RISER (CMR ou COR),que so recomendados para aplicaes verticais em poos de elevao (shaft), eminstalaes onde o cabo ultrapasse mais de um andar.

    Percursos verticais ou para backbones

    Define-se como aqueles que suportam e protegem o cabeamento que interliga assalas de telecomunicaes, estas com as salas de equipamentos e de entrada, ou aindaas interligaes entre edifcios em um campus. So compostos por dutos, conexes,fendas e bandejas. Como os percursos verticais realizam conexes entre andares, deve-se ter uma preocupao muito grande com o bloqueio de propagao de chamas nestas

    TOMADA DE TELECOMUNICAES

    X MAINCROSS CONNECT(MC)

    X XX

    TOMADA DE TELECOMUNICAES

    X XX

    90 m

    90 m

    X

    iNTERMEDIATECROSS CONNECT

    (IC)

    HORI ZONTAL CROSS-CONNECT

    (HC)

    HORI ZONTAL CROSS-CONNECT

    (HC)

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    interligaes. Como a EIA/TIA 569A determina o uso de uma sala de telecomunicaespor andar e elas normalmente ficam umas sobre as outras, basta efetuar aberturas naslajes entre os pavimentos e o percurso vertical estar montado. A EIA/TIA 569Adetalha como devem ser feitas estas aberturas, propondo duas solues, a utilizao dedutos de passagem (sleeves) ou aberturas de passagem (slots), conforme mostram asfiguras a seguir:

    Figura 67 - Exemplos de Slot

    Figura 68 - Exemplos de sleeve em sala de telecomunicaes

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    Figura 69 - Esquema de ligao dos percursos de backbone

    Tabela 24 Taxa de Ocupao de Eletrodutos em Backbones

    rea do EletrodutoMxima

    Ocupao RecomendadaRaio Mnimo de

    CurvaturaEletroduto

    rea =0,79 D

    A B C D ETam.De

    merc.(pol.)

    DimetroInterno

    Total100%

    1 Cabo53%

    2 Cabos31%

    3 Cabose acima

    40%

    10 xdimetroint. duto

    6 xdimetroint. duto

    mm pol. mm Pol mm Pol mm Pol Mm pol mm Pol. mm pol.

    3/4 20,9 0,82 345 0,53 183 0,28 107 0,16 138 0,21 210 8 130 5

    1 26,6 1,05 559 0,87 296 0,46 173 0,27 224 0,35 270 11 160 6

    1 1/4 35,1 1,38 973 1,51 516 0,8 302 0,47 389 0,6 350 14 210 8

    1 1/2 40,9 1,61 1.322 2,05 701 1,09 410 0,64 529 0,82 410 16 250 10

    2 52,5 2,07 2.177 3,39 1.154 1,80 675 1.05 871 1,36 530 21 320 12

    2 1/2 62,7 2,47 3.106 4,82 1.646 2,56 963 1,49 1.242 1,93 630 25 _ _

    3 77,9 3,07 4.794 7,45 2.541 3,95 1.486 2,31 1.918 2,98 780 31 _ _

    3 1/2 90,1 3,55 6.413 9,96 3.399 5,28 1.988 3,09 2.565 3,98 900 36 _ _

    4 102,3 4,03 8.268 12,83 4.382 6,80 2.563 3,98 3.307 5,13 1.020 40 _ _

    5 128,2 5,05 12.984

    20,15 6.882 10,68 4.025 6,25 5.194 8,06 1.280 50 _ _

    6 154,1 6,07 18.760

    29,11 9.943 15,43 5.816 9,02 7.504 11,64 1.540 60 _ _

    Coluna D : Utilizada para instalao de cabos com blindagens ou com camadas metlicas de

    proteo e para todos os eletrodutos de dimetro superior a 2 (50mm);

    Coluna E : Utilizada para instalao de outros tipos de cabos em eletrodutos de at 2 (50mm)

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    Figura 70 - Eletrodutos utilizados para backbone

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    9. SALA DE EQUIPAMENTOS

    o espao destinado para alocao dos equipamentos principais detelecomunicaes, nela ficam centralizados equipamentos como servidores de rede,PABX, roteadores, switches, modems, CLPs, centrais de alarme, de CFTV, etc. A salade equipamentos dever ter rea mnima de 14 m, sendo localizada estrategicamentedentro do edifcio, prevendo as conexes com todas as salas de telecomunicaes dosandares e com as entradas, alm do acesso das pessoas de gerenciamento e manuteno.Abriga o Main Cross-Connect, o Intermediate Cross-Connect e o Horizontal cross-connect do andar a que pertence.

    Ateno nos aspectos quanto a sua localizao:

    a) Ser afastada de fontes de EMI

    b) Possuir fcil acesso para a entrada de novos equipamentos

    c) Deve possuir sistema de condicionamento da rede eltrica ( no-break eestabilizadores)

    d) Deve ter condies controladas de temperatura, umidade e poeira

    e) Estar localizada na posio central em relao ao prdio

    f) Devem ser observadas as normas relativas a provedores de serviosexternos( Companhias Telefnicas, EMBRATEL)

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    Figura 71- Exemplos de rack com ativos e patch panel

    Para seu dimensionamento multiplica-se o nmero de reas de trabalho por0,07m2, sendo que para locais com menos de 200 reas, considera-se o tamanho de14m2.

    Tabela 25 Dimensionamento da Sala de Equipamentos

    ESTAES DETRABALHO

    REA DA SALAEQUIPAMENTOS(m)

    at 100 14

    de 101 a 400 37

    de 401 a 800 74

    de 801 a 1200 111

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    Figura 72- Exemplos de sala de equipamentos mostrando o MC

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    10.ENTRADA NO EDIFCIO

    As instalaes de entrada no edifcio podem ser localizadas dentro da sala deequipamentos ou em espao prprio de acordo com o tamanho do projeto e dasexigncias das concessionrias locais dos servios fornecidos.

    Nesta entrada, considera-se a chegada do cabo da companhia telefnica, doscabos provenientes de sistemas de antenas ( satlite, microondas), TV a cabo e ocabeamento de backbone vindo dos demais prdios que constituem o campus.

    Deve-se considerar a possibilidade de entradas duplicadas no caso de instalaesespeciais que necessitem de continuidade dos servios , por exemplo : aeroportos,hospitais, bases militares, servios de polcia e bombeiros centros de computao etelecomunicaes.

    Consideraes de projeto:

    a) Deve ser providenciado um sistema de proteo e aterramento adequados,para evitar que indues eletromagnticas ocorridas nos cabos externosvenham causar danos pessoais e materiais ao prdio.

    Figura 73 Blocos com protetores para servios de telecomunicaes via par metlico

    b) Todos os cabos que possuem malha de aterramento devero ser aterrados,

    c) Nos cabos geleados de fibra ou metlico, dever ser providenciada aconteno da gelia e a transio para cabos internos no propagantes achama. Pode-se utilizar caixas de emendas ou DIOs.

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    Figura 74 Caixa de emendas para fixao em rack padro 19

    d) Cabos deste tipo no podem entrar mais de 15m no prdio, devido scaractersticas inflamveis da mesma.

    e) Caso o prdio possua diversos links de microondas, satlite e outrossistemas de rdioenlace , h necessidade de uma entrada especial parareceber o sinal destas antenas e lev-los at a sala de equipamentos.

    A tabela 26 abaixo determina o espao em parede (com 2,5 m de altura) paramontagem das terminaes e equipamentos de entrada numa rea aberta. A tabela 27determina as dimenses mnimas da sala para montagem das terminaes de entrada eequipamentos sobre racks em local fechado. A deciso do uso de uma sala ou reaaberta deve ser baseada nos critrios de segurana, quantidade, tipo de terminaes eequipamentos, dimenses do edifcio e localizao dentro do mesmo. Para edifcios comreas maiores que 2.000 m uma sala fechada mais adequada.

    Tabela 26 - Espao mnimo em parede de uma rea aberta

    REA GERAL (m) COMPRIM. DA PAREDE (m)

    500 0,99

    1.000 0,99

    2.000 1,06

    4.000 1,725

    5.000 2,295

    6.000 2,40

    8.000 3,015

    10.000 3,63

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    Tabela 27 - Dimenses mnimas para a sala de entrada

    REA GERAL (m) DIMENSES DA SALA (m)

    7.000 3,66 x 1,93

    10.000 3,66 x 1,93

    20.000 3,66 x 2,75

    40.000 3,66 x 3,97

    50.000 3,66 x 4,77

    60.000 3,66 x 5,59

    80.000 3,66 x 6,81

    100.000 3,66 x 8,44

    Outra considerao importante relacionada a entrada no prdio a forma comoos cabos chegam, podendo ser :

    a) entrada area

    b) entrada subterrnea via dutos

    c) entrada subterrnea com cabos diretamente enterrados

    Proteo contra incndio

    A norma EIA/TIA 569A obriga a utilizao de bloqueadores de chama em todasas aberturas existentes entre dois pavimentos: Na realidade brasileira, dentro daconstruo civil atual, esta uma preocupao com pouca evidncia, tcnicas debloqueio de chamas nas aberturas destinadas a passagem de cabos entre pavimentos sopouco utilizadas. Como no existe uma cobrana real destes procedimentos dentro dasinstalaes de redes, estes pouco ocorrem na prtica. Abaixo h dois exemplos deinstalao de bloqueio de chamas existentes na EIA/TIA 569A:

    Figura 75 - Bloqueador de chamas com eletroduto

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    Figura 76 - Bloqueador de chamas com cabos

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    11. PRTICAS DE INSTALAO

    A instalao uma atividade crtica, pois dela depende o correto funcionamentodos componentes. Ao utilizar-se todos os componentes de mesma categoria , deixando ocabo cheio de ns e dobras, no obter-se- o desempenho desejado. Uma conectorizaomal feita igual a um mau contato. Sendo assim, importante que observe-se astcnicas corretas de instalao para garantir o investimento.

    O componente ( bloco, patch panel, patch cord, tomadas , cabos, etc.) de menorcategoria define a categoria do sistema . Se utilizar um patch panel com tomadascategoria 6 e o cabo for categoria 5, todo o sistema ser classificado comocategoria 5

    Os patch cords no devem ser confeccionados em campo

    Quando o sistema for blindado , deve-se ter cuidado com a ligao do fio drenodo cabo FTP com o hardware de conectividade.

    Nos cabos pticos de 2 ou 4 fibras, no cabeamento horizontal, o raio decurvatura no dever ser menor do que 25mm, sem tensionamento, ou 50mmcom tensionamento.

    O raio de curvatura mnimo para o cabo UTP 4x o dimetro do mesmo e 10 xnocaso de fibra ptica

    So proibidas extenses e/ou emendas nos cabos

    Durante a instalao deve-se prever uma sobra de cabo tendo em vista manobrase pequenos reparos de acordo com a tabela abaixo:

    Tabela 28 Sobras de cabo

    CABO ARMRIO DECOMUNICAES

    TOMADA DECOMUNICAES

    UTP 3m 30cm

    Fibra 3m 1m

    Para o cabo UTP a fora de trao mxima admitida de 110N

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    11.1.Conectorizao da tomada

    Com o auxlio de um decapador retira-se 5 cm da capa do cabo

    Figura 77 Retirar a capa

    2. Corta-se o ripcord,

    Figura 78 Cortar o ripcord

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    11.2 Conectorizao no bloco 110

    1. Com o auxlio de um decapador retira-se 5 cm da capa do cabo

    Figura 77 Retirar a capa

    2. Insere-se os pares no bloco 110 , na ordem da tabela.

    Tabela 29 Ordem de insero dos pares no bloco

    PAR 1 POSIO 2 POSIO1 BRANCO AZUL2 BRANCO LARANJA3 BRANCO VERDE4 BRANCO MARROM

    Figura 78 Introduzir os pares no bloco

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    3. Utiliza-se a ferramenta de insero mltipla, fixando os pares na base dobloco e automaticamente o excesso ser cortado.

    Figura 79 Colocar os pares no bloco

    Figura 80 Pares colocados

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    4.Coloca-se o bloco de conexo com auxlio da ferramenta de insero mltipla

    Figura 81 Colocao do connect block

    Figura 82 Colocao do connect block ( outro ngulo )

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    5. Aspecto final.

    Figura 83 Servio pronto

    11.4 Conectorizao de petch panel

    1. Com o auxlio de um decapador retira-se 5 cm da capa do cabo e separa-seos pares colocando-os nos conectores 110 de cor correspondente.

    Figura 84 Colocao do connect block

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    2. Com a ferramenta de insero conectoriza-se os pares.

    Figura 85 Inserir os pares

    3. Aspecto depois de concludo.

    Figura 86 Conectorizao pronta

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    Figura 87 Vista frontal do patch e equipamento

    11.5.Organizao dos cabos

    Outro fator importante durante a instalao a organizao e acomodao doscabos. Neste momento observa-se o raio de curvatura dos diversos tipos de cabos paragarantir a sua performance

    1. Pode-se utilizar tanto cintas plsticas, como cintas de velcro, porm naprimeira deve-se ter muito cuidado para no apertar demais os cabos , pois corre-se orisco de alterar o seu desempenho

    Figura 88 Organizao com cinta plstica Figura 89 Organizao com Velcro(RECOMENDADO)

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    Figura 90 Cross connect organizado

    2. Pode-se utilizar tanto patch cords coloridos como velcros coloridos paraajudar na organizao

    Figura 91 Patch cords coloridos

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    Figura 92 Acessrios de fixao coloridos

    3. Ao organizar um rack , o conjunto de cabos que chegam deve ser dividido aomeio, sendo distribudos uma metade do centro para a direita e a outra metade do centropara esquerda.

    Figura 93 Rack organizado

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    4. Outro fator importante na acomodao dos cabos no rack manter os raios decurvatura dentro dos valores da norma.

    Tabela 30 Raios de curvatura dos diversos tipos de cabos

    Cabo Raio de curvatura

    UTP 4 pares 4 vezes o dimetro

    ScTP 4 pares 8 vezes o dimetro

    UTP 25 pares 10 vezes o dimetro

    Fibra com 2 a 4 pares 25 mm sem tenso

    Fibra com 2 a 4 pares 50 mm sem tenso

    Fibra com mais de 4 pares10 vezes o dimetro sem tenso

    Fibra com mais de 4 pares15 vezes o dimetro com tenso

    5. Atualmente o cabo de 25 pares utilizado no backbone para aplicaes queexijam at a categoria 5E. previsto na . ANSI/TIA/EIA 568-B.2 Balanced TwistedPair Cabling Components o cabo categoria 5e , porm a prpria norma adverte quedevem ser testadas todas as aplicaes, que ocuparo o cabo, quanto a problemas deinterferncia. A tabela 33 abaixo mostra o cdigo de cores utilizado na conectorizaoem bloco 110.

    Tabela 31 Cdigo de cores do cabo UTP de 25 pares

    PAR COR COR1 BRANCO AZUL2 BRANCO LARANJA3 BRANCO VERDE4 BRANCO MARROM5 BRANCO CINZA6 VERMELHO AZUL7 VERMELHO LARANJA8 VERMELHO VERDE9 VERMELHO MARROM10 VERMELHO CINZA11 PRETO AZUL12 PRETO LARANJA13 PRETO VERDE14 PRETO MARROM15 PRETO CINZA16 AMARELO AZUL17 AMARELO LARANJA18 AMARELO VERDE19 AMARELO MARROM20 AMARELO CINZA21 VIOLETA AZUL22 VIOLETA LARANJA23 VIOLETA VERDE24 VIOLETA MARROM25 VIOLETA CINZA

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    12. NORMA DE CABEAMENTO