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FARMACOLOGIA Pedro Catarino

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FARMACOLOGIA  

Pedro  Catarino  

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Droga, fármaco e medicamento

•  Droga •  Significado pouco preciso •  Produtos de natureza animal, vegetal ou mineral •  Matéria prima de uso farmacêutico

Droga Toxicomania Desuso

Produto simples ou complexo que pode servir como matéria prima (Diário do Governo II série, nº 250-27/10/1955 e nº76-29/03/1956)

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Droga – é a matéria-prima de origem mineral, vegetal ou animal, activa ou inactiva, que contém um ou mais c o n s t i t u i n t e s e q u e n ã o s o f r e u manipulação, excepto a necessária para a sua conservação. De acordo com esta definição, os agentes terapêuticos de origem sintética não são drogas.

≠ “drug” DROGA  

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Droga, fármaco e medicamento

•  Matéria Prima

Qualquer substância, activa ou não, e qualquer que seja a sua origem, empregue na produção de um medicamento, quer permaneça inalterável quer se modifique ou desapareça no decurso do processo;

Mais completa

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Droga, fármaco e medicamento •  Fármaco

Substância pura, quimicamente definida, extraída de fonte natural ou obtida por síntese, dotada de actividade biológica e que pode ser aproveitada pelos seus efeitos terapêuticos.

Fármaco – tipo especial de droga

Sulfato de cobre Fármaco

Medicamento Sulfato de cobre

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•  Substância Activa –  Toda a matéria de origem humana, animal, química

ou vegetal, à qual se atribui uma actividade apropriada para constituir um medicamento

Droga, fármaco e medicamento

Sobreponível ao conceito de fármaco Origem

Actividade terapêutica

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Droga, fármaco e medicamento

•  Medicamento – Variadas definições de acordo com grupo

profissional – Qualquer substância simples ou complexa

que aplicada no interior ou no exterior do corpo do homem ou do animal possa produzir efeito curativo ou preventivo

– Todas as substâncias ou conjunto de substâncias que se possam administrar com fins terapêuticos

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Estatuto do Medicamento

•  (Decreto-Lei n.° 72/91) •  Artigo 2.° - (Definições)

•  Medicamento: toda a substância, ou associação de substâncias apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma acção farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas;

Medicamento = Fármaco(s) + excipiente(s)

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Sistemas terapêuticos •  Sistema alopático - baseia-se num aforismo latino que diz: "contraria

contraris curantur", ou seja, o contrário cura-se com o contrário. Para determinada doença, administram-se os medicamentos de acção contrária à causa da doença. Corresponde à medicina tradicional, a qual predomina na classe médica.

•  Sistema homeopático- são as formas medicamentosas que se baseiam na frase "similiba similibus curantur", ou seja, o semelhante cura-se com o semelhante. Administram-se medicamentos de acção semelhante à doença. Depende das defesas do organismo sendo a sua resposta suficiente para curar a doença. As doses usadas em homeopatia são muito pequenas.

•  Sistema fisiátrico- Acreditam que a patología não é nada mais que um processo fisiológico quantitativamente alterado. O medicamento não cura, apenas ajuda o organismo a vencer a doença, desde que o próprio organismo permita as condições ideais para que actue: alimentação, descanso, exercício controlado.

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Medicamento e remédio

•  Remédio – sentido amplo e geral – Todos os meios usados no sentido de

prevenir e curar a doença

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•  Agentes físicos – Aeroterapia ou climaterapia – praia ou montanha – Helioterapia – sol – Radioterapia – raios X – Termoterapia – calor – Electroterapia – correntes de alta frequência – Hidroterapia – cura pela água – Talassoterapia – ares do mar – Cinesioterapia – ginástica para reeducação dos

movimentos.

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•  Agentes psíquicos

– Acção psicológica desempenhada pelo médico ou psicólogo

–  Bem estar –  Tratamentos mentais

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Medicamento - Alimento - Veneno

•  Dependendo das circunstâncias e da quantidade administrada, um medicamento pode tornar-se num veneno, ou um alimento pode funcionar como agente de cura.

“let  food  be  your  medicine  and  medicine  your  food”  Hippocrates      

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Medicamento - Alimento - Veneno

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VENENO MEDICAMENTO

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Medicamento - Alimento - Veneno

•  Alimento – Toda a substância que se ingere para manter

o equilíbrio orgânico e para atenuar a fome

Excipientes ou veículos Fácil administração de fármacos

Sacarose Edulcorante

Fonte de energia

Os alimentos podem utilizar-se como excipientes que facilitam a administração de fármacos, p. ex. sacarose

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Medicamento - Alimento - Veneno

•  Os alimentos podem transformar a parte activa do medicamento. p. ex. leite.

•  Os medicamentos podem utilizar-se como alimento em doentes muito debilitados ou naqueles que não se podem alimentar pelas vias de ingestão naturais. p. ex. soluções injectáveis de glucose ou emulsões parentéricas.

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Medicamento - Alimento - Veneno

•  VENENO – Produtos que, introduzidos no organismo do

indivíduo normal médio, em pequena quantidade, sejam susceptíveis de provocar alterações da saúde ou conduzir à morte.

– Em princípio, todos os medicamentos podem funcionar como venenos consoante a quan t idade admin is t rada , a v ia de administração, as condições do indivíduo, etc.

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Medicamento - Alimento - Veneno

Sulfato de atropina: •  Dose máxima por uma só vez:

sob a forma de comprimidos: 0,02 g sob a forma de injecção subcutânea: 0,01 g

•  Dose máxima no período de 24 horas: sob a forma de comprimidos: 0,04 g sob forma de injecção subcutânea: 0,02 g

Até às quantidades indicadas, o sulfato de atropina, nas formas farmacêuticas mencionadas, constitui um medicamento. Se estas doses forem ultrapassadas será um veneno.

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Medicamento - Alimento - Veneno

"um erro nas pesagens dos medicamentos pode pôr em perigo uma vida. Na balança pode estar a vida ou a morte"

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Efeito dos Medicamentos

•  Efeitos terapêuticos ou acção terapêutica Quando os efeitos concorrem para a actividade terapêutica pretendida

•  Efeitos secundários ou laterais

Quando os efeitos não se exercem sobre a patologia existente.

A classificação depende do objectivo: Ex. medicamento broncodilatador e hiperglicemiante

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Dosagem •  Quantidade de substância activa existente numa f.f.

De acordo com a dosagem o medicamento é administrado segundo uma dada

POSOLOGIA (número de doses diárias) EX.: Clamoxyl® comprimidos Posologia adultos: 1 cáp. 500 mg/ 3x dia

ou 1 comp. 1000 mg/ 2x dia

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•  DOSE Quantidade de medicamento que é necessário administrar por determinada via, para produzir o efeito terapêutico desejado

•  DOSE TERAPÊUTICA MÍNIMA A menor quantidade para produzir o efeito desejado

•  DOSE TERAPÊUTICA MÁXIMA Quantidade que não deve ser ultrapassada - efeito tóxico

•  DOSE TÓXICA A quantidade a partir da qual se produz o efeito tóxico

•  DOSE LETAL Ex. DL 50 Dose que mata 50% dos animais

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Prazo de validade

•  Período durante o qual um determinado medicamento pode considerar-se estável.

•  Período máximo durante o qual um medicamento após a sua preparação não apresenta uma quebra do teor dos seus princípios activos superior a 10 ou 15 %, quando mantido em determinadas condições de armazenagem, previamente estabelecidas.

•  Influenciado pela: Incompatibilidades existentes na formula farmacêutica Forma farmacêutica Condições de conservação

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Produção de medicamentos

Comercialização

Transporte

Distribuidores

Armazenistas

Farmácia Casa do doente

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Classificação dos medicamentos 1.  Uso interno / uso externo

•  Via de administração e não forma farmacêutica

Uso interno Uso externo

Medicamento  de  Uso  Externo  -­‐  são  aqueles  aplicáveis  na  super>cie  do  corpo  ou  nas  mucosas  facilmente  acessíveis  ao  exterior.  Ex.:  Cremes  de  Calêndula,  Shampo  de  PiriJonato  de  Zinco.      Medicamentos  de  Uso  Interno  -­‐  são  aqueles  que  se  desJnam  à  administração  no  interior  do  organismo  por  via  bucal  e  pelas  cavidades  naturais  (vagina,  nariz,  ânus,  ouvido,  olhos,  etc.).      

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Classificação dos medicamentos

2.  Simples  /  Complexos  (composição)  

n  Medicamento  Simples  -­‐  aqueles  preparados  a  parJr  de  1  único  fármaco.  Ex.:  xarope  de  vitamina  C,  pomada  de  Cânfora.    

n  Medicamento  Composto  -­‐  são  aqueles  preparados  a  parJr  de  vários  fármacos.  Ex.:  a)  Injectável  de  penicilina  G  +  Estreptomicina.  Ex.:  b)  Comprimido  de  Ácido  AceJlsalicílico  +  Cafeína.    

3.  Oficinais  /  especializados  /  magistrais  (modo  de  preparação)  

 

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Especialidade farmacêutica

•  Toda a preparação farmacêutica (medicamento) apresentada no mercado em embalagem própria a ser entregue ao consumidor e com uma designação de marca privativa

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Especialidades farmacêuticas

QUALIDADE, EFICÁCIA E SEGURANÇA – Sistema de garantia da qualidade: 1. Avaliação do dossier de registo 2. Licenciamento do fabrico 3. Durante a vida do medicamento:

- Inspecções regulares - Recolha de amostras para o controlo de qualidade nos laboratórios certificados pelas autoridades competentes.

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Especialidades farmacêuticas

•  Ao ser concedida uma A.I.M. o produtor tem de fabricar o medicamento autorizado em local que reúna condições técnicas que permita obter um produto com as características que constam do dossier de registo apresentado às autoridades competentes.

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Especialidades farmacêuticas A qualidade do medicamento está intimamente relacionada com o processo de fabrico pelo que foram estabelecidas a nível comunitário as NORMAS PARA O BOM FABRICO DE MEDICAMENTOS, que visam assegurar que os produtos sejam:

–  Eficazes: contenham a quantidade de princípio activo declarado e exerçam a ação terapêutica esperada

–  Seguros: na dosagem e utilização correctas, tenham o mínimo aceitável de efeitos secundários indesejáveis

–  De qualidade: tenham a qualidade intrínseca cumprida

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Especialidades farmacêuticas

•  Avaliação da segurança dos medicamentos

Os sistemas de farmacovigi lância existentes nos diversos países permitem o registo e a avaliação dos efeitos adversos detectados e a consequente tomada de decisões que garantam a segurança na utilização dos medicamentos.

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NORMAS PARA

ENSAIOS ANALÍTICOS,

TÓXICO-FARMACOLÓGICOS

E CLÍNICOS

DOS MEDICAMENTOS DE USO HUMANO

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ENSAIOS ANALÍTICOS 1.  Composição qualitativa e quantitativa dos componentes

2.  Descrição do modo de preparação

3.  Controlo das matérias-primas

4.  Controlo efectuado nas fases intermédias do processo de fabrico

5.  Controlo do produto acabado

6.  Ensaios de estabilidade

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1.  Toxicidade aguda 2.  Toxicidade por doses repetidas (sub-aguda ou crónica) 3.  Avaliação da função reprodutora 4.  Toxicidade embrionária/ fetal 5.  Potencial mutagénico 6.  Potencial carcinogénico 7.  Farmacocinética 8.  Tolerância local.

ENSAIOS TOXICOLÓGICOS E FARMACOLÓGICOS

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Qualquer estudo sistemático de medicamentos no homem, quer em doentes, quer em voluntários sãos por forma a descobrir ou verificar os efeitos de produtos experimentais, identificar os seus efeitos laterais, estudar a respectiva absorção, distribuição, metabolismo e excreção a fim de se determinar a eficácia e segurança deste produtos.

ENSAIOS CLÍNICOS

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Processo de registo de um medicamento

Pesquisa Básica ü  Identificação de novos compostos que se mostrem promissores

no combate a alguma patologia- fase da descoberta.

ü  Há muitos investigadores envolvidos: Universidades, Institutos e Fundações de Pesquisa.

ü  Os compostos promissores identificados têm dificuldade de passar para as outras etapas do pipeline (ensaios pré-clínicos, ensaios clínicos e registo).

ü  Esta etapa só termina quando o produto final, o medicamento, é devidamente registado e disponibilizado ao paciente.

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Processo de registo de um medicamento

Pesquisa Pré-Clínica ü  Os compostos promissores são submetidos aos ensaios pré-

clínicos, ou fase de pré-desenvolvimento. ü  Identificados os parâmetros de segurança e eficácia por meio de

estudos de toxicidade e de actividade "in vitro" e também em animais - "in vivo".

ü  A dose e a apresentação farmacêutica podem produzir variações importantes de toxicidade e actividade, sendo também avaliadas durante a fase pré-clínica.

ü  Se o composto for aprovado pelos resultados obtidos nos testes em animais, passa-se então para os testes em seres humanos, os Ensaios Clínicos.

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Processo de registo de um medicamento

Pesquisa Clínica ü  Submetem-se os novos compostos a ensaios clínicos para

avaliar a segurança e eficácia do produto em seres humanos. ü  Somente com base nos ensaios clínicos é possível fornecer um

dossier completo de informações necessárias para a obtenção do registo nas agências reguladoras de medicamentos, o INFARMED no caso de Portugal.

ü  Os ensaios clínicos são divididos em 3 etapas consecutivas (fases I a III) que representam o estágio de desenvolvimento propriamente dito, e uma quarta fase, denominada farmacovigilância, na qual o medicamento continua a ser avaliado após o registo e lançamento.

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ENSAIOS CLÍNICOS

Fase  I  

Fase  II  

®  Procura-­‐se   conhecer   a   tolerância   e   o  metabolismo   do   medicamento.   Para   isso,  voluntários  saudáveis  recebem  doses  crescentes  da  nova  substância.    

®  UJliza  um  pequeno  nº  de  pacientes  para  os  quais  o  novo   medicamento   possa   ser   benéfico   (100–200  pacientes).   Visa   demonstrar   acJvidade   e  estabelecer   a   segurança   do   p.a.   a   curto   prazo   em  doentes.   Se   possível   visa   estabelecer   a   relação  dose-­‐resposta   (melhor   dose   a   ser   uJlizada   com  menores  efeitos  adversos).    

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ENSAIOS CLÍNICOS

Fase  III  

Fase  IV  

®  Fase   de   ensaio   piloto.  O  medicamento   é   administrado   a  um   número   grande   de   pacientes,   que   pode   variar   de  dezenas   a   milhares   dependendo   do   Jpo   de   patologia,  para   se   avaliar   a   eficácia   e   segurança   do   produto.   A  avaliação   é   sempre   feita   de   maneira   comparaJva,  uJlizando-­‐se   placebo   ou   um   outro   tratamento   de  referência,   e   realizada   em   condições   praJcamente  normais   de   emprego.   Cuidados   na   uJlização   e   riscos   de  interacção   com   outras   substâncias   também   são  idenJficados.    

®  Também   denominada   farmacovigilância,   esta   fase   é  posterior   ao   registo   e   lançamento   do   novo  medicamento.   O   objecJvo   é   traçar   a   relação   custo-­‐bene>cio  do  tratamento  e  também  idenJficar  reacções  adversas  raras  e  inesperadas  ao  medicamento.      

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Processo de registo de um medicamento

Registo de Medicamentos ü  O registo de um medicamento para fins de comercialização e

utilização pela população é feito nas Agências Reguladoras de Medicamentos, a exemplo do INFARMED (Autoridade Nacional de Medicamentos e Produtos de Saúde, IP), em Portugal, e da FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos.

ü  Para se obter o registro de um produto farmacêutico nestas agências, todas as informações sobre o medicamento e as suas fases de desenvolvimento devem ser compiladas em formulários específicos e submetidas às agências para análise e aprovação.

ü  Este processo pode levar até 3 anos, e cada produto tem de ser registado para cada dose e apresentação e para cada um dos países onde for utilizado.

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Classificação de medicamentos

•  Uso interno / uso externo •  Via de administração e não forma farmacêutica

Uso interno Uso externo

n  Simples  /  Complexos  (composição)  

n  Oficinais  /  especializados  /  magistrais  (modo  de  preparação)  

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Classificação de medicamentos n  QUANTO  AO  SISTEMA  TERAPÊUTICO  ADOPTADO  

 AlopáCcos  /HomeopáCcos    n  QUANTO  AO  MODO  DE  ACÇÃO  

 Absorvidos  ou  de  acção  geral  /  Tópicos  e  locais    n  QUANTO  À  ACÇÃO  TERAPÊUTICA:  

 Organotrópicos:  aqueles  cuja  acção  terapêuJca  provém  de  uma  acção  directa  sobre  o  organismo.  

   ex:  medicamento  que  relaxa  a  fibra  muscular  lisa  produzindo  uma  diminuição  da  resistência  Vascular  periférica  -­‐  efeito  anJ-­‐hipertensor.      E.otrópicos:  a  sua  acção  resulta  da  influência  directa  que  eles  exercem  sobre  os  

agentes  que  provocam  as  doenças.    ex:  anJbióJcos  para  o  tratamento  das  infecções  

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Segundo o "ESTATUTO DO MEDICAMENTO“ São aqueles que reúnam cumulativamente as seguintes

condições: a.  Serem essencia lmente s imi lares de um

medicamento já introduzido no mercado e as respectivas substâncias activas fabricadas por processos caídos no domínio público ou protegido por patente de que o requerente ou fabricante seja titular ou explore com autorização do respectivo detentor.

b.  Não se invocarem a seu favor indicações terapêuticas d i fe ren tes re la t i vamente ao med icamento essencialmente similar já autorizado.

MEDICAMENTOS GENÉRICOS

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Todos os medicamentos com a mesma composição qualitativa e quantitativa em substâncias activas, sob a mesma forma farmacêutica.

(Redacção do D.L. nº 249/93 de 9 de Julho)

PRODUTOS ESSENCIALMENTE SIMILARES

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Critério Galénico (segundo Prista e col.)

I GRUPO •  Formas farmacêuticas obtidas por divisão mecânica

das substâncias medicinais.

–  1. ESPÉCIES. Formas complementares: cigarros –  2. PÓS. Formas complementares: granulados,

comprimidos, drageias, pílulas, grânulos, bolos, chocolates, biscoitos, pastilhas, lentículas e cápsulas.

–  3. POLPAS. Formas complementares: conservas e electuários.

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II GRUPO •  Formas farmacêuticas obtidas por extracção

mecânica –  1. SUCOS

III GRUPO •  Formas farmacêuticas obtidas por dispersão

mecânica –  1. EMULSÕES –  2. DISPERSÕES COLOIDAIS E SUSPENSÕES.

•  Formas complementares: aerossoles.

Critério Galénico

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Critério Galénico IV GRUPO •  Formas farmacêuticas obtidas por dispersão

molecular –  1. HIDRÓLEOS (soluções simples, macerados, digestos,

infusos e cozimentos). –  2. SACARÓLEOS LÍQUIDOS (xaropes, melitos e

oximelitos) –  3. ALCOÓLEOS (soluções simples, tinturas e alcoolaturas) –  4. GLICERÓLEOS –  5. ETERÓLEOS –  6. ENÓLEOS –  7. OLEÓLEOS –  8. SOLUÇÕES COM OUTROS DISSOLVENTES

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Critério Galénico

V GRUPO •  Formas farmacêuticas obtidas por dissolução e

evaporação. – 1. EXTRACTOS

VI GRUPO •  Formas farmacêuticas obtidas por destilação

–  1. HIDROLATOS –  2. ALCOOLATOS

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Critério Galénico

VII GRUPO •  Formas farmacêuticas obtidas por operações complexas ou

múltiplas –  1. PARA APLICAÇÃO NA PELE (pomadas, cremes, pastas

dérmicas, cerotos, unguentos, glicerados, linimentos, loções, sabões, emplastros, cataplasmas, sinapismos e preparações transdérmicas, preparações para uso auricular).

–  2. PARA APLICAÇÃO NAS MUCOSAS (colírios, nasoformas, supositórios, óvulos, velas, lápis e irrigações).

–  3. PARA USO PARENTERAL (soluções, suspensões e emulsões injectáveis).

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CRITÉRIO GALÉNICO (Segundo Brojo)

1 FORMAS FARMACÊUTICAS DE APLICAÇÃO ORAL:

•  1.1. Formas sólidas (pós, granulados, cápsulas, comprimidos, pastilhas),

•  1.2 Formas líquidas –  1.2.1. Soluções aquosas –  1.2.2. Formas complementares das soluções aquosas

(limonadas, mucilagens, sucos, tisanas, xaropes, melitos, poções).

–  1.2.3. Soluções alcoólicas –  1.2.4. Formas complementares das soluções alcoólicas

(tinturas, alcoolaturas, elixires). –  1.2.5. Suspensões farmacêuticas. –  1.2.6. Emulsões farmacêuticas

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2. FORMAS FARMACÊUTICAS PARA APLICAÇÃO PARENTERAL (INJECTÁVEIS)

3. FORMAS FARMACÊUTICAS PARA APLICAÇÃO NAS

MUCOSAS –  Colírios, colutórios, gargarejos, gotas nasais, gotas

auriculares, pastas dentifrícas, supositórios, óvulos, aerossoles.

4. FORMAS FARMACÊUTICAS PARA APLICAÇÃO CUTÂNEA •  Pomadas, cremes, geles, pastas, linimentos, loções,

cataplasmas, emplastros, esparadrapos.

5. FORMAS NÃO CLASSIFICÁVEIS QUANTO À APLICAÇÃO –  Extractos, hidrolatos, alcoolatos.

Critério Galénico

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DEFINIÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS segundo Prista e col.

I GRUPO Formas farmacêuticas obtidas por divisão mecânica das substâncias medicinais.

•  1. ESPÉCIES

Misturas de plantas secas, divididas em pequenos fragmentos

– 1.1. Cigarros medicinais – Formados por folhas secas de plantas

medicinais, que se introduzem num invólucro de papel, ao qual se dá a forma de cigarro.

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•  2. PÓS Preparações farmacêuticas constituídas por partículas sólidas, livres e secas e mais ou menos finas.

–  2.1. Granulados

Constituídos por substâncias medicamentosas associadas a açúcar, e/ou outros adjuvantes, apresentando-se formados por pequenos grãos ou grânulos irregulares, cujo conjunto tem aspecto homogéneo.

–  2.2. Comprimidos

Preparações farmacêuticas de consistência sólida, forma variada, geralmente cilíndrica ou lenticular, obtidas agregando, por meio de pressão, várias substâncias medicamentosas secas. Podem ou não encontrar-se envolvidos por revestimentos especiais, tomando, nesse caso, a designação de DRAGEIAS.

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–  2.3. Pílulas Preparações farmacêuticas de consistência firme, sensivelmente esféricas, cujo peso é cerca de 20 centigramas e que se destinam a serem deglutidas sem mastigar.

–  2.4. Grânulos Preparações farmacêuticas semelhantes às pílulas, de peso inferior ou igual a 50 centigramas.

–  2.5. Bolos

Preparações farmacêuticas semelhantes às pílulas, de peso superior a 1 grama e inferior ou igual a 50 gramas, que se destinam ao uso veterinário.

–  2.6. Biscoitos

Preparações farmacêuticas que têm por base açúcar e farinhas, aos quais se adicionam substâncias medicamentosas.

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–  2.7. Chocolates Preparações farmacêuticas obtidas pela mistura de chocolate com uma ou várias substâncias medicamentosas. Destinam-se a serem ingeridos, podendo ou não serem mastigados.

–  2.8. Pastilhas Preparações farmacêuticas de consistência sólida, destinadas a dissolverem-se lentamente na boca, que são preparadas por moldagem de uma massa plástica constituída por mucilagens e/ou açúcar associados a princípios medicamentosos.

–  2.9. Lentículas Pequenos discos de consistência firme, obtidos por moldagem, destinados a serem deglutidos sem mastigar ou a serem utilizados na preparação de soluções para uso hipodérmico.

–  2.10 Cápsulas Preparações farmacêuticas constituídas por um invólucro de natureza, forma e dimensões variadas, contendo substâncias medicinais sólidas, pastosas ou líquidas.

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•  3. POLPAS Formas farmacêuticas de consistência mole, obtidas a partir de plantas, de partes de plantas ou de órgãos animais, com aproveitamento das zonas moles e carnudas e rejeição das partes fibrosas ou duras das drogas utilizadas.

–  3.1. Conservas

Formas obtidas pela mistura de açúcar com substâncias medicamentosas de origem vegetal.

–  3.2. Electuários

Formas farmacêuticas de consistência mole, constituídas por misturas complexas de polpas, extractos, pós vegetais, etc., que se agregam por intermédio de xaropes, de mel, de melitos, etc.

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MEDICAMENTOS TÓPICOS

1.  ANTI-INFLAMATÓRIOS OU ANTI-FLOGÍSTICOS •  São medicamentos tóp icos que modi f icam

favoravelmente o estado inflamatório de uma região do corpo.

•  Favorecem o desaparecimento dos edemas: - por activação da circulação local; - produzindo vasoconstrição na zona de aplicação ou por coagulação das proteínas dos tecidos.

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MEDICAMENTOS TÓPICOS

–  1.1 ADSTRINGENTES

•  Provocam a constrição das superfícies mucosas, pele, vasos sanguíneos ou tecidos diversos, diminuindo as secreções e os corrimentos.

•  Provocam vasoconstrição local e coagulação das albuminas levando à absorção dos exsudados das feridas e erupções cutâneas.

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MEDICAMENTOS TÓPICOS

–  1.1 ADSTRINGENTES •  Exemplos:

- derivados metálicos. Ex. cloreto férrico, sulfato de cobre, calamina, peróxido de zinco, óxido amarelo de mercúrio. - Taninos ex. ácido tânico, taninos da hamamélia. - Formas farmacêuticas: pomada de óxido amarelo de mercúrio, pomada de óxido de zinco, pomadas e óvulos de tanino.

•  Também podem ser utilizados para estancar pequenas

hemorragias: estípticos (ex: metais e taninos) e como anti-perspirantes e desodorizantes (ex: cloreto de alumínio).

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MEDICAMENTOS TÓPICOS

–  1.2. EMOLIENTES •  São medicamentos que tornam os tecidos suaves e macios. •  Actuam por activação da circulação local provocando calor e

humidade. Ocorre um aumento das defesas leucocitárias e a atenuação da dor devida à turgescência dos tecidos inflamados.

•  Exemplos: óleo de amêndoas doces, óleo de amendoim, azeite neutro, silicones, óleos minerais: vaselina e parafina líquida, gomas, mucilagens, glicerina, propilenoglicol.

– Demulcentes: •  Medicamentos de uso interno local que amolecem as

mucosas inflamadas do tracto digestivo e do aparelho respiratório (Ex: leite, azeite, etc)

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•  1.3. OUTROS ANTI-INFLAMATÓRIOS

–  1.3.1. DERIVADOS CORTICÓIDES TÓPICOS

Utilizados para o tratamento de eczemas e psoríase. Exemplo: hidrocortisona, acetato de cortisona, dexametasona, acetato de metilprednisolona.

1.3.2. ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES (AINEs)

–  Inibem a síntese das prostaglandinas (mediadores principais

do processo inflamatório). Exemplos: salicilatos, ácidos fenâmicos: niflúmico, mefenâmico, profenos, etc.

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•  2. REVULSIVOS, CONTRA-IRRITANTES OU RESOLUTIVOS

Medicamentos que actuam por uma acção irritante local, provocando uma chamada de sangue ao ponto de aplicação com consequente hiperemia.

–  2.1. SUAVES OU RUBEFACIENTES Provocam apenas hiperemia na zona de aplicação. Usados no tratamento da bronquite, dores reumatismais, etc.

Exemplos: mostarda, terebentina, pimentão, cânfora, mentol, amónia.

–  2.2. ENÉRGICOS OU VESICANTES Originam secundariamente a formação de vesículas epidérmicas,

repletas de líquido de exsudação. Utilizados para diminuir formas mais intensas de dor e

inflamação, por ex. pericardites, ciática, etc. Exemplos: ácido acético, iodo.

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3. QUERATOPLÁSTICOS –  Medicamentos que intensificam a queratinização dos

epitélios promovendo a regeneração da camada córnea (stratum corneum) que corresponde à zona celular mais externa da pele.

•  3.1. QUERATOPLÁSTICOS CELULARES Actuam por estimulação da actividade das células do corpo mucoso de Malpighi, originando uma renovação do epitélio até à superfície, provocando a queratinização. Exemplos: ácido pícrico, sudão IV ou vermelho de escarlate, ácido salicílico < a 2%.

•  3.2. QUERATOPLÁSTICOS REDUTORES Diminuem o consumo de oxigénio das células do epitélio pela acção de compostos redutores, provocando a queratinização. Exemplos: ictiol, alcatrão vegetal, alcatrão mineral ou coaltar.

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MEDICAMENTOS TÓPICOS –  4. QUERATOLÍTICOS

•  Medicamentos capazes de dissolver as formações queratínicas.

•  Provocam desaparecimento de calosidades e cicatrizes. •  Exemplos: ácido salicílico em concentrações >2%

( concentrações 1-2% tem actividade queratoplástica), peróxido de benzoílo, tripsina.

•  Substâncias depilatórias. ex: sulfuretos de cálcio, de sódio e de estrôncio, tioglicolato de cálcio.

–  5. CÁUSTICOS •  Medicamentos tópicos destinados a destruir ou corroer

determinadas porções de tecido. •  Exemplos: ácido azótico, fenol, podófilo ou podofilina, nitrato de

prata, nitrato de mercúrio, anidrido arsenioso.

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MEDICAMENTOS TÓPICOS •  6. PROTECTORES

–  6.1. PROTECTORES PARA USO INTERNO

•  Compostos que não sofrem alteração química apreciável no tubo digestivo e não são absorvidos sistemicamente.

•  Compostos com propriedades absorventes ex: caulino •  Compostos capazes de reterem os gases ex. carvão

activado •  Compostos que formam uma película isolante e protectora

da mucosa gástrica e duodenal ex: subnitrato de bismuto. •  Silcones (dimeticone ou simeticone) auxiliam na expulsão

dos gases.

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MEDICAMENTOS TÓPICOS •  6. PROTECTORES

–  6.2. PROTECTORES PARA USO EXTERNO

•  Aplicam-se externamente na pele e nas mucosas. •  Exemplos: talco, estearato de magnésio, •  Protectores solares: absorvem as radiações U.V. 280-310

nm, por ex: ácido para-aminobenzóico, para-aminobenzoatos, esculetina, metilesculetina etc.

•  Substâncias que aumentam ou diminuem a pigmentação da pele.

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MEDICAMENTOS TÓPICOS –  7. ANTI-SÉPTICOS E PARASITICIDAS

–  ANTI-SÉPTICOS: Destroem bactérias e fungos ou inibem a sua proliferação nas mucosas, pele, couro cabeludo, unhas, etc.

–  Exemplos: tetraciclinas, neomicina, bacitracina, cloranfenicol, ácido undecilénico, miconazol, clotrimazol

–  PARASITICIDAS –  Anti-escabióticos –  ex: benzoato de benzilo, enxofre.

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FÁRMACO

Administração Directa Absorção a partir do sítio de aplicação

PLASMA

Tecidos Alvo

ex: cérebro

Tecidos Activos

ex:fígado

Emunctórios

ex:bile

Tecidos Indiferentes

ex:gorduras

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL Actividade terapêutica

Ø  Molécula activa Ø  Organismos Ø  Forma e fórmula farmacêutica

L A D M E Libertação Absorção Distribuição Metabolização Eliminação

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL Há três fases fundamentais do princípio activo no organismo

Apetência de libertação de um conjunto que veicula o p.a.

Responsável pela resposta biológica

FASE BIOFARMACÊUTICA– corresponde à libertação do princípio activo a partir da forma farmacêutica

FASE FARMACOCINÉTICA

FASE FARMACODINÂMICA FASE

BIOFARMACÊUTICA

LIBERTAÇÃO –BIODISPONIBILIDADE

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

•  S: Área do sólido

•  K: Constante dependente da agitação e do coeficiente de difusão do sólido

•  C: Concentração da substância no solvente, no tempo t •  Cs: Concentração da substância na zona de difusão que rodeia a parte

não dissolvida. Na prática é o coeficiente de solubilidade.

dcdt= KS(Cs −C)

DISSOLUÇÃO DOS FÁRMACOS

Velocidade de

dissolução

Equação de Noyes-Whitney modificada

S = 6

Pd

D: diâmetro da partícula. P: peso d: densidade P/d: Volume ocupado pelo sólido.

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FÁRMACO

FARMACOCINÉTICA • Vias de administração • Absorção • Distribuição • Biotransformação • Eliminação

ORGANISMO

FARMACODINÂMICA • Local de acção • Mecanismo de acção • Efeitos

Concentração no local do receptor

RELAÇÕES ENTRE FASE FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

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Dose da fármaco administrada

Concentração do fármaco na Corrente sanguínea

Concentração do fármaco no local de acção

Efeito farmacológico

Resposta clínica

Toxicidade Eficácia

ABSORÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

ELIMINAÇÃO

Fármaco metabolizado ou excretado

Fármaco nos tecidos de distribuição FARMA-

COCINÉ- TICA

FARMACO- DINÂMICA

METABOLIZAÇÃO

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ABSORÇÃO

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

-­‐  factores  relacionados  com  o  indivíduo  

-­‐  factores  relacionados  com  o  medicamento  

         ü Excipientes ü Processo de fabrico ü Tamanho de partícula ü Lipossolubilidade ü Peso molecular ü Grau de ionização ü Concentração

ü Vascularização do local ü Superfície de absorção ü Permeabilidade capilar/membranas biológicas

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

ü  Propr iedades f i s i co-qu ím icas da substânc ia (hidrossolubilidade e lipossolubilidade, grau de ionização)

ü  Nível de proteínas plasmáticas ü  Maior ou menor grau de vascularização de determinadas

áreas do organismo ü  Composição aquosa e lipídica dos orgãos e tecidos ü  Capacidade de biotransformação do organismo

DISTRIBUIÇÃO

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

METABOLISMO OU BIOTRANSFORMAÇÃO

ü Transformações por via enzimática dos fármacos. ü Enzimas metabolizadoras: citocromo P450, MAO, estearases, desidrogenases, amidases, etc. ü Ocorre principalmente a nível hepático.

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

ELIMINAÇÃO

A eliminação de fármacos do organismo ocorre normalmente após a metabolização por excrecção através dos órgãos emunctórios, com predominância renal.

A remoção de um fármaco do organismo é quantificada pela clearance ou depuração, que é expresso como o volume do plasma do qual o fármaco é completamente eliminado por unidade de tempo (ex. ml/min) ** Cuidados com interações medicamentosas: •  A amiodarona, cuja [ ] hepática é ↑ (1000 x a [ ] do plasma), inibe a clearance hepática de muitos outros fármacos; •  cuidados especiais com cimetidina, propanolol, lidocaína etc.

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

ELIMINAÇÃO

ü Os fármacos são, na sua maioria, removidos do corpo através da urina, na forma inalterada ou como metabolitos polares (ionizados).

ü As substâncias lipofílicas (apolares) são mais dificilmente eliminadas pelo rim.

ü O s f á r m a c o s l i p o f í l i c o s s ã o metabolizados, para originar produtos mais polares, que são, então, mais facilmente excretados na urina.

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TEMPO DE SEMI-VIDA

t1 / 2 =

0, 693

Ke

Ke =

IDPVd

ÍNDICE DE DEPURAÇÃO PLASMÁTICA (IDP) ("CLEARANCE")

VOLUME DE PLASMA QUE, NUM MINUTO, SE LIBERTA DA QUANTIDADE DE SUBSTÂNCIA EXCRETADA NO MESMO TEMPO.

IDP = Ke × Vd

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

VAD = Dose

Concentração Plasmática

Volume aparente do corpo humano, acessível ao fármaco, uma vez que não se considera a quantidade de fármaco existente, no momento da determinação, no tracto gastro-intestinal e na bexiga.

VOLUME APARENTE DE DISTRIBUIÇÃO

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

•  BIODISPONIBILIDADE MEDICAMENTOSA (conceito lato)

Capacidade com que um fármaco, veiculado em determinado medicamento, desempenha as suas acções, sejam elas meramente superficiais (tópicas ou locais) ou envolvam absorção, com subsequente distribuição, metabolização e eliminação.

•  Segundo a Food and Drug Administration

A biodisponibilidade caracteriza-se pela quantidade de fármaco que alcança a corrente circulatória bem como pela velocidade a que se realiza o processo.

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Ø  É a fracção do fármaco administrado que atinge a circulação sanguínea quimicamente inalterada.

Ø  Quantidade de fármaco disponível no organismo para utilização.

Ø  Absorção adequada não garante biodisponibilidade, pois alguns fármacos podem serem biotransformados, no fígado, antes de atingirem a circulação geral. (Metabolismo de primeira passagem).

Ø  Influencia: Resposta clínica, escolha de doses e vias de administração.

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

BIODISPONIBILIDADE

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

BIODISPONIBILIDADE

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BIOEQUIVALÊNCIA

No caso de administração oral, dependendo de como o

o medicamento é produzido (processo, excipientes,

etc), a fracção absorvida (biodisponibilidade, AUC) e a

velocidade com que isto ocorre (Cmax e Tmax) podem

diferir acentuadamente em relação a unidades

posológicas que contem a mesma quantidade de PA.

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

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BIOEQUIVALÊNCIA MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

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BIOEQUIVALÊNCIA MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL BIOEQUIVALÊNCIA

Ø Para   ajuste   da   dose   é   importante   ter   conhecimento   da  Biodisponibilidade,  Cmax  e  Tmax,  etc,  do  PA  no  medicamento.    

Ø Por  exemplo,  os  genéricos  devem  sofrer  estes  estudos  para  determinar  se  são  bioequivalentes  aos  medicamentos  de  referência.  

Ø É   fundamental   também   que   as   caracterísJcas   do   medicamento  relacionadas  com  a  absorção  do  PA  sejam  consistentes  entre  diferentes  lotes  do  mesmo  produto.    

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL A VELOCIDADE E EXTENSÃO DE DISTRIBUIÇÃO DEPENDEM

ü Fluxo sanguíneo dos tecidos;

ü  Propriedades  >sico-­‐químicas  dos  fármacos;  

ü  CaracterísJcas  das  membranas  de  transporte;  

ü  Ligação  a  proteínas  plasmáJcas.  

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL MEMBRANAS SEMI-PERMEÁVEIS DO ORGANISMO

Natureza lipoproteica:

ü Colesterol ü Fosfolípidos ü Triglicerídeos ü Ácidos gordos ü Proteínas

As membranas apresentam três características fundamentais: 1. Pequena tensão superficial 2. São atravessadas principalmente por substâncias dotadas de lipossolubilidade 3. Alta resistência eléctrica.

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

1. Transporte passivo (ou difusão passiva) 2. Transporte activo 3. Difusão facilitada 4. Pinocitose 5. Fagocitose

M embrana permeável

Concentração elevada

Sol vente

Concentração bai xa

Sol vente

TRANSPORTE DOS FÁRMACOS ATRAVÉS DAS MEMBRANAS BIOLÓGICAS

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TRANSPORTE DOS FÁRMACOS ATRAVÉS DAS MEMBRANAS BIOLÓGICAS

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TRANSPORTE DOS FÁRMACOS ATRAVÉS DAS MEMBRANAS BIOLÓGICAS

BARREIRA HEMATO-ENCEFÁLICA

§  Consiste numa camada contínua de células endoteliais unidas por zonas de oclusão.

§  Torna o cérebro inacessível a muitos fármacos de acção sistémica

§  Separação funcional entre o cérebro e o resto do organismo

§  Capilares sanguíneos cerebrais são menos permeáveis do que outros capilares dos corpo

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Os pés da glia, rodeiam os capilares ( pés dos astrócitos), fazendo parte da BHE. Os capilares cerebrais não possuem as aberturas que estão presentes nos capilares normais. Possuem no entanto mais mitocôndrias, que fornecem energia aos sistemas de transporte.

TRANSPORTE DOS FÁRMACOS ATRAVÉS DAS MEMBRANAS BIOLÓGICAS

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL CARACTERISTICAS FISICO-QUÍMICAS DOS FÁRMACOS

A penetrabilidade dos fármacos através das membranas biológicas depende:

a. Da solubilidade dos fármacos, mais propriamente do coeficiente de partilha óleo/água dos fármacos (o poder de penetração aumenta à medida que cresce a lipossolubilidade em relação à hidrossolubilidade das substâncias).

b. Do peso molecular, quando as substâncias são insolúveis nos lípidos, (substâncias de baixo peso molecular como a água e a ureia, são dotadas de excelente penetrabilidade).

c. Do coeficiente de ionização: pKa

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL

  1.   Solubilidade:   fármacos   lipossolúveis   atravessam   FACILMENTE   a  membrana   citoplasmáJca  e  quanto  MAIOR   a   taxa  de  difusão  MAIOR   é   a  velocidade  de  distribuição.    

Fármacos Lipossolúveis

2. Peso molecular: fármacos polares e de alto peso molecular DIFICILMENTE atravessam a membrana citoplasmática e a velocidade de distribuição é limitada pela taxa de difusão.

CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICA DOS FÁRMACOS

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Mucosa gástrica – pH 1

Mucosa intestinal – pH 5 Plasma – pH 7,4

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICA DOS FÁRMACOS

Tecido pH α (%) Mucosa gástrica

1 0,0005

Mucosa intestinal

5 4,7

Plasma 7,4 92,6 Tecido inflamado

5 4,7

Anti-inflamatório pKa = 6,3 PIROXICAM

3. Coeficiente de ionização

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS

FÁRMACO

Forma Livre Forma Ligada

Alfa- Glicoproteína

Ácida

ALBUMINA Lipoproteínas e Proteínas das Membranas

Eritrócitos Leucócitos Plaquetas

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MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS

Fármaco Livre

Proteína + Complexo Fármaco-Proteína

Com acção farmacológica

Farmacologicamente Inerte

Ø A soma da FORMA LIGADA com a FORMA LIVRE é igual a 1. Ø Quando a FORMA LIVRE for MENOR que 10%, a intensidade de efeito será MENOR e a duração, MAIOR. Ø Individuos que tomam fármacos que se ligam às proteínas plasmáticas devem fazer monitorizações regulares do fármaco.Ex: Se a ligação protéica de um fármaco é 98% e sofre uma redução para 96%, então sua fração livre duplicará de 2% para 4%.

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M EDICA M ENTO = Pri ncípo act ivo

+ excipiente + tecnol ogia

K r L I BER TA ÇÃO

Di spersão sól ida do pri ncípio acti vo

K D DISSO L UÇÃ O

Di spersão mol ecul ar do pri ncípo act ivo

K a ABSO R ÇÃO

Dose de fármaco

Desi ntegração da fo rma f armacêut ica

Di ssol ução

A BSORÇÃO DISTRIB UIÇÃO

M ETA BOLIZA ÇÃ O EL IM IN AÇÃO

Interacção fármaco /receptor

E F E IT O

FA SE B IOFA RM ACÊUTICA

FA SE FA RM ACOCINÉTICA

FA SE FA RM ACODINÂM ICA

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1. Factores fisiológicos Ø  A maioria dos fármacos são absorvidos por difusão passiva,

segundo a lei de Fick.

Ø  Influência do pH do meio: ácidos ou bases fracos podem ser melhor ou pior absorvidos consoante a ionização.

Ø  Outros processos de absorção dos fármacos: transporte activo, transporte facilitado, pinocitose, fagocitose.

Ø  Via de administração escolhida.

Ø  Estado fisiológico do local.

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL BIODISPONIBILIDADE DEPENDE

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2. Factores físico-químicos •  Natureza da forma em que se encontra o fármaco:

–  as formas L são mais activas do que as D ou os racematos. –  moléculas muito volumosas com alta hidrofilia e baixo coeficiente de partilha

O/A não podem ser administrados por via oral pois são degradados pelos sucos digestivos, por exemplo, insulina, aminoglicosídeos.

–  tetraciclinas + cálcio (leite) = atrasos na absorção. –  formação de complexos tornando os fármacos mais hidrossolúveis

•  Estado físico do fármaco –  Quanto menores as partículas maior a biodisponibiliade. O raio das

partículas e a viscosidade do sistema medicamentoso influenciam negativamente na difusão.

–  Estado físico dos fármacos ex: agulhas, placas, esferas, romboedros ou amorfos.

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL BIODISPONIBILIDADE DEPENDE

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3. Factores Farmacotécnicos •  Carga eléctrica do fármaco e a sua tendência para a complexação

com materiais inertes de carga oposta.

•  Reacções químicas com excipientes e adjuvantes

•  Viscosidade antes e após diluição nos sucos digestivos, etc.

•  Fixação por adsorção em recipientes plásticos ou em borrachas.

MEDICAMENTOS DE ACÇÃO GERAL BIODISPONIBILIDADE DEPENDE

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Vias  de  Administração  de  Medicamentos  

TÓPICA ou LOCAL   ENTERAL  

PARENTERAL  

E f e i t o   l o c a l ;   o  medicamento   é   aplicado  directamente   no   local   de  acção    

Efeito  sistémico  (não-­‐local);  recebe-­‐se  o  medicamento  via  tracto  digesJvo    

Efeito   sistémico;   recebe-­‐se   o  medicamento   por   outra   via  que  não  pelo  tracto  digesJvo.  

Injectável   Não-­‐Injectável  

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Vias  de  Administração  de  Medicamentos  TÓPICA ou LOCAL

  ENTERAL  ü aplicação  sobre  a  pele:        -­‐  Anestésicos  locais  ü Aplicação  sobre  as  mucosas:        -­‐  Inalatórios:  asma        -­‐  Gotas  okálmicas        -­‐  Sprays  nasais          -­‐  etc  

ü Via  oral  ou  per  os  ü Sublingual  ü Rectal  

 -­‐  MUCOSAS  �  Faringe  �  Traqueopulmonar  �  Genitourinária  �  ConjunJva  �  Bucal  �  Gástrica  �  IntesJnal  �  Rectal  

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Vias  de  Administração  de  Medicamentos  PARENTERAL  

Injectável   Não-­‐Injectável  

�  Intravenosa:  na  veia;  vários  fármacos  �  Intradérmica:  na  pele;  testes  a  alergenos  �  Subcutânea:  sob  a  pele;  insulina  �  Intramuscular:  no  músculo;  vacinas,  etc  �  Intrarraquídea::  nas  meninges  �  Intrapleural:  na  pleura  �  Intraperitoneal:  no  peritoneu  �  Intra-­‐arterial:  na  artéria;  tratamento  embolias  �  Etc    

 �Transdérmica  (difusão  através  da  pele  intacta),  p.  ex.  emplastro  para  terapia  da  dor    �  Inalatório,  p.  ex.  inalação  de  anestésicos  gerais    

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Vias  de  Administração  de  medicamentos  

ADMINISTRAÇÃO  CUTÂNEA    ü Obtenção  de  uma  acção  tópica  ou  sistémica.  

ü Sistemas  transdérmicos:  proporcionam  uma  excelente  penetração  da  pele  por  vários  fármacos,  os  quais  são  absorvidos  sistemicamente  (ex.  coronariodilatadores,  hormonas  (THS),  emplastros,etc)  

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Vias  de  Administração  de  medicamentos  Histologia  da  pele  

ü Estrutura  ü  duas   camadas   tecidulares   disJntas:   epiderme   (epitélio   pavimentoso  

estraJficado)  e  a  derme  (tecido  conjunJvo  denso).  

•  Temos  ainda:  –  Na   parte   mais   externa   da   epiderme   –   inducto   gorduroso   (ácidos   gordos,  

colesterol  livre  e  esterificado,  glicerídeos,  escaleno,  ..)  –  Ligado  à  derme  –  camada  de  tecido   laxo  subcutâneo,  habitualmente  rica  em  

tecido  adiposo,  a  qual  é  designada  por  hipoderme.  –  Por  toda  a  super>cie  temos  os  apêndices  cutâneos,  como  os  folículos  pilosos,  

glândulas  sebáceas  e  glândulas  sudoríparas.  

•  O   pH   da   pele   oscila   entre   5,5   e   7   (ácido   lácJco/lactato,   ácidos   dicarboxílicos   e  ácidos  gordos  das  glândulas  sebáceas  e  elementos  ácidos  da  queraJna).  

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Histologia da pele

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ADMINISTRAÇÃO  CUTÂNEA    

Principais  barreiras  a  atravessar      -­‐  Camada  córnea  com  a  película  lipídica      -­‐  Epiderme  

Circulação sanguínea

A espessura da camada córnea é menor a nível da invaginação correspondente á bainha do pêlo e na base do folículo

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ADMINISTRAÇÃO  CUTÂNEA    Classificação  das  preparações  quanto  ao  grau  de  penetração  cutânea:          -­‐  Epidérmicas  (cam.  superf.)          -­‐  Endodérmicas  (cam.  inf.)          -­‐  Diadérmicas  (cam.  int.)  

 Preparações  farmacêuCcas:  

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             Pomadas   propriamente   ditas,   cremes,   geles,   pastas,  emplastros,   cataplasmas,   loções,   linimentos,   sistemas  transérmicos.  

 

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Histologia da pele

1 – Infundíbulo piloso – ponto de menor resistência da superfície cutânea

2 – Conduto de excreção do sebo 3 – Colo da glândula sebácea 4 – Glândula sebácea 5 – Passagem transfolicular (2, 3, 4) 6 – Passagem transepidérmica (em

regra a penetração é menor do que em 2)

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ADMINISTRAÇÃO  CUTÂNEA  

Factores  que  afectam  a  absorção  medicamentosa    

1  -­‐  Solubilidade  em  lípidos  (poder  intrínseco  de  absorção  cutânea)  

–  piribenzamida  –  base  melhor  absorvida  que  a  forma  de  cloridrato  

 

2  -­‐  Hidratação  do  tegumento  cutâneo    

QueraJna  higroscópica  →  difusão  de  água  das  camada          inferiores  

         →  evaporação  para  a  atmosfera  

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Água

Livre Coacervatos

Solvente polar – compostos ionizáveis

Ureia

Oclusão – Acção da forma farmacêutica

Veículo – Natureza animal ≥ natureza vegetal ≥ natureza mineral

Lanolina; banha Azeite, óleos diversos Vaselina, parafina

Excipientes hidrosolúveis – associação a detergentes

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ADMINISTRAÇÃO  AURICULAR  

•  Considerada  em  conjunto  com  a  administração  cutânea,  uma  vez  que  o  canal  audiJvo  é  revesJdo  por  pele.  

•  DesJnada  à  obtenção  de  um  efeito  tópico  (acção  local)  

PREPARAÇÕES  FARMACÊUTICAS    

   -­‐  Soluções      -­‐  Suspensões      -­‐  Pós      -­‐  Aerossoles  

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ADMINISTRAÇÃO  AURICULAR  

MEDICAMENTOS MAIS COMUNS

Removedores do cerúmen (ex. H2O2 5-10V, óleo de amêndoas doces), anti-infecciosos (ex. cloranfenicol, tetraciclinas), anti-inflamatórios, analgésicos.

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ADMINISTRAÇÃO  POR  VIA  BUCAL  - Acção tópica

–  Gargarejos, colutórios, comprimidos ou pastilhas tópicas bucais, antissépticos, desinfectantes, desodorizantes, adstringentes.

- Acção sistémica (absorção através das mucosas). Via sublingual ou perlingual

Veias linguais

Jugular externa

®  Os fármacos absorvidos pela via sublingual passam directamente para a circulação geral, sem passarem pelo fígado.

®  A administração de medicamentos por esta via deve fazer-se antes das refeições (salivação reduzida, irrigação). As formas farmacêuticas usadas não devem conter edulcorantes.

®  Dissolução lenta ou rápida

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Absorção  sublingual  

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ADMINISTRAÇÃO  POR  VIA  GASTRINTESTINAL  (  per  os)  

–  Mais  correntemente  usada.  –  Acções  tópica,  local  e  geral.  –  Os  medicamentos  vão  seguir  um  circuito  semelhante  ao  

dos  alimentos.  –  Boca  —  (esófago)  —  estômago  —  intesJno  delgado  -­‐-­‐-­‐-­‐-­‐  

intesJno  grosso.  

•  Absorção:    –  Estômago  –  IntesCno  delgado    

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Estômago    

•  Não   está   adaptado   fisiologicamente   à   absorção   de   fármacos.   No  entanto,   alguns   são   capazes   de   ser   absorvidos   a   parJr   da   mucosa  estomacal  ex:  aspirina,  cafeína,  anJpirina.  

•  Alcalóides  +  bicarbonato  de  sódio  —  melhor  absorção  no  estômago.  •  Pretende-­‐se  que  o  fármaco  permaneça  o  mínimo  tempo  possível  no  

estômago  –  mais  rápida  acção  e  menor  inacJvação  –  Ingestão  de  apreciáveis  volumes  de  líquido  favorece  o  esvaziamento  gástrico  –  Paruculas  ténues  –  Soluções  de  baixa  pressão  osmóJca  (menos  concentradas)  –  Acidez  gástrica  –  Decúbitos  sobre  o  lado  direito  (evitam  refluxo)  

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1.  Passagem  para  o  tubo  digesJvo  pelo  esófago.  2.  Dissolução  do  medicamento  em  pequenas  paruculas.  3.  Absorção,  que  pode  ter  lugar  a  nível  do  estômago,  mas  que  se  leva  a  cabo  principalmente  no  intesJno.Uma  vez  absorvido  a  nível  da  circulação  sanguínea  o  fármaco  circula  através  do  corpo  e  penetra  nos  diferentes  tecidos.  O  metabolismo  dos  fármacos  leva-­‐se  a  cabo  principalmente  no  >gado.  

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IntesCno  delgado  

•  Fisiologicamente   adaptado   à   absorção   (grande   vascularização,  vilosidades,  válvulas  coniventes)  

•  Zona  duodeno  jejunal  (mais  propícia  à  absorção)  

•  Secreções:-­‐  pancreáJcas  (tripsina,  amilase,  lipase)        -­‐  bilis  (sais  biliares)        -­‐  suco  intesJnal  

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ADMINISTRAÇÃO  POR  VIA  GASTRINTESTINAL  (  per  os)  

Formas  gastro-­‐resistentes:  

-­‐  UJlizam-­‐se  quando  o  ataque  ao  medicamento  no  estômago  (pH  1-­‐3,5,  pepsina)  conduz  à  sua  destruição.  

-­‐  Quando  os  medicamento  é  agressivo  para  a  mucosa  gástrica.  

VANTAGENS  DA  VIA  GASTRINTESTINAL    ü  É  a  via  mais  aceitável  pelos  doentes  

ü  É  a  via  mais  natural,  menos  complicada,  mais  cómoda,  mais  segura  e    mais  económica.  

 ü  A  distribuição  do  fármaco  é  lenta,  evitando-­‐se  a  ocorrência  de  níveis  sanguíneos  

elevados  de  uma  forma  rápida.  

ü  Possibilidade  do  uso  de  lavagem  gástrica,  em  caso  de  intoxicação.  

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ADMINISTRAÇÃO  POR  VIA  GASTRINTESTINAL  (  per  os)  

 DESVANTAGENS  DA  VIA  GASTRINTESTINAL  

 q  Possibilidade  de  irritação  da  mucosa  gástrica.  

q  Variação  da  taxa  de  absorção  –   moJlidade  gastrointesJnal  –   tamanho  das  paruculas  e  formulação  –   factores  fisico-­‐químicos  –  interacção  com  outros  medicamentos  /ou  alimentos  –  destruição  de  alguns  fármacos  moJvada  pela  acção  das  enzimas  digesJvas  ou  

do  pH    

q  Efeito  de  primeira  passagem    

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ADMINISTRAÇÃO  POR  VIA  GASTRINTESTINAL  (  per  os)  

FORMAS  FARMACÊUTICAS  (VIA  GASTRINTESTINAL):  -­‐  Líquidas,  sólidas  e  pastosas.  

FORMAS  FARMACÊUTICAS  DE  LIBERTAÇÃO  CONTROLADA  A  velocidade  de  absorção  do  fármaco  depende,  em  parte,  da  sua  

velocidade  de  dissolução  nos  líquidos  gastrintesJnais.    VANTAGENS  DAS  F.F.  DE  LIBERTAÇÃO  CONTROLADA:  

-­‐  Redução  na  frequência  de  administração,  -­‐  Maior  adesão  à  terapêuJca  por  parte  do  doente,  -­‐  Manutenção  do  efeito  terapêuJco  durante  a  noite,  -­‐  Menor  incidência  de  efeitos  indesejáveis.    

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ADMINISTRAÇÃO  RECTAL  •  Acção  tópica  e  acção  geral  (ex.  barbitúricos,  anJbióJcos,  anJ-­‐tússicos).  •  ConsJtui  uma  boa  via  de  administração.  •  pH  da  ampola  rectal:  6,8  -­‐  7,2.  •  Sangue  drenado  pelas  veias  hemorroidais:  

-­‐  Superiores:  drenam  para  a  veia  porta  hepáJca.  -­‐  Médias  e  inferiores:  drenam  directamente  para  a  veia  cava  inferior.  

 VANTAGENS  DA  VIA  RECTAL:  

 •  Passagem  de  uma  certa  quanJdade  de  fármaco  directamente  à  

circulação  geral,  escapando  à  biotransformação  hepáJca;  •  O  fármaco  não  sofre  transformações  químicas  devido  aos  sucos  

digesJvos,  

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ADMINISTRAÇÃO  RECTAL    •   Possibilidade  de  administração  de  produtos  mal  suportados  pela  via  oral  

(  preparações  com  mau  cheiro,  mau  sabor,  irritantes  gástricas),  •   Facilidade  de  administração  (pediatria,  geriatria),  •   SubsJtuição  da  via  parentérica,  quando  a  administração  oral  está  contra-­‐

indicada  ou  é  inacessível.  

 FACTORES  DOMINANTES  NA  ABSORÇÃO  DE  FÁRMACOS  POR  VIA  RECTAL    

•   São  os  mesmos  que  regulam  a  absorção  por  outras  mucosas:  -­‐  Coeficiente  de  parJlha  O/A  da  forma  não  ionizada  da  molécula,  -­‐  Grau  de  ionização.  

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ADMINISTRAÇÃO  RECTAL  

ACÇÃO  TÓPICA    

§  A  administração  rectal  pode  também  servir  para  esJmular  o  reflexo  da  defecação   (por   acção   irritante   sobre   a   mucosa)   (ex.   supositórios   de  glicerina-­‐gelaJnada).  

§  Pode  desJnar-­‐se   também  à  aplicação   tópica  de  medicamentos,   regra  geral,  anJ-­‐inflamatórios  (quer  esteróides,  quer  adstringentes).    

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ADMINISTRAÇÃO  NASAL    •  Administração  fácil.  

•  Acção  tópica  e  acção  geral.  

•  Grande  vascularização  da  mucosa,  logo,  consJtui  uma  boa  via  de  absorção  de  fármacos  e,  em  parJcular  de  hormonas  proteicas.  

•  A  absorção  nasal  processa-­‐se  nos  mesmos  moldes  que  a  absorção  por  outras  mucosas.  

•  A  via  nasal    é  preferentemente  uJlizada  para  a  administração  tópica  de  medicamentos  anJ-­‐infeciosos,  vasoconstrictores,  anJcongesJvos.  

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ADMINISTRAÇÃO  NASAL  

PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS PARA ADMINISTRAÇÃO NASAL

- Soluções aquosas (gotas e aerossoles), - Soluções oleosas, - Pomadas.

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ADMINISTRAÇÃO  TRAQUEOPULMONAR  

•  Administração  medicamentosa:    -­‐  Traqueia    -­‐  Brônquios    -­‐  Epitélio  alvéolo-­‐pulmonar.  

 •  Acção  tópica  (broncodilatadores)  e  acção  geral  (anestésicos  gerais).  

•  As  mucosas  traqueal  e  brônquica  e  o  epitélio  alveolar  são  facilmente  permeáveis,  permiJndo  a  absorção  de  compostos  voláteis  ou  de  dispersões  de  sólidos  ou  de  líquidos  numa  fase  gasosa  (aerossoles).  

•  Os  fármacos  absorvidos  por  esta  via  escapam  à  barreira  hepáJca.  

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ADMINISTRAÇÃO  TRAQUEOPULMONAR  

•  A   principal   vantagem   desta   via   é   a   de   permiJr   a   aplicação   tópica   de  agentes  farmacológicos  em  determinadas  zonas  do  tracto  respiratório.  

•  A   passagem   pelas   vias   respiratórias   e   o   local   aJngido   dependem   do  diâmetro  das  paruculas  dispersas.  

MEDICAMENTOS  ADMINISTRADOS  POR  VIA  TRAQUEOPULMONAR  

   Anestésicos  gerais  voláteis,  anJasmáJcos,  anJ-­‐infeciosos,  etc.  

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ADMINISTRAÇÃO  TRAQUEOPULMONAR  

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ADMINISTRAÇÃO  OCULAR  

•  Medicamentos  administrados  na  região  ocular:      -­‐  Soluções  aquosas,      -­‐  Soluções  oleosas,      -­‐  Suspensões,      -­‐  Pomadas.  

 COLÍRIO  

 •  Qualquer  preparação  farmacêuJca  que  se  aplique  na  mucosa  ocular.  

•  A  maioria  dos  autores  reservam  o  termo  para  as  preparações  líquidas,  denominando  pomadas  okálmicas  os  colírios  pastosos.  

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ADMINISTRAÇÃO  OCULAR  

NOVOS  SISTEMAS  TERAPÊUTICOS  OFTÁLMICOS         Formas   farmacêuJcas   preparadas   para   a   obtenção   de   uma   libertação  regular   das   substâncias   medicamentosas,   permiJndo   uma   acção  terapêuJca  constante  e  prolongada.  

 

 AS  F.F.  PARA  A  ADMINISTRAÇÃO  OCULAR  DEVEM  SER:    

1.  Estéreis,  2.  pH  próximo  da  neutralidade,  3.  Isotónicas  

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ADMINISTRAÇÃO  OCULAR  

Ø  A  administração  por  via  ocular  é  geralmente  uJlizada  para  a  obtenção  de  efeitos  tópicos.    

Ø  As   preparações   geralmente   incluem   fármacos   com   acções  anJ-­‐inflamatórias,   mióJcas,   midriáJcas,   anestésicas   locais,  vasoconstrictoras,  vasodilatadoras,  anJ-­‐infeciosos,  etc.  

Ø Os   fármacos   podem   ser   absorvidos   principalmente,   pelos  vasos  da  conjunJva.  

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ADMINISTRAÇÃO  GENITOURINÁRIA  

Administração  através  da  uretra,  bexiga,  vagina  e  útero.    

Bexiga  e  uretra:      ü  São  formações  desJnadas  à  excreção,  as  suas  mucosas  são  fisiologicamente  

inadaptadas  à  absorção;  

ü  São  uJlizadas  para  a  administração  de  medicamentos  tópicos;  

ü  Caso  haja  inflamação  da  mucosa  pode  ocorrer  acidentalmente  absorção;  

ü  As  velas  medicamentosas  consJtuem  uma  forma  farmacêuJca  desJnada  a  desenvolver  uma  acção  tópica,  geralmente  anJ-­‐infecciosa,  na  uretra.  

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ADMINISTRAÇÃO  GENITOURINÁRIA  

 Vagina:      ü  A   mucosa   vaginal   apresenta   alguma   capacidade   de   absorção,  

permiJndo  aos  fármacos  absorvidos  escapar  à  barreira  hepáJca.  

ü  Geralmente   a   mucosa   vaginal   desJna-­‐se   à   aplicação   de  medicamentos   (óvulos,   comprimidos   e   pomadas)   de   acção   local  (ex.  adstringentes,  cicatrizantes,  queratoplásJcos,  etc.)  

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ADMINISTRAÇÃO  GENITOURINÁRIA  

Útero:    ü  Devido   à   sua   elevada   vascularização   pode   permiJr   uma   absorção  

medicamentosa  acidental  ou  propositada.  

ü  Nos  períodos  pós-­‐parto  e  pós-­‐menstrual  a  capacidade  de  absorção  pelo  útero  encontra-­‐se  incrementada.  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

•  Administração  injectável.  

•  Acção  geral.  

•  Fármacos  directamente  na  corrente  sanguínea:VIA  ENDOVENOSA  

•  Outras  vias  de  administração  parenteral:    

     -­‐intramuscular        -­‐  subcutânea        -­‐  intradérmica        -­‐  etc.    

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  REQUISITOS  FUNDAMENTAIS:  

     1.  Esterilidade      2.  pH        3.  Tonicidade      4.  Apirogenia.  

 VANTAGENS  DA  VIA  INJECTÁVEL  

 Ø  Promovem  um  efeito  rápido  e  preciso  do  medicamento.  Ø  AlternaJva  à  via  oral  quando  esta  está  obstruída  ou  interdita.  

INCONVENIENTES    

Ø  Necessita  de  um  técnico  habilitado  para  promover  a  administração,  Ø  É  dolorosa  Ø  Pode  promover  a  destruição  dos  tecidos  quando  a  administração  é  repeJda.  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA  ENDOVENOSA  OU  INTRAVENOSA  

 v  O  fármaco  é  lançado  de  um  modo  imediato  e  preciso  através  de  uma  veia  na  

circulação  sanguínea.  

v  Não  há  possibilidade  de  retroceder  após  a  administração.  

v  Necessidade  de  acção  imediata  do  medicamento;  

v  Necessidade  de  injectar  grandes  volumes  –  hidratação  

v  Introdução  de  substâncias  irritantes  de  tecidos  

v  Colheita  de  sangue  para  análises  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA  ENDOVENOSA  OU  INTRAVENOSA  

 

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

PREPARAÇÕES  FARMACÊUTICAS  I.V.  

Ø  As partículas apresentam diâmetros < a 7 µm (geralmente de 1- 2 µm)

Ø  Volumes de líquido injectados: 1 a 1000 ml -  Injectáveis de pequeno volume e de grande volume.

Ø  Só são utilizadas em casos extremos.

VIA ENDOVENOSA OU INTRAVENOSA

Ø Não  oleosos  

 Preparações  aquosas,  geralmente  sob  a  forma  de  solução    Suspensões  aquosas    Emulsões  O/A  

 Ø Não  deve  conter  cristais  visíveis  em  suspensão  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA  SUBCUTÂNEA  OU  HIPODÉRMICA  

     

Ø Os  medicamentos  são  administrados  debaixo  da  pele,  no  tecido  subcutâneo.  

Ø Os  fármacos  não  devem  ser  irritantes  para  a  mucosa  (não  devem  produzir  dor,  necrose,  descamação).  

Ø Usada  para  administração  de  vacinas  (anJ-­‐varicela  e  anJ-­‐sarampo),  anJcoagulantes  (heparina)  e  hipoglicemiantes  (insulina)    Ø A  velocidade  de  absorção  lenta  —  efeito  prolongado.  

Ø Medicamentos  líquidos  ou  sólidos  (pellets).  

Ø Volumes  administrados:  0,3  a  1ml.  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA  SUBCUTÂNEA  OU  HIPODÉRMICA  

     

Locais  onde  há  mais  acumulação  de  gordura  nos  homens  e  nas  mulheres  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA  SUBCUTÂNEA  OU  HIPODÉRMICA  

     

 Ø infecções  inespecíficas  ou  abcessos  

Ø formação  de  tecido  fibróJco  

Ø embolias  -­‐  por  lesão  de  vasos  e  uso  de  fármacos  oleosos  ou  em  suspensão  

Ø lesão  de  nervos  

Ø úlceras  ou  necrose  de  tecidos  

Ø fenómeno  de  Arthus  -­‐  formação  de  nódulos  devido  injecções  repeJdas  no  mesmo  local  

COMPLICAÇÕES  DAS  INJECÇÕES  SUB-­‐CUTÂNEAS  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA  INTRADÉRMICA  

     

ü Via  muito  restrita  

ü Pequenos  volumes  -­‐  de  0,1  a  0,5  mililitros  

ü Usada  para  reacções  de  hipersensibilidade  

ü Provada  tuberculina  

ü Teste  de  sensibilidade  de  algumas  alergias  

ü aplicação  de  BCG  (vacina  contra  tuberculose)  -­‐  na  inserção  inferior  do  músculo  deltóide  -­‐  uso  mundial  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA  INTRADÉRMICA  

     

Ø Local  mais  apropriado:  face  anterior  do  antebraço    pele  glabra    pouca  pigmentação    pouca  vascularização    fácil  acesso  para  leitura  

 

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA INTRAMUSCULAR

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

Ø  O  medicamento  é  injectado  num  músculo.    Ø  Músculo  escolhido  (nádega,  coxa,  espádua)  

–  deve  ser  bem  desenvolvido  –  ter  facilidade  de  acesso  –  não  possuir  vasos  de  grande  calibre,  mas  deve  ser  bem  vascularizado  –  não  ter  nervos  superficiais  no  seu  trajecto  

   

Ø  Via  muito  uJlizada,  devido  absorção  rápida    Ø  Medicamentos  líquidos:  

   -­‐  Soluções  aquosas  ou  oleosas,      -­‐  Suspensões  aquosas  ou  oleosas,      -­‐  Emulsões  O/A  ou  A/O  

 Ø  Volumes  administrados:  1-­‐  5  ml  (nunca  deve  ultrapassar  os  10ml).  

VIA INTRAMUSCULAR

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA INTRAMUSCULAR

Volume  injectado  -­‐  depende  da  estrutura  muscular    

região  deltóide  -­‐  de  2  a  3  mililitros  região  glútea  -­‐  de  4  a  5  mililitros  músculo  da  coxa  -­‐  de  3  a  4  mililitros  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

VIA  INTRA-­‐ARTERIAL    

-­‐  O  medicamento  é  administrado  numa  artéria  (subclávia  ou  femural)  

-­‐  Exige  grande  experiência  por  parte  de  quem  procede  à  administração.  

-­‐  Usada  fundamentalmente  para    a  administração  de  agentes  de  contraste  radiológico  (arteriografia).  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

Ø  Injecção  do  medicamento  no  canal  raquidiano:      -­‐  Via  subaracnoidea  ou  intratecal,      -­‐  Via  epidural  ou  peridural.  

 Ø JusJfica-­‐se  esta  via  pela  di>cil  passagem  de  fármacos  para  o  tecido  nervoso  (barreira  hemato-­‐encefálica).  

 

Preparações  farmacêuCcas    Soluções  aquosas  (não  podem  conter  conservantes).  

VIA INTRARRAQUÍDEA

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

 v Espaço  subaracnoideo.  

v Líquido  céfalo-­‐raquidiano  (LCR):      *  Volume:  80-­‐150  ml      *  Límpido,  incolor      *  pH:  7,14  a  7,50        *  Ligeiramente  mais  viscoso  que  a  água      *Pressão  entre  4,15  mmHg  a  15  mmHg      *  Composição:  proteínas,  ureia,  ácido  úrico,  creaCna,  glucose  e  sais  minerais.  

VIA  SUBARACNOIDEA  OU  INTRATECAL  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

v  A   espinal   medula   termina   sensivelmente,   ao   nível   da   primeira  vértebra   lombar,   transportando-­‐se   num   filamento  muito   estreito  ("filum  terminale")  

v  A   injecção   é   efectuada   na   zona   correspondente   ao   2º,   3º   e   4º  espaço  intervertebral.  

v  Volume   aquoso   injectado   no   espaço   subaracnoideo   deverá   ser  inferior  a  10  ml.    

VIA  SUBARACNOIDEA  OU  INTRATECAL  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

 v O  espaço  epidural  ou  peridural  localiza-­‐se  entre  a  dura-­‐máter  e  a  parede  do  canal  raquidiano.  

v Menos  perigosa  que  a  via  intratecal.  

v Usada  em  regra,  para  anestesia  dos  membros  inferiores  e  da  pequena  bacia  (RAQUIANESTESIA)  

v Volumes  usados:  20  a  30  ml.  

VIA  EPIDURAL  OU  PERIDURAL  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  VIA  EPIDURAL  OU  PERIDURAL  

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

ü  Peritoneu:  membrana  serosa  que  recobre  as  paredes  da  cavidade  abdominal  e  os  órgãos  nela  conJdos.  Área  de  22  000  cm2.  

ü  O  medicamento  é  injectado  na  cavidade  peritoneal.  

ü  A  absorção  processa-­‐se  por  via  linfáJca  e  sanguínea.  

ü  Via  pouco  uJlizada  em  medicina  humana.  

ü  Usada  correntemente  em  medicina  experimental  para  avaliar  a  toxicidade,  a  imunogenicidade  e  o  efeito  farmacológico  dos  fármacos  em  animais.    

VIA INTRAPERITONEAL

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ADMINISTRAÇÃO  PARENTERAL  

   

Ø Pleura:  Membrana   serosa   que   ,   em   cada   hemitorax   reveste   o  pulmão  e  a  parede  torácica.  As  duas  pleuras  são  independentes  contactando   entre   si   apenas   numa   pequena   extensão   retro-­‐esternal.  

Ø A   injecção   de   um  medicamento   na   cavidade   pleural   promove  uma  rápida  absorção  dos  fármacos.    

VIA INTRAPLEURAL

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Peritoneu   Pleura-­‐1