Fasciculo 7 Linguagens e Codigos

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INTRODUÇÃO

Nesta seção, temos como objetivo geral o estudo de aspectos relevantes da análise literária. Primeiramente, faremos uma abordagem sucinta acerca das características da linguagem em função estética, componente fundamental do texto literário, e em função utilitária, que tem a f nalidade de transmitir o conhecimento para permitir a comunicação social. Depois , partindo de uma análise de um poema de Manuel Bandeira, apresentamos-lhe um modelo de leitura e interpretação essencial para ajudá-lo a desvendar as questões do Enem.

OBJETO DO CONHECIMENTO

Texto literário e não literárioA linguagem em função utilitária aspira a ser denotativa

(sentido real, dicionário), enquanto a linguagem em função estética procura a conotação (sentido fi gurado ou virtual). Por isso, vale-se largamente de mecanismos como a metáfora e a metonímia. Gregório de Matos, por exemplo, depois de ter defi nido num soneto a vaidade como rosa, planta e nau, mostra, valendo-se de metáforas e de metonímias, que a vaidade é inútil porque a vida é passageira: “Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa / De que importa, se aguarda sem defesa / Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa.” O rochedo (penha) acaba com a nau; o instrumento cortante (ferro) com a planta; a tarde, com a rosa, que é efêmera como o dia.

No uso estético da linguagem, procura-se desautomatizá-la, ou seja, criar novas relações entre as palavras, estabelecer associações inesperadas e estranhas. Isso torna singular a combinatória das palavras. Enquanto a linguagem em sentido utilitário pretende ter um sentido único, a linguagem em função estética é plurissignifi cativa.

A produção de um texto literário implica:• a valorização da forma, visando à exploração de recursos

expressivos da linguagem (fi guras de linguagem ou estilo);• a refl exão sobre o real;

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

7Fascículo

ENEM EM FASCÍCULOS - 2013

Neste fascículo de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, daremos continuidade ao trabalho iniciado no fascículo 3, abordando a interpretação

de textos literários e não literários e linguagem corporal por meio das danças . Na produção textual, trataremos do planejamento para a

elaboração da introdução de sua redação . Na linguagem estrangeira moderna (LEM), prosseguimos com a abordagem da Interpretação

Textual, trabalhando as habilidades H5, H6 e H8.

Bom estudo para você!

CARO ALUNO

• a reconstrução da linguagem;• a plurissignifi cação, cuja base é a conotação ou sentido

fi gurado da palavra;• a intangibilidade da organização linguística.

Exemplos de textos não literários: notícias e reportagens jornalísticas, textos de livros didáticos de História, Geografi a, Ciências, textos científi cos em geral, receitas culinárias, bulas de remédio.Exemplos de textos literários: poemas, romances literários, contos, novelas.

A interpretação de um texto literário

Examinemos agora um breve poema de Manuel Bandeira.

Irene no céu Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor.Imagino Irene entrando, no Céu:— Licença, meu branco!E São Pedro bonachão:— Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

O texto centraliza-se na exaltação da humildade e da simplicidade, à luz do Cristianismo. Remete também a uma realidade social brasileira, não apenas na vinculação a tal dimensão de religiosidade, mas ainda a uma atitude paternalista em relação ao negro, revelada na caracterização de Irene, no comportamento a ela atribuído diante de São Pedro bonachão e na reação do santo porteiro do Céu à sua atitude.

O poema mobiliza elementos de nossa emoção relacionados com a formação cristã e com certos comportamentos sociais que, como brasileiros, nos são peculiares.

Observe-se que a humildade e a simplicidade depreendidas dos versos não se confi guram apenas na parte de sentido de cada palavra que corresponde à representação do mundo, mas, sobretudo, na parcela de signifi cação que nelas corresponde à capacidade de manifestar estados de alma e exercer uma atuação sobre o próximo. O sentido do texto emerge do ambiente linguístico em que os termos se inserem. Estes não reenviam necessariamente a uma realidade passível de ser comprovada de forma imediata. A “verdade” que neles se consubstancia funda-se na coerência.

Enem em fascículos 2013

3Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

O poema, ainda que capte algo da realidade, é o que é porque foi feito como foi feito. Irene, essa Irene, passa a “viver” a partir de sua presença nesse texto, por força da linguagem de que este último se faz, em que alguns procedimentos se destacam em relação ao uso da língua portuguesa. O autor valeu-se de termos do falar cotidiano; reproduziu formas da fala coloquial despreocupada: ao atribuir ao santo o emprego da forma “entra”, em lugar de “entre”, exigida pelo tratamento você, afastou-se da norma culta da língua, em nome do efeito expressivo. Por norma, nesse sentido, entenda-se, como registra o Dicionário de Linguística e Gramática de Joaquim Mattoso Câmara Jr., “o conjunto de hábitos linguísticos vigentes no lugar ou na classe social mais prestigiosa do país”. De forma mais ampla, a norma pode ser caracterizada como um sistema de realizações obrigatórias consagradas do ponto de vista social e culturalmente não corresponde ao que se pode dizer, mas ao que já se disse e tradicionalmente se diz na comunidade considerada. Em se tratando de Bandeira, o aparente “erro” ajuda a traduzir a naturalidade e a afetividade que marcam as palavras de São Pedro. O adjetivo “bonachão” e a simplicidade da expressão “— Licença, meu branco!” – popular, típica, coloquial – como que autorizam a forma “entra”. Por outro lado, para dar maior autenticidade ao que revela, o poeta recorreu ao diálogo; dividiu a composição em duas estrofes: a primeira centrada na caracterização da fi guração de Irene; a segunda, feita de elipses e entoação, vinculada à caracterização de São Pedro e à ação de ambos, exigindo maior participação do leitor para melhor captar o que no poema se comunica. Os versos se fazem de emoção subjetiva, trazem elementos narrativos e até traços típicos da linguagem dramática. Na sua feitura, nota-se, além disso, o aproveitamento do falar simples da gente simples do Brasil, que ganha condição de linguagem literária.

No texto de Bandeira, literário que é, inter-relacionam-se, interdependem-se elementos fônicos, ópticos, sintáticos, morfológicos, semânticos, formando um conjunto de relações internas, por meio das quais se revela uma realidade que não preexiste ao poema, a não ser como potencialidade. Caracteriza-se uma perspectiva existencial relacionada com o complexo cultural de que essa manifestação literária é representativa, a partir das vivências de um escritor brasileiro. Confi gura-se um posicionamento ideológico na visão de mundo do autor.

QUESTÃO COMENTADACompreendendo a Habilidade– Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos

linguísticos.

C-7H-22

O poeta brasileiro que transita sua poesia pelas artes plásticas é Manoel de Barros. Como muitos artistas, ele é fascinado com os girassóis do pintor holandês Van Gogh (1853-1890):

• Vejamos o texto:

OS GIRASSÓIS DE VAN GOGH

Hoje eu vi

Soldados cantando por estradas de sangue

Frescura de manhãs em olhos de crianças

Mulheres mastigando as esperanças mortas

Hoje eu vi homens ao crepúsculo

Recebendo o amor no peito.

Hoje eu vi homens recebendo a guerra

Recebendo o pranto como balas no peito

E como a dor me abaixasse a cabeça,

Eu vi os girassóis ardentes de Van Gogh.

BARROS, Manoel de. Gramática expositiva do chão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1990. p.60.

E, em 1994, no O Livro das ignorãças , Manoel de Barros anota:

Um girassol se apropriou de Deus: foi em Van Gogh.

BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993. p.17.

Nos textos abaixo, Manoel de Barros pratica intertextualidade

com as artes plásticas, excetuando-se:

a) Deus deu a forma. Os artistas desformaram.

É preciso desformar o mundo:

Tirar da natureza as naturalidades.

Fazer cavalo verde, por exemplo.

Fazer noiva camponesa voar – como em Chagall.

b) – Botar afl ição nas pedras

(Como fez Rodin).

c) Miró precisava de esquecer os traços e as doutrinas que

aprendera nos livros.

Desejava atingir a pureza de não saber mais nada.

d) Eu hei de nome Apuleio.

Esse cujo eu ganhei por sacramento.

Os nomes já vêm com unha?

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4 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

e) Arthur Bispo do Rosário se proclamava Jesus. (...) Descobri entre seus objetos um buquê de pedras com flor. Esse Arthur Bispo do Rosário acreditava em nada e em Deus.

Comentário

A alternativa D não faz referência a um artista plástico , mas a um nome homônim o do esc ritor la tino Luci o Apuleio (125-180), que, em suas obras burlescas , como O asno de ouro , mesclava aspectos eróticos e místicos . Nas demais opções , vê-se intertextualidade, entre a poética do poeta de Cuiabá e os quadros de Chagall, Miró e as esculturas de Rodin, além de fazê-la com a obra do artista plástico de Arthur Bispo do Rosário , “tido como louco, morador de hospício , cuja obra é resultado de costuras de fragmentos de tecidos e objetos de uso pessoal, bem como a linha utilizada para uni-los, poética com a qual a obra de Manoel de Barros tem muito em comum”, como já observou a professora Maria Adélia Menegazzo, em Poética visual de Manoel de Barros.

Resposta correta: D

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Compreendendo a Habilidade– Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos

de construção do texto literário.C-5

H-16

POÉTICA

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportado

...

Abaixo os puristas

.....

Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbedos

O lirismo difícil e pungente dos bêbedos

....

Não quero mais saber do lirismo

que não é libertação.Manuel Bandeira.

01. O poema de Manuel Bandeira, que representa o movimento modernista brasileiro de 1922:a) propõe, embora implicitamente, um retorno ao lirismo

próprio do Romantismo.b) torna explícita a recusa à estética “regulada” e “previsível”

de propostas literárias anteriores.c) mostra-se contrário a toda e qualquer manifestação de

lirismo na literatura nacional.d) destaca a qualidade estética do lirismo clássico, o único

capaz de “libertar”.e) faz ressalvas ao lirismo que era proposto por outras

fi guras do cenário estético modernista.

Compreendendo a Habilidade– Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos

linguísticos.C-7

H-22

• Leia os textos a seguir para resolver a questão 02.

Carlos Drummond de Andrade tem muitos poemas abordando o cinema. Em julho de 1977, morre a atriz Joan Crawford, que após ter encerrado sua carreira, tornou-se executiva da Pepsi-Cola. Abaixo, duas fotos da atriz.

Joan Crawford: in memoriam

No fi rmamento apagadonão lucilam mais estrelas de cinema. Greta Garbopasseia incógnita a solidão de sua solitude. Marlene Dietrichquebrou a perna mítica de Valquíria. Joan Crawfordprodutora de refrigerantes, o coração a matou. O cinema é uma fábula de antigamente(ontem passou a ser antigamente)contada por arqueólogos de sonho, em estilo didático,a jovens ouvintes que pensam em outra coisa.O nome perdura. Também é outra coisa.Tudo é outra coisa, depois que envelhecemos. E não há mais deusas e deuses. Há fi gurinhas móveis, falantes, coloridas, projetadasdo interior da casa. Não saem nunca mais, enquanto se esvazia o céu da Gréciadentro de nós – azul já negro ou neutra-cor. Joan, não beberei por ti, à guisa de luto, nenhum líquido fácil e moderno.Sorvo tua lembrança a lentos goles.

ANDRADE, Carlos Drummond. Discurso da primavera e outras sombras. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, p.53.

02. Assinale o trecho do poema de Drummond que remeta à juventude de Joan Crawford.a) Tudo é outra coisa, depois que envelhecemos.b) Produtora de refrigerantes, o coração a matou.c) Sorvo tua lembrança.d) Passeia incógnita a solidão de sua solitude.e) Joan, não beberei por ti, à guisa de luto, nenhum líquido

fácil e moderno.

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5Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

DE OLHO NO ENEM

JORGE AMADO

Até o dia 22 de julho, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, abriga a exposição “Jorge Amado Universal”, que celebra o centenário do escritor, nascido em 10 de agosto de 1912 e falecido em 06 de agosto de 2001.

A exposição está dividida por módulos que abrigam características e curiosidades acerca dos personagens amadianos. A organização evitou utilizar imagens das adaptações das obras de Jorge Amado para teatro, cinema ou TV, como tentativa de valorizar o imaginário dos visitantes.

Os visitantes encontram diversas surpresas na exposição e contam com curiosidades sobre a vida pessoal de Jorge Amado, seu gosto pela política e o processo de criação de seus personagens.

BOAS NOTÍCIAS

A exposição que homenageia o autor de grandes clássicos da nossa literatura, como Capitães da Areia , Gabriela, Quincas Berro d’Água , Dona Flor e seus Dois Maridos, também marcará presença em outros es tados do Bras i l .Os personagens mais queridos de Jorge Amado poderão ser prestigiados em mais oito capitais e cidades do exterior, como Buenos Aires. Logo depois de São Paulo, a exposição desembarca no Museu de Arte Moderna da Bahia.

Exposição: JORGE, AMADO E UNIVERSAL

O livro Romântico, sedutor e anarquista – Como e por que ler Jorge Amado hoje, de Ana Maria Machado, publicado pela Editora Objetiva, apresenta uma importante refl exão sobre a vida e a obra de Jorge Amado e a importância histórica do material. Para quem tem interesse em conhecer a fundo as perspectivas literárias e políticas desse grande autor, sem dúvida, deve ter esse livro na estante.

Com um texto ao mesmo tempo erudito e acessível, Ana Maria Machado promove neste ensaio um encontro fértil do leitor com a obra de Amado, longe dos caminhos batidos da crítica apressada. “Parti de uma conjectura concreta, baseada na lembrança de todas as minhas leituras anteriores do romancista baiano e do papel quase legendário de que sua presença é popularmente investida em nossas letras.

Essa premissa foi a hipótese de que a obra de Jorge Amado ajuda a lançar luz sobre alguns aspectos da identidade nacional que nem sempre, ou raramente, fi cam em primeiro plano em nossa literatura. E, no entanto, eles também nos caracterizam”, explica a autora.

Disponível em: http://redes.moderna.com.br

INTRODUÇÃO

O domínio das linguagens como instrumentos de comunicação, interação e negociação de sentidos é fundamental para o desenvolvimento das relações entre os indivíduos . Esse processo de articulação de signif cados e suas representações variam de acordo com os diferentes contextos culturais , as necessidades e experiências da vida em sociedade e utilizam-se das mais diferentes formas de expressão. Dentre elas, destaca-se a linguagem corporal, um canal de comunicação não verbal que assume relevância nos processos da comunicação humana, permitindo organizar uma visão de mundo mediada pelos inúmeros elementos lúdicos e estéticos. Nesse sentido, a linguagem corporal é, indiscutivelmente, um veículo de comunicação e, mais ainda, é uma forma de estar e ser no mundo , tornando o homem um ser portador da razão , emoção e imaginação. Invocar a corporeidade/motricidade é de capital importância para as práticas de linguagens do indivíduo em sociedade, já que promove sua inserção no contexto cultural e desenvolve a sua relação com o espaço.

OBJETO DO CONHECIMENTO

A Linguagem do corpo – As Danças

Compreendida como um importante componente de identidade cultural, a dança acompanha a história da humanidade desde suas origens, funcionando como importante meio de comunicação e expressão humanas. Supõe-se que as primeiras manifestações de expressões corporais datam de cerca de 10.000 anos atrás. A tese está assentada a partir de registros de fi guras encontradas em cavernas na Espanha e na França como os primeiros indícios da dança. Nesse período, a expressão corporal estava associada a um ato ritualístico, como parte do sagrado, ato ou efeito de consagrar através de uma cerimônia.

Observe a imagem.

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6 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Na Grécia Antiga, as danças estavam presentes nas diferentes atividades do cotidiano do homem. Foi para honrar o deus Dionísio que apareceram os primeiros grupos de dança e foram compostos os primeiros Ditirambos (poesia lírica que exprime entusiasmo ou delírio).

Durante o Império Romano, as danças pareciam ter um caráter mais claro e específi co, pois estavam divididas por categorias, tais como: dança agrária, dança guerreira (Em honra a Marte, deus da guerra) e dança sagrada. Com a infl uência dos helenos, as origens religiosas foram esquecidas e as danças passaram ser recreativas.

No Egito, 20 séculos antes da Era Cristã, já se realizavam as chamadas danças astroteológicas em homenagem ao deus Osíris.

O suporte e a base material das dançasO suporte para a prática da expressão corporal,

em especial a dança, é o aparelho biomecânico do corpo, em sua estrutura muscular e em suas articulações ósseas. A dramaticidade do corpo é resultado da manipulação desse aparelho em suas dinâmicas de movimento, produzindo informações. Já a base material é a relação signo-objeto-interpretante, apresentada pela figura humana em suas possibilidades de movimento, de acordo com convenções comportamentais, arquétipos, mitos e associações cotidianas.

Funções das dançasA linguagem corporal é um importante elo de integração

entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. Amparados nessa constatação, considera-se que o corpo é um conjunto fantástico de estruturas e funções complexas e sutis que, através de movimentos, propõe uma linguagem carregada de simbologias e representações. Desse modo, suas funções se multiplicam em um leque de possibilidades na relação do homem com o mundo, com o outro e consigo mesmo.• Função artístico-estética.• Função psicomotora (cognitiva, física e afetiva).

• Função preventiva e terapêutica no processo de educação, prevenção e tratamento de doenças.

• Função sociointeracionista.• Função criadora no processo de liberação da imaginação e

da expressividade.• Função social no processo de inclusão.

Os estilos de dançasHá diferentes modalidades de danças em nossa

sociedade, da dança voltada ao lazer aos rituais das danças do terreiro; das danças teatrais ou artísticas às danças populares de natureza folclórica. É importante destacar que, em todos esses tipos de danças, há um contexto espaço-temporal relacionado à pluralidade cultural, pois elas “expressam e comunicam conceitos e vivências de diferentes épocas e espaços geográfi cos” (MARQUES, Isabel – Dançando na escola, p.38). A seguir, destacamos quatro grandes modalidades de danças.• Danças clássicas.• Danças de salão.• Danças modernas.• Danças folclóricas.

Disponível em: ministerioadoraocomdancasshammah.blogspot.com

Especif cando algumas danças

Disponível em: al.mt.gov.br

Balé clássicoOrganizada sobre rígidos

cânones estéticos, essa dança surge na corte de Catarina de Médicis quando do seu casamento com o rei da França, Henrique III. Ela trouxe da Itália o artista Baldassarino Belgioso. Foi esse coreógrafo que transformou o balé de corte em balé teatral. Sua primeira grande montagem de balé teatral na França foi o Ballet Comique de la Reine, em 1581, inaugurando o espaço palaciano que conformará os inícios do que será reconhecido, já no século seguinte, como o balé clássico. O balé clássico, desde então, passará por inúmeras modifi cações estilísticas, que caracterizaram momentos históricos como o Barroco, o Rococó, o Neoclassicismo, o Romantismo e ainda suas manifestações nos fi ns do século XIX e as variações diversas no mundo contemporâneo.

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Danças de salãoOriginaram-se nos bailes da nobreza europeia, em

especial na corte francesa do rei Luis XIV, e se referem a diversos tipos de danças executadas por um casal de dançarinos. As danças de salão são praticadas socialmente, nos bailes e reuniões sociais, como forma de entretenimento, integração social e, competitivamente, como desporto.

Algumas danças de salão

Foxtrote – surgiu em 1913 em Nova Iorque (Estados Unidos) quando um artista Vaudeville (Harry Fox) executou um pequeno trote que agradou aos professores de dança social dos salões americanos. A dança foi sofrendo alterações, tanto no aspecto do ritmo, que foi diminuindo, como no aspecto da suavização dos movimentos.

Tango – nasceu no final do século XIX de uma mistura de vários ritmos provenientes dos subúrbios de Buenos Aires. Esteve associado desde o princípio aos bordéis e cabarés, âmbito de contenção da população imigrante massivamente masculina. Como no início esse tipo de baile tinha aceitação somente de prostitutas, era comum que o tango fosse dançado por um casal de homens. O tango é a dança da carne, do desejo, dos corpos entrelaçados. É uma dança exibicionista que destaca a sedução e a sensualidade. O espectador, fascinado, comporta-se como um voyeur, envolvido na atmosfera do espetáculo.

apoioearte.blogspot.com

Samba de gafi eira – dança de forte identidade brasileira, é um estilo derivado do maxixe dançado no início do século XX. Uma das principais características do samba de gafi eira é a atitude do cavalheiro frente a sua parceira, com um ar de malandro elegante, protege sua dama com movimentos sempre conduzidos por ele, nunca ao contrário.

Dança de ruaNascido nos guetos nova-iorquinos, o Street Dance é

uma dança associada à cultura e à identidade negra, sobretudo a partir da década de 70. Criada, inicialmente, pelos breakers, foi desenvolvida nas disputas e performances de suas festas. Essa dança está inserida na chamada cultura Hip Hop que se caracteriza como um canal de informação de questões raciais, sociais e políticas, debates que estiveram sempre presentes na história do povo que a concebeu. Trata-se de um estilo de vida com vestimenta, música e linguajar próprios. É caracterizada por quatro elementos que se dividem em três categorias: música – Rap (DJ’s e MC’s); artes plásticas – Grafi te; dança – Street Dance (vários estilos).

Disponível em: saojosedoriopreto.olx.com

Danças folclóricas

O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festivos, lendários, históricos, como também aos acontecimentos do cotidiano e às brincadeiras. Vale destacar que essas danças podem ser divididas em duas categorias: as danças folclóricas sazonais (são as vinculadas a algum evento do calendário cultural brasileiro) e as não sazonais (praticadas em qualquer época do ano).

Algumas danças folclóricas

Samba de roda – estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no século XIX. É a variante mais tradicional do samba.

Maracatu – é um ritmo musical com dança, típico da região de Pernambuco e Ceará. Reúne uma interessante mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indígenas e europeus. Possui uma forte característica religiosa. Os dançarinos representam personagens históricos (duques, duquesas, embaixadores, reis e rainhas) em forma de um grande cortejo.

Frevo – essa dança pernambucana executada nos festejos do carnaval é uma espécie de ritmo acelerado, utilizando coreografi as que lembram um balé rápido, com giros e rodopios. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como elemento coreográfi co.

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8 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Disponível em: www.radiocampinarte.blogspot.com.br

Catira – também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de pés e palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica das regiões interioranas dos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. É executada tradicionalmente por homens.

Maculelê – de origem baiana, essa dança é um bailado guerreiro desenvolvido por homens, dançadores e cantadores, todos comandados por um mestre, denominado “macota”. Os participantes usam um bastão de madeira ou facão com cerca de 60 centímetros de comprimento. Esses objetos são batidos uns contra os outros em ritmo fi rme e compassado.

Carimbó – de origem paraense, é uma dança de roda formada por homens e mulheres, com solista no centro que baila com requebros, trejeitos, passos miúdos arrastados e ligeiros. O apogeu da apresentação é quando a dançarina, usando amplas saias, consegue cobrir algum dançador. Caso jogue a saia e não cubra o parceiro, é imediatamente substituída.

Disponível em: http://viagem.uol.com.br.

Chula – de origem gaúcha, chula é uma dança de agilidade masculina ou de habilidade sapateadora, em que os executantes demonstram suas qualidades individuais.

Samba – o estilo mais famoso da música e da dança brasileira. O samba saiu dos ritmos dos escravos africanos. A palavra “samba” tem origem africana. Na língua Quibundo, “samba” signifi ca “ondulação umbilical” (Quibundo foi a língua dos africanos indígenas trazidos ao país da região que é a atual Angola). Os atuais estilos de samba se desenvolveram por mutação musical e disfusão geográfi ca.

Disponível em: http://br.aquarela.com/Estilos.html

Bumba meu boi – dança de forte identidade nordestina, surgida no século XVII, combina elementos de comédia, de drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem e a força bruta do boi. Essa dança recebe denominações nas diferentes regiões do Nordeste.

Quadrilha – é uma dança típica das Festas Juninas. Há um animador que vai anunciando frases e marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas da cultura caipira (camisas e vestidos com estampa xadrez, chapéu de palha), vão fazendo uma coreografi a especial. A dança é animada com muitos movimentos.

QUESTÃO COMENTADACompreendendo a Habilidade– Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias

de necessidades cotidianas de um grupo social.

C-3H-9

Composto por música, dança e adivinhas, o Jongo é uma manifestação cultural trazida ao Brasil por negros bantos, vindos da região, hoje, correspondente à Angola. Diversas comunidades afro-brasileiras mantêm ainda rodas de Jongo na periferia das cidades do Vale do Paraíba, como Valença, Vassouras, Paraíba do Sul e Barra do Piraí (Estado do Rio de Janeiro), além de Guaratinguetá e Lagoinha (Estado de São Paulo).

É JongoÉ CongoÉ ÁfricaÉ Brasil!

Fonte: ROSA, Sônia. Jongo. Rio de Janeiro: Palas, 2007.

Dentre as manifestações a seguir, identifique as que pertencem a mesma categoria da dança descrita no texto.a) Tango e Samba de Gafi eira.b) Frevo e Salsa.c) Lambada e Fandango.d) Sapateado e Samba de Roda.e) Maculelê e Maracatu.

Comentário

O Maculelê – Santo Amaro da Purif cação, no Recôncavo Baiano, cidade marcada pelo verde dos canaviais , é terra rica em manifestações da cultura popular de herança africana. Berço da capoeira baiana, foi também o palco de surgimento do Maculelê, dança de forte expressão dramática, destinada a participantes do sexo masculino, que dançam em grupo, batendo as grimas (bastões) ao ritmo dos atabaques e ao som de cânticos em dialetos africanos ou em linguagem popular. Era o ponto alto dos folguedos populares, nas celebrações profanas locais , comemorativas do dia de Nossa Senhora da Purif cação (2 de fevereiro), a santa padroeira da cidade. Dentre todos os folguedos de Santo Amaro, o Maculelê era o mais contagiante, pelo ritmo vibrante e riqueza de cores.

Sua origem, porém, como aliás ocorre em relação a todas as manifestações folclóricas de matriz africana, é obscura e desconhecida. Acredita-se que seja um ato popular de origem africana que teria f orescido no século XVIII nos canaviais de Santo Amaro, e que passara a integrar as comemorações locais. Há quem sustente, no entanto, que o Maculelê tem também raízes indígenas, sendo então de origem afro-indígena.

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9Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Conta a lenda que a encenação do Maculelê baseia-se em um episódio épico ocorrido numa aldeia primitiva do reino de Ioruba, em que, certa vez, saíram todos juntos os guerreiros para caçar , permanecendo na aldeia apenas 22 homens, na maioria idosos, junto das mulheres e crianças . Disso aproveitou-se uma tribo inimiga para atacar, com maior número de guerreiros. Os 22 homens remanescentes teriam então se armado de curtos bastões de pau e enfrentado os invasores, demonstrando tanta coragem que conseguiram pô-los em debandada. Quando retornaram os outros guerreiros , tomaram conhecimento do ocorrido e promoveram grande festa, na qual os 22 homens demonstraram a forma pela qual combateram os inv asores. O episódio passou então a ser comemorado frequentemente pelos membros da tribo, enriquecido com música característica e movimentos corporais peculiares. A dança seria assim uma homenagem à coragem daqueles bravos guerreiros.

O Maracatu – O Maracatu é uma dança folclórica de origem afro-brasileira, típica do estado de Pernambuco. Surgiu em meados do século XVIII, a partir da miscigenação musical das culturas portuguesa, indígena e africana. É uma dança de cortejo associada aos reis congos. Os maracatus, tradicionalmente, surgiram e se desenvolveram ligados às irmandades negras do Rosário. Nos maracatus há um forte componente religioso. Como as irmandades foram, com o passar do tempo, perdendo força, os maracatus passaram a fazer suas apresentações durante o Carnaval, principalmente o de Recife.Resposta correta: E

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Compreendendo a Habilidade– Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação

social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.

C-3H-11

03. Observe a imagem:

http://www.paginarevista.com.br/manoelamancio.html

O desenvolvimento das capacidades físicas (qualidades motoras passíveis de treinamento) ajuda na tomada de decisões em relação à melhor execução do movimento. A capacidade física predominante no movimento representado na imagem éa) a velocidade pela série de movimentos rápidos e intensos.b) a resistência pela admissão de movimentos repetitivos,

rápidos e intensos por considerável tempo, sem que haja prejuízo na qualidade da execução.

c) a agilidade pela possibilidade da execução de movimentos rápidos e ligeiros com mudança de direção.

d) a fl exibilidade pela execução da amplitude máxima do movimento, garantindo uma melhora na consciência corporal e no ganho de força da musculatura postural, evitando assim lesões.

e) o equilíbrio pela realização de inúmeros movimentos apoiados em uma base enrijecida que não permite fl exibilidade dos exercícios.

Compreendendo a Habilidade– Reconhecer as manifestações corporais de movimento como

originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.C-3

H-9

04. Observe a imagem a seguir.

http://marciatoccafondo.blogspot.com.br/2011/06/bailarinas-do-petit-ballet-realizam.html

Considerando a dança como uma importante forma de manifestação cultural do homem e como representação dos costumes e tradições de um povo, é possível inferir que enquanto expressão artística:a) permanece estática, alheia ao desenvolvimento da

humanidade.b) evolui com a humanidade, sofrendo transformações em

sua estética ao incorporar novas formas de culturas.c) é esquecida, sendo substituída por outras formas de

expressão através do tempo.d) perde, com o passar do tempo sua função primeira, o

caráter estético, permanecendo apenas a função lúdica.e) ganha novas formas e novas funções com o passar do tempo,

mas sem se deixar infl uenciar por novas formas de culturas.

DE OLHO NO ENEM

ibma.org.br

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA

A Educação Física é uma atividade dinâmica que contribui na formação ampla dos sujeitos, em seu aspecto social, bem como no desenvolvimento de seu lado individual, através de oportunidades lúdicas que proporcionam equilíbrio entre corpo, mente e espaço.Desenvolve as habilidades motoras de qualquer sujeito, além de manter elementos terapêuticos, sejam eles emocionais ou físicos.

O surgimento da educação física se deu desde os tempos primitivos, quando o homem necessitava correr dos animais predadores, pular para pegar alimentos, carregar pesos, arremessar objetos para caçar etc. Aos poucos, percebeu que seu preparo físico garantiria melhores condições de vida, tanto para trabalhar, interagir e se divertir. Nas práticas esportivas, nos jogos recreativos ou nos jogos com disputas, os participantes aprendem a lidar com sentimentos de perda, frustração, ansiedade, paciência, respeito ao próximo, dentre outros, além de ter que aprender a esperar sua vez.

O trabalho pedagógico desenvolvido na Educação Física deve estar voltado para a construção da cidadania dos sujeitos, formando elementos críticos e participativos no meio social em que estão inseridos. Seu objetivo principal deve ser de que o aluno “adquira a qualifi cação sócio-histórico-cultural necessária para promover o desenvolvimento de uma racionalidade crítica, autônoma e participativa”.

Por Jussara de Barros – Equipe Brasil EscolaDisponível em: http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/educacao-

fi sica-corpo-em-movimento/

Enem em fascículos 2013

10 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

INTRODUÇÃO

No fascículo anterior, vimos que a Banca Examinadora exige do candidato a escritura de uma dissertação argumentativa em que se analise/discute um problema social, político ou cultural brasileiro proposto, apresentando uma solução inovadora para ele. Hoje, vamos ensiná-lo a planejar a primeira das três partes essenciais que compõem essa modalidade redacional – a introdução.

OBJETO DO CONHECIMENTO

A Redação no Enem

Planejando a introduçãoComo a proposta redacional do Enem exige uma

dissertação argumentativa e compõe-se de um tema mais uma coletânea de textos em torno de uma situação-problema, deve o candidato iniciar o primeiro parágrafo apresentando esse tema seguido da ideia principal (tese, ponto de vista) a ser desenvolvida e defendida nos parágrafos subsequentes. Essa ideia principal precisa considerar a situação-problema da coletânea, uma vez que os temas propostos pelo novo Enem, muito amplos, requerem delimitação. Senão vejamos: “A valorização do idoso” (2009 - prova cancelada), “O brasileiro frente à ética” (2009), “O trabalho na construção da dignidade humana”(2010) e “A ajuda humanitária” (2010).

Observações

• A tese não se confunde com o tema. Este é proposto pela Banca Examinadora; aquela, formulada pelo candidato, que o discutirá segundo um ponto de vista próprio (tese). Trata-se da ideia central da dissertação a partir da qual se desenvolvem as outras partes do texto que justifi cam, fundamentam, demonstram, provam o(s) argumento(s) inicialmente exposto(s).

• A situação-problema suscitada pela coletânea contextualiza o tema proposto, permitindo ao candidato fazer uma abordagem fi el dele, sem o risco de zerar.

Exemplo de introduçãoAbordagem padrão

Neste tipo de introdução, apresenta-se primeiramente a tese e logo a seguir enumeram-se os argumentos que serão desenvolvidos ao longo do texto (cada um desses argumentos corresponderá, a seguir, a cada um dos parágrafos subsequentes). Veja o exemplo a seguir.

O mundo moderno, apesar de já perceber em sua constituição uma maior igualdade entre homens e mulheres, ainda está eivado de situações ultrajantes para o sexo feminino.

Nesse contexto, podemos perceber a submissão das mulheres islamitas a seus cônjuges, a pressão da mídia sobre a estética feminina e a resistência dos homens quanto a auxiliar suas esposas nas tarefas domésticas.

Nesse caso, a primeira frase, tópico frasal do parágrafo, é também a tese do texto (ponto de vista principal defendido na redação). Seguem-se a ela três argumentos, que serão explorados em detalhe nos próximos parágrafos de desenvolvimento. Essa técnica de introdução é muito produtiva, na medida em que exige poucos minutos para sua elaboração.

É preciso, no entanto, tomar cuidado para não tornar seu texto repetitivo. Se você citou os três argumentos já na introdução, não deverá fazê-lo novamente na conclusão. Além disso, em uma abordagem como essa, é interessante que os parágrafos de desenvolvimento sejam iniciados por elementos coesivos que remetam à noção de enumeração, presente na introdução. Dessa forma, é uma boa ideia começar cada um deles por expressões como primeiramente, em primeiro lugar, além disso, ademais, some-se a isso etc. Retomar ao longo do texto à estrutura enumerativa presente na introdução garante à sua redação mais coesão e unidade.

Exposição do ponto de vista oposto

Você pode também iniciar seu texto enunciando um ponto de vista contrário ao seu, na ambientação. Em seguida, use um conectivo que expresse oposição de ideias (porém, no entanto, contudo, todavia etc.) e apresente sua própria tese, provando ser ela mais acertada do que o posicionamento anteriormente mencionado.

Exemplo I

Há uma série de homens que dizem que, se as mulheres desejam direitos iguais, têm de abrir mão de certas regalias, como o que a tradição convencionou chamar de cavalheirismo. Todavia, é preciso destacar que a luta feminista não visa a acabar com as diferenças entre os gêneros, tampouco com os mecanismos de interação entre eles, como a corte. Seu objetivo é permitir que homens e mulheres tenham as mesmas chances de decidir sua posição na sociedade.

Exemplo II

Muitas pessoas acreditam que a segurança em uma sociedade só pode ser garantida por um policiamento ostensivo nas ruas. No entanto, pesquisas revelam que países que adotaram essa estratégia tiveram resultados muito menos signifi cativos que outros que investiram em educação. Tal fato revela serem lápis, papel e giz mais efi cientes que fuzis, algemas e patrulhas no sentido de assegurar a ordem social.

Nesse parágrafo, ao tópico frasal sobre a pretensa relação entre policiamento ostensivo e segurança, o candidato acrescentou dois períodos que conduzem a argumentação para uma direção oposta. Assim, em vez de uma paz armada, os períodos que expandem o tópico frasal defendem a educação como forma de garantir a ordem social. Note-se o papel do conectivo no entanto, que explicita a relação de oposição entre as ideias apresentadas.

Enem em fascículos 2013

11Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Outras estratégias de construção de parágrafo

introdutório poderiam ser mencionadas aqui; porém, julgamos,

por ora, sufi cientes os aqui estudados. Agora, é hora de praticar

redação a partir de um excelente tema que selecionamos para

você. Bom trabalho!

Proposta de Redação

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores

e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,

refl ita sobre a realidade socioeducacional do Brasil e, em

seguida, redija texto dissertativo-argumentativo em norma

culta escrita da língua portuguesa sobre o tema O papel da universidade pública na realidade brasileira, apresentando

experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos

humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e

coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Textos motivadores

Texto I

A universidade pública tem um papel intimamente

ligado à soberania nacional. Sendo o centro de produção do

conhecimento, pode estudar e atuar no sentido de reduzir as

desigualdades existentes no País. Essa tarefa vai muito mais

além de simplesmente formar profi ssionais para o mercado

de trabalho. Se esse fosse o propósito central, a universidade

pública perderia seu sentido e se tornaria desnecessária.

TARSO, Tâmara. “Resistir e produzir na universidade”. A Tarde, Salvador, 10 jun. 2010. Caderno Opinião, p. A2.

Texto II

A universidade é uma instituição social e, como tal,

exprime de maneira determinada a estrutura e o modo de

funcionamento da sociedade como um todo. Tanto é assim que

vemos, no interior da instituição universitária, a presença de

opiniões, atitudes e projetos confl itantes que exprimem divisões

e contradições da sociedade. Essa relação interna ou expressiva

entre universidade e sociedade é o que explica, aliás, o fato de

que, desde seu surgimento, a universidade pública sempre foi

uma instituição social, isto é, uma ação social, uma prática social

fundada no reconhecimento público de sua legitimidade e de

suas atribuições, num princípio de diferenciação, que lhe confere

autonomia perante outras instituições sociais, e estruturada por

ordenamentos, regras, normas e valores de reconhecimento

e legitimidade internos a ela. A legitimidade da universidade

moderna fundou-se na conquista da ideia de autonomia do

saber em face da religião e do Estado, portanto na ideia de um

conhecimento guiado por sua própria lógica, por necessidades

imanentes a ele, tanto do ponto de vista de sua invenção ou

descoberta como de sua transmissão.

CHAUÍ, Marilena. “A universidade pública sob nova perspectiva”. Disponível em: http://www.scielo.br

Acesso em: 18 jun. 2010.

INTRODUÇÃO

A Língua Estrangeira Moderna no Enem – LEM (Inglês)

As questões de Língua Estrangeira no Enem sempre focam a interpretação de tipos diferentes de texto. É importante identifi car o gênero textual e as marcas tipográfi cas contidas nestes textos para uma melhor e mais rápida identifi cação do que é necessário para se responder às perguntas.

OBJETO DO CONHECIMENTO

Gêneros textuaisSão tipos de texto cuja função comunicativa é

reconhecida, social e culturalmente, por determinada comunidade. Além de terem essa função comunicativa específi ca, os gêneros textuais caracterizam-se por organização, estrutura gramatical e vocabulário específi cos – assim como pelo contexto social em que ocorrem.

Reconhecer o gênero de um texto significa ter conhecimento de seu layout (formato), isto é, das características próprias a ele, as quais o distinguem de outros gêneros. Por exemplo, o gênero textual receita culinária contém uma lista de ingredientes e um modo de fazer. Já o gênero resumo (ou abstract) de artigo de revista científi ca apresenta, em geral, o(s) objetivo(s) da pesquisa, a metodologia, os resultados alcançados e a conclusão. Uma charge ou tirinha tem sempre a comicidade e as imagens como base para a compreensão do que está sendo exposto. A familiaridade com o gênero textual possibilita ao leitor efetuar leituras mais efi cientes e direcionadas, pois permite localizar informações mais rapidamente.

Marcas tipográf casAs marcas tipográfi cas são recursos utilizados para

proporcionar uma melhor compreensão das informações contidas no texto. São elas:

• Números: 2011, £ 150.00, 20 kg etc;• Uso típico especial: negrito, itálico etc;• Letras maiúsculas (siglas): UN, FBI, CSI, etc;• Símbolos: =, 1, >, <, ..., “ etc;• Títulos e subtítulos;• Gráfi cos;• Divisão em parágrafos.

Muitas vezes, podemos retirar do texto as informações que desejamos usando, como instrumento, as marcas tipográfi cas. Elas estão sempre presentes nos textos técnicos, científi cos e didáticos.

AGUIAR, Cícera Cavalcante; FREIRE, Maria Socorro Gomes; ROCHA, Regina Lúcia Nepomuceno. Inglês Instrumental: Abordagens x Compreensão de

Textos. 3.ed. Fortaleza: Edições Livro Técnico, 2001.

Enem em fascículos 2013

12 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

QUESTÃO COMENTADACompreendendo a Habilidade– Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.

C-2H-5

http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2011/06/

A imagem acima reproduz a capa da edição de junho de 2011 da revista inglesa Four Fou r Two (Quatro Quatro Dois), especializada em futebol. A reportagem em destaque decreta a “morte” do futebol brasileiro e, dentre os fatores apontados pela revista para a falência do esporte no país mais vencedor de Copas do Mundo, podemos destacar:a) a falta de incentivo do governo federal para a formação

de jogadores profi ssionais.b) a construção de estádios caríssimos para a Copa do

Mundo de 2014.c) o fato de os melhores jogadores brasileiros passarem a

ser defensores.d) a falta de profi ssionais competentes no comando dos

principais times do país.e) o caos instaurado no país do futebol, por conta da

organização da Copa do Mundo de 2014.

Comentário

A edição de junho da revista inglesa de futebol Four Four Two decreta a “morte” do futebol brasileiro , apontando, dentre outros fatores , o fato de os melhores jogadores canarinhos , atualmente, serem zagueiros (and their best players are defenders). As outras alternativas apontam problemas que não são citados na capa da revista, pois os demais fatores apresentados na edição falam em futebol feio praticado pela Seleção Brasileira, caos na preparação para a Copa de 2014 e falta de estrelas no futebol canarinho.Resposta correta: C

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Compreendendo a Habilidade– Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.C-2

H-5

“My teacher isn’t qualifi ed to teach spelling!She spells U ‘y-o-u’. She spells BRB ‘r-e-t-u-r-n’.

She spells BFN ‘g-o-o-d-b-y-e...’.”

Copyright 2007, by Randy Glasbergen.

www.glasbergen.com

05. A charge é um gênero textual que costuma abordar aspectos sociais, políticos e econômicos da sociedade. Percebe-se, na charge acima, que há uma inversão de características, uma vez que:a) o adolescente reclama do modo errado como a

professora ensina ortografi a, o que não se justifi ca por se tratar da maneira usual em que os adolescentes de hoje costumam se comunicar em bate-papos, nos meios eletrônicos.

b) a mãe do adolescente mostra-se surpresa e aliviada com o fato de o fi lho adolescente tentar justifi car seus erros de ortografi a com base no uso regular de uma linguagem não apropriada por parte da professora.

c) o adolescente não tem o direito de reclamar dos erros de ortografi a de sua professora, pois ele mesmo usa tal linguagem corriqueiramente, quando está conversando com seus colegas por meio das redes sociais.

d) a professora de ortografi a não deveria usar uma linguagem mais acessível com seus alunos, e sim ensinar a forma coloquial de comunicação usada nas redes sociais.

e) o adolescente é quem devia ensinar à professora a forma correta de escrever mensagens eletrônicas nas redes sociais usadas pelos adolescentes.

Compreendendo a Habilidade– Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio

de ampliar as possibilidades de acesso a informações , tecnologias e culturas.

C-2H-6

PROFESSIONAL TRAINING ACROSS CULTURES

Enem em fascículos 2013

13Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Most large companies have long been aware that good training is the key to getting the best out of employees and they often invest heavily in professional development. This can include everything from English to computer courses to management skills and team-building activities. Today, as many companies attempt to expand their business abroad, or even relocate factories, offi ces and staff, such training is of vital importance. Standards of excellence at home must be the same overseas. As English has become the língua franca of international communication, many business strategies from the English-speaking world, such as regular appraisals or high impact presentations have been adopted, along with the language. However, when Human Resources departments develop courses for company employees, they should remember that some activities might not be acceptable across cultures.

Speak Up. Ano XXV. nº 309. p. 38.

06. Com a crise econômica no primeiro mundo, as grandes empresas fazem de tudo para ensinar a seus funcionários técnicas e truques para produzir e vender o máximo possível. Mas a maior parte dos cursos de professional training provêm do mundo anglo-saxão e não funcionam igualmente para todos. A passagem anterior aponta que, para garantir o sucesso do treinamento profi ssional, é necessário:a) um profundo conhecimento de inglês.b) um competente departamento de Recursos Humanos.c) um excelente espírito de trabalho em equipe.d) um bom número de estratégias de negócios.e) um bom conhecimento e respeito à cultura local.

DE OLHO NO ENEM

WHY LEARN ENGLISH: 10 REASONS TO LEARN ENGLISH

There are many reasons to learn English, but because it is one of the most diffi cult languages to learn it is important to focus on exactly why you want to learn English. Here, we will look at ten great reasons why English is so important. Post this list somewhere you can see it and it will motivate you to keep going even when you are tired of trying to fi gure out which witch is which!

1. English is the most commonly used language among foreign language speakers. Throughout the world, when people with different languages come together, they commonly use English to communicate.

2. Why learn English when it is so diffi cult? Well, knowing English will make you bilingual and more employable in every country in the world.

3. Despite China, the United States is still a leader in technical innovation and economic development. English is used in the United States and in each of these fi elds.

4. English is commonly spoken throughout much of the world

due to Great Britain’s expansion during the colonial age. People in Australia, New Zealand, Canada, parts of Africa, India, and many smaller island nations speak English. English is the commonly adopted second language in Germany, Norway, Sweden, Denmark and the Netherlands. Speaking English opens these countries and cultures up to you.

5. Another reason why English is so important is that it is the language of science. To excel in science, you need to know English.

6. English is based on an alphabet and, compared to Chinese, it can be learned fairly quickly.

7. English is also the language of the Film Industry and English means you no longer have to rely on subtitles.

8. In the United States, speaking English immediately opens up opportunities regardless of your ethnicity, color, or background.

9. Learn English and you can then teach your children English – or if they are already learning, you can now communicate with them in English.

10. English speakers in the United States earn more money than non-English speakers. Learning English will open your job prospects and increase your standard of living.

http://www.5minuteenglish.com/why-learn-english.htm

INTRODUÇÃO

Caro leitor, neste fascículo , daremos continuidade às nossas co nsiderações no que tange a l íngua esp anhola no novo Enem.

Dando especial atenção à leitura e à interpretação de textos.

OBJETO DO CONHECIMENTO

Compreendendo o textoÉ necessário compreender o texto de modo integral.É muito importante que consideremos as ideias que

o autor planteia, em relação com as demais ideias. Não é correto isolar uma ideia e interpretá-la fora do contexto, pois nos expomos a deixar de captar ou captar mal a mensagem do autor. Por exemplo, si lemos em um parágrafo a expressão: faz muito frio, isso não implica necessariamente que se trate da baixa temperatura; pode ser que no parágrafo precedente tenha dito que certos personagens se achavam numa praia tropical onde se dá a chegada de uma pessoa muito agasalhada: neste caso, a expressão assinalada não passaria de uma ironia. É possível também que dita expressão possa assinalar um ponto de comparação com respeito ao calor que fez um dia anterior; ou pode tratar-se de uma referência metafórica, se fala de uma praia deserta onde não haja gente nem casais; ou talvez referir-se a um desencontro amoroso. Os possíveis signifi cados da frase são múltiplos e sua interpretação se deve dar em função a cada contexto ou circunstância. Por isso a leitura de frases interdependentes está limitada pela mesma interdependência, pelo pensamento do autor, e assim realizar uma interpretação acertada do texto sem recortar seu alcance nem desbordar seus limites.

Enem em fascículos 2013

14 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Texto I

EVITAR EL CÁNCER ANTES DE QUE ASOME

Angelina Jolie se ha sometido a una doble mastectomía por su alto riesgo de tener un tumor.

JAIME PRATS Valencia 14 MAY 2013 – 21:14 CET.

Jolie tomó su decisión tras la muerte de su madre por cáncer de mama con 56 años. / MARIO ANZUONI (REUTERS)

La actiz estadounidense Angelina Jolie hizo público ayer que se había sometido a una doble mastectomía. No tenía cáncer, sino un elevado riesgo de padecerlo al ser portadora de una mutación patógena en el gen BRCA1. Por ello, anunció que había optado por pasar por el quirófano de forma preventiva.

Si Angelina Jolie hubiera sido una paciente española, podría haber sido atendida en la red pública. Desde hace más de una década, los servicios de salud de las comunidades autónomas han ido desplegando unidades de consejo genético en hospitales de referencia para detectar tumores de origen familiar y, si se considera adecuado, ofrecer tratamientos preventivos. Solo Ceuta y Melilla carecen de ellas, según los datos de la Sociedad Española de Oncología Médica (SEOM).

QUESTÃO COMENTADACompreendendo a Habilidade– Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.

C-2H-5

De acordo com o fragmento: “Si Angelina Jolie hubiera sido una paciente española, podría haber sido atendida en la red pública.”, podemos afi rmar que:a) Há mais de uma década, Espanha oferece serviços

de saúde às comunidades autônomas onde se pode detectar tumores e oferecer tratamentos preventivos.

b) Em Ceuta e Melilla, os pacientes poderiam dispor facilmente dos serviços de detecção de tumores e tratamentos preventivos, há dez anos.

c) Há mais de uma década, os serviços de saúde pública tem despencado na qualidade de seus serviços.

d) Quaisquer hospitais da Espanha dispõem, há mais de dez anos, de serviços de tratamentos preventivos para detectar tumores familiares.

e) Há mais dez anos, Espanha oferece a todas as suas comunidades autônomas serviços preventivos de detecção de tumores.

Comentário

De acordo com o fragmento “Si Angelina Jolie hubiera sido una paciente española, podría haber sido atendida en la red pública.”, podemos af rmar que, se Angelina Jolie tivesse sido uma paciente espanhola, esta poderia ter sido atendida na rede pública do país, pois há mais de uma década se oferece serviços de saúde às comunidades autônomas, onde se pode detectar tumores e oferecer tratamentos preventivos.

Resposta correta: A

Texto II

MARCHELINE, EL EJEMPLO DE ANGELINA JOLIE

La madre de la actriz creó antes de morir una fundación para apoyar a los enfermos de cáncer.

Sus hijos recopilaron en un vídeo imágenes familiares para mantener vivo su recuerdo.

EL PAÍS Madrid 15 MAY 2013 – 11:18 CET.

Marcheline Betrand y sus hijos Angelina Jolie y James Haven, en un viaje a Hawai. / CORDON PRESS

Quienes conocen bien a Angelina Jolie aseguran que la actriz sentía una verdadera adoración por su madre, la también intérprete Marcheline Bertrand, fallecida en 2007 a los 56 años tras una batalla contra el cáncer que duró alrededor de siete años. Jolie y su pareja Brad Pitt vivieron muy de cerca esta enfermedad, que marcó para siempre a la familia. Estuvieron junto a ella hasta el momento de su muerte.

Desde entonces Angelina ha mimado su recuerdo y ha seguido parte del trabajo solidario emprendido por la madre. La actriz ha desvelado ahora, a través de su carta pública, el calvario que pasó viendo como su progenitora perdía la batalla y su decisión de tomar medidas. Se ha sometido a la extirpación de ambas glándulas mamarias después de descubrir que genéticamente tenía más de un 80% de posibilidades de padecer cáncer de mama.

Tras serle diagnosticada la enfermedad, Marcheline creó la fundación Give Love Give Life para concienciar sobre la prevención del cáncer de ovario y otros problemas ginecológicos a través de la música. Angelina y su hermano James Haven rindieron homenaje a su madre tres años después de su muerte. Lo hicieron con un vídeo titulado Para mamá con amor , que recoge imágenes sobre su vida. En él se ven escenas privadas de momentos familiares. También se puede apreciar el enorme parecido que madre e hija guardan. “Mi madre fue la mujer más maravillosa y un fantástico modelo de conducta para mí”, ha dicho Jolie de ella. La actriz también ha desvelado que su instinto maternal se lo debe a su progenitora. Jolie y Pitt son padres de seis hijos: Maddox, Pax, Zahara, Shiloh, Knox Leon y Vivienne Marcheline, que lleva el nombre en honor de su abuela. Los tres últimos son biológicos.

Enem em fascículos 2013

15Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Compreendendo a Habilidade– Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio

de ampliar as possibilidades de acesso a informações , tecnologias e culturas.

C-2H-6

07. “La actriz ha desvelado ahora, a través de su carta pública, el calvario que pasó viendo como su progenitora perdía la batalla y su decisión de tomar medidas”. Diante do fragmento, podemos inferir que:a) A mãe de Angelina, ao perder a batalha contra o câncer

teve que tomar medidas importantes.b) A mãe de Angelina não pode mais tomar medidas de

combate à enfermidade.c) Angelina decidiu tomar medidas diante do calvário por

que passou sua mãe.d) Angelina decidiu tomar medidas que favoreceriam tanto

a ela como à sua mãe.e) A batalha inútil contra o câncer impediu tanto mãe como

fi lha de tomarem medidas.

Texto III

Marcheline Bertrand junto a su hija Angelina, en julio de 2001./CORDON PRESS

Marcheline estuvo casada con el actor Jon Voight, la pareja se divorció tras siete años de matrimonio. De esta relación nacieron Angelina y su hermano. Su segundo marido fue Tom Bessamra, con el que estuvo casada los cinco últimos años de vida. Voight no asistió al entierro, se limitó a enviar una carta de condolencia a sus hijos. Angelina estuvo muchos años sin tener relación con su padre.

Marcheline dejó parte de su fortuna a sus tres primeros nietos, Maddox, Zahara y Pax, a los que conoció antes de morir. Les correspondió 100.000 dólares a cada uno. No pudo ver nacer a Shiloh ni a los gemelos Knox Leon y Vivienne Marcheline.

“Ella tuvo el tiempo sufi ciente para conocer y ejercer de abuela con mis hijos mayores”, escribió Jolie en el artículo de The New York Times. “Pero mis otros hijos nunca tendrán la oportunidad de conocer y experimentar cómo era”.

www.elpais.com

Compreendendo a Habilidade– Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio

de ampliar as possibilidades de acesso a informações , tecnologias e culturas.

C-2H-6

08. No fragmento: “Ella tuvo el tiempo sufi ciente para conocer y ejercer de abuela con mis hijos mayores”, escribió Jolie en el artículo de The New York Times. “Pero mis otros hijos nunca tendrán la oportunidad de conocer y experimentar cómo era.”, podemos encontrar ideas que:a) se contrapõem d) coincidemb) se complementam e) se alternamc) se confundem

DE OLHO NO ENEM

CONECTORES

Os conectores mais usados em Espanhol são: 1. Y/E = lembrem-se que antes de palavras que começam por

I ou HI usa-se o conector E. 2. As conjunções adversativas são utilizadas para contrapor

uma ideia a outra, as quais são: pero, sino, sin embargo: O sin embargo (contudo, entretanto, no entanto), geralmente, vai separado por pausas do resto da frase. O sino (senão, mas sim, mas) anula a informação anterior com uma nova informação.

3. As conjunções concessivas aunque, incluso, aun: aunque = se bem que / ainda que / mesmo que/ posto que / embora. aun = ainda / todavia.incluso = inclusive / mesmo;

4. Os conectores argumentativos e discursivos:a) em textos de opinião: en primer lugar / por otro lado /

por otra parte / por su lado / por su parte / por un lado/ por una parte / además / de hecho / en resumem / en/ defi nitiva / total que.

b) em relatos: cuando / mientras / en cuanto / enseguida /justo / inmediatamente / después / luego / al cabo de /un rato / un rato / un tiempo después / todavía / por fi n / fi nalmente.

5. mientras = enquanto / expressa simultaneidade. En cuanto = assim que / imediatamente depois de. Todavía = ainda. no? sino que = a segunda informação anula a informação anterior.

no solo ... sino que = a segunda informação anula a informação anterior. De hecho = de fato. Luego = depois.

6. Para falar de uma realidade que se opõe ao que foi dito anteriormente usa-se por el contrario / en cambio / por su parte / no obstante / sin embargo.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Compreendendo a Habilidade– Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos

de construção do texto literário.C-5

H-16

01. O bom escritor age como se fosse um vampiro, alimentando-se de outros textos. O vampiro nasceu na literatura e foi aproveitado pelo cinema. Aparece em todas as artes. O escritor, no melhor sentido da palavra, é também vampiro, a sugar de várias artes. O chargista Angeli triplica o número de vampiros:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dbch09082007

Enem em fascículos 2013

16 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Mário Quintana o ridiculariza:

DRÁCULA

Quando me encontrei com o Conde Drácula, por uma destas noites de inverno, na Esquina dos Ventos Uivantes, tinha ele o aspecto de um grande guarda-chuva de varetas quebradas. Foi o que lhe disse. Ele deu meia-volta e partiu revoando, aos solavancos, decerto para quebrar a cara do diretor do fi lme...

QUINTANA, Mário. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006. p.975.

O texto de Mário Quintana tem em comum com a charge de Angeli:a) a elaboração de textos em prosa.b) o reaproveitamento satírico de um mito popular.c) o diálogo com outras obras literárias.d) a crítica ao sistema capitalista sanguinário.e) a sátira aos banqueiros inescrupulosos e desumanos

Compreendendo a Habilidade– Identif car as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como

elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.C-1

H-1

• Leia os textos seguintes para resolver a questão 02.

A imaginação dos escritores tem algo de cinematográfi co. Veja, por exemplo, a pequena refl exão que o poeta Mário Quintana faz sobre a letra K:

K

Letra caminhante.

QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006. p.668.

A poesia concreta, nos anos 50 do século XX, apresentou inovações formais que têm muito de cinema, devido à questão visual e à ideia de movimento. Em 1965, na Revista O Pif-Paf, o humorista Millôr Fernandes escreveu um saboroso texto intitulado “Alfabeto concreto”. Ao comentar letra por letra, entre outras coisas, anotou:

O A é uma letra com sótão. Chove sempre um pouco sobre o à craseado. O B é um I que se apaixonou por um 3. Ao C só lhe resta uma saída. O ç cedilha, esse jamais tira a gravata.

FERNANDES, Millôr. Apud CHALHUB, Samira. A Metalinguagem. São Paulo: Ática, 1986. p.33.

02. O texto de Millôr Fernandes prossegue fazendo engraçadas defi nições das letras do alfabeto. Assinale a alternativa que identifi ca corretamente a letra defi nida por Millôr.a) “ri-se eternamente das outras letras” – Eb) “serve como escada para outras letras galgarem

sentido” – Yc) “anda sempre com o laço do sapato solto” – Fd) “é uma taça onde bebem as outras letras” – He) “com seu chapéu desabado sobre os olhos, é um ganster

à espera de oportunidade” – G

• Leia os textos I e II para responder à questão 03.

Texto I

EPITÁFIO Titãs

Devia ter amado mais Ter chorado mais Ter visto o Sol nascer Devia ter arriscado mais E até errado mais Ter feito o que eu queria fazer...

Devia ter complicado menos Trabalhado menos Ter visto o Sol se pôr Devia ter me importado menos Com problemas pequenos Ter morrido de amor...

Texto II

BRASISSeu Jorge

Um Brasil que investe

Outro que suga...

Um de sunga

Outro de gravata

Tem um que faz amor

E tem o outro que mata

Tem um Brasil que é lindo

Outro que fede

O Brasil que dá

É igualzinho ao que pede...

Compreendendo a Habilidade– Reconhecer a presença de v alores sociais e humanos atualizáveis e

permanentes no patrimônio literário nacional.C-5

H-17

03. Sobre a relação entre os textos, leia e assinale a opção que contém uma afi rmação correta.a) Importar-se menos com problemas pequenos, ver o Sol se

pôr, dos quais nos fala Epitáf o, signifi ca ignorar os Brasis. b) As contradições presentes em Brasis confirmam a

fragilidade da condição humana diante da hierarquia de valores da sociedade, cujo arrependimento é expresso em Epitáf o.

c) Trabalhar menos e ver o Sol se pôr nos remetem à preguiça e à orgia; por outro lado, prosperidade e gravata, a trabalho e seriedade.

d) O mundo hostil, de violência e morte, de Brasis, impede que ainda exista alguém que morra de amor, que cultive a ternura.

e) O espaço referencial no qual transitam as ideias de Epitáf o revela apenas um dos Brasis existentes em ambos os textos.

Enem em fascículos 2013

17Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Compreendendo a Habilidade– Reconhecer as manifestações corporais de movimento como

originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.C-3

H-9

04. Leia.

A dança folclórica é uma forma de dança social que se desenvolveu como parte dos costumes e tradições de um povo e são transmitidas de geração em geração. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras.

As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e largos.

Dentre as danças indicadas a seguir, assinale as que deixam de se identifi car com a manifestação descrita no texto:a) Maracatu e Samba de roda.b) Catira e Maculelê.c) Frevo e Carimbó.d) Balé e Samba de Gafi eira.e) Fandango e Maracatu.

Compreendendo a Habilidade– Reconhecer as manifestações corporais de movimento como

originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.C-3

H-9

05. A dança é um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de várias regiões do país. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras e caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares), fi gurinos e cenários representativos.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Educação Física. São Paulo: 2009 (adaptado).

A dança, como manifestação e representação da cultura rítmica, envolve a expressão corporal própria de um povo. Considerando-a como elemento folclórico, a dança revela:a) manifestações afetivas, históricas, ideológicas, intelectuais e

espirituais de um povo, refl etindo seu modo de expressar-se no mundo.

b) aspectos eminentemente afetivos, espirituais e de entretenimento de um povo, desconsiderando fatos históricos.

c) acontecimentos do cotidiano, sob infl uência mitológica e religiosa de cada região, sobrepondo aspectos políticos.

d) tradições culturais de cada região, cujas manifestações rítmicas são classificadas em um ranking das mais originais.

e) lendas, que se sustentam em inverdades históricas, uma vez que são inventadas, e servem apenas para a vivência lúdica de um povo.

Compreendendo a Habilidade– Reconhecer as manifestações corporais de movimento como

originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.C-3

H-9

06. Observe a imagem a seguir:

A dança é a arte de mover o corpo humano segundo certo acordo entre o espaço e o tempo, de acordo com um ritmo e uma coreografi a. Ela pode ter origem numa arte corporal, um ritual, um desporto ou de um divertimento

constituído por uma série de movimentos ordenados, que seguem os ritmos dados pela música.

Com relação a essa importante forma de expressão artística, é correto afi rmar que:a) a dança é uma manifestação cultural que se limita

ao desenvolvimento físico, isentando-se de qualquer relação com o aspecto emocional, social e intelectual do indivíduo que a pratica.

b) a dança é uma das manifestações artísticas do homem que permanece estática aos impulsos dos contextos históricos e culturais, permanecendo fi el às suas origens. Exemplo disso é o Balé clássico.

c) a dança pode-se associar a possibilidade de as pessoas se comunicarem, aprenderem, sentirem o mundo e fazerem-se percebidas, transcendendo, assim, o poder das palavras.

d) a dança proporciona o desenvolvimento da consciência corporal, contribuindo unicamente para o aperfeiçoamento da estrutura física do indivíduo que a pratica.

e) a dança, por ser uma manifestação artística não verbal do homem, cumpre apenas a função estética, distanciando-se da função social, lúdica e cognitiva.

Compreendendo a Habilidade– Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio

de ampliar as possibilidades de acesso a informações , tecnologias e culturas.

C-2H-6

London is a wonderful destination, both for tourists and students of English. It has many world-famous attractions, but the more interesting ones are less well known. A good example comes in the form of the London Silver Vaults. They began life in 1876, as the Chancery Lane

Enem em fascículos 2013

18 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Safe Deposit, a place where rich Londoners stored their more valuable possessions. This explains why the Vaults are three fl oors underground. Today, the site is occupied by 30 shops which are home to the largest antique silver collection in the world.

Slightly adapted from Speak Up, February 2011.

07. O texto discute, em sua essência, um aspecto relacionado ao turismo em grandes cidades do planeta. Esse aspecto diz respeito:a) à desvalorização de antigos lugares usados como

depósitos de objetos de valor e que, hoje, servem apenas de espaço para lojas de antiguidades.

b) à saturação de atrações turísticas em cidades com grande apelo para viajantes e estudantes de inglês, como Londres, por exemplo.

c) à frequente descoberta, por parte de turistas e estudantes, de lugares não tão conhecidos do público em cidades com grande apelo turístico.

d) ao desconhecimento, por parte do público, de lugares bem interessantes em cidades repletas de atrações turísticas, como, por exemplo, Londres.

e) à transformação de lugares, antes destinados à visitação turística, em polos de venda de antiguidades e objetos de prata.

Compreendendo a Habilidade– Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como

representação da diversidade cultural e linguística.C-2

H-8

FORRÓ

Forró, derived from the word forrobodó, means “great party”. However, there is another theory that suggests that forró is the derivative of the English “for all”. It is one of the most popular dances of Northeastern Brazil and can be danced to the rhythm of different music genres. The instruments used in this dance are accordion, zabumba and a metal triangle. A lot of variation can be observed in the dancing style of forró in different regions of Brazil. It is danced with partners and the participants move in proper synchronization, performing many complex steps.

http://www.buzzle.com/articles/history-of-brazilian-dance.html

08. O forró, um dos ritmos mais populares do Brasil, tem a origem do seu nome baseada em duas teorias distintas. Esse fato, porém, não impediu que a dança:a) passasse a usar diferentes gêneros para formar um ritmo

genuinamente nacional.b) tornasse-se um ritmo exclusivo da região Nordeste do país.c) deixasse de ser praticada por negros e índios do Nordeste

do Brasil.

d) usasse passos complexos e de difícil compreensão por parte dos brasileiros.

e) evoluísse para uma manifestação tipicamente voltada para as camadas inferiores da sociedade brasileira.

Compreendendo a Habilidade– Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.C-2

H-5

Texto IV

BRAD PITT: “ES UNA DECISIÓN HEROICA”

El actor habla de la decisión de su pareja, Angelina Jolie, de someterse a una doble mastectomía

Angelina Jolie y Brad Pitt, en enero de 2012. | ReutersEL PAÍS Madrid 14 MAY 2013 - 17:49 CET

El actor Brad Pitt, pareja de Angelina Jolie y padre de sus hijos, ha hablado sobre la decisión de la actriz de realizarse una mastectomía doble tras conocer el resultado de su perfil genético que detectó que tenía muchas posibilidades de padecer cáncer.

“Siendo testigo de esta decisión desde el principio, encuentro que la determinación de Angie, así como la de muchas otras, es absolutamente heroica. Agradezco a nuestro equipo médico por sus cuidados y consejos. Todo lo que quiero es que ella tenga un vida larga y saludable, junto a mí y a nuestros hijos. Este es un día feliz para nuestra familia”, ha dicho el actor al periódico The Evening Standard.

Angelina, de 37 años, tomó la decisión de operarse tras conocer que tenía casi un 90% de probabilidad de enfermarse con cáncer. Su madre luchó contra un cáncer durante década y fi nalmente murió a los 56 años.

www.elpais.com

09. No fragmento: “Siendo testigo de esta decisión desde el principio, encuentro que la determinación de Angie, así como la de muchas otras, es absolutamente heroica.”, podemos afi rmar que:a) O ator testemunhou a decisão de sua esposa de realizar

a mastectomia.b) Brad Pitt testou a capacidade de sua esposa de realizar

tal cirurgia.c) Brad Pitt apoiou a decisão de sua esposa de realizar tal

cirurgia e muitas outras.d) O ator norteamericano foi testemunha ocular da

operação de mastectomia de sua esposa Angie.e) O ator considera que a decisão heroica encontrou,

em muitas outras mulheres, um bom testemunho da verdade sobre o câncer.

Enem em fascículos 2013

19Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Compreendendo a Habilidade– Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como

representação da diversidade cultural e linguística.C-2

H-8

Texto V

Por aquellas que lloraron,por aquellas que sedesesperaron,por aquellas queresistieron,por aquellas que lucharon,por aquellas que sonrieron,por aquellas que no miraronatras,por aquellas que apoyaron,por aquellas que pudieronhablar sobre ello

Hoy por el CANCER DEMAMA...

TAN SOLO AMOR

www.facebook.com/252FAssociacaoCulturalLusoParaguaia/

10. Na expressão: “Por aquellas que ...”, podemos entender que tal expressão somente não faz referência às mulheres que:a) Já tiveram câncer.b) Ainda sofrem com câncer.c) Se desesperaram com o câncer.d) Negligenciaram o câncer.e) Falaram sobre o câncer.

Supervisão Gráfi ca: Andréa MenescalSupervisão Pedagógica: Marcelo PenaGerente do SFB: Fernanda DenardinCoordenação Gráfi ca: Felipe Marques e Sebastião Pereira

Projeto Gráfi co: Joel Rodrigues e Franklin BiovanniEditoração Eletrônica: Willmer PinheiroIlustrações: João LimaRevisão: Kelly Gurgel, Sárvia Martins, Jarina Araújo

OSG.: 72990/13

Expediente

GABARITOS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

01 02 03 04 05

b c d b a

06 07 08

e c a

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01 02 03 04 05

b a b d a

06 07 08 09 10

c d a a d