FAZENDO 2

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Reutilizar aumenta o seu sex appeal Boletim do que por cá se faz. FAZENDO Edição nº. 2 | Quinzenal DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Quarta-feira 15 OUTUBRO 2008 Agenda Cultural Faialense

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Agenda Cultural FaialenseComunitário, não lucrativo e independente.

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Reutilizar aumenta o seu sex appeal

Boletim do que por cá se faz.FAZENDO

Edição nº. 2 | Quinzenal

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Quarta-feira15 OUTUBRO 2008

Agenda Cultural Faialense

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#2 COISAS... compostas

Faial Filmes Fest 2008A Festa do Cinema nos Açores está aí…

O Faial Filmes Fest 2008 prossegue e amplia os objectivos que deram origem ao nascimento do festival: estimular a criação e a produção local de filmes - projectando-a no panorama cine-matográfico nacional - e assinalar o FFF no circuito dos festivais de cinema do país.Toda a produção desta 4ª edição do Faial Filmes Fest foi pensada no sentido de vincar a identidade do festival sem perder de vista o seu desejável e necessário crescimento; que passa tanto pela visibilidade que o FFF vai granjeando fora de portas como pelo enriquecimento que essa mesma projecção proporciona, dentro de portas, aos potenciais jovens cineastas faialenses e açorianos, resultado da partilha de experiências e conhecimento.O valor desta estratégia traçada pelo Cineclube da Horta para o Faial Filmes Fest foi este ano de novo bem visível no número de filmes inscritos para as duas secções competitivas (85 no total, dos quais 65 para a Competição Nacional e 20 para a Competição Regional, sendo 11 destes últimos produzidos por realizadores nascidos ou a residir no Faial), mas sobretudo no acréscimo sig-nificativo da qualidade das obras apresentadas, o que obrigou a Comissão de Pré-Selecção a um grau de atenção e exigência maior.De entre os filmes inscritos, foram seleccionados 20 para a Com-petição Nacional e 10 para a Regional, cobrindo os géneros da ficção, do documentário, da animação e do cinema experimental.Mas a dimensão do Faial Filmes Fest 2008 está também patente na diversidade do programa organizado para além das sessões

competitivas; muito mais vasto na sua extensão, na sua geografia e especialmente na sua substância.Sinal disso mesmo é o arranque do festival com uma homenagem irrefutavelmente justa, merecida e sentida ao escritor Dias de Melo: escritor, (…), homem solidário, solitário e fraterno, viciado na escrita e no cachimbo, picaroto da Calheta de Nesquim, baleeiro da literatura açoriana. (…), nas pa-lavras expressivas de Victor Rui Dores.O FFF2008 presta também tributo a outro nome maior das artes em Portugal; da arte do cinema: Fernando Lopes. O cineasta, nascido do movimento cineclubista e um daqueles que ousaram, dando origem ao chamado cinema novo português, na década de 60, vai participar no festival e o seu mais recente filme O MEU AMIGO MIKE AO TRABALHO fará a primeira ante-estreia desta 4ª edição. Da geração de 60 para a presente década, o FFF2008 dá o primeiro passo além das fronteiras nacionais, promovendo a ante-estreia no Faial do polémico e propalado BLINDNESS, de Fernando Meirelles, realizado a partir do livro Ensaio sobre a Cegueira, do Nobel português José Saramago. O cineasta brasileiro, aclamado pela crítica internacional pela sua primeira longa-metragem CIDADE DEDEUS (2002), é convidado do Faial Filmes Fest 2008 e vai marcar presença entre nós.As sessões especiais do FFF2008 revestem-se, de resto, de um certo carácter consagrador do próprio cinema, presente tanto no filme THE LOVE-BIRDS, do jovem realizador português Bruno de Almeida, como em ZAGATI, dos cineastas brasileiros Nereu Cerdeira e Edu Felistoque, ou ainda em FERNANDO LOPES, PROVAVELMENTE, de João Lopes.No ano em que comemora o seu 5º aniversário, o Cineclube da Horta não poderia deixar de fazer uma menção especial à realização na Horta, integrado no FFF2008, do Encontro Nacional de Cineclubes. Trata-se de uma reunião que assume particular relevo numa altura em que o movimento cine-clubista se vê confrontado com novos e importantes desafios. O encontro da Horta poderá marcar uma decisiva viragem na coesão e acção conjunta dos cineclubes portugueses, cuja actividade tem contribuído decisivamente para o desenvolvimento sócio-cultural das comunidades onde se inserem. No âmbito deste encontro, que reunirá cerca de 20 cineclubes membros da Federação Portuguesa de Cineclubes, é com particular satisfação que recebemos também o Presidente da Federação Internacional de Cineclubes, Paolo Minuto.Salienta-se ainda, com imenso agrado, o programa do FFF Escolas.Pela primeira vez, este ano, o Faial Filmes Fest dedica especial atenção ao público das escolas, proporcionando a uma faixa etária mais jovem um programa de cinema de animação que comporta a estreia no Faial da primeira longa-metragem de animação totalmente produzida em Portugal – ATÉ AO TECTO DO MUNDO – e um programa comemorativo da FESTA MUNDIAL DA ANIMAÇÃO, que se assinala no dia 28 de Outubro um pouco por todo o mundo, em jeito de celebração deste género cinematográfico. Consciente da importância de cativar os jovens para as áreas criativas, no-meadamente o cinema, o Cineclube da Horta diversifica também assim o público do Faial Filmes Fest. Esta aposta reflecte-se ainda nos workshops que decorrem paralelamente ao festival – Produção de Filmes em Plano Sequência e Composição de Bandas Sonoras para Filmes - essencialmente desenhados para um público jovem, mas abertos a todos os interessados. Junte-se a tudo isto um espectáculo de encerramento com o apelo irresistível do “chôrinho”, do samba e da bossa-nova brasileiros; muita outra música, convívio, partilha de saberes, sabores e emoções, e aí está a Festa do Cinema!

Luís Pereira

FICHA TÉCNICA

FAZENDOIsento de registo na ERC ao

abrigo da lei de imprensa 2/99 de 13 de Janeiro, art.

9º, nº2.

DIRECÇÃO GERALJácome Armas

DIRECÇÃO EDITORIALPedro Lucas

COORDENADORES TEMÁTICOS

AlbinoCatarina Azevedo

Luís MenezesLuís Pereira

Pedro GasparRicardo Serrão

Rosa Dart

COLABORADORESFausto CardosoVerónica Neves

GRAFISMO E PAGINAÇÃOVera Goulart

[email protected]

ILUSTRAÇÃO CAPAIsabel Sampaio

PROPRIEDADEJácome ArmasPedro Lucas

SEDERua Rogério Gonçalves,

nº18, 9900-Horta

PERIODICIDADEQuinzenal

Tiragem_400

IMPRESSÃOGráfica O Telegrafo, De

Maria M.C. Rosa

[email protected]

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Marilyn Muuuu

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Cinema e Teatro DESCULPA PÁ PIPOCA

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA (BLINDNESS)

Um dos pontos altos do Faial Film-es Fest 2008, será certamente a antestreia do filme BLINDNESS de Fernando Meirelles. O Realiza-

dor de “Cidade de Deus” e “O Fiel Jardineiro”, desloca-se à cidade da Horta, acompanhado pelo produtor Nive Fishman e pelo argumentista e actor Don Mackeller. O Cineasta contactará com o público antes e após à sessão.O elenco promete, Juliane Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Yusuke Iseya, Don Mackeler, Gabriel Garcia Ber-nal, entre outros. A fita, que só irá para as salas portuguesas a 13 de Novem-bro e inaugurou o Festival de Cannes 2008, é baseada no livro do Prémio Nobel da Literatura, José Saramago, e “chama a atenção pela luz, e não pela escuridão”. Um Filme trabalhoso, complexo e ambicioso” – disse-me quem já viu o filme. O Jornal Globo, publicou que foi o “melhor filme de abertura da mostra nos últimos cinco anos” no Festival de Cannes. Por seu lado, o periódico “The Guardian”, escreveu, “Ousado e magistral” (…) “O cineasta pegou o romance apocalíptico de Saramago e transformou em um suspense cheio de ritmo, que desa-fia e arrepia”. A ver, na Quarta-feira, 29 de Outubro, no Cine Teatro Faialense, pelas 21:30, em sessão especial do Faial Filmes Fest.

L.P.

À VISTACriar com as próprias mãos Oficinas de cinema no Faial Filmes Fest 2008 Novas metas, novos rumosEste ano o Faial Filmes Fest apresenta uma programação ambiciosa com tudo o que é necessário para envolver toda a comunidade faialense numa grande festa de cultura. Muitos e variados filmes, homenagens a gente de cá da terra e de lá de fora e também música.Nesta semana de celebração do cinema e da cultura surge uma nova direcção dentro do festival que consiste na inclusão de oficinas de formação na área do cinema. Este facto é muito importante no sentido da dinamização da cultura faialense. O cinema pode ser um meio mágico de transformação, uma forma ideal para se colocarem as grandes questões individuais e colectivas dos nossos tempos. Mas para isso é preciso encontrar alguns instru-mentos, debater ideias, explorar o mundo da técnica e do pensamento. E não há melhor maneira do que experi-mentando na prática com as próprias mãos a vontade e a força do próprio acto criativo.

O que é um plano sequência?O plano sequência é o momento da magia do cinema por excelência. É um plano sem cortes de longa duração que encerra em si próprio uma pequena história, um significado preciso e uma possível ideia do que é o cinema. No momento em que cessa a montagem, o filme pára. Parece que o tempo se dilata e o espectador acompanha esse imenso movimento que sabe ser aquilo que o transporta para a essência de um personagem ou do próprio filme. A oficina de produção de filmes em plano sequência é uma oficina teórico-prática e propõe que cada participante seja introduzido às técnicas básicas de filmagem para então criar livremente a sua própria proposta de plano se-quência que irá filmar com a ajuda de um ou mais colegas.Data: 22 a 28 de Outubro de 2008 Horário: pós-laboral das 18h30 às 21h30 nos dias de semana Local: Escola Secundária da Horta Duração: 1 semana (5 x módulos de 3 horas + rodagem no fim-de-semana) Formador: Fausto André Cardoso Destinatários: aberto a todos os interessados em cinema Custo: 10 eurosNº. máximo de participantes: 12 Selecção dos participantes: enviar nota biográfica livre (1 página), breve análise de uma cena de um filme ou descrição de um episódio de vida (_ página), ideia para um minuto de filme em ficção ou documentário (_ página) para o Cineclube da Horta até 17 de Outubro através do endereço e-mail [email protected]

A música invade o cinemaTantos planos inesquecíveis que nos recordamos por causa daquela música que elevava a imagem para um espaço imprevisível. A utilização da música no cinema necessita de grande sensibilidade por parte do autor e do agente técnico. É um trabalho de composição e integração extremamente imaginativo e minucioso que será introduzido por um músico formado em Jazz e em criação de bandas sonoras.Data: 29 a 30 de Outubro de 2008 Horário: pós-laboral das 18h30 às 20h30 e das 21h30 às 23h00 Local: Escola Profissional da Horta Duração: 2 dias Formador: Nuno Costa Destinatários: aberto a todos os interessados em música Custo: 10 euros

Fausto Cardoso

Fazer em cimado joelhoSubmarino de Investigação Lulaseduzido por carros de campanha

No passado dia 10, sexta-feira, recebeu a nossa redacção relatos de vários avistamentos do pequeno submarino Lula em diversos pontos da cidade da Horta. Segundo apurámos mais tarde junto das nossas fontes Lula estaria no encalçe do carro de campanha de Partido Popular a tentar compreender as suas propostas políticas.Algumas pessoas presentes nessa manhã no Centro do Mar, onde o Lula se costuma encontrar com o companheiro CIMV3000 “para a cavaqueira”, afirmam que sentiram um estrondo por volta das 10h45 mas pensaram tratar-se de um turista alemão a mandar “bombas” do Tufo. Uma testemunha que por volta daquela hora estaria a sair do Departamento de Oceanografia e Pescas declarou ter visto Lula em perseguição de um “carro com um megafone que dizia umas coisas que não se percebiam muito bem” mas não lhe terá dado muita atenção pois como nos disse: “À dois dias atrás já o raio do submarino andava-me aí a toda a força atrás do carro da CDU”.Apesar das muitas tentativas feitas até ao fecho deste número não conseguimos entrar em contacto com o Lula mas fontes próximas do pequeno submersível afirmam que este se encontra bastante desapontado uma vez que das várias investidas feitas a única coisa que obteu foi um Kit Autonómico, e ainda para mais desde 1994 que não consegue tirar da cabeça o hino do PSD: “Nem os Dzr’t nem aquela música muito bonita dos Vangelis na altura do Guterres lhe fizeram passar aquilo” informou-nos a mesma fonte.

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#4 COMICHÃO NO OUVIDO Música

À DESCOBERTA

Os Sacarolles são uma banda do Faial composta por dois elementos, Joana (voz) e Christopher (guitarra acústica e harmónica), que se tem afirmado nos bares da ilha através de um repertório de covers criteriosamente escolhido, e que tem seguido uma linha as-cendente de qualidade, confirmada pela crítica do público. Esta quin-zena damos especial destaque aos Sacaroles, os quais entrevistámos. Isto foi o que deu:

FAZENDO Como surgiu o nome Sacarolles?SACAROLLES - Foi uma divagação do Chris (O Francês da banda), em que ele pensou que a palavra saca-rolhas fosse uma espécie de insulto. Então, começou a brincar com a pa-lavra e surgiu Sacarol… O nome foi rapidamente adoptado pela banda… Da divagação surgiram os Sacarolles… (risos)

F - Como se construiu a banda?S - A banda surgiu à semelhança do nome… experimentando em casa, tocando as músicas preferidas de cada um… pouco a pouco foi-se acentuando o estilo sacarolles… as oportuni-dades de tocar ao vivo que tivemos ao longo do nosso peque-no percurso ajudou imenso a ajustar o nosso estilo e fomos cativando a atenção dos que nos rodeiam.

F - Sabemos que o grupo é constituído por vocês dois, e que para além de tocarem juntos vivem juntos. Como é que con-ciliam a música com o resto?S - Facilita muito os ensaios! Acima de tudo tornou-se parte da nossa rotina como casal, sendo encarado como uma coisa natural. Ensaiamos as músicas em casa espontaneamente, não há a necessidade de marcar ensaios…podemos fazê-lo todos os dias depois do trabalho. Mas por vezes é complicado não misturar as duas coisas, mas quem sabe não é isso que nos torna aquilo que somos agora?

F - Quais são as vossas influências musicais?

S - Temos algumas influências comuns por sermos da mesma geração, mas ao mesmo tempo bastante diferentes por sermos de nacionalidades diferentes. Eu (Joana) oiço desde pequena Jazz, blues e rock sinfónico, mas mais tarde na adolescência ouvi muita música alternativa, electrónica e música do mun-do. As minhas influências principais (Chris) passaram entre punk rock, hip-hop, reggae, ska e música francesa. Mas os artistas com mais impacto são sem dúvida o Neil Young, Da-vid Crosby, Sublime, Tryo e Saian Supa Crew. Mas no fundo ouvimos um pouco de tudo… é difícil de definir.F - Como estamos de projectos futuros?S - Infelizmente os Sacarolles irão sofrer metamorfoses no futuro, pois a Joana tem de voltar à terra natal, por isso só o futuro dirá…

F - E como está para vocês o panorama musical no Faial?S - Nós conhecemos o faial há pouco tempo e como pessoas

de fora achamos que o Faial tem uma cena musical pouco de-senvolvida. Pelo que temos ouvido o panorama musical do Faial está claramente em ascensão. Já se vêem vários estilos de música a ganhar forma e espero que assim continue… diferentes visões musicais promovem a diversidade, essen-cial à construção da identidade da cidade.

F - Onde gostariam mais de dar um concerto?S - Em Marte…(risos)… ficava bem no cartaz… Sacaroles em Marte!

F - Ouvi dizer que já têm alguns originais…S - Sim… toscos mas alguns já mexem. Alguns ainda não es-tão prontos pois não têm letra. De qualquer maneira são só 4.

F - O que acham que falta ao Faial para apoio à música e à arte em geral?S - Achamos que falta um espaço cultural específico para o desenvolvimento das bandas locais, onde as bandas possam pagar cotas, mas tenham condições. Também achamos que falta coragem para apostar em pessoas com estilos diferentes do popular nas festas das freguesias e outras.

F – Obrigado e força!S – Obrigado nós e parabéns pelo jornal

Os Sacarolles & Amigos apresentam-se este fim de sema-na (dias 17 e 18) no bar XF a partir das 23h00. No dia 25 tocam na Fábrica da Baleia das Lages do Pico

Fausto

Já foi ouvido...

VANTAGE POINTdEUS 2008

O novo trabalho dos dEUS é o quinto da banda, e explora novos caminhos sonoros numa busca incessante pelo novo. Apesar de não ter a ferocidade dos álbuns antecedentes, a atmosfera melódica é bastante envolvente, susceptível de cativar não só os clássicos admiradores, como também novos ouvintes. Lá para o fim do álbum há um certo regresso às ori-gens, o que não retira o carácter experimentalista deste tra-balho. Estamos mais uma vez perante um excelente trabalho, graças a dEUS. F.

RAIN DOGS Tom Waits 1985

Inteiramente escrito e produzido por Tom Waits, o álbum confirma a passagem gradual de um jazz-blues de clube dos discos anteriores para uma sonoridade mais dinâmica e experimental com incursões pelo folk e rock. A temática percorre ambientes desde sempre explorados pelo músico, histórias difíceis e bizarras de gente que se move no inferno terreno, comunicadas com arte e mestria, ao calor da música desconcertante. Trata-se de um dos álbuns mais representa-tivos do génio de Tom Waits, o “chefe”. Em 1989 foi consid-erado o nº 21 na lista dos 100 melhores álbuns dos anos 80 pela revista Rolling Stone, e em 2003 o nº 397 na lista dos 500 melhores álbuns de sempre, pela mesma revista. Tom Waits é mais viciante que qualquer substância ilegal. F.

THIRDPortishead 2008 O regresso dos Portishead é sempre uma boa notícia. Ape-sar de deixar para trás alguma bagagem a favor de um novo recomeço, e expressar uma vertente mais punk, este novo trabalho identifica perfeitamente o estilo inconfundível da banda e da sua sonoridade melancólica e profunda. Ao início é um disco mais para admirar do que para amar, mas depres-sa os densos sintetizadores, os breaks de bateria e os finais abruptos de alta tensão nos levarão a um estado de vício. O aguardado regresso da banda justifica-se, e o Third é a prova disso. Imagino-me a ouvir este disco num bar de madeira, na calma da noite, com um whiskie de malte e à conversa com amigos desconhecidos, enquanto a chuva cai lá fora. F.

Os Sacarolles

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Artes Plásticas PVC

As mulheres da Terceira gostam de ser coroadas (2007)

Carlos Carreiro, pintor açoriano, oriundo de Ponta Delgada, nasceu em 1946. Hoje ocupa o lugar de Professor Associado da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto tendo a sua obra já sido exposta em numerosas galerias tais como: Bertrand, Roma e Pavia, Diagonale (París), etc. Em 1976 criou o Grupo Puzzle em conjunto com Graça Morais, Jaime Silva, João Dixo, entre outros, participando assim em mais de 300 exposições colectivas em Portugal e no Estrangeiro. Recebeu vários prémios, entre eles, a menção honrosa George Orwell (1984) da Fundação Calouste Gulbenkian e o Pré-mio Nacional de Pintura da 2º Bienal de Arte AIP (1996). Está representado em inúmeras colecções privadas e institucionais. Na nossa cidade, encontra-se representado na sala do plenário da Assembleia Legislativa dos Açores, no Hospital da Horta como também no Museu da Horta.

Jácome Armas

Até ao dia 30 de Novembro o Museu da Horta apre-senta uma exposição do pintor Pedro Solà. Criado em Buenos Aires, na Argentina, filho de uma pro-

fessora de Belas Artes frequentou vários cursos antes de se decidir pela pintura. Entretanto tornou-se navegador e encontra-se presentemente a pintar numa sala da Biblio-teca Pública João José da Graça. Abaixo apresentamos uma pequena conversa que tivemos com ele.

FAZENDO – Um passeio pela sua exposição revela-nos uma intimidade com o mar, a navegação, o viajante, os por-tos. Pode-nos contar um pouco o seu percurso de vida e como abraça tão intimamente a paisagem marítima?

PEDRO SOLÀ – Bom, começei a pintura muito antes de navegar mas faz agora 12 anos que estou a morar num barco onde estou viajando pelo mundo. Como quase toda a pin-tura que faço é uma vivência minha, e o mar está sempre presente, a sua inclusão torna-se inevitável. Além disso, adoro o mar.

F. - Como surge a sua estadia actual na Horta?

P.S. – Eu estive aqui há dois anos atrás quando trazia um barco de outra pessoa, porque os artistas são pobres e às vezes temos de trabalhar e tudo! (risos) Assim, o meu tra-balho quando não pinto é levar barcos de um sítio para o outro. Nessa altura, eu e a minha mulher, “pegámos” num barco na República Dominicana para o trazer até ao Medi-terrâneo. Acontece que o patrão, que veio connosco no barco, revelou-se uma pessoa insuportável de modo que quando chegámos à Horta decidimos deixá-lo. Ficámos quinze dias na ilha até que embarcámos noutro barco para o levar à Dinamarca. Gostei tanto da ilha que na altura disse à minha mulher que tinha de voltar para ficar mais tempo. Entretanto fiz os contactos para encontrar um lugar para pintar e a oportunidade acabou por surgir.

F. – Já alguma vez tinha parado noutro porto para uma “temporada artística”?

P.S. - Como é que vou explicar isto… Nós temos a liber-dade. Estamos aqui, subimos ao barco e decidimos, por exemplo, ir à Graciosa. Chegamos à Graciosa, não gosta-mos muito, levantamos a âncora e vamos para outro lugar. Aconteceu-me chegar a São Salvador da Baía no Brasil, dizer “Esta cidade é horrível, vamos ficar dois ou três dias e vamos embora”. Ficámos quase dois anos.

F. - …ficou lá a trabalhar?

P.S. - Sim, fizemos contactos, começámos a pintar, fizemos amigos. Depois arranjei um atelier, aluguei uma casa – no barco só pinto com aguarela, com óleo não se pode, nem pelo cheiro, nem pela sujidade ou até mesmo pelo taman-ho. Assim, normalmente pinto com aguarela e, uma vez por ano, alugo uma casa, ou um atelier ou alguém me empresta uma sala como esta e pinto quatro, cinco, seis meses com

óleo e depois vou-me embo-ra, até porque não posso con-servar estas pinturas: só soltando a tela e fazendo um rolo para en-tregar noutra galeria.

F. – Como vê o óleo e a aguarela? Opostos ou complementares?

P.S. – Eu acho que a expressão artística pode ser feita com qualquer coisa. Um músico pode tocar guitarra, piano ou outro instrumento qualquer mas cada um deles, cada técni-ca, tem uma sonoridade especial. Assim o óleo, para mim, tem muita força, é mais meditativo. Estou, talvez, um mês a fazer um óleo. A aguarela é mais espontânea. Faço uma aguarela em duas horas, ou num dia. No óleo se não gosto de uma cor posso tapar e pintar por cima. Na aguarela é impossível e nesse sentido é muito mais difícil porque não pode ter erro. Estou a pintar uma paisagem, termino e vejo que gostaria de ter feito outra coisa: deixo aquela e faço uma nova.

F. – Os títulos do seu trabalho revelam-nos uma alusão constante à definição do poema que nos pinta, sendo que ao título “sem título” recorre pouco. Na sua expressão tem como presente e objectivo os temas/imagens que nos quer apresentar?

P.S. – Normalmente o título é bastante alusivo ao tema. Eu não tenho muita imaginação para os títulos (risos) nem muita paciência. Há uns anos estava pintando uma coisa bastante forte, assim… selvagem, e entretanto chegou um amigo pintor e deu o título. Ele disse: “O Navegante Feroz. Pintura Selvagem de Pedro Solà”. Eu achei óptimo porque era a descrição do que eu estava a fazer.Por exemplo esta pintura (aponta-nos para um quadro no qual trabalha presentemente), estou pintando um poema de uma poetisa argentina mas, como a conheço bem, pinto o poema e a ela. Pinto as coisas que ela me relatou da sua vida. Como poria um título nisto? É muito difícil. Posso pôr “Adriana”, que é o seu nome, seria perfeito mas nin-guém perceberia o sentido. Ela contou-me uma história de quando era pequena em que o seu pai lhe amarrou uma li-belinha ao braço com uma corda fina (o quadro representa esta cena). Ela passeava e a libelinha ia voando à sua volta até que o pai cortou a corda para a soltar. Ela hoje em dia é uma grande poetisa, conhecida em todo o mundo, e eu acho que esta foi o início da sua poesia. E agora, que título vou dar a este quadro? Vou pôr algo como “Passeando a libelinha”.A pintura para mim é cor. A cor é mais importante que uma descrição.

Pedro Solà:navegar em óleos e aguarelas

Já foi exposto...

Albino e Pedro Lucas

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# 6 - ENDOS, - ANDOS, - INDOS Literatura

O autor Jean-Marie Gustave Le Clézio, que recebeu o prémio Nobel da Literatura este mês, não é um estre-ante, bem pelo contrário, e já tinha sido citado várias vezes como um dos candidatos preferidos da Academia Sueca. Começou a escrever aos oito anos quando fez uma lon-ga travessia para ir ao encontro do pai, que se encon-trava no Quénia. Nunca mais deixou de escrever nem de viajar, o que levou a Academia Sueca a considerá-lo “o autor da ruptura, da aventura poética e do êxtase sensual, o explorador de uma humanidade que está aquém da civilização dominante“, reforçando assim a sua voz de defensor de um mundo e de povos à beira da destruição. Autor de mais de trinta livros, a sua obra poderia ser dividida em duas épocas: uma primeira em que, influ-enciado pelo movimento do Nouveau Roman, explora a loucura, a linguagem e a escrita, surgindo como inovador e revoltado, o que lhe valeu a admiração de escritores e de críticos, e uma segunda época, a partir de 1970, quando, mais sereno, foram temas como a infância, as minorias, as viagens que se tornaram mais importantes. Foi esta última tendência que lhe valeu a admiração do público.Nas suas obras, como O Africano , Terra Amata , Can-çoneta da Fome ou O Deserto, mergulha num mundo introspectivo, mantendo sempre um olhar atento e agu-do sobre as realidades que o rodeiam, revelando-nos

povos, culturas e mitologias. Ecologista, defensor das minorias étnicas, surge como uma voz incómoda que não se limita ao romance e ao ensaio mas que se traduz também na sua vida pessoal e nas posições que toma.Le Clézio, quando entrevistado, ainda antes de saber que o prémio lhe seria atribuído, afirmava que “[se] escreve para obter uma resposta” e que todos os prémios são, como todas as leituras, uma resposta. Não faltam res-postas nem leitores a este escritor que, antes do Nobel, já ganhou os prémios Théophraste Renaudot (1963), Larbaud (1972), Paul Morand de l’Académie française (1980), Grand Prix Jean Giono (1977), Prix Prince de Monaco (1998) e Stig Dagermanpriset (2008).

Catarina Azevedo

Se gostas de histórias miste-riosas, de procurar pistas, de investigar, se julgas que és um detective tão bom como o Sher-lock Holmes ou o Hercule Poirot (personagens criadas pelos au-tores ingleses Conan Doyle e Agatha Christie), devias ler Os Casos do Comissário Antonino, do espanhol Samuel Bolín, em que o Comissário Antonino e o seu eterno rival, o detective Al-exandre Simão, descobrem quem matou o homem cego, quem é João Apara-Lápis, como se pode cometer um crime com uma faca invisível e quem raptou o tenor Giuseppe Sanzio. C.A.

Cartas – Antero de Quental

Nesta obra, em dois volumes, compilada graças à Universidade dos Açores, revela-se-nos um novo Antero.Não se trata de um livro para ler de uma só assentada mas antes de um daqueles livros que temos à cabeceira para ir lendo aos poucos, descobrindo o que pensa dos escritores da sua época, dos acontecimentos políticos e económicos. Na realidade, mais do que os outros, é o próprio Antero que se desvenda em cada palavra, com todas as suas fragilidades mas também com todas as suas convicções. C.A.

Le Clézio,o viajante incansávelPrémio Nobel de Literatura 2008

À CONQUISTA

Já foi lido...

A propósito de Prémio Nobel… Usando uma técnica que muitos escritores apreciam - a do manu-scrito que uma das personagens descobre - Pamuk, galardoado em 2007, leva-nos a descobrir a história de uma família e, através desta, desvenda a Turquia e os conflitos ideológicos que a as-solam.Numa época em que se fala da hipótese da Turquia integrar a União Europeia, a linguagem de Pamuk permite perceber mel-hor este país que oscila entre duas culturas e dois mundos, o daqueles que olham para o pas-sado e o dos que olham para o futuro. C.A.

Mãe, não tenho nada para ler...

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Ciência e Ambiente APAGA A LUZ

Nos Açores eram conhe-cidas nove espécies de

aves marinhas n i d i f i c a n t e s ,

mas recente-mente uma nova

espécie foi descrita e adicio-nada à lista que agora atingiu a dezena. Novas espécies surgem através de alopatria (quando são devidas ao isola-mento geográfico) e através de simpatria (quando a espe-ciação ocorre entre espécies que partilham a mesma área geográfica). É esse o caso do Paínho-de-Monteiro agora descrito, uma espécie que evoluiu em simpatria com o Paínho-da-Madeira, tam-bém conhecido nos Açores como Angelito ou Melro-da-baleia.À vista desarmada as duas es-pécies de paínho são difíceis de distinguir mas, quando nos servimos da tecnolo-gia para detectar o que os nossos olhos não vêem, as diferenças são muitas e sig-nificativas: diferenças gené-ticas, diferenças nos cantos e chamamentos, nas épocas de muda, na morfometria, no comportamento alimen-tar, na dieta e, consequent-emente, nas concentrações de mercúrio que acumulam

no seu organismo. O nome científico do Paínho-da-Madeira é Oceanodroma castro e o nome científico da nova espécie agora descrita é Oceanodroma monteiroi ou Paínho-de-Monteiro. As designações vernacular - “de-Monteiro” – e científica - monteiroi – perpetuarão assim a memória do investi-gador Luís Rocha Monteiro que tanto contribuiu para a descoberta e conservação desta espécie.O Paínho-de-Monteiro é endémico dos Açores, isto é, nidifica exclusivamente nas ilhas deste arquipélago e estima-se que a população tenha apenas entre 250 e 300 casais. O Paínho-de-Monteiro é, pois, uma das mais raras e ameaçadas aves do mundo e é urgente a sua conservação. Entre 2000 e 2003, o Departamento de Oceanografia e Pescas, através do investigador Mark Bolton, criou no ilhéu da Praia (Graciosa) 151 ninhos artificiais. A taxa de ocupa-ção destas estruturas foi ele-vada e o sucessso reprodutor do Paínho-de-Monteiro au-mentou consideravelmente. Dado o reduzido tamanho da população mundial é funda-mental continuar a trabalhar activamente no terreno para

a conservação desta espécie.Possa a descoberta e de-scrição do Paínho-de-Mon-teiro despertar em todos a vontade de proteger e conhecer melhor as aves marinhas dos Açores. Afi-nal, esta nova espécie é um velho habitante destas ilhas e já conhece os mares e as tempestades dos Açores há pelo menos 70 000 anos. Um presente para Linnaeus, para Darwin e para nós.

Verónica [email protected]

Paínho-de-Monteiro:uma nova espécie de uma velha ave

Recicle os seus resíduos!O primeiro passo para a reciclagem de resíduos é separar as embalagens usadas por tipo de material (papel, vidro e plástico). É importante escorrê-las e enxaguá-las para que os restos dos produtos que estavam no seu interior não provoquem maus cheiros.Sempre que possível, devem espalmar-se as embalagens de leite, as garrafas e garrafões de plástico para reduzir o espaço que ocupam e diminuir o número de deslocações ao ecoponto. Retire as rolhas e as tampas sempre que são feitas de outros materiais, diferentes da embalagem.Por fim, coloque as embalagens nos respectivos contentores: o plástico no ecoponto amarelo, o papel e o cartão no azul, e o vidro no verde. Para o ajudar nesta tarefa, con-sulte as regras de separação que se encontram afixadas no ecoponto. Não se esqueça que ao realizarmos a reciclagem estamos a contribuir para a poupança de matérias primas e para a preservação de recursos naturais.

ECOTECA

AQUELA DICA

COASTWATCHO projecto “Coastwatch Europe”, pretende alertar para os principais problemas do lito-ral, através da sua observação directa, nomeadamente aqueles que resultam da ocupação humana ao longo de várias gerações, intensificada nas últimas décadas do século XX.Este projecto, de carácter europeu, é coordenado pela Irlanda desde 1988, e conta com a colaboração de cerca de 23 países deste continente entre os quais Portugal.Todos os anos são cobertos cerca de 10 000km de costa em toda a Europa, através da participação de voluntários. Desde o seu aparecimento, o projecto Coastwatch deixou de ser apenas a recolha de informação e monitorização do litoral, para abranger outras áreas desde a consciencialização, educação ambiental ou ao nível da participação pública nas decisões que têm a ver directamente com o litoral.Melhorar o conhecimento da situação ambiental do nosso litoral, sensibilizar as escolas, instituições e população em geral para os problemas resultantes dos impactos da activi-dade humana na faixa litoral correspondem às valências mais importantes a adquirir num projecto desta natureza.Nos Açores participam no projecto várias Associações e Entidades, e a Ilha do Faial não é excepção.Uma vez mais, a Ecoteca do Faial e o OMA - Observatório do Mar dos Açores, estão envolvidos na monitorização do estado ambiental do litoral da Ilha do Faial, através do Projecto Coastwatch, contando com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar.Este ano, em parceria com a Azórica, também coordenadora de ilha, organizou-se no dia 4 de Outubro, uma sessão teórica de sensibilização e esclarecimento aberta ao públi-co, no Centro do Mar, com a participação da coordenadora nacional do projecto, Dra. Lurdes Soares, do GEOTA - Grupo de Estudo do Ordenamento do Território e Ambi-ente, entidade que coordena este projecto em Portugal. Seguiu-se um passeio junto à costa com os responsáveis pelos grupos com o fim de se tirar qualquer dúvida relativa ao preenchimento dos questionários.Durante os meses de Outubro, Novembro e Dezembro, serão combinadas as saídas de campo no âmbito do Projecto Coastwatch com escolas e com grupos de voluntários que queiram participar.Contactos: Ecoteca do Faial | T/F 292392389 | [email protected] | [email protected]://www.coastwatch-coastwatch.blogspot.com

Referências obrigatórias:

Bolton M, Smith A L, Gómez-Diaz E, Friesen V L, Medeiros R, Bried J, Roscales J L & Furness R W (2008). Monteiro´s Storm-petrel Oceanodroma monteiroi: a new species from the Azores. Ibis, 150: 717-727. [O artigo científico que contém a descrição oficial do Paínho-de-Monteiro]Onley D & Scofield P (2007). Al-batrosses, Petrels amd Shearwaters of the World. Christopher Helm Editions, 240pp. [Um excelente guia de identificação dos Procel-lariiformes do Mundo, o mais actualizado que existe, apesar de não incluir, ainda, o Paínho-de-Monteiro]Magnus R, Mullarney K & The Sound Approach (2008). Petrels night & day, a sound approach guide, 2 CDs, 300 pp. [Um mag-nífico guia dos cantos e vocaliza-ções de 23 espécies de Procel-lariiformes do Paleártico Oeste; contém fotografias, ilustrações, vocalizações e chamamentos do Paínho-de-Monteiro]

Caros leitores, gostaríamos desde já agradecer todo o feed-back que nos fizeram chegar, tenha sido este na forma de críticas, sugestões ou o simples “apoio moral”. O Fazendo propõe-se a concretizar novas ideias num futuro em que as condições económicas o permitam. A criação de um espaço de opinião pública que promova uma discussão construtiva de temas relacionadas com a cultura da nossa terra ou a anexação de uma página dedicada às “Artes de Palco” são alguns exemplos dessas ideias. Para continuarmos fazendo precisamos da vossa comparticipação. Apoie este projecto através de anúncios/contribuições.

A direcção

FAZENDO

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27 Out.20:30 | Biblioteca Pública e Arquivo Regional da HortaHOMENAGEM A DIAS DE MELODias de Melo: O Homem e o Escritor, com depoimentos de Sidónio Bettencourt e Victor Rui Dores22:00 | Cine Teatro FaialenseSESSÃO ESPECIALZAGATI, de Nereu Cerdeira e Edu Felistoque THE LOVEBIRDS, de Bruno de Almeida00:30 | Concertos FFF08 | Espaço LíquidoPEDRO NÚVEM, Concerto com lançamento de Videoclip

28 Out.10:30 | Escola Secundária Manuel de ArriagaFFF ESCOLAS - Dia Mundial da AnimaçãoATÉ AO TECTO DO MUNDO, de Carlos Silva, António Costa Valente e Vítor Lopes21:30 | Cine Teatro FaialenseSESSÃO ESPECIALHOMENAGEM A FERNANDO LOPESFERNANDO LOPES, PROVAVELMENTE, de João Lopes

29 Out.10:30 | Escola Secundária Manuel de ArriagaFFF ESCOLASFESTA MUNDIAL DA ANIMAÇÃO – Programa Infanto-Juvenil– Casa da Animação16:00 | Faial Resort HotelCONFERÊNCIA DE IMPRENSA – ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, com o realizador Fernando Meirelles, o produtor Niv Fichman e o argumentista Don McKellar21:30 | Cine Teatro FaialenseANTE-ESTREIA NACIONALENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, de Fernando Meirelles» Com a presença do realizador, do produtor e do argumentista do filmeConcertos FFF08 | Bar do Cine Teatro FaialenseNOITE CABO VERDIANA, com Alexandre Delgado

30 Out.21:30 | Cine Teatro FaialenseHOMENAGEM A FERNADO LOPESANTE-ESTREIA NACIONALO MEU AMIGO MIKE AO TRABALHO, de Fernando Lopes» Com a presença do realizadorConcerto FFF08 | Taberna de PimNOITE DE PORTO PIM, com Mr. Pimm Quartet

31 Out.15:00 | Biblioteca Pública e Arquivo Regional da HortaXVII ENCONTRO NACIONAL DE CINECLUBES» Sessão de Abertura dos Trabalhos21:30 | Cine Teatro FaialenseSESSÃO DE COMPETIÇÃO ISecção Regional e Secção Nacional do FFF0801:30 | BooKaConcerto FFF08NOITE VÁ… DIA, com bANdARRA

01 Nov.21:30 | Cine Teatro FaialenseSESSÃO DE COMPETIÇÃO IISecção Nacional do FFF0801:30 | CasaConcerto FFF08Urbanidades…, com Babudjah

02 Nov.16:30 | Biblioteca Pública e Arquivo Regional da HortaENCONTRO NACIONAL DE CINECLUBES» Sessões Abertas ao PúblicoZAGATI, de Nereu Cerdeira e Edu FelistoqueCAMINHOS DO CINECLUBISMO, de Diomédio Piskator21:30 | Cine Teatro FaialenseSESSÃO DE ENCERAMENTO DO FFF08» Cerimónia de Entrega de Prémios» Concerto de Encerramento, com RASPA DE TACHO

#8 FAZENDUS Agenda

até 31 de Outubro Exposições Fotográficas: “Uma Memória Digital

Atlântica” e “A Maneira Atlântica II”Biblioteca Pùblica João José da Graça

até 30 de Novembro Exposição de pintura de Pedro Solà

Museu da Horta

15 de Outubro Lançamento do Boletim nº. 17, 2008 do Núcleo Cultural

da HortaPrograma: Conferência “Do Regicílio à Republica: velhos inimigos e novos combatentes” por Drª. Maria Alice Samara, seguido de Concerto por Yuriy Gertsev (violino), Natália Bauer (violoncelo) e Ludmila Chovkova (piano).Auditório da Biblioteca Pùblica João José da Graça, 20h30.

17 de Outubro Concerto Sacarolles & Amigos

XF, 23h00.

Concerto Plano BBar do Teatro, 23h30.

18 de Outubro Actuação do Grupo Coral da Horta

Polivalente do Salão, 21h30

Concerto de Violino por Isabel RafaelIgreja dos Espalhafatos, 21hoo

Concerto Sacarolles & AmigosXF, 23h00.

19 de Outubro Sociedade Filarmónica Euterpe de Castelo Branco

Centro Paroquial Pe. José Correia da Rosa, 21h00

21 de Outubro “JOY DIVISON “

Cine Teatro Faialense – 21:30

Um filme realizado por Grant Gee e no elenco conta com Ed Stoppard, Tom Schilling, Bernadette Heer-wagn e Bernard Hill.Trata-se de uma fita que nos fala da banda de Ian Curtis sustentando a sua influência no reabilitar da deca-dente e arruinada Manchester dos início de setentas.No dia 4 de Junho de 1976, quatro rapazes de Manchester foram assi-stir a um concerto dos Sex Pistols e formaram aquela que viria a ser uma das bandas mais influentes da música popu-lar – os Joy Division. Este é o filme que conta a sua história, mostrando muitas imagens de concertos, fotografias e gravações inéditas, com a participação dos sobreviventes da banda - Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris - e depoimentos de Tony Wilson e Peter Saville (Factory Re-cords), Anton Corbijn, Annik Honoré, entre muitos outros. Um valioso documento para os amantes da música da Joy Division, que obteve influências de outros músicos e ban-

das contemporâneas como Iggy Pop ou David Bowie. De-pois de vermos o “Control”, será interessante ver este novo trabalho, através do Cineclube da Horta, e a ser exibido no Cine Teatro Faialense, na Terça-Feira, 21 de Outubro pelas 21:30. L.P.

23 de Outubro Filme: “Adormecimento do Vulcão”.

Lançamento de Álbum FotográficoLançamento do filme de Carlos Brandão LucasCine-Teatro Faialense. 21h30

Concerto bANdARRABar do Teatro, 23h00.

24 de Outubro Filme: “Adormecimento do Vulcão”

Lançamento de Livro por Assírio e Alvim.Salão Nobre dos Paços ddo Conselho da Horta, 20h30.

Concerto de Encerramento das Comemoraçõesdo 50º Aniversário do VulcãoIgreja da Matriz, 21h30 Filme: “Helboy II: O Exército Dourado”Cine-Teatro Faialense, 21h30(repete dias 25 e 26)

25 de Outubro Concerto de Violino por Isabel Rafael.Concerto do grupo À Capela.Igreja de Castelo Branco, 21h00.

Concerto Luís BettencourtCine Teatro Faialense - 21:30

26 de Outubro Actuação do Grupo Coral da Horta

Igreja de São Francisco, 21h00.

27 de Outubro (até dia 31) “A Hora do Conto”, com Carla Cook

Biblioteca Pública João José da GraçaBiblioteca Infantil/Ludoteca, 17h00

brevemente...