Fazendo 43

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Esta imagem é quase realista, só falta um pouco de plástico. 15 de Julho 2010 | Quinta | Edição # 43 | Quinzenal | Agenda Cultural Faialense | Distribuição Gratuita boletim do que por cá se faz

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boletim do que por ca se faz, agenda cultural faialense

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Esta imagem é quase realista, só falta um pouco de plástico.

15 de Julho 2010 | Quinta | Edição # 43 | Quinzenal | Agenda Cultural Faialense | Distribuição Gratuita

boletim do que por cá se faz

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Opinião Opinião

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ficha técnica - fazendo - isento de registo na erc ao abrigo da lei de imprensa 2/99 de 13 de janeiro, art. 9º, nº 2 - direcção geral: jácome armas - direcção editorial: pedro lucas - coordenação geral: aurora ribeiro - coordenadores

temáticos: catarina azevedo, luís menezes, miguel valente, pedro gaspar, ricardo serrão, rosa dart - colaboradores: alexandra simas, maria magalhães, patrícia carreiro, pedro monteiro, sara soares, sérgio paixão, teatro de giz,

tomás silva - projecto gráfico: paulo neves, elcubu, [email protected] - capa: jorge fontes - propriedade: associação cultural fazendo - sede: rua rogério gonçalves, nº 18, 9900 horta - periodicidade: quinzenal - tiragem: 400

exemplares - impressão: gráfica o telégrapho - contactos: [email protected], http://fazendofazendo.blogspot.com - distribuição gratuita

relacionadas com a escrita e com a

leitura são sempre bem-vindas na nossa Região, como em

qualquer outra parte do país e até do mundo.

Foi com essa linha de pensamento que a Associação Ilhas em

Movimento (AIM) (www.ilhasemmovimento.blogspot.com)

resolveu criar um concurso literário.

A ideia surgiu de uma conversa casual entre os membros da

associação. Deste momento de palavras soltas nasceu o I

Concurso Literário “Letras em Movimento”. O nome veio do

Presidente da AIM, Ricardo Pacheco, que, tal como os outros

membros, entende que esta arte deve ser um movimento

frequente e desejado por todos os açorianos.

É verdade que já existem concursos dentro desta linha de

trabalhos, mas quanto mais oportunidades, mais talentos.

Assim sendo, a AIM criou este projecto para todos os

açorianos, residentes nos Açores e açorianos que vivam fora

da Região. A referida associação acredita que os talentos

açorianos são uma mais-valia para o Arquipélago, o que a leva

a despoletar actividades desta índole.

Além disso, é importante salientar que o concurso também

está ligado à luta da AIM contra o analfabetismo e contra a

iliteracia. O objectivo da AIM é levar as pessoas a escreverem

mais, a lerem mais, a serem mais criativas.

A motivação dos concorrentes deve ser, além do gosto pela

escrita, a possibilidade de editar o trabalho vencedor ou

então receber um prémio monetário no valor de 500 euros.

Esta iniciativa tem como parceiro o EscreVIVER (n) os Açores,

sendo o mentor do projecto, Pedro Chagas Freitas, e a

coordenadora local do projecto, Patrícia Carreiro, júris do

referido concurso. O terceiro membro do júri ainda está por

CrónicaPatrícia Carreiro - Associação Ilhas em Movimento

confirmar, mas a organização tenciona que seja um escritor

açoriano.

No regulamento do concurso pode se ler que a AIM tem como

objectivo levar a escrita açoriana mais longe, fomentar e

consolidar hábitos de escrita e de leitura, promover a

criatividade e a imaginação e divulgar novos autores

açorianos.

A associação estipulou um limite a nível de idades para os

concorrentes, como habitualmente acontece nestes casos.

Assim sendo, podem concorrer interessados com idades

compreendidas entre os 18 e os 50 anos. O limite da idade foi

aumentado, uma vez que muitas pessoas com idades fora do

pedido mostraram interesse em participar no concurso. A AIM

achou, então, por bem dar mais hipóteses a novos escritores

que queiram projectar o seu trabalho e os Açores.

Os aspirantes a escritores podem concorrer, em português,

com trabalhos em prosa ou poesia. É necessário referir que

cada concorrente pode participar, apenas, com um trabalho,

contendo, no máximo, 200 páginas A4.

Todas as informações adicionais, assim como solicitação de

consulta do regulamento, podem ser pedidas através do email

de Patrícia Carreiro ([email protected]),

membro da AIM e júri do concurso.

A morada de recepção dos trabalhos será na sede da AIM, sita

à Rua António José de Almeida, 27 1º Direito, 9500 – 053,

Ponta Delgada, em São Miguel.

A AIM aceita trabalhos até 30 de Outubro de 2010, para que a

30 de Dezembro do mesmo ano possam ser divulgados os

resultados do concurso.

Os mesmos serão noticiados na comunicação social e no

blogue da AIM (www.ilhasemmovimento.blogspot.com). Outro

local na internet a albergar as novidades do concurso será o

blogue de Patrícia Carreiro, o espaço Communicare (www.

patriciacarreiro.blogspot.com).

Pelo movimento da escrita

Apoio: Direcção Regional de Cultura

Para obter os resultados, o júri terá em conta a criatividade e

inovação, a qualidade literária, a organização, coerência e

coesão do texto nos trabalhos apresentados.

O vencedor será informado por carta, de forma a entrar em

contacto com a AIM para se tratar do prémio a ganhar.

É de realçar o facto de que apenas um trabalho sairá

vencedor, sendo certo que se algum outro texto merecer, ser-

-lhe-á entregue uma menção honrosa.

Nunca é demais lembrar que apenas trabalhos inéditos e

nunca antes publicados ou vencedores de algum prémio

poderão concorrer.

A AIM conta com a maior adesão possível dos açorianos e

residentes nos Açores e pensa que o projecto já é uma aposta

ganha só pelo simbolismo da própria iniciativa.

O cenário exigido para a feitura dos trabalhos é o arquipélago

dos Açores, em qualquer ilha, como forma de levar mais longe

o nosso nome, as nossas tradições e costumes.

Para a AIM, é importante participar num projecto destes, pois

a escrita e a criatividade aliada à mesma é algo importante e

relevante nos dias que correm.

Note-se que a criatividade nunca é demais quando os talentos

existem. É por isso que a AIM tenciona dar continuidade ao

projecto Concurso Literário “Letras em Movimento”, que tem

agora a sua primeira edição.

Os açorianos que preparem a caneta e o papel e deixem fluir

a imaginação e a criatividade que moram nas suas mentes,

muitas vezes, mesmo sem o saberem.

Note-se que a Associação Ilhas em Movimento celebra em

Agosto próximo o seu segundo aniversário, tendo já realizado

diversas actividades relacionadas com a sociedade e a

solidariedade. Recolha de brinquedos no Natal, entrega de

material escolar, concentrações contra o abuso sexual de

crianças e pela luta pela paz são apenas algumas iniciativas

realizadas pela AIM, que tem como mote colocar a sociedade

em movimento. O

A Horta dosCabos Submarinos

uma organização conjunta do

Museu da Horta e Associação dos Antigos Alunos do Liceu da

Horta (Comissão dos Antigos Cabotelegrafistas), com o

patrocínio da ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações)

e Apto (Associação dos Portos do Triângulo), irá realizar-se no

dia 30 de Julho um Colóquio e será inaugurada uma exposição

sobre o Tempo dos Cabos Submarinos – O Porto da Horta na

História do Atlântico.

O Colóquio decorrerá durante o dia 30 de Julho no Auditório

da B.P. Arquivo Regional João José da Graça, sobre a temática

Análise Histórica e Memórias, e a exposição A Horta dos

Cabos Submarinos, será inaugurada naquele dia na sala

Polivalente do mesmo organismo, e estará patente ao público

até 31 de Agosto.

Da temática subjacente a esta iniciativa, destaca-se que no

século XIX, após já ter sido efectuada uma ligação directa

entre a Europa e a América por cabo submarino, os Açores

dada sua posição geográfica no Atlântico foram disputados

pelas potências internacionais para o estabelecimento de

uma ligação intermédia entre os dois continentes.

A partir de 1855, o Governo Português receberia diversas

propostas e projectos, quer a título individual, quer por parte

de companhias privadas, mas este tornou-se um processo

decisório moroso, dadas as rivalidades internacionais e o

domínio da diplomacia britânica sobre o Estado Português.

Só a 22 de Agosto de 1893, se completava a ligação entre

Carcavelos - Ponta Delgada - Horta, mediante um contrato

com a Telegraph Construction and Maintenance Company, a

partir do qual começariam a desenvolver-se novos projectos

de lançamento de uma rede de cabos submarinos ligando o

arquipélago ao continente português, e daí a outras partes do

mundo.

A ilha do Faial revelar-se-ia o principal ponto intermédio de

ligação no Atlântico Norte, ficando ligada à Alemanha,

Canadá, Estados Unidos da América, Irlanda, Cabo Verde,

Itália e França. As empresas internacionais de cabo submarino

mantiveram-se na Horta durante 76 anos, entre 1893 e 1969,

e esta singularidade da ilha do Faial na confluência das rotas

dos cabos que cruzam o Atlântico Norte, alterou o seu “modus

vivendi” como a projectou no âmbito do domínio global das

comunicações. O

Luís MenezesColóquio e Exposição

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MúsicaMúsica

03

“next big thing” proclamada aos

sete ventos pela imprensa musical é sempre bom saber que

ainda existem bandas que vão timidamente construindo o seu

percurso e que levam o seu tempo a fazer-se notar. Assim são

os The National.

“High Violet” (2010) The NationalPedro Lucas

Há um país em África que tem um Jazz que é só seu

Pedro Lucas

Information é uma série de discos

de estúdio lançada pela inglesa Strut Recordings, selo da

berlinense !K7 (responsável entre várias outras coisas pelas

aclamadas compilações “DJ-Kicks”). Tem esta série como

premissa juntar em estúdio músicos ou produtores com

alguma notariedade no panorama musical actual aos seus

ídolos de sempre. Foi assim em “Inspiration Information

Vol.1” e “Vol.2” que juntaram o americano Amp Fiddler e o

inglês Ashley Beedle às lendas jamaicanas Sly & Robbie e

Horace Andy respectivamente. Ao terceiro volume a Strut

decidiu pôr o colectivo de jazz londrino The Heliocentrics a

trabalhar temas novos e clássicos do pai do Ethio-Jazz -

Mulatu Astatke - e abriu portas a um dos discos mais

inspirados de 2009.

Segundo o que rezam várias fontes na internet, o Ethio-Jazz

surge na década de 60 quando Mulatu Astetke une o jazz

ocidental e a música latina (Mulatu foi o primeiro aluno

africano no Berklee College of Music de Boston) à música

tradicional da Etiópia, característica pelas sua escalas de 5

tons. Após cerca de 30 anos de relativa obscuridade é durante

a década de 90 que o género começa a angariar um maior

Mulatu Astatke & The Heliocentrics“Inspiration Information vol.3” (2009)

Mulatu Astatke

número de seguidores, muito devido ao aparecimento das

compilações Ethiopiques, que abriram o mundo para as

tradições musicais daquele país. É através das Ethiopiques

também que Jim Jarmush chega à musica de Astatke, cujos

temas ajudarão a criar a banda sonora de “Broken Flowers”

(2005) e que levará ao definitivo reconhecimento mundial do

compositor.

Membro activo na revolução cultural que se operou em Addis

Ababa durante os anos sessenta é característico de Mulatu

Astetke um fervor pela experimentação sonora e pela

recriação da tradição, o que não estranha a colaboração com

os The Heliocentrics e o seu “psico-jazz”. Inspiration

Information Vol.3 tanto contém novas versões de material

antigo do músico etíope como temas originais compostos em

conjunto com a banda inglesa.

Sem nunca perder de vista a matriz musical etíope o disco vai

deambulando por vários ambientes, que vão da américa latina

às arábias ou dos EUA à Nigéria, conseguindo a cada tema

reclamar uma identidade e coerência sonora notável (o

mesmo já não se poderá dizer duma grande parte do jazz

contemporâneo). Um caleidoscópio de sons e de influências

que misturam étnico, clássico e urbano e vai montando belas

paisagens sonoras instigadas por um baterista e uma secção

percussiva em constante groove. Ao piano ou ao vibrafone (o

seu instrumento de eleição) Mulatu Astetke vai guiando uma

verdadeira orquestra (participam também no disco vários

músicos etíopes radicados em Londres) de metais, teclas,

flautas, cordas, xilofones, percussões e outras coisas que tais,

ora na construção de deliciosos leitmotifs melódicos ora na

sua elaborada e consciente descontrução.

Um disco que também é jazz, mas é sobretudo muito mais.O

Juntam-se em 1999 estes rapazes do Ohio deslocados para

Brooklyn e gravam dois discos antes que uma editora

maiorzita decidisse pegar na coisa. Segue-se Alligator (2005)

e começam a surgir os primeiros burburinhos à sua volta que

são confirmados em Boxer (2007). Um par ou trio de temas

fortes por disco - “Fake Empire” deve ser a melhor canção

da década passada - e uma intensidade impressionante ao

vivo fazem os National chegar a 2010 tendo em “High Violet”

o primeiro disco lançado pelo 4AD e um dos álbuns mais

aguardados do ano.

Algures entre um rock mais orquestrado a la Nick Cave e um

pós-punk nervosinho à Joy Division poderemos encontrar uma

gaveta para pôr os meninos. Canções intensas regadas quer a

distorção de guitarra quer a arranjos de metais ou cordas e

balanceadas por um baterista hiper-activo, sustentam o

lirismo confessional da voz cavernosa de Matt Berninger. Num

tempo em que cinismo e ironia conseguem de facto, pela

coerência, ser os recursos que melhor servem esta geração

de compositores, é arrepiante a força com que o vocalista e

os restantes músicos se atiram a cada canção (ao vê-los ao

vivo fica-se de facto com a impressão de que deixaram uma

parte de si em cima do palco).

High Violet não será o melhor disco de sempre mas continua

a ter um trio de momentos sublimes - “Terrible Love”, “Afraid

of Everyone” e “Bloodbuzz Ohio” - candidatos a líderes de

rotação em qualquer sistema sonoro caseiro, e um resto de

temas que também não deixam nada a desejar.

E assim os meninos continuarão, devagar e subtilmente a

assumir-se como uma das bandas mais relevantes que por aí

anda. O

“Strange Weather, Isn’t it?” !!!Pedro Monteiro

Isn’t It? é o título do mais

recente álbum dos !!! - também conhecidos por Chk Chk Chk,

ou pela repetição sonora de quaisquer outros três sons

monossilábicos. Desde o lançamento de Louden Up Now em

2004 que sou fã incondicional desta banda. O seu disco-punk-

funk provoca efeitos estranhos no nosso organismo, forçando-

nos a mover os braços, as pernas e a cabeça freneticamente...

até o dedo mais pequeno do pé sente um ligeiro impulso para

dançar.

Em 2007 lançam Myth Takes e temas como Must be the Moon,

Heart of Hearts, Yadnus e All My Heroes Are Weirdos

começam a rodar incessantemente no meu leitor de CDs.

Nesse mesmo ano tive a felicidade de os ver actuar ao vivo no

Coliseu de Lisboa durante o festival Dance Station. Tentei

rivalizar com Nic Offer dançando efusivamente ao longo de

todos os temas. Nic é o vocalista da banda que em palco se

transmuta numa imparável máquina de dançar em

permanente curto-circuito. Não consegui...

Há cerca de 2 semanas, quase dois anos após ter vindo viver

para o Faial, vejo a notícia do lançamento de... Strange

Weather, Isn’t It? ... “yeeeEEEEAAAAAHHH!!!” (num misto de

concordância e felicidade).

AM/FM é a primeira pérola em forma de single a ser extraída

deste trabalho, mas à medida que as faixas vão passando,

vão-se descobrindo outras como Wannagain, Wannagain,

Jamie, My Intentions Are Bass ou The Hammer.

Gravado na sua maior parte em Berlim, o novo trabalho dos

!!! mantém a mesma irreverência e energia a que nos

habituaram nos registos anteriores - com guitarras

intermitentes e grandes malhas de baixo mas desta vez com

mais algum psicadelismo à mistura.O

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Cinema Arquitectura e Artes PlásticasTeatro e Cinema

04

Essa GenteSérgio Paixão

primeiro lugar está o mais alto, aquele que é

bastante magro, que tem o cabelo grande, aquele que é

melancómico... Ó pá, o que ele escreve... Aquilo é que é dar

ao dedo! Ele e o seu caderninho de notas, aforismos e

vislumbres... E se à noite se encharca de jornalismo,

ficcionismo e humorisimo, de dia é vê-lo nas aulas de escrita

criativa nas Produções Fictícias...

É preciso dizer meus senhores que nas Produções Fictícias não

se brinca em serviço, meus senhores, não se brinca em

serviço... trabalha-se!

E depois há o outro... o do cabelo curto, mas já a dar p’ro

grizalho... Aquele que é alentejano e tem um talento maior

que ele. Aquele que é actor de teatro há uma porrada de

anos mas que ficou muito mais conhecido depois de entrar

nos CONTEMPORÂNEOS. E ele está na IMDB e na Wikipedia.

Mas não gosta de se dar ares... É modesto e trabalha com

início a um ciclo de artigos dedicados

a realizadores de cinema independentes, apresentamos o

realizador Hal Hartley. Realizador norte americano nascido

em Nova York em 1959, pertencente a uma famíla de

operários metalúrgicos, actividade que ele próprio exerceu

por diversas vezes durante o seu curso de cinema, cedo se

demonstrou o seu talento para a realização de cinema. Em

1991 ganhou o Waldo Salt Screenwriting Award do Sundance

Film Festival com “Trust – Uma Questão de Confiança”, filme

que lhe valeu igualmente alguns prémios do público em

festivais internacionais. Em 1994 Hal Hartley ganhou o “Young

Filmmakers Award” do Tokyo International Festival com o

filme “Amateur” e em 1998 ganhou o prémio de Best

screenplay do festival de Cannes com o filme “Henry Fool”.

Entre os filmes mencionados destacam-se ainda as longas-

-metragens “The Unbelievable Truth – A Incrível Verdade”

(1989), “Flirt” (1995), “The Girl From Monday – A Rapariga de

Monday” (2005) e “Fay Grim” (2006).

Como realizador independente Hal Hartley criou a sua

produtora sob o nome Possible Films. Hal Hartley não só

dirige os seus filmes como também é geralmente o

argumentista, produtor, editor e compositor, tendo as bandas

sonoras dos seus filmes realizados até 1995 sido assinadas sob

o pseudónimo Ned Rifle.

Devido aos orçamentos reduzidos os seus filmes geralmente

são rodados em espaços existentes, não existindo cenários,

nem efeitos especiais ou outros elementos que impliquem

uma produção dispendiosa. Assumindo igualmente a direcção

de actores os filmes de Hal Hartley caracterizam-se por

viverem dos excelentes argumentos, com histórias algo

insólitas, mais próximas das peças de teatro, e diálogos

excepcionais. O

Hal HartleyMiguel Valente

afinco e profissionalismo.

É preciso dizer, meus senhores, que em casa deste alentejano

não se intruja, meus senhores, não se intruja... trabalha-se

com honestidade!

E depois há os outros... A Inês que docemente controla as

despesas e põe ordem na casa... O Sérgio que é um sonoplasta

meticuloso que fala à grandalhão e que está sempre a dizer

... Meu isto... meu aquilo... E há o Paulo, sereno mas

observador, com um olho clínico para a edição de imagens...

E o Feliciano que faz desenhos com a luz como quem pinta

uma tela de emoções... E também o João que inventa

cenários para enfeitar a nossa imaginação.

É preciso dizer, meus senhores, que em casa desta gente não

se perde tempo, meus senhores, não se perde tempo...

trabalha-se com competência...

E depois... e depois há o BREL, e as canções que ele fez, e a

vida que ele viveu, e a sua passagem pelos Açores e os dias

em que esteve no Faial. Dizemos muitas vezes que Brel

morreu vai para 32 anos, mas eu tenho a certeza que o vi

ontem no palco do Teatro Faialense... e quem o trouxe ao

palco foi ESSA GENTE... o NUNO, o DINARTE e os outros... E

não fui só eu que vi JACQUES BREL no palco. Mais pessoas que

estiveram lá no teatro Faialense me vieram dizer a mesma

coisa.

E então, por um instante, eu acredito nisso, meus senhores,

por um instante, um instante somente... porque desta ilha,

meus senhores ninguém sai, ninguém sai...

Mas está a fazer-se tarde, meus senhores, são horas de eu ir

à doca e certificar-me que o Askoy já partiu rumo ao

Pacífico...O

Brel nos Açores

A equipa do Espectáculo “Brel nos Açores”,

na Praia do Almoxarife

teatro de Giz repõe À espera de Godot de

Samuel Beckett, com encenação de João Garcia Miguel.

Sábado 24 e Domingo 25 de Julho pelas 21h30, no Teatro

Faialense

Num sítio que tem uma árvore mas que de resto “é como

nada”, Didi e Gogo esperam por Godot. Pouco nos é dado a

conhecer deste, para além do encontro que terá marcado

com as duas personagens principais. O compromisso

condiciona a vida de Didi e Gogo, condenados a voltar ao

mesmo sítio todos os dias até que anoiteça ou que Godot

consume a visita. Enquanto esperam, surgem as conversas, as

memórias, as interrogações, e, por fim, as inquietações, que

passam a constituir a sua rotina, brevemente interrompida

pelas aparições de Pozzo e do seu criado (Lucky) e do menino,

o portador de mensagens de Godot. Mas disto o que é que é

novo e o que é que é repetição? O que é que é sonho e o que

é que é realidade?

Reposiçãoteatro de giz

Realizador Independente

À Espera de Godot é, segundo o autor, uma tragicomédia em

dois actos. Primeiramente apresentada em 1953, a obra,

apontada como um dos mais proeminentes trabalhos do

Teatro do Absurdo, continua a despoletar intrigantes novas

interpretações. O

À Espera de Godot

Fotografia: Rui Prieto

Hal Hartley

Page 5: Fazendo 43

Arquitectura e Artes plásticas

Observatório do Mar dos Açores organiza

este ano a segunda edição do concurso multiartes de Porto

Pim – Porto PimTado.

Após o grande sucesso desta iniciativa no ano passado com a

participação de 32 concorrentes e perto de 60 obras, este

ano prevê-se uma adesão ainda maior.

Com este concurso o OMA pretende estimular a criatividade e

originalidade da população local e dos visitantes da ilha do

Faial para que, sensibilizados pela beleza singular de Porto

Pim, se expressem através da Pintura, Escultura, Fotografia,

ou qualquer outra arte (vídeo, colagem, tapeçaria, etc.).

Este ano, e para possibilitar um maior leque de possibilidades

aos concorrentes foi criada uma nova categoria a concurso -

Arte Livre, que permite aos participantes apresentarem

trabalhos em outras formas de arte como a tapeçaria, a

olaria, a colagem, o vídeo etc.

O tema de fundo desta segunda edição do Porto PimTado é

“Porto Pim como Inspiração de Arte”. Os trabalhos deverão

explorar de forma criativa os motivos e elementos

inspiradores da zona de Porto Pim e da sua área envolvente

(Monte da Guia, Monte Queimado, Entre-Montes, Baía,

Bombardeira, etc...).

Arquitectura e Artes Plásticas

05

Porto PimTado Pedro Monteiro - OMA

Este concurso está aberto a obras individuais de autores com

idade superior a 15 anos e cada autor poderá participar no

máximo com três trabalhos e concorrer em mais do que uma

modalidade. Os trabalhos apresentados deverão ser originais

e inéditos, não sendo consideradas obras que já tenham

participado noutro concurso.

Serão atribuídos prémios distinguindo as 3 melhores obras de

cada modalidade, podendo ainda ser atribuídas menções

honrosas, caso o júri assim decida. Assim, para cada categoria

os prémios são:

Pintura:

1º Prémio

- Prémio Banif – 200€

- 1 Telemóvel TMN Bluebelt I

- Kit de Desenho c/ estojo em madeira – Windsor & Newton

(Atelier Íris Horta)

2º Prémio

- Viagem de Whale Watching (Peter)

- Massagem (Carmen – Gabinete de Estética)

3º Prémio

- Jantar para 2 pessoas na Taberna de Pim

Fotografia:

1º Prémio

- Prémio Banif – 200€

- Software Paint Shop Pro (Marques & Silva)

- Vale 50€ em serviços de fotografia na FotoJovial

- 1 Telemóvel Nokia 1209 TMN

2º Prémio

- Viagem de Whale Watching (Peter)

- Massagem (Carmen – Gabinete de Estética)

3º Prémio

- Jantar para 2 pessoas na Taberna de Pim

Escultura:

1º Prémio

- Prémio Banif – 200€

- 1 Rebarbadora B&D CD115 700W (Teófilo, SA)

- 1 Telemóvel Nokia 1209 TMN

2º Prémio

- Viagem de Whale Watching (Peter)

- Massagem (Carmen – Gabinete de Estética)

3º Prémio

- Jantar para 2 pessoas na Taberna de Pim

Hal HartleyMiguel Valente

Arte-Livre:

1º Prémio

- 1 noite na Estalagem de Stª Cruz p/ 2 pessoas

- Impressora Brother DCP-145C (Marques & Silva)

2º Prémio

- Jantar p/ 2 Pessoas no Kabem Todos

- Impressora Brother DCP-145C (Marques & Silva)

3º Prémio

- Telefone Sem fios AC 180 Siemens

- Impressora Brother DCP-145C (Marques & Silva)

Este ano haverá também um PRÉMIO MULHER DE PORTO PIM

que distinguirá a melhor obra realizada por uma artista

feminina. A vencedora receberá uma edição do livro “Mulher

de Porto Pim” de António Tabucchi e um dos seguintes

prémios à escolha:

- vale de 50€ em compras na ComCor

- vale até 100€ em calçado FLY London na ComCor

Os coordenadores temáticos do jornal FAZENDO atribuirão a

MENÇÃO HONROSA FAZENDO a um dos trabalhos que terá a

oportunidade de ser publicado na capa de uma das edições

seguintes deste jornal (ver caixa).

Todos os premiados receberão ainda uma t-shirt.

As obras deverão ser entregues até ao dia 23 de Agosto na

Fábrica da Baleia de Porto Pim. Os trabalhos serão avaliados

por um júri convidado pelo OMA e serão expostos ao público

entre os dias 29 de Agosto e 26 de Setembro, na Sala dos

Óleos da Fábrica da Baleia. A Cerimónia de Entrega de

Prémios decorrerá no mesmo local, no dia 29 de Agosto

aquando da inauguração da exposição.

O regulamento encontra-se disponível em www.facebook.

com/porto.pimtado e www.oma.pt. Para mais informações

contactar [email protected]

Concurso MultiArtes - 2a Edição

no concurso Porto PimTado a menção

honrosa Fazendo será atribuída àquele ou àquela artista

capaz de mostrar um dos seguintes talentos:

- Capacidade de perspectiva multi-dimensional e de invenção

do Tetraismo (generalização do Cubismo a 4 dimensões) que

desvalorizem as obras de Picasso para metade.

- Capacidade de criação de esculturas ainda mais estreitas

que as de Giacommetti e que se aguentem com o vento

quando colocadas na ponta do Tufo.

- Capacidade de explorar a holografia através de uma máquina

Pentax de modo a que o holograma resultante da Baía do

Porto Pim se encontre na América para melhor enganar

possíveis piratas.

- Outras capacidades, dependendo das artes, que deixem o

júri de boca aberta.

A este(a) artista será dado o privilégio de exibir o seu trabalho

na capa do jornal Fazendo – a mais prestigiada revista de Arte

e Ferramentas da ilha do Faial. O

Associação Cultural FazendoMenção Honrosa Fazendo

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Literatura Literatura

06

Vidas - biografias, perfis e encontrosCatarina Azevedo

de Maria Filomena Mónica

de uma série de pequenos

capítulos (que se encerram com uma bibliografia que

permitirá aprofundar os conhecimentos sobre os temas),

Maria Filomena Mónica atravessa uma parte dos séculos XIX e

XX, centrando-se em figuras que, por alguma razão, captaram

o seu olhar.

Algumas dessas figuras são-nos familiares e já nos tínhamos

cruzado com elas noutras obras da autora – é o caso, por

exemplo, da família Dabney já que o capítulo que abre o livro

não é mais do que o alargar do prefácio que escrevera para a

antologia sobre esta família, Uma Família Americana nos

Açores -, o que não nos impede de descobrir novos aspectos

que, por uma razão ou outra, tinham sido menos focados.

Outras são figuras que marcaram os dois séculos que

percorreu, tais como os irmãos D.Pedro V e D. Luís I (cujos

reinados foram marcados pela concepção que os seus

contemporâneos tinham deles, sendo que o primeiro era visto

como mais bisonho e o segundo como um diletante. No

entanto, a autora não se fica pelas simples aparências e

mostra-nos um D.Pedro cuja maior preocupação era uma

rectidão severa em todos os seus gestos que o levou a

contrário do que a maioria das

pessoas pensa, em grande parte as crianças reagem muito

bem à poesia, já que ainda estão na altura em que o som

prima sobre o sentido e porque se deixam facilmente

encantar pela musicalidade que habita a escrita. Além disso,

como ainda não têm preconceitos em relação ao que é ou

não aconselhável ler são mais intransigentes e não se deixam

influenciar por regras bem-pensantes, lêem o que lhes

agrada.

Talvez por isso Matilde Rosa Araújo tenha tido tanto sucesso

junto dos mais novos, a sua voz era como um eco das deles e

por isso eles deixavam-se captivar, era como se a Tila dos

livros fosse a Matilde que os escrevia, e de certa forma até

era, um adulto que se deixava habitar pela infância e as suas

reminiscências.

O mês de Julho viu partir Matilde Rosa Araújo mas o cortejo

Matilde Rosa AraújoCatarina Azevedo

de personagens que criou permanece vivo nas memórias.

Muitos recordam o seu nome dos livros lidos na infância, os

solares, aqueles em que os dias pareciam sempre durar mais

e as crianças inventavam um sem fim de brincadeiras, e os

sombrios, aqueles bem mais negros onde, de repente, a

infância se estilhaçava em sofrimento, mas a obra de Matilde

Rosa Araújo não se cinge às duas dezenas de livros infanto-

-juvenis que escreveu já que se dedicou também à poesia e à

novela bem como ao jornalismo, abordando os mais diversos

temas e provando a sua versatilidade como escritora.

No entanto, antes do mais, Matilde Rosa Araújo era alguém

com um amor infinito pelas crianças e acérrima defensora dos

direitos destas, tendo, aliás, dedicado-lhes a sua vida e

grande parte do seu trabalho literário, defendendo

constantemente a importância da leitura na formação dos

mais jovens e implicando-se no trabalho da Unicef e do

Instituto de Apoio à Criança.O

defender posições – como a progressão pelo mérito - que,

num país marcado pela corrupção e pelo nepotismo, não lhe

granjearam muitos aplausos. Em relação ao irmão, vê para

além da capa de superficialidade e da imagem de

despreocupado que o próprio irmão ajudou a construir,

mostrando como confiou em Fontes Pereira de Melo como

figura de poder), os “Vencidos da Vida” (fixando-se não só nas

vidas dos mais conhecidos – Eça de Queirós, Oliveira Martins,

Antero de Quental, Ramalho Ortigão ou Guerra Junqueiro –

mas também analisando os que gravitavam em torno deles e

as celeumas que as suas ideias levantavam), a condessa de

Rio Maior (cuja correspondência nos permite seguir não só o

desenrolar das lutas liberais mas também o que se passava na

Europa já que que tinha a lucidez de crer que tal afectaria o

destino de Portugal) ou o conde de Burnay (cuja riqueza

desmedida marcou o imaginário do século), mas também D.

Juan Carlos, rei de Espanha, Charles Darwin, Cavaco Silva,

Clint Eastwood ou figuras bem mais anónimas como os

operários da indústria têxtil que protagonizaram inúmeras

revoltas quando a pressão industrial tornou os ritmos de

trabalho insustentáveis.

A óptica de Filomena Mónica nunca é neutra, mas quem

escolhe lê-la já o sabe e poderá até divertir-se a discordar da

óptica pela qual observa a realidade.O

Mãe, não tenho nada para ler

Catarina Azevedo

estamos fartos dos nossos pais,

das regras e de tudo o que eles nos dizem, mas quando se vão

embora ficamos sem saber o que fazer. Felizmente para a

Joana-Ana existe o João Sebastião, um amigo muito especial

que está numa cadeira de rodas. Se quiseres saber porque é

que o pai dela está em França, o que faz enquanto espera

que ele volte ou quem é a moura do castelo não deixes de ler

Joana-Ana de Matilde Rosa Araújo.

`“Joana-Ana”, ilustração de Maria Keil

Joana-Anade Matilde Rosa Araújo

Uma palavrinha aos pais – A morte de um autor não é a morte

da sua obra e Matilde Rosa Araújo sabia como ninguém

abordar temas complicados como a tristeza, o isolamento e o

sofrimento, tornando-os compreensíveis pois explicados pelas

próprias crianças. A sua obra é também uma defesa

apaixonada da importância das relações que as pessoas

estabelecem e, embora Joana-Ana não seja uma obra poética,

é uma forma deliciosa de os iniciar à musicalidade da leitura

e da obra desta autora.O

Matilde Rosa Araújo

Catarina Azevedo

Page 7: Fazendo 43

Ciência e AmbienteCiencia e AmbienteMarés

07

Alexandra Simas - OMA

âmbito das comemorações do

Ano Internacional da Biodiversidade o Observatório do Mar

dos Açores em parceria com a REMA (Rede Marinha dos

Açores), a Câmara Municipal da Horta e a Secretaria Regional

do Ambiente e do Mar através da Ecoteca do Faial e com os

apoios de Norberto Diver e IMAR/DOP-UAç, promove quatro

actividades de recolha e identificação de organismos marinhos

em dois locais da ilha do Faial: Praia do Almoxarife e

Varadouro, contribuindo adicionalmente para o Galardão da

Bandeira Azul.

Estas actividades têm como principal objectivo permitir a

envolvência dos participantes com o meio marinho através do

contacto directo com a sua Fauna e Flora, visando a

sensibilização e educação ambiental. Desta forma, alertar

para a singularidade, riqueza e fragilidade das comunidades

biológicas marinhas dos Açores torna-se uma tarefa mais

fácil.

No passado dia 7 de Julho realizou-se na Praia do Almoxarife

a primeira actividade “Marés 2010”. Na companhia de

Biólogos Marinhos, Técnicos de Educação Ambiental e

Mergulhadores, participaram 21 crianças entre os 6 e os 12

anos das freguesias dos Cedros e do Salão. Foram recolhidas e

identificadas 26 espécies diferentes, entre elas um polvo,

Octopus vulgaris, que gerou grande entusiasmo. A diversidade

de cores, formas e comportamentos observados foi suficiente

para evidenciar o deslumbramento nas expressões de todos

os envolvidos na actividade.

De forma a tornar esta experiência mais abrangente, irão

realizar-se mais 3 sessões nas seguintes datas: 14 e 23 de

Julho (10h-12h) no Varadouro e 28 de Julho (16h-18h) na Praia

do Almoxarife. Participe e deixe-se envolver pela

Natureza!O

Painho-de-MonteiroMaria Magalhães - DOP/UAç

Recolha e Identificação de Biodiversidade Marinha

de duas populações distintas

de reprodução sazonal de painhos no arquipélago dos Açores

foi documentada pela primeira vez pelo Luis Monteiro, em

1996.

A descoberta das diferenças morfológicas, bem como nas

vocalizações, entre as populações, indiciou que podiam

representar duas espécies distintas. O Painho-de-Monteiro

(Oceanodroma monteiroi), que nidifica durante o Verão, é

sensivelmente menor, entre 5-10% em termos de massa

corporal, do que o Painho-da-Madeira (O. castro), o qual

nidifica durante a estação fria nos Açores. Também é

proporcionalmente mais alado e tem, em média, uma cauda

mais longa. As suas vocalizações possuem uma sílaba a menos

do que as do Paínho-da-Madeira. Análises recentes de

genética de mtDNA e de microssatélites destas populações de

painhos confirmaram esta diferenciação. O Paínho-de-

-Monteiro constitui uma espécie geneticamente distinta e

isolada do Painho-da-Madeira, e de todas as outras populações

de O. castro dos oceanos Atlântico e Pacífico. A análise de

isótopos de carbono e nitrogénio nas penas revelam que a

dieta do Painho-de-Monteiro difere da do Painho-da-Madeira

quer no período de reprodução quer nos restantes meses do

ano.

A distribuição no mar do painho-de-Monteiro parece ser

confinada ao arquipélago dos Açores, durante os meses de

verão e inverno, onde actualmente nidifica em apenas dois

pequenos ilhéus vizinhos com uma população total estimada,

em 1999, em apenas 250-300 casais.

Mark Bolton, Andrea L. Smith, Elena Gómez-Díaz, Vicki L. Friesen, Renata

Medeiros, Joël Bried, Jose L. Roscales & Robert W. Furness. 2008. Monteiro’s

Storm-petrel Oceanodroma monteiroi: a new species from the Azores. Ibis, 150,

717-727.O

(Síntese do artigo de descrição da espécie de Bolton et al. 2008)

Painho-de-Monteiro (JBried©ImagDOP)

Actividade na Praia do Almoxarife no passado 7 de Julho

Uma nova espécie para os Açores

- Actividades de Educação Ambiental

Page 8: Fazendo 43

Fazendos fazendus

08

Agendaaté 25 de JulhoExposição: Banco de Artistas

Banco de Portugal

16 e 17 de JulhoFestas de Verão da Conceição

dia 16

21h30 - Grupo folclórico do Salão

22h30 - Grupo Hugo Duarte e Rui Rodrigues

23h30 - Ídolos do Faial

dia 17

15h30 - Conexão Hip Hop

16h - Insufláveis, Karts e Pinturas Faciais para crianças

17h - Torneio de Skate “Conceição sobre rodas” para inician-

-tes e amadores (Inscrições até 30 minutos antes da prova:

292293448)

18h30 - Torneio de Street Basket (Inscrições até 30 minutos

antes da prova: 292293448)

21h30 - Grupo Folclórico dos Flamengos

22h30 - Banda Gerações

23h30 - Onda Jovem

Cinema: “O Sexo e a Cidade 2”

de Michael Patrick King

Cine-teatro Faialense | 21h30

17 de JulhoPerímetro da Caldeira

Percurso Pedestre com a AZORICA

mais informações: 964252281

Concentração na Caldeira | 14h30

Festa do Chicharro

20h - distribuição gratuita de chicharros e bolo de milho

23h - baile

Parque de Campismo do Salão

21 de Julho

“À Quarta o Palco é Seu”

Animação de Verão

Praça do Infante | 21h30

23 de JulhoGrupo de Cantares Sons do Vale

Praça do Infante | 21h30

GatafunhosTomás Silva e Aurora Ribeiro - ilhascook

23 a 25 de Julho

Teatro: “À Espera de Godot”

de Samuel Beckett

Teatro de Giz

Cine-teatro Faialense | 21h30

27 de JulhoWorkshop de Modelagem de Balões

com Sário Amaral

dos 6 aos 14 anos | Inscrições: [email protected]

Banco de Portugal | 10h às 12h

28 de JulhoBiodiversidade nas Zonas Balneares

Dia Mundial de Conservação da Natureza

Inscrições na CMH: [email protected] ou

292 202 040

Praia do Almoxarife | 16h às 18h

28 de Julho“À Quarta o Palco é Seu”

Animação de Verão

Praça do Infante | 21h30

30 de JulhoTeatro: “Ó Zé, Põe-te em pé!”

de Sérgio Luís

Teatro Carrocel

Praça do Infante | 21h30

O Tempo dos Cabos Submarinos

Colóquio: Análise Histórica e Memórias

Exposição: A Horta dos Cabos Submarinos

(até 31 de Agosto)

Biblioteca Pública das 10h às 18h