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1 FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Livro II Ensinos e Parábolas de Jesus Módulo V Aprendendo com Fatos Cotidianos

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FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita

Livro II – Ensinos e Parábolas de Jesus

Módulo V – Aprendendo com Fatos Cotidianos

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E o servo de um certo centurião, a quem este muito estimava, estava doente e moribundo. E, quando ouviu falar de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo. E, chegando eles junto de Jesus, rogaram-lhe muito, dizendo: É digno de que lhe concedas isso. Porque ama a nossa nação e ele mesmo nos edificou a sinagoga. E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; e, por isso, nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: vai; e ele vai; e a outro: vem; e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz. E, ouvindo isso, Jesus maravilhou-se dele e, voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé. E, voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo enfermo. Lucas, 7:2-10.

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• Cafarnaum é caphar, que designa aldeia.

• Era uma aldeia à moda tradicional judaica,

diferente das cidades construídas à moda

romana, como Tiberíades.

• Um posto militar respeitável, pois possuía

uma centúria.

• Jesus organizou várias missões a partir

dessa aldeia.

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• Centurião: designação conferida ao chefe de uma companhia sobre o comando de cem homens.

• Historiadores sugerem um nome a esse chefe enérgico, digno e justo: Marcus Lucius, filho de um oleiro muito conhecido em Roma.

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• O centurião representa o poder de

Roma, o invasor e dominador.

• Os romanos eram odiados pelos

judeus, que não suportavam a sua

pressão. Mas eram bajulados pelos

membros do clero (fariseus, sobretudo)

e pelos reis da Judeia.

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• O servo não tinha nenhum valor para

os romanos. Era um escravo de escala

inferior (não pertencia ao clero nem à

nobreza).

• Se morresse era logo substituído por

outro.

• Os romanos escolhiam seus servos

como alguém escolhe um objeto útil.

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• O servo doente é exemplo de alguém

que superou a situação de escravo e se

transformou em criado, uma “cria” da

casa.

• De escravo evoluiu para alguém que

amava o seu patrão, que se comprazia

no serviço que prestava.

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Era pessoa especial

Era estimado pelos judeus, inclusive os

anciãos (“ele ama nossa nação e ele

mesmo nos edificou uma sinagoga”).

Ele tinha amizade (“o servo de um certo

centurião a quem este estimava muito”)

pelo servo.

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Era pessoa especial

Tinha consideração e respeito pelo

servo, pedindo auxílio a Jesus, por meio

da intercessão dos judeus (“enviou-lhe

uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que

viesse curar o seu servo”).

Rogar não é simples pedido, é suplica.

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Era pessoa especial Possuía grande capacidade de liderança:

atendia aos propósitos de Roma, mas

tratava bem o povo dominado,

identificando as suas maiores

necessidades (“edificou-nos uma

sinagoga”).

Era sincero em sua liderança: “ele ama a

nossa nação”

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Era pessoa especial

Sabia identificar uma autoridade superior:

recorreu a Jesus, primeiro por intermédio dos

judeus, depois por meio de uns amigos, depois

por si mesmo.

Destaca-se a disposição dos judeus e amigos

em atender o pedido do centurião: intercessão

que não tem caráter de imposição, mas de

atender o pedido de uma pessoa que é

estimada.

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Era pessoa especial Postura humilde diante de quem lhe é superior:

“Senhor, não te incomodes, porque não sou digno

de que entres debaixo do meu telhado”.

Telhado: não é teto, mas cobertura da casa.

Casa: lugar em que se fornece abrigo, vida íntima,

casa mental ou essência do Espírito. Telhado é

cobertura, que não revela, necessariamente, o que

vai no íntimo, o que aquela “casa” guarda.

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Era pessoa especial Postura humilde ante a autoridade maior: “E,

por isso, nem ainda me julguei digno de ter

contigo”.

Não me julguei digno de ter contigo: é como se

dissesse: a cobertura de minha casa revela um

romano conquistador, um militar comandante de

cem homens. Para seguir seus passos, eu teria

que me despojar de tudo isso, mas não sou digno,

pois ainda vivo no mundo de César.

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Era pessoa especial Soube identificar a grandeza de Jesus: “dize,

porém, uma palavra, e o meu criado salvará”.

Servo e criado: o primeiro, em termos

históricos, era alguém escravizado, “que servia”,

jamais questionando se servia com prazer. O

criado é contratado, que tem um serviço

específico a realizar, não é escravo.

O criado pode fazer apenas os deveres ou ir

além. Parece que era esta a atitude do doente.

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Era pessoa especial

Teve postura humilde, reconheceu o poder de

Jesus, e subserviente, perante Cristo, falou

também com a autoridade conferida pelo poder

romano:

“Porque também eu sou um homem sujeito à

autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e

digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele

vem; e ao meu servo: faze isto, e ele faz”.

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Jesus identificou, prontamente, quem era, efetivamente, o centurião de Cafarnaum:

Um homem bom, digno, honesto, de grande valor, que se encontrava sob o peso da expiação de servir como militar, a despeito dos valores espirituais que possuía.

Qualidades que o centurião manifestava, de forma simples, na convivência pacífica com o povo conquistado e na amizade dedicada ao seu servo (escravo) que, por certo, foi elevado à categoria de criado (remunerado e que fazia além das obrigações).

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Daí Jesus afirmar:

“Digo-vos que nem ainda em Israel

tenho achado tanta fé.”

Israel: símbolo do monoteísmo, da

crença em Deus. Os romanos eram

politeístas.

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