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ANO XLIX – VITÓRIA-ES, QUARTA-FEIRA, 02 DE DEZEMBRO DE 2015 – Nº 7891 – 172 PÁGINAS
DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão
1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 18ª LEGISLATURA
MESA DIRETORA
THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS - PSD 1º Secretário
CACAU LORENZONI - PP 2º Secretário
RAQUEL LESSA - SD
LUZIA TOLEDO 1ª Vice-Presidenta
MARCOS MANSUR - PSDB
BRUNO LAMAS - PSB 3ª Secretária 2º Vice-Presidente 4º Secretário
GABINETE DAS LIDERANÇAS
DEM - PMDB - Guerino Zanon PT - Nunes PR – Gilsinho Lopes PSB - Freitas
PDT - Euclério Sampaio PSDB - Pr.Marcos Mansur PV - PRP - Dary Pagung PEN - Rafael Favatto
PMN - Janete de Sá PTC - Eliana Dadalto PPS - Sandro Locutor PP - Erick Musso PSD - RS – Marcos Bruno SD – Raquel Lessa
GILDEVAN FERNANDES - PV Líder do Governo
ERICK MUSSO – PP Vice-Líder do Governo
REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA
DEM THEODORICO FERRAÇO. PMDB GUERINO ZANON, DOUTOR HÉRCULES, LUZIA TOLEDO E MARCELO SANTOS. PT JOSÉ CARLOS NUNES, PADRE HONÓRIO E RODRIGO COELHO. PR GILSINHO LOPES. PSB BRUNO LAMAS E FREITAS. PDT DA VITÓRIA E EUCLÉRIO SAMPAIO. PSDB PASTOR MARCOS MANSUR E SERGIO MAJESKI. PV GILDEVAN FERNANDES. PRP ALMIR VIEIRA, DARY PAGUNG E HUDSON LEAL. PEN DOUTOR RAFAEL FAVATTO. PMN JANETE DE SÁ. PTC ELIANA DADALTO. PPS AMARO NETO E SANDRO LOCUTOR. PP CACAU LORENZONI E ERICK MUSSO. PSD ENIVALDO DOS ANJOS. RS MARCOS BRUNO. SD RAQUEL LESSA.
Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950
Editoração: Simone Silvares Itala – (027) - 3382-3666 e 3382-3665
e-mail: [email protected]
DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO
DIÁRIO OFICIAL
PODER LEGISLATIVO
COMISSÕES PERMANENTES
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO Presidente: Rodrigo Coelho. Vice-Presidente: Raquel Lessa. Efetivos: Eliana Dadalto, Gildevan Fernandes, Janete de Sá, Rafael Favatto e Marcelo Santos. Suplentes: Nunes, Dary Pagung, Almir Vieira, Luzia Toledo, Euclério Sampaio, Pe. Honório e Amaro Neto.
COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE Presidente: Rafael Favatto. Vice-Presidente: Erick Musso. Efetivos: Bruno Lamas, Dary Pagung e Gildevan Fernandes. Suplentes: Raquel Lessa, Almir Vieira, Euclério Sampaio, Edson Magalhães e Marcelo Santos.
COMISSÃO DE CULTURA E COMUNICAÇÃO SOCIAL Presidente: Marcos Bruno. Vice-Presidente: Da Vitória. Efetivos: Amaro Neto. Suplentes: Sergio Majeski, Euclério Sampaio e Rafael Favatto.
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO Presidente: Luzia Toledo. Vice-Presidente: Bruno Lamas. Efetivos: Rodrigo Coelho, Raquel Lessa e Marcos Bruno. Suplentes: Gildevan Fernandes, Sergio Majeski, Padre Honório, Edson Magalhães e Gilsinho Lopes.
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS Presidente: Nunes. Vice-Presidente: Padre Honório. Efetivos: Dary Pagung, Sergio Majeski e Marcos Bruno. Suplentes: Rodrigo Coelho, Eliana Dadalto, Doutor Hércules e Janete de Sá.
COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Presidente: Doutor Hércules. Vice-Presidente: Almir Vieira. Efetivos: Suplentes: Eliana Dadalto, Dary Pagung, Hudson Leal, Amaro Neto e Marcos Bruno. COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Presidente: Eliana Dadalto. Vice-Presidente: Padre Honório. Efetivos: Marcelo Santos. Suplentes: Rafael Favatto, Rodrigo Coelho e Janete de Sá. COMISSÃO DE COOPERATIVISMO Presidente: Marcos Mansur Vice-Presidente: Hudson Leal Efetivos: Marcos Mansur, Hudson Leal e Doutor Hércules. Suplentes: Sergio Majeski, Almir Vieira e Luzia Toledo.
COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA Presidente: Janete de Sá. Vice-Presidente: Padre Honório Efetivos: Raquel Lessa, Eliana Dadalto e Freitas Suplentes: Erick Musso, Nunes, Da Vitória, Sandro Locutor e Marcos Bruno. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS Presidente: Dary Pagung. Vice-Presidente: Euclério Sampaio. Efetivos: Hudson Leal, Luzia Toledo, Almir Vieira, Edson Magalhães e Freitas. Suplentes: Rodrigo Coelho, Raquel Lessa, Erick Musso, Doutor Hércules, Gilsinho Lopes, Da Vitória e Bruno Lamas. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Presidente: Gilsinho Lopes. Vice-Presidente: Sandro Locutor. Efetivos: Pastor Marcus Mansur. Suplentes: Edson Magalhães, Luzia Toledo e Doutor Hércules. COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Presidente: Euclério Sampaio. Vice-Presidente: Da Vitória. Efetivos: Almir Vieira, Gildevan Fernandes e Gilsinho Lopes. Suplentes: Erick Musso, Sandro Locutor, Bruno Lamas, Amaro Neto e Janete de Sá. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO Presidente: Amaro Neto. Vice-Presidente: Nunes Efetivos: Luzia Toledo. Suplentes: Dary Pagung, Hudson Leal e Sandro Locutor.
COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA, GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS Presidente: Sergio Majeski. Vice-Presidente: Nunes. Efetivos: Pastor Marcos Mansur. Suplentes: Eliana Dadalto, Almir Vieira e Bruno Lamas.
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE LOGÍSTICA Presidente: Edson Magalhães. Vice-Presidente: Marcelo Santos. Efetivos: Amaro Neto, Rodrigo Coelho e Doutor Hércules. Suplentes: Gildevan Fernandes, Gilsinho Lopes, Luzia Toledo, Padre Honório e Sergio Majeski. COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS Presidente: Marcelo Santos. Vice-Presidente: Gilsinho Lopes. Efetivos: Suplentes: Freitas, Raquel Lessa e Sergio Majeski.
DEPUTADO CORREGEDOR-GERAL: Hudson Leal - PRP
DEPUTADO OUVIDOR: Da Vitória - PDT
LIGUE OUVIDORIA: 3382-3846 / 3382-3845 / 99531-9393 e-mail: [email protected]
Publicação Autorizada Atos do Presidente Atos Legislativos pág. 1 a 7 Atos Administrativos pág. 7 a 11 Atas das Sessões e das Reuniões das Comissões Parlamentares pág. 12 a 168 Suplementos
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 1
ATOS LEGISLATIVOS
COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS
ALTERAÇÃO E INCLUSÃO DE SUBEMENDAS AO PLOA/2016
2 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 3
4 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
RESOLUÇÕES
RESOLUÇÃO Nº 4.191
Concede Comenda de Mérito Jornalístico “João
Pereira dos Santos” a GLEBERSON
NASCIMENTO.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, com base na Resolução nº 2.257, de
20.8.2005, promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Comenda de Mérito
Jornalístico “João Pereira dos Santos” a Gleberson
Nascimento.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
30 de novembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.192
Concede Medalha “Carlos Fernando Monteiro
Lindenberg” a ANDRÉ HEES DE CARVALHO.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 2.497, de
18.12.2007, promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Medalha “Carlos Fernando
Monteiro Lindenberg” a André Hees de Carvalho.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
30 de novembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.193
Concede Medalha “Grazielle Loureiro” a JOSUÉ
DE OLIVEIRA.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 2.497, de
18.12.2007, promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Medalha “Grazielle
Loureiro” a Josué de Oliveira.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
30 de novembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.194
Concede Medalha “Grazielle Loureiro” a RENATA
RASSELI ZANETE.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 2.497, de
18.12.2007, promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Medalha “Grazielle
Loureiro” a Renata Rasseli Zanete.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
30 de novembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 5
RESOLUÇÃO Nº 4.195
Concede Medalha “Grazielle Loureiro” a
MARCELLE ALTOÉ DUARTE.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 2.497, de
18.12.2007, promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Medalha “Grazielle
Loureiro” a Marcelle Altoé Duarte.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
30 de novembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.196
Concede Medalha “Grazielle Loureiro” a Luiz
Cesar Mesquita Braga.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 2.497, de
18.12.2007, promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Medalha “Grazielle
Loureiro” a Luiz Cesar Mesquita Braga.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
30 de novembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.197
Concede Medalha “Grazielle Loureiro” a LEONE
IGLESIAS COTA.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 2.497, de
18.12.2007, promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Medalha “Grazielle
Loureiro” a Leone Iglesias Cota.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
30 de novembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.198
Concede Medalha “Grazielle Loureiro” a
EDUARDO SANTOS.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 2.497, de
18.12.2007, promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Medalha “Grazielle
Loureiro” a Eduardo Santos.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
30 de novembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
6 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
RESOLUÇÃO Nº 4.199
Concede Comenda “Augusto Ruschi” a ANDRÉ
RUSCHI.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 3.171, de 9.4.2012,
promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Comenda “Augusto Ruschi”
a André Ruschi.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.200
Concede Comenda “Augusto Ruschi” a PIERO
ANGELI RUSCHI.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 3.171, de 9.4.2012,
promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Comenda “Augusto Ruschi”
a Piero Angeli Ruschi.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.201
Concede Comenda “Augusto Ruschi” a Frei JOSÉ
CORTELETTI.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 3.171, de 9.4.2012,
promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Comenda “Augusto Ruschi”
a Frei José Corteletti.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.202
Concede Comenda “Augusto Ruschi” a ANTONIO
ANGELO ZURLO.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 3.171, de 9.4.2012,
promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Comenda “Augusto Ruschi”
a Antonio Angelo Zurlo.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 7
RESOLUÇÃO Nº 4.203
Concede Comenda “Augusto Ruschi” a SERGIO
LUCENA MENDES.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 3.171, de 9.4.2012,
promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Comenda “Augusto Ruschi”
a Sergio Lucena Mendes.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
RESOLUÇÃO Nº 4.204
Concede Comenda “Augusto Ruschi” a Ronald
Mansur.
A MESA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento
Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de
julho de 2009, e pela Resolução 3.171, de 9.4.2012,
promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º Fica concedida a Comenda “Augusto Ruschi”
a Ronald Mansur.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
ATOS ADMINISTRATIVOS
ATOS DA MESA DIRETORA
ATO Nº 2002
A MESA DIRETORA DA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO
DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas
atribuições legais, resolve:
CONCEDER LICENÇA, a Deputada
ELIANA DADALTO, nos dias 10, 18 e
23/11/2015, com base no artigo 305, I, do
Regimento Interno, para desempenhar missão de
participar dos trabalhos da Comissão de
Representação, criada pelo Ato nº 001/2015 para
acompanhar, analisar e buscar alternativas em
relação aos problemas causados pelo
desmoronamento das barreiras da Empresa
Samarco, ocorrido em Mariana, Município de
Minas Gerais e suas consequências para os
municípios do Estado do Espírito Santo, que
dependem do Rio Doce para captação de água.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
ATO Nº 2003
A MESA DIRETORA DA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO
DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas
atribuições legais, resolve:
CONCEDER LICENÇA, o Deputado
ERICK MUSSO, no dia 10/11/2015, com base no
artigo 305, I, do Regimento Interno, para
desempenhar missão de participar dos trabalhos da
Comissão de Representação, criada pelo Ato nº
001/2015 para acompanhar, analisar e buscar
alternativas em relação aos problemas causados
pelo desmoronamento das barreiras da Empresa
Samarco, ocorrido em Mariana, Município de
Minas Gerais e suas consequências para os
municípios do Estado do Espírito Santo, que
dependem do Rio Doce para captação de água.
8 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
ATO Nº 2004
A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:
CONCEDER LICENÇA, a Deputada
JANETE DE SÁ, no dia 10/11/2015, com base no
artigo 305, I, do Regimento Interno, para
desempenhar missão de participar dos trabalhos da
Comissão de Representação, criada pelo Ato nº
001/2015 para acompanhar, analisar e buscar
alternativas em relação aos problemas causados pelo
desmoronamento das barreiras da Empresa Samarco,
ocorrido em Mariana, Município de Minas Gerais e
suas consequências para os municípios do Estado do
Espírito Santo, que dependem do Rio Doce para
captação de água.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
ATO Nº 2005
A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:
CONCEDER LICENÇA, ao Deputado
FREITAS, no dia 24/11/2015, com base no artigo
305, I, do Regimento Interno, para participar de
reunião na condição de membro da Comissão
Especial da Concessionária ECO 101, na Câmara dos
Deputados em Brasília/DF.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
ATO Nº 2006
A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:
CESSAR, os efeitos do Ato nº 620,
publicado em 11/07/2014, que concedeu Função
Gratificada de Subcoordenação da Setorial
Administrativa, existente no âmbito da Diretoria da
Procuradoria, ao servidor WERLEN SILVA DE
OLIVEIRA, matrícula nº 207924.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
ATO Nº 2007
A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:
NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II,
da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de
1994, LARISSA REISEN, para exercer o cargo em
comissão de Assessor Sênior da Secretaria, código
ASS, da Secretaria da Assembleia Legislativa.
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
ATO Nº 2008
A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO, usando de suas atribuições legais e
considerando a necessidade de disciplinar as
atividades desta Casa de Leis, resolve:
APROVAR o calendário anual referente ao
exercício de 2016, contendo os feriados e pontos
facultativos no âmbito da Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo, na forma do Anexo Único
deste Ato.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 9
PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em
01 de dezembro de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1º Secretário
CACAU LORENZONI
2º Secretário
ANEXO ÚNICO
Art. 1º Ficam relacionados abaixo os
feriados e pontos facultativos no âmbito da
Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, no exercício de 2016:
§ 1º Os pontos facultativos serão
rigorosamente compensados em até 60 dias,
segundo critérios estabelecidos pela Chefia
imediata.
§ 2º Excluem-se da medida prevista no
artigo 1º deste Ato, os setores que desempenham
suas funções em regime de escala e os que não
admitem paralisação.
JANEIRO:
01 - Confraternização Universal (sexta-feira)
FEVEREIRO:
08 - Carnaval (segunda-feira)
09 - Carnaval (terça-feira)
10 - Quarta-feira de cinzas
MARÇO:
24 - Quinta-feira Santa
25 - Paixão de Cristo (sexta-feira)
ABRIL:
04 - Nossa Senhora da Penha (segunda-feira)
21 - Tiradentes ( quinta-feira)
22 - Ponto facultativo (sexta-feira)
MAIO:
01 - Dia do Trabalho (domingo)
23 - Colonização do Solo Espírito-santense (segunda-
feira)
26 - Corpus Christi (quinta-feira)
27 - Ponto facultativo (sexta-feira)
JULHO:
21 - Manutenção Predial (quinta-feira)
22 - Manutenção Predial (sexta-feira)
SETEMBRO:
07 - Independência do Brasil (quarta-feira)
08 - Nossa Senhora da Vitória (quinta-feira)
09 - Ponto facultativo (sexta-feira)
OUTUBRO:
12- Nossa Senhora Aparecida (quarta-feira)
28 - Dia do Servidor Público (sexta-feira)
NOVEMBRO:
02 - Finados (quarta-feira)
14 - Ponto facultativo (segunda-feira)
15 - Proclamação da República (terça-feira)
DEZEMBRO:
23 - Ponto facultativo (sexta-feira)
25 - Natal (domingo)
26 a 30 - Ponto facultativo - Manutenção Predial
ATOS DA SUBDIRETORA-GERAL
AVISO DE LICITAÇÃO
Pregão Eletrônico nº 061/2015
Processo nº 152464/2015
A Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, através de sua Pregoeira e Equipe de Apoio,
torna público que realizará Licitação, sob a
modalidade de “PREGÃO ELETRÔNICO”, de
acordo com as Leis 8.666/93 e 10.520/02 e suas
alterações, por meio de Sistema Eletrônico, para a
CONTRATAÇÃO DE EMPRESA
ESPECIALIZADA PARA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS DE AGENCIAMENTO E
FORNECIMENTO DE PASSAGENS AÉREAS
NACIONAIS E, EXCEPCIONALMENTE
INTERNACIONAIS (RESERVA, EMISSÃO,
MARCAÇÃO, REMARCAÇÃO E
REEMBOLSO DE BILHETES DE PASSAGENS
AÉREAS), NA MODALIDADE DE
REMUNERAÇÃO FIXA POR TAXA DE
TRANSAÇÃO (TRANSACTION FEE), PARA
ATENDER ESTA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO - ALES, conforme especificação contida no
Anexo I do Edital.
Recebimento das Propostas até:
14/12/2015 às 14:00h.
Abertura das Propostas:
14/12/2015 às 14:00h.
Início da Sessão de Disputa: 14/12/2015 às 16:00h.
O Edital estará disponível no site:
www.al.es.gov.br links: “Transparência no
Legislativo”, “Licitações”, “Pregão Eletrônico” ou
www.licitacoes-e.com.br.
Maiores informações através do e-mail:
[email protected] ou pelo Tel/Fax: (27) 3382-3874.
Vitória/ES, 01 de dezembro de 2015.
INGRID DE OLIVEIRA SOARES
Subdiretora-Geral da Secretaria
10 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
RESUMO DO CONVÊNIO DE CESSÃO DE
SERVIDOR – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
A Subdireção Geral da Secretaria – Setor de
Contratos e Convênios da Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo em atendimento ao que
dispõe o parágrafo único do artigo 61 da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993, torna pública a
celebração do Convênio, conforme descrito abaixo:
CEDENTE: CÂMARA MUNICIPAL DE
ANCHIETA
CESSIONÁRIA: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.
OBJETO: Cessão da Servidora da Câmara de
Anchieta, LARISSA REISEN, matrícula 747,
ocupante do quadro pessoal da CEDENTE.
PROCESSO: 154089
VIGÊNCIA: O presente TERMO DE CESSÃO terá
inicio na data de sua publicação e vigorará até 31 de
dezembro de 2016.
Secretaria da Assembleia Legislativa, em
30 de novembro de 2015.
INGRID DE OLIVEIRA SOARES
Subdiretora-Geral da Secretaria
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
• QUARTA-FEIRA - 02.12.15 •
HORA PROGRAMAS SINOPSES
07h00 STJ: DIREITO MEU
DIREITO SEU
Segundo pesquisa do IBOPE, o brasileiro fica cinco horas por dia
conectado à internet e mais da metade da população navega pelo
celular, entenda o que fazer quando a internet do celular não permite
a navegação. Simples Doméstico, agora os direitos trabalhistas devem
ser iguais para todos os trabalhadores, conheça as novas regras. E
ainda, entenda o que é responsabilidade solidária.
07h30 FIOCRUZ – CIÊNCIA E
LETRAS O programa debate o tema: A formação do leitor.
08h00 TSE: BRASIL ELEITOR
Saiba o que muda na prestação de contas dos partidos com a Reforma
Eleitoral. Conheça o projeto Rota Eleitoral do TRE/RN, ele visa
promover a descentralização das ações do Tribunal no Estado. E
ainda, a primeira reportagem da série especial sobre A história da
urna eleitoral no Brasil.
08h30 REPORTAGEM
ESPECIAL
Saiba mais sobre a economia do Espírito Santo com a reportagem
Especial: Mármore e granito no ES.
08h45 PANORAMA Telejornal com as notícias do Legislativo estadual.
09h00 SESSÃO ORDINÁRIA
(V) Acompanhe os trabalhos do Legislativo capixaba.
12h00 INTER-SESSÃO (V) Acompanhe os trabalhos do Legislativo capixaba.
12h15 AÇÃO
PARLAMENTAR
Deputado Da Vitória (PDT) fala sobre o trabalho à frente da
Comissão Especial que trata sobre o pacto Federativo e os debates em
torno de um novo modelo de partilha de impostos. Entre outros
assuntos, também destaca a nomeação de 44 inspetores
penitenciários e a formação de mais 200 agentes no ES.
13h00 UM DEDO DE PROSA
O programa recebe Milson Henriques, criador da famosa personagem
capixaba Marly, solteirona que conquistou os quadrinhos e os palcos.
Sua mais recente produção é o livro infantil "As mudanças de Beto".
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 11
13h30 OPINIÃO
O economista Itamarcos Coutinho, especialista em economia
solidária, fala sobre essa nova modalidade de segmentação no
mercado de produção de bens e geração de renda.
14h00 CONTRAPONTO
A publicidade infantil é, em sua natureza, uma prática abusiva? Que
prejuízos as crianças podem sofrer por estarem constantemente
expostas à publicidade? Essas e outras questões são debatidas nesta
edição do Contraponto, que recebe o professor de Comunicação e
coordenador do Observatório das Mídias da Ufes, Edgar Rebouças, e
a psicóloga especialista em terapia familiar e de casal, Tatielly Bonan.
14h30 PANORAMA Telejornal com as notícias do Legislativo estadual.
15h00 SESSÃO ORDINÁRIA Acompanhe os trabalhos do Legislativo capixaba.
18h00 INTER-SESSÃO Acompanhe os trabalhos do Legislativo capixaba.
18h15 AÇÃO PARLAMENTAR
Deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) fala sobre o trabalho à frente de
duas CPI’s: Sonegação de Tributos e Máfia dos Guinchos. Também
explica como deve conduzir a comissão criada para investigar o
MP/ES, entre outras medidas de sua autoria.
19h00 SESSÃO SOLENE Em homenagem aos profissionais da área de decoração.
21h00 CONTRAPONTO
A publicidade infantil é, em sua natureza, uma prática abusiva? Que
prejuízos as crianças podem sofrer por estarem constantemente
expostas à publicidade? Essas e outras questões são debatidas nesta
edição do Contraponto, que recebe o professor de Comunicação e
coordenador do Observatório das Mídias da Ufes, Edgar Rebouças, e
a psicóloga especialista em terapia familiar e de casal, Tatielly Bonan.
21h30 MPT – TRABALHO
LEGAL
Veja quais as profissões tiveram queda e quais tiveram crescimento
nas contratações. Saiba o que é, e como funciona o descanso semanal
remunerado. E ainda, entenda a licença casamento.
22h00 PANORAMA Telejornal com as notícias do Legislativo estadual.
22h15 MP COM VOCÊ
O promotor de Justiça da na área criminal de Cachoeiro de
Itapemirim, Flávio Guimarães Tannure, explica o papel constitucional
do Ministério Público Estadual (MPES) na questão da segurança
pública. Ele aborda, entre outros assuntos, a necessidade da
integração entre os setores envolvidos na questão do combate à
criminalidade, defende uma reforma na legislação penal e uma maior
atuação dos órgãos sociais no sentido de prevenir a explosão da
violência.
22h45 OPINIÃO
O economista Itamarcos Coutinho, especialista em economia
solidária, fala sobre essa nova modalidade de segmentação no
mercado de produção de bens e geração de renda.
23h15 PERSONALIDADES Saiba mais sobre a vida e a carreira do artista plástico Kleber
Galveas.
23h30 REPORTAGEM
ESPECIAL
Saiba mais sobre a economia do Espírito Santo com a reportagem
Especial: Mármore e granito no ES.
23h45 MEMÓRIAS DA
DEMOCRACIA
O ministro Francisco Rezek, fala sobre a administração da eleição
que marcou o processo de redemocratização brasileiro.
00h15 TV CÂMARA –
MEMÓRIA POLÍTICA
Conheça a história do advogado Almino Affonso, reconhecido como
um dos grandes oradores que passou pelo Congresso. Almino
Affonso foi ministro do Trabalho no governo João Goulart em um
dos períodos de maior atividade sindical no país. Teve o mandato de
deputado federal cassado em 1964, ficando exilado por 12 anos.
Legenda: (R) – REPRISE; (V) – AO VIVO
OBS.: A programação da TV ALES pode sofrer alterações em função dos trabalhos legislativos.
12 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
ATAS DAS SESSÕES E DAS REUNIÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES
COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE
SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E
PESCA, DE ABASTECIMENTO E REFORMA
AGRÁRIA. VIGÉSIMA PRIMEIRA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 06
DE OUTUBRO DE 2015.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Havendo número legal, invocando a
proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta
Comissão.
Convido a senhora secretária a proceder à
leitura da ata da vigésima reunião ordinária, realizada
em 22 de setembro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ)
– Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Pela aprovação.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Pela
aprovação.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Ata aprovada como lida.
Solicito à senhora secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
OF/GABED/N.º 351/2015, da
Excelentíssima Senhora Deputada Eliana
Dadalto, deputada estadual e membro efetivo
desta comissão, solicitando que seja
deliberada a participação do senhor Maurício
Bufon, presidente da Associação dos
Cacauicultores de Linhares – Acal, para fazer
uma explanação sobre a produção da cultura
do cacau no município de Linhares e propor a
criação de um fundo estadual para o fomento
desta cultura no estado do Espírito Santo.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Ciente. Deliberar na Ordem do Dia.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
OFÍCIO N.º 26/2015, do Senhor José Eden
de Medeiros, Coordenador da Coordenadoria
de Controle de Convênios e Empréstimos -
CCE, da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – EMBRAPA, comunicando a
celebração de convênio com o Instituto
Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e
Extensão Rural – Incaper, José Eden de
Medeiros, coordenador da Coordenadoria de
Controle de Convênios e Empréstimos –
CCE, da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – Embrapa, comunicando a
celebração de convênio com o Instituto
Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural – Incaper.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Ciente. À Comissão de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
OF/GDF/ALES/ n.º067/2015 do
Excelentíssimo Senhor Deputado Freitas,
justificando a ausência na reunião realizada
no dia 22/09/2015, devido compromissos de
agenda parlamentar.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Ciente. Favor constar em ata.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Ofício n.º 1011/2015 do Senhor Diogo Peres
Neto, subsecretário de Planejamento
Orçamento e Administração – interino,
comunicando a deliberação de recursos no
valor de R$100.000,00 - cem mil reais,
referente à parcela única do convênio n.º
028/2014, Sincov n.º 803604/2014. Processo
n.º 00350.000689/2014-14, objetivando a
aquisição de caminhão refrigerado por meio
da ordem bancária n.º 2015 OB081472 de
19/08/2015.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Ciente. À Comissão de Finanças.
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 13
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA:
Não houve no período.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Gostaria de deliberar o pedido da Senhora
Deputada Eliana Dadalto, que é membro efetivo
desta Comissão, solicitando a participação do senhor
Maurício Bufon, presidente da Associação dos
Cacauicultores de Linhares – ACAL, para explanar
sobre a produção da cultura do cacau no Município
de Linhares e também para propor a esta Comissão a
criação de um fundo estadual para o fomento dessa
cultura no Estado do Espírito Santo.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Senhora Presidenta, pela ordem! Bom-dia a todos que
nos assistem, os presentes e colaboradores desta
Casa. Cumprimento nossa presidenta, Senhora
Deputada Janete de Sá, que tão bem preside esta
Comissão, e Senhora Deputada Raquel Lessa, nossa
grande companheira de luta nesta Casa.
Quando fui procurada pelo senhor Maurício,
é pelo fato de estar divulgando mais esta Comissão.
Nossa região norte, por incrível que pareça, tanto os
agricultores quanto pessoas que colaboram para o
Estado do Espírito Santo, às vezes não conhecem este
espaço. E, assim, ele solicitou e imediatamente
encaminhamos esse ofício. Agradeço pela atenção
desta Comissão. Precisamos muito divulgar esta
Comissão, que é um espaço que vai ao encontro dos
nossos produtores, principalmente na Comissão de
Agricultura. Muito obrigada.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Obrigada, Senhora Deputada Eliana
Dadalto.
Existe alguma discordância, Senhora
Deputada Raquel Lessa?
A SR.ª RAQUEL LESSA (SD) – Não,
Senhora Presidenta.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – De minha parte, acompanho a solicitação
da deputada. Só peço ao José Roberto, que nos
assessora na Comissão, que viabilize uma data, numa
terça-feira regular, para ouvirmos o Maurício Bufon.
Passa-se à Ordem do Dia.
Tínhamos, hoje, convidado o Coordenador
Estadual da Cafeicultora e pesquisador do Incaper, o
engenheiro agrônomo Romário Gava Ferrão, para
proferir uma palestra sobre o tema Avanços e
Desafios e Oportunidades na Cadeia Produtiva do
Café Conilon no Estado do Espírito Santo.
O Romário teve um problema de agenda e
nos pediu para transferimos essa palestra para o dia
13 de outubro.
Consulto os Senhores Deputados se há
alguma objeção? Não havendo objeção, marcaremos
para o dia 13 de outubro. Peço a nossa assessoria que
informe ao Romário, para que esteja nesta Comissão,
contribuindo para que discutamos esses desafios e
oportunidades na cadeia produtiva do café conilon no
Estado do Espírito Santo.
Aproveito a oportunidade para agradecer
duas presenças importantes nesta Comissão hoje:
Mário Sérgio Lubiana, para nós Lubiana, ou
Barrigueira, como é conhecido no município pelo seu
povo, prefeito do município de Nova Venécia.
Agradeço sua presença, Lubiana. Inclusive, abrirei
espaço para que fale da crise hídrica em seu
município, que também está muito afetado com o
corte e a escassez de água.
Comunico também a presença do vereador
pelo município de Pinheiros, Mauro Lúcio Ferreira
da Costa, que nos brinda com sua presença. É do meu
partido, PMN. Agradeço por estar conosco. Também
falará sobre a crise hídrica e sobre a barragem no
município de Pinheiros.
A palavra está franqueada aos Senhores
Deputados que dela desejarem fazer uso. (Pausa)
O SR. FREITAS – (PSB) – Senhor
Presidente, pela ordem! Cumprimento minha querida
presidenta, Senhora Deputada Janete de Sá; a
Senhora Deputada Raquel Lessa; a Senhora Deputada
Eliana Dadalto; todos os servidores da nossa
Comissão; e as ilustres presenças, como a do nosso
vereador pelo município de Pinheiros, Mauro Lúcio
Ferreira da Costa, vereador atuante. Leve nosso
abraço a todos os vereadores da Câmara Municipal
de Pinheiros, em especial ao nosso presidente
Alberione, nosso Bê Do Sobrado, e a todos os
colegas. E também ao nosso prefeito Antonio da
Emater, nosso presidente do Prodnorte, prefeito
guerreiro e importante.
Cumprimento também o membro do
Prodnorte, meu querido prefeito Mário Sérgio
Lubiana, prefeito socialista de Nova Venécia, que
vem fazendo um trabalho superinteressante naquele
município, organizando a gestão fiscal.
Senhora Deputada Raquel Lessa, tenho
convicção de que S. Ex.ª vai preferir muito mais
cumprimentar V. Ex.ª do que a mim. Até eu, meu
prefeito. Mas é importante ressaltar o trabalho que o
prefeito Mário Sérgio Lubiana vem fazendo no
município de Nova Venécia. Estamos vivendo,
literalmente, um momento de crise econômica,
política e de ética, principalmente, na qual o país
passou a ser identificado como um país de corrupção.
Está estampado nos jornais do mundo e isso é muito
ruim para nosso país. Mas no município de Nova
Venécia temos um prefeito socialista, que faz gestão
há três anos e não tem uma denúncia. Organizou a
gestão fiscal e deu resultado com políticas públicas
de alcance social. Isso nos alegra e é importante citar
essa gestão eficiente do prefeito Mário Sérgio
Lubiana.
Querida presidente Janete de Sá, muito
rapidamente endossarei o convite a Romário, que fará
palestra extremamente importante. É o coordenador
estadual de cafeicultura e pesquisador do Incaper.
14 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Romário tem feito palestras nos seminários do
Pedeag e fiquei impressionado com a qualidade da
palestra que esta ministrando neste momento. Sugeri
que S. S.ª viesse a esta Comissão. Estava marcado
para hoje, mas S. S.ª não pôde vir em função de
complexidade de agenda, mas estará presente na
próxima semana e será muitíssimo oportuno a todos
nós e a quem nos assiste por meio da TV Ales porque
Romário é uma das maiores autoridades do café
conilon. É brasileiro, é capixaba e é do Incaper. É
importante estarmos presentes para contemplar essa
palestra superinteressante com o grande conhecedor.
Não posso deixar de falar neste cenário
caótico que nosso país atravessa. Penso que em tudo
na vida da gente temos que ter prioridades.
Precisamos estabelecer as prioridades em tudo,
Senhora Deputada Eliana Dadalto. Vejo que o país
está esquecendo o que é prioridade. A gestão,
infelizmente, está sem rumo, não tem organização,
não tem planejamento e, portanto, não tem como
estabelecer prioridade. Quando esse país, que é o
segundo maior produtor de café conilon do mundo,
que tem assento na OIC - Organização Internacional
do Café, deixa de fazer a contribuição para o
conselho, para a organização, perde o assento no
Conselho Internacional do Café. Isso é um absurdo,
isso é dramático, isso é traumático para o setor do
café.
Não poderia deixar de fazer essa fala, da
preocupação de todo o setor em nosso país que, nesse
momento, deve estar passando por uma grande
instabilidade de relação por conta disso.
Peço a esta Comissão, na liderança da nossa
Presidente, que é muito atenta com todos os temas do
setor produtivo, que essa Comissão encampe e
intitule um documento, que precisa da assinatura dos
outros vinte e seis parlamentares, a fim de que o
Parlamento do Espírito Santo se mobilize e faça essa
mobilização chegar à ministra da Agricultura,
senhora Kátia Abreu, que é extraordinária, que deve
estar agoniada com essa notícia, ela que tem sido,
nesse curto espaço de tempo, das melhores ministras
que o setor já teve: atenta, presente e determinada.
Gostaria que fosse capitaneada por esta
Comissão, na pessoa da nossa Presidente, Senhora
Deputada Janete de Sá, mas que tivesse a assinatura
de todos os nossos colegas Deputados, mobilizando e
pedindo que a Kátia Abreu tenha ainda mais
sensibilidade, para que ela, que está próxima da
Presidência, crie caminhos para não permitir que isso
aconteça, ou seja, que o Brasil perca o assento na
Organização Internacional do Café.
São essas as minhas palavras e que tenhamos
uma boa reunião.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Senhora
Presidente, pela ordem! Peço a palavra.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Concedo a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Saúdo
nossa Presidente Janete de Sá; os Senhores
Deputados Freitas e Eliana Dadalto; o prefeito Mário
Sérgio Lubiana, que chamo de Barrigueira, pois é
assim conhecido; o vereador Mauro Lúcio Ferreira da
Costa, de Pinheiros; e o senhor Antonio Heuder
Brumatti, nosso amigo.
Hoje estávamos com uma pessoa que
admiramos muito, o senhor Romário Gava Ferrão,
doutor na área do café, com quem estive nesta quinta-
feira, no Pedeag, em Marilândia, onde falamos da
banana. Marilândia produz banana e foi à cadeia
produtiva da banana. O senhor Romário estava lá, na
Fazenda Experimental do Incaper, e é sempre bom
ouvi-lo, ele sabe muito de café conilon.
Nossa preocupação, já que hoje não
falaremos do café, é com a crise hídrica. Estamos
muito preocupados. Hoje, assistindo ao jornal, vimos
que o rio Doce está cada vez mais seco. O Ministério
Público tem tomado algumas atitudes em alguns
municípios, na parte de irrigação. Existe a
preocupação.
Ontem, estava conversando com um pastor e
ele falava que todos estão orando para que chova.
Disse a ele que tínhamos que pedir a Deus
mesmo, apesar de Deus saber de tudo que
precisamos; tínhamos que chegar até o Pai e pedir.
Mas a maior conscientização é a do homem!
Se estamos passando por isso, o homem está cada vez
mais deixando... Todo ano vimos que ou é chuva
demais ou seca. Acho que há três anos passamos por
aquela grande enchente. O prefeito Barrigueira foi
dos que sofreram muito em Nova Venécia.
Acompanhamos aquela situação.
Colatina e várias outras cidades sofreram
muito e agora ocorre a seca. O homem é culpado. Se
o meio ambiente está do jeito que está temos uma
grande culpa. Então, precisamos nos conscientizar do
que precisamos fazer para produzir água. Ninguém
recupera mais as nascentes, o homem tem uma
nascente em sua propriedade, mas é incapaz de
plantar um pé de banana perto da nascente. Tem ingá
e tantas outras plantas que produzem rápido e fazem
o reflorestamento, a recuperação das nascentes...
Então, precisamos nos preocupar mais em produzir a
água e, depois, com o armazenamento dessa água,
pois precisamos armazená-la corretamente. Outra
coisa é o uso correto da água. Estamos desperdiçando
água. Lá em casa tenho um quintal que ocupa um lote
inteiro e minha grama está morrendo e sei que não
posso molhá-la porque estamos numa crise de
consumo humano já. Tem cidades como São Mateus
onde a água está salgada. Então, como vou ficar com
a mangueira molhando meu quintal? Temos de ter a
conscientização do uso correto da água. Minha fala é
de preocupação mesmo de daqui a pouco não termos
água para beber. Sem energia conseguimos viver,
passamos aperto e tudo, mas sem água não é possível.
É uma coisa que me dá pavor só de pensar em
ficarmos sem água. Desejamos que as pessoas se
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 15
conscientizem mais do uso da água. Essa é a nossa
fala de hoje.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Agradeço ao Senhor Antônio Heuder
Brumatti, gerente de recursos agro do Estado do
Banco do Brasil a presença nesta Comissão.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – O
Antônio Heuder Brumatti é meu amigo. Não o tinha
visto aqui. Ele trabalhou em São Gabriel da Palha e
construímos uma amizade bacana. Seja bem-vindo a
nossa Comissão de Agricultura.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Antes de conceder a palavra ao prefeito
Mário Sérgio Lubiana e ao Vereador Mauro Lúcio
Ferreira da Costa, registro que estamos com reunião
marcada em São Mateus, onde discutiremos a data e,
se for possível, traremos até para antes, Senhor
Deputado Freitas, ou seja, para o dia dezesseis, se for
o caso, para tratar exatamente desse problema da
crise hídrica que tem acometido todo o nosso Estado.
Os últimos anos foram os mais secos que o Estado já
viveu em todas as suas regiões. Quem não sabe rezar,
xinga a Deus. Então, tem que saber rezar também
porque caso contrário vem água demais e passaremos
a conviver com as enchentes; ao invés da seca, as
enchentes. Os extremos não nos favorecem. Estamos
fazendo um esforço muito grande, o governo do
Estado, inclusive foram interrompidas as discussões
do Pedeag para a discussão da crise hídrica, também
trabalharemos agendas nesse sentido. Mesmo assim,
nosso campo é fértil. Saiu uma notícia no jornal A
Gazeta, na coluna Opinião, jornal de grande
circulação em nosso Estado, que diz que a economia
rural capixaba cresce em produção, inovação e
geração de renda e o agronegócio também brilha nas
exportações no Estado e isso mostra que mesmo
diante dessas dificuldades o nosso produtor rural, o
homem do campo não desiste, persevera, vai à luta e
faz com que o nosso campo continue fértil na nossa
economia, na produção de empregos importantes para
o nosso povo, no abastecimento das cidades tanto do
nosso Estado como de outros estados, ou seja, diante
de todas as dificuldades que o produtor rural possui
temos que agradecê-lo em nome do povo capixaba
esse empenho que tem feito, essa perseverança no
sentido de que nosso campo produza bem e produza
produtos de boa qualidade com um custo que não é
tão elevado, mas que ainda nos preocupa diante desse
problema da irrigação e de outras questões que são
importantes e necessárias para produzir em grande
escala. Outra questão também que foi colocada aqui
pelo Senhor Deputado Freitas é sobre termos perdido
o assento na Organização Internacional do Café.
Senhor Deputado Freitas, as pessoas talvez não
conheçam o que significa isso. As pessoas que são
envolvidas e o setor sabem o que significa, mas as
pessoas que estão nos assistindo precisam saber o que
significa. O nosso País é um dos principais
produtores de café no mundo e a OIC é presidida por
um brasileiro que é o Robério Silva. Já existem
discussões por conta do não pagamento de uma taxa
anual de 2,3 milhões. Não é uma taxa pequena, ou
seja, é uma taxa grande, mas ela é necessária para
que a OIC possa desenvolver projetos e estudos de
pesquisa para cada vez mais melhorar a qualidade do
café, cada vez mais abrir mercados e poder inserir os
países produtores do mundo para que comercializem
seu produto que é um produto padrão e de boa
qualidade. No entanto, por conta da falta de
pagamento dessa taxa o Brasil perde assento e
credibilidade. A União Europeia está de olho nesse
espaço e está tentando, inclusive, antecipar as
eleições que se dariam no ano que vem para este ano
ainda como forma de emplacar outro membro da
União Europeia nessa presidência dessa grande
Organização Internacional, que hoje é presidida por
um brasileiro. É lamentável essa perda.
Registro que foram feitas muitas iniciativas
junto à ministra Kátia Abreu no sentido de buscar o
recurso, mas é uma determinação do Ministério da
Fazenda e por isso foi vetada a possibilidade desse
pagamento o que nos põe numa condição ruim, numa
condição realmente muito desfavorável ao perdermos
esse assento nos colocando numa condição de
isolamento. Vimos isso também o pacto que foi feito,
celebrado esta semana entre os países do Pacífico e
vimos que esse pacto envolve os Estados Unidos, o
Chile, o Peru e não o Brasil, que é um País enorme,
para comercializar com os países do Pacífico. Tem o
Japão e outros. Não estou aqui com o nome de todos.
O Canadá está envolvido e outros também para
comercializar produtos entre esses países onde se
liberam as alíquotas de impostos para que esses
produtos possam entrar com valores atrativos nesses
mercados e sejam oferecidos a um custo mais baixo
para a população. Isso para a população, a indústria e
todos os setores que buscarem esses produtos que
seriam comercializados nos países do Pacífico. Isso é
muito complicado para nós porque um País que tem o
tamanho do Brasil, da nossa envergadura, e que se
fala que daqui a cinco anos estará entre as cinco
maiores economias do mundo, não consigo entender
como, com esse isolamento, como chegaremos entre
as cinco maiores economias do mundo.
É uma preocupação também essa falta de
espaço, estamos perdendo. O Senhor Deputado
Freitas solicitou - só queria que você lembrasse
porque vamos ter que deliberar - que façamos um
documento pedindo à Ministra Kátia Abreu
intercessão. Eu diria também ao ministro da Fazenda
e ao ministro do Planejamento e da Integração
também para que façamos esse documento para ser
dirigido a três ou quatro ministérios para buscarmos a
assinatura dos nossos colegas e fazer intervenções no
sentido de que a situação seja resolvida. É isso,
Deputado Freitas?
O SR. FREITAS – (PSB) – É isso, minha
16 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
presidenta Deputada Janete de Sá. Eu não tinha
dúvida da sua sensibilidade, do seu encaminhamento
e em função disso que o requerimento foi no sentido
de que esta Comissão liderasse esse movimento,
porque acredito, assim como a ministra Kátia Abreu,
que é uma tragédia, uma tragédia anunciada.
Disse o nosso País como o segundo maior
produtor. O Brasil é o maior produtor de café do
mundo. Não podemos perder e muito menos ter,
como a ministra disse, uma tragédia anunciada.
Então, se estava por acontecer, não podíamos deixar,
em hipótese nenhuma.
Temos organização, prefeito Mário Sérgio
Lubiana. O País é extremamente organizado no setor
cafeeiro, na produção de clone, de mudas e nosso
café cada dia alcança uma avaliação melhor do ponto
de vista de qualidade.
Hoje, temos o café robusta, que é identificado
como blend para café especial. Temos um brasileiro
que é o presidente da Organização Internacional do
Café. Essa organização compreende setenta e sete
países no mundo e um brasileiro é o presidente, em
função da representatividade do setor no País. E
agora o país perde a legitimidade.
Em reportagem praticamente em todos os
jornais, principalmente nos jornais do setor agrícola,
se discute a falta de legitimidade do país para
continuar presidindo a instituição, conforme pessoas
que acompanharam as conversas de representantes
dos países membros, um representante que participou
da comitiva do Brasil, que viajou a Milão, disse que a
União Europeia já manifestou interesse, como bem
disse nossa presidenta, em antecipar as eleições para
a presidência da Organização Internacional do Café
(OIC), marcadas para o ano que vem.
A comunidade europeia quer antecipar para
tirar um presidente brasileiro e colocar um presidente
de lá. Essas discussões têm a ver com o comércio,
mas com toda a tecnologia implantada na produção
do café conilon.
Por falta de pagamento e de um pequeno
pagamento, eram dois milhões e quinhentos mil, o
país pagou atrasado um milhão e setecentos e perdeu
o assento na Organização Internacional do Comércio.
Temos que recuperar e agora se discute a
possibilidade de não ter nem a presidência.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
- PMN) – Há a compreensão de todos os deputados
de estarmos fazendo esse documento, por
unanimidade. Pedimos que a nossa assessoria
produza o documento, para que possamos avaliá-lo
rapidamente e apresentemos aos nossos colegas, para
que todos os deputados assinem.
A Senhora Deputada Raquel Lessa estava
dizendo que o documento anterior, em que
colocamos o problema da renegociação das dívidas,
da seca, o pedido de ajuda ao Ministério de
Agricultura, foi lido na Câmara Federal, inclusive
colocando nosso posicionamento. Foi lido todo o
documento, nosso posicionamento, inclusive os
nomes dos deputados que assinaram e os integrantes
da Comissão de Agricultura.
Ou seja, dá certo, vamos perseverar, vamos
para cima, porque nosso estado é pequenininho, mas
é de gente que tem garra, disposição, muito trabalho e
vencemos lutando.
Concedo a palavra ao prefeito Mário Sérgio
Lubiana, para que externe o problema da crise hídrica
que o município está enfrentando e o que nós, da
Comissão de Agricultura, podemos ajudar.
Que externe, para que todos que assistem e
para que a comissão tenha um conhecimento maior
por parte do prefeito, do gestor principal da cidade,
dos problemas que a população de S. Ex.ª está
enfrentando.
O SR. MÁRIO SÉRGIO LUBIANA –
Bom-dia Senhora Deputada Raquel Lessa e Senhora
Deputada Janete de Sá, presidenta desta Comissão de
Agricultura. Prazer em conhecer a Senhora Deputada
Eliana Dadalto. Saúdo meu ex-amigo Freitas. Não é
assim Freitas? S. Ex.ª me chama de ex-amigo, mas é
ciúmes, Senhor Deputado Padre Honório. Saúdo
também o Senhor Deputado Padre Honório, todos os
presentes e o Senhor Mauro Lúcio Ferreira da Costas,
vereador por Pinheiros.
É uma satisfação estar presente nesta manhã
com V. Ex.as
. Fui convidado para estar presente, pois
íamos falar sobre os desafios e oportunidades da
cafeicultura em nosso Estado e em nosso País, mas o
nosso palestrante não pôde estar presente para falar
um pouco sobre o café. Eu, como prefeito e também
como produtor, pois minha família Lubiana tem
grandes produtores de café no Norte do Espírito
Santo, mostrei interesse pelo tema e vim também
prestigiar esta Comissão, composta de deputados e
deputadas amigos e parceiros de nosso município.
Quero dizer que é uma pena a forma como
perdemos um assento tão importante que temos e
com tamanha representatividade. Pedimos o empenho
de cada um de V. Ex.as
e também da bancada federal.
Já vi um pronunciamento do deputado federal Evair
de Melo que se pronunciou e defendeu, pois S. Ex.ª é
do setor e é um funcionário de carreira do Incaper.
Então, que V. Ex.as
possam estar buscando a
assinatura dos trinta deputados e deputadas para que
façamos essa intervenção junto à ministra Kátia
Abreu para que possamos efetuar esse pagamento de
forma integral e que sanemos esta situação e
voltemos a ter a nossa cadeira e, se possível, a
presidência, e que tenhamos garantias.
Sabemos que o setor cafeeiro vive uma crise
de preço, o preço está praticamente variando de
duzentos de cinquenta a duzentos e oitenta ou
trezentos reais nos últimos dez anos, e isso tem
dificultado muito o setor. Hoje, o cafeicultor está
migrando para a cultura da pimenta-do-reino e essa é
uma situação preocupante. Acho que a própria
Secretaria de Estado da Agricultura deve fazer um
debate neste sentido porque, às vezes, vão todos na
mesma direção, pois a pimenta-do-reino está com
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 17
preço bom e está todo mundo indo para aquele
segmento, mas isso, no futuro, terá consequências.
Com certeza terá porque já presenciamos isso na
cafeicultura, no coco, no mamão e em outras culturas,
e não será diferente na pimenta. Portanto, que tenha
certo controle e que o Governo iniba estar
financiando esses plantios de forma desordenada
porque, depois, o produtor não consegue nem pagar
os financiamentos, pois terá uma oferta muito grande
desses produtos. Então, também há essa preocupação
e vejo que esta comissão poderia estar levantando
também este debate.
Quero dizer que estamos vivendo um
momento crítico em todo Espírito Santo, em especial
em nosso município, em que foram tomadas decisões
duras através do Ministério Público, dentro de um
diálogo com a prefeitura e com os órgãos
competentes, Incaper, Idaf e Cesan. Estamos
captando água no leito do rio Cricaré e são muitas
bombas de porte grandes. A salvação da nossa região
são as águas do rio Cricaré, mas chegou ao ponto em
que os níveis se tornaram muito baixos e teve que
fazer a interdição dessas bombas para refazer uma
discussão junto a esses produtores, com critérios de
irrigar durante à noite ou somente dois ou três dias
durante a semana.
Teremos, amanhã, uma reunião em Nova
Venécia, no auditório do Corpo de Bombeiros.
Portanto, temos essa reunião marcada, amanhã, com
os produtores, para deliberarmos sobre esse assunto
com eles para não ser intransigente, pois acho que
tem que ter essa comunicação, esse diálogo com os
produtores, também, para que eles não percam as
roças deles de qualquer forma. Então, acho que
dentro de um diálogo, de uma comunicação, vamos
chegar a um consenso quanto a uma forma de
amenizar o sofrimento deles também.
E colocando a preocupação maior com o ser
humano, com a cidade de Nova Venécia e de São
Mateus, também... Porque sabemos, foi o que eu
disse, e falei para a Senhora Deputada Raquel Lessa,
e a mídia estadual já publicou, com relação a...
Qual é o meu tempo, Senhora Deputada
Janete de Sá?
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
- PMN) – Tem um minuto.
O SR. MÁRIO SÉRGIO LUBIANA –
Temos essa preocupação em relação ao
abastecimento de água da cidade e vamos fazer todo
esse debate. Reunimo-nos ontem e já estamos
trabalhando para publicar o decreto de emergência
por conta da seca. Estamos trabalhando nesse sentido.
Deixar também um alerta, porque foi aceito
esse decreto este ano. Já vivenciei em Nova Venécia,
em dois anos e dez meses de governo, quatro
decretos: três de secas e um de enchente. Então, não é
fácil administrar crise em cima de crise. Mas tudo
isso temos superado.
Vamos fazer esse decreto e sensibilizar o
governo federal, já fizemos essa discussão, em dar
atenção aos produtores rurais, àqueles que têm
dívidas em bancos, que contraíram financiamentos e
não estão tendo condições de pagar esses
financiamentos.
Saiu uma normativa única do Banco do
Brasil, nesta semana, para se pagar vinte por cento do
saldo devedor e parcelar em quatro vezes o restante.
Mas isso foi uma normativa única do Banco do
Brasil. E vocês poderiam provocar isso em âmbito de
Banco Central, de Governo Federal, para que
estendesse aos demais bancos.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
- PMN) – Temos uma discussão, senhor Prefeito,
inclusive no dia 19 de outubro terá uma audiência
pública exatamente por conta dessa questão. E foi
intervenção desta Comissão que fez com que o Banco
do Brasil tomasse essa posição.
Discutimos com o Banco do Brasil no sentido
de dar a sua contribuição para favorecer aqueles que
se tornaram devedores por conta da seca.
O SR. MÁRIO SÉRGIO LUBIANA –
Temos bancos, como o Sicoob, que tem uma linha de
crédito, e outros como o Banco do Nordeste e o
Banestes, todos os bancos que têm esse tipo de
empréstimo, que possam... Que o Banco Central
passasse a normativa em cima do nosso decreto, feito
ano passado. Agradeço a oportunidade.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
- PMN) – Essa audiência vai envolver todos os
bancos, inclusive serão chamados todos os setores
financeiros que operam no nosso Estado.
Passo a palavra para o Vereador Mauro Lúcio
Ferreira da Costa.
O SR. MAURO LÚCIO FERREIRA DA
COSTA – Bom dia a todos. Desde já, cumprimento a
presidente da Comissão de Agricultura, a Senhora
Deputada Janete de Sá, presidente do PMN, do qual
faço parte.
Cumprimentar também as Senhoras
Deputadas Raquel Lessa e Eliana Dadalto, e os
Senhores Deputados Freitas e Padre Honório,
membros da Comissão de Agricultura. No meu
município também faço parte da Comissão de
Agricultura, na Câmara Municipal de Pinheiros. E
vim a essa Casa Legislativa representar os
companheiros vereadores por aquela cidade.
Cumprimento o Prefeito Lubiana, de Nova
Venécia, que bom que está presente. Vejo sua
reivindicação, que é a mesma no norte. Cumprimento
também toda a equipe da Comissão de Agricultura
desta Assembleia Legislativa.
O grito por socorro, em relação a recursos
hídricos, que vou falar nesse momento, é um só no
norte do Estado. Esse grito por socorro é de todos.
Como sou ciclista rural, percorro, às vezes, cinquenta
quilômetros pelas beiradas dos rios, pelas nascentes,
18 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
principalmente pelo rio Doce e pelo rio Itaúnas, faço
sempre esse percurso com outros ciclistas também e
tenho observado que realmente a situação é crítica, é
de pedir socorro mesmo.
Onde está a estação de tratamento da Cesan,
onde tinha uma cachoeira, já podemos passar de carro
e moto, não tem mais água. Já foi falado aqui que
superbombas têm desviado, sim, a água do rio. E
isso, cada vez mais, está ficando grave.
Apesar de Pinheiros ter sido um dos
municípios que mais se prepararam na questão de
recursos hídricos, ter muitas represas, chegou o
momento em que as represas não estão dando mais
suporte porque o ladrão da represa já está lá em cima
e a água está cá no pé, embaixo. Passamos todo dia, e
temos foto, pedalando e constatando isso de perto. O
Ministério Público, como foi dito, já fechou essas
superbombas. Alguns ainda teimam em deslacrar e
colocar em funcionamento, e isso tem agravado cada
vez mais a falta de água.
A própria Cesan não tem uma preparação no
reservatório para essa captação de água. Até temos
água, de certa forma, relacionada àquele grande
empreendimento que tem lá em Pinheiros, que é a
barragem, o barramento. Há quatorze anos está lá,
construído. Um projeto ousado, mas, de certa forma,
ocorreram falhas na forma de montá-lo. Como que há
quatorze anos aquele projeto está montado e só agora
vem parar em questões ambientais e outras questões
mais em relação à barragem? Por que ficou esse
tempo todo? Alguma falha houve no planejamento.
Fomos até criticado: Não vamos olhar pelo
retrovisor. Mas, às vezes temos que olhar porque tem
que ter o fio da meada. Por que ficou assim?
Hoje viemos a esta Comissão pedir socorro,
que chegue junto ao Governo do Estado para que
tome providências junto a esta Comissão. Há pouco
tempo, quando vim a esta Casa, falou-se que seria
criada uma comissão permanente sobre recursos
hídricos. Já foi formada essa comissão permanente?
Que bom! Graças a Deus! Que possa dar atenção para
Pinheiros. Como se falou do café, lá também é um
município que vive principalmente da agricultura do
café, do mamão e de outras culturas como a pimenta-
do-reino, que está chegando lá agora e que é um
produto promissor; mas, sem água, como produzir?
Não é fácil.
Os técnicos falam que para produzir uma
melancia são necessários não sei quantos litros de
água. As pessoas criticam que os grandes produtores
estão gastando água para produzir, mas não tem
como produzir sem água. Mas, para o consumo
humano também não pode faltar água. E o consumo
humano, como fica?
Temos lá um grande empreendimento e é
preciso que esta Comissão chegue mais junto ao
governador, peça socorro para desburocratizar ou
arrumar um meio de fazer o fechamento dessa
barragem. Claro que tem as questões ambientais e
todo o comprometimento daquela estrutura. Que
providências sejam tomadas o mais rápido possível
para ver se será possível fechar ou não, porque todo
dia milhões e milhões litros de água vão embora
enquanto não ocorre aquele barramento. Ela fechada,
segundo Valter José Matielo, representante da Bacia
do Rio Doce, são dezessete milhões de metros
cúbicos d’água. Temos um empreendimento e
podemos, sim, ter água e salvar a situação hídrica do
nosso município e da região de Pinheiros e de Boa
Esperança.
Pedimos à Comissão de Agricultura desta
Casa que tome um posicionamento, vá ao governador
e pressione. Estamos até tentando fazer uma
audiência pública ou um ato público lá para que isso
possa ser visto com mais atenção para aquele
município. Muito obrigado.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Obrigada, Mário.
Estamos com o adiantar da hora. Darei um
minuto para o Senhor Deputado Padre Honório e
fecharemos a nossa reunião porque estamos com o
Senhor Deputado Gilsinho Lopes, da outra comissão,
que precisa adentrar em plenário para fazer sua
reunião.
Por gentileza, Senhor Deputado Padre
Honório.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) –
Obrigado, Senhora Presidenta.
Quero informar ao vereador e ao prefeito,
que há mais ou menos um mês, preocupados com
essa situação da região, vieram aqui os vereadores
Flamínio Grillo e José Antônio e fizemos uma
reunião com a Comissão Especial de Recursos
Hídricos. Eles, então, ficaram de mobilizar toda a
região para que possamos ter um grande evento,
levando as autoridades da área. Já fizeram contato
com o Incaper, com a Cooabriel, com a Veneza, com
todos os segmentos para que pudessem fazer um
levantamento de qual foi o impacto que já existiu e
também levar um especialista para trabalhar um
pouco a previsão para o futuro.
Estaremos lá, me parece, semana que vem.
Nesse evento de ontem teve uma reunião de
planejamento, e aí cabe ao prefeito e a você mobilizar
todo mundo para esse grande evento que vai existir lá
através da Comissão.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Que dia, Senhor Deputado?
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) –
Parece-me que no dia 16 de outubro, na próxima
semana.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Onde será essa reunião?
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Em
Nova Venécia.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 19
Então, mobilizem o pessoal e vamos sentar
para refletirmos sobre isso. Obrigado.
A SR.ª PRESIDENTA – (JANETE DE SÁ
– PMN) – Senhor Deputado, vamos estudar melhor
porque foi remarcada para o dia 16 de outubro, às
14h, em São Mateus, a reunião para tratar da crise
hídrica, quando queremos chamar todo o Norte e
Noroeste do Estado para estar em São Mateus.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) - A
reunião marcada pela Comissão Especial de Recursos
Hídricos será as 9h.
A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ -
PMN) – Então dá para ter as duas.
O SR. FREITAS – (PSB) - Senhora
Deputada Janete de Sá, só agradeço a V. Ex.ª o
atendimento à solicitação da mudança. Tínhamos
previsão para o dia 23 e a reunião foi antecipada em
função de outra agenda aqui na Casa. Muito
obrigado, Senhora Deputada Janete de Sá. O
Prodnorte discutirá recursos hídricos em São Mateus,
no dia 16 de outubro, às 14h.
A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ -
PMN) – Agradeço ao prefeito de Nova Venécia e ao
vereador de Pinheiros a presença nesta reunião.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 11h05min.
COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE
SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E
PESCA, DE ABASTECIMENTO E REFORMA
AGRÁRIA. VIGÉSIMA SEGUNDA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 13
DE OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO – PT) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Aproveito para cumprimentar os nossos
telespectadores, assim como os servidores desta
Casa. Cumprimento também a Carla Fernanda
Cardoso, analista de projetos do Sebrae; Abdo
Gomes, representando a Faes, Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo; o
Nilton Falcão, também representando a Faes; o José
Isidoro, presidente da Unicafes e representante da
Fetaes; Marcus Louriçal, gerente executivo do Banco
do Nordeste; Klerysson da Costa Santana, fiscal
agropecuário do Ministério da Agricultura; Raphael
Massaud Conde, superintendente em exercício do
Ministério da Agricultura; José Augusto de Oliveira,
assessor de crédito rural do Banestes; e também o
nosso amigo palestrante de hoje, o engenheiro
agrônomo Romário Gava Ferrão, coordenador
estadual de cafeicultura e pesquisador do Incaper.
Cumprimento ainda o Senhor Deputado Freitas, que
deve ter trabalhado bastante neste final de semana, e
a Senhora Deputada Eliana Dadalto, que deve ter
participado, assim como o Senhor Deputado Freitas,
das celebrações no final de semana. Desejo para
todos nós um bom trabalho.
Hoje, dispensamos a leitura da ata.
Gostaríamos já de agradecer a presença de
todos e do palestrante. Mas antes mesmo do
palestrante, nosso amigo e companheiro Romário,
fazer uso da palavra, pergunto ao Senhor Deputado
Freitas se gostaria de fazer os cumprimentos
inicialmente.
O SR. FREITAS – (PSB) – Meu querido
Senhor Deputado Padre Honório, amigo, Senhora
Deputada Eliana Dadalto, penso que, em função do
horário, eu que sou um admirador do conhecimento
do Romário, endosso todos os cumprimentos de V.
Ex.ª e deixo para fazer os comentários após a palestra
do Romário, permitindo que ganhe o maior tempo
possível, e que ganhemos esse tempo também.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO – PT) – Senhora Deputada Eliana
Dadalto, V. Ex.ª gostaria de fazer uso da palavra
neste momento?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Bom dia. Também prefiro deixar para o final.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO – PT) – Senhora Deputada Raquel
Lessa, que acaba de chegar?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Bom dia.
Saúdo todos, em especial o nosso amigo Romário.
Temos um grande conhecimento da sua capacidade,
um doutor no assunto café Conilon, com quem
sempre estamos no Município de São Gabriel da
Palha, debatendo o café Conilon. O Espírito Santo e o
Brasil respeitam esse pesquisador, de quem temos
muito orgulho. Seja bem-vindo a nossa Comissão.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO – (PT) – Estaremos aqui, de vez em
quando, lembrando principalmente às pessoas que
moram no norte e noroeste do Estado, que no
próximo dia 16 teremos, no Município de São
Mateus, às 14h, será realizada uma audiência pública
sobre a crise hídrica que atinge drasticamente o norte
do Estado. O proponente desta audiência pública,
20 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
nosso companheiro Senhor Deputado Freitas, fará o
convite a todas as pessoas mais à frente.
Teremos uma audiência em Nova Venécia,
presidida pelo Senhor Deputado Nunes, dia 16, às 9h,
na Câmara Municipal, sobre o mesmo assunto. No
dia 19, teremos uma audiência pública nesta Casa,
quando discutiremos sobre a renegociação de dívidas
de agricultores, em função da estiagem em nosso
Estado.
Antecipadamente, justificamos a ausência da
presidenta desta Comissão, Senhora Deputada Janete
de Sá. Houve um imprevisto e S. Ex.ª não conseguiu
chegar a tempo para esta reunião. Espero que S. Ex.ª
possa chegar à tarde, para a sessão. Vamos aguardar,
pois S. Ex.ª preside com muita competência a
Comissão de Agricultura.
Concedo a palavra ao nosso companheiro
Romário Gava Ferrão, parabenizá-lo e agradecê-lo
por estar conosco.
O SR. ROMÁRIO GAVA FERRÃO -
Bom-dia a todos. Agradeço o convite e cumprimento
a Senhora Deputada Eliana Dadalto, o Senhor
Deputado Padre Honório, a Senhora Deputada
Raquel Lessa, o Senhor Deputado Freitas, o José
Roberto e a todos os presentes.
Para mim, é uma honra estar nesta Comissão
falando sobre os avanços. São bastantes avanços na
cafeicultura do café Conilon, mas temos bastantes
desafios e todos os conhecemos. Evoluímos muito,
mas temos muito a fazer ainda.
Por todo o cenário existente na cafeicultura
em nível de Estado, de Brasil e de mundo e o
momento pelo que passa o café no mundo, temos
boas oportunidades, principalmente quando falamos
em Robusta ou Conilon.
Quando falamos em café, estamos falamos
em um negócio muito grande, só inferior ao petróleo.
E quando falamos em café, estamos falando em
muitos tipos de café, que são mais de cento e vinte e
quatro. Mas dois predominam em toda a produção e
no consumo, que é o café Arábica e o café Conilon
ou Robusta. São mais de sessenta países envolvidos,
que empregam mais de cem milhões de pessoas e
movimenta mais de oitenta bilhões de dólares por
ano. É a segunda bebida natural mais consumida do
mundo. A primeira, sabemos que é a água.
Esse slide mostra o gráfico de uma evolução
da cafeicultura no mundo, nos últimos trinta e quatro
anos. O que aconteceu com o café nos últimos trinta e
quatro anos? A estatística mostra que houve um
incremento de noventa e oito milhões de sacas, para
cento e cinquenta e três milhões de sacas. Houve um
incremento de cinquenta e seis por cento no mundo.
Desse total, o que aconteceu com o Arábica e o que
aconteceu com o Conilon? Então, vem a primeira
oportunidade.
O Arábica, nesses trinta e quatro anos,
aumentou dezessete por cento na produção; e o
Conilon ou Robusta, cento e noventa e cinco por
cento. O mundo está demandando, consumindo mais
conilon. Podemos fazer uma reflexão: Isso é bom
para nós? O que as estatísticas mostram para os cinco
próximos anos? O mundo consumirá mais trinta
milhões de sacas. Qual café mais entrará no mundo?
O mundo demanda mais conilon. Hoje, quarenta por
cento da demanda mundial é de conilon robusta e
sessenta por cento de arábica. Nos próximos cinco a
dez anos, será meio a meio. O mundo tem que
colocar mais quinze milhões de sacas de conilon
robusta para atender à demanda mundial.
Mostraremos mais a frente de onde pode vir esse
café.
O Brasil é o país com maior nível
tecnológico. Não pretendemos aumentar essa
produção de quinze milhões de sacas com aumento
de área plantada, mas até com sua diminuição, por
intermédio do aumento da produtividade. Há um
cenário de oportunidade muito bom para o Brasil e
para o estado do Espírito Santo, mas - estou dizendo
à Carla que há uma condição -, desde que
melhoremos a qualidade do nosso café conilon. É um
desafio. Melhoramos muito, mas precisamos
melhorar ainda mais. Tanto precisamos melhorar, que
hoje há um programa coordenado pelo Sebrae e
executado por toda cadeia do café, de estímulo à
produção de cafés especiais no estado do Espírito
Santo. Esse programa está em andamento e
acreditamos muito nele. Com certeza alavancará
ainda mais a qualidade no nosso café. Com isso,
colocaremos mais café conilon capixaba no mercado
interno brasileiro e externo. O café está cada vez
mais sendo demandado lá fora. Temos um desafio e,
paralelamente, uma oportunidade.
Falaremos um pouquinho da cafeicultura do
Brasil, que é a maior e mais diversificada do mundo,
e também uma das mais sustentáveis. Mesmo com
essa pujança da cafeicultura que está no cerrado, no
sul de Minas, em São Paulo, no Paraná, em Rondônia
e no Espírito Santo, que tem arábica e conilon, temos
desafios. Os principais desafios são... São vários
outros e ficarei muito ligado nos desafios
tecnológicos, senão o tempo não dará, de jeito
nenhum. Então, ficarei mais na área tecnológica. Um
dos principais desafios, e no slide não está em ordem
de prioridade, é a melhoria da produtividade,
principalmente do arábica, e a melhoria final do
produto. São os fatores bióticos. Quando falamos de
bióticos, a maior ameaça são as pragas e doenças.
Associados aos bióticos, precisamos falar o que está
trazendo ao nosso estado a seca e a alta temperatura.
O ambiente está modificado e se modificando. Isso
interfere no uso de defensivos, no uso da água e na
qualidade final do produto. Temos esse desafio.
Outro desafio ligado à área tecnológica, para
mim, é a mão de obra, que todos sabemos ser, cada
vez mais, escassa, cara e de pior qualidade. A saída é
a mecanização. Outro desafio que temos, e devemos
nos unir cada vez mais... Há tecnologia, mas nem
todas têm chegado a todos. Precisamos, Senhor
Deputado Padre Honório e Senhora Deputada Raquel
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 21
Lessa, trabalhar efetivamente, fortalecer a pesquisa
científica e também a assistência técnica e extensão
rural. Temos um trabalho dinâmico de trinta anos,
seguidos e contínuos, independente do governo que
já passou por aqui. Isso tem que continuar de forma
cada vez mais forte, para enfrentarmos esses desafios
e ocuparmos bem as oportunidades que aí estão.
Com isso, a cafeicultura do Espírito Santo é a
terceira maior do mundo. Vejam que coisa! Nosso
estado é menos de meio por cento do território
brasileiro, mas é a terceira maior cafeicultura do
mundo. Perdemos para quem? Minas Gerais e Vietnã.
De café conilon somos o maior produtor no Brasil.
Somos a única cafeicultura com expressiva produção
de café arábica e conilon. No Brasil, o Espírito Santo
é o único estado que produz os dois tipos de café de
forma expressiva; é uma das cafeiculturas mais
competitivas e que mais evoluiu nos últimos vinte
anos, no Brasil e no mundo. Essa é a cafeicultura do
Espírito Santo.
Mas está tudo feito? Não. Temos muito a
fazer. Essa cafeicultura representa vinte e oito por
cento da produção brasileira e nove por cento da
produção mundial. Nos últimos quinze anos ela
dobrou a produção sem aumento de área, e tem uma
evolução muito significativa na qualidade final do
produto.
Falando agora do café conilon. Ocupam
quase trezentos mil hectares e a produção é de quase
dez milhões de sacas. Representa setenta e oito por
cento da produção de conilon do Brasil. Representa
vinte por cento do robusta do mundo.
Alguns dados socioeconômicos.
Existem setenta e oito mil famílias
envolvidas no conilon; destas, setenta e três por cento
são de base familiar. Está presente em quarenta mil
propriedades, em sessenta e quatro municípios e
representa trinta e três por cento do valor bruto da
produção agrícola do Estado do Espírito Santo.
Houve uma explosão tecnológica no Estado
do Espírito Santo. Somente na área de
melhoramentos foram desenvolvidas nove
variedades. Temos uma produtividade média de trinta
e cinco sacas por hectare. Mas tem produtor
produzindo cento e cinquenta sacas por hectare; em
nível experimental temos clones produzindo duzentas
e oitenta e três sacas por hectare. Isso mostra que
temos ainda um espaço muito grande para crescer.
Por que alguns produzem cento e cinquenta e
a média é trinta e cinco sacas? Então temos muito
espaço, temos muitas oportunidades, mas temos que
resolver os desafios.
Nesse slide vemos a produtividade média do
Espírito Santo, trinta sacas; do Brasil, vinte e três. Já
falei isso. O potencial é de duzentas e oitenta e três
sacas. Se o Espírito Santo fosse um país, seria o
segundo maior produtor de conilon do mundo,
perderia somente para o Vietnã, como já dito.
O slide mostra quanto mais vermelho no
mapa é mais conilon; vemos que o Espírito Santo é
uma mancha de vermelho para preto. Vejam bem
como se concentram dez milhões de sacas de café.
Já falei o que mostra esse slide. É o único
estado com uma expressiva produção de café conilon
e arábica. O conilon na região quente e o arábica na
região fria. O conilon com quase dez milhões de
sacas, e o arábica com quase três milhões de sacas,
em menos de meio por cento do território brasileiro.
Essa cafeicultura foi sempre assim? Não.
Como era essa cafeicultura há vinte anos? Era mais
ou menos dessa forma que vemos nesse slide. Não
tinha uma variedade definida, o espaçamento era
largo, não se fazia poda, não se fazia adubação, era
um dos piores cafés do Brasil. Pergunto; isso era
competitivo, isso era sustentável? De jeito nenhum,
mas todos sabem que isso mudou, saiu de um quadro
para outro com muitas propriedades desse tipo que
vemos nesse outro slide. Isso é bastante sustentável.
Mas isso aconteceu por acaso? Não. É um trabalho
contínuo, dinâmico, um trabalho quase missionário.
Tem momentos muito bons no Estado do
Espírito Santo, e momentos complicados, mas
conseguimos vencer. Por quê? Tinham programas,
tinham projetos e pessoas comprometidas, tinham e
têm muitas parcerias e sempre tivemos, de uma forma
ou de outra, apoio do Executivo, do Legislativo e
também do Judiciário. Então, o Estado do Espírito
Santo sempre teve a cafeicultura como uma atividade
dinâmica e uma das mais importantes do nosso
Estado e isso tem que continuar.
Este slide mostra que nos últimos vinte anos
saímos de uma produção de 2,4 milhões de sacas
para 9,9 milhões de sacas em conilon, um aumento de
trezentos por cento. Falarei de alguns fatores que
levaram a isso, primeiro sempre pensando em
aumento de produtividade, mas com sustentabilidade:
primeiro, a cafeicultura que teve planejamento e
continua o planejamento; segundo: um programa
contínuo, dinâmico de pesquisas, assistência técnica e
extensão rural. A própria pesquisa científica focada
em pesquisa aplicada. Terceiro: um programa de
capacitação de assistência técnica e extensão rural,
fomento de muda, trabalho de gestão da propriedade,
empreendedorismos dos produtores, parcerias, enfim,
uma série de questões, uma cafeicultura organizada,
um pouco diferente de outras cafeiculturas tanto no
âmbito internacional como no brasileiro. Então, esse
avanço vem da pesquisa científica que começou em
1988 e outras questões já ditas. O nosso Incaper com
cinquenta e nove anos de idade, metade dessa
história vem trabalhando com o conilon. Então, são
trinta anos, como dito, trabalhando em parceria com
outras instituições no desenvolvimento da
cafeicultura, ou seja, trinta anos no conilon e vinte
anos no arábica e sempre trabalhando no foco de
pesquisa aplicada.
A nossa pesquisa vem de uma demanda de
produtores, de uma região e essa demanda pode ser a
seca, pode ser praga, pode ser doença, pode ser
qualidade, pode ser produtividade. Sempre
trabalhando em cima de demanda, de dúvidas que são
22 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
levantadas pelas autoridades, pelos produtores, pelos
técnicos e assim por diante. Levantando esse
problema, propomos um projeto e pesquisa, captamos
os recursos que podem ser no âmbito do estado com a
própria Fapes. Encaminhamos esse projeto para
captar recurso em âmbito federal, pode ser no
Ministério da Agricultura, no Ministério do
Desenvolvimento, na Embrapa, no CNPq. Aprovado
esse projeto, levamos para o campo, aplicando o
método científico, chegamos à resposta que demanda
pelo menos quatro anos e por um programa de
transferência de tecnologia integrada faz com que a
resposta desse programa chegue ao produtor. Assim é
construída a ciência do café no Estado do Espírito
Santo.
O senhor Marcelo Suzart de Almeida,
subsecretário, muito obrigado porque está nos
prestigiando.
Essa pesquisa é feita em quatro
macroambientes que representam os macroambientes
do Estado do Espírito Santo: do norte, na região
noroeste, da parte central e na região sul do Estado do
Espírito Santo. Aí estão - também muitas
propriedades dos produtores - as nossas bases de
pesquisa.
Hoje, temos um portfólio – hoje não, no ano
passado, pois este ano estamos fechando ainda - de
sessenta projetos de pesquisas envolvendo o arábica e
o conilon. Só no conilon são quarenta e cinco
projetos de pesquisa, sendo noventa e dois
experimentos conduzidos nesses quatros
macroambientes. O conilon representa mais de
setenta por cento da pesquisa do Estado do Espírito
Santo, do Incaper – falo só do Incaper neste caso -
com o conilon. A maioria das pesquisas é de campo.
Há pessoas que dizem que também tem o apoio do
laboratório. Alguém fala: vocês estão trabalhando
com transgenia, com transgênicos? Não! A maioria
da estratégia são pesquisas de campo e também
pesquisa de laboratório e, muitas vezes, esse
laboratório buscamos parcerias com a Nestlé, com a
Universidade Federal de Viçosa, com o Instituto
Agrônomo de Campinas, Ufes, o Ceunes e assim por
diante. Só para dar um dado, essas pesquisas estão
mapeadas. Aqui, por exemplo, está fazendo
experimental de Marilândia, que é a principal base do
conilon, cada espacinho desse cercado de laranja é
um experimento, é Marilândia, trinta experimentos.
Em Sooretama, cada demarcado desse é um
experimento. Se quiserem podem ver ao vivo.
Cidade de Bananal do Norte, Cachoeiro de
Itapemirim também está aí. Então, é só para ilustrar.
O resultado dessas pesquisas tem se tornado
inovação. O que é se tornar inovação? É quando o
resultado é apoderado pelo cafeicultor e promove
transformação na sua vida, na sua família, na sua
região. Então, são tecnologias de variedades, de poda,
de irrigação, de nutrição, de manejo de pragas e
doenças e etc.
Só ilustrando porque não tem como falar de
toda. Mas, por exemplo, as nossas últimas
tecnologias foram três variedades lançadas: diamante,
jequitibá e centenária. São três variedades
desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento.
Hoje, o Incaper já tem nove, só falarei de um, de dois
slides dessas três, são as três últimas e são as três
primeiras variedades de café protegidas do Espírito
Santo no Brasil. O que são elas? São
diamante, jequitibá e centenária. Elas têm alta
produtividade, excelente comportamento de
condições de irrigado, alto vigor vegetativo, têm
épocas diferenciadas de maturação. Diamante
amadurece em maio, jequitibá em junho e centenária
em julho; isso é bom pensando no uso da água, no
uso da mão de obra, na estrutura de secagem,
beneficiamento e armazenamento, enfim, pensando
na gestão da propriedade. Além disso, tem moderada
resistência à ferrugem. Os senhores sabem que a
ferrugem não era doença de café conilon, hoje se
constitui um dos principais problemas, tem moderada
resistência e tem tolerância à seca. Não precisa nem
fazer comentário da seca e tem, pela primeira vez,
colocamos três variedades que têm qualidade de
bebida comprovada pelo maior comprador de café
conilon do mundo, que é a Nestlé. Então, demos foco
na qualidade de bebida. Essas variedades são
protegidas. Mas falam: Isso aí está num laboratório?
Não, já está nos viveiros. Então, estão aqui os jardins
clonais, já são quase duzentos jardins clonais e este
ano já deve estar chegando a dois milhões de mudas
dessas variedades para os produtores. Montamos uma
rede de cento e oitenta jardins clonais e ela já está
chegando aos produtores. Então, essa contribuição de
qualidade, de tolerância à seca, época diferenciada de
maturação estão chegando esses resultados ao
produtor.
Essa é uma imagem dela em Nova Venécia,
Senhor Deputado Padre Honório, na propriedade do
Luciano Zanotti, em 12 de janeiro, essas variedades
já foram colhidas. Já peguei o dado da primeira
colheita a chegar aproximadamente a cem sacas por
hectare. Então, em janeiro já foi feita a primeira
colheita, os primeiros que receberam já estão
colhendo essa variedade. Então, já começa a inserir
um pouquinho mais de qualidade nos dez, doze, onze,
sete, sei lá essa estatística, a seca é que dirá, um
pouco mais de qualidade no conilon do Estado do
Espírito Santo.
Só aqui, diamante, jequitibá e centenária,
esse dado está até desatualizado, são cento e oitenta
jardins clonais e para 2016 essas variedades, essa
rede de jardins clonais, têm o potencial de produção
de quarenta milhões de muda por ano.
Quanto o Espírito Santo renova por ano? Em
média, sessenta milhões de plantas. Então, esses
jardins clonais têm o potencial. Gostaria de deixar
bem claro, é o potencial, quer dizer, está a seca aí.
Falam: Não, vão ter quarenta milhões de mudas no
ano que vem. Sabemos dos fatores climáticos e tal
que afetam isso, mas tem o potencial. Pelo número de
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 23
matrizes que estão distribuídas pelo potencial por
quarenta milhões de mudas a partir do ano que vem.
Esse slide mostra a foto do lançamento, uma
solenidade sempre muito bonita das variedades.
Bom, não para dentro do programa. Hoje,
temos o maior banco de germoplasma de conilon do
mundo em Marilândia. São quatrocentos e setenta e
cinco acessos com plantas diferentes, que estão sendo
avaliadas, caracterizadas e guardadas. Quero dizer o
seguinte: Se acontecer uma loucura dentro deste
Estado. Já pensou se perdêssemos todos as setecentas
milhões de plantas de conilon no Espírito Santo? O
que seria para o Estado do Espírito Santo? Mas se
salvássemos e conseguíssemos ter setecentas milhões
de plantas e conseguíssemos salvar esse banco ativo
de germoplasma, recomeçaríamos tudo de novo.
Então, é altamente estratégico.
Não só trabalhamos com variedades clonais,
mas com híbridos. Hoje, já estamos com mais de cem
híbridos sendo testados e que podem chegar ao
produtor. E outras tecnologias, como a poda, que
revigora as lavouras. Hoje, mais de noventa por cento
das lavouras são podadas no Estado do Espírito
Santo.
A parte de nutrição de planta. Olha bem,
gente, tendo um software, qualquer produtor ou
técnico pode entrar. Ele entra no site do Incaper,
entra nesse software de adubação e calagem. Com os
dados da amostra do solo, por exemplo, ele entra com
os dados da amostra do solo, com quanto pretende
produzir naquela lavoura, entra com espaçamento e
idade da planta, com dois comandos e já sai uma
sugestão de adubação. Olha bem que beleza, uma
coisa prática, fácil e que ajuda muito esse manejo da
adubação.
Bom, muita coisa tem para ser mostrada.
Isso é um dado muito importante e não poderia deixar
de trazer para vocês. O instituto Incaper faz, todo
ano, o seu balanço social. Vamos para o segundo
balanço social. Não vou falar desse que sairá agora
porque não posso, mas vamos falar do de 2013. Em
resumo, cada real aplicado no Incaper retornou 12,5
reais. Isso é o balanço social em 2013. Cada real
aplicado retornou 12,5. Isso tem a publicação, pode
ter acesso etc, etc, etc.
Bom, e no café, O que aconteceu? Esse
balanço social que em um ano gerou um pouco mais
de um bilhão de reais, quase oitocentos milhões vêm
do café. E do conilon? Cinquenta por cento do
balanço social do Incaper vem das tecnologias do
conilon. Isso mostra que o trabalho tem dado
resultado, tem chegado aos produtores e isso tem
trazido resultado bom para o instituto, para o café e
também para a sociedade.
Teve todos esses avanços, mas quais os
principais desafios? Desafio número um: manejo da
irrigação e reserva de água. Então, evoluímos, mas
temos muito a trabalhar. Não é porque está tendo
problema de seca agora. A seca, se pegar esses trinta
anos de historia... Este ano e no ano passado ela se
agravou muito, mas o problema da seca é um
problema recorrente.
Existe tecnologia para a convivência com a
seca? Sim. Agora, temos que avançar muito, temos
que nos unir muito, precisamos de muito apoio.
Temos que trabalhar mais unidos, mais dinâmicos,
com apoio tanto dessa articulação interna como
externa e, na minha visão, temos que pedir ajuda de
fora, porque sessenta por cento das lavouras de
conilon são irrigadas.
Segundo desafio: mão de obra. A
mecanização é um problema. Se não conseguirmos
resolver, mecanizar o conilon, não conseguiremos
chegar àquilo que o planejamento coloca, mais cinco
ou seis milhões de café. É uma questão de mão de
obra. Então, precisa ser mecanizado. Esse trabalho
começou em 2011 e achávamos que os primeiros
resultados viriam só em 2018. Quando houve a união,
a integração de produtor, de cooperativa, de governo,
de setor público e privado, a Secretaria de
Agricultura dando todo o apoio possível, esses
resultados vieram três anos antes. Por exemplo, na
propriedade do produtor, estamos selecionando
clones para a colheita mecânica de agricultura.
Olhem os resultados! Era para ser só em
2018, mas olhem bem, essas máquinas, que já foram
avaliadas, testadas e pesquisadas pelo setor público e
privado, derriçam noventa e três por cento. Pensando
que um saco de café colhido hoje, levando em
consideração, lógico, os encargos também, fica por
doze reais, quando você colhe com essa máquina,
esse saco de café cai para cinco reais. Então, há uma
redução de cinquenta e oito por cento. Isso é uma
máquina automotriz, como vocês estão vendo.
Como se trabalha com a recolhedora, ela tem
um desempenho de colher quatrocentos e cinquenta
sacos de café por dia. O custo do saco de café colhido
nessa recolhedora é de sete reais, sai de doze para
sete reais, uma economia de quarenta e dois por
cento.
E há uma série de vantagens: menor custo
operacional, colheita mais rápida, antecipação da
poda, promove maior desenvolvimento da planta,
colhe e poda simultaneamente, melhor controle de
doença, maior eficiência no uso da mão-de-obra,
maior facilidade de transporte e menor perda de
grãos.
Essas já são as tecnologias utilizadas. Hoje,
já há duzentas e cinquenta máquinas dessas
compradas no Estado do Espírito Santo e, de certa
forma, principalmente para as regiões do nordeste -
trinta por cento da cafeicultura está lá, em área, mas
mais de quarenta e cinco por cento da produção está
nessa região -, onde já é possível usar esses dois
sistemas.
Outra demanda, que é o terceiro desafio, não
está em ordem de importância, é a melhoria da
qualidade. Estamos há oito anos em uma campanha
da melhoria da qualidade, é o Espírito Santo
produzindo café de qualidade. Há os dez
24 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
mandamentos, são muitas ações.
Essa qualidade está em nossas mãos, mas
está regida por uma lei, que foi construída nesta Casa,
que é a Lei n.º 9.284, que estabelece o dia 14 de maio
o Dia do Início da Colheita do Café. Então, houve
uma sensibilidade para isso.
Então, dentro de várias questões estão aí. Há
os concursos de qualidade, há agora o programa, que
já disse no início de minha fala, de estímulo à
produção de cafés especiais, coordenado pelo Sebrae
e parceiros, e assim por diante.
Os concursos de qualidade. A Cooabriel já
vai para o décimo quarto concurso. Acho que será
agora no dia 23 de outubro, cairá em uma sexta-feira,
já vai para a décima quarta edição. Esse concurso já
se transformou em um concurso estadual. Esses cafés
estão indo para as grandes feiras brasileiras e
internacionais.
Tivemos, há quinze dias, esses cafés na
Semana Internacional do Café, um estande lindo em
Belo Horizonte, em que os estados produtores de
arábica estavam bebendo conilon achando que
estavam bebendo os bons arábicas. Um ambiente
muito bonito. Todos estávamos no local, o Sebrae,
muito legal. E levando para as feiras nos Estados
Unidos, no Panamá, na Austrália, etc.
Outro desafio da sustentabilidade, Senhor
Deputado Padre Honório, é isto, nossa cafeicultura é
quase cem por cento a pleno sol. Precisamos
diversificar e associar mais essa cafeicultura com
outras espécies, com frutas, com espécies florestais.
Temos um caminho longo. Estamos aqui, agora, e um
puxão de orelha para todos nós. Estamos no mínimo
dez, quinze anos atrasados, mas não é o Espírito
Santo, é o Brasil.
Quando comparamos com a cafeicultura,
nesse sentido, da Colômbia, da Costa Rica, porque
esse trabalho demanda equipe multidisciplinar,
demanda grandes áreas experimentais, demanda mais
recursos. E muitas vezes, por essas questões de
equipe multidisciplinar, de mais recurso, demorado,
entre outros, e o professor Marcelo Suzart de
Almeida sabe que isso não é fácil, há interação...
Precisamos de parte dos quinze milhões de reais que
estão sendo aprovados para aplicar em pesquisa.
Grande parte desse dinheiro tem que ser jogado em
mecanização, qualidade, manejo de pragas e doenças,
manejo de reservação, manejo de...
Precisamos reforçar mais a transferência de
tecnologia, mas tem um dado interessante: parece
muito, mas precisa muito mais. Por exemplo, em
2013, foram quatrocentos e quarenta e três eventos de
café conilon no estado do Espírito Santo, desde o Dia
de Campo até o evento internacional.
Sempre buscando mais tecnologia, mais
produtividade, mais qualidade e com mais
sustentabilidade.
Temos que sair do nosso espaço e colocar
isso para fora. Tivemos a primeira Conferência
Internacional de Coffea Canephora, em 2013.
Precisamos ter a segunda. Aqui estiveram dezessete
países e mil e duzentos formadores de opinião do
cenário capixaba, brasileiro e internacional. Portanto,
temos que sair do nosso mundinho. Essa coisa boa e
bonita que é Oportunidade e Desafio tem que vazar
mais para fora. Então, temos que trabalhar mais isso.
Trabalho é bom. Foram vários prêmios.
Mostrarei o último... Um projeto do café, que é o
Programa de Melhoramento Genético, foi o projeto
que ganhou o prêmio Inoves, na sua décima edição
em 2014. Mais do que ganhar o prêmio, Senhora
Deputada Raquel Lessa, esse projeto ganhou, dentre
sete categorias, o prêmio na categoria Resultados
para a Sociedade. É a sociedade reconhecendo o
resultado de pesquisa do Estado do Espírito Santo. O
Inoves tinha trezentos e oitenta projetos,
arredondando. Nessa categoria tinha noventa
projetos, arredondando também, pois acho que eram
oitenta e oito ou noventa e um, não me lembro mais,
e ele ganhou esse prêmio na categoria Resultados
para a Sociedade. Com isso, coloca o conilon como
uma das cafeiculturas mais competitivas do mundo.
Nos últimos vinte e um anos, a nossa área
praticamente se manteve a mesma. Nós aumentamos
a produtividade em duzentos e setenta e oito por
cento e quadruplicamos a produção, de 2,4 para dez
milhões de sacas.
Foram muitas mudanças na cafeicultura, com
muita tecnologia, cada vez mais gestão, mais
empreendedorismo, mais inovação, mais união e
mais qualidade. E com isso tivemos todo esse
resultado. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO - PT) - Parabéns, Romário Gava Ferrão.
Não deveríamos esperar outra coisa a não ser essa
belíssima explicação, essa palestra que ouvimos.
Queremos cumprimentar o Raul da Silva,
coordenador da UTE do Idaf, e também o Marcelo
Suzart de Almeida, subsecretário de Agricultura.
Romário Gava Ferrão, nosso estado
eminentemente é de agricultura familiar e sabemos
que se são agricultores familiares, a galinha de ovos
de ouro do Estado se chama Incaper. Para mim, o
Governo pode gastar em qualquer coisa, mas se ele
não investir no Incaper, teremos muitos prejuízos.
Comissão de Agricultura nesta Assembleia
Legislativa para poder repercutir no parlamento, com
a abrangência da nossa TV Ales, da TVE, para o
Estado do Espírito Santo, da importância da
agricultura para o nosso Estado. Parabéns Romário
Gava, estamos muito contemplados com sua palestra.
Aproveito para cumprimentar o companheiro
da Seag, Senhor Marcelo Suzart, que o norte
exportou para dentro da Secretaria de Agricultura;
cumprimento os membros do Ministério da
Agricultura na pessoa do Raphael Massaud Conde,
superintendente em exercício; o Klérisson da Costa, o
Abdo Gomes todos da Federação; o Nilton Falcão;
cumprimento a Fetaes na pessoa do José Izidoro; o
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 25
Raul Carvalho, coordenador da UTE; a Carla
Fernanda, do Sebrae; o Marcus Lourival, gerente
executivo do Banco do Nordeste; e o José Augusto de
Oliveira, do Banestes.
Nessa mesma alegria não pode deixar de ser
observado, do meu ponto de vista, outro desafio que
nós temos. O Romário Gava falou muito do apoio do
Poder Público de um modo geral, mas não posso
deixar de falar, meu querido amigo e Senhor
Deputado Padre Honório, Senhora Deputada Raquel
Lessa, Senhora Deputada Eliana Dadalto, do que
repercutimos, Falcão, na semana passada, por ocasião
da perda do protagonismo do País na OIC –
Organização Internacional do Café. Disse que
precisávamos preparar um documento a partir desta
Comissão, com a assinatura dos trinta membros da
Casa, acionando e envolvendo mais fortemente a
Kátia Abreu para que ela não se esqueça de mobilizar
o setor, de mobilizar o Ministério da Agricultura, de
mobilizar todo o setor produtivo da cafeicultura no
País para que não percamos o protagonismo do café
que temos. Elaboramos esse documento e acho que
nada mais oportuno de que falar nesta Comissão
deste assunto na presença de vocês, discutindo o setor
da cafeicultura e começar a coletar as assinaturas
nesta Casa. O documento enviado para a nossa
ministra Kátia Abreu diz o seguinte:
PELA SOBERANIA BRASILEIRA
NO CENÁRIO MUNDIAL DO
CAFÉ
Nós, Deputados Estaduais
signatários, membros do Poder
Legislativo do Estado do Espírito
Santo, juntamente com o conjunto da
sociedade organizada deste Estado,
solicitamos a Vossa Excelência
especial atenção para que possa ser
revisto o posicionamento do Brasil e
seja efetuado integralmente o
pagamento devido a Organização
Internacional do Café - OIC, de
modo que, não fiquemos isolados,
como tem ocorrido em algumas
articulações que são feitas a nível
internacional.
Além de sermos o maior produtor
mundial de café, o Brasil ocupa
atualmente a Presidência da OIC,
com o Senhor Robério Silva, que
afirmou que a partir de agora o País
não participará de nenhum fórum de
discussão da entidade, perdendo
assento nos comitês de finanças e
administração, de promoção e
desenvolvimento do mercado e de
projetos, em função do pagamento
parcial da contribuição anual junto à
OIC.
As consequências negativas já foram
sentidas na última reunião da
entidade, ocorrida em Milão, na
Itália, onde foi colocada de maneira
veemente a falta de legitimidade do
país em continuar presidindo a
instituição, tendo a União Europeia
manifestado interesse em antecipar
as eleições para a sucessão do
mandato do Senhor Robério Silva,
que só se encerra em setembro de
2016.
E a União Europeia já no intuito, na
mobilização no sentido de eliminar o país desse
protagonismo.
Num cenário de economia
globalizada, como foi colocado aqui,
e de grande competitividade entre os
países, um acontecimento desses traz
prejuízos irreparáveis à nação, pois
sem representatividade e poder de
voto, ficamos vulneráveis e reféns de
decisões tomadas por países que
muita das vezes nem produzem café,
como é o caso da União Europeia.
No caso específico do Estado do
Espírito Santo, que tem sua
economia baseada na agricultura,
tendo como seu principal produto o
café, o prejuízo é ainda maior, pois
com a perda do protagonismo, o
Brasil fica enfraquecido a nível
mundial, tendo como reflexo toda a
política agrícola da cadeia cafeeira
nacional, com grandes prejuízos aos
Estados produtores.
Por todo o exposto, torna-se urgente
resolvermos essa questão e contamos
com o apoio irrestrito de Vossa
Excelência.
Assinaram os trinta deputados, e eu, é óbvio,
coloco a minha assinatura e recebo, com carinho, as
assinaturas dos colegas, que tenho certeza absoluta de
que irá para a ministra, com trinta assinaturas.
De tudo o que foi colocado aqui pelo
Romário, talvez seja a última ou pelo menos a última
a que dei ênfase: Sair do nosso espaço e envolver o
mundo. Esse é um dos desafios que o Romário
colocou em sua palestra: Sair do nosso espaço e
envolver o mundo. Acho que o principal desafio
para se envolver o mundo é não perder direito a voto
nos comitês, principalmente da cafeicultura. Fico
honrado de participar e ser membro efetivo desta
comissão, observar esse momento que, do meu ponto
de vista, é um momento extremamente preocupante
para o protagonismo no Brasil e poder fazer essa
proposição, não que ela possa influenciar muito, mas
já mostra o quanto o Espírito Santo, a partir de seu
Parlamento, na totalidade, está preocupado com esse
26 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
cenário e com esse momento. Fica aqui a minha
preocupação.
Meu amigo José Roberto está me dizendo
que podemos enviar ainda para o ministro-chefe da
Casa Civil, para o Ministério de Desenvolvimento
Agrário e para o de Relações Exteriores. Será
enviado para todos os ministérios que podem nos
ajudar nessa situação.
Por fim, fica aqui o meu reforço, convite,
intimação, outro desafio preocupante que o Espírito
Santo vive, que o País vive, que são os recursos
hídricos. Nesse sentido, também requeremos, como o
Senhor Deputado Padre Honório bem disse aqui,
estaremos discutindo na próxima sexta-feira, às 14h,
no auditório da Faculdade Vale do Cricaré, em São
Mateus, a carência, a crise e os efeitos dos recursos
hídricos no norte do Estado do Espírito Santo para
todo o norte e noroeste, abrangendo o Prodnorte, que
é o consórcio de municípios da região. Fica o convite,
fica a intimação para os deputados e para todos os
presentes. Sexta-feira próxima, dia 16 de outubro, às
14h, na Faculdade Vale do Cricaré, em São Mateus.
Obrigado por enquanto.
O SR. PRESIDENTE - (PADRE
HONÓRIO - (PT) – Parabéns, Senhor Deputado
Freitas, também assinaremos esse documento que
será encaminhado, com certeza, e sensibilizará as
nossas autoridades federais.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Bom-dia a todos. Parabenizo pela bela explanação o
engenheiro agrônomo, representante do coordenador
estadual da cafeicultura e pesquisador, Senhor
Romário Gava Ferrão, assim também o subsecretário
Marcelo Suzart de Almeida. Cumprimento todos
os representantes de órgãos e instituições presentes.
Cumprimento também agora o presidente que tão
bem está presidindo esta Mesa, sempre confundo o
Senhor Deputado Padre Honório com o Senhor
Deputado Doutor Hércules, acho que é por causa da
calvície. Cumprimento a Senhora Deputada Raquel
Lessa, representando o norte e noroeste do nosso
Estado do Espírito Santo e o Senhor Deputado Freitas
que também é um grande representante nesta
comissão.
Vejo, nesta comissão, a unidade de todos.
Acredito que são convidados todos os membros que
aqui participam, não são convocados. Aí vem no meu
pensamento, no meu coração, que presido a
Comissão de Assistência Social e fico triste, Senhor
Deputado Padre Honório, V. Ex.ª também luta muito
por essa questão e vemos que não dá o público como
dá nesta comissão. Sempre falo isso. Precisamos
sensibilizar também os nossos colegas,
principalmente os que lutam pelo social no Estado do
Espírito Santo.
Estive, no mês passado, no Instituto Terra.
Com esta crise que estamos vivendo, a crise hídrica,
vi o projeto Olhos D’água e fico imaginando como
seria se todos os proprietários rurais investissem na
recuperação das nascentes, como teríamos o nosso
estado do Espírito Santo bem mais produtivo, não só
no café. O Gava fala que o Conilon tem também essa
prevenção, essa vantagem de enfrentar a crise hídrica.
Fico imaginando: tantos produtos que chegam à mesa
dos nossos capixabas correm o risco de faltar
justamente por esta crise que estamos vivendo. Quero
sensibilizar todos nós, todos os produtores rurais.
Vamos recuperar as nossas nascentes, vamos
reflorestar.
É uma preocupação de todos do estado do
Espírito Santo. Todo o povo do estado está
preocupado justamente com esta crise que estamos
vivendo. Graças a Deus, o café não faltará para nós.
Mas precisamos nos preocupar com outros produtos
agrícolas do nosso estado, não é, Senhor Deputado
Padre Honório? Muito obrigada, e mais uma vez
parabéns.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO – PT) – Obrigado. Parabéns, Senhora
Deputada Eliana Dadalto.
Sou muito festeiro. Gosto muito de festa, e o
Senhor Deputado Freitas também gosta. Mas não
entendo como os nossos municípios do Norte,
passando por tantas dificuldades, não tendo recursos
para investirem em uma barragem, investirem em
uma caixa seca, estão todos investindo em festas.
Fico muito preocupado com isso. É importante a
festa? É. Mas vamos comemorar o quê? Uma vez eu
disse que é necessário voltar ao Antigo Testamento e
chamar José do Egito para dar um curso de gestão
para os nossos gestores, para que todos entendam que
depois das vacas gordas vêm as vacas magras.
Tivemos as chuvas, e agora são as secas. Daqui a uns
dias vem a chuva de novo. E aí? Como é que
estaremos? Temos um planejamento para guardarmos
um pouco da reserva que vai para o mar salinizar
para usarmos na hora em que precisarmos?
Por exemplo, o programa Reflorestar, do
Estado do Espírito Santo. Muitos municípios não
colocam sua equipe para facilitar que esse programa
tão importante seja alcançado pelos agricultores.
Vejo o seguinte: não é só o agricultor que precisa ter
uma consciência, é todo mundo. Também os
gestores, prefeitos, deputados, vereadores, padres,
pastores. Todo mundo, para que se entenda que daqui
a uns dias haverá chuva, mas que depois das chuvas
virão novos momentos de seca. Como já foi dito, são
momentos recorrentes, e sabemos disso. É necessário
termos um pouco de juízo.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Saúdo o
Marcelo Suzart de Almeida, nosso subsecretário de
Agricultura, e por meio de S. S.ª saúdo todos os
presentes.
Senhor Deputado Padre Honório, estou
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 27
gostando muito de S. Ex.ª na presidência. V. Ex.ª está
presidindo esta comissão muito bem, assim como o
faz a nossa querida Senhora Deputada Janete de Sá.
Parabenizo o Romário, que fez uma bela
palestra. Estou muito triste. Em São Gabriel da Palha,
neste final de semana, foi muito triste e doloroso ver
a quantidade de matas queimadas. A cidade cheirava
a fumaça, animais mortos. Sentia-se aquele cheiro de
pelo. Foi muito triste, porque são matas, reservas
florestais mesmo. Foi triste ver, passar e olhar aquilo.
Três grandes matas em São Gabriel da Palha foram
queimadas neste final de semana. Mesmo com todas
essas tristezas, com o nosso Estado passando por essa
crise hídrica, você mostrou tantos dados bacanas,
tantos dados empolgantes do Incaper, que nos
empolgaram. Então, nem tudo está perdido neste
Estado abençoado que é o Espírito Santo.
Quando você fala do desenvolvimento, da
tecnologia, da produtividade, da qualidade e da
renda, o agricultor pensa também na renda, sonha
com o café num preço ideal, que dê pagar despesas e
ter lucros. Porque hoje, nossos agricultores estão
endividados. Na minha família, meu filho é agricultor
e estamos endividados, os agricultores estão
endividados. Também sonhamos com um preço real
do café, para que possamos pagar nossas dívidas e
sobre para investirmos.
E o que é mais bacana, quando se fala em
pesquisa, vimos agora no PEDEAG, no qual você
estava presente, Romário, e o Marcelo, em
Marilândia, quando os próprios agricultores pediam
pesquisa. Quando preenchiam aquela folha, pegavam
o microfone e falavam: Precisamos de mais
pesquisas.
É muito bacana, o nosso Governador Paulo
Hartung, colocar no orçamento da Secretaria de
Agricultura, um valor bem representativo de
pesquisa. Então, é pensar grande, é pensar que
precisamos realmente de pesquisa. Pesquisa em uma
lavoura, em um café que seja mais resistente à falta
de água, porque é isso que está caminhando nossa
sociedade, caminhando nosso mundo. Minha netinha,
com três anos falou assim: Vovó, tem que economizar
água, porque vai faltar água no planeta. Com três
anos, já está nessa educação, falando que faltará água
no planeta. Então, temos que ter essas plantas mais
resistentes às pragas.
Tem que ser essa união mesmo e parabenizo
o instituto na pessoa do Romário. Temos lá
maravilhosos pesquisadores, pesquisadores
renomados, respeitados e isso nos orgulha muito.
Parabéns, leve o nosso abraço ao presidente
Wanderley, a todos os pesquisadores e a todos os
funcionários do Incaper. O Incaper tem sido o nosso
sustentáculo na agricultura e tem nos orgulhado.
O Senhor Deputado Padre Honório disse
muito bem, que os pequenos agricultores precisam
desse apoio. E mais bacana ainda, Senhor Deputado
Padre Honório, é que nossos pequenos agricultores
começam a olhar suas pequenas propriedades como
empresa que precisa ter gestão, que precisa ter
produtividade, que precisa ter qualidade, que precisa
ter sustentabilidade e que precisa ter a renda. Quando
a gente envolve toda essa cadeia produtiva, vemos
que estamos conscientes disso.
Isso é muito bacana e ficamos felizes em
saber dessa conscientização de nossos agricultores.
Lembro-me de que há trinta anos, quando ficava no
cartório do meu marido, víamos os agricultores que
não estavam tão ligados, tão antenados como agora.
E hoje, produzir cento e cinquenta sacas por hectare
já é uma coisa bem normal, vou dizer assim.
Converso no Município de São Gabriel e vejo
produzindo cento e cinquenta sacas por hectare,
quando era vinte, trinta. Era o que a gente via e hoje
vemos isso aí. Que bom! Vi na pesquisa que pensam
em produzir duzentos e oitenta e três, mais ou menos.
Então, é isso aí, é a pesquisa para evoluir, para
conseguirmos, numa menor área, uma maior
produção.
Nosso muito obrigado e parabéns.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO – PT) – Parabéns, Senhora Deputada
Raquel Lessa. V. Ex.ª tem feito um trabalho
diferenciado também, não apenas no norte, mas em
todo o Estado, sempre presente e sempre atuante.
Justifico a ausência da nossa presidente, que
teve um problema pessoal e não pode estar conosco
neste momento.
Quando V. Ex.ª fala na questão da
propriedade como empresa, registro a esse grande
trabalho que o Sebrae tem feito. Temos aproveitado
esses espaços e com o Rural Total, programa
extraordinário do Sebrae, levando essa oportunidade.
Ao ver no Geraldo Sperandio um
assentamento que precisa levantar a cabeça e ocupar
o seu espaço e ver que lá tem mais de quarenta
agricultores que estarão dentro das oficinas do Rural
Total, fico feliz. É dar liberdade para que possam
caminhar com as próprias pernas.
Então, o nosso agradecimento, senhora Carla,
para o Sebrae, por esse grande trabalho que tem
realizado na formação e organização dos nossos
agricultores e agricultoras do estado.
Concedo a palavra ao senhor Marcelo Suzart
de Almeida.
O SR. MARCELO SUZART DE
ALMEIDA – Inicialmente, gostaria de parabenizar o
Senhor Deputado Padre Honório pela presidência
desta Comissão; cumprimento a Senhora Deputada
Raquel Lessa, o nosso querido Senhor Deputado
Freitas e a Senhora Deputada Eliana Dadalto.
Parabenizo o Romário Gava Ferrão que, a
cada dia, ao escutá-lo, parece-me mais professor,
com sua didática e entusiasmo. Parabenizo também
toda a sua liderança nesse processo do café no Estado
do Espírito Santo e toda equipe do Incaper envolvida.
Realmente, percebemos o entusiasmo e a alegria em
falar do café no Estado do Espírito Santo, não
28 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
importando se arábica ou conilon.
Com essa questão, hoje, das mudanças
climáticas, não sabemos para onde caminharemos; se
o conilon subirá a montanha, em função das
mudanças climáticas, ou não. Mas, tudo indica, a
tendência é essa.
Vou me ater a dois pontos dos desafios do
Romário Gava Ferrão, não descartando a importância
dos demais: qualidade e sustentabilidade. Cada vez
mais produzimos café de qualidade, certificado,
indicação geográfica, para que o mundo lá fora
conheça o que temos aqui. Isso criará, cada vez mais,
visibilidade para o nosso café, para o nosso estado.
Então, a qualidade, os trabalhos que já vêm
sendo feitos e outros que devem ser incorporados a
esse de qualidade tem que se intensificar cada vez
mais e o papel de políticas públicas nesse processo
acho ser de extrema relevância.
Com relação à questão da sustentabilidade,
tenho dito em alguns lugares onde discutimos sobre
recursos hídricos, sobre esse momento que passamos,
que é um ponto muito fora da curva. E cada vez mais
esses pontos fora da curva vão aumentar essa
distância da reta da linha normal do clima. E esse
momento para nós está sendo muito crítico.
Como bem dito pelo Senhor Deputado Padre
Honório, se conseguirmos - produtores, legisladores,
gestores públicos, pesquisadores - entender esse sinal
e aprender com ele que tem que ser diferente a partir
de agora e não na hora que a chuva retornar e o
capim subir, a lavoura ficar contente, porque a hora
que chove mesmo é a hora que a planta arreganha os
dentes, fica alegre, você sente essa alegria...
Passei em São Gabriel da Palha, estive em
Águia Branca nesse final de semana, em um
casamento, e percebi que a Senhora Deputada Raquel
Lessa tem razão, porque está de dar dó. Se não
entendermos esse sinal e, realmente, trabalharmos
com estratégias, programas e ações para diminuir a
velocidade com que a água passa pela propriedade,
qualquer estratégia que diminua a velocidade da
água… Porque se olharmos os cafezais que estão aí
nas áreas planas, nas áreas médias onduladas e nas
áreas inclinadas, verificaremos que não tem estratégia
de redução da velocidade da água. Não tem. Então,
teremos que trabalhar neste sentido. Tecnologias para
isso já existem. Para isso não precisamos pesquisar;
para isso existe tecnologia. Precisamos aplicá-las e
forçar programas, incentivos de recursos financeiros
para projetos que tenham essas práticas, caso
contrário não terá o projeto aprovado. Então,
estratégias que consigam realmente implantar isso.
Acho que esse sinal temos que perceber e conseguir
evoluir com ele.
Parabéns ao Romário Gava Ferrão, mais uma
vez. Parabéns, Padre Honório, pela sessão.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO – PT) – Obrigado e parabéns pelo
trabalho.
Concedo a palavra ao Abdo Gomes.
O SR. ABDO GOMES – Cumprimento os
Senhores Deputados Padre Honório, Eliana Dadalto,
Raquel Lessa e Freitas.
Parabenizo o Romário Gava Ferrão pela
apresentação e dizer que tecer comentários, elogios
sobre o trabalho da equipe do Incaper é chover no
molhado, embora o momento não seja esse por causa
da crise hídrica, mas os senhores, no meu modo de
ver, são poucos reconhecidos nacionalmente pelo
trabalho que desenvolvem neste estado,
principalmente com o café, que é o foco maior, mas
não esquecendo as outras culturas.
Deputada Raquel Lessa, estive semana
passada em São Gabriel da Palha fazendo lançamento
do programa Rural Total e V. Ex.ª foi contemplada
em seu pedido.
Foi muito gratificante ver a quantidade de
produtores e a qualidade, principalmente, dos
produtores que lá estiveram. Realmente, é
preocupante ver a situação e a quantidade de focos de
incêndios que vemos na região. A vegetação como se
encontra, se não tomarmos providências, se não
ficarmos atentos essa situação se agravará porque a
vegetação está totalmente seca naquela região e
qualquer guimba de cigarro, espelho e lata
propagarão incêndio.
Agradeço ao Padre Honório as palavras de
reconhecimento do trabalho do Sebrae. O Sebrae vem
dando oportunidade aos agricultores familiares do
nosso estado de receberem orientações sobre gestão
para levar para dentro de suas propriedades, coisa que
pouco se aplica no setor.
Hoje estamos com trabalho bastante intenso
com o programa Rural Total. E Pancas, realmente,
tem grande quantidade de produtores que receberão
as consultorias e as oficinas.
Precisamos, hoje, nos preocupar com uma
situação que o estado vem passando com essa crise
hídrica, ou seja, a dificuldade de renegociar as
dívidas dos produtores. Precisamos tomar
providências no sentido de trabalhar com as
instituições financeiras para que haja um programa de
proteção aos produtores que acessam o crédito e que
por imprevistos, como a crise hídrica ou destruição
de lavouras pela chuva, como ocorreu no passado,
não têm nenhuma garantia e proteção quando esses
fenômenos acontecem.
Acho que chegou a hora de começarmos a
trabalhar juntos, partindo até desta Casa, dos
deputados federais. Sabemos que tudo vem do
governo federal. Não é fácil, é uma missão bastante
árdua, mas precisamos proteger esses produtores. Ou
seja, o Incaper pode fazer os laudos atestando
realmente a dificuldade desses produtores de
honrarem seus compromissos.
Este ano, em alguns lugares o café teve queda
de setenta por cento de produção, ficando impossível
horar os compromissos. Quando se consegue
negociar a dívida, o crédito fica bloqueado. Como
esse produtor se recuperará? Como produzirá para
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 29
honrar essa renegociação de dívidas? Porque se não
... diz o BMPA: se o campo não planta a cidade não
janta.
O SR. ROMÁRIO GAVA FERRÃO –
Sentimo-nos muito à vontade neste ambiente.
Parabenizo pela reunião, pelas falas, pela
sensibilidade desta Comissão de Agricultura, pelo
apoio e pelos encaminhamentos. Vemos que está
muito bem representada por autoridades que
representam muito bem o agronegócio do Estado do
Espírito Santo. Parabéns!
Prestei muita atenção em cada fala e elas são
totalmente pertinentes, desde a fala dos deputados,
passando pelo subsecretário de Agricultura, Senhor
Marcelo Suzart de Almeida e pelas
representatividades.
Com trinta e três anos de instituto, reforçarei
um pedido, posso fazer isso? Se vocês me permitem,
farei esse pedido. Temos trinte e três anos de trabalho
no Incaper como emprego único, então, temos muito
amor e muita emoção por esse Instituto, por todos os
resultados que já fez, está fazendo e pode fazer pela
frente, mas temos preocupações futuras.
Só puxar para o café - com as outras cadeias
não é diferente -, vimos que avançamos muito e
temos desafios. Mas para vencermos esses desafios e
continuarmos tendo resultados, precisamos de
continuidade. Quero reforçar o início da fala do
Senhor Deputado Padre Honório, precisamos dessa
continuidade, mas não queremos colocar a culpa em
ninguém. É um assunto sensível essa questão do
reconhecimento do pesquisador mestre e doutor do
Incaper.
O presidente do Incaper tem conhecimento
disso, o subsecretário tem conhecimento disso, o
secretário tem conhecimento disso, acredito que o
governo já tenha conhecimento disso, mas pediremos
o apoio de vocês.
Estou falando em nome de uma equipe cuja
maioria tem poucos cabelos na cabeça, dentro de três
anos estará saindo por aposentadoria, e os novos não
estão ficando e não têm como ficar mesmo. Não é
querer chorar, não têm.
Hoje a política, não quero colocar a culpa
em ninguém, não segura esses profissionais. Os
antigos estão aposentando e os novos estão sendo
absorvidos por outras instituições. Então, eles vêm
aqui, houve um esforço do governo para contratar,
mas ficam dois, três anos e na hora em que começa a
aprovar os projetos, a ter resultados, são absorvidos
por outras instituições. Há uma questão de
continuidade. Isso foi dito muito, acho que esta
comissão é sensível, então pediremos porque para
que a água chegue à boca temos que pedir mesmo,
não é Marcelo Suzart de Almeida? Então, pediremos
essa força de vocês. Acho que todo mundo, mais ou
menos, entendeu esse reforço que estamos pedindo.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO - PT) – Tenho certeza de que esta
comissão, não é Senhor Deputado Freitas, com a
presidência da Senhora Deputada Janete de Sá, não
medirá esforços para estar junto a vocês buscando
esse reconhecimento, não apenas intelectual, mas
principalmente o financeiro quando vai valorizar o
salário. Todo mundo tem que pensar na
sustentabilidade da família e o salário faz muita
diferença.
Senhor Deputado Freitas, gostaria de fazer as
considerações finais?
O SR. FREITAS - (PSB) – Sim, Senhor
Presidente. Endossar e reforçar as palavras do
Romário Gava Ferrão. Estivemos todos recentemente
no Incaper, com seu presidente, que foi muito
veemente nesse pedido, apresentando o quadro
preocupante de técnicos profissionais, mestres,
agricultores e estamos sensibilizados, professor
Romário Gava Ferrão, com essa causa. Conte com
esta Comissão e tenho toda tranquilidade de dizer
isso, porque a presidenta, o vice-presidente e nós,
membros, estamos sensibilizados com essa causa.
Quero, Senhor Deputado Padre Honório, em
tempo, fazer um requerimento por ocasião do
momento que passamos, pois, de repente, existem
políticas públicas nacionais que podem ser
disponibilizadas ao nosso Estado. Era para eu ter
feito esse requerimento por escrito, mas estou
colocando hoje. Gostaria que fosse aprovado, ou pelo
menos analisado nesta Comissão no dia de hoje, para
que na primeira quinzena do mês de novembro
possamos receber, nesta Comissão, o delegado do
MDA no Espírito Santo, senhor Josean de Castro
Vieira, o nosso Jota, para dissertar sobre a
classificação e inclusão de alguns municípios
capixabas no clima semiárido e os consequentes
benefícios dos programas e políticas públicas do
Governo Federal para esses municípios.
Já temos oito municípios. São eles: Pedro
Canário, Pinheiros, Montanha, Mucurici, Ponto Belo,
Ecoporanga, Vila Pavão e Boa Esperança, já
classificados como semiáridos, mas não reconhecidos
pelo governo federal. Com isso, não recebem as
políticas públicas que os municípios do nordeste têm
para os municípios semiáridos.
Gostaria que esta Comissão aprovasse a
vinda do delegado Jota para explicar e para, também,
começarmos a trabalhar no sentido de que o Governo
Federal possa receber os municípios do Espírito
Santo classificados como semiáridos. Este é o
requerimento.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO - PT) – Em discussão o requerimento do
Senhor Deputado Freitas. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – Pela aprovação.
30 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Pela
aprovação. É muito importante e acho que o deputado
está de parabéns. Temos mesmo que trazer o Jota
para falar e demonstrar isso com mais clareza para
todos os deputados e para todos os interessados no
assunto.
O SR. PRESIDENTE – (PADRE
HONÓRIO - PT) – Também voto pela aprovação.
Aprovado à unanimidade.
Mais uma vez, queremos agradecer ao
Romário Gava Ferrão a presença, e agradecer as
presenças do subsecretário Marcelo Suzart de
Almeida, do Klérisson da Costa Santana, do Raphael
Massaud Conde, do Nilton Falcão, do Abdo Gomes,
do José Augusto de Oliveira, do Marcos Louriçal
Neves, da Carla Fernanda Cardoso, do Raul da Silva
e do José Isidoro Rodrigues, que já foi embora.
Queremos agradecer a todos aqueles que nos
acompanharam pela TV Ales e aos demais membros
desta Comissão.
Convidamos todos para a audiência pública,
dia 16 de outubro, em Nova Venécia, na parte da
manhã, e à tarde, às 14h, em São Mateus. Agradeço a
todos pela participação.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 11h45min.
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA,
GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS. DÉCIMA TERCEIRA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 30
DE JUNHO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus, declaro abertos os
trabalhos desta Comissão Ciência, Tecnologia,
Inovação, Inclusão Digital, Biossegurança,
Qualificação Profissional, Energia, Gás
Natural, petróleo e seus derivados.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura das atas da quarta reunião extraordinária,
realizada em 07 de maio de 2015, e da quinta reunião
extraordinária, realizada em 08 de maio de 2015.
(A Senhora Secretária procede à
leitura das atas)
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Em discussão as atas. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Atas aprovadas como lidas.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS
RELATORES:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Passamos para as
comunicações.
Passo a palavra ao diretor de Tecnologia da
Informação da Assembleia Legislativa, senhor
Jonston Antônio Caldeira de Souza Júnior, para
expor sobre segurança da rede de informática da
Assembleia Legislativa do Espírito Santo e demais
assuntos pertinentes à tecnologia.
Senhor Jonston, antes de qualquer coisa,
agradeço-lhe por ter comparecido, por ter atendido ao
nosso convite. Gostaríamos de ouvir, antes de
questionar, como funciona a segurança da rede de
informática da Assembleia, qual o grau de segurança
que os gabinetes podem ter e sentirem-se seguros
com aquilo que é disponibilizado, como funciona,
quem são as pessoas responsáveis.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Boa tarde a todos. Em nome
da Diretoria de Tecnologia da Informação, agradeço
o convite para participar da reunião desta comissão,
de poder falar um pouco sobre a informática na
Assembleia.
Em resposta ao que o deputado arguiu,
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 31
provemos um nível de segurança à medida dos
recursos disponíveis. Em se tratando especificamente
de gabinete, resumimos os serviços disponibilizados
aos gabinetes somente ao pessoal autorizado pelo
coordenador do gabinete ou pelo próprio deputado,
que tem acesso a esse serviço ou recurso, e acesso à
internet, que ele é controlado, é monitorado, assim
como para o restante da Casa também.
Existem algumas falhas de segurança, até
pela estrutura que temos, que já está obsoleta. Não
temos condições, hoje, de prover, por exemplo,
acesso à rede sem fio, que é um requerimento muito
comum, não só de gabinete, mas também de todos os
setores da Casa, que requerem muito isso. Só que
com a estrutura que temos hoje, não podemos prover
isso com segurança. Estamos falando de um meio de
comunicação sem fio, que é muito vulnerável,
qualquer pessoa mal-intencionada pode utilizar de
mecanismos para burlar a nossa segurança, enfim,
utilizar de má-fé mediante isso.
Em relação aos documentos que tramitam em
nossa rede, por exemplo, peguemos a estrutura de um
gabinete em que focamos bastante, principalmente
nesta legislatura, em que houve uma mudança
grande, tivemos que readequar toda a nossa estrutura
física e lógica para atendê-los. A parte de
proposições, por exemplo, no passado era um pouco
confusa, alguns deputados tinham acesso a
proposições de outros, isso não ocorre mais. Somente
o pessoal autorizado dos gabinetes e das comissões,
neste caso vou me estender às comissões também,
tem acesso aos documentos relevantes a esses
setores. Fora esse pessoal, o pessoal da TI, porque é
quem gerencia todo acervo de serviços e de produtos
que disponibilizamos para vocês.
Não sei se fui claro, se há mais alguma
pergunta em relação a isso.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Você disse que a estrutura de
que dispõe já é obsoleta. Não entendi bem, mas você
disse que o acesso a documentos de um gabinete,
além do próprio gabinete, as comissões e a TI têm
acesso.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Não. A estrutura de
armazenamento de documentos produzidos pelo
gabinete e pelas comissões é semelhante. Somente o
gabinete e a TI têm acesso. As comissões na mesma
situação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Colocarei um caso específico,
porque estamos muito preocupados com isso. Por
exemplo, quando alguém da assessoria do meu
gabinete, o que tem acontecido com frequência,
acessa nosso arquivo com os documentos de
requerimento, de projeto, enfim, muitas vezes,
aparecerá uma janela, dizendo que esse documento
está bloqueado para edição por outro usuário, que não
é ninguém do nosso gabinete. Então, quem é esse
outro usuário? Às vezes, até quando eles querem sair,
aparece isso também, dizendo que não pode sair
porque há outro usuário usando.
Então estamos muito preocupados com isso.
Não que tenhamos alguma coisa a esconder, mas são
documentos nossos, são documentos do meu
gabinete, são documentos que pertencem à pesquisa
que fazemos, a proposições que pretendemos
apresentar, projetos de lei que estão sendo
elaborados, e é com uma frequência muito
significativa que essa mensagem aparece, que o
documento está sendo acessado por outro usuário,
inclusive, não permitindo a não edição dentre outras
coisas. Quem seriam esses outros usuários?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Neste caso, em especial,
deputado, o que acontece? É como disse, a nossa
estrutura de TI é um pouco obsoleta. O nosso
servidor, onde armazenamos todos os arquivos
gerados pela Assembleia, quem utiliza nossa rede o
conhece como Colatina, é um servidor de plataforma
um pouco antiga. O que acontece? Às vezes, o
usuário abre um arquivo, edita-o, trabalho nele e o
fecha, mas um arquivo temporário é criado, enquanto
ele está trabalhando no arquivo. Pelo fato de o
sistema operacional desse servidor estar um pouco
obsoleto, esse arquivo de backup não é fechado junto
com o arquivo, aí aparece essa notificação, como se o
arquivo estivesse aberto por um outro usuário,
impedindo a sua edição. Esse fato tem acontecido não
somente no caso do gabinete de V. Ex.ª, mas em
outros setores da Assembleia Legislativa. Qual
providência estamos tomando? Estamos trabalhando
para migrarmos esse servidor de arquivos para uma
plataforma mais recente, que não permita que essas
situações aconteçam. Mas não é nenhuma falha em
termos de pessoas não autorizadas tendo acesso a
esses arquivos.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Mas e pessoas autorizadas?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Pode ser.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Quem, por exemplo?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Ou o pessoal do gabinete...
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Impossível.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Ou o pessoal da TI.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Do gabinete não, porque
32 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
ontem, por exemplo, eu estava lá com três assessores
e quando um deles estava acessando o documento,
disse que estava acontecendo. Não tinha ninguém no
gabinete, só nós três. Não tinha ninguém mexendo no
arquivo. Então, do gabinete não é, isso aí está
descartado.
Eu queria saber quem, além de nós, tem
autorização para acessar isso.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – São esses dois setores.
O que precisamos, deputado, quando essas
situações ocorrerem, é que sejamos notificados para
que possamos rastrear o que realmente está
acontecendo naquele momento. Temos condições,
hoje, de verificar onde o arquivo está aberto e quem é
o usuário que o está acessando naquele momento.
Caso haja uma falha de segurança nesse
sentido, o que acredito que seja muito pouco
provável, conseguimos rastrear e fazer o tratamento
dessa falha. Mas precisamos que sejamos acionados
no momento em que ocorrer. Posteriormente, fica
difícil fazer uma auditoria e rastrear o que realmente
aconteceu.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Aquilo que sai do gabinete,
por exemplo, o que enviamos e recebemos por e-
mail, é possível que alguém do setor tenha acesso a
isso?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Ao conteúdo do e-mail?
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Sim. De acessar o e-mail,
acessar outras coisas que usamos pela internet?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Não. Monitoramos, por
exemplo, o que está sendo enviado. Não o corpo, não
o conteúdo. Acesso à internet, por exemplo,
monitoramos que V. Ex.as
estão acessando rede
social, Facebook, Youtube, Tweeter. Mas ao
conteúdo explícito do que está sendo acessado, não
temos acesso a isso.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – E e-mails?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Também não.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – De forma nenhuma?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – De forma nenhuma.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Ninguém tem uma senha que
permita qualquer tipo de acesso?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Somente o pessoal do
gabinete.
E-mail a gente tem esse cuidado de que nem
os administradores da nossa rede. Os administradores
da nossa rede estão restritos a três pessoas, que sou
eu e os dois coordenadores de rede. Nem os
administradores de rede, nós três, no caso, temos
acesso ao e-mail.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Nem o fato, por exemplo, de
eu enviar um e-mail e a pessoa acessar não o
conteúdo, mas para onde estou enviando o e-mail ou
de quem estou recebendo?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Isso é possível. Inclusive
por conta de algumas ferramentas que temos de
segurança. Por quê? No passado, tínhamos um
problema muito grande de algumas pessoas acusarem
a Assembleia Legislativa de emissora de spam,
porque algumas pessoas enviavam o mesmo e-mail
para cem, duzentos, trezentos destinatários. Existem
alguns serviços relacionados a isso que classificam o
domínio al.es.gov.br como emissor de spam e
bloqueiam. Então tivemos que fazer esse tratamento,
inclusive limitando o número de destinatários. Hoje,
se observarem, não conseguem enviar e-mail para
mais de cinquenta destinatários ao mesmo tempo, se
não me engano. É por conta desse fato.
Respondendo a sua pergunta, deputado,
temos acesso, sim, ao cabeçalho do e-mail, quem está
enviando, o destinatário e o subject, que é o assunto.
Agora, ao corpo do e-mail não temos acesso.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Quantas pessoas tem acesso a
isso?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Nós três. Eu e os dois
coordenadores da nossa rede. V. Ex.ª quer que diga o
nome dos coordenadores?
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Pode dizer ou não.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Marco Antônio Pereira,
coordenador do Setor de Redes da TI, e Álvaro
Albani Costa, técnico em TI.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Numa escala de um a cinco,
ou de zero a cinco, qual o grau de segurança que eu,
como deputado, posso ter que os meus documentos,
os meus projetos não estão sendo acessados por uma
série de pessoas, que não vocês três?
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 33
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Cinco como sendo o
máximo em segurança?
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – O máximo em segurança.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – No caso das proposições de
leis que os senhores fazem...
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – As que são colocadas dentro
do sistema dos senhores na Assembleia.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Cinco.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Então, posso ter a segurança
absoluta de que nada do meu gabinete e acessado por
mais ninguém.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Nesse caso, deputado, em se
tratando dos compartilhamentos de arquivos, que são
esses casos disponibilizados pelos os gabinetes,
cinco. Somente o pessoal da DTI, se resumindo a
esses três, e os autorizados pelo próprio gabinete.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Entendo.
No começo de sua fala, você disse que a
estrutura de vocês é bem obsoleta. Mesmo assim
você acha que o grau de segurança é cinco?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Nesse caso em especial, de
permissões de acesso a arquivos, não utilizamos a
estrutura a que me referi como obsoleta. A estrutura
que temos como obsoleta é a estrutura física da
Assembleia, que é a parte de comunicação. Os
switches que provêm acesso aos andares, que
concentra toda a comunicação da rede. Inclusive, o
que impede implantarmos uma rede sem fio na Casa.
Ao que diz respeito à segurança lógica, que é a
permissão de acesso a arquivos, não temos
problemas.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Não é meio paradoxal ter uma
estrutura tão obsoleta e um grau de segurança tão
elevado ao mesmo tempo?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – É porque são coisas
distintas. Estamos falando de dois segmentos: um
físico e outro que é lógico. No segmento lógico, que
seriam as permissões dentro de arquivos ou de
sistemas que os senhores utilizam, conseguimos
prover esse nível de segurança. Agora o que tange à
segurança física é um pouco complicado, porque não
temos como monitorar.
Por exemplo, sabemos de casos na
Assembleia, apesar de ter um ato que regulamenta
isso, que há setores que espetam Access Point no
conector de rede e colocam a rede sem fio. Neste
caso, já está comprometendo a segurança da
Assembleia como um todo. Sabemos que há casos,
são pontuais, já rastreamos e sabemos quais são.
Inclusive, monitoramos. Só que, além de ser infração
a um ato da Mesa, que proíbe esse tipo de ação,
compromete toda a segurança da Assembleia. Ainda
assim, conseguimos prover, nesses casos que citei,
um nível de segurança bem elevado.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – E tem como identificar quem
faz isso?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Tem.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Então seria fácil punir quem
faz.
Se da próxima vez ocorrer o que lhe relatei,
se as pessoas entrarem em contato com vocês
imediatamente, vocês conseguirão rastrear quem está
usando, quem está com o arquivo aberto em outro
computador ou em outro lugar.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Até peço, por favor, que
ajam dessa forma porque, por mais que tentemos
prover o nível elevado de segurança, nenhuma
organização, nenhum órgão no mundo é cem por
cento seguro, diga-se NSA, FBI, enfim, o foco deles
é esse, e assim mesmo há caso de furo na sua
segurança. Mas o fato é que, assim que formos
notificados, conseguiremos rastrear naquele momento
que está acontecendo e tratar aquela situação da
forma mais adequada. Depois do ocorrido, é um
pouco complicado, por quê? Porque não temos
condição de auditar todos os processos que
acontecem na Assembleia. Isso geraria um dispêndio
enorme de recursos de processamento,
armazenamento de informação que nenhum órgão faz
isso. Então, por isso pedimos que, quando do
ocorrido, sejamos acionados naquele instante para
detectarmos essa falha, se houver, e corrigi-la.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Entendo.
O senhor disse que, mesmo a estrutura sendo
obsoleta, a segurança é elevada. Sou praticamente
leigo em tecnologia de informática, não entrarei no
mérito da discussão, embora continue achando
estranho que essas duas coisas sejam tão distintas;
que uma coisa seja obsoleta, mas a outra
extremamente eficiente. Então, a segurança seria
extremamente eficiente, se ela funciona bem é porque
34 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
é eficiente.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Nesse caso citado,
deputado, nesse caso em especial de que tratamos
nesta reunião.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Entendo.
E o que seria necessário para que o sistema
fosse mais eficiente do que é e a segurança também
melhor do que é? O que seria necessário para que
isso ocorresse?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Já há projeto em tramitação
na Assembleia que visa à renovação de todo nosso
parque no tange à comunicação de nossa rede que são
switches de acesso, switch central, as cotas de rede, a
parte de Wi-Fi também já está integrada nesse projeto
de forma que consigamos prover um acesso Wi-Fi
principalmente, que é um acesso complicado de
provê-lo com segurança. Por isso, não é
simplesmente colocarmos Access Point que
compramos em qualquer loja e o plugarmos e assim
teremos acesso à rede sem fio. Tem, mas a que custo?
Ao custo da segurança do que é feito dentro desta
Casa? Por isso tomamos esse cuidado de elaborar um
projeto em conformidade com a Assembleia. Se
quisermos o Wi-Fi, que seja colocado, mas de forma
segura para que o cidadão que venha a esta Casa
tenha acesso, mas também a um acesso de forma
segura, e que esse acesso seja distinto do acesso feito
pelos setores desta Casa.
Existe esse projeto em tramitação, inclusive
por orientação da Direção-Geral até mesmo para
opinamento técnico, está na Prodest para que sejam
feitas análise e sugestões. E nossa expectativa é de
que ainda este ano consigamos implantá-lo e prover
mais segurança para Assembleia, mais agilidade,
mais performance na comunicação em geral dentro
da Casa, e o que todos querem que é o acesso sem
fio.
Aconteceu um episódio no passado - e nós,
da TI, fomos inclusive um pouco criticados em
relação a isso, e até agradeço a oportunidade de
explicar aquele fato - quando alguns estudantes
invadiram a Assembleia e ficaram algum tempo, em
2013. E, na época, foi pedido que providenciássemos
uma estrutura mínima para eles em termos de
informática: computador, ponto de acesso, acesso à
internet etc. O que esses estudantes fizeram?
Colocaram um Access Point e uma rede sem fio. Na
época, até a mídia noticiou que os estudantes que
invadiram a Assembleia conseguiram implantar uma
rede sem fio e a Diretoria de TI não. Assim caímos
naquela situação que tratamos agora há pouco.
Colocar é muito fácil, mas colocar de forma segura é
a grande questão.
Realmente qualquer pessoa pode fazer, mas o
nosso interesse é fazer de uma forma com que
fiquemos protegidos, que fiquemos resguardados.
Apesar de ser um órgão público em que a maioria das
informações geradas são públicas, mas antes de se
tornarem públicas, há uma tramitação que não deve
ser de acesso geral. Temos essa preocupação, temos
esse cuidado e, de acordo com os recursos
disponíveis na Assembleia para prover isso, fazemos.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – O Senhor Deputado Nunes
gostaria de fazer algumas perguntas ao você.
O SR. NUNES – (PT) – Boa-tarde!
Na verdade quero fazer uma única pergunta e
se você tiver condição de me responder, fica bacana.
Esta Casa de Leis é uma das outras que temos
espalhadas em nosso país. O sistema de informática
das outras Casas também tem essa preocupação da
segurança. Há algum estudo com essas outras Casas
de Leis com relação ao nosso sistema? Ou seja, como
você bem disse, o nosso sistema é um pouco arcaico,
um sistema que não é moderno. Acredito que em
outras Casas de Leis deva ter sistema mais moderno
que o nosso. Há alguma informação ou até mesmo
um intercâmbio do nosso sistema com outros
sistemas espalhados pelo país afora?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Existe sim. Existe uma
associação direcionada para os gestores de TI do
Legislativo em geral. Não nos resumimos apenas às
Assembleias, mas também às Câmaras Municipais.
Anualmente há um encontro em Brasília promovido
pelo Senado. O Interlegis, por meio do Senado,
promove esse encontro. A última oportunidade que
tive de participar foi em 2010, e o que vemos em
relação a isso, apesar de estarmos um pouco
defasado, obsoleto, tecnicamente falando.
O SR. NUNES – (PT) – Em 2010 você
participou? Já se passaram cinco anos? É muita coisa
na informática.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Sim. Foi a oportunidade que
tive de ir. Todos os anos há, mas somente em 2010
me foi concedida a oportunidade de ir.
O SR. NUNES – (PT) – Teremos que fazer
alguma coisa. Interagir com os outros lugares é muito
legal.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Agradeço. O que vier de
apoio dos senhores nesse sentido, agradeço.
Em comparação ao que foi visto à época,
estávamos bem atualizados. Em relação às
Assembleias. Em relação ao que há de mais atual,
realmente ainda não conseguimos acompanhar.
Inclusive, algumas tecnologias a Assembleia foi
pioneira em colocar, a virtualização de servidores
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 35
indo em conformidade com algumas normas
ambientais, de consumo de energia, enfim, a
Assembleia Legislativa do Espírito Santo foi
pioneira. Levamos até esse caso, à época, para essa
reunião que aconteceu em Brasília.
A parte lógica, em termos de sistemas, o
nosso sistema de cotas, apesar de já precisar ser
revisto, é um dos mais evoluídos que há no
Legislativo.
Recentemente, ano passado, tivemos um
representante da Alesp na Casa, que estava falando
sobre a prestação de contas dos deputados. Em São
Paulo, a Assembleia é enorme em comparação à
nossa, e tem uma evolução muito grande em termos
de processos. Só que o processo em si, de prestação
de contas em São Paulo, era feito através de
apresentação de notas ainda. Em relação a isso, nosso
processo é muito evoluído.
Nosso Portal da Transparência, por exemplo,
volta e meia é mencionado como o mais transparente
e tal. E ultimamente só temos aprimorado isso. As
últimas duas pesquisas que publicamos no portal –
não sei se todos tiveram o conhecimento – que se
referem à pesquisa salarial, não vi em lugar algum. A
parte do Diário, por exemplo, nosso Diário hoje, sem
custo algum, conseguimos fazer algo semelhante, se
não igual, ao que é feito no DIO, em que gastam um
absurdo para manter aquela estrutura. Fizemos a
mesma coisa sem custo.
Então, não estamos parados no tempo.
Precisamos de alguns investimentos na área até para
acompanharmos os objetivos e a estratégia da
Assembleia, coisa que nos últimos anos não tem
ocorrido por conta de mudança de Mesa, problemas
com o orçamento, enfim, coisas que acontecem. Mas
existe a demanda, já existem os projetos. Por isso,
agradeço a participação até por podermos colocar
essas situações para conseguir o apoio de V. Ex.as
nesse sentido.
O SR. NUNES – (PT) – Bacana! Obrigado,
irmão.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Você disse que este ano ainda
deve ser implantada a rede sem fio.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Espero que sim, deputado.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Não há garantia nenhuma?!
O SR. NUNES – (PT) – Com isso, ele está
querendo dizer, Senhor Deputado Sergio Majeski,
que depende dos deputados. Se os deputados
forçarem a barra, acho que sai.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – O que tange ao setor
técnico, à Diretoria de TI, é possível. Só que é uma
situação que não depende única e exclusivamente de
nós.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Existe, em andamento, algum
outro tipo de projeto, a não ser esse, de modernização
desse setor?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Sim. São dois.
Hoje trabalhamos com dois projetos de suma
importância para a atualização do nosso parque de
TI: a aquisição de equipamentos para nossa rede de
comunicação, que inclui Wi-Fi, e a parte de
modernização e atualização dos nossos servidores e
storage, ou seja, hoje estamos com gargalo em
termos de armazenamento. Temos produzido muita
informação e já estamos ficando sem espaço para
armazenar essa informação.
O SR. NUNES – (PT) – Deixe-me
perguntar. Veio a minha cabeça agora. É claro que
para comprar todos os equipamentos e também para a
utilização na Assembleia Legislativa, precisa de
licitação. A lei de licitação, a Lei n.º 8.666, fala que a
aquisição tem que ser a de menor custo. Então, esse
fator menor custo pode ser que não seja o que de
melhor possa haver no mercado para colocarmos na
Assembleia.
Existe, dentro desse projeto que você acaba
de relatar, também essa questão, ou seja, de que nem
sempre o que é o mais barato é o melhor? Como lidar
com isso?
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Desculpe. O senhor Ronye
Berger falou sobre técnica e preço.
O que fazemos enquanto setor técnico?
Especificamos em cima do que há de melhor no
mercado que atenda às nossas necessidades, não
limitando a concorrência. Então, para evitar essas
situações, como limitamos, por exemplo, um
fornecedor que não vá atender, por ser de baixa
qualidade, é em cima de especificação técnica. É
lógico que tomando cuidado para não direcionar a
licitação de forma alguma. Tomando sempre o
cuidado de ampliar a concorrência, mas dentro dos
limites mínimos de qualidade exigidos para esta
Assembleia Legislativa. Há alguns casos de licitação
na Casa que tivemos produtos de ótima qualidade por
preço mais baixo do que os de qualidade inferior.
Nesse sentido, estamos bem evoluídos.
Somente pedimos, no caso, a nossa Direção-
Geral pediu um opinamento técnico da Prodest para
esses projetos a fim de nos resguardar ainda mais em
relação a isso, à concorrência, à transparência desses
processos, pelo valor das licitações, pois são bem
significativos. Estamos falando de trocar um parque
inteiro, o prédio da Assembleia é grande e evolve
muitos equipamentos, que não são baratos. Estamos
falando de trocar tudo porque, desde a fundação deste
36 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
prédio, não houve uma renovação; são quinze anos,
pelo menos, de obsolescência.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Ok.
Senhor Deputado Nunes, gostaria de fazer
mais alguma pergunta?
O SR. NUNES – (PT) – Não, obrigado,
Senhor Deputado.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Gostaria de agradecer ao
Jonston Antônio Caldeira de Souza Júnior a presença.
Procuraremos vocês o tempo inteiro e também coloco
esta comissão à disposição para ajudar no que for
possível de modo a melhorar o nosso acesso à
tecnologia e toda a estrutura, que como você mesmo
disse, já é obsoleta, já está atrasada.
O SR. NUNES – (PT) – Senhor Deputado
Sergio Majeski, acho que poderíamos nos
comprometer a pedir à Mesa Diretora que faça
frequentemente essa interação da nossa Casa com as
outras do país afora, já que existe um ambiente onde
se discute isso. Devemos permitir que os nossos
servidores tenham mais elementos, inclusive, para
trazer para esta Casa. Sugiro fazer esse
requerimento à Mesa Diretora para que possibilite
essa interação.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Senhor Presidente, posso
fazer um adendo à fala do Senhor Deputado Nunes?
Aproveitando a oportunidade e o interesse de
V. Ex.as
em colocar a tecnologia para funcionar nesta
Casa...
O SR. NUNES – (PT) – Para bombar, como
dizem.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – É isso aí.
Hoje, o que temos de administração, não
somente na esfera do Governo, mas na esfera privada
também, é a TI cada vez mais alinhada com os
negócios das organizações.
Aproveito e peço para ficarmos mais
presentes, de forma a agregarmos valor ao negócio
desta Casa. Que estejamos mais alinhados a isso de
forma a provermos melhores recursos e serviços para
V. Ex.as
com o intuito de atingirmos os objetivos
estratégicos deste Poder Legislativo.
Hoje, estamos trabalhando sem um
alinhamento. Acho imprescindível e interessante a
participação da TI junto à administração desta
Assembleia Legislativa e com os Senhores
Deputados de forma a traçarmos uma linha a ser
seguida com objetivos e metas que consigamos
alcançar.
Hoje, não somos incluídos nisso. Talvez, não
por ser o representante da área, mas acredito que um
dos setores que tende mais a agregar valor ao negócio
desta Casa é a TI. Um dos nossos principais ativos é
a informação e ela não está sendo bem tratada aqui
dentro. Deveríamos dar um enfoque maior a isso.
O SR. NUNES – (PT) – Pode contar com a
gente.
O SR. JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA
DE SOUZA JÚNIOR – Ótimo. Obrigado.
O SR. NUNES – (PT) – Não é isso, Senhor
Presidente?
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Com certeza.
Jonston, mais uma vez, agradeço sua
presença e colocamo-nos à disposição para ajudar no
que for possível.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h25min
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA,
GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS. DÉCIMA QUARTA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 04
DE AGOSTO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da sexta reunião extraordinária,
realizada em 13 de maio de 2015 e da sétima reunião
extraordinária, realizada em 14 de maio de 2015.
(Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura das atas)
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI –PSDB) – Em discussão as atas. (Pausa)
Encerrada.
Em votação. (Pausa)
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 37
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI –PSDB) – A Presidência acompanha.
Atas aprovadas como lidas.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Ofício n.º 021/2015 recebido do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico-CNPq, com a celebração do
Primeiro Termo Aditivo do convênio
celebrado entre o CNPq e a Fundação de
Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito
Santo – FAPES.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Ciente. Arquive-se.
Passamos para a Ordem do Dia.
Na Ordem do Dia tentaremos deliberar sobre
algumas questões que foram previstas no primeiro
semestre de trabalho da Comissão de Ciência e
Tecnologia. Além das audiências públicas realizadas,
principalmente em relação ao projeto Escola Viva,
recebemos aqui uma série de pessoas que trouxeram
para nós de instituições importantes como, por
exemplo, de energia, veio do Centro Tecnológico
Federal. Esteve nesta Casa um representante do Senai
e ficamos de fazer visitas a essas instituições para que
pudéssemos conhecer efetivamente o trabalho que
eles realizam. Nesse segundo semestre pretendemos
cumprir o calendário de visita a algumas instituições
que nós conversamos no primeiro semestre de estar
fazendo.
Gostaria de propor que a secretaria da
comissão agende visitas técnicas ao Ifes, Campus
Serra; no Senai, Vitória e na Esesp com dias e
horários a combinar com as instituições.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Eu também voto pela
aprovação.
Aprovado por unanimidade.
Gostaria de propor um convite à Incubadora
de Empresas de Base Tecnológica TecVitória para
apresentar seus trabalhos e projetos.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Eu também voto pela
aprovação.
Aprovado por unanimidade.
Gostaria de propor um convite à senhora
Desirée Antônia Pesca dos Santos, terapeuta
ocupacional e especialista em inclusão e tecnologia
em educação especial da Secretaria de Educação de
Viana e terapeuta ocupacional da Apae de Cariacica,
que irá explanar sobre Tecnologia Assistiva.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Eu também voto pela
aprovação.
Passamos às Comunicações.
Não há comunicações.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 12h49min.
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA,
GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS. DÉCIMA QUINTA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 18
DE AGOSTO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Boa-tarde a todos e a todas.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
38 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
leitura da ata da oitava reunião extraordinária,
realizada em 15 de maio de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) - Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. NUNES - (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Ata aprovada como lida.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA:
EXPEDIENTE: Não há.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Gostaria de propor um convite
à senhora Elizabeth Ferreira Carneiro, pedagoga e
professora da Sala Multifuncional, que irá explanar
sobre tecnologia assistida.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. NUNES - (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Também sou pela aprovação.
Aprovada a convocação da senhora Elizabeth
Ferreira Carneiro, que vai falará sobre tecnologia
assistida.
Gostaria de propor o convite à senhora Selma
Topfer, coordenadora da Feira Científica Cultural de
Santa Maria de Jetibá, que irá explanar sobre a
realização do evento.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. NUNES - (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Também sou pela aprovação.
Aprovada a convocação.
Passa-se à fase das Comunicações.
Selma Topfer, primeiramente, gostaria muito
de agradecer a sua presença na Comissão de Ciência
e Tecnologia. Para nós, é uma alegria muito grande
recebê-la não só pelo fato de que iniciativas como
essa, realizadas pelas prefeituras, pelas redes
municipais de ensino ou pelas redes estaduais, têm
sim um significado muito expressivo para a educação
e para a formação dos jovens, bem como para a
evolução da ciência e da tecnologia, mas por ser da
minha terra natal, Santa Maria de Jetibá, uma terra
que eu amo muito e onde está grande parte da minha
história e amigos muito queridos. Você mesmo é uma
pessoa que muito estimo, foi casada com um amigo
fantástico, que já partiu dessa pra melhor. Então, é
uma alegria muito grande a sua presença, para que
saibamos como está sendo a organização desse
evento tão importante. Muito obrigado mais uma vez
pela presença.
O Senhor Deputado Nunes que fazer alguma
saudação?
O SR. NUNES - (PT) – Quero parabenizá-
lo, Senhor Deputado, por trazer a Selma Topfer para
falar sobre esse tema tão importante e dizer que será
um prazer muito grande ouvi-la. Portanto, parabenizo
o Senhor Deputado por mais essa iniciativa de trazer
uma pessoa que possa discutir um pouco a
importância da tecnologia e inovação. Acho que isso
contribui muito para essa nossa comissão. E é isso,
desejar que você continue desempenhando esse papel
maravilhoso em Santa Maria de Jetibá. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Concedo a palavra à senhora
Selma Topfer, coordenadora da Feira Científica
Cultural de Santa Maria de Jetibá, que explanará
sobre a realização do evento.
A SR.ª SELMA TOPFER – Boa tarde a
todos e em especial ao Senhor Deputado Sergio
Majeski, nosso conterrâneo.
Estou representando a Secretaria de
Educação a pedido do secretário municipal, o senhor
Charles Moura Netto, que tem outros compromissos.
Realmente, sou coordenadora da feira
científica há dez anos. Esse ano é o segundo ano que
a Secretaria de Ciência e Tecnologia está sediando a
regional, que é a II Semana Regional Centro-Serrana
de Ciência e Tecnologia. Mas a nossa feira é a
décima sexta. Ela vai acontecer nos dias 28 e 29 de
agosto.
E temos uma parceria também com o
Ministério de Ciência e Tecnologia e esse ano é o
Ano Internacional da Luz, que tem o tema: Luz,
ciência e vida. E tem uma frase ali em pomerano,
como o senhor pode ver.
É uma satisfação muito grande para nós de
Santa Maria de Jetibá. Então, a Secretaria de
Educação tem essa preocupação e há anos estamos
nessa luta de trazer os trabalhos da sala de aula para a
sociedade, para os pais. A Secretaria teve essa
preocupação desde 2005.
Não sei se o deputado já sabe de Graça
Aranha, mas essa feira aconteceu anteriormente numa
escola estadual. Mas só em âmbito de escola mesmo.
Então, em 2005, ocorreu a solicitação de vários
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 39
educadores, vários diretores, eles solicitaram à
Secretaria Municipal de Educação que se fizesse um
evento voltado para o lado científico e cultural para
dar oportunidade a esses alunos. E, em 2005, a
Secretaria de Educação assumiu a feira.
Os objetivos principais desse evento, desse
projeto da Secretaria, são: despertar nos estudantes o
espírito investigativo para a construção do
conhecimento; transformar as teorias em práticas, em
conhecimento prático-pessoal; vivenciar e trocar
experiências científicas e culturais; e fortalecer a
parceria na integração escola e comunidade.
Senhor Deputado Sergio Majeski, no ano
passado tivemos a sua visita, o senhor conheceu e
pode confirmar o que é o nosso evento.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Foi muito bacana, tinham
trabalhos muito interessantes e criativos. Fiquei
encantado com a feira do ano passado.
A SR.ª SELMA TOPFER – E também
conscientizar a comunidade por meio da abordagem
dos temas no sentido de promover mudanças no
comportamento social em busca de melhor qualidade
de vida. O nosso evento acontece desde a educação
infantil até o ensino médio. Neste ano vamos ter o
curso técnico do Ifes, do bairro Caramuru.
Então, mudança na qualidade de vida. Há dez
anos, no nosso evento, não usamos copos
descartáveis, pois nas escolas trazem garrafas e
canequinhas; então, não tem, não existe. Tem os
bebedouros e já é uma mudança.
A abrangência é desenvolvida pela Secretaria
Municipal de Educação e tem a participação e adesão
das escolas municipais, estaduais, particulares e
Instituto Federal. Como vocês podem observar, a
análise quantitativa, desde 2005, que são os dados
que temos, porque até 2004 era uma escola estadual,
então não temos os dados...
Assim, de 2005 até 2014, vocês podem
observar a adesão das escolas, diretores, pedagogos,
professores, alunos e temas. No ano passado, tivemos
um mil e oitocentos alunos participando. Existe uma
adesão muito grande
das escolas.
Quero ressaltar que a comunidade solicitou à
Secretaria de Educação que se fizesse um evento na
sexta à noite e no sábado para eles visitarem, como o
senhor pode observar. Isso é adesão do público. É
como se fosse uma festa, não é? A comunidade vai
lá, visita, permanece, leva os filhos... Isso é uma
conquista para nós educadores do município.
Temos, de 2011, um decreto municipal que
regulamenta o repasse para as escolas na participação
da feira. As escolas municipais recebem recursos da
prefeitura através de decreto, para desenvolver
projetos na feira científico-cultural. Creio que o
Estado também faça esse repasse para as escolas, não
tenho certeza, mas na rede municipal temos um
decreto que regulamenta isso, um decreto de 2011.
Antes era repassado, mas não tinha lei. Agora tem um
decreto que regulamenta e as escolas aderirem.
Gostaria de reforçar que desde o início de
2005 a Universidade Federal do Espírito Santo é
nossa parceira, sempre foi. O Núcleo de Ciência, do
professor Ballester, que é o coordenador, é o nosso
parceiro ao longo desses anos. Todos os anos a
Universidade Federal do Espírito Santo está conosco
com vários trabalhos de robótica lá no município de
Santa Maria de Jetibá. Também temos a parceria do
Governo do Estado, da Secretaria de Ciência
Tecnologia, nossa parceira. A maior parceira do
município é o Instituto Coopeavi, de Santa Maria, há
50 anos. Não é a Coopeavi, é o Instituto que é o
nosso parceiro.
Todos os anos a nossa proposta é aderir a
Semana Estadual e a Semana Nacional de Ciência e
Tecnologia. Então, pedimos e abraçamos também.
A nossa principal conquista foi conseguirmos
fazer um site da feira; até então a divulgação para
outros municípios era difícil. Como vocês sabem, o
recurso... Até finalizar o folder, é muito difícil.
Conseguimos criar um site, vamos alimentando no
decorrer do ano, e cada ano muda. Está lá o site
www.feiracientificapsmjes.gov.br. para vocês
visitarem e darem sugestões.
Se eu falar de resultados alcançados ao longo
desses 10 anos que eu coordeno, tornou-se parte
integrante do calendário de eventos do município.
Quando vamos fazer o calendário, dois dias do mês
de agosto já são reservados, preferencialmente a
última semana do mês de agosto. Daqueles trabalhos,
alguns são selecionados para participar da Semana
Estadual e, automaticamente, alguns vão para a
Febrace. Tivemos várias conquistas ao longo desses
anos. Participação anual na Feira do Verde e em
outros eventos científicos dentro e fora do estado.
Participação na Semana Estadual de Ciência e
Tecnologia. Tivemos um trabalho que foi para
Febrace, em São Paulo. No ano de 2013, a feira foi
vencedora do Prêmio Inoves, na categoria resultado
para a sociedade, e recebemos uma menção especial
no evento, temos até a revista aqui para comprovar. O
projeto participante da feira, um projeto do ano
passado, que é Jardim Sustentável, da escola
Hermann Berger, foi vencedor do Prêmio Ecologia
de 2014. Também tivemos um projeto da escola de
São Luís, que participou da competição de robótica
do Google Science Fair. Ficou como finalista, mas é
uma olimpíada internacional.
O que eu posso falar para vocês? Ao longo
desses anos, eu não tenho um dado quantitativo de
alunos que participaram da feira e que hoje estão se
formando, estão correndo atrás. Na área de
engenharia nós tivemos vários alunos que foram
bolsistas. Este ano, também, a escola do Hermann
Berger, hoje a diretora já me adiantou que alguns
alunos do projeto do Muriqui foram contemplados
com dez bolsas de iniciação científica. São alunos da
feira.
40 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Se eu falar para vocês que hoje, Santa Maria
de Jetibá é o único município que disponibiliza
transporte escolar com três ônibus de jovens que vêm
todos os dias para Vitória e Vila Velha, e temos duas
vans que vão para Santa Teresa... Quer dizer, nós
provocamos isso, essa oportunidade que nossos
alunos têm de vir para a Semana Estadual despertou
isso.
Como vocês podem observar na foto, alguns
stands, as fotos da educação infantil, são Cmei’s, a
educação infantil está apresentando o projetinho.
Essa aí,é uma categoria dos inventores. E temos
meninos da zona rural, que têm oficina em casa, e
que constroem robôs. É uma coisa inexplicável. Eu
falo: eles não têm iniciação de robótica. Não têm. E é
vivência, são filhos de agricultores, os projetos deles
são sempre pensando no homem do campo. Um é
para arar a terra, outro para derrubar café, outro para
eucalipto.
Aqueles dois alunos, de jaleco azul, são da escola de
Antônio Gonçalves. Garrafão.
Esse projeto participou da feira, depois veio
para a Semana Estadual, e o inscrevemos também
para a Febrace.
A foto mostrada no slide me marcou muito.
Eu estava presente no ano que o Marcos Pontes veio
ao Espírito Santo fazer uma visita na Semana
Estadual.
Aqueles dois alunos, de Garrafão, tiveram a
oportunidade de apresentar um projeto de um foguete
para o astronauta Marcos Pontes, e hoje estão
cursando engenharia. Os dois, tanto o Lucas como o
outro. Eles tinham doze anos na época. Fizeram um
foguete para subir, fizeram a demonstração e o
astronauta foi até o stand deles. E esses alunos estão
hoje cursando engenharia. O outro falou que quer
cursar Astronomia. Não sei. Hoje ele estuda no Ifes,
mas o Lucas cursa engenharia. Para nós, é uma
satisfação muito grande.
Isso é o resultado do ano passado. Não temos
espaço para realizar eventos, é um pátio de festa, e
sempre buscamos parcerias com a Secretaria de
Estado, com a Ufes, preenchemos o edital do CNPQ,
todo ano somos contemplados com algo que favorece
a realização dessa feira.
São vinte e três escolas da rede municipal e
estadual e a adesão é de cem por cento. O evento
acontecerá nos dias 28 e 29 de agosto. Na sexta-feira,
a abertura acontecerá a partir das 17h, e no dia 29 de
agosto começará a partir das 13h, com o término às
20h. É isso que tenho para expor para todos e para o
nobre deputado. Agradeço a oportunidade, a
Secretaria de Educação agradece o espaço.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – A senhora disse que são vinte
e três escolas que participam. É um número bem
significativo. Todas do Município de Santa Maria de
Jetibá?
A SR.ª SELMA TOPFER – Todas do
Município de Santa Maria de Jetibá, entre elas
estaduais, municipais, particulares e o Instituto
Federal.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – A Escola Família de São João
também participa?
A SR.ª SELMA TOPFER – Sim, sempre
participa. Neste ano estão com um probleminha de
recursos.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – As escolas estão com muitos
problemas. Não são poucos não.
Achei interessante quando a senhora disse
que a prefeitura de Santa Maria de Jetibá tem um
recurso já previsto para esse evento. É muito
interessante que as prefeituras façam isso. As escolas
estaduais, até onde sei, não têm esse recurso, não têm
essa destinação. As escolas estaduais,
lamentavelmente, este ano terão mais dificuldade
porque o ProEMI está suspenso, que era de onde
vinha uma verba considerável para as escolas e que
nos últimos anos elas conseguiram desenvolver
projetos muito interessantes, inclusive com
equipamentos para as próprias escolas; e o Programa
estadual Dinheiro Direto nas Escolas, também foi
praticamente suspenso pelo Governo Estadual. Então,
as escolas este ano talvez recebam algo em torno de
trinta por cento do que receberam no ano passado,
quer dizer, as escolas terão este ano muita
dificuldade.
Não houve tempo hábil ainda, mas estamos
pensando em marcar uma agenda para tentar
construir um projeto com a Secretaria Estadual de
Ciência e Tecnologia e a FAP, que financia a ciência
e tecnologia nas escolas efetivamente. É
fundamental.
A questão da iniciação científica, hoje, desde
o Fundamental I é importantíssima. O incentivo à
pesquisa e ao desenvolvimento do acesso à pesquisa,
do incentivo, é uma falha do nosso sistema
educacional, na verdade, porque há uma diferença
muito grande entre o aprendizado tradicional, e
quando incentivamos o próprio aluno a ir em busca
da descoberta por ele próprio, orientado, obviamente,
pelos professores, pelos demais profissionais da
escola, mas isso é fundamental.
A senhora disse que a Ufes também é uma
parceira de vocês. Normalmente a Ufes participa
disso como? Com auxílios em termos técnicos, de
orientação? Ela tem uma participação em que nível?
É uma apoiadora no sentido de ...
A SR.ª SELMA TOPFER – Não. A Ufes
participa com oficinas. Tem um núcleo de ciência
que leva três ou quatro trabalhos com oficinas de
robótica, os professores. Já tivemos o planetário.
Sempre a Ufes vai com atividade.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 41
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Para complementar o trabalho
de vocês.
A SR.ª SELMA TOPFER – Isso, sempre.
Este ano teremos o caminhão da EDP, que é o Boa
Energia nas Escolas, mas teve um ano que tivemos o
Ciência Móvel, da Fiocruz, Rio de Janeiro. Este ano
também viria, mas devido aos recursos, está difícil.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Este ano está tudo muito
complicado.
A SR.ª SELMA TOPFER – Gostaria de
ressaltar que a Ufes é nossa parceira na divulgação
também e nos encaminhamentos de projetos. Foi
responsável em ajudar, em nos auxiliar no CNPq.
Temos uma pessoa na Ufes que é muito importante
para nós que é o professor José Ballester,
coordenador do Núcleo de Ciências.
O SR. NUNES - (PT) – Senhora Selma, a
senhora tem conhecimento de que essa experiência
que vocês têm no município, tem em outro município
do nosso Estado?
A SR.ª SELMA TOPFER – Até onde sei
somos o município com o número de realização... Por
exemplo, essa é a 16.ª Feira Científico-Cultural de
Santa Maria de Jetibá, mas também tem em São
Mateus. Em Venda Nova, se não me engano, já teve,
mas por falta de recurso não realizam mais. Acho que
em Cachoeiro de Itapemirim também já teve e outros
municípios que não sei. Não é fácil para a prefeitura,
meu Deus.
O SR. NUNES – (PT) - Já teve algum
evento onde tivesse oportunidade de todos esses
municípios apresentarem o trabalho num único lugar?
A SR.ª SELMA TOPFER - Na Semana
Estadual de Ciência e Tecnologia que é realizada pela
Sect – Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e
a Sedu. Realizamos a nossa em agosto porque até o
dia 31 de agosto o edital da Sect está aberto para a
Fecieng. Então, veremos mais ou menos o trabalho
que tem a ver com a temática, que é luz, ciência e
vida e a escola se inscreve através do edital e é
selecionada. Mas, Santa Maria de Jetibá, ao longo
desses anos, sempre trouxe de cinco a dez projetos
para a semana estadual e os outros municípios
participam também.
O SR. NUNES – (PT) - Pergunto isso por
conta de que é recente a criação da Secretaria de
Estado de Ciência e Tecnologia e acho que deveria
ser papel do Estado reunir todas essas iniciativas para
que se encontrem talentos. Em Santa Maria de Jetibá
são aproximadamente dezenove escolas envolvidas?
A SR.ª SELMA TOPFER - De dezenove a
vinte escolas. É lógico que temos um edital para
limitar também porque tem escola que quer vir com
quatro projetos. Então, cada projeto tem trinta alunos
por tema; e no sábado tem o xadrez que é o desfile, as
indumentárias, o campeonato. Sei de números porque
controlo. São mil e quinhentas, mil e seiscentas
medalhas. Todas as escolas recebem troféu de
participação, placas, comércios que são nossos
parceiros. É um gasto... O secretário quase arranca os
cabelos.
O SR. NUNES – (PT) - Tem que colocar um
secretário careca, pelo menos não arranca os cabelos.
A SR.ª SELMA TOPFER - O momento que
temos para reunir vários municípios é na semana
estadual.
O SR. NUNES – (PT) - Obrigado, Senhora
Selma Topfer.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) - Senhora Selma Topfer, neste
ano a semana estadual será quando? Já tem data?
A SR.ª SELMA TOPFER - A semana
estadual vai acontecer em outubro. O local, pelo
que fiquei sabendo porque participei de algumas
discussões, sempre aconteceu na Praça do Papa.
No ano passado, aconteceu na Universidade
Federal do Espírito Santo. Como a estrutura,
recurso, neste ano provavelmente será na Escola
Vasco Fernandes Coutinho, mas não tenho certeza.
Isso é o que me passaram.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) - É uma escola que funciona
com cursos técnicos da Sedu. Neste ano, em João
Neiva, teve uma mostra científica, mas também
vinculada a, como se fosse, uma escola técnica do
Estado que existe lá. Acho que só têm duas ou três.
A EMEM Vasco Fernandes Coutinho, a de João
Neiva e mais uma. Sei que há um tempo teve lá,
mas era limitada a essa escola.
A SR.ª SELMA TOPFER - A nossa é
científica, cultural, porque tem uma categoria de
premiação que é cultural: pomerana. Trabalhamos
muito isso. Então, têm vários trabalhos de leitura.
Tivemos, no ano passado, o trabalho da cultura
pomerana, do Emílio, que foi muito bacana. A
nossa é diferente um pouquinho da deles porque é
mais voltada para o tecnológico. O nosso, não,
valorizamos a questão cultural também.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) - Tem que aproveitar a
oportunidade.
42 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
A SR.ª SELMA TOPFER – Os alunos do
interior gostam muito.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) - E essas coisas estão
imbricadas, estão juntas, e não tem como...
A SR.ª SELMA TOPFER – Sim, tem uma
categoria que é cultural, inventores, cientifica do
ensino médio, em que os alunos recebem troféu de
participação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) - Lembro-me no ano passado
dos pequenininhos explicando os trabalhos.
A SR.ª SELMA TOPFER – O pessoal do
chá do Belém. As crianças apresentando.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) - Exato! Muito bacana.
A SR.ª SELMA TOPFER - No site tem uns
vídeos do evento. Todos anotaram o site e podem
visitá-lo. Nos vídeos tem a Rede Gazeta fazendo
entrevista e aquelas crianças no próprio site. O vídeo
destaque daquela região é a feira.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) - Depois mandaremos para a
senhora o vídeo deste evento para também colocá-lo
naquela localidade. A senhora mencionou o Prêmio
da Ecologia da EEEFM Professor Herman Berger
onde estive, naquele fim de semana, na festa do
colono, para conhecer a escola que tem muitos
problemas, como a maioria das escolas que precisam
de uma série de coisas. Mas, realmente, o jardim
deles é encantador, ficou muito bonito mesmo e é
gratificante ver que, apesar de toda a dificuldade que
a Educação, as escolas, os professores e os alunos
enfrentam, ainda assim, vemos tanta coisa
interessante acontecendo e que muitas vezes não têm
a visibilidade que merecem. O tempo inteiro se está
na negação de que algo interessante esteja
acontecendo dentro das escolas e sendo produzido
por alunos e professores.
É muito importante que eventos assim
ganhem visibilidade, para que as pessoas entendam
que há, sim, muita dificuldade e muito problema, mas
há também muita gente trabalhando com afinco em
prol do desenvolvimento real e de um futuro melhor
para essas crianças e jovens.
V. S.ª mencionou os alunos da escola
Antônio Gonçalves. Nasci no Distrito de Garrafão, na
localidade de Rio Taquarinha, mas estudei nessa
escola. Naquela época, ela ainda não se chamava
escola Antônio Gonçalves, pois ainda não era escola
de ensino fundamental. Era chamada de Escola
Singular Garrafão, e depois com o crescimento, eles
construíram um novo prédio e ela passou a se chamar
escola Antônio Gonçalves.
É gratificante saber que pessoas de onde
nasci prosperam. A região é um lugar de onde
realmente prosperam pessoas boas para este Estado.
Sou exemplo vivo disso, não é Senhor Deputado
Nunes?
O SR. PRESIDENTE – (NUNES –PT) – Senhor Deputado, se V. Ex.ª está falando, vamos
dizer que tem juízo.
A SR.ª SELMA TOPFER – Voltando ao
Prêmio Ecologia da escola Professor Hermann
Berger, de acordo com o que me relatou a diretora
outro dia, agora os pais dos alunos também estão
fazendo jardim sustentável em casa. Vejam, agora, os
alunos estão fazendo isso em casa. O motorista que
me trouxe também é da região e me falou que em sua
casa eles também estão fazendo um jardim. Quer
dizer então que a ideia disseminou. Isso é gratificante
e isso é um resultado.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) –
Não é porque é da minha terra natal, mas Santa Maria
de Jetibá tem algumas particularidades. Talvez isso
ocorra também em outros municípios, pois isso é
mais fácil de ocorrer no interior do que na cidade.
Lembro-me, quando estudávamos em Santa Maria de
Jetibá, tanto em Garrafão, quanto no colégio Graça
Aranha, em Santa Maria do Jetibá mesmo, do quanto
uma boa parte dos alunos se envolviam com os
problemas da escola.
No dia em que eu estava na escola Professor
Hermann Berger os alunos estavam procurando a
Diretora Luzia Domingas Fiorotti e se oferecendo
para consertar não sei o quê, dizendo: - Pode deixar
que traremos amanhã as ferramentas de casa e
faremos não sei o quê. Daqui a pouco vinha outro
grupo dizendo: - Já olhamos não sei mais o quê, e é
só fazer não sei o quê. Chamaremos não sei quem...
Esses alunos acabam se envolvendo e cuidando
também do patrimônio da escola.
A Luzia estava me falando das excelentes
ideias que os alunos, muitas vezes, trazem para
solucionar um problema prático da escola,
relacionado a um problema que uma porta deu, ou a
uma goteira ou a um problema qualquer. Isso é muito
interessante e é bem típico do pomerano, ser criativo
para essas coisas práticas e ter boas ideias.
Selma, mais uma vez, agradeço a sua
presença. Pode contar com a Comissão de Ciência e
Tecnologia com aquilo que pudermos fazer para
ajudar a divulgar e a melhorar o evento. Estamos à
disposição para fazer isso. Estarei, com certeza, em
Santa Maria de Jetibá, no dia 28. Talvez eu tenha
outra agenda no dia 29, na parte da tarde, mas no dia
28 a noite e pela manhã do dia 29, estarei no
município, prestigiando com muito prazer a feira de
Santa Maria de Jetibá, mais uma vez. Fui também no
ano passado.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 43
Agradecemos a sua participação nesta
Comissão. Ela foi muito esclarecedora. Esperamos
que essa iniciativa que existe já há tanto tempo em
Santa Maria de Jetibá sirva de alguma forma como
incentivo a outros municípios. Que enxerguem nisso
a validade que um evento desses tem para formação
dos nossos jovens e o quanto é importante.
Leve o nosso abraço ao secretário de
educação e agradeça a S. Ex.ª por tê-la enviado como
representante da secretaria. No mais, estamos à
disposição. Tenho a certeza de que o sucesso é
garantido, porque com essa trajetória é sinônimo de
que é um evento de sucesso e que este também será
um grande sucesso. Parabéns à Senhora e a todas as
pessoas envolvidas em um projeto tão magnífico.
A SR.ª SELMA TOPFER – Eu que
agradeço a oportunidade.
Mostrarei novamente a última foto da
apresentação, em que aparece um casal de
pesquisadores libaneses que nos visitou em Santa
Maria do Jetibá. É o professor Raid. Ele é do Líbano,
foi conhecer o nosso evento e os meninos pomeranos
apresentaram falando em pomerano e ele gravou para
levar ao país dele. Nesta outra foto temos o professor
José Julian Ballester Junior. Sempre temos visitantes
ilustres.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Eu me lembro deles do ano
passado. Muito bacana!
A SR.ª SELMA TOPFER – Agradeço a
oportunidade e convido todos para estarem conosco
nos dias 28 e 29 de agosto. Será uma satisfação muito
grande recebê-los. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Obrigado.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h15min.
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA,
GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS. DÉCIMA SEXTA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 25
DE AGOSTO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE - (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Suspendo a leitura das atas e faremos isso
num momento posterior para aproveitarmos melhor o
tempo.
Vamos ouvir a senhora Elizabeth Ferreira
Carneiro, pedagoga e professora da Sala
Multifuncional, que explanará sobre Tecnologia
Assistiva. Agradeço à senhora a presença. Muito
obrigado por ter aceito nosso convite para vir a esta
Casa falar sobre um tema tão importante.
Concedo a palavra à senhora Elizabeth
Ferreira Carneiro.
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Eu é que agradeço a V. Ex.ª essa
oportunidade, Senhor Deputado Sergio Majeski.
Quando falamos em tecnologia, no nosso imaginário
nos reportamos imediatamente às coisas de
informática, a computadores. Mas dentro da
Tecnologia Assistiva, temos um conceito específico
pelo Comitê de Ajudas Técnicas, que nos diz que a
Tecnologia Assistiva é a área do conhecimento de
característica interdisciplinar que engloba produtos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e
serviços que objetivam promover a funcionalidade
relacionada à atividade e participação da pessoa com
deficiência, que tem mobilidade reduzida, visando a
sua autonomia, independência, qualidade de vida e
inclusão social.
Temos uma categoria de Tecnologia
Assistiva que vai desde auxílio à vida diária, à
comunicação alternativa, a recursos de acessibilidade
ao computador, de projetos para acessibilidade com
rampas, órteses e próteses, adequação postural,
auxílio à mobilidade à pessoa com deficiência visual,
à pessoa com surdez ou deficiência auditiva,
adequação de automóveis, veículos.
Dentro da Tecnologia Assistiva, temos
recursos e serviços. Os recursos são todos os
equipamentos, peças de equipamentos e/ou sistemas,
softwares que são adquiridos, modificados ou feitos
sob medida, usados para aumentar, manter ou
melhorar as habilidades de um indivíduo com
limitação. Já os serviços, são todos diretamente
ligados à pessoa com necessidade especial na
seleção, aquisição e o uso da tecnologia, do recurso
de TA porque ele inclui desde a avaliação da
necessidade até o treinamento do uso dessa
tecnologia. Esse termo recurso de acessibilidade é
ainda novo, de 1988, foi citado nos Estados Unidos, e
varia desde uma bengala até os softwares e hardwares
que possibilitam o desenvolvimento do potencial da
pessoa com deficiência.
Essas fotos mostram alguns exemplos de
recursos no auxílio à vida diária. Esse tensor da mão
é para que a pessoa com problemas de espasmos,
movimentos involuntários possa escrever ou pintar,
usar o computador. Temos o adaptador de punho e
polegar também que facilita até a alimentação das
44 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
pessoas. Temos recursos de comunicação alternativa,
temos próteses que substituem o membro. Ao invés
de auxiliar o membro funcionante, como são as
órteses, as próteses substituem esse membro. Tem
também as cadeiras de rodas.
A tecnologia tem de baixa, média e alta
complexidade. Isso não quer dizer que elas são de
maior ou menor valor. A de baixa complexidade é a
que não usa componentes eletrônicos. São adaptações
feitas até com materiais reciclados, de preferência,
inclusive, por questões de sustentabilidade. O de
média tecnologia já utiliza componentes eletrônicos,
mas não há nenhum processamento de informações.
E os de alta tecnologia são mais caros, todos utilizam
componentes eletrônicos e processam informações.
Aqui temos exemplos de um recurso barato e
reciclado de uma capinha de CD que está sendo
colocado como um plano inclinado para a pessoa que
não tem condição de segurar a folha para leitura e até
com um prendedor de roupa num varal, para que a
pessoa tenha condições de fazer a leitura.
Cada necessidade tem que estar estudada,
verificando primeiramente ouvir o desejo da pessoa
que tem necessidades especiais para, a partir da
escuta desse desejo, podermos gerar a ideia de como
será feito, que recurso será utilizado e buscar se já
existe algo disponível na internet. Até o
acompanhamento desse recurso confeccionado, ver
se não precisa de modificação, tem que ser passo a
passo.
Temos no vídeo outros exemplos de
tecnologia de baixa complexidade. Um brinquedo
adaptado com o acionador para criança que não tem
condições de ficar empurrando. Temos exemplos de
algumas tecnologias que já são produtos comerciais.
Para pessoas cegas e com baixa visão temos leitores
de tela, amplificadores de tela; para pessoa com
deficiência física temos a mesa especial, auxiliadas
para uso do computador. São várias tecnologias
adquiridas.
Temos outros exemplos. Para pessoas com
surdez e perda auditiva e outros para pessoas com
autismo, com comunicação aumentada e até teclado
adaptado com o Colméia.
Para pessoas com cegueira, temos leitores de
tela, impressão de Braille, pintor Braille. Temos
outros para deficiência física e motora também, o
substituto do mouse, via cam, o câmera mouse.
Temos também outro que não está aí, que é o
acionador. Outros auxílios de computador, livros
falados.
Temos exemplo de software, utilizado na
comunicação alternativa. Inicialmente ele foi criado
para trabalhar pessoa com autismo, mas eu mesma já
o utilizo com uma criança paralisada, que até ser
levada para minha escola, não tinha nenhuma
comunicação nem com a família. E apresentamos a
alternativa desse software, que é trabalhado com
imagens e a pessoa seleciona as imagens que
formarão uma frase no pensamento dela e, após
estarem todas as imagens selecionadas, ele aciona o
alto-falante, que se comunica com as pessoas.
No vídeo, temos outros softwares para mapas
mentais, para a pessoa ter noção do que se passará no
dia dela. Alguns são gratuitos, outros
comercializados. Há outros exemplos também de
comunicação.
Este é um teclado aumentado, para pessoa
que tem baixa visão, que pode ser utilizado em
pessoas com outras deficiências, como a deficiência
intelectual.
Temos o exemplo da criação de uma prancha
de comunicação para uma criança que tem autismo,
que não se comunica. É uma tecnologia de baixa
complexidade, em que são utilizadas miniaturas ou o
próprio objeto para que tenha noção do que fará
naquele dia. São objetos reais ou miniaturas para ter
noção de escovar os dentes, usar o papel higiênico,
alimentação, de jogos, de ouvir música. É feito como
se fosse um calendário do dia. É uma tecnologia de
baixa complexidade.
Temos um exemplo de um estudo feito para
ensinar todos os conceitos de matemática para
criança por meio de baixa tecnologia, um projeto de
matemática. Temos a tecnologia de alta
complexidade para deficiência visual, que são
máquinas de relevo tátil, impressora Braille, lupa
eletrônica, manual iluminada e a máquina Braille.
Para deficiência intelectual, que são bancadas
sensoriais, pranchas com letras magnéticas, o
engrossador de lápis e de talher de baixa tecnologia.
A criança ou a pessoa que tem uma deficiência
motora de preensão não consegue e, a partir do
momento que engrossamos com material de espuma
ou outro, será de mais fácil a preensão para essa
pessoa.
Para a deficiência auditiva, temos o relógio
em Braille. Aquele outro, o
Nambiquara, é um celular para a pessoa com surdez,
que transcreve a oralidade para a pessoa e o que ela
digita passa para a oralidade, para comunicação entre
surdo e ouvinte.
Há outros equipamentos para deficiência
física adaptados: plataformas elevatórias, cadeira de
banho, tesoura adaptada, capacete com ponteira para
a pessoa trabalhar com computador, localizadores,
suporte de livros, comunicação através de movimento
ocular.
Para adquirirmos essas tecnologias temos que
ter algumas questões em mente. Qual é a necessidade
dessa pessoa? Quantas licenças, softwares e unidades
de equipamentos serão necessários para que seja
atendida essa pessoa? Quanto custa? Existe algum
software semelhante, ou mais livre? Se estragar,
quem consertará? Existe profissional para consertar?
Como funciona? Há pessoa específica para monitorar
a utilização desse software? A equipe está sabendo
usar esse recurso? Não adianta comprar os recursos e
estes não serem utilizados por falta de conhecimento
de quem o comprou.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 45
Temos algumas leis que garantem o uso
dessas tecnologias pela pessoa com deficiência. As
leis existem, mas elas, por si mesmas, não garantem a
qualidade de vida para a pessoa com deficiência.
Temos que colocar isso na prática.
Vários termos foram utilizados, ao longo do
tempo, para se referir à pessoa com deficiência. Hoje
utilizamos pessoa com deficiência, mas já houve
outros nomes. É importante estarmos atentos, porque
a terminologia utilizada reflete momentos da
sociedade. Os termos estão carregados de ideologia, e
há uma postura adotada por nós para que realmente
tenha um significado real.
No Portal de Ajudas Técnicas também
podemos utilizar mecanismo de busca, o que nos
ajuda na escolha da tecnologia assistiva para a pessoa
em questão.
Há tecnologias mais direcionadas à educação,
de acordo com a deficiência. Há ainda outro portal
para a pessoa com surdez, Informática Acessível.
O objetivo do uso da TA é que a pessoa tenha
uma vida independente, com autonomia, mobilidade,
equiparação de oportunidades, qualidade de vida,
participação e inclusão na sociedade, para que possa
viver sem limites, de acordo com o Plano Nacional
dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Temos alguns outros sites sobre tecnologia
que deixarei com V. Ex.as
, que podem ajudar nos
trabalhos. Obrigada.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Antes fazermos os
questionarmos teremos que fazer uma deliberação,
porque o Senhor Deputado Pastor Marcos Mansur
terá que sair um pouco antes, para almoçar.
Precisamos deliberar sobre a visita técnica na
Feira Científico-Cultural de Santa Maria de Jetibá, no
dia 28 de agosto de 2015, sexta-feira, às 17h, no Pátio
de Festas.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Também voto a favor.
Aprovada a visita técnica.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Pastor Marcos Mansur.
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Cumprimento a professora e pedagoga
Elizabeth Ferreira Carneiro. O nosso atraso nesta
reunião se deu porque estamos em três Comissões,
quase concomitantemente. Estamos aqui desde as 9h.
Participei de duas comissões; presidi uma comissão
e, agora, estou participando desta comissão. Dia de
terça-feira é aquele corre-corre. Fazemos ginástica
para estar um pouquinho em cada uma tentando
acompanhar os trabalhos, que são tão importantes
aqui na Casa. E este é um dos temas.
Fiz questão de vir a esta reunião por
reconhecer e valorizar primeiro a importância das
pessoas, e como disse a professora, às vezes não
sabemos como chamá-las, se portadoras de
necessidades especiais ou portadoras de deficiências.
Gostei da observação de V. S.ª porque,
muitas vezes, ao sabor do momento, há uma mudança
na designação, até com caráter ideológico. Então, é
muito interessante e pertinente ouvir isso de V. S.ª,
pois fico meio perdido.
Um dia desses, conversava com uma pessoa
que tem deficiência visual. E fiquei meio... Como
vou chamá-lo? Ele disse: Pode me chamar de cego
mesmo! Então, tem gente que... Ficamos meio que
pisando em ovos e tentando ser politicamente
corretos nas situações. Mas quero te parabenizar,
Elizabeth, pelo trabalho. Vivemos em uma sociedade
que discrimina tanto, que exclui tanto, onde cada um
vale o que pesa, vale o que tem. Às vezes, há nessas
pessoas deficientes com tanto potencial, tanto talento,
tanta riqueza, mas que, pela própria condição
desfavorável da sua deficiência, são ignoradas, são
rejeitadas, são discriminadas.
E quando vemos um trabalho desses, que não
é nem trabalho porque o que a senhora faz, talvez
poucos façam. A senhora faz parte de um grupo
seleto, pequeno, que em minha opinião não é um
trabalho, não é nem uma profissão, diria que é uma
missão de vida, não é? Um sacerdócio. Parabéns!
Tem um grupo pequeno de pessoas que
reconhece e que acha muito bacana esse trabalho que
V. S.ª e mais um pouquinho de pessoas fazem.
Continue focada e motivada. Acompanhei a fala de
V. S.ª do meio para frente, mas vi que a senhora é
motivada naquilo que faz, é entusiasmada,
empolgada, faz por prazer, faz porque gosta. Então,
quero te parabenizar e parabenizar o Senhor
Presidente e esta Comissão por trazê-la a esta reunião
para explanar... É uma forma, Senhor Deputado
Sergio Majeski, de dizermos para a Elizabeth: Tem
gente que valoriza os deficientes tanto quanto quem
ama os deficientes.
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Agradeço. Só que não considero
missão, trabalho realmente por prazer. E, gostaria
realmente que os colegas e as colegas que entraram
para esse ramo de trabalho realmente visse a pessoa
com deficiência pelo seu potencial, não pela sua
deficiência. É o que temos que fazer.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Elizabeth, a senhora hoje
trabalha no Estado?
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Nos municípios de Vila Velha e de
Serra.
46 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Os municípios têm variedade
de equipamentos significativos para dar condição das
pessoas trabalharem?
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Trabalho em sala de recurso
multifuncional nas escolas. Esses recursos são
enviados pelo MEC. Temos dificuldades na
manutenção desse material porque os municípios se
responsabilizam pela manutenção do patrimônio
adquirido por ele. E quando chega um computador
com vírus e não conseguimos trabalhar corretamente
com o equipamento, nas áreas de tecnologia
municipais não somos que fazemos a manutenção. E
ficamos com uma ferramenta de alto custo sem saber
a quem mandar...
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) - Entendi. Tenho visitado
muitas escolas e o que vejo nas escolas estaduais, em
salas de recursos que existem, na maioria das escolas
não tem praticamente nada. O que tem de
equipamento é muito pouco e, na maioria das vezes, a
sala de recursos é um cantinho da escola onde
adaptaram um pedaço do pátio ou da biblioteca.
Visitei, aproximadamente, setenta escolas do
Estado. Apenas uma dessas escolas tinha uma sala de
aula, igual salas de todo o mundo, que também era
sala de recursos, embora com poucos equipamentos.
Mas, pelo menos, com espaço significativo.
Na escola Paes Barreto, que é o Colégio
Polivalente da Praia do Suá, ali nem é da escola, é o
Centro do Estado, é a referência da Grande Vitória
para alunos com problemas de visão, de audição.
Inclusive, é uma Cap e NAAH/S. E é um absurdo que
funcione naquele espaço tão pequenininho, tão
apertado. As salinhas são mínimas. Há uma salinha
naquele local que a professora falou: Eu atendo uma
pessoa no primeiro momento, converso, mas depois
tem que ir para outro lugar porque aqui não cabem
três pessoas aqui dentro.
É uma pena que, ainda hoje, a questão da
inclusão, tão usada em discursos... Não conheço a
realidade, estou narrando uma experiência da visita
às escolas estaduais. As escolas, onde mais deveria
ter a questão da acessibilidade, da inclusão, muitas
vezes ficam limitadas pela falta de estrutura para que
os profissionais possam trabalhar. Porque, às vezes,
os profissionais até estão naquela escola, mas com
uma estrutura muito deficiente. Temos que avançar
muito ainda nessa questão.
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Considero-me uma profissional de
sorte porque meus espaços são bem equipados, mas
sei que muitas colegas não têm o privilégio que
tenho. De antemão, o MEC para enviar os
equipamentos, todos de alto custo e alguns outros
objetos pedagógicos, o município tem que dar
garantia do espaço físico profissional. Assim, todo
equipamento é cedido pelo MEC. Não sei se existe
esse tipo de parceria com as escolas do Estado; com
as do município sim.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Muito provavelmente exista.
Mas, enfim, às vezes não entendemos porque as
coisas não funcionam muito melhor do que deveriam.
V.S.ª é professora da rede municipal de Vila
Velha e de Serra?
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Exato.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – V. S.ª foi minha aluna. Eu não
me lembrava; ela mesma que falou. E já faz bastante
tempo.
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Foi na época do cursinho.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Agradecemos muito mesmo a
sua presença nesta Casa. Foi muito esclarecedor a
senhora nos trazer o que tem de tecnologia
disponível. É fundamental que isso seja divulgado e é
fundamental que, sobretudo, o Poder Público entenda
o quanto pode colocar à disposição, principalmente
das crianças e dos adolescentes, tanta tecnologia que
pode dar uma vida minimamente digna para essas
pessoas. Como você diz, as pessoas deveriam olhar
pela potencialidade que esses indivíduos têm, e não
pela sua deficiência e pela sua incapacidade.
Muito obrigado. Colocamo-nos à disposição
também. Temos a frente parlamentar também para
pessoas com deficiência. Estamos à disposição para
caso a senhora queira nos sugerir algo. Enfim,
estamos à disposição.
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Essa sugestão seria algo que
poderíamos fazer por escrito?
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Do jeito que a senhora quiser,
com relação àquilo que a senhora achar que podemos
contribuir.
Na sexta-feira agora, ocorrerá uma audiência
pública nesta Casa para as pessoas com deficiência
intelectual. Ela foi pedida inclusive pelo próprio
pessoal da Apae e a senhora está convidada.
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Qual é o horário?
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Será às 14h.
A SR.ª ELIZABETH FERREIRA
CARNEIRO – Seria bem interessante a questão da
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 47
comunicação alternativa. Existe um software de
comunicação que mostrei que é utilizado; mas a
aquisição da sua licença para a família é alta. Até o
ano passado ela estava em torno de mil e quinhentos
reais. Isso só a licença. A pessoa ainda tem que
adquirir o tablet e outros instrumentos. Ficamos de
mãos amarradas com a criança ou com o jovem que
necessita dessa comunicação por não terem
condições da oralidade. Sabemos que no Estado há
um grande número de pessoas que necessitam desse
tipo de comunicação. Seria uma oportunidade de
colaborarmos para que as pessoas possam se
expressar. A tecnologia veio para nós, que não temos
nenhum comprometimento, para facilitar as nossas
vidas. Mas para a pessoa com deficiência, ela veio
tornar possível. Às vezes, precisamos de um
investimento a nível estadual e federal melhor para
que essa possibilidade realmente chegue à pessoa
necessitada.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Com certeza. Muito obrigado
mesmo, mais uma vez. Estamos sempre à disposição.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h13min.
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA,
GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS. DÉCIMA SÉTIMA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 15
DE SETEMBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Meus cumprimentos ao Senhor Deputado
Nunes, aos nossos convidados, aos demais
participantes desta reunião, funcionários da Casa e
àqueles que nos assistem pela TV Ales.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da nona reunião extraordinária,
realizada em 20 de maio de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à leitura da
ata)
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. NUNES - (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Ata aprovada como lida.
Solicito à senhora secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS RELATORES:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período.
Passemos à Ordem do Dia.
Gostaria de propor um convite ao Senhor
Daniel Junqueira, professor substituto e mestrando
em Educação pela Ufes, e também ao senhor Josué
Rego, professor substituto da Ufes, intérprete de
Língua Brasileira de Sinais – Libras, e presidente da
Associação dos Profissionais, Tradutores e
Intérpretes de Libras do Espírito Santo, para
explanarem sobre qualificação profissional e mercado
de trabalho para o surdo.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Também voto pela aprovação.
Aprovado à unanimidade.
Gostaria de propor convite ao professor
Alexandre Portes Ribeiro e a alunos da Escola
Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Luís,
de Santa Maria de Jetibá, para explanar sobre
robótica educacional, no dia 29 de setembro de 2015.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Também voto pela aprovação.
Aprovado à unanimidade.
48 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Gostaria de propor, ainda, convite ao
professor José Ballester Julian Júnior, coordenador
do Núcleo de Ciências da Universidade Federal do
Espírito Santo – Ufes, para explanar sobre as
atividades, em data a ser definida.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Também voto pela aprovação.
Passemos às comunicações.
Tivemos que deliberar hoje, pois os convites
já haviam sido feitos ao mestrando em Educação
Daniel Junqueira e ao presidente da Apiles, o
professor e intérprete de Libras Josué Rego, que
explanarão sobre a qualificação profissional e
mercado de trabalho para o surdo.
Antes de conceder a palavra, gostaria de
agradecer a presença de vocês aqui. Acho que é
muito importante para que tenhamos ciência de como
essas coisas se processam. Tenho dito muitas vezes
nesta Casa que precisamos que as pessoas que vivem
os problemas, falem o que acontece, o que sentem, do
que precisam, quais são as sugestões de políticas.
Muitas vezes não dá para nós, que somos
representantes da sociedade, fazermos políticas por
ouvir dizer, ou por aquilo que lemos, ou por aquilo
que achamos que é o correto, sem ouvirmos a
sociedade. Cada categoria, cada parte da sociedade,
cada grupo, cada organização, conhece exatamente
quais são as suas demandas e podem nos sugerir
caminhos, de tal forma que possamos fazer políticas
que realmente estejam coadunadas com os interesses
das pessoas e dos grupos.
Dessa forma, agradeço mais uma vez a
presença dos senhores Daniel Junqueira e Josué Rego
na reunião desta Comissão e gostaríamos muito de
ouvi-los.
Concedo a palavra ao Senhor Daniel
Junqueira.
O SR. DANIEL JUNQUEIRA – Boa-tarde
a todos. Quero agradecer aos Senhores Deputados
Sergio Majeski e Nunes por estarem aceitando a
nossa presença e a nossa participação hoje. Agradeço
também ao Josué e essa parceria já existe há bastante
tempo entre o movimento dos surdos e a Associação
de Intérpretes. É bastante importante essa luta do
movimento dos surdos e do movimento dos
intérpretes. Agradeço a todos os presentes e às
pessoas que nos assistem em casa.
O objetivo da minha fala hoje é mostrar o
que penso e o que vejo, o que quero falar, o que o
surdo quer falar porque V. Ex.as
são representantes do
povo, é importante saberem o que os surdos querem.
Falamos da capital, falamos de um estado e os surdos
moram aqui, vivem aqui. O surdo quer mostrar que se
sente invisível. Falta um recurso, falta apoio, falta um
olhar – e ele se sente invisível na sociedade.
Pensando como falar isso a V. Ex.as
, trouxe esse
tema: qualificação profissional e mercado de trabalho
para o surdo. Hoje, olhando bem, existem as
dificuldades, existem os problemas, existem as
barreiras. Por que acontece isso? Isso é por causa de
um processo histórico-social. Não adianta olhar o
presente: olha, vamos resolver, vamos fazer! Sem
entender o processo histórico.
Vamos pensar com V. Ex.as:
Como aconteceu
lá trás? Esse é o princípio da educação, sabemos que
a educação é a base de tudo. Porque o surdo quando
chega ao local de qualificação profissional no
mercado de trabalho, tem que ter uma experiência de
vida. Isso é uma experiência de vida: é contato em
família, contato com a sociedade, contato na escola
exatamente uma educação de fato. O surdo passou
por todo esse processo, teve esse processo e essa
experiência? Precisamos pensar isso. Quero que V.
Ex.as
pensem comigo: Como seria isso? Vamos
imaginar agora, hoje temos a acessibilidade, falamos
de inclusão, existem movimentos sim. Mas, e antes?
Há dez, vinte anos, como seria isso? Esse sujeito
surdo, como era a vida dele nesse espaço?
Precisamos pensar. Não é só agora, vamos olhar
agora, vamos resolver. - Quero dar emprego para o
surdo. Mas, e antes? Como foi esse processo
histórico? O surdo teve educação? O surdo teve
contato com a sociedade? Teve os direitos
linguísticos reconhecidos? A lei é nova, a lei que
reconhece a língua de sinais é de 2002 - há dez,
quinze anos, é muito pouco.
Então, isso é o complicador, não podemos
pensar agora sem entender esse processo histórico,
pois precisamos pensar o surdo desde o nascimento.
Vamos lá agora, hoje, neste exato momento está
nascendo um surdo, amanhã vai nascer também.
Então, vamos pensar a educação para esse sujeito
porque o futuro dele daqui a vinte anos, assim,
podemos entender teve uma educação de qualidade, a
família apoiou, teve contato com a sociedade e aí sim
vai conseguir ser inserido no mercado profissional
porque teve um processo histórico-social. Se não
pensarmos nisso, se não tiver esse processo histórico-
social, é complicado, é muito complicado. Esse é o
princípio: o principal é a educação, a maior
preocupação. Podem dizer: Ah, vamos dar trabalho,
qualificar. Não. É educação! Temos que pensar na
educação desse sujeito, desse que é principal porque
vai crescer, vai sair da família e vai para o mundo. E
o surdo não conhece o mundo, não conhece nada. Por
que não conhece? Porque não foi passado nada para
ele, a família não sabe a língua de sinais. Quero
mostrar na minha fala um pouco desse processo
histórico, como exemplo hoje, olhando ali.
Nesse slide têm alguns dados que quero
mostrar a V. Ex.as
. Por que estou mostrando esses
dados? Para entenderem, para terem uma noção: o
IBGE, no censo de 2010 – estamos em 2015, então já
ampliou. Por exemplo: falamos do Município de
Vitória, de cor azul: o total de deficientes auditivos e
surdos. Deficientes auditivos e surdos estão
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 49
misturados, é o total. Mas são questões identidárias
diferentes: deficiente auditivo é o sujeito criado pela
área clínica, é um discurso médico de terapia. O
sujeito surdo é comunidade surda. São diferentes,
identidades diferentes, são experiências diferentes.
Deficiente auditivo é o que? Está preocupado com o
déficit auditivo.- Ah ,é dificuldade de escutar, vamos
tratar. Mas vive como as outras pessoas. O surdo,
não. O surdo se entende, se aceita como surdo, tem
uma identidade, é uma escolha dele - mostrarei mais
adiante.
Olhando os dados, falamos da capital Vitória:
total de deficientes auditivos e surdos, quase quatorze
mil. Em um raciocínio lógico, quem tem alguma
dificuldade desse número de quatorze mil, são quase
onze mil. Essas onze mil pessoas são deficientes
auditivos, não são surdos. Deficientes auditivos são a
maioria. Com grande dificuldade, achamos dois mil
quatrocentos e treze. Para mim, é surdo. Surdos que
moram na capital. Estamos falando de Vitória. E lá,
quinhentos e um não conseguem de modo algum
escutar. Por quê? Porque também envolve o fator
linguístico. Ele não tem nenhuma língua, não tem
contato com ninguém, a família não apoia, não teve
educação, ele está isolado e escondido, a família
controla o filho e o exclui da sociedade. Esse é o
problema. São quinhentas pessoas. Minha
preocupação também é com esse sujeito.
Em âmbito estadual, sessenta e duas mil
duzentas e cinquenta e cinco pessoas são surdas; que
não conseguem nenhum tipo de comunicação são dez
mil. Precisamos pensar nesses sujeitos, nessa
população. Estou preocupado com esses surdos.
O que é ser surdo? Uma autora, Lopes,
doutora da Unisinos, em 2011 fala o seguinte: Não
nego a falta de audição do corpo surdo, porém
desloco meu olhar para o que os próprios surdos
dizem de si quando articulados engajados na luta por
seus direitos de se verem e de quererem ser vistos
como sujeitos surdos, e não como sujeitos com
surdez. Essa é a maior dificuldade da sociedade.
Confundem os sujeitos, as pessoas: DA, surdo,
língua, linguagem. Precisamos entender esse sujeito.
Quem é o surdo? O que ele quer? É diferente do
deficiente auditivo.
Não preciso fazer a leitura deste slide. Só vim
trazer a Lei n.º 10.436/2002, que reconhece a língua
dos sinais como língua. Não falarei de legislação
porque é muito complexo e não trabalharei isso. Lei,
qualquer um cria, mas a lei foi criada com algum
objetivo e veio a partir de um movimento histórico.
Por quê? Pela proibição da língua de sinais e pelos
surdos sempre serem representados pelo outro, sem
ser o surdo.
Olhando em cima, neste slide, há a fita azul.
As pessoas não conhecem. A fita azul é uma marca
do Movimento Surdo e foi criada pela Federação
Mundial de Surdos em 1999 em um congresso
mundial. É para lembrar esse processo histórico: a
proibição da língua de sinais, os surdos não tinham
direito a nada, eram proibidos de trabalhar, de votar,
de casar, de tudo. Eram excluídos da vida e não
tinham voz, não podiam nada. Por isso, foi criada em
homenagem, lembrando que no mês de setembro é
comemorado isso. Os surdos utilizam essa fita contra
o audismo, contra essa imposição. É uma marca. Não
só uma, pois o SUS tem várias marcas. Existem
várias marcas e tentarei trazer um pouco aos
senhores.
O Decreto n.º 5626 é recente, tem dez anos, e
vem regulamentar a lei. Traz também o professor de
libras, o intérprete de língua de sinais. Mas pensa
comigo, deputado: quantas leis foram criadas entes
de 2005? Lei da acessibilidade... Nesta Assembleia
Legislativa, lei estadual, tem a lei de 1995, de 1996,
de 2000, que falam sobre intérprete, sobre acesso.
Mas cadê o intérprete? Cadê o intérprete na TV Ales?
Não temos. Cadê o intérprete aqui para meu acesso?
Não tem. Já vim a esta Casa de Leis e já falei
algumas vezes. Vim em 2013 e tive que trazer o
intérprete. Para falar sobre escola bilíngue, tive que
trazer o intérprete. Lembro-me de que eram outros
deputados e outra Comissão. E agora estou
novamente aqui. O Josué está comigo novamente,
olhando como seria. Resolveu? Não resolveu? Como
faremos? Não sei. É difícil. Criam-se leis, outras leis,
mas e aí? Como é feito isso? É difícil.
Hoje falamos em acessibilidade e em
inclusão. Tudo bem, é importante. Mas sabe o que é
engraçado deputado, a sociedade olha a escola,
preocupada com a escola, que precisa ser inclusiva.
Mas e fora da sociedade, existe a inclusão? A
sociedade está preparada para receber esse sujeito,
ela está incluída? Pensamos: ah, o surdo vai ficar na
escola. Só vai ficar na escola? Pronto, realmente
estou incluído. E a sociedade? Estarei incluído? E aí?
Como seria isto?
Falamos da Lei da Acessibilidade, que diz
que o surdo tem direito à informação, direito à
comunicação. O surdo está tendo acesso à
informação? O surdo tem direito à informação? Eu
sofro, meu caso é específico, vou aos locais e não
consigo me comunicar. Hospitais, lojas, resolver
algum problema particular de banco e não tem
informação, não tem comunicação. E aí, onde estão
os intérpretes nos espaços? Cadê as pessoas que
saibam a língua dos sinais? Um exemplo: os
Senhores dois Deputados não sabem a língua dos
sinais. Como vou me comunicar? Preciso de um
intérprete. Da mesma que os Senhores não sabem
falar comigo e também precisam do intérprete. E
então? Por isso que é preciso entender esse processo
histórico. Dizer: Ah, surdo estará no mercado de
trabalho. Como? Falamos de qualificação, mas
como? Vamos olhar a vida do sujeito, vamos olhar os
locais onde está crescendo, vamos olhar sua família,
contextualizar e entender todo esse contexto social.
Não é somente olhar no papel e cumprir e olhar só
aquele local de trabalho. É olhar todo o contexto. é
pensar maior, é pensar mais geral.
50 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Trazendo agora, o decreto fala da disciplina
Libras. Senhores Deputados, pergunto aos Senhores:
existe a disciplina libra nas escolas? Lá na educação
básica? Um exemplo, falamos no ensino superior. Já
existe, as universidades têm, mas e a educação
básica, a educação infantil, lá de primeira à quarta
série, lá de quinta à nona série, lá no ensino médio,
tem a disciplina libras? Isso é um processo histórico,
os surdos lutaram para conseguir conquistar esse
espaço, as pessoas não conhecem. A disciplina libras
é para isso, é para incluir o sujeito surdo, é para
passar conhecimento sobre essa língua, sobre esse
sujeito, para a sociedade conhecer e entender e
também aprender a língua.
Os Senhores veem a disciplina libras sendo
ensinada nas escolas? Fica um ponto de interrogação.
Falamos de 2005. E antes disso? Os surdos lutaram
bastante, existem outras leis. Os surdos estão se
formando. E eles trabalharão onde? Eles ficam lá na
sala de recurso, só naquele apoio de assistência para
o aluno surdo? O surdo não quer assistência, o surdo
quer trabalhar, ele quer ser professor de libras, ele
quer ser um profissional reconhecido; ele não ficar ali
como apoio, como algum recurso para outro. Não,
por favor. Ele se forma para quê? É uma formação
como qualquer outra. Isso é muito sério.
O que os surdos pedem? Uma central do
intérprete, Senhor Deputado. O que seria isto? A
questão midiática. Falamos dos sites, das televisões,
do acesso, da comunicação, dos locais públicos. O
surdo, ao chegar num espaço público, num banco,
que tenha um intérprete; vai a um shopping, tenha um
atendimento. Isso é acesso. O surdo precisa ter
acesso. Ele não vai porque não tem comunicação.
Aqui mesmo, tem intérprete? Aqui na Assembleia, na
Casa do povo, não tem. Cadê? Já participei de
encontros por duas, três vezes e cadê esse
profissional? É muito difícil. Por isso que olhando eu
entendo, eles olham. Tem que entender.
A dificuldade vem por isso. Onde está o
acesso à informação? Imaginem se os dois Senhores
Deputados fossem surdos. Como seria? Não adianta a
leitura labial, esquece isso, não dá para entender, isso
é mito. Imaginem V.Ex.ªs lá, há quinze anos
treinando para tentar falar para as pessoas escutarem
suas vozes, imaginem uma terapia. Isso é muito
cansativo, sem respeito à minha língua. Fui oralizado
durante doze anos e para mim não adiantou nada.
Não quero treinando até a morte, perdi tempo na
minha vida realmente.
Comunicação Virtual. Falamos de
comunicação virtual. Um exemplo, quero ligar para
pedir um lanche, um remédio, ligar para o hospital,
marcar uma consulta. Um exemplo, meu pai estava
internado e precisava fazer uma transferência. Quem
iria ligar? Imaginem. Eu não podia ligar, não podia
fazer isso, porque não tinha acesso. Como iria ligar?
A falta de comunicação. O maior problema
dos surdos, só um exemplo, é o cartão de crédito. Só
um exemplo para os Senhores entenderem essa
questão. Tem que ligar para a central, isso é
obrigatório. Vou ao banco, não adianta: Não, tem que
ligar para a central. E liga, Mastercard, Visa. Como
que vou ligar? Eu teria que pedir a uma pessoa para
se passar por mim. A minha mãe não aceita! A
pessoa tem que se passar por mim para conseguir
atendimento, fingir que sou eu. Isso é acessibilidade?
Como seria isso? Isso é acesso? Isso é muito
complicado. E é um exemplo dentre vários. Então, se
tiver que resolver o problema, tenho que ir. Mas, às
vezes, quero ter a comodidade... As pessoas ouvintes,
a sociedade tem, por exemplo, o celular. Devemos
pensar nessas tecnologias de acesso ao surdo. Usar
também. O espaço público... Usar essas tecnologias.
Isso também é acessibilidade. Isso e várias outras
coisas.
Se pensarmos realmente dessa forma, o surdo
será inserido no mercado de trabalho, conseguirá se
comunicar nas empresas. E se colocar as limitações,
Ah! Você é surdo, não pode! Esse discurso é velho.
Isso já acabou. Estamos em outro momento. É outra
história, outra experiência. E o surdo está esperando e
quer ter acesso aos espaços.
Há dez, vinte anos, o surdo tinha influências
da comunidade. Todo surdo só trabalhava na
Chocolates Garoto, por quê? Porque o salário era
bom, tinha plano de saúde, auxílio-creche, auxílio-
medicamento... O surdo só queria trabalhar naquela
empresa porque tinha influência. Hoje não; o surdo
quer ser professor, quer ensinar sua língua, quer
trabalhar com línguas de sinais, quer estar nas
grandes empresas, quer se formar, porque esses
espaços estão sendo abertos para ele. Antes, um
exemplo de outras empresas, não tinha. Hoje
entendemos os espaços, mas é muito pouco, os
espaços continuam fechados. Os anos estão passando
e os espaços estão fechados porque olham os surdos
sempre como coitados, como deficientes, como
limitados, às vezes têm medo de receber esse sujeito.
Precisa quebrar esse preconceito, precisa aceitar esse
conceito de um ser surdo.
Vim falar rapidamente sobre a escola
bilíngue. É uma luta. Falamos de educação... Em
2003, trouxe essa questão da escola bilíngue para
surdos, por quê? Porque a educação principal é base
de tudo. O aluno, quando tiver uma educação,
conseguirá chegar ao mercado de trabalho. Sobre as
escolas inclusivas, trazemos a pesquisa do Capovilla,
que durou dez anos e fez a comparação de escola
inclusiva e escola para surdos; uma escola bilíngue
para surdos, foi comprovado que o surdo aprende,
desenvolve melhor numa escola onde a língua de
sinais seja sua primeira língua. Só que para isso ser
discutido politicamente é complicado; existe uma
fronteira que as pessoas não conseguem
compreender; não querem dar uma educação para o
surdo.
A Constituição Federal diz que temos direitos
iguais à educação. Não é o que se vê, mas queremos
uma educação diferente.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 51
O surdo quer respeito a sua língua, que a
língua de instrução seja a língua de sinais. O ouvinte
aprende o quê? Português oralizado e o surdo quer
sinalizar a informação; é sua língua e quer se
comunicar por ela. Só colocar um interprete, que faz
tradução, resolverá tudo? Não! Falamos da Sedu, que
coloca qualquer pessoa que saiba a língua de sinais,
que faça um curso básico, nas escolas para
interpretar. Falamos de ser humano, de sujeito, de
língua. E a nossa lei?Não está sendo cumprida.
Precisamos refletir porque isso é muito sério.
Se colocarem um tradutor-interprete, esse
tem que ser profissional qualificado. Imaginem uma
sala com quarenta ouvintes e um aluno surdo. Se
colocar um intérprete, não resolverá. Onde está
aquela interação linguística? O par linguístico? É por
isso que se não pensar dessa forma, daqui a vinte
anos o problema continuará o mesmo. Temos que
refletir que numa escola para surdos podem entrar
ouvintes também, mas que a língua de instrução seja
a língua de sinais.
Trazemos o exemplo da escola indígena onde
os índios aprendem a língua pomerana. Aprendem
primeiro o pomerano e depois o português. Por quê?
Porque é a língua deles; é a língua cultural. Então,
vamos respeitar. É um respeito linguístico. E por que
o surdo não tem esse respeito linguístico em nenhum
espaço? Isso é muito óbvio. Isso não é segregação,
que é completamente diferente. Estamos falando de
direito.
Antes, quando V. Ex.ª falou, fez a leitura da
ata da PNE Estadual, esse é um problema. O
surdo...O problema do PNE começou em 2011.
O senhor sabe o que aconteceu na discussão
da PNE nacional? Em 2011 mais de quatro mil
surdos e ouvintes foram a Brasília e fizeram
manifestações contra a aprovação da PNE. É outra
marca histórica.
O Setembro Azul é uma marca histórica dos
surdos. Isso, em nível nacional. Fomos a Brasília
discutir a questão da PNE, porque estava em votação.
Só um relato histórico bem rápido: Em 1880,
em Milão, aconteceu um congresso, onde queriam
decidir entre língua de sinais e língua oral. A língua
oral foi aprovada para a educação de surdos e a
língua de sinais foi proibida durante mais de cem
anos. Agora, com a aprovação das leis, tem que ser
respeitadas e o surdo têm as escolhas, a família pode
escolher qual o tipo de educação. Mas a família
escolher também é um problema, por outro problema.
O que quero trazer na questão da educação é
entender todo esse processo histórico, as opções. A
família poder escolher língua de sinais ou língua oral.
São dois tipos. Não pode impor. Precisamos dos dois
tipos. Uma criança bilíngue é o necessário. Não pode
privar as crianças de opções e de escolhas. Então,
Setembro Azul. Por que trazer a esta reunião...
Na votação da PNE, tiraram a escola
bilíngue. Então, quer dizer, meu Deus do céu,
novamente, outra proibição da língua de sinais.
Queremos uma educação de fato que seja bilíngue.
Agora, em 2004, foi aprovada a inclusão de
escolas bilíngues para surdos, que é o ideal para a
educação de surdos. Por isso, vemos todas essas
marcas da luta, da fita azul, contra o audismo, o
Setembro Azul; tudo isso para mostrar realmente o
que os surdos querem e que o direito do surdo seja
respeitado. Isso e outros fatores também.
Trago isso para todos refletirem, para
pensarmos hoje na qualificação e no mercado de
trabalho. Temos que entender esse processo histórico.
Um exemplo: concurso público. Meu Deus
do céu! Se formos olhar é muito importante. Isso é
fundamental. É muito difícil acharmos um surdo
concursado. Por que o surdo não entra? A educação.
Por que o surdo não consegue, Deputado? Não teve
educação. Como o surdo vai conseguir entrar num
concurso público? Como vai ter conhecimento se não
teve acesso a nada? Como vai entrar no mercado de
trabalho? Ah, o surdo quer trabalhar num banco. Vai
ter de fazer concurso público. Mas ele estudou
aonde? Ele vai estudar aonde? No curso terá
interprete? O surdo vai conseguir entender a questão
do português, pela defasagem? Se durante toda a vida
ele foi excluído, e querem simplesmente dar ao surdo
uma opção de mercado?
A Lei n.º 10.098, da acessibilidade, fala da
informação, da comunicação.
A lei de Libras fala que a língua de sinais é a
língua oficial do sujeito surdo. É só olhar o modelo,
deputado, do concurso público em língua de sinais.
Não tem. Isso não é excluir o português, não é
substituição à língua, é respeito à língua do surdo. O
surdo precisa ser bilíngue. A prova está escrita em
português, mas português não é a primeira língua do
surdo, é uma tradução dele, porque ele tem que ter o
conhecimento básico linguístico, é a língua cartorial
do Brasil, mas ele tem que ter acesso a esse conteúdo
na língua dele, a minha língua. Eu preciso entender
na minha língua para responder na outra. Tem isso?
O senhor vê esses acessos? Vemos algumas
possibilidades crescendo, mas não é a realidade. Isso
é muito difícil. Isso é acessibilidade. Temos que
pensar nisso também.
A questão da banca. Isso também é muito
importante. É urgente, senhor deputado, por quê? A
secretaria de Educação coloca qualquer pessoa que
sabe Libras, e coloca numa sala de aula, intitulado
intérprete sem passar por uma banca. A banca é para
isso. Falamos de educação para o mercado de
trabalho. Qualificação profissional passa por isso
também. Cadê a avaliação desses profissionais que
trabalharão com o sujeito surdo? É só chegar com o
certificado. O que vai acontecer com ele lá na frente?
A mesma coisa que antes. A história vai se repetir,
não vai mudar nada. Só vai colocar o surdo lá, dizer
que está incluído, que está bonitinho. Tem um
profissional lá. O surdo está na sala. Mas e aí? Isso é
mito. Isso é figuração, isso não é a realidade. Está
comprovado, quem está lá vê e as pesquisas mostram
52 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
também. O surdo não quer isso. Ele quer ir para a
escola, quer educação mesmo. O que significa
escola? O que significa educação? É só isso: colocar
esses auxílios e intérpretes? Não! Tenho que pensar
diferente. O intérprete faz uma tradução,
interpretação. Ele tem que ter mais acesso. Tem que
se pensar mais sobre isso.
Quero que V. Ex.as
, Senhores Deputados,
façam a leitura e todos os presentes reflitam porque
quando aceito a língua de outra pessoa, aceito a
pessoa. Quando rejeito a língua, rejeito a pessoa
porque a língua é parte de nós mesmos. Quando
aceito a língua de sinais, aceito o surdo. É importante
ter sempre em mente que os surdos têm o direito de
ser surdos. Não devemos mudá-los. Devemos ensiná-
los, mas temos que permitir a eles serem surdos.
Para finalizar, trago a questão do mercado de
trabalho, das cotas de cinco por cento. Não se veem
surdos nas empresas. Por quê? Quem entra nessa
porcentagem? Surdo não entra. Sabe por quê, Senhor
Deputado Sergio Majeski? Porque não tem
comunicação. É mais fácil pegar alguém que se
comunique em língua oral e que escute. Se não vai ter
que contratar um intérprete e não é interessante para a
empresa ter esse gasto. Onde o surdo vai trabalhar
nessas empresas? Temos que pensar que ele não entra
nesse mercado de trabalho. Esse é outro problema
também. São vários problemas e o principal parte
exatamente da educação.
Quero que V. Ex.as
, Deputados, pensem e
reflitam o que é isso para pensarem na qualificação
no mercado de trabalho, pensar na educação. Não é
só pensar no agora; esquecendo esse processo
histórico, não vai adiantar.
Então, é bem resumido. Muito obrigado e
agradeço a todos a presença. Fui bem objetivo.
(Palmas)
O SR. PRESIDENTE - (SERGIO
MAJESKI - PSDB) - Nós é que agradecemos
imensamente ao senhor a fala tão direta, tão objetiva
e tão significativa.
A reunião está sendo transmitida ao vivo,
mas podemos depois repassar essas imagens até para
os que estão presentes para divulgarem isso através
das redes sociais porque, às vezes, o alcance é maior
até do que as pessoas estarem assistindo neste
momento.
O senhor pontuou uma série de coisas que
são altamente relevantes e que precisam ser pensadas
urgentemente. Elas têm que ser pensadas para ontem.
O senhor coloca a questão da inclusão nas escolas e a
inclusão na sociedade e temos visitado as escolas. De
tempos em tempos, no Brasil, criamos um modismo,
ou seja, em cima de algo sério isso se transforma
numa espécie de modismo. Por exemplo: por muito
tempo foi a questão verde, a ecologia, era sofisticado,
moderno, era de vanguarda se falar de ecologia, de
sustentabilidade e ainda, de certa forma, é. É outro
tema para o qual vemos discurso, mas não vemos a
prática. Todo mundo concorda, mas na hora de fazer,
as iniciativas são pequenas.
A inclusão nas escolas, em todos os níveis, é
baixíssima. Na sociedade nem se fala. Então, se prega
uma inclusão, mas não se dá conta de que essa
inclusão se torne uma realidade, nem mesmo nas
escolas, não só para os surdos, mas para outras
pessoas com algum tipo de deficiência.
A questão de intérpretes na Assembleia
Legislativa já foi um projeto apresentado e, por
incrível que pareça, foi rejeitado. Vamos tentar
colocar isso novamente porque é contraditório, é
paradoxal que uma Casa, chamada de Casa do povo -
e o povo significa todos, não significa uma parte da
sociedade -, não tenha um intérprete de libras para as
transmissões dos programas, para a transmissão das
sessões, das reuniões. Então, isso é algo lastimável
mesmo, porque esse projeto já foi apresentado nesta
Casa - como estou dizendo - mas foi rejeitado,
lamentavelmente. Mas é algo que nós batalharemos
com o Senhor Deputado Nunes, junto com a
Comissão de Defesa da Cidadania, e tenho certeza
de que o Senhor Deputado Nunes é tão sensível
quanto a mim em relação a essa questão.
Quanto à colocação que o senhor fez sobre a
educação e a formação, o trabalho, o concurso e a
questão das cotas, essas coisas que o senhor disse são
realmente um complicador porque, às vezes, as
pessoas não pensam em conhecer essas questões. Por
isso é tão fundamental ouvir aqueles que vivem o
problema. Não adianta falar ou pensar por eles, eles
têm que falar, eles têm que pensar. Quando o senhor
coloca uma questão tão corriqueira quanto resolver
um problema de cartão de banco, uma coisa que,
inclusive, nem eu mesmo tinha pensado como uma
pessoa faria para resolver por telefone um problema
tão corriqueiro como esse do cartão? Quer dizer, esse
é o mínimo do que provavelmente são as barreiras
enfrentadas e tantas outras que o senhor pontuou
nesta Comissão.
É muito interessante essa afirmação do surdo
como sujeito e a questão do que quer o surdo – o
surdo quer ser enxergado, quer ser profissional.
Fantástico o senhor colocar isso e é dessa forma que
temos que pensar. Em outros segmentos também, não
só a questão do surdo, mas como...
Terminei de ler um clássico da literatura que,
provavelmente, muitos dos senhores já leram,
intitulado Ensaio sobre a cegueira, de José
Saramago, e é muito interessante, pois o autor usa a
cegueira como metáfora. É um livro que deve ser lido
lentamente, de tal forma que consigamos ver o
quanto cegos estamos todos nós. Como diz ao final
um dos personagens centrais do livro: Estamos todos
cegos e não enxergamos. Estamos cegos para uma
infinidade de situações e talvez o excesso de egoísmo
em uma sociedade capitalista como essa que
vivemos, onde cada vez mais cada um só enxerga o
seu umbigo, estejamos insensíveis com relação ao
outro, de nos ver um pouco no outro, de sermos um
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 53
pouco o outro. Os pós-modernistas, principalmente,
têm falado muito sobre a questão de que é impossível
sentir o que o outro sente. Quando dizemos assim:
Posso imaginar o que você está vivendo ou me
coloco no seu lugar... Ninguém se coloca no lugar do
outro, mas se fizéssemos um ensaio permanente, uma
tentativa permanente de nos imaginar no lugar do
outro é fundamental para que assim, quem sabe,
consigamos evoluir na preocupação efetiva com o
outro no sentido do que o outro precisa, do que o
outro sente para deixarmos um pouquinho do nosso
egoísmo tão comum.
Na questão da Sedu, entramos em uma seara
de briga que tenho comprado permanentemente na
defesa da questão educacional. Recebemos no meu
gabinete um grupo de surdos com uma intérprete e
até marcamos uma audiência com o secretário de
Educação. Esse grupo esteve conversando com o
secretário e com o subsecretário sobre essa questão
do concurso e da contratação de professores surdos. E
como ele disse: uma coisa é colocar um intérprete por
meio do concurso, e outra coisa é colocar alguém
com formação efetiva nas escolas e as escolas
precisam dar o exemplo. A Sedu deveria ser a
primeira a dar o exemplo de inclusão, contratando
esses profissionais, abrindo espaço em seus
concursos para esse profissional. Esse é um dever da
Secretaria.
Não adianta, a partir do momento em que
falamos o tempo inteiro de uma educação inclusiva, a
própria Secretaria de Educação não procurar ter uma
política necessária para profissionais que estão
preparados para trabalhar naquele ambiente e que
poderiam ser ali o exemplo, a vivência da inclusão e
sair do discurso.
A Secretaria de Educação nos tem
decepcionado imensamente não só nessa questão,
mas em várias outras, como tem tratado todas essas
questões, todas as questões mais elementares,
inclusive, da educação.
Estamos questionando imensamente a
Secretaria de Educação agora. Por que eles têm doze
mil e quinhentos DTs e abriram um concurso para
mil, cento e setenta e oito vagas? Onde está essa
quantidade imensa de vagas? O próprio Plano
Nacional de Educação e o Plano Estadual dizem que
até 2022 noventa por cento dos professores devem
ser efetivos. Esse processo vai começar quando? Em
2022? Essa é uma questão pela brigaremos muito.
Mais uma vez me coloco à disposição para
brigar junto, porque essa é uma situação que
realmente temos que começar por aí, a Secretaria de
Educação dando o exemplo do que é inclusão e
dando exemplo de políticas efetivamente inclusivas.
O senhor disse sobre a questão do Plano
Nacional de Educação - até desconhecia que vocês
tivessem brigado naquela ocasião, acredito que pela
falta de inclusão dessa questão no Plano Nacional - e
a questão das cotas. Nunca tinha atentado para o fato
de que quando se fala em cotas para deficientes, o
quanto isso acaba sendo problemático ao não se
estipular qual é a deficiência. Acaba ficando fácil
tanto para os concursos, quanto para as empresas,
optarem obviamente por um tipo de profissional que
as empresas julgarão que trarão menos problema.
Lembrei-me disso, porque me parece que as
empresas com a partir de cem funcionários têm que
ter uma cota de deficiente. Eu não tenho três dedos na
mão esquerda, que é uma deficiência mínima, e sou
professor há trinta anos. Há muitos anos trabalho
numa escola particular e entro na cota de deficientes
da escola. Quer dizer, não deveria, porque essa não é
uma deficiência que de alguma forma atrapalhe, mas
é o facilitador que as empresas encontram, de certa
forma, para burlar a própria lei. É uma questão que
precisamos sem sombra de dúvida pensar.
Nossa reunião está terminando e estou
ocupando demais o espaço, o Senhor Deputado
Nunes também quer fazer suas ponderações.
Novamente agradeço muito e coloco o gabinete e a
Comissão à disposição para que encaminhemos e
trabalhemos juntos. Lutar e, quem sabe, pensar
projetos conjuntamente nesse sentido.
O SR. NUNES - (PT) – Obrigado, deputado.
Na realidade, parabenizo o deputado por trazer esse
tema para discutirmos nesta Comissão, e, ao mesmo
tempo, agradeço pela presença do Daniel Junqueira e
do professor Josué Rêgo.
É fundamental trazermos esse tema, para
termos oportunidade de discutir. Envolver o Estado
não no sentido configurado, mas enquanto entidade.
Discutir esse tema é de grande valia. Foi dada a
informação para o próprio Daniel Junqueira de que
temos aproximadamente quatorze mil pessoas esse
mesmo tipo de deficiência. É algo que nos preocupa.
Precisamos construir com o Estado, com o Governo,
políticas voltadas para atender esse público, que é um
bastante significativo. Portanto, trazer temas como
esse para uma Comissão como a que V. Ex.ª preside,
deputado, é de grande valia.
Parabenizo-os e, ao mesmo tempo, agradeço
o nosso amigo, Daniel Junqueira, por ter feito essa
explanação, dando oportunidade para que outras
pessoas entendam um pouco a dificuldade que essas
pessoas têm.
Uma boa tarde a todos e a todas.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Muito obrigado. Obrigado ao
Daniel Junqueira e obrigado mais uma vez ao Josué
Rêgo. Reafirmo novamente o compromisso de estar à
disposição dos senhores para construirmos juntos,
para encaminharmos juntos aquilo que for preciso e
que estiver ao nosso alcance.
Obrigado a todos os presentes, àqueles que
nos acompanharam em casa e aos funcionários da
Casa.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
54 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h30min.
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA,
GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS. DÉCIMA OITAVA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 29
DE SETEMBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE - (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da décima reunião extraordinária,
realizada em 21 de maio de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE - (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Obrigado.
Vamos inverter um pouquinho a ordem da
pauta, pois precisamos deliberar o convite ao senhor
Temístocles Alves Rocha, Secretário de Ciência,
Tecnologia e Inovação Ciência, Tecnologia e
Inovação, Educação Profissional e Trabalho, para
explanar sobre a Semana de Ciência e Tecnologia e
Inovação de São Mateus e região norte do Espírito
Santo, no dia 06 de outubro de 2015, nesta Casa de
Leis.
Como vota o Senhor Deputado Pastor
Marcos Mansur?
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Também voto pela aprovação.
Aprovado.
Deliberar também a audiência pública com o
tema Ciência e tecnologia nas escolas do Estado do
Espírito Santo, como funcionam?, no dia 28 de
outubro de 2015, quarta-feira, com início às 19h no
Plenário Dirceu Cardoso, nesta Casa de Leis.
Como vota o Senhor Deputado Pastor
Marcos Mansur?
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Também voto pela aprovação.
Aprovado.
Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado Pastor
Marcos Mansur?
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Também voto pela aprovação.
Ata aprovada como lida.
Hoje, estamos recebendo professores e
alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e
Médio São Luís, do município de Santa Maria de
Jetibá, minha queridíssima terra natal. Teremos a
explanação do professor Alexandre Portes Ribeiro,
com a participação da professora de biologia Caroline
Angeli Sancio e dos alunos que também estão
acompanhando: Michael Graunch Marcos Antônio de
Souza, Otávio Berger, Ramon Vieira Boldth,
Guilherme Vitor Arndt e Jeovan Broun. Eles falarão
sobre robótica educacional, apresentando, Senhor
Deputado Pastor Marcos Mansur, o trabalho que os
próprios alunos criaram na área de robótica sob a
orientação do professor Alexandre.
O professor Alexandre coordena o trabalho, é
professor de matemática com pós-graduação em
matemática, é bacharel em ciências contábeis, é
professor efetivo do Estado e trabalha na Escola de
Ensino Médio e Fundamental São Luís desde o ano
de 2008. Eles participam todos os anos da Semana
Estadual de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo.
No ano de 2014 participaram da Mostra Nacional de
Robótica, na cidade de São Carlos, em São Paulo,
representando nosso Estado. Em 2015, participaram
on-line de um evento internacional de projetos
científicos, o Google Science Fair. O projeto foi
visualizado, curtido e compartilhado pelo Youtube e
redes sociais no Brasil e em várias partes do mundo.
Ainda em 2015, foram selecionados para participar
da Mostra Nacional de Robótica, que será realizada
em Uberlândia. Esses trabalhos têm motivado os
alunos à pesquisa científica, mas, infelizmente, eles
não possuem recursos financeiros. Esses trabalhos,
geralmente são realizados no contraturno: sábados,
domingos e feriados, sem nenhuma remuneração para
os alunos e professores.
Gostaria de registrar que vocês tiveram três
trabalhos selecionados para a Mostra Nacional de
Robótica, em Uberlândia. Impressiona que esse é um
trabalho que os professores fazem quase que
voluntariamente, com os alunos também. O Estado
não entra com recurso nenhum. E agora eles estão
precisando de recursos para ir a esse evento, em
Minas Gerais. Eles tiveram o recurso negado pela
Secretaria de Educação, o que para mim é um
absurdo completo, uma vez que esses trabalhos,
inclusive, estão inscritos em nome da própria Sedu.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 55
Seria uma forma de elevar o nome do Estado numa
mostra científica importante, conceituada e
infelizmente a Secretaria de Educação negou parte
dos recursos de que eles precisam, o que não é
aceitável de forma nenhuma. Novamente nos
colocamos à disposição para ajudar vocês a
conseguirem esses recursos.
Concedo a palavra ao professor Alexandre
Portes Ribeiro.
O SR. ALEXANDRE PORTES RIBEIRO
– Primeiramente, boa-tarde a todas e todos presentes.
Antes de fazer aqui o meu apelo, gostaria de contar
um pouco da nossa história, que já foi brilhantemente
resumida pelo Senhor Deputado Sergio Majeski. Por
meio dos slides, quero contar o que aconteceu e como
começou.
Temos ali a Escola Estadual de São Luís, em
Santa Maria de Jetibá. Robótica Educacional.
Usamos como lema uma frase de Thiago Campos,
acho que puxou da música de Geraldo Vandré: Quem
sabe faz a hora, não espera acontecer. Não tem um
novo caminho. O que tenho é um jeito de caminhar.
No ano de 2009, trabalhava com o ensino
médio, estava trabalhando um projeto científico,
quando pareceu aquele garotinho ali de camisa
listrada. Apareceu com dois pedaços de madeira, um
motorzinho velho e um litro descartável e fez um
guindaste totalmente artesanal. A partir dali,
começamos a trabalhar; interessei-me muito pelo
desempenho dele, pelo esforço dele e resolvi escrever
um projeto para ele. Apesar de não ser meu aluno, vi
que estava querendo alguma coisa, escrevi um
projeto e começamos a participar das feiras
municipais de Santa Maria. Esse foi o primeiro
projeto que fizemos de robótica. Foi o início.
Em 2010, começamos a evoluir. Já peguei
esses alunos com outra equipe, levei até uma oficina
mecânica, onde conseguíamos fazer uma interação
entre aluno e comunidade. O mecânico os ajudou
bastante e eles fizeram um guindaste de metal. Esse
guindaste já foi o nosso primeiro projeto que
participou da Semana de Ciência e Tecnologia; fez
um sucesso imenso nessa Semana de Ciência e
Tecnologia.
No ano de 2011, fizemos um minicarro
pulverizador agrícola. Como podem ver, a estrutura
dele e do guindaste era totalmente a mesma, por quê?
Porque trabalhamos com criatividade; não temos
verba para dar andamento a esses projetos de
robótica. Temos que aproveitar o que temos; todo o
material com que trabalhamos é reciclado. Pegamos
um robô que fizemos no ano anterior e mudamos as
funções para que eles possam participar das feiras de
ciência e tecnologia. Esse também participou.
Em 2012, fizemos nosso primeiro projeto
usando o motor de vidro elétrico também reciclado e
foi a partir daí que começou a evoluir o nosso
projeto. Fizemos uma lixeira elétrica, também, em
parceria com serralheiros, eletricistas, mecânicos... A
comunidade auxilia.
Então, no ano de 2012 começou a formar a
equipe cujas pessoas até hoje estão juntas. Podem ver
que fomos convidados para participar do Salão do
Inventor Brasileiro, paralelo à Semana de Ciência e
Tecnologia de 2012.
Em 2013, foi o nosso primeiro sucesso. Esse
Navvy - RSV é um robô resgate, que tinha função de
resgatar pessoas em escombros. O que os alunos
pensaram? Justamente pouco depois daquele tsunami
que ocorreu no Japão e daquele terremoto naquela
região de Singapura que eles pensaram em construir
um robô que ajudasse os bombeiros. Por quê? A
partir do momento em que o robô estivesse nos
escombros, não tinha necessidade de as pessoas
arriscarem a vida. Esse robô tinha furadeira, tinha
uma serra que cortava, tinha uma câmara que filmava
debaixo dos escombros e também um sistema de
captação de áudio. Isso tudo poderia ser
acompanhado pela internet.
Na época, esse robô saiu em vários sites, em
capas de jornal e foi um grande sucesso na feira. As
pessoas, inclusive de curso superior, de curso
tecnológico chegavam para ver como esses meninos
tinham feito aquilo. Vocês verão, mais à frente, que
esse robô foi o nosso carro-chefe para a Mostra
Nacional de Robótica. E no ano de 2014, com esse
robô Navvy, conseguimos aparecer nessa Mostra
Nacional de Robótica, em São Carlos.
Também com muita dificuldade nos
inscrevemos e falei para os meninos: Vamos. Vamos
do jeito que dá. Não tivemos muito apoio do Estado.
E como conseguimos? A escola ajudou um pouco, a
prefeitura ajudou um pouco, os pais e as famílias
também ajudaram um pouco e o resto saiu do meu
bolso. A Sedu ajudou com a propaganda no site.
Como V. Ex.as
podem ver, e verão outras
vezes, todos os nossos projetos saem no site da Sedu,
no do Diário Oficial. Foi pegando um pouquinho aqui
e um pouquinho ali que conseguimos levar até lá.
Depois disso, saiu em vários jornais, em vários sites,
inclusive no Diário Oficial, falando: Alunos
capixabas representam o estado na cidade de São
Carlos. Quer dizer, quando saímos para esses eventos
estamos representando o estado do Espírito Santo.
No ano de 2014, pensamos o seguinte: esses
meninos vão crescendo, daqui a uns dias estarão se
formando, então precisamos criar nova equipe de
robótica. Então pegamos alguns alunos que, à época,
estavam no sexto ano, e começamos a fazer outra
equipe.
A imagem mostra o robô Minicar Vacuum
Cleaner, que tinha a função de aspirar chão. Era um
brinquedo, mas que também ajudava. A finalidade
era, principalmente, a de ensinar essas crianças a
trabalharem com robótica. Esse robô, juntamente
com o Angel, que V. Ex.as
verão daqui a pouco,
participou da Feira Municipal de Ciência e
Tecnologia deste município, e da do município São
Mateus também.
56 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Em 2014 também fizemos o Angel, com a
mesma equipe dos outros robôs. O Angel foi o robô
que trouxe mais sucesso para nós. Inclusive, é um dos
que está inscrito na Mostra Nacional deste ano.
Estará em Uberlândia. Não está aqui hoje porque para
montarmos um robô tiramos peças de outro.
Infelizmente não temos verbas, então desconstruímos
um para construirmos o outro. O ideal era que
tivéssemos todos para mostrarmos, mas teremos que
reconstruí-los, porque ambos vão para a Mostra
Nacional. Esse Angel também participou da Feira
Municipal de Santa Maria, e participou da Feira de
Ciência e Tecnologia. Aliás, foi o carro-chefe
daquela feira, porque com esse robô foram três ou
quatro entrevistas ao vivo para as televisões.
Apareceu em vários sites, em vários jornais, e é um
robô que ajuda deficientes físicos a abrirem uma
porta, pegarem objeto no chão. Tinha várias funções.
Em 2015 o inscrevemos na Google Science Fair. A
Google Science Fair é um evento internacional de
ciências. A oportunidade que queríamos com a
Google Science Fair era justamente a de mostrar o
nosso trabalho para o mundo, para que o mundo
conhecesse o trabalho desses meninos.
Conforme vocês podem ver, eles ganharam
certificado de participação e fizeram sucesso no
Brasil e no mundo. Há outra reportagem da Sedu
sobre a participação do Angel na Google Science
Fair, e também saiu no Diário Oficial e em vários
outros jornais nacionais. A imagem mostra uma
página do Youtube mostrando alguns dos países em
que foi compartilhado e visto. Posso dizer para V.
Ex.as
, pois não aparecem todos, que foram mais de
trinta países, e países de primeiro mundo, como
Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido,
Espanha, Portugal, Austrália, Áustria, Bélgica, e
também vários países da América Latina. É um
projeto pelo qual levamos o Espírito Santo não só
para o Brasil todo, mas para fora do Brasil. Foram
muitos compartilhamentos nas redes sociais, muitas
visualizações e muitas curtidas no Youtube.
Neste ano de 2015 fizemos ainda vários
projetos, ampliando a nossa robótica. Mesmo com
toda a dificuldade financeira, fizemos o popular rodar
o chapéu, ou seja, colocamos os meninos nas ruas:
foram para os comércios, para as empresas da cidade,
pedindo verbas, patrocínio. Muitos não conseguiam
dinheiro, mas conseguiam brindes. E havia as pessoas
que colaboravam. Alguns colaboravam com um real
e cinquenta centavos, outros com dez, e fomos
juntando de pouquinho em pouquinho, para que
pudéssemos ampliar mais a nossa robótica. Com os
brindes que ganhamos fizemos, na Festa Junina da
escola, a pescaria e uma caixa de surpresas, e
conseguimos arrecadar algum dinheiro. Não foi o
suficiente, mas pelo menos ajudou.
Esse robô DJ tem a função de tocar músicas e
jogar luzes de DJ. É um dos robôs que estão
classificados para a Semana de Tecnologia deste ano.
O robô Storyteller é daqueles mesmos
meninos que fizeram o Vacuum Cleaner, que agora
estão no sétimo ano. Há dois representantes deles
presentes.
Esse Storyteller também não virá para a feira
de Ciência e Tecnologia porque não pudemos
inscrevê-los, pois este ano houve uma mudança, ou
seja, este ano só puderam se inscrever alunos do
oitavo e do nono anos. Como eles são do sétimo ano,
o projeto não foi inscrito para a feira de Ciência e
Tecnologia deste ano. O projeto é muito bom e tem a
função de contar história para pessoas que estão
acamadas. Eles pensaram justamente naquelas
crianças que ficam adoentadas, estão no hospital e
não têm muitas coisas para se distrair. Então,
pensaram em fazer um robozinho que distraia essa
criança, pois enquanto a criança brinca com o robô,
eles passam um filme, pois têm um mini projetor que
será também uma distração para essas crianças.
O Robô Sentinela. Até brinco que é a
robótica de saia, pois é a primeira vez que colocamos
as meninas para participarem de um grupo de
robótica. Apesar de ainda terem um pouco de
dificuldade de apertar os parafusos, elas têm uma
dedicação incrível em termo de pesquisa e de
interesse. Já expandimos mais, pois já deixou de ser
uma robótica só de meninos. Colocamos as meninas
também para fazerem essa robótica. O Robô
Sentinela tem a função de vigiar a casa, ele é
acoplado a um alarme de presença e tem uma câmera.
Então, às vezes, a pessoa de dentro de casa pode
acompanhar o que está ocorrendo no interior da casa.
Aplicativo para autista: Navegando em um
mundo paralelo. Esse também está classificado para a
feira de Ciência e Tecnologia deste ano. Esse projeto
me surpreendeu muito, apesar de ele não ser bem um
projeto de robótica, mas pela sua repercussão social.
Todas essas alunas, no contraturno, trabalharam junto
com os profissionais da Apae e viram as necessidades
dos autistas, acompanharam a associação, ficaram
impressionadas e fizeram um trabalho maravilhoso e
esse trabalho ainda está em andamento e precisamos
de reforçá-lo.
O Robô Enfermeiro tem a finalidade de
ajudar as pessoas doentes. Ele vem com alguns
medicamentos básicos e com alguns aplicativos com
os quais a pessoa medirá a pressão arterial ou poderá
fazer um exame de glicose. Em casos de emergência
médica, a pessoa pode, por meio do próprio
aplicativo, entrar em contato com o médico. Esse é
um robô que pode até salvar vidas, dependendo da
situação do paciente.
O Butler é um robô que os meninos
apresentarão daqui a pouco para os senhores. Ele está
classificado também para a feira de Ciência e
Tecnologia. Butler tem uma função de mordomo. A
palavra Butler em inglês quer dizer mordomo em
português. Ele tem uma função que ajuda a limpar a
casa. Serve para desodorizar a casa também e serve
como inseticida. Nessa pesquisa, os meninos
descobriram um produto muito interessante que é
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 57
todo feito com produto caseiro, a Citronela. Nas
pesquisas, descobriu-se que a Citronela repele o
mosquito da dengue, quer dizer, ela serve de
repelente e, a partir do momento em que a jogamos
dentro de casa, ela não fará mal nenhum ao ser
humano, mas o mosquito da dengue é espantado. O
robô também tem a função de luminária de
emergência. Quando chega à noite, o robô que está
em um canto funcionará como luminária. Faltou luz,
ele acende. Eles colocaram várias funções em um só
robô.
Os senhores podem ver que fazemos a maior
parte desse robô com material reciclável. Um dos
carros-chefes da nossa robótica é usar o material
reciclado, visando à sustentabilidade e também aos
custos e benefícios.
O Multi Tech, esse robô que os senhores
estão vendo, é o melhor trabalho que fizemos até
hoje. Fizemos esse trabalho justamente em cima do
tema Luz, Ciências e Vida. O que aconteceu no ano
passado? Os meninos com o projeto Angel foram
muito bem divulgados e avaliados pela crítica, mas
quando chegou o dia da decisão final, falaram que o
tema deles não estava dentro do tema da feira que era
Desenvolvimento Social. Falei que não entendia
como um robô que ajuda a um deficiente físico não
pode estar dentro do tema. Então, no ano passado,
eles começaram a fazer esse Multi Tech, um robô
totalmente sustentável, movido à luz do sol e a
energia elétrica será de graça. Ele tem uma geladeira
que dará alimento fresco ou ela pode também
aquecer. Ele tem um sistema de computador com o
qual se pode ter acesso à internet. Ele tem um
PlayStation para casos de distração tem um projetor
que você pode ter um cinema; uma aparelhagem de
som muito boa também, ou seja, serve para várias
funções. Pensamos em luz, ciência e vida. Ciência é
pura tecnologia; luz de graça, pois o sol é a maior
fonte de luz que temos no Planeta. É um robô que, se
faltar luz, a pessoa não ficará sem o capítulo da
novela, não ficará sem o jogo de futebol. É
totalmente sustentável e, por incrível que pareça, um
robô com tantas tecnologias, já participei de todas as
feiras de ciências e tecnologia, mas não se classificou
entre os projetos deste ano. Mas não questionaremos
isso porque não sabemos como foi o julgamento e o
que aconteceu, pois não se classificou, mas estará
presente em Uberlândia e o apresentaremos.
Antes que os meninos apresentassem,
gostaria de fazer um apelo aos governantes e ao povo
do Estado que está ali, que nos ajude porque
trabalhamos muito mesmo. A maioria desses projetos
é feita no contraturno. Em todas as férias, esses
meninos estão no quintal de casa para fabricarmos
esse robô. Sábados, domingos e todas às noites esses
meninos estão lá. Todos eles trabalham. Estudam de
manhã, trabalham à tarde e vão à noite para a escola.
Tem dia que saímos duas, três horas da escola. É um
esforço muito grande. Tudo na base do patrocínio.
Muito dinheiro dos bolsos dos professores também e
muito sacrifício mesmo. Gostaria que se
valorizassem esses alunos.
Quando se fala em Escola Viva é muito
louvável. É lógico que a escola tem que ser viva, mas
não pode só se falar em Escola Viva e esquecer-se da
vida que existe dentro das outras escolas. Nossos
alunos das demais escolas do Estado do Espírito
Santo não estão mortos. Estão vivos e trabalhando
com muita dificuldade. Gostaria que as pessoas
também pensassem nesses alunos. Não que eu esteja
criticando qualquer projeto. Acho muito louvável
qualquer projeto para melhorar a educação. O que
não se pode fazer é esquecer aquilo que já tem dentro
do Estado. São muitas crianças e muitos adolescentes
que dependem de nós. Na verdade, estão dependendo
unicamente de esforço de professores e de sacrifício
de comunidade. Gostaria muito de pedir ao governo
que tivesse esse olhar para as demais escolas do
estado. Gostaria que os meninos demonstrassem um
pouquinho agora do funcionamento do robô.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Os meninos farão a
apresentação e pedi que eles explicassem as partes.
Como o aparelho funciona, porque o professor já
disse, acompanhando os slides, mas como haverá
uma apresentação do aparelho propriamente dito, eles
podem apontar as partes como funcionam, enfim,
para ficar bem didático.
O JOVEM JEOVAN BROUN – Meu nome
é Jeovan. Falarei sobre o que o robô tem. Aqui há um
vidro que pegamos de um notebook que estava
jogado em um espaço. Eu e Willian, que trabalhamos
com informática, como só tínhamos a carcaça do
notebook, adaptamos o entorno. No caso, essa placa
verde é um notebook. Neste outro local temos um
arduíno, que serve para controlar pelo celular. O
celular emite um sinal e o arduíno interpreta o
comando e manda os comandos para o motor. Aqui é
a geladeira, ele tanto gela como esquenta. Aqui há a
televisão, pois serve para ser televisão e o
computador, aqui é o PlayStatiton e aqui é o projetor.
Atrás está a placa solar. E o que faz? Durante o dia
vai recebendo o sol e há um painel atrás que joga a
carga para a bateria. Otávio Berger vai explicar como
foi montado.
O JOVEM OTÁVIO BERGER – Meu
nome é Otávio Berger. Construímos toda a parte
mecânica desse robô, assim como a parte elétrica.
Arduíno foi pensado para ser manuseado de uma
forma mais fácil, com um jeito sem fio. A parte de
solda foi toda feita por nós. A engrenagem foi toda
reciclada. Atrás há uma aparelhagem de som, que
também foi pensada para, caso se queira assistir a um
filme, ter uma qualidade de som boa, com um
projetor de boa qualidade também. E quanto às luzes,
caso a placa carregue a bateria, tem-se a energia solar
sobrando. Assim, se pode utilizar essa luz enquanto
já está carregado.
58 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O JOVEM GUILHERME VITOR
ARNDT– Este é nosso robô, que estamos fazendo há
alguns dias. Como Otávio Berger e Geovan Braun
falaram, é pela placa de arduíno, com sensor de
bluetooth, que está do outro lado. E foi todo montado
com peças reutilizadas, de reciclagem. Não há muito
que falar do robô, porque falaram quase tudo. O
objetivo do robô é mais para uso doméstico, para
dentro de casa, um repelente natural. Serve como
luminária e ajuda no dia a dia. É controlado por esse
aplicativo, que está no celular do Ramon Vieira
Baldth.
O JOVEM RAMON VIEIRA BALDTH – Meu nome é Ramon. Basicamente todo o sistema de
movimentação dos dois robôs é baseado em arduíno,
que é um projeto de hardware aberto. Qualquer
empresa pode pegar o projeto principal de hardware
e projetar sua própria placa de arduíno. Todo o
método de funcionamento de controlar os robôs é
feito pelo arduíno, que envia sinais à ponte H que
libera energia aos motores.
Os dois robôs são controlados via bluetooth,
a partir do celular ou de um computador, que também
possua bluetooth. Podem ser alimentados por baterias
ou, diretamente, pela placa solar. As duas placas são
programadas, não vêm prontas de fábrica. É preciso
fazer toda a programação em código C.
A parte mais complicada para fazer os robôs
se movimentarem foi fazer o código, o que levou
bastante tempo e muito estudo. Muitas vezes falhou
durante apresentações, porque ocorriam erros no
software, que parava de funcionar. Mas, este ano,
consegui resolver todos esses problemas.
Criei e projetei o código; escrevi; tentei
passar aos outros alunos que estão chegando agora ao
Projeto de Robótica. Como esses alunos, eu também
não tinha experiência. Aprendi, digamos, como
autodidata. Não tinha nenhuma experiência. Nunca
havia mexido com arduíno. Pesquisei, dei um jeito e
consegui fazer funcionar. Foi difícil, mas com a
determinação do nosso grupo e o incentivo
principalmente dos professores, conseguimos chegar
até aqui e demonstrar nosso trabalho, todo nosso
empenho.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Obrigado, meninos. É
impressionante o trabalho. Já havia tido o prazer de
ver o trabalho de vocês na Mostra Científica, em
Santa Maria de Jetibá. É um trabalho fenomenal,
feito com os alunos da Escola São Luís. Aliás,
aproveito para mandar um abraço à diretora Corina
Delboni, à Edinéia, a todos os funcionários do
administrativo e aos professores que estão nos
assistindo na escola São Luís, em Santa Maria de
Jetibá.
Ficamos muito gratificados. Projetos como
esse, e outros tantos, são desenvolvidos com
sacrifício imenso nas escolas estaduais e em algumas
escolas municipais à revelia do apoio da Secretaria de
Educação.
Como o professor já explanou, e como já
havia perguntado em Santa Maria de Jetibá sobre
isso, não há dinheiro do Estado. Os professores não
recebem hora extra para acompanhar os alunos. O
material que usam é todo reciclado, é material que
eles mesmos arranjam. Ou então, como o professor
demonstrou, vão pedir ajuda, vão pedir patrocínio às
pessoas. E é com essa dificuldade, com essa garra
que eles conseguem realizar trabalhos tão fantásticos.
E como o professor explanou, é um trabalho
que vem sendo desenvolvido nos últimos seis anos.
Quer dizer, não é um trabalho deste ano, feito só com
o objetivo de fazer uma demonstração. É um
conhecimento que vem sendo desenvolvido. E o mais
interessante: passado dos mais velhos para os mais
novos. No dia em que estive em Santa Maria de
Jetibá, tinha o stand dos meninos do ensino médio e
também dos outros, com outros projetos menores,
mas ali é uma continuidade do trabalho.
Como naquele dia em Santa Maria de Jetibá,
Alexandre Portes Ribeiro, parabenizo-o muito, os
outros professores que o acompanham e vocês,
alunos, que têm essa disposição e essa garra, apesar
da falta de apoio existente.
Seria muito bom se o secretário de Educação
e até mesmo o governador vissem esse tipo de
trabalho, para parar de dizer que as escolas estão
mortas, que não há vida, que as escolas são chatas,
como disse recentemente o secretário de Educação.
S.Ex.ª disse: Agora, com a Escola Viva, os alunos
não precisam mais ir para a escola chata, porque
terão outra escola. Esse é um exemplo de quanta
vida, de quanta pesquisa e de quanto trabalho existe
dentro das escolas.
Elas têm problemas. Mas imagine, Senhor
Deputado Nunes, se essas escolas recebessem a apoio
e a estrutura? Estive visitando a Escola São Luís - o
Alexandre lembra e a professora Karine devem se
lembrar - no mês de abril, se não me engano. A
Escola de São Luís é uma escola pequena, que carece
de muitas coisas. Precisa de uma reforma, de uma
ampliação, é uma escola relativamente pequena. E
ainda assim, olha que maravilha, olha o que ainda
conseguem produzir. Agora, imaginem com o apoio
verdadeiro aos alunos e professores, com laboratórios
bem montados, com verba para iniciação científica?
Passou da hora de os estados pensarem na
iniciação científica não só no ensino médio. Não
adianta ensinar pesquisa só a partir do ensino médio,
tinha que começar lá no fundamental I. Não existe
uma receita pronta, mas os caminhos para o
desenvolvimento real da educação e para a tão
sonhada qualidade da educação são notórios, são
visíveis. Não precisamos de projetos mirabolantes
para revolucionar a educação; precisamos dar o
básico para que a educação se desenvolva. E o
básico, tenho dito sempre, é a infraestrutura, é a
condição de acesso e permanência do aluno, é a
qualificação e a remuneração do professor. Isso são
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 59
os aspectos fundamentais.
Vemos, agora, uma campanha publicitária do
governo na televisão enaltecendo a Escola Viva,
mostrando uma escola fantástica, no momento em
que o próprio Estado se nega a dar sete mil reais para
esses meninos viajarem a Uberlândia. Senhor
Deputado Nunes, quem trabalha com pesquisa sabe
disso: é muito difícil emplacar um trabalho em uma
amostra nacional. Agora, imagine uma só escola
emplacar, em uma mostra nacional, três trabalhos.
Isso é fenomenal! E esses trabalhos estão inscritos
em nome da Secretaria de Educação, quer dizer, é
uma forma de enaltecer o Estado lá fora, é uma forma
de enaltecer a educação do nosso Estado e, ainda
assim, em nome de corte de verbas e decretos, a
ajuda pedida à Secretaria de Educação foi negada.
Simplesmente, me recuso a acreditar que quem deu a
autorização para negar tenha entendido a
grandiosidade desses projetos.
Tudo aquilo que você mostrou nos slides,
pediria que vocês nos repassassem. Se tiverem
material impresso, também. Vamos tentar entregar na
mão do próprio governador. Não é possível que não
se sensibilize com uma coisa tão importante para o
Estado.
Se tem dinheiro para fazer campanhas
publicitárias, não há de faltar sete ou oito mil reais
para complementar ou completar o dinheiro que está
faltando para esses meninos irem à Uberlândia com
seus professores para demonstrar algo tão fenomenal.
É muito importante elevar a pesquisa, a
ciência, incentivar esses adolescentes e jovens. Isso é
fenomenal, é fantástico. Não tem como negarmos
essa ajuda e me ponho à disposição. Se o governo se
negar terminantemente, Alexandre, vamos encontrar
outro caminho para auxiliá-los para que consigam
viajar com certo conforto e cheguem a Uberlândia e
demonstrem um trabalho tão bom porque não se pode
imaginar a possibilidade de vocês não conseguirem
viajar.
Temos outro caso na Grande Vitória, da
Escola Francelina Carneiro Setúbal, em Vila Velha,
que teve um trabalho selecionado em que os alunos
desenvolveram um programa para a merenda, que
agora tem senha e ficha. Eles desenvolveram um
aplicativo que elimina quase todos esses problemas e
rapidamente, por via eletrônica, dá para se fazer isso.
E estão com o mesmo problema de vocês, não têm
dinheiro para viajar a Uberlândia. O Estado precisa
ser sensível a isso. Se está preocupado realmente com
qualidade de educação, é impossível que não...
Mais uma vez parabenizo muito vocês pelo
trabalho e espero que não desanimem.
Já visitei setenta e nove escolas em quarenta
e um municípios até agora. A situação de muitas
escolas é muito ruim, e o professor está
desestimulado porque não vislumbra que essa
situação vá melhorar ano que vem ou no outro, algo
de expectativa da melhora que está por vir, não tem
isso. E, muitas vezes, ainda leva um banho de água
fria quando pede mera ajuda para demonstrar aquilo
que está sendo realizado.
Mas que vocês não desanimem. Disse, na
última vez em que estive na escola, que estou à
disposição para auxiliá-los e ajuda-los naquilo que
for possível.
Parabéns a toda a Escola São Luís! Um
grande abraço para toda a comunidade escolar do
local, aos demais alunos, professores e funcionários!
Parabéns! O trabalho de vocês é dignificante, eleva o
nome da educação, demonstra para a sociedade o
quanto é possível fazer se o governo investir mais na
educação e tiver outro olhar, que não o de cortar
verbas, demitir professor ou pressioná-lo, mas de
investir verdadeiramente na educação. Como disse
anteriormente, imagino o que vocês seriam capazes
de produzir, alunos e professores, caso tivessem
verba efetiva. Muito obrigado!
Senhor Deputado Nunes, gostaria de usar a
palavra?
O SR. NUNES – (PT) – Mais uma vez
parabenizo o Presidente da Comissão, amigo e
colega, Deputado Sergio Majeski, por essa iniciativa
de convidá-los a fazer essa apresentação.
Infelizmente, não tive oportunidade de ver a
apresentação, estava com outra agenda, mas, no
finalzinho, deu para perceber o grande trabalho que
vocês desenvolvem na escola.
Senhor Deputado Sergio Majeski e
professores Henrique e Karine, além do pedido que
vocês fizeram à Secretaria de Educação, que os
membros da nossa Comissão pudessem reforçar esse
pedido via secretário de Ciência e Tecnologia,
secretário da Casa Civil e secretário de Educação, e
fazer um ofício conjunto para reforçarmos esse
pedido. Acho de grande importância o nosso Estado,
através da escola de vocês, ser representado em
Uberlândia.
Peço ao nosso presidente que encaminhe esse
ofício reforçando o pedido de vocês. Pelo que
percebemos, vocês já fizeram esse pedido à
Secretaria de Educação. Simplesmente, reforçaríamos
através de três... Fazermos através da Comissão
também, deputado. Que fizéssemos juntos e, aí sim,
justificaríamos.
Peço aos servidores da nossa Comissão que
façam uma justificativa com bastantes elementos que
pudessem garantir a participação de vocês. No que
depender de nós, tenho convicção de que faremos.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Precisamos deliberar isso.
Voto pela aprovação do encaminhamento feito pelo
Senhor Deputado Nunes, que, conforme
encaminhamento, também vota pela deliberação.
O SR. NUNES - (PT) – Voto pela
aprovação.
60 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Vamos encaminhar, então.
Vou tentar falar hoje com a presidente da Comissão
de Educação para saber de S. Ex.ª se une a nós nessa
situação.
A Secretaria de Ciência e Tecnologia,
segundo Alexandre me falou, chegou a dar uma parte
da verba, não foi?
O SR. ALEXANDRE PORTES RIBEIRO
– Porque tem um edital do Fapes que tem
participação em eventos. Então, tivemos dois projetos
aprovados, só que cinquenta por cento dos valores,
que, geralmente, são de mil e duzentos por aluno,
aprovaram seiscentos por aluno. Achei até louvável,
porque pudemos levar mais projetos, só que não dá. É
metade daquilo que precisamos.
O SR. NUNES - (PT) – Tem que fazer
mágica, não é?
O SR. ALEXANDRE PORTES RIBEIRO
– Já fizemos muito ali.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Muito obrigado, mais uma
vez, a todos vocês. Obrigado aos alunos e parabéns
pelo trabalho.
A professora gostaria de falar alguma coisa?
Mais algum aluno gostaria de dizer alguma coisa?
A palavra está franqueada, caso queiram.
Alexandre, mais alguma consideração?
O SR. ALEXANDRE PORTES RIBEIRO
– Só gostaria de agradecer a esta Comissão por esta
oportunidade.
Não é fácil para nós... Não conseguimos
chegar para falar nem com os nossos superiores, e V.
Ex.as
nos dão essa oportunidade. Além dos apelos que
fizemos, temos que agradecer a oportunidade de mais
uma vez podermos mostrar o nosso trabalho.
E gostaria de reiterar uma coisa: é que, às
vezes, as pessoas pensam: Ah, o professor faz e
coloca os alunos. Olhem, não sei nem ligar isso aí,
tá? Então, tudo isso é feito por eles mesmos; eu ajudo
na pesquisa, no incentivo, no apoio, mas da questão
manual de fazer aqueles projetos, pouco entendo
mesmo.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Agradeço ao Alexandre; à
Karine; aos alunos; à Escola de São Luís.
Mais uma vez, um abraço à diretora Corina
Delboni e a todos os professores, alunos e
funcionários daquela escola. Um abraço para Santa
Maria de Jetibá inteira, minha queridíssima terra
natal. Estamos aqui à disposição e vamos trabalhar
juntos no sentido de conseguir essa verba que
necessitam.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h29min.
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA,
GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS. DÉCIMA NONA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 06
DE OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da décima-primeira reunião ordinária,
realizada em 16 de junho de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Ata aprovada como lida.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS RELATORES:
Projeto de Lei n.º 99/2015 Autor: Senhor Deputado Doutor Hércules
Ementa: Dispõe sobre o tempo máximo de
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 61
espera para atendimento nas lojas operadoras
de telefonia fixa e celular e dá outras
providências.
Relator: Senhor Deputado Nunes
Prazo do Relator: 13/10/2015
Prazo da Comissão: 20/10/2015
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Nunes.
O SR. NUNES – (PT) – Senhor Presidente,
continuarei me prevalecendo do prazo regimental
para oferecer parecer.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – É regimental.
Passamos às Comunicações.
Agradeço a presença do senhor Temístocles
Alves Rocha, secretário de Ciências, Tecnologia,
Inovação, Educação Profissional e Trabalho, para
explanar sobre a Semana de Ciências, Tecnologia e
Inovação de São Mateus e região Norte do estado.
Agradeço também a presença do Keydson
Quaresma Gomes, vice-prefeito de São Mateus.
Muito nos honra sua presença em nossa Comissão.
De antemão, já me desculpo por não ter estado
presente na Semana de Ciências e Tecnologia, pois já
tínhamos agenda marcada na ocasião e realmente não
foi possível. Mas com certeza nas próximas
estaremos presentes.
Concedo a palavra ao Temístocles Alves
Rocha.
O SR. TEMÍSTOCLES ALVES ROCHA
– Boa-tarde, Senhor Presidente Sergio Majeski.
Desde já agradecemos o convite para participarmos
desta Comissão de Ciência e Tecnologia do Estado.
Cumprimento o Senhor Deputado Nunes. É uma
alegria rever V. Ex.ª e reencontrá-lo nesta Comissão.
Estamos demasiadamente felizes por um
trabalho que vem sendo desempenhado no governo
do atual prefeito, nosso querido Amadeu Boroto, e
por toda sua equipe de governo, no que diz respeito
ao desenvolvimento regional. Dentre os eixos
trabalhados nesta Secretaria de Ciências, Tecnologia,
Inovação, Educação Profissional e Trabalho, que é o
tema da nossa Secretaria e leva seu nome em São
Mateus, acredito que talvez seja um dos poucos
municípios, senão o único, que tenha uma secretaria
voltada a essa temática, vinda agora no segundo
mandato do prefeito Amadeu, um dos eixos que
colocamos como base de trabalho é a popularização
da ciência.
Nosso vice-prefeito que se encontra presente
falará depois dos demais eixos, mas como
professores e como professor que sou, começamos a
trabalhar um novo momento no município, que é a
educação tecnológica e de base por meio da SME,
Secretaria Municipal de Educação, ou seja, com
escolas, consequentemente avançando no nível médio
técnico e também chegando à graduação e pós-
graduação, formando um polo educacional que
somos. Tirando a Grande Vitória, talvez sejamos o
maior polo do estado, com a presença do Ceunes, que
representa a Ufes, o Instituto Federal e três
instituições de grande porte na área de ensino
privado, fora o ensino técnico e médio.
Desde 2013 desenvolvemos, em parceria com
o Governo do Estado e do Governo Federal, por meio
do Ministério da Ciência e Tecnologia, as nossas
Semanas de Ciências e Tecnologia de São Mateus,
com algo interessante: Envolvendo a região Norte,
até fruto do Prodnorte, que é o consórcio de prefeito
do norte do estado. Então, temos essa afinidade com
os demais municípios e São Mateus, todo ano, de
2013 para cá, realizamos agora a terceira edição,
temos tido oportunidade de congregar e agregar os
municípios e trabalharmos a popularização da
ciência. Temos visto um resultado bastante profícuo,
inclusive chegando agora na terceira edição este ano,,
que é o Ano Internacional da Luz, com o tema Luz,
Ciência e Vida. Estamos trabalhando. Já tivemos a
questão do esporte, a questão social, e neste ano a
temática nacional é Luz, Ciência e Vida.
Semana passada, de 15 a 17 de setembro,
realizamos um evento com mais de cinquenta
atividades. Em três dias o município discutiu ciência,
discutiu como é feito o desenvolvimento regional,
principalmente em nosso município. Tivemos o apoio
das instituições de ensino, como já dito; do setor
empresarial, muito importante nessa conexão; e da
própria ação governamental. Conseguimos realizar
essa nossa III Semana da Ciência, Tecnologia e
Inovação, tendo atividades voltadas para a jornada de
extensão da universidade federal; olimpíadas voltadas
para as áreas de cursos técnicos; tivemos maratonas
de oficinas com o Sebrae/ES. As atividades que mais
nos empolgam é ver os alunos dos distritos levando
seus trabalhos, seus protótipos para dentro da Semana
e ali explicando com muita galhardia, e acima de
tudo, com muita propriedade de conhecimento e com
a perspectiva de estarem em outro momento, que é a
Semana Nacional que acontece aqui no Estado ou em
outros ambientes. Estamos dando sequência
principalmente no que diz respeito à formação dos
professores. Desde a primeira semana realizada,
alguns frutos surgiram, que é um treinamento
específico, um formato de episódio de circuito de
preparação para participação das escolas municipais.
Os cursos de Engenharia Mecânica e Civil também se
preparam ao longo do ano para estarem na Semana.
Acho que estamos conseguindo fazer o dever
de casa que é motivar as instituições a desenvolverem
ciência, tecnologia e inovação em São Mateus.
Tivemos três dias de felizes atividades,
atividades bem exitosas, enfim, estamos nos
preparando para o próximo ano. É uma semente que
foi plantada e vimos, com muita tranquilidade, o
desenvolvimento.
Este ano, por exemplo, tivemos um excesso
62 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
positivo de trabalho de graduação e pós-graduação,
em defesa, trabalho de mestrado.
A Semana tem um mix de atividades e cada
segmento tem sua gestão. E o nosso papel como
município e com as parcerias, tanto de Estado e de
governo federal, é criar o espaço. E isso o município
tem feito, o seu dever de casa, que é criar um espaço
positivo, onde se discute durante três dias... Mas, na
realidade, esses três dias são o ápice porque, na
realidade, já vimos discutindo desde o início do ano,
os alunos se preparam, as escolas se preparam, de tal
forma que nossa responsabilidade, cada vez mais,
vem aumentando.
Ficamos felizes em estar prestando esse
depoimento para a Comissão de Ciência e Tecnologia
aqui da nesta Casa, a nossa Assembleia Legislativa,
nesta Comissão. Consideramo-nos muito honrados
em receber o convite e estarmos aqui apresentando
para toda a sociedade capixaba o que tem sido
realizado em São Mateus.
Certamente nosso vice-prefeito estará
complementando sobre nosso sistema que é também
um apoio fundamental que vem do Executivo, não é
uma secretaria que existe por existir. Na realidade,
temos ali uma secretaria que tem o apoio irrestrito do
executivo e também da Casa de Leis de São Mateus,
a nossa Câmara de Vereadores, em que toda primeira
semana de setembro discute-se ciência e tecnologia.
Isso está bem amarrado, está bem
interessante o processo de desenvolvimento, a
discussão científico-tecnológica no município de São
Mateus, contando com o apoio do Estado, com o
apoio do governo federal, que tem sido de grande
importância, bem como do setor empresarial.
Colocamos que há uma conexão, começamos, hoje,
com o que é desenvolvido, a vislumbrar, a ter uma
projeção para atender a demanda, por exemplo, que
São Mateus já está tendo como polo automotivo,
portuário, petróleo, enfim. Estamos nos preparando
para isso, para ter a nossa capital intelectual ali, em
nosso município e região, tendo uma região norte
cada vez mais desenvolvida, fazendo o Estado do
Espírito Santo crescer com o apoio de todos.
O SR. PRESIDENTE – (SÉRGIO
MAJESKI – PSDB) – o senhor Keydson Quaresma
Gomes, vice-prefeito, gostaria de complementar a
fala do secretário Temístocles Alves Rocha? (Pausa)
O SR. KEYDSON QUARESMA GOMES
– Cumprimento o Presidente Sergio Majeski, o
Senhor Deputado Nunes e demais presentes.
Externo também nossa alegria em participar
desta audiência nesta Comissão. Minha
complementação é muito pequena porque o nosso
secretário, acho, já falou tudo, não deixou nada para
eu falar. Mas gostaria só de lembrar que existe uma
responsabilidade muito grande do próprio município,
e falo isso quando assumimos essa gestão quando
visualizamos um ambiente em São Mateus que
precisávamos aproveitar.
Conforme foi falado, temos um polo
educacional muito grande em todos os níveis: na
educação fundamental, na educação técnica, no
ensino de graduação. E o município não podia ficar
de fora desse ambiente, considerando também que
tínhamos uma projeção da chegada de algumas
indústrias na nossa cidade, como é de conhecimento
de várias pessoas no estado. E a ideia do município
era criar um ambiente para que pudéssemos fazer
essa integração entre empresa e escola, e pensando
em tecnologia, em parques tecnológicos.
Não tem como pensar em parque tecnológico
e em inovação se você não separar um ambiente, um
setor para fazer isso. Acho que foi acertada essa
decisão tomada com o prefeito Amadeu Boroto, que
decidiu naquele momento... Acho que até gera um
receio quando se olha e pensa: Não existe nenhum
município no estado Espírito Santo com uma
secretaria voltada exatamente para esse assunto.
Então, surgiu aquele receio. Mas, pensando em
resultados ele tomou essa decisão e, com toda
certeza, hoje, os frutos que estamos obtendo... Hoje,
ninguém fala... O que pensamos agora é em expandir
isso aí porque as universidades, as escolas, todo
mundo entende a importância que tem essa secretaria.
Já foi falado aqui da Semana Tecnológica. A
Câmara Municipal aprovou o projeto de lei que
determina que toda primeira semana de setembro, de
todos os anos, discute-se na cidade, em todas as
escolas, ciência, tecnologia e inovação. Isso tem
trazido um ganho tão grande que, como São Mateus é
uma cidade de interior, tem muitos distritos, há
lugares que não têm internet ainda, mas ao visitar as
escolas percebe-se que os alunos estão se preparando
e há ansiedade de que chegue aquele momento para
apresentarem seus trabalhos.
Tivemos a oportunidade nesta semana deste
ano de trazer uma inovação tecnológica, um
aplicativo em que as pessoas visitam os trabalhos e
podem votar pelo telefone celular. E nesses distritos
que não têm internet e que as crianças não têm o
menor contato com a internet, disponibilizamos
aparelhos, terminais para que voltassem nos projetos
que achassem interessantes. É uma coisa que virou
uma febre. Estamos preocupados em saber o que
faremos no próximo ano porque isso tem sido
entendido pelas empresas que começaram apoiar... A
grade curricular de alguns setores também começou a
mudar até para atender as empresas que estão
chegando à nossa cidade. Então, acho que estamos
ganhando, com toda certeza, com isso.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) - Muito obrigado.
Interessamo-nos muito quando soubemos da
feira e, mais ainda, pelo fato de uma coisa que você
pontuou: é muito difícil uma prefeitura aqui no
estado que tenha uma Secretaria de Ciência e
Tecnologia.
Provavelmente, se São Mateus não for o
único município a ter uma Secretaria de Ciência e
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 63
Tecnologia, é um dos únicos. Pelo menos desconheço
algum outro. Isso é muito bom. É bom sabermos e é
bom trazê-los a esta Casa. A sessão é transmitida ao
vivo e a sociedade precisa conhecer isso e também,
quem sabe, estimular outras prefeituras a investir
nisso.
E não é por ser da área de Educação que
afirmo que não existe ciência e tecnologia sem uma
base educacional muito boa. Não tem como se pensar
pesquisa, tecnologia porque essas coisas têm que
caminhar juntas, precisam estar acopladas.
Você disse que nessa semana da ciência,
tecnologia e inovação participam também pessoas de
curso superior, também de trabalho de graduação, de
pós-graduação; foi isso que você disse.
Temos um problema, hoje, e isso é visível no
País, ou seja, vemos que, por exemplo, estão saindo
agora os prêmios Nobel e nunca no Brasil ganhamos
um prêmio Nobel de nada. Até a Argentina já
ganhou. Se não me engano, a Argentina tem dois ou
três, alguma coisa assim. A Índia já foi agraciada
com quatro ou cinco, enfim e o Brasil nunca. Não
chegamos perto porque temos uma base educacional
muito ruim e porque não se investe efetivamente em
pesquisa e tecnologia. Não se formam pesquisadores
e cientistas sem um investimento; isso é fundamental.
Uma coisa que seria importante é o incentivo
à pesquisa desde a mais tenra idade. Então, ainda
quando a criança está se alfabetizando, que fosse
estimulada à pesquisa. Mas é uma preparação que
falta ao professor também. Temos um problema do
próprio currículo, da estrutura educacional existente e
falta essa formação ao professor de que ele incentive
à pesquisa, à curiosidade do aluno porque isso é
fundamental.
Não sei se em São Mateus vocês já pensam
sob essa ótica, mas há a necessidade de se incentivar
cursos de formação continuada para os professores –
no caso da prefeitura, é o Ensino Fundamental e que
deveria ser continuado pelo estado com o Ensino
Médio.
Outra coisa que temos que pensar para além
da questão de que é necessário que o professor tenha
essa formação e que a pesquisa seja estimulada
sempre, a iniciação científica é fundamental. Então,
imaginem que, no Brasil, vamos fazer - quando se faz
iniciação científica – no curso superior,
desconhecemos no Brasil iniciação científica no
Ensino Fundamental ou no Ensino Médio. Se uma
criança ou adolescente passou a vida inteira sem
aprender a pesquisar de verdade, a lidar com a
iniciação científica, quando chega à universidade,
você terá que ensinar isso porque ele vai chegar sem
essa base e a forma da pesquisa, aí entram dois
fatores: a formação do professor e as condições da
escola. Por quê? Quando se incentiva à iniciação
científica, quer dizer, o professor tem que estar
preparado para isso. Existem pesquisas, como eu
posso dizer para um aluno assim: vocês vão para casa
pesquisar o significado da palavra x ou vocês vão
pesquisar na casa de vocês o que aconteceu de mais
importante no século XX. Claro que isso é pesquisa
também, mas estou falando de algo mais elaborado,
que vai necessitar de uma leitura mais atenciosa ou
trabalhos práticos ou trabalhos de laboratório, enfim,
coisas mais palpáveis.
É muito importante que saibamos dessas
iniciativas, como as de São Mateus, e saber que vocês
têm uma secretaria. Estivemos em São Mateus
algumas vezes, visitei algumas escolas do Estado,
visitei três escolas do Estado. Realizamos ali uma
audiência pública na época em que estávamos
debatendo a questão de Escola Viva. Até o secretário
de Educação do município esteve presente e foi uma
boa contribuição a presença dele. E São Mateus é um
município muito próspero, é visível como São
Mateus tem crescido, como uma cidade moderna e é
visível também o quanto São Mateus tem toda a
possibilidade de continuar um processo de
desenvolvimento muito significativo por uma
infinidade de fatores que vão desde a localização
geográfica, passando pelas condições físicas do
município, a questão de estrutura de transporte por
ser cortada por umas das principais rodovias do País,
por ter um acesso relativamente fácil a portos. Tem
ainda, para além do potencial de desenvolvimento em
áreas como a indústria e o comércio, o potencial
turístico também, já que é uma cidade fantástica!
Assim, investir hoje no conhecimento, na pesquisa,
na ciência e na tecnologia é fundamental para todos.
Não interessa para qual área ou para qual município,
não podemos prescindir disso. Já chegamos a um
ponto em que, praticamente, nenhum setor
econômico pode prescindir da ciência e da tecnologia
de alguma forma.
Vocês, em São Mateus, estão de parabéns por
desenvolver esse apoio à ciência e à tecnologia e que
isso seja também um exemplo para os demais
municípios.
Estamos agora em uma situação de que,
provavelmente, o Senhor Deputado Nunes também
falará que é a questão hídrica no nosso Estado e no
País. Nesse ponto, é claro, precisamos pensar na
tecnologia, mas que esteja a serviço do homem, do
meio ambiente, da cultura e do progresso da
humanidade. Quando fazemos um equilíbrio entre
uma coisa e outra, podemos avançar bastante. É isso.
A palavra está franqueada aos Senhores
Deputados que dela desejarem fazer uso.
O SR. NUNES – (PT) – Senhor Presidente,
pela ordem! Peço a palavra.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Nunes.
O SR. NUNES – (PT) – Senhor Presidente e
senhores membros da Comissão, primeiro parabenizo
o Senhor Deputado Sergio Majeski, mais uma vez,
por ter convidado tanto o nosso secretário, quanto o
64 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
nosso vice-prefeito para estarem nesta reunião
falando de algo que nos interessa muito.
Na semana passada, salvo engano, acho que
foi na nossa última reunião, o nosso presidente
convidou o pessoal de Santa Maria de Jetibá para
também conversar um pouco sobre isso, mas claro,
com um tema diferente, para falar um pouco sobre
robótica, o que é algo bastante interessante e que
deve estar na Ordem do Dia.
Desse modo, queria falar um pouco sobre
isso. Talvez, por força do destino, São Mateus seja o
único Município que tem uma Secretaria que discute
especificamente esse tema de ciência, tecnologia e
inovação, talvez, isso force um pouco mais e dê um
pouco mais de responsabilidade ao município em um
tema que muito nos preocupa.
Por exemplo: há um tempo foi criado no rio
Cricaré um processo de dessalinização de sua água,
até por conta da quantidade de água do mar que
entrava naquele rio. Naquela época, várias doenças
aconteciam e, por conta disso, salvo engano, acho
que a Funasa trouxe para o Estado essa experiência
para resolver um problema que naquele momento
estava muito grave.
Ocorre que recentemente tivemos também
notícias sobre isso que o rio Cricaré, pelo fato de suas
águas estarem muito baixas, a água do mar tem
tomado o rio e transformado aquela água doce em
água salobra. Como esse é um tema relacionado à
ciência, tecnologia e inovação, acho que inicia um
processo de hoje em diante, de debate no Município
para encontrar mecanismos até que possam baratear
esse sistema que, sem sombra de dúvidas, será uma
alternativa no futuro. Estamos com um problema
muito grave no nosso Estado. Hoje, foi decretada em
nove cidades a proibição de fazer irrigação por conta
da falta de água. Imaginem que daqui a um tempo, se
não tivermos esse cuidado e não pensarmos em
alternativas – e nesse ponto acho que a Secretaria de
Ciência e Tecnologia e Inovação de São Mateus, e
não só a nossa Secretaria de Estado, da qual o
Guerino Balestrassi é nosso secretário, começa a ter
esse tipo de preocupação também.
Tivemos uma audiência pública na
Assembleia Legislativa para discutir este tema da
dessalinização. Inclusive, convidamos o professor
Kleper, que tem uma experiência muito grande em
Fernando de Noronha. Precisamos fazer este trabalho
de convencimento.
Virou lei, por conta da emenda que
apresentamos. Incluímos no item 7 do art. 46 do
inciso II, da alínea c, do Capítulo VII, uma redação
que apoia projetos e pesquisas nas áreas de
purificação e dessalinização de águas salobras e
salinas. Já está garantido na LDO e quem sabe os
senhores já comecem a trabalhar esta parceria no
município de São Mateus, com a Secretaria de
Ciência e Tecnologia do Estado, por conta desta
questão do Rio Cricaré, para ser algo inovador.
Em Guarapari, temos outro tipo de problema,
porque lá é falta de água. Não é o mesmo problema
dos senhores. O problema dos senhores é a água
salobra do mar entrando no Rio Cricaré.
Parabenizo tanto o secretário quanto o
governo municipal por esta iniciativa. Estão no
caminho certo. Não tenho dúvida de que os outros
municípios também, daqui a um pouquinho, terão que
discutir este tema, porque é crucial para o nosso
futuro. Então, quero parabenizá-lo mais uma vez e
parabenizar o nosso presidente por ter convidado os
senhores para falarem um pouquinho sobre esse
tema. Obrigado.
O SR. KEYDSON QUARESMA GOMES
– Em relação ao problema da água, queremos lembrar
que foi uma maneira de motivar os próprios alunos.
O município cuida mais do ensino fundamental e o
nosso objetivo é que exista essa motivação dos
alunos para trabalharem na área de ciência. Uma
coisa que percebemos, em vários trabalhos, inclusive
trabalhos premiados, foi a preocupação com a água.
Eles criaram sistemas para aproveitamento de água,
sistemas para economia de água. Então, ficamos
muito motivados, porque isso está afetando todas as
pessoas. Então é uma coisa que se discute muito lá.
Pelo fato de termos a universidade presente,
o ensino superior público e também o privado, temos
hoje vários bolsistas do ensino fundamental que
trabalham junto com professores da universidade,
nesta conexão dos programas Pibic, Pibid. Inclusive
existe financiamento da própria Fapes do Estado.
O que estamos querendo? Criamos em São
Mateus, o que foi aprovado na Câmara, um sistema
que chamamos de sistema município de ciência e
tecnologia. Esse sistema municipal, dentro dos
termos deste projeto de lei, agrega todas as
instituições. Ele também cria uma comissão
municipal de ciência e tecnologia que envolve as
universidades e as empresas para fazer esse tipo de
discussão. A partir daí, foi criado o fundo municipal.
Hoje todos os municípios estão com escassez
de recurso, mas, se não tivermos fé que as coisas
passarão e que poderemos fazer investimentos, não
podemos estar no governo.
Então, também criamos um fundo municipal.
As empresas também entenderam que seria
interessante participar para ver se também
complementamos. É claro que não temos essa
estrutura de Estado, de Governo Federal, mas é um
incentivo. Queremos que o ensino fundamental possa
também ter certo amparo, até para essa questão da
capacitação de professores, formação de professores.
Lembrando uma das palavras do Presidente
Sergio Majeski, temos uma dificuldade, que acho
muito grande, não só em São Mateus, no Estado, mas
acho que no Brasil. É que nas escolas temos uma
identificação dos professores muito pequena.
Antigamente, tínhamos professores que se
aposentavam na escola.
Hoje, temos uma rotatividade muito grande.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 65
Devido à dificuldade de recursos, de receitas,
contratam professores temporários e quando chegam
ao final do ano esses professores saem, depois são
recontratados, mas já saem daquela escola e vão para
outra. Não tem essa identificação, não dá para iniciar
nenhum tipo de projeto hoje com os alunos e ir
passando de série por série trabalhando aquele aluno
nesse projeto. Acho que é um problema educacional
que o País precisa repensar melhor, para tentarmos
corrigir isso. Dessa maneira, acredito que os
municípios ganharão muito, porque o futuro é a
ciência, a tecnologia e a inovação.
O SR. TEMÍSTOCLES ALVES ROCHA
– Só complementando, Senhor Deputado. Acho que o
Keydson se esqueceu de falar que temos...
O SR. PRESIDENTE – (NUNES-PT) – Por isso que é bom virem em dois.
O SR. TEMÍSTOCLES ALVES ROCHA
– Exato. E ganha mais tempo, não é, Deputado?
Mas na realidade, dentro do que o Keydson
falou, na questão do sistema da Lei 1499/2015,
também criamos uma zona de inovação tecnológica
no município. Não é, vice- prefeito? Por lei, porque
foi aprovado e, então, de fato e de direito somos um
parque tecnológico. São Mateus hoje é um parque
tecnológico, amparado pelo Fundo criado por esse
sistema, amparado pelo Conselho. Como o vice-
prefeito falou, temos as instituições de ensino, as
representações das empresas, a Assenor, que
representa a Associação dos Empresários do Litoral
Norte capixaba, a comunidade em geral. Então,
temos uma organização. Essa lei foi criada este ano.
E, de fato, de direito, somos um parque tecnológico.
Pensando no que o Presidente falou, estamos
criando uma ambiência, que cada instituição de
ensino dessas é um parque, o seu laboratório.
Temos instituições em que, às vezes, o
laboratório fica ocioso durante o dia. E o professor, o
orientador, de repente precisa de uma ajuda, de uma
bolsa. Esse Fundo pode nos ajudar com as parcerias
e, consequentemente, teremos ações sendo
desenvolvidas, com a parceria do Governo do Estado.
Já foi citado aqui, pelo secretário Estadual
Guerino Balestrassi, que São Mateus também foi
agraciado com um processo de uma incubadora com
o apoio do Governo do Estado. Já recebemos essa
ajuda e estamos trabalhando agora para a efetivação
desse processo.
Enfim, temos um dever de casa muito grande
para ser feito, mas acreditamos em dias melhores. É
na crise que descobrimos as oportunidades de futuros
mais exitosos.
Temos, por exemplo, uma parceria muito
forte com a Fundação Parque Tecnológico Itaipu.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Fundação Parque
Tecnológico Itaipu participou em São Mateus da
nossa Semana de Ciência e Tecnologia.
Domingo agora, estarei levando dois ônibus
do Estado com alunos de instituições privadas e
públicas: Ifes, Ufes e instituições privadas, inclusive
do Governo do Estado, do nível médio. Levarei
alunos de Boa Esperança, Pinheiros, São Mateus e
Vitória, com a companhia de outro colega professor,
para o maior evento de Robótica e computação livre
da América Latina, que acontece dentro das
dependências de Itaipu. Na terça-feira, fruto dessa
parceria, temos três professores do Estado, Deputado
Nunes, que participarão deste evento por conta da
Fundação Parque Tecnológico.
Escutei de um professor um testemunho. Ele
disse: Rapaz, nunca imaginei que pudesse sair do
Estado para representar meu município e o Estado. E
hoje, temos três professores do município que estarão
lá, na linha de Robótica, conhecendo novos
ambientes, tendo contato com o pessoal da Google,
Firefox, enfim, uma convivência internacional. E os
nossos alunos, pelo quinto ano consecutivo, estão
participando desse processo. Agradecemos muito a
oportunidade, temos o pé no chão de que tem muita
coisa a ser desenvolvida, mas só cresce aquilo que se
plantou. A árvore dá fruto porque antes foi plantada;
era semente, depois vira uma estrutura até produzir
bastantes frutos, e frutos exitosos, que depois se
multiplicam e transformam nosso estado.
Agradecemos muito a oportunidade, ao
Presidente Sergio Majeski, aos Senhores Deputado
Nunes, Marcos Mansur, que também fazem parte
desta Comissão, em nome do governo local do nosso
prefeito Amadeu Boroto e de toda a equipe de
secretários e do vice-prefeito que fez questão de nos
acompanhar, atendeu ao nosso convite de estar
presente nesta reunião. Colocamo-nos à disposição
em São Mateus.
O SR. PRESIDENTE –(SERGIO
MAJESKI-PSDB) - Muito obrigado. Nós que
agradecemos muito a presença de V.S.ªs e a boa
vontade.
Parabéns mais uma vez ao município de São
Mateus por iniciativas como essa.
Disse antes que espero que sirvam de
exemplos para outros municípios, mas que também
sirva de exemplo esse incentivo de levar para mostrar
em outros estados o que V. S.as
fazem aqui; que sirva
de exemplo para o governo do estado.
Estamos com um problema: têm escolas que
estiveram nesta Comissão semana passada para falar
sobre a Robótica Educacional que os alunos
desenvolvem sem apoio algum do Estado. É a escola
que desenvolve. Essa escola a que me refiro é a
Escola São Luís, em Santa Maria de Jetibá, e a escola
Francelino Setúbal.
Tem também uma escola que está com
problemas, de um município do norte, não me lembro
qual, e de Pedro Canário também. Estão com
problema porque tiveram o trabalho selecionado em
mostras nacionais, mas não têm dinheiro para ir. Isso
para representar o nome do estado; não é
representação do nome da escola. E, mesmo assim, o
66 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
pedido de auxílio deles foi negado pela Secretaria de
Educação. É lastimável!
Pedimos agora ao Líder do Governo para que
sensibilize o governo para ver se eles conseguem ir.
E é um dinheiro pequeno, sete ou oito mil reais. Não
estamos falando de oitenta, noventa ou cem mil reais.
Então, que isso sirva de exemplo para o próprio
governo do estado para incentivar mais a ciência e a
tecnologia nas escolas também.
Leve nosso abraço, nosso apreço, ao prefeito
Amadeu Boroto, que tem feito um bom trabalho em
São Mateus; à Câmara de vereadores; aos demais
secretários; e a todo o povo de São Mateus.
Obrigado, Senhor Keidson Quaresma Gomes,
vice-prefeito, por ter vindo. Foi muito esclarecedor.
Estamos nesta Casa para trabalhar em parceria. Nossa
Comissão e nosso gabinete estão à disposição para
aquilo que pudermos contribuir com o trabalho do
município vibrante de São Mateus; terra tão bonita,
de um povo tão acolhedor.
Antes, rapidamente deliberaremos o convite
da diretora Maria Júlia Alledi de Campos, para
explanar sobre a 4.ª Semana de Ciência e Tecnologia
e Inovação Social da Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Aristeu Aguiar, do Município
de Alegre, no dia 03 de novembro de 2015, na
reunião desta Comissão.
Em votação a solicitação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. NUNES –(PT) - Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE –(SERGIO
MAJESKI -PSDB) - A Presidência vota pela
aprovação.
Está deliberado o convite à diretora da escola
EEEFM Aristeu Aguiar, de Alegre.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h22min.
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA,
GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS. VIGÉSIMA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 20
DE OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) - Havendo número legal,
declaro abertos os trabalhos desta Comissão.
Suprimiremos a leitura da ata e passaremos à
deliberação do convite ao senhor Wagner Fafá
Borges, presidente do Instituto Brasileiro dos
Inventores, que irá explanar sobre o tema
Criatividade e inovação: um caminho para superar a
crise.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado Bruno
Lamas?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Acompanho. Sendo assim,
está aprovado.
Passamos à fase das Comunicações, para
ouvirmos o senhor Wagner Fafá Borges, presidente
do Instituto Brasileiro da Inovação, para explanar
sobre o tema Criatividade e Inovação: Um caminho
para superar a crise.
O senhor Wagner é graduado em Economia
pela Universidade Federal do Espírito Santo, pós-
graduado em Informação Tecnológica pela
Universidade Federal de Santa Catarina, sócio da
Cendi, Centro de Desenvolvimento da Informação.
No Brasil, presta consultoria para a ABC Tecnologia,
Arcelor Mittal, Automática Tecnologia, Banestes,
Elkem, Findes, Lorenge, Refrigerantes Coroa,
TecVitória, Unimed/ES, dentro outras, atuando
também na Europa, na América do Norte, na Ásia e
na África. Credenciado como agente da propriedade
industrial pelo Inpi, Instituto Nacional de Propriedade
Industrial. Tem um currículo longo. É conselheiro do
sistema Findes, no setor de Ciência e Tecnologia,
idealizador e realizador da Semana Nacional da
Economia Criativa, realizada em Vitória desde
setembro 2012 com participantes de todo brasil.
Agradecemos muito sua presença, Wagner,
para falar de um assunto tão importante para a
sociedade como um todo. É importante para nós,
como legisladores. A palavra é toda sua.
O SR. WAGNER JOSÉ FAFÁ BORGES –
Boa-tarde, Senhores Deputados Sergio Majeski e
Bruno Lamas. É com grande satisfação que retorno a
esta Casa para abordar a temática Ciência,
Tecnologia, Inovação e Economia Criativa. Não
poderia deixar de citar, antes de começar essa fala, o
evento de que participei agora em setembro, que foi a
Semana Municipal de Ciência e Tecnologia de Santa
Maria de Jetibá, que é a vovó da inovação no Estado.
É o evento que realmente reúne toda a comunidade,
com a professora Selma, e faz um evento fora de
série. É exemplo porque o pessoal busca as crianças
no interior, fazem questão de manter a linguagem da
sua terra e de fazer as apresentações. Lerei, pois tive
um problema recentemente e tenho que ter a cola.
Quanto à criatividade, recentemente fui
perguntado sobre o que é criatividade e como ela
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 67
surgiu. Acho que a criatividade é até bíblica, porque
Deus criou o mundo em sete dias. Logo após,
fazendo um passeio pela história, verificamos que o
próprio Noé utilizou a criatividade para criar a arca e
fazer aquela série de procedimentos.
Senhor Deputado, parabenizo V. Ex.ª por
estar nesta Comissão. Realmente sua visita à Semana
Municipal de Ciência e Tecnologia me deixou muito
sensibilizado. Ouvi os expositores e V. Ex.ª visitou
stand por stand. A criançada fica muito feliz quando
recebe essa visita. Não é nem por prêmio, mas por a
autoridade, pessoa que representa o município, visitar
esses stands.
Deixa-me voltar à leitura. Temos que
observar que, ao longo da história, sempre houve um
processo criativo. Toda vez que o processo criativo
funcionou houve mudança na humanidade: o fogo, a
roda, a imprensa. Sempre que havia essas
modificações a humanidade evoluía, dava um passo à
frente.
O nome economia criativa surgiu pela
primeira vez na Austrália, onde no início da década
de noventa houve um surto muito grande de
desemprego. Então, o pessoal precisava gerar
emprego e renda. Então, começaram a usar a
criatividade para subsistirem, para se manterem. No
final da década de noventa a Inglaterra, a Grã-
Bretanha, oficializou a temática economia criativa.
Existe uma teoria, que acredito ser verdade,
de que a economia criativa é o ciclo econômico do
terceiro milênio. Dentro da sua casa, você pode
produzir, criar e gerar renda para sua família. Hoje
considero a economia criativa até mais importante
que a inovação para superar essa crise que está
assolando nosso país e nosso mundo. Ao final da
palestra vou até explicar essa minha posição quanto à
inovação; como a inovação é perigosa, como a
inovação de ruptura é perigosa e acaba gerando
desemprego. Por incrível que pareça a inovação gera
desemprego. Quando você cria uma máquina que
substitui vinte homens, você está gerando vinte
pessoas que não terão como construir aquele produto.
Mas, sobre isso, falarei mais à frente.
Como a economia criativa pode ser utilizada?
Às vezes, estamos praticando economia criativa e não
sabemos. Na sua terra, por exemplo, quando se faz
uma festa da comunidade alemã, você envolve
produção de doces, produção de implementos
agrícolas, confecção, e isso é economia criativa. É
aquele pessoal que está produzindo aquilo e está
recebendo. Um desfile de escola de samba é
economia criativa pura.
Fala-se nos oito pontos da economia criativa:
arquitetura, designe, software... Sou meio contra isso.
Acho que a economia criativa é quando você pega a
pessoa que tem capacidade, que está criando alguma
coisa, desenvolvendo alguma coisa, e transformar
isso em renda, em dinheiro; gera alimento para sua
família.
Considerei até o próprio trabalho dos seus
estudantes, em Santa Maria, como economia criativa.
Um assunto que me deixou muito empolgado foi um
aluno que fez um sistema de geração de energia
elétrica a partir de magnetismo. E funcionou. Fiquei
com pena, porque dá aquela vontade de ajudar.
Aquela senhora que estava aqui, falava: Poxa, você
sempre que pode, vai. Sempre que posso eu ajudo,
porque sei a dificuldade que é um aluno estar
chegando, e não adianta colocar a culpa no poder
público, porque tem diversas coisas para fazer. Então
se viram, pegam máquina de vidro de carro, pegam
imã... E o menino conseguiu gerar energia elétrica a
partir do imã.
Ainda falando de economia criativa, quando
você cria um modelo, pega um produto local e faz
uma festa regional, joga o selo da sua comunidade
como, por exemplo, Doce de Santa Maria, ou
qualquer coisa significativa, isso é economia criativa.
Você dá uma roupa nova àquilo que já existe no
tradicional. Ou ainda, quando você projeta uma
escultura, uma obra diferenciada, isso é economia
criativa.
Por ser do interior, sou de Afonso Cláudio,
gosto muito da economia criativa partindo do chão.
Muitas vezes a pessoa fala: Criei um aplicativo. É
interessante o aplicativo, mas gerou quatro
desempregos! Ah, criei um software. Super legal!
Mas a economia criativa como vejo, é como falei, se
faz no chão, com inovação. Se a inovação não for
feita no chão, você não atinge o objetivo que é
satisfazer a comunidade.
Sobre a economia criativa, seria basicamente
isso. Acredito que a criatividade talvez seja o
caminho para que superemos essa crise econômica;
de repente, até essa crise hídrica.
Conversei, recentemente, com um rapaz no
interior de Afonso Cláudio e lhe disse que deveria
cercar a nascente, puxar água, plantar bananeira,
fazer isso, fazer aquilo. Isso é criatividade. Ou
quando uma criança começa a gerar uma termelétrica
dentro de casa, é economia criativa.
Observo: só com criatividade conseguimos
superar não somente crise hídrica, crise econômica
ou até crise moral, porque tudo que está acontecendo
hoje, em termos de meio ambiente, fomos nós que
criamos. Nossa criatividade gerou essa questão muito
ruim.
Moro aqui na Reta da Penha e me lembro de
quando era estrada de chão e tinha muito sapinho;
hoje acabou. A inovação, essa parte de tecnologia
que gerou o asfalto, que gerou aquele beneficiamento
todo, hoje gera o mosquito da dengue porque matou o
inimigo seu natural. Aí começam a fazer um monte
de pesquisas. Se formos a outras regiões no interior,
onde há um laguinho com sapos, com lavadeiras,
com os predadores naturais do mosquito, com certeza
o mosquito da dengue não existe.
Acredito que esses espaços tecnológicos, às
vezes, são muito agressivos e não observamos os seus
efeitos colaterais.
68 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Saindo da economia criativa, que acho ser o grande
guarda-chuva, parto para a área que mais me
empolga, mais me interessa, que é a invenção. A
invenção é quando criamos um fato novo, um efeito
tecnológico novo.
Existe uma frase que fala que a necessidade é a mãe
da invenção. O cara não inventou a roda porque
queria, mas porque estava com alguma dificuldade.
Então, parte-se do pressuposto que aquilo que já está
no mercado, está na humanidade deixou de ser
necessário. Perguntaram-me: Qual a grande invenção
da humanidade? A imprensa? A roda? Não. A grande
invenção da humanidade foi o vaso sanitário,
segundo pesquisa feita na Inglaterra. Rico, pobre,
índio... o vaso que resolve a questão de todos; é uma
questão de higiene.
A Peste Negra que assolou a idade média
ocorreu foi por falta de higiene. Então, surgiu um
problema, achou-se a solução. A única questão no meu
contraditório em relação à invenção é que as grandes
invenções, as grandes novidades surgiram nos períodos de
guerra: a catapulta; a flecha sendo substituída pela pólvora;
o raio laser... E se formos observar, recentemente, todas as
vezes que o houve um conflito mundial, surge tecnologia.
Na Segunda Guerra Mundial a Penicilina;
depois o computador; a própria internet surge no final
da década de 60. Tinha-se o medo muito grande que a
União Soviética bombardeasse a Casa Branca. Então,
toda informação que havia na Casa Branca mandava-
se para outro local. Ali foi a primeira experiência de
internet. Quer dizer, num momento de guerra.
A primeira Guerra do Golfo, quando a
internet se popularizou, foi quando se tomou
conhecimento que existiam veículos de comunicação
e podia-se conversar com o mundo.
Na segunda Guerra do Golfo, o videofone; e
por aí vai. Então, infelizmente, os grandes passos
tecnológicos da nossa humanidade ocorreram em
tempo de guerra. Hoje, já não se põe mais o piloto
para bombardear as vilas, põem os drones. O que é
um grande perigo porque os drones, às vezes, erram.
Volta e meia bombardeiam igrejas, matando civis.
Então, a invenção geralmente muda a
humanidade. Algumas tecnologias já foram
inventadas e não foram utilizadas ainda por questão
de mercado, por questão de egoísmo de mercado.
Observa-se a questão do CD. O CD player foi
inventado em 1978, mas ainda existia o toca fita, o
videocassete. Enquanto não esgotou o mercado esse
produto não foi lançado. Existem empresas,
laboratórios que costuma usar a própria invenção
para fechar mercado.
A questão do coquetel AZT, que era de
domínio da Bayer. Foi um ganho do Brasil. Na época
o ministro da Saúde, José Serra, quebrou a patente do
AZT e criou as patentes mundiais, de necessidade
mundial. Porque a Bayer estava simplesmente
fechando o mercado e colocando o preço que queria.
Hoje, a legislação brasileira diz que se você
não tem condição de produzir o que inventou, tem
que fazer uma licença compulsória. Isso é muito sério
porque, muitas vezes, tem soluções, mas o mercado é
cruel, não permite. Então, a questão da inovação e da
invenção é muito séria. A invenção é quando se tem
uma ideia e consegue colocá-la no papel; inovação é
quando a sua invenção gera CNPJ, gera receita e gera
renda.
Fiz uma palestra no Rio Grande do Sul e
falava o seguinte: Neste exato momento, dez por
cento da população brasileira estão tendo uma boa
ideia. Imagina! Desses dez por cento, cinco por cento
podem virar uma patente; e desse cinco por cento,
dois e meio por cento podem tornar-se um produto
inovador. Só que não funciona assim. Talvez no
Japão ou na Coréia funcione. Mas no Brasil não
funciona ainda não. Então, imagina se
conseguíssemos aproveitar esse potencial criativo que
tem o povo brasileiro. Para sobreviver com o país do
jeito que está, com crise atrás de crise, tem que ser
muito criativo.
A inovação, sempre falo, é o resultado do
trabalho humano. Mas quando esse resultado começa
dar problema, começa a gerar desemprego, é
preocupante. Falo que antigamente colocavam-se
quarenta pessoas para a colheita de café. E hoje, uma
máquina faz isso sozinha. Tinham várias pessoas para
fazer um serviço de digitação e hoje já não existe
mais. Vi um programa ontem num desses ifood da
vida. O cara para pedir a comida nem fala mais com
o telefonista. Já pede direto. Aí me vem a
preocupação do Exterminador do Futuro, do
RoboCop.
Para encerrar, como sou do interior, trouxe
um texto que achei na internet. É um desabafo
caipira. O nome é A Inovação:
Ei, moço, preste atenção no causo
que eu vou contar. Esses dias eu me
peguei a pensar nas coisas do meu
sertão. Comparei com a inovação
deste mundão. Lembrei que lá na
roça para se levar um recado, fosse
para qualquer lado, ia de carroça ou
de charrete. Mas agora inovaram
com a tal da internet. Com a internet
você consegue falar com o mundo
inteiro sem sair do seu terreiro.
Ei, caboclão, estou ficando assustado
com essa tal de inovação. Por causa
disso tudo, tem buraco na camada de
ozônio.
Pois é, moço, e quem não tem cultura
que saiu da agricultura já está
sobrando. No lugar dos homens, as
máquinas já estão colhendo e até
plantando. A falta de emprego já
virou mania. Agora tem que
economizar até energia. Aonde tudo
isso vai parar? Eu não sei, não. Pois
todo mundo já passou e surgiu até o
tal do apagão.
Tenho saudade da roça onde eu
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 69
morava. Lá tinha de tudo. Nossa
água era da mina. A luz da noite era
junto com a lamparina. A condução
era de carroça, charrete ou carro de
boi. E esse tempo já se foi.
Na venda, onde nós comprava fiado,
hoje virou supermercado. Só compra
se deixar cheque pré-datado. Não se
usa mais a velha caderneta que
anotava as compras com o lápis ou
com a velha caneta. Agora tudo é
guardado na memória do
computador. E para lidar com tudo
isso, tem que ter estudo de
preferência de mestre ou doutor.
Ei, sô, é a tecnologia inovando
muito mais. Algumas capitais têm
lucro com isso. Mas nós, a maioria
do interior, são deixado para trás.
Estão esquecendo dos homens que
dependem dos trabalhos braçais.
É, companheiro, de tudo que tem
hoje nós da roça não sentia falta de
nada. Hoje tem tanta inovação que a
população vive apertada.
É, meu irmão, de uma coisa eu tenho
certeza: só nós da roça podemos ser
a solução.
Eu falo isso porque falamos muito no
fenômeno do desemprego. Vi uma matéria semana
passada: um empresário de Colatina tinha sessenta e
seis empregados. Mandou sessenta embora e colocou
uma máquina para trabalhar no lugar desse pessoal.
Sessenta consumidores na rua e está produzindo. Vai
vender para quem? Então, se não tiver esse
equilíbrio...
Trabalho com inovação desde 1985. Mas
estou achando que a coisa está indo rápido demais. A
máquina está substituindo o ser humano e aquele ser
humano que está sendo tirado do mercado de trabalho
está ficando sem opção. Então, quando em se fala em
trabalho e renda, Deputado da Comissão, é isso, é
procurar essas alternativas. Desculpa, Deputado, se
vou falar. Não adianta enviar um aluno numa escola
vinte e quatro horas, se ele não estiver capacitado.
Houve uma questão aqui de Escola Viva. Não adianta
enviar o cara lá. Vai fazer o quê? Acho que tinha que
capacitar. Se tem equipamento, controle numérico,
bota esse pessoal para ser treinado.
Viajo este Brasil todo participando de feira.
O pessoal do interior é que leva as grandes
inovações. Não considero inovação o cara criar um
aplicativo que vai facilitar para receber o lanche que
ele compraria. Não acho isso inovação. Inovação é
quando o cara começa a produzir mais no campo.
Inovação é quando o cara pega aquele rapaz que
estava com enxada e o ensina a manipular um
tratorzinho. Isso considero inovação.
Achei que ia ser até meio polêmica a minha
questão porque trabalho com inovação, ao vivo;
trabalho no programa Inovação na Record News e
sempre falo: na hora que a inovação começa a gerar
emprego e insatisfação, a primeira consequência é a
crise econômica.
Neste momento encerro minha fala e gostaria
de agradecer ao Senhor Deputado Sergio Majeski e
mais uma vez parabenizá-lo pela comissão.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI - PSDB) - Obrigado, Senhor Wagner
José Fafá Borges, pelos seus esclarecimentos.
A questão do desenvolvimento e da inovação
versus emprego e desemprego é antiga. Na
Revolução Industrial surgiram os ludistas que
atacavam máquinas, que tentavam quebrar as
máquinas. Concordo que a questão da inovação
tecnológica muito rápida como vem ocorrendo, traz
uma carga de problemas também. É inegável que as
inovações também trazem muita coisa de positivo
para a humanidade, para as pessoas, de uma forma
geral.
Também sou do interior, nasci no interior de
Santa Maria de Jetibá e, nós, que somos do interior
vemos mais essa questão de como as coisas foram
rápidas demais. E quando entramos na questão da
economia criativa, tudo aquilo que é possível gerar
renda, que um sujeito possa fazer dentro de sua casa
ou não e conhecemos todo mundo. Se
perguntássemos nesta comissão, todo mundo conhece
um exemplo dentro de sua própria família, ou vizinho
e etc. que já praticava isso há vinte, trinta, quarenta
anos ou sempre praticou na história da humanidade.
Lembro-me de uma tia minha que trabalhava
muito - a Rosemara até conheceu – e tinha que
sustentar os filhos praticamente sozinha. E, certa vez
ela comprou um joguinho de toalhas para colocar nas
mesas da cozinha e ficou observando aquilo e viu que
era fácil de fazer e passou a fazer exatamente igual e
passou a comercializar isso, a vender. Inclusive, eu a
ajudava vender esses materiais. Então, é muito
importante incentivarmos a economia criativa e nisso
entra o papel do estado que é incentivar porque, hoje,
na verdade, não interessa onde, em que meio, se é na
produção de alimento, se é na produção de artesanato
ou em que sentido for, uma prestação de serviços,
isso precisa ser incentivado pelo Estado, algumas
coisas que não sei se entraria como economia
criativa, enfim. Por exemplo: se um sujeito abre um
restaurante de comida caseira, todo mundo sabe que
restaurante é algo que emprega porque não se
inventou uma máquina que faça comida, por
exemplo, e que faça a limpeza, que atenda a cliente...
O SR. NUNES – (PT) – Por enquanto,
Senhor Deputado.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) - Acho que isso nunca vai haver. Não sei... Mas,
independente se um dia vai haver, não há hoje e
vemos como microempresário sofre. Apesar de se ter
70 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
criado alguns mecanismos em termos de impostos,
ainda é muito pouco. O pequeno empresário, o
microempresário é o que mais sofre. Numa crise, o
grande empresário, a grande empresa, tem sempre um
empréstimo no banco, a juros facilitados, é um tal de
empresa pegar financiamento barato e não pagar
nunca. Agora, o dono de um pequeno restaurante,
uma pequena lanchonete, uma pequena pizzaria, num
momento de crise como esse, eles têm que apoio do
Estado? Nenhum. O estado falha muito junto a essas
questões em que a maioria da população possa
realmente sobreviver porque cria empregos, gera
renda de alguma forma, é uma forma alternativa de
sobrevivência, mas o estado precisa entrar nisso de
alguma forma, mais efetiva, para contribuir muito
mais com essa parcela da população e incentivar essa
criatividade das pessoas pela sobrevivência,
conforme falei, seja no artesanato, no fornecimento
de alimentos, na área de produção de roupa ou seja lá
no quer for. Mas acho que falta uma atuação muito
clara do Estado nisso.
Quando V. S.ª entra na questão da educação
e da formação. Hoje, a maior parte das inovações que
ocorrem são marqueteiras e são projetos vitrines para
fazer uma propaganda e outra, o que não resolverá o
problema básico da Educação jamais.
A educação deveria ser adequada à realidade
de cada região. Há o currículo básico, mas deveria ser
vinculada a uma situação que exista na região. Agora,
por exemplo, o Estado ameaça fechar praticamente
todos os cursos técnicos oferecidos pela Sedu em
várias regiões. Em alguns desses cursos, obviamente
não se encontra demanda - foram criados não sei por
que -, mas em vários outros há demanda e são
relacionados a questões que existem na região. Essa
mão de obra, de alguma forma pode ser aproveitada.
O Estado ameaça fechar praticamente a maioria dos
cursos técnicos que funcionam nas escolas estaduais
a partir do ano que vem.
V. S.ª mencionou algo que é curioso hoje,
que é o poder do grande capital. Na verdade, quando,
à vezes, dizemos que os Estados Unidos e a
Alemanha dominam uma grande tecnologia não sei
onde, isso nos passa a ideia de que quem controla ou
concentra isso é o estado ou o governo, mas não é. Os
governos e os estados não controlam praticamente
nada nesse sentido. Essa tecnologia é desenvolvida
pelas grandes corporações, muitas vezes com
financiamento do estado, das universidades públicas
e tudo mais.
Hoje, V. S.ª mencionou o exemplo do CD
que foi criado há tanto tempo, mas que foi lançado
muito tempo depois pela força que tinham as
empresas que produziam o LP naquela época.
Hoje, temos uma infinidade de situações que
poderíamos exemplificar, como aquela questão de
que preciso desovar o que tenho, antes de lançar
aquilo que descobrimos. Há dois exemplos e um
atinge muito a realidade atual. Um é com relação ao
agrotóxico. Temos alguns tipos de agrotóxicos que,
na Europa, por exemplo, e até mesmo na China, que
nunca primou muito pela questão ambiental, foram
proibidos há vinte anos, mas no Brasil são usados
tranquilamente. Há agrotóxicos sendo produzidos que
não são usados na China, mas usamos livremente no
Brasil.
Alguns agrotóxicos foram proibidos no Brasil
e esses continuam sendo usados na África, porque
essas grandes corporações já têm, sim, algumas
soluções muito mais brandas, em termos de
agrotóxicos, mas precisam desovar e, principalmente,
lucrar em cima daquilo que é mais barato de
produzir.
O mesmo ocorre com a questão das fontes de
energia hoje também. Quem controla a produção de
petróleo, gás e carvão no mundo são imensas
corporações. A maior parte da energia elétrica do
Planeta é produzida com petróleo e gás e não é como
no Brasil, onde quase oitenta por cento é da produção
de hidrelétricas.
A força desse capital inibe a expansão muito
maior do uso da tecnologia eólica e solar na energia.
Isso é algo que deveria estar sendo propagada, porque
é a energia do futuro. Não temos para onde fugir. Os
estados precisarão optar por isso. Falamos muito de
política, mas é curioso como no final das contas,
quem dá as cartas é o grande capital. Ele é quem
definirá que política será implantada, o que evoluirá e
o que não irá. Quando o Estado, às vezes, age de uma
forma mais efetiva, como aconteceu na época da
quebra da patente no Brasil, é que se consegue outro
viés, outro caminho.
Agradeço sua explanação. Consideramos
importante continuarmos falando sobre isso,
debatendo sobre isso. Quando o V.S.ª falou sobre
Santa Maria de Jetibá, que é a vovó das mostras
científicas. Orgulho-me de ser daquele município. A
prefeitura ajuda a montar todo aquele esquema.
Em Santa Maria de Jetibá, uma escola teve
três projetos dos alunos selecionados para a mostra
de Uberlândia e a secretaria de Educação negou o
recurso para pagar as passagens para esses meninos
irem para Uberlândia. É muito triste.
Também a Escola Francelina Carneiro
Setúbal, em Vila Velha, teve um projeto selecionado,
em que os meninos criaram um aplicativo de celular
para resolver problema de ficha de merenda. Como a
merenda é terceirizada, agora há um trabalho imenso
para entregar ficha, pegar ficha e etc.
A Secretaria de Educação negou esse recurso.
Não estamos falando de sessenta, setenta mil reais,
estamos falando de doze, treze, quatorze mil reais.
Um dinheiro que não é nada, mas que incentiva. É
uma forma de incentivar nossos jovens.
Também estamos aguardando outro caminho
para a pesquisa e a inovação. Pedimos a intervenção
do Líder do Governo para ver se conseguimos
sensibilizar o governo até hoje ou amanhã, senão
esses meninos não poderão participar dessa mostra.
Muito obrigado.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 71
O SR. WAGNER JOSÉ FAFÁ BORGES –
Senhor Deputado, pela ordem! Gostaria de fazer um
complemento. Semana que vem, começa a Semana
Estadual de Ciência e Tecnologia. É preocupante.
Sem querer comparar ou criticar, em 2013, a Semana
Estadual de Ciência e Tecnologia foi feita na Praça
do Papa, com cento e cinquenta mil visitantes; em
2014, foi feita na Ufes, com cento e um mil visitantes
e este ano será feita no colégio Vasco Coutinho.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Ou seja, onde não cabe
praticamente ninguém.
O SR. WAGNER JOSÉ FAFÁ BORGES –
Como Santa Maria de Jetibá é a vovó da inovação, o
pessoal me chama de vovô da invenção, porque em
1996 organizei o primeiro evento de divulgação
científica do Brasil, o Salão do Inventor Brasileiro,
que este ano será realizado no Shopping Praia da
Costa, de 28 a 31 de outubro.
Fizemos uma busca junto ao Governo do
Estado e a falta de recurso realmente é muito grave.
Conseguimos apoio do Bandes. Foi a entidade que
nos apoiou.
Convido V.Ex.ªs para visitarem a Semana
Estadual de Ciência e Tecnologia, um marco do
Governo do Estado, apesar de ter sido reduzida a
nada e o nosso Salão do Inventor Brasileiro, que
acontecerá no Shopping Praia da Costa.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Obrigado.
Senhor Deputado Nunes, V. Ex.ª gostaria de
fazer considerações?
O SR. NUNES – (PT) – Mais uma vez,
parabenizo o nobre Deputado Sergio Majeski por ter
convidado o Wagner para falar um pouco sobre
economia criativa nesta Casa. Percebo que este é um
tema muito praticado na agricultura. Tem
proporcionado enormes bens de serviços nesse
segmento.
Quando V.S.ª fala sobre a máquina estar
substituindo o homem, na agricultura ainda há uma
inovação, levando sempre por esse lado de bens e
serviços. Tivemos recentemente uma sessão solene
homenageando as mulheres trabalhadoras do campo e
percebemos o quanto eles trabalham o
beneficiamento da própria agricultura. Além de
produzir recursos e viverem da agricultura, também
se beneficiam daquilo que produzem, o que, de fato,
é uma economia criativa.
A agricultura ainda tem esse lado que
precisamos preservar, mas é bem verdade que o que o
nobre Deputado Sergio Majeski fala é importante. O
poder público tem que fazer investimentos muito
fortes nessas pessoas que têm a ideia, transformarem-
nas em algo que seja benéfico para a agricultura.
Acho que é por aí. Acho que oportunidade como essa
é muito bem-vinda para que possamos dialogar com a
sociedade num todo. Parabenizo V. Ex.ª e também o
senhor Wagner pela bela exposição.
O SR. WAGNER JOSÉ FAFÁ BORGES – Obrigado. Veja só. Acredito que economia criativa é
a solução. E quanto à inovação, acho que não adianta
nadar contra a maré. Está chegando, e tem que ter um
convívio equilibrado.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Exato. Tem que encontrar um
equilíbrio nisso.
O Senhor Deputado Dary Pagung não é
membro desta Comissão, mas nos dá a honra da
presença. Obrigado, Senhor Deputado, pela presença.
Senhor Deputado Dary Pagung, V. Ex.ª
gostaria de fazer alguma consideração?
Senhor Wagner, temos outras coisas para
tratar. Fique muito à vontade. Provavelmente a
equipe da TV Ales irá entrevistá-lo depois. Se o
senhor puder aguardar um minutinho, somente para
votarmos um projeto.
O SR. WAGNER JOSÉ FAFÁ BORGES –
Agradeço a oportunidade.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Passamos à Ordem do Dia.
Tenho em mãos o Projeto de Lei n.º 99/2015,
de autoria do Senhor Deputado Doutor Hércules, cuja
ementa dispõe sobre o tempo máximo de espera para
atendimento nas lojas operadoras de telefonia fixa e
celular e dá outras providências.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Nunes para relatá-lo.
O SR. NUNES – (PT) – O Projeto de Lei n.º
99/2015, de autoria do Senhor Deputado Doutor
Hércules, dispõe sobre o tempo máximo de espera
para atendimento nas lojas operadoras de telefonia
fixa e celular e dá outras providências.
É importante dizer que esse projeto de lei tem
como principal objetivo reprimir o abuso das
operadoras e estimular um atendimento mais rápido e
eficiente aos clientes. Assim sendo, concluo que o
projeto de lei é de interesse público, acho que é
importante dizer isso, e deve ser aprovado nesta Casa
de Leis. Assim, relato pela aprovação do Projeto de
Lei n.º 99/2015, de autoria do Senhor Deputado
Doutor Hércules.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – A presidência acompanha o
voto do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h24min.
72 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA,
GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS
DERIVADOS. VIGÉSIMA PRIMEIRA
REUNIÃO ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA,
REALIZADA EM 03 DE NOVEMBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta comissão.
Convido a senhora secretária a proceder à
leitura da ata da décima segunda reunião ordinária,
realizada em 23 de junho de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (SÉRGIO
MAJESKI – PSDB) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SÉRGIO
MAJESKI – PSDB) – Também acompanho.
Ata aprovada como lida.
Solicito a senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS
RELATORES:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período.
ORDEM DO DIA:
O SR. PRESIDENTE – (SÉRGIO
MAJESKI – PSDB) – Concedo a palavra ao senhor
José Ballester Julian Júnior, coordenador do Núcleo
de Ciências – Pró-reitoria de Extensão – UFES, para
explanar sobre o tema: Difusão e Popularização da
Ciência.
O senhor José Ballester é também é diretor
de integração de ensino - Proex e membro da direção
e Associação Brasileira de Centros e Museus de
Ciência – ABCMC.
Agradecemos a presença de S. S.ª nesta
Comissão. Obrigado por ter vindo.
O SR. JOSÉ BALLESTER JULIAN
JÚNIOR – Também agradeço o convite desta Casa e
o convite do nobre Deputado para estar aqui e falar
um pouco sobre a nossa linha de trabalho.
Um dos aspectos que gostaria de deixar bem
claro, é que nossas atividades são baseadas em dois
conceitos, chamado de Popularização e Difusão da
Ciência.
Isso é uma meta da nossa Associação
Brasileira de Centros e Museus de Ciência, no qual
trabalhamos na parte da Cultura Científica, ou
motivar a criação de espaços de divulgação científica
voltados para as comunidades. Um dos aspectos que
se trabalha muito nessa comunidade científica é como
unir um item muito importante hoje no Brasil, que se
chama Inclusão Social. E então, vem um dos
aspectos, entender a inclusão como um conceito, no
qual uma população tem ausências de diversas
situações - seja ela material, excluída de educação,
cultura - ou ausente desses elementos.
Esses aspectos da inclusão social, para
trabalharmos o que fala de popularização da ciência,
é possibilitar que cada brasileiro tenha oportunidade
de adquirir conhecimento básico sobre a ciência e seu
funcionamento, que lhe dê condições de entender o
seu entorno e de ampliar suas oportunidades no
mercado de trabalho e atuar politicamente com
conhecimento de causa.
Se percebermos no nosso entorno, hoje,
principalmente com a questão da seca, devemos ter
diversas explicações. Temos explicações tanto no
fundamento do conhecimento tradicional, algumas
comunidades percebem isso, e outras são
fundamentos científicos do por que chegamos a essa
situação.
Então, para dar continuidade a tudo isso um
dos elementos seria a educação. Para a educação de
qualquer cidadão do mundo contemporâneo é
fundamental que ele tanto possua noção no que
concerne ciência e tecnologia e dos seus principais
resultados e seus métodos e usos quanto aos seus
riscos e limitações, também dos interesses e
determinações econômicas políticas, militares,
culturais que prescindem de seus processos e
aplicação.
O significado social e cultural da ciência
como atividade humana socialmente condicionada e
possuidora de uma história e tradições fica, muitas
vezes, camuflado nas representações escolares e de
muitas atividades de divulgação, particularmente na
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 73
mídia.
Falar de inclusão social no domínio da
difusão ampla dos conhecimentos científicos e
tecnológicos e de suas aplicações compreende,
portanto, atingir não só as populações pobres, as
dezenas de milhões de brasileiros em tal situação,
mas também outras parcelas da população que se
encontram excluídas no que se refere a um
conhecimento científico e tecnológico básico.
A razão principal para o presente quadro
reside na ausência de uma educação científica
abrangente de qualidade no ensino fundamental e
médio de nosso país. Então, passa também pela
educação essa questão da ciência e tecnologia de
nossos alunos também.
Outra situação que temos refletido bastante é
o quadro atual da ciência e tecnologia. Percebemos
que somente um por cento da população brasileira
frequenta espaços de ciência, sejam museus ou
centros de ciências, sendo que quando viajamos para
a Europa percebemos vinte e cinco por cento de uma
participação dessa população nesses centros e
museus.
Tive uma experiência muito interessante ao
visitar o museu La Caixa, em Barcelona. Ao chegar o
museu estava fechado e, de repente, ouvi uma
barulheira que vinha de dentro do museu. E soube
que o museu estava fechado para visitação pública
porque as escolas estavam dentro do museu. Então, é
interessante esse contado. Quanto mais fechamos os
alunos nas escolas... Hoje, na Europa, menos alunos
estão na escola, pois os alunos estão todos
frequentando museus de ciência, empresas voltadas
para difusão e popularização da ciência, centros de
pesquisas... Quer dizer, tem uma cadeia que alimenta
a educação formal. Então, esse é o papel dos centros
de ciências do Brasil: tornar-se um elemento
essencial como parte da educação complementar dos
alunos.
Quanto à educação científica formal o quadro
apresenta-se um pouco sombrio, com o desempenho
geral muito baixo de nossos estudantes brasileiros
nos assuntos que envolvam ciência e matemática. O
ensino de ciências é em geral pobre em recursos,
desestimulante e desatualizado. Curiosidade,
experimentação e criatividade geralmente não são
valorizadas, ao lado da carência enorme de
professores em ciências, em especial em professores
de boa formação que predominem em condições de
trabalho precário e pouco estímulo ao
aperfeiçoamento.
As deficiências são graves em laboratórios,
bibliotecas, materiais didáticos e inclusão digital, e só
fazem tornar difícil esse quadro. E nosso ensino
médio sofreu expansão acelerada nos últimos anos,
ainda assim uma parcela muito pequena de brasileiros
se inclui nessa etapa. A média de escolaridade dos
brasileiros é de menos de oito anos e é muito baixa
quando comparada a países desenvolvidos, mesmo
com outros países latino-americanos.
O ensino na universidade ainda é muito
reduzido à proporção de alunos e estudantes. Onze
por cento em relação à população e quase oitenta por
cento deles em faculdades particulares ainda. A
apenas um por cento dos jovens brasileiros se voltam
para carreiras de CT - de ciência e tecnologia.
Não vou deixar de reconhecer que nos
últimos dez anos houve realmente um avanço nas
políticas de ciência e tecnologia, com a
implementação das escolas técnicas e a ampliação
das nossas universidades públicas, mas ainda há
muito a ser feito.
Uma das questões muito presentes, que devemos ter
muito cuidado também, é que a ciência também tem
diversas variáveis. As profundas desigualdades na
distribuição das oportunidades educacionais e do
conhecimento são ainda desafios grandes para a
inclusão social em nosso país.
A incorporação de grandes parcelas marginalizadas
da população é uma tarefa importante, cuja chance de
êxito dependerá do estabelecimento de um processo
coletivo suficientemente amplo, que envolva órgãos
governamentais, instituições de pesquisa,
universidades, entidades científicas e tecnológicas,
comunicadores, pesquisadores, professores e
estudantes.
No entanto, não devemos nos esquecer de que a
ciência, por si mesma, não resolve os graves
problemas de desigualdade social, de desemprego, de
degradação ambiental, para não falar de problemas
étnicos, hoje muito presentes em nossa sociedade.
Mas, ciência e tecnologia não significam,
necessariamente, mais justiça, maior igualdade e
melhores condições de vida, particularmente para nós
do terceiro mundo. Trata-se de uma condição
necessária, mas não suficiente.
Para custar a lembrar de Albert Einstein, não
subestime a ciência em seus métodos, quando se trata
de problemas humanos. O intelecto tem um olho
aguçado para os métodos e ferramentas, mas é cego
quanto aos fins e valores. Fica, então, o desafio
apenas para uma reflexão sobre essas nossas
atividades em ciência.
Terminando, queria só destacar, antes de
entrar na apresentação do PowerPoint, uma frase do
Carl Sagan:
Construímos uma civilização global
na qual os elementos mais cruciais
dependem profundamente da ciência
e da tecnologia. Arranjamos as
coisas de modo que quase ninguém
entende a ciência e a tecnologia.
Essa é uma prescrição para um
desastre. Em todos os usos da ciência
é insuficiente, e na verdade é
perigoso, produzir somente uma
pequena confraria de profissionais
altamente competentes e bem pagos.
Ao contrário, alguns entendimentos
fundamentais dos achados e métodos
74 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
da ciência devem estar disponíveis
na escala mais ampla.
Isso é uma situação que constatei em algum
momento das atividades nossas durante a Semana
Estadual de Ciência e Tecnologia. Como, às vezes,
nossos representantes da ciência e da tecnologia do
estado se mostram em um discurso muito afastado
com relação às demandas realmente de um público
que se interessa por ciência.
Continuamos fazendo uma coisa um tanto
distanciada, para que esse povo, essa comunidade não
participe de alguns resultados. Por isso,
recentemente, o Ministério da Ciência e Tecnologia
fez uma pesquisa muito interessante, fica até uma
dica, sobre percepção da ciência pública.
Esses dados estão no site do Ministério. É
interessante perceber como o brasileiro reage quando
o tema é ciência e tecnologia. Ás vezes é bastante
próximo e, outras vezes, bastante distante desse
produto final, dessa ciência que é produzida em nosso
país.
Nesse sentido, queria só apresentar no
PowerPoint um pouco das nossas atividades,
colocando essa imagem de fundo.
Ainda não temos o relatório da Semana de
2015, então fiz questão de trazer essa imagem da
Semana de 2014, feita na Ufes, comemorando os
sessenta anos da instituição.
Mais uma vez, popularizar a ciência é tornar
a ciência pública, significa criar atividades que
buscam fazer a difusão do conhecimento científico
para o público não especializado.
A divulgação científica é fundamental para o
desenvolvimento da ciência, uma vez que ela é
responsável pela circulação de ideias, divulgando
resultados das pesquisas para a população em geral,
desta forma, potencializando o debate científico e
instigando novos talentos para as atividades em
ciência.
Esse slide mostra uma imagem de uma
atividade nossa em São Mateus, na Semana
Municipal de São Mateus que aconteceu em
setembro. Essa foi uma experiência de robótica, na
qual fizemos uma exposição pública, um laboratório
público para as crianças e, logicamente, os pais
acabaram trabalhando também nesse laboratório.
Esse slide mostra o nosso espaço na Pró-
Reitoria de Extensão. O Núcleo de Ciências surgiu
em junho de 1996 com o objetivo de estudar e criar
mecanismo de difusão científica. É um programa de
popularização da ciência no qual atendemos a alunos
da escola púbica. São sessenta alunos durante a
semana e oferecemos um programa de várias
atividades como a Experimentoteca, robótica e uma
série de outras atividades também. O nosso principal
foco são as crianças e elas estão na Experimentoteca,
que é essa biblioteca de experimentos, na qual os
alunos têm a oportunidade de interagir com os
diversos temas em ciência, química e física. Esse
projeto faz parte de uma ideia que queremos trabalhar
em 2016 que se chama Universidade das Crianças,
que é trabalhar com crianças em tempo integral,
principalmente da escolinha da Ufes que é ligada à
rede municipal, na qual faremos um trabalho em
conjunto com eles no ano de 2016.
Gosto muito dessa foto, pois representa um
pouco a nossa atividade na área da robótica e digital.
O nobre Deputado Sergio Majeski esteve no Palácio
e viu a Luana, e eu dizia que é uma pequena Luana
isso também e ela demonstra exatamente o que vem
por aí afora.
Na imagem, temos um robozinho seguidor de
luz e ele é acionado pela lanterninha de um celular e,
conforme você vai manipulando o celular, o
robozinho vai andando. Então, virou o carro-chefe da
Semana Nacional e Estadual de Ciência e Tecnologia
porque ele era conduzido pela luz. Como o tema era
Luz, Ciência e Vida, nada melhor do que mostrar a
foto de uma vida que tem toda uma carreira à frente.
Como a habilidade dessa garotada nos surpreende,
pois tudo é em forma de celular, pegam e desafiam e
isso é a interatividade que fazemos com os alunos da
Ufes, que são alunos de escola pública, são alunos do
programa da Sedu ligados ao Programa de
Habilidades Especiais e fazemos atividades
gratuitamente com nosso alunos.
Essa é a minha mensagem, mas eu queria
possibilitar que se passasse aquele relatório de 2014,
só para mostrar um pouco essa atividade. Um dos
pontos importantes da Semana Nacional de Ciência e
Tecnologia foi o relatório de 2014, que colocou o
Espírito Santo em nono lugar dos que mais fizeram
atividades em ciência e tecnologia. Ficamos em nono
lugar. Então, foi feita pela Secretaria de Ciência e
Tecnologia a Semana Estadual. A Semana de Ciência
e Tecnologia é esse projeto a nível nacional que
propicia o desenvolvimento social na área da ciência
e tecnologia para a população. Foi feita essa tenda
enorme no campus da Ufes, que representa um pouco
essa dimensão de atividades que aconteceram no ano
passado de forma convergente. Foram cem mil
visitantes, trezentas e dezenove escolas visitantes,
oitocentos ônibus escolares, mil e quinhentas
atividades tecnológicas e quarenta e quatro projetos
do evento.
Essa foto mostra que isso foi um pouco a
nossa Fecieng que este ano aconteceu no Colégio
Vasco Coutinho. Também tivemos uma participação
bastante interessante, mas aqui tivemos uma
participação bem maior em termos de alunos.
Essas são imagens que queremos mostrar um
pouco do que foi e tem essa imagem de um trabalho
de alunos da escola pública que fizeram uma Torre de
Tesla para falar sobre a Teoria de Tesla e ela foi
construída pelos alunos da escola pública que
atendemos na Ufes. Eles mesmos providenciaram
todo esse material.
Temos o destaque da semana e a entrega da
premiação que foi no Cine Metrópolis. O que
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 75
desperta em nós é que alguns municípios têm feito
uma atividade reconhecidamente boa, como a
Semana Municipal de Ciência e Tecnologia de São
Mateus, que une o campus da Ufes e do Ifes. Foi bem
interessante este ano também essa participação
coletiva, Foi feita na praça Amélia Boroto que agora
é a praça da Ciência.
Nesse slide o show de química do professor
Honério Coutinho, da Ufes, e assim vários projetos
que foram apresentados também.
Nesse slide a premiação. Tivemos a
representação do Ministério. Essa é uma ideia que,
talvez, venhamos a trabalhar novamente que é a
caravana da Ciência, ou seja, é circular por diversos
polos nos quais a universidade tem o ensino à
distância, levando uma motivação científica para os
jovens do município.
Essa foi uma atividade em Cachoeiro de
Itapemirim e os alunos que participaram do projeto.
Tivemos robótica, astronomia, energias renováveis,
enfim diversas atividades.
Esse slide mostra o Município de Santa
Maria de Jetibá, que tem feito um trabalho belíssimo.
Acho que é um dos municípios que hoje preserva, em
termos de história de feiras e mostras científicas,
muito consideradas e hoje considerada como marco
pelo próprio Ministério de Ciência e Tecnologia, pela
iniciativa e pelo envolvimento da comunidade. Este
ano foram cinquenta e seis atividades realizadas no
município.
Essa foi a feira na Ufes, a nível de
montagem.
Esses são os eventos que aconteceram de
modo convergente em um mesmo ponto, em um
mesmo local, diversas atividades aconteceram ao
mesmo tempo. Sempre muito criativo. É sempre
muito boa essa convivência com todos no mesmo
espaço. Então, tivemos várias participações.
Essa é um pouco da difusão e da
popularização da ciência em nosso Estado.
Como está hoje o quadro da ciência e da
tecnologia? Já que estamos falando de inovação,
quem tiver uma plataforma Androide ou IOS pode
acompanhar neste momento qual o quadro das
atividades da Ciência e Tecnologia em nosso Estado.
É só baixar o aplicativo da Semana Nacional da
Ciência e Tecnologia 2015. Hoje, já baixei no celular.
Achei bem interessante porque temos as atividades
que estão acontecendo. Neste momento estamos com
vinte e quatro atividades realizadas em nosso Estado.
Então, este foi o ano da inovação até para os
relatórios da Semana da Ciência e Tecnologia. Pela
plataforma mesmo vemos o relatório, enviamos a
foto e participamos online de tudo o que está
acontecendo. Esta é a mensagem, Senhor Deputado
Sergio Majeski.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Obrigado mais uma vez, Ballester, pela sua
explanação. O senhor pontuou algumas coisas sobre
as dificuldades enfrentadas para o desenvolvimento
da ciência e da tecnologia porque nenhuma
sociedade... É claro que podemos ter um percentual x
de pessoas com inteligência acima da média, mas
essas pessoas precisam de ajuda para se
desenvolverem também. Mas no Brasil, de uma
forma geral, - o senhor citou a questão de visita a
museus de ciência, feiras de ciência, - é muito baixa.
De uma forma geral, museus históricos, tudo é muito
baixo porque o nível cultural geral ainda é muito
baixo e a população não é incentivada também a
participar dessas coisas.
Sou professor, como o senhor sabe e até na
sexta-feira passada visitei aproximadamente cento e
cinco escolas no Estado, o que é um número bastante
considerável. O Estado tem mais de quinhentas
escolas, mas cento e cinco escolas... Pretendo
continuar as visitas. Pretendo chegar a cento e
cinquenta, cento e sessenta, alguma coisa assim, este
ano. Mas já é um panorama bem significativo do que
são as escolas e do que é o ensino público, hoje, no
Espírito Santo, sobretudo nas escolas de ensino
médio. Claro que conhecer a realidade geral da
educação, saber que a educação não vai bem e que
existem problemas que são crônicos e etc. é bem
diferente ir visitar as escolas, ir até a escola e
observar por dentro o que está acontecendo e o que se
passa por ali. Ficamos pensando o que se passa pelas
escolas. E imaginamos como é possível pensarmos
em desenvolvimento de ciência e tecnologia, como
V.S.ª colocou no texto que pontuava, quando as
escolas não têm uma biblioteca decente, quando não
têm um laboratório de informática decente, quando
não têm um laboratório de química e física e de
ciências naturais decentes. É muito difícil isso e há
falta de apoio generalizado a todas essas coisas.
Na semana passada, fizemos uma audiência
pública que, embora não tenha havido uma
participação expressiva, os professores que
participaram e alguns alunos colocaram como é
difícil. Às vezes o laboratório até existe, mas não tem
uma pessoa responsável. E até o perigo que isso
representa, ter um laboratório de química, sem uma
pessoa responsável, onde o professor vai e ele mesmo
tem que ajeitar as coisas etc. Ou quando nem tem
nada, tem o espaço, mas não existe equipamento, não
existe nada.
Tivemos, na semana passada, nessa audiência
pública, alguns alunos de alta habilidade de São
Domingos do Norte com a professora que trabalha
com eles. Esses meninos têm com uma capacidade
fantástica, mas trabalham sem apoio nenhum. Não
tem verba para isso, não tem dinheiro para
equipamento. Os dois meninos que estavam juntos
foram os narradores e pararam o projeto no meio
porque começaram a fazer com recurso próprio, mas
depois não conseguiram mais. Um desses meninos
tem que vir a Vitória uma vez por semana e muitas
vezes não tem condição. Quando a prefeitura não
disponibiliza carro, esse aluno não vem, ele não pode
vir.
76 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
V.S.ª mencionou Santa Maria de Jetibá e
estive na feira, onde nos encontramos, que parece que
é uma feira pioneira no Estado em termos municipais.
Muito interessante. Já tinha ido lá, em outros anos. E
nessa feira tinham os alunos da EEEFM São Luis,
que fica pertinho, num bairro de Santa Maria de
Jetibá, e desenvolvem desde 2009 a robótica
educacional. Esses alunos estiveram nesta comissão
para mostrar seu projeto – o senhor Alexandre veio
junto –, e tudo aquilo sem apoio nenhum do Estado.
Nada! Aquilo é material que reciclam, os professores
ficam após o horário para instruir os alunos, nos
finais de semana. Aqueles meninos trabalham
durante o dia e são alunos do turno noturno. Vejam
só, e com o trabalho classificado para a mostra em
Uberlândia. Foi uma dificuldade conseguir. A
Secretaria de Educação já tinha negado o recurso e,
depois, insistimos por meio de outros canais e,
finalmente, o Estado... A Secretaria de Ciência e
Tecnologia tinha liberado uma parte desse dinheiro,
mas não é o suficiente para viajarem. E teve o caso
EEFM Francelina Carneiro Setúbal, que os alunos
desenvolveram um aplicativo para celular, para a
distribuição de senhas para merendas, que hoje é um
problema nas escolas, que não receberam verba
nenhuma e não puderam ir.
Então, onde é que está o setor público, o
governo, que nem num momento desse, quando foi
desenvolvido um trabalho sem apoio, mas era uma
forma de elevar o nome do Estado... Nem assim.
Então, é muito difícil pensarmos numa
evolução da ciência e da tecnologia, de fato, quando
não se cuida da base. Ainda que V.S.a tenha
mencionado que nos últimos anos a abertura de
novos campos universitários federais, novos
institutos federais, mas que, sobretudo, os institutos
federais de ensino médio, acabam sendo ilhas,
atendem a um número muito pequeno de alunos, num
universo do que significa os alunos do ensino médio
hoje. Alguns também não trabalham com essa
estrutura toda, alguns são bem estruturados, mas
outros não. Então, para onde olhamos, temos
problemas imensos.
Sou da opinião de que enquanto não
resolvermos o problema da educação básica
brasileira, não resolveremos nada, porque teremos
melhoras pontuais, evoluções pontuais e um número
limitado de pessoas envolvidas.
Na semana passada estive no Colégio Vasco
Coutinho, mas não te encontrei lá, não fomos no
mesmo dia.
A diretora mostrou a escola e tudo mais, bem
como os trabalhos que eles executam. Gostei do que
vi. Por outro lado, na escola técnica de João Neiva os
caras trabalham com tornos dos anos 60, com goteira
para tudo quanto é lado, não há material direito e o
laboratório de informática é uma pobreza. É uma
escola técnica do Estado. O orientador mesmo disse
que ensinam naqueles tornos, mas quando os alunos
saírem de lá, terão que fazer uma reciclagem porque
a tecnologia moderna já não é mais essa.
Ainda estamos engatinhando em muitos
casos. É impressionante que, com tudo isso, ainda se
faça algo e ainda exista algum tipo de evolução.
Quando pensamos no que desperdiçamos de talento
no Brasil por falta de uma politica educacional
adequada para a educação básica é algo fabuloso. Nas
ciências, nas artes e no esporte; como detectar, por
exemplo, alguém com dom para o esporte em escolas
que não têm quadras de esporte; como detectar bem
talentos para ciência e tecnologia em escolas que não
têm laboratórios; como detectar pessoas com talento
para as artes se muitas vezes não há na escola o
ensino da música, do teatro ou da pintura?
É nisso que tenho batido muito na tecla. Ou
resolvemos o problema da educação... Mas resolver
não significa ficarmos criando projetos vitrines. Se
não criarmos uma política séria, não de governo, mas
de estado, ficaremos sempre rodando em círculo.
Hoje, há o problema do financiamento. O
fomento para pesquisa no Brasil é baixo demais. Nas
escolas, por exemplo, de ensino médio, tínhamos o
Programa Ensino Médio Inovador, que é federal e V.
S.ª provavelmente conhece, mas ele está praticamente
suspenso hoje. Setenta por cento do programa ia
direto para a escola, o que era uma forma de subsidiar
um pouco melhor as bibliotecas, etc. Mas também
deixou de existir. Parece que muitas vezes
caminhamos para trás. O que é uma pena.
Foram muito boas as suas ponderações.
Temos que continuar acreditando e cobrando muito.
O SR. JOSÉ BALLESTER JULIAN
JÚNIOR– Acho que acreditar é essencial. Acho que
na universidade também, por ter diversas iniciativas
muito similares, este ano foi muito bom com relação
à conscientização de cada um dos espaços que a
universidade tem de atendimento público à
comunidade.
Estamos fazendo, atualmente, um catálogo,
que futuramente será o catálogo Centros e Ciências
da Ufes. Catalogaremos os diversos espaços que
temos de museus de anatomia, de minérios e rochas,
do nosso laboratório da Experimentoteca, de
amostras de físicas. Ou seja, é tornar a universidade
um roteiro para o público externo. Haverá um roteiro
da ciência da própria universidade, informando onde
esse aluno poderá ser conduzido a se motivar pela
ciência. Isso parte da ciência que faço, onde cada um
faz um pouco, em detrimento de um quadro de muita
adversidade.
Senhor Deputado, quero chamar a atenção,
com relação ao Caio, esse aluno que V. Ex.ª
mencionou de São Domingos do Norte. O Caio faz
atividade de robótica conosco, na Ufes, e o acordo foi
o seguinte: quando tivesse o carro, o município o
levaria sempre à Ufes para fazer oficina. Esses alunos
me surpreendem e me ensinam. Chegam às 4h da
manhã, 5h30min já estão lá. Saem 3h de São
Domingos. Ele é motivador para os nossos alunos
urbanos. Eles chegam com vontade de trabalhar, de
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 77
fazer e acontecer.
A troca que o município fez com o Caio foi
que ele chegou um dia para mim e disse que estava
fazendo sete palestras no município dele. Que havia
rodado por sete escolas e que na próxima semana
rodaria por dez escolas em troca de o município
trazê-lo a Vitória.
Perguntei a ele o que achava de tudo isso e
ele disse que achava o máximo porque poderia
divulgar o laboratório dele. Ele patenteou o
laboratório dele. É o Doutor Caio. Já tem o
laboratório na propriedade dele e estamos motivando
que esse laboratório na comunidade, que em
princípio era uma coisa muito pequena, se transforme
em visitação. E tem que se fazer isso aos poucos
senão todos quererão visitar e não terá mais espaço
para trabalhar.
É um aluno de uma região agrícola da cultura
pomerana que montou um laboratório. Recentemente
descartamos muito material da área de informática da
Ufes. Demos tudo para ele. Saiu carregado com três
caixas de material e trouxe o resultado daquela
reciclagem do trabalho que fez na Fecieng. Ele fez
aquele trabalho que a pessoa senta no tênis e o tênis
faz o celular ser carregado. Fez todo o apetrecho.
É um fenômeno. É um destaque para esse
tipo de aluno que tem certa habilidade e só precisa
ser formatado academicamente para ser, no futuro,
um grande profissional, um grande pesquisador, um
grande engenheiro. É isso.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Com certeza. É
impressionante mesmo.
O SR. JOSÉ BALLESTER JULIAN
JÚNIOR – Mais um aluno que estamos tentando ver
como ficará. Daqui para frente terá que construir
realmente o caminho dele. Se sai do município e vem
para Ufes, vem para Vitória, para dar continuidade
aos estudos.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Ele está no terceiro ano do
Ensino Médio?
O SR. JOSÉ BALLESTER
JULIAN JÚNIOR – Já está quase. No próximo ano
já faz vestibular.
Agradeço desde já a oportunidade.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO
MAJESKI – PSDB) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Nunes.
O SR. NUNES – (PT) – Parabenizo mais
uma vez nosso presidente por convidar o nosso
amigo José Ballester para falar sobre esse tema que
tem sido pauta desta Comissão no sentido de divulgar
um pouco mais esse trabalho que tem sido realizado
em nosso estado por meio de secretarias dos
municípios e também da Secretarias Estadual de
Ciência e Tecnologia. Enfim, é um trabalho bacana.
Como o senhor bem disse, até pouco tempo
era proibido criar escolas técnicas em nosso país.
Hoje vemos uma quantidade muito grande de escolas
técnicas. Essa, talvez, tenha sido uma das fortes
parcerias da universidade.
Queria falar um pouco sobre as parcerias,
porque o Núcleo de Ciências da Ufes necessita das
parcerias do Governo do Estado com essa instituição
porque senão, não vai à frente. Como é essa relação?
Tem tido interesse por parte do Governo Estadual,
por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, em
incentivar, motivar, dentro do aspecto político?
Porque isso, para mim, é de fundamental
importância.
Logo que ouvirmos do senhor o que pode ser
feito pelo Governo do Estado, queremos nos colocar,
colocar esta Casa, à disposição para ajudar, se for
necessário fazer essa interlocução. Acho de
fundamental importância essa parceria do Governo
do Estado com a Ufes no sentido de divulgar, ainda
mais, esse trabalho que vocês têm feito.
Realização de Circuito da Ciência... O que é
necessário ser feito para isso virar uma política de
estado, por meio desse Núcleo de Ciência que temos
hoje dentro da Ufes.
O SR. JOSÉ BALLESTER JULLIAN
JÚNIOR – Senhor Deputado, vou pedir certa
desculpa antecipada do que vou falar. Acho que o
presidente atual da Fapes tem uma visão um pouco
distinta, até porque estamos passando por um
momento de retração econômica. Cabe a ele fazer o
planejamento e, a partir daí, emitir as opiniões
necessárias do que é certo. Mas temos também que
estar numa posição crítica. Ele ressaltou muito o quê
tem feito. Bolsas e Pibic Júnior vão ser ampliadas.
Acho que isso é muito importante. Vamos fomentar
ainda mais o Pibic Basic, voltado aos monitores que
atuam nas escolas. Tudo isso é muito importante.
Mas acho que precisamos ficar muito atentos com
esse braço paralelo à educação, que se chama cultura
científica. Precisamos unir, quase formar um lobby,
para conversar hoje com o secretário que existem
iniciativas dentro da universidade voltadas a essa
forma, que se chama motivação científica,
popularização da ciência.
Se V. Ex.as
nunca visitaram o Museu de
Minerais e Rochas, vão um dia para ver, de uma hora
para outra, o professor explicar e mostrar o elemento
do petróleo ou fazer uma rocha, tirar fogo de uma
rocha. Aquilo encanta as crianças.
É necessário que se conheça essas coisas,
porque já vi muitos professores, físicos e
historiadores que foram motivados por terem visitado
o Planetário, por exemplo. Quando pequeno, visitou
uma exposição de foguetes e participou do torneio.
Alguns falam, até de forma saudosa, que foram
professores que ganharam prêmios da Feira de
Ciência e Biologia, mas se tornou físico. Devemos
ficar muito atentos a essas coisas. Mesmo sendo
78 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
eventos, os eventos marcam a vida desses jovens.
Participar de uma feira de ciências, como a deste ano
e como outras, vai marcar a memória desse aluno
pelo resto de sua vida, de tal maneira que aquilo pode
ser um elemento motivador.
O que estou percebendo, e quero parabenizar
esta Comissão, é que esta Comissão, de repente, e aí
fica apenas uma sugestão ou proposta, estabeleça um
Fórum Estadual de Popularização da Ciência e da
Tecnologia com a participação das comunidades
científicas, tecnológicas, governo, empresas, ONGs e
sociedade civil.
Acho que é um gancho, Senhor Deputado, e
venho só agradecer, mais uma vez, esse link que V.
Ex.ª está abrindo para podermos expor, assim como
outros colegas já estiveram nesta Comissão. V. Ex.ª
tem um gancho político de iniciativas e políticas
públicas voltadas à difusão e popularização da
ciência enquanto ferramentas para políticas públicas.
Fica a sugestão.
O que necessitamos é que realmente abram
editais, como é feito na Bahia. A Fapemig apresentou
este ano um edital de valor considerável, voltado só
para centros e museus de ciência e feiras, em que
professor com especialização e mestrado participou;
não foi necessário ser doutor.
Precisamos ficar atentos porque há muitos
professores de ensino médio que são excelentes
produtores de ciência, que têm formação,
especialização e mestrado e que produzem. E quando
se concorre em um edital, é necessário ter um grau
muito a mais. Acho que assim se distancia.
Precisamos fazer as coisas passo a passo.
Fica a necessidade de realmente fazer uma
interlocução com a Fapes e realmente abrir editais,
para a semana, ou 2016, ou iniciativas de fusão e
popularização da ciência que envolva centros de
ciência e museus.
Percebemos, quando visitamos os espaços de
ciência de Vitória, o quanto esses espaços precisam
de apoio: Escolas de Ciência da Praça do Papa;
Escola de Ciência e Biologia do Tancredo Neves;
Escola de Ciência Física, no Parque Moscoso.
Quando visitamos, vemos como eram e como são
hoje. Precisam ser modernizadas. É preciso investir.
Sei que está na instância municipal, mas é
preciso abrir editais para que esses coordenadores
possam participar. Fica a sugestão. Realmente, apesar
de todo o delinear do planejamento voltado para a
tecnologia de ponta, petróleo e gás ou da fomentação
da inovação enquanto receita e nota fiscal é muito
importante. Precisamos ficar atentos, o tempo
pedagógico é relativo, ele é distinto e ele é a longo e
médio prazo.
O SR. NUNES - (PT) - Só mais uma
sugestão, já chegaram a esta Casa o PPA e a LOA. O
PPA define o que o governo tem disposição de fazer
durante esses quatro anos. Se não me engano, acho
que no dia 13 teremos nesta Casa uma audiência
pública. (Pausa)
É amanhã? Amanhã haverá uma audiência
pública. Quero fazer um desafio para o nosso
presidente também e, claro que estaremos juntos
acompanhando. Acho que precisávamos estudar um
pouco essa peça orçamentária e ver o que o governo
está disponibilizando para aplicar nesse segmento tão
importante para nós. De fato, daqui a um pouco só
conversaremos sobre isso, acho que essa deve ser a
compreensão de todos. A ciência e a tecnologia têm
que acompanhar para o nosso futuro, até para facilitar
um pouco alguns debates.
Darei um exemplo com relação à alternativa
de água potável. Estávamos conversando um pouco
sobre isso um tempo atrás sobre a questão da
dessalinização. Hoje ainda é um mecanismo com um
custo muito alto, mas se temos a ciência e a
tecnologia, quem sabe podemos criar mecanismos
para poder criar de fato uma alternativa para essa
questão da água potável. Com a escassez de água que
temos, rios totalmente poluídos, quem sabe essa seja
uma alternativa de futuro; e incentivos por parte do
Estado em pesquisa nesse sentido, acho que sempre é
bem-vinda. Talvez pudéssemos garantir na peça
orçamentária, ou seja, no PPA, algo que pudesse ser
destinado para esse tipo de pesquisa. Acho que
poderíamos, Senhor Presidente, olhar com carinho
essa questão da peça com relação ao que tem de
destinação para a ciência e tecnologia e, quem sabe,
discutir emendas que possam garantir de fato esse
investimento nessa área.
É só uma proposição que estamos fazendo.
Seria muito bom se vocês pudessem estar juntos
amanhã conosco discutindo isso para podermos ver o
que podemos fazer. São alternativas que fazemos. Se
não fizermos nada, serão quatro anos sem o governo
incentivar.
O SR. JOSÉ BALLESTER JULIAN
JÚNIOR – Com certeza, só não posso deixar de
tendencialmente, utilizar a expressão da subsecretária
de Ciência e Tecnologia Camila Dalla, ela representa
inovação. Ela trouxe que tem que gerar uma nota, é
um mercado importante. Tendencialmente, tenho que
defender aqui a difusão e a popularização da ciência
enquanto formação de editais voltados para essa
função. Sabemos que se você tiver um edital bom em
feiras de ciência, temos excelentes municípios que
fazem excelentes trabalhos, eles incentivarão outros a
fazer. Que se criem realmente editais voltados para
essas funções, por exemplo, para quem participou da
amostra de física este ano, – até trouxe algumas
lembrancinhas, Senhor Deputado Nunes – ela inovou
este ano. Como faltou retração de recurso, partiu-se
para o mercado. Conseguiram apoios de uma forma
muito virtual, tudo em função dos aplicativos de
celular. Então, eles montaram uma rede que sustentou
a amostra de física com vários apoios, mas com
nenhum apoio do Estado. Eles conseguiram uma rede
de apoio da iniciativa privada, mas aquela
consideração que se tinha do Poder Público, como a
Fapes, que é uma amostra que atrai cinco mil alunos,
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 79
tivemos a presença lá interessante de alunos durante
esses dias. O Departamento de Física, o IC1, ficou
totalmente escuro só para trabalhar o elemento da luz
e não podemos passar despercebido que precisa
muito de apoio para essas iniciativas. E quem tomou
a iniciativa disso tudo foram os alunos. Ficamos
tomando muitas iniciativas pontuais para resolver os
problemas e contamos muito com o apoio da
iniciativa pública também.
O SR. PRESIDENTE - (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Muito obrigado.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Nunes.
O SR. NUNES – (PT) – Só quero agradecer
pela oportunidade de esclarecimento, até para nós
mesmos. É um tema do qual precisamos muito ter
conhecimento do dia a dia dos senhores. Engrandece-
nos muito quando temos a oportunidade de conversar
um pouco com pessoas que dedicam parte de suas
vidas a essa questão. Agradeço ao senhor a presença.
Mais uma vez obrigado.
O SR. PRESIDENTE - (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Mais uma vez agradeço ao
Ballester a presença e coloco a comissão, assim como
o gabinete, à disposição para trabalharmos em
parceria, o que pudermos fazer junto, estaremos à
disposição.
O SR. JOSÉ BALLESTER JULIAN
JÚNIOR – Queria agradecer e fazer um convite,
Senhor Deputado Sergio Majeski, de uma reunião
com nossa pró-reitora de extensão, professora
Angélica, que tem feito um trabalho excelente na área
de extensão universitária e, quem sabe, construir uma
pauta para 2016, a temática da semana será
alimentação, tudo voltado para a área de alimentos,
fundamental para a sobrevivência neste Planeta.
Fica o convite. Precisamos do seu apoio junto
à Fapes para retomar os editais de popularização e
difusão da ciência. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Vamos insistir nisso e mais
uma vez nos colocamos à disposição. Veremos a
questão da vaga no conselho estadual, havia uma
vaga na Assembleia Legislativa e não sabemos agora
quem é, era o Roney, que disse que não está mais.
Vou querer saber quem é e vou me autoindicar para
essa vaga.
O SR. JOSÉ BALLESTER JULIAN
JÚNIOR – Exatamente.
O SR. PRESIDENTE - (SERGIO
MAJESKI - PSDB) – Obrigado, mais uma vez.
Estamos à disposição.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h32min.
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA,
DE DESENVOLVIMENTO URBANO E
REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE
LOGÍSTICA. DÉCIMA SEXTA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 26
DE OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON MAGALHÃES –
DEM) – Havendo número legal, invocando a
proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta
Comissão.
Antes de proceder à leitura da ata, peço
desculpas aos técnicos da Cesan pelo atraso.
Convido o senhor secretário a proceder à
leitura da ata da décima quinta reunião ordinária,
realizada em 19 de outubro de 2015. (Pausa)
(O Senhor Secretário procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) - Em discussão a ata.
(Pausa) Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB)
– Pela aprovação.
O SR. AMARO NETO (PPS) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Ata aprovada como lida.
Solicito ao Senhor Secretário que proceda à
leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS:
Projeto de Lei n.º 155/2015 Autora: Deputada Luzia Toledo
Ementa: Determina que nas peças
publicitárias de lançamento imobiliário
80 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
conste o nome do autor do projeto
arquitetônico e urbanístico.
Relator: Deputado Doutor Hércules.
Entrada na Comissão: 30/09/2015
Prazo do Relator: 19/10/2015
Prazo da Comissão: 26/10/2015
Projeto de Lei n.º 223/2015 Autor: Deputado Bruno Lamas.
Ementa: Altera redação do caput do art. 16
da Lei n.º 6999, de 27 de dezembro de 2001,
que dispõe sobre o Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores -
IPVA definindo seu pagamento de forma
parcelada.
Relator: Deputado Rodrigo Coelho.
Entrada na Comissão: 08/10/2015
Prazo do Relator: 09/11/2015
Prazo da Comissão: 16/11/2015
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA:
Não houve no período.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Antes de passarmos à
Ordem do Dia, em nome da Comissão de
Infraestrutura, recebemos o mais novo integrante
desta comissão, o Senhor Deputado Amaro Neto.
Seja muito bem-vindo a esta comissão, colaborando
conosco durante os trabalhos. V. Ex.ª tem um papel
fundamental na construção de uma política nova para
o Estado do Espírito Santo e, evidentemente, somado
à politica de outros Senhores Deputados para, dentro
desta comissão tão rica, podermos oferecer à
população capixaba os melhores trabalhos e os
melhores resultados. Portanto, a chegada de V. Ex.ª a
esta comissão só enriquece ainda mais os nossos
trabalhos. Não temos dúvida nenhuma de que V. Ex.ª
será o grande responsável por grandes
encaminhamentos para deliberarmos junto com o
trabalho dos demais Senhores Deputados. Seja muito
bem-vindo.
Antes de iniciarmos nossos trabalhos,
concedo a palavra ao Senhor Deputado Amaro Neto
para que faça sua explanação em tempo.
O SR. AMARO NETO – (PPS) – Obrigado,
Presidente Deputado Edson Magalhães. Quero
desejar um bom-dia especial aos colegas Deputados,
aos convidados, também aos servidores, ao público
presente e aos telespectadores da TV Ales. É com
muito carinho que agora faço parte desta comissão,
muito bem presidida por V. Ex.ª, Senhor Deputado
Edson Magalhães, e também com as presenças dos
Senhores Deputados Marcelo Santos, Rodrigo
Coelho e Doutor Hércules. Fico muito feliz e
tentaremos contribuir da melhor maneira possível
para as discussões em torno de infraestrutura, de
desenvolvimento urbano, regional, de mobilidade
urbana, de logística que são temas também
importantes. Mobilidade urbana é um tema
importantíssimo e falaremos hoje sobre a questão da
Cesan e também é um tema importante tratarmos
como está sendo o trabalho da Cesan, executando
esse trabalho agora em época de crise hídrica como a
que estamos vivenciando. Obrigado por suas palavras
e obrigado por me receber com todo carinho nesta
Comissão.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Muito obrigado, Senhor
Deputado Amaro Neto.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Doutor Hércules para saudá-lo.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) – Mais uma vez é uma satisfação muito grande termos
o Senhor Deputado Amaro Neto, nosso grande
comunicador. Com certeza o Espírito Santo conhece
S. Ex.ª muito bem, pois é o apresentador que tem o
maior número de expectadores por minuto em nosso
Estado. Com certeza S. Ex.ª nos dará visibilidade
muito boa, como tem dado à nossa Assembleia. Não
só como apresentador, mas como deputado, tem sido
equilibrado. O apresentador é mais brincalhão e
estamos acostumados com isso quando S. Ex.ª entra
em nossos lares. Fico esperando a hora que o Amaro
entrará no ar, porque na verdade sabemos que
riremos um bocado das brincadeiras. Mas quando
chega à Assembleia Legislativa, como deputado, é
outra pessoa. S. Ex.ª não é aquele apresentador,
apesar de apresentar com muita maestria e distração e
de conseguir prender o telespectador naquilo que
apresenta. Como deputado S. Ex.ª consegue prender
pela seriedade e pelo equilíbrio que tem conduzido
esse mandato mesmo com tão pouco tempo na Casa.
Ficarei com pena porque ano que vem poderemos
perder o Senhor Deputado Amaro Neto para a
Prefeitura de Vitória, assim como perderemos o
Senhor Deputado Edson Magalhães para a Prefeitura
de Guarapari.
Com relação à Cesan, que a empresa nos
tenha como amigos e como parceiros. Mas o parceiro
também é aquele que cobra, igual pai e mãe, que às
vezes tem que puxar um pouquinho a orelha do filho
porque é assim que ensinamos. Dos amigos e
companheiros exigimos mais, pois queremos essa
seriedade. Na verdade, tenham-nos como parceiros,
mas também como críticos e cobradores de um
serviço mais eficiente. Muito obrigado pela abertura
do nosso presidente em nos franquear a palavra.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Obrigado, Senhor
Deputado Doutor Hércules.
Senhores Deputados Amaro Neto e Doutor
Hércules, recentemente foram publicadas manchetes
nos principais jornais do Espírito Santo sobre o
esgoto in natura jogado na baía de Vitória, sendo
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 81
responsável a Companhia Espírito-Santense de
Saneamento, Cesan. Para falar deste tema e
debatermos estamos com os técnicos da Cesan:
senhor Luiz Claudio Rodrigues, gerente de coleta e
tratamento e esgoto; senhora Wanusa Pereira dos
Santos, chefe de divisão; e senhor Cézar Luís Fávero
Teixeira, engenheiro do polo de Guarapari. Sejam
muito bem-vindos e fiquem à vontade.
Passo a palavra ao primeiro explanador, para
fazer sua justificativa acerca do requerimento do
Senhor Deputado Marcelo Santos. Os senhores já
foram ouvidos na Comissão de Saúde, mas é
importante ouvi-los nesta Comissão, porque é uma
das prerrogativas dada à Comissão de Infraestrutura
trabalhar a água e consequentemente o esgoto.
Portanto, passo a palavra ao primeiro explanador.
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES – Bom-dia, Senhores Deputados Edson Magalhães e
Doutor Hércules. Obrigado pelas palavras de carinho.
O Senhor Deputado Amaro Neto, além de bom
apresentador deve estar feliz porque o Botafogo
ganhou neste final de semana. Estivemos juntos no
estádio assistindo ao Botafogo e estamos todos
felizes.
A respeito das notícias que veicularam na
imprensa. Infelizmente ficamos muito tristes, porque
aquela notícia veio de uma lista que não era oficial da
Cesan, alguém divulgou uma lista em que se
encontravam algumas inconsistências. Foi quando
surgiu toda aquela matéria dizendo que a Cesan
estava poluindo a baía de Vitória.
A Cesan não é uma empresa poluidora; a
Cesan despolui. O que aconteceu com aquela lista é
que tínhamos cinco unidades, que se chamam
elevatórias de esgoto, que fazem o bombeamento do
esgoto para as grandes estações de tratamento. Em
Vitória, temos a Estação de Mulembá; em Vila
Velha, a de Araçás; em Cariacica, a Bandeirantes.
Essas grandes estações recebem todo esse esgoto da
Grande Vitória.
E aconteceu que a conta de água dessa
estação... Quando estava sendo construída, existia
uma conta de água da empresa que construía a
estação elevatória. São cinco elevatórias, se não me
falha a memória, uma é em Jucutuquara, e nessa
região do Forte São João, e que quando acabou a
obra, não tem mais água naquela estação, a não ser
uma torneira para que o profissional lave a mão, cai
na área de bombeamento e isso vai para a estação.
Quem divulgou a lista, infelizmente, estava
dizendo que o esgoto estava factível e publicou que a
Cesan estava jogando esgoto no mar.
A Cesan não estava jogando esgoto no mar.
As unidades da Cesan, o prédio do Centro de Vitória,
que é o nosso maior prédio, todos estão interligados
no sistema. Então, não tem veracidade essa
informação de que a Cesan tem unidade que esteja
lançando esgoto no mar.
Paralelo a isso, saiu também a reportagem
sobre os órgãos públicos, sobre o Iema
principalmente, que foi destacado. Com relação ao
Iema, o Iema está numa região que não possui ainda a
rede coletora de esgoto. E nesses casos a Lei Federal
n.º 11.445, a lei do saneamento, diz em um de seus
artigos que quando você não tem sistema público de
coleta e tratamento, você tem que ter o sistema
individualizado. E o Iema tem sim sua fossa filtro,
que faz o tratamento na unidade deles, em Jardim
América.
Vários órgãos públicos fizeram parcerias com
a Cesan, procuraram a Cesan, como foi o caso da
Assembleia Legislativa, já há mais tempo, quando
demos as orientações técnicas, e a Assembleia
interligou o sistema à Cesan. O Tribunal de Contas
também nos procurou, também interligou. O prédio
do Ministério Público também fez a sua interligação.
E assim vários, como o Dnit/ES, que também foi uma
parceria com a Cesan, que deu todo apoio técnico. E
são vários órgãos públicos que ainda não fizeram e
que, inclusive, está na questão da matéria publicada.
Com relação aos órgãos do Governo do
Estado, já iniciamos toda uma vistoria em todos esses
órgãos para orientá-los. Temos a dificuldade de
questão orçamentária também, mas alguns órgãos
estão fazendo parcerias e estamos executando os
serviços e debitando em conta. E está evoluindo a
questão da interligação dos órgãos públicos.
E quanto ao outro assunto, de que também
tratava essa matéria, a região de Maria Ortiz, em que
se disse que a Cesan estava lançando esgoto lá. O que
está ocorrendo lá? As drenagens pluviais estavam
com contribuição de esgoto. A Polícia Ambiental
esteve lá, fez sua vistoria e fomos procurar de onde
estaria vindo esse esgoto nessa rede de drenagem. E
então, encontramos ainda duzentas e noventa e nove
residências que ainda não estavam interligadas ao
sistema de coleta e tratamento de esgoto. Estamos
vistoriando, estamos orientando, estamos em parceria
com a prefeitura de Vitória, de modo que essas
pessoas interliguem seus esgotos na rede da Cesan, a
fim de não ter mais essa contribuição de esgoto na
drenagem pluvial.
É um trabalho muito difícil, um trabalho de
educação, um trabalho de mudança de cultura das
pessoas. Hoje, na Grande Vitória como um todo,
temos cerca de oitenta mil imóveis que ainda não
fizeram a ligação na rede da Cesan.
Então, precisamos do apoio das prefeituras
principalmente, precisamos do apoio da Casa.
Existem alguns estados que já fizeram uma legislação
no sentido e tivemos isso na região continental de
Vitória, em que quando você faz o serviço de
implantação de rede e coloca a caixinha na frente do
seu imóvel, a partir de noventa dias da implantação
dessa caixinha o usuário já implanta a tarifa de esgoto
nele. Qual o impacto disso? Pagando essa taxa acaba,
normalmente, fazendo essa interligação o mais rápido
possível.
Os índices da parte continental de Vitória:
Jardim da Penha, Mata da Praia, Jardim Camburi, o
82 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
próprio Maria Ortiz tem essas casas, mas cerca de
noventa por cento das residências lá estão
interligadas. Então o índice daquela região
Continental toda chega a noventa e oito por cento de
interligação, um índice muito bom.
Alguns estados já fizeram isso: Pernambuco,
Goiás... Que seria a legislação. Então, contamos
imensamente com apoio desta Casa no sentido de
conseguir uma legislação para fazer com que a
efetividade dos investimentos que o governo de
estado vem fazendo... E esses investimentos são
muitos, desde 2003, no primeiro mandato
Governador Paulo Hartung, até hoje foram mais de
dois bilhões de reais investidos no esgotamento
sanitário.
Então, o investimento, o trabalho é muito
grande e só traz retorno se, efetivamente, as pessoas
interligarem e o esgoto chegar à estação para que
possa ser tratado. Se isso não ocorrer a efetividade, o
ganho ambiental disso não ocorrerá.
Paralelo a isso, trouxemos uma apresentação
para mostrar aos senhores a respeito de todo esse
trabalho que vem sendo feito pela Cesan, para
discutirmos depois toda essa questão dos
investimentos em esgotamento sanitário que estão
sendo feitos em todo estado Espírito Santo.
Por que não temos cem por cento de esgoto
tratado? Este slide mostra o panorama do Brasil.
Podemos notar que a região norte é uma região que
tem a maior deficiência de esgotamento sanitário. E
o que acontece? Estamos com aquele dado de trinta e
sete e meio quando envolvemos o Estado de
Espírito Santo todo. No grande aglomerado, que é a
Grande Vitória, já estamos chegando perto de
sessenta por cento de cobertura de esgotamento
sanitário.
Como é a história do saneamento no Brasil?
Começou na década de 60 com o Planasa, que foi
muito bem-sucedido na parte de abastecimento de
água, mas no esgotamento sanitário praticamente
ficou parado. Foi-se melhorando a cobertura de
abastecimento de água e nada de investimentos em
esgotamento sanitário.
Ao chegar à década de 90, com o BNH,
começou a sair, principalmente aqui no estado, na
Serra, esses conjuntos residências. E começaram os
investimentos em esgotamento sanitário e em
estações de tratamento do tipo lagoa, que temos
muitos na Serra. Cada empreendimento implantado
na Serra veio com a estação de tratamento do tipo
Lagoa.
Tivemos também a maior estação nossa, nas
décadas de 80 e 90, que foi a implantação da ETE de
Camburi.
Com a urbanização acelerada, descontrolada,
o que aconteceu na década de 70? Começou a ter
esgoto a céu aberto para todos os lados. Então, em
2007, essa lei do saneamento veio trazer a
regulamentação do setor, colocar ordem na casa e
definir uma política para que possamos avançar na
parte de esgotamento sanitário.
Aquela foto é da ETE de Jardim Camburi,
implantada em 1990.
No Espírito Santo, toda essa área amarela do
slide é onde já existe o sistema de água e de esgoto.
Esses pontinhos são os municípios onde temos obras
de implantação de esgotamento sanitário. O que está
em azul está atendido pela Cesan somente com água.
Temos um déficit na região do Caparaó, um
investimento que o governo está fazendo junto ao
Banco Mundial e que trará esgotamento sanitário
para aquela região do Caparaó. E melhorar também
na Grande Vitória. Por exemplo, na região do Doutor
Hércules, no município de Vila Velha, estamos agora
discutindo a participação público-privada para
universalização, sendo que já está garantido o
dinheiro do Banco Mundial para aquela região da
Grande Terra Vermelha, região com a população
mais carente, que ganhará cem por cento de cobertura
de rede coletora de esgoto.
Estes são alguns dados da evolução do
esgotamento sanitário. Reparem que Vila Velha, em
2002, tinha dois por cento e chega em 2014 com
cinquenta. Serra já tinha os conjuntos residenciais,
então já tinha uma quantidade boa de esgotamento
sanitário. Mas evoluiu para sessenta. Agora, com a
PPP da Serra, que iniciou em 2015, em oito anos será
universalizado um investimento em torno de
trezentos, trezentos e cinquenta milhões de reais.
Como é o trabalho de coletar e tratar o
esgoto? Não é simples. Como não sabemos viver sem
água e o esgoto a população acaba, de um modo ou
de outro, afastando das suas residências, acaba não
dando valor necessário ao esgotamento sanitário.
Então, hoje, a maioria das residências ou joga o
esgoto dentro de um rio ou na drenagem pluvial na
rua; ela não vê o esgoto na frente da sua residência e
acha que o problema do esgoto está resolvido, mas na
realidade não é isso, temos que trazê-lo para as
estações de tratamento para depois devolver aos rios,
lagos e canais na Grande Vitória.
Esta é uma foto... As pessoas confundem
muito a ligação. Esta é a foto da drenagem pluvial e
aqui a rede de esgoto da Cesan. Geralmente é usado
um tubo menor, que é só para passar esgoto, e as
pessoas teriam que pegar suas unidades e interligá-las
na caixinha que a Cesan disponibiliza na calçada. O
serviço dessa caixinha para dentro é por conta dos
usuários e da caixinha para fora é por conta da Cesan.
De acordo com a pesquisa feita, todo mundo,
um índice elevado, entende que é fundamental o
esgotamento sanitário. É muito importante que a
pessoa tenha consciência, mas ela ainda resiste nessa
interligação ao sistema coletor, haja vista o grande
número de usuários que ainda não interligaram.
Esta é a foto de algumas estações. ETE
Mulembá em Vitória, com investimentos em torno de
quarenta milhões; ETE de Araçás; ETE em
Guarapari; ETE em Bandeirantes. Essas estações
tratamento têm alta tecnologia e possuem eficiência
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 83
de tratamento acima de noventa por cento de
remoção de matéria orgânica.
Quem colocar um copo d'água na saída dessa
estação não consegue identificar se é água mineral ou
água efluente da estação; estação que nos dá bastante
tranquilidade e coloca os efluentes nos parâmetros
necessários para não ter contaminação de corpo
receptor. Inclusive, estamos começando a utilizar
como reuso, para as prefeituras molharem parques e
jardins. Implantamos algum sistema de bombeamento
e também estamos clorando essa água para não ter
problema nenhum de contaminação. A prefeitura, por
exemplo, de Vila Velha, já está utilizando.
Hoje tive contato das empresas de
terraplanagem também procurando o efluente das
estações para poder usar nas obras de terraplanagem.
Estas são fotos de mais estações. Esta é uma
concepção diferente, um tanque fechado, sistema que
chamamos Uasb, na região de Ulisses Guimarães.
Como tínhamos área em abundância na
região de Nova Almeida, implantamos um sistema do
tipo lagoa, lagoa anaeróbia, seguida de uma lagoa
facultativa.
Estas são fotos de mais estações no interior
do estado. Essa estação aqui de Pedra Azul, quem
for lá nunca imagina que seja uma estação de
tratamento. Procuramos colocar uma arquitetura de
modo que não tivesse impacto naquela região de
montanha e alguns municípios como Santa Teresa já
teve seu córrego lá com uma melhoria visual com a
implantação do tratamento de esgoto de Santa Teresa.
Para nós, esse nosso serviço do dia a dia a
Cesan gasta mais ou menos, em torno da Grande
Vitória, dezessete milhões de reais a cada dois anos
fazendo a limpeza de rede. Então, quando um esgoto
desse vaza não é porque a rede está com problema e
sim por mau uso dos usuários do sistema coletor.
Esse slide que vemos mostra que tudo isso é
gordura de restaurantes e residências que acabam
jogando na rede coletora e acabam obstruindo.
Quando vaza, vamos lá desobstruir e em alguns
locais já temos todos eles mapeados. Fizemos um
trabalho de educação com coleta de óleo e fazemos a
limpeza preventiva da rede para que isso não vaze,
mas sempre acabamos tendo problema e são
utilizados caminhões de jatos vácuos. É um trabalho
difícil que fazemos e durante o ano é normal e
diariamente temos os nossos caminhões executando
cerca de quatro mil solicitações para o cliente na
Grande Vitória que temos por mês reclamando de
entupimentos devido ao mau uso. Vemos nesse slide
o que tiramos do esgoto; jogaram um pneu dentro da
rede de esgoto; vemos fiapo de cabelo, fio dental,
preservativo e absorventes que se juntam com
gordura e formam essa placa toda e acabam
obstruindo a rede de esgoto.
Volto a lembrar que a Cesan gasta dezessete
milhões de reais a cada dois anos em um contrato
aqui na Grande Vitória fazendo essa limpeza de rede
diariamente. Vemos uma foto do esgoto tratado como
ele sai para o meio ambiente.
Para incentivar isso tudo implantamos o
Programa Se Liga na Rede, que está em uma nova
filosofia e a Wanusa Pereira dos Santos é a
coordenadora do programa. Esse programa está
dentro da nossa gerência, dentro da diretoria de Meio
Ambiente e vou até pedir à Wanusa que
complemente agora com as informações do Programa
Se Liga na Rede que é um programa que vamos
avançar sim. Hoje, já conseguimos retirar o esgoto
daqueles quiosques na frente da Curva da Jurema. É
uma medida importantíssima. A Curva da Jurema,
hoje, já está com qualidade e balneabilidade para que
se tome banho. Está boa e estamos agora em uma
nova filosofia partindo da drenagem para ver o que
está acontecendo com a drenagem e chegarmos ao
esgoto das residências de modo que consigamos os
avanços porque um dos principais é tirar essas placas
de balneabilidade imprópria das nossas praias e
termos um litoral que a população possa utilizar sem
problema e com qualidade de vida.
A SR.ª WANUSA PEREIRA DOS
SANTOS – Bom-dia senhores deputados. É sempre
um prazer vir aqui explicar o trabalho que é realizado
pela Cesan e dialogar na busca dessa parceria. Hoje o
nosso maior desafio é de fato construir parcerias com
os diversos Poderes como Executivo e Legislativo
para que possamos ter efetividade.
Vamos mostrar ali algumas fotos, sobretudo
de Guarapari. Senhor Deputado Edson Magalhães, fiz
questão de trazer a evolução que tivemos lá e como é
necessária neste momento essa parceria para termos
melhorias na condição hídrica no Estado do Espírito
Santo e em especial na Grande Vitória.
O Senhor Luíz Claudio falou do contexto.
Nós estamos nesse trabalho buscando contribuir
diretamente para a despoluição hídrica e a nossa
população, que chamamos de sociedade, está muito
receptiva nesse momento para esse diálogo.
Precisamos despoluir para que tenhamos condição
melhor de corpos hídricos no nosso Estado. Esse é o
nosso desafio. Temos o Estado e o governo do Estado
apostando nesse trabalho de despoluição hídrica e
também é um projeto prioritário hoje da nossa
empresa Cesan. Temos um apoio muito grande da
sociedade nesse trabalho e buscando utilizar melhor o
sistema de esgoto, que hoje são subutilizados porque
temos um grande número de imóveis não ligados à
rede de esgoto.
Queremos, enfim, acabar com aquela imagem
ali: esgoto sendo lançado diretamente no canal de
Guarapari e na baía de Vitória. Esse é nosso grande
desafio para os próximos três anos, que é a meta
desse projeto.
Nesse slide temos a experiência da primeira
fase, tivemos de 2012 a 2014 o Programa Se Liga na
Rede. Verifiquem que, de 2009 a 2011, tínhamos o
acréscimo de cerca de nove mil, doze mil novos
imóveis ligados à rede ao ano. À medida que existe
84 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
esse empenho junto às prefeituras, prefeitura
notificando, atuando, programa na televisão
divulgando, ampliamos. Em 2012, tivemos vinte e
seis mil novos imóveis; em 2013, trinta mil novos
imóveis e, em 2014, vinte e cinco mil novos imóveis
ligados à rede. Então, agora continua de 2015 a 2017
o Programa Se liga na Rede com esse novo foco da
despoluição hídrica.
Vamos só no totalizador. No slide, o dado
sobre Guarapari ainda não está atualizado, vamos
ampliar Guarapari para sessenta e três por cento. O
que é isso? Sessenta por cento é nossa cobertura de
esgoto na Grande Vitória. O novo planejamento do
governo Paulo Hartung estabeleceu que vamos
chegar a cem por cento em 2035, é a meta da
cobertura de esgoto no Estado do Espírito Santo.
Em 2035, teremos cem por cento da
população capixaba com rede de esgoto disponível.
Hoje, temos sessenta por cento e temos quarenta e
sete por cento da população sendo atendida. O que
está de errado aqui? Teríamos que ter isso bem
próximo disso.
Aqui está nosso gap, do que estamos
correndo atrás. Temos rede disponível e não temos a
população usando o sistema de esgotamento
sanitário. Esta é nossa meta, que é trazer esses
quarenta e seis para perto desses sessenta.
O Luiz Claudio falou de oitenta, hoje temos
cem mil imóveis que podem se ligar à rede de esgoto
e que não estão interligados. Temos trezentos e
quarenta e um mil imóveis ligados e cem mil que
podem estar ligados. No total, são quatrocentos e
quarenta e três mil imóveis com rede disponível na
Grande Vitória.
O Se Liga na Rede vem para trabalhar esses
cem mil imóveis e depois veremos que, até 2017
teremos cento e dezessete mil imóveis para se
ligarem na rede.
O nosso foco hoje é a despoluição hídrica.
Com o quantitativo de obras que temos realizadas no
Estado, já podemos falar em melhorar a condição
hídrica do nosso estado e compartilhar
responsabilidade.
O Governo do Estado fez um grande volume
de obras e precisamos agora, de fato, mobilizar a
sociedade, os clientes que ainda não ligaram seus
imóveis à rede para que liguem. Então, o objetivo do
Se Liga na Rede é orientação e estímulo para
executar a ligação. Os objetivos são melhorar as
condições ambientais e de saúde, alcançar noventa
por cento. Por que noventa por cento, Wanusa?
Porque temos algumas situações de imóveis que têm
inviabilidade técnica de ligação. Nessa, os
imóveis estão abaixo do nível da rede. Então, tem
condições, tem o custo da elevatória, mas alcançando
noventa por cento, já conseguiremos muita melhoria
nos corpos hídricos da Grande Vitória. E os
beneficiados somos todos nós, a população, a
sociedade civil, os órgãos públicos e os clientes
beneficiados da Cesan.
Estes são os ganhos. Não sei por que na
projeção saiu ruim, mas os ganhos são a consciência
socioambiental, o uso racional da água, porque já
percebemos em estudos que fazemos dos clientes
que, quando o cliente passa a usar o sistema de
esgoto, usa menos água, porque paga a tarifa de
esgoto em cima da tarifa de água. Então, é um
ganho enorme se ele reduz o consumo de água,
significa que estava usando a mais. Se sobrevive na
mesma condição e está utilizando menos água,
significa que a tarifa tem um impacto negativo
porque o cliente paga mais um serviço, claro que isso
é um impacto, mas ao mesmo tempo tem um ganho
no uso racional da água.
Para a saúde, a despoluição dos rios, lagoas e
mar, e a receita para novos investimentos. A Cesan é
uma empresa e toda manutenção é custeada pelas
tarifas, não recebemos recurso do Governo do Estado
para manutenção do sistema de água e esgoto. O
Governo investe para ampliação dos sistemas, mas
não para manutenção, portanto, o que garante é a
tarifa de esgoto e de água.
Temos as diretrizes e a despoluição hídrica, e
falamos sobre o que é o programa Se Liga na Rede,
que é a parceria com a Assembleia Legislativa, com
as prefeituras municipais, é a questão do reuso que
estamos trabalhando muito agora, e o que o Luiz
Claudio Rodrigues falou, que ao invés de as empresas
utilizarem a água bruta, que utilizem o efluente
tratado das estações do tratamento de esgoto para a
água de processo. A ArcelorMittal já está usando, a
Vale está estudando e as empresas de terraplanagem
também já estão se interessando para utilizar essa
água de reuso.
Estamos trabalhando na perspectiva dessa
legislação para que, à medida que seja
disponibilizada a rede de esgoto, possa se implantar a
tarifa. Temos também trabalhado na perspectiva
dessa inteligência, que falarei mais à frente, que é
identificar de fato quem são os poluidores da nossa
cidade.
Temos as parcerias da prefeitura e do
Ministério Púbico, na qual temos trabalhado
diretamente, e as associações de condomínios,
administradoras e as organizações comunitárias e
ambientais são os nossos parceiros nesse trabalho.
Com relação à abrangência, hoje, com a conclusão de
novas obras, temos cento e dezessete mil imóveis
com condição de interligação.
Estamos entregando várias obras na Serra
Sede e em toda aquela região de Jardim Limoeiro e
Carapina Grande, que não tinha esgoto. Mas agora
está sendo concluída a obra. Entregamos,
recentemente, a obra de Guarapari e conseguimos
tudo isso hoje, e temos cento e dezessete mil. Em
Afonso Cláudio, terminamos recentemente a obra
também. Em Muniz Freire, foi uma obra importante
que a Cesan fez em toda a sede do município. Em
Itaúnas, infelizmente, ainda temos algumas pousadas
e residências não ligadas ao sistema de esgoto,
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 85
poluindo diretamente o rio Itaúnas. Então, essa é a
nossa meta. São cento e dezessetes mil novos imóveis
ligados à rede de esgoto, retirando quinhentos e
quarenta milhões de litros de esgoto por dia da baía
de Vitória e dos demais corpos hídricos da Grande
Vitória e do interior do estado. Sempre falamos
Grande Vitória porque a área é mais densa, mais
habitada, então, o grande volume da poluição está na
baía de Vitória.
Falaremos sobre Guarapari, e nesta linda
imagem temos o canal de Guarapari e a Praia do
Morro, que é a região central incluindo todas as
praias do centro. Hoje, temos condição de despoluir
quase cem por cento, noventa por cento do canal
Guarapari, da Praia do Morro e da Praia do Riacho, e
do rio Perocão também. Onde não conseguimos
limpar ainda é o rio Meaípe, porque nossa obra foi
paralisada. Em todos esses demais corpos hídricos,
temos a condição de limpar muito. A obra que
fizemos beneficiou principalmente o canal Guarapari
e o rio Perocão.
Temos traçado alguns dados. Então, por
exemplo, quando pegamos o estudo de balneabilidade
do Iema, identificamos pontos de poluição. Na
imagem, temos a saída do rio Perocão, pontos ainda
na Praia do Morro e a saída do canal Guarapari. Esse
é o nosso principal desafio.
Senhor Deputado Edson Magalhães, que bom
que contaremos com a ajuda do senhor a partir de
2017, pois o nosso desafio é despoluir esses pontos
que temos condição de melhorar muito com as obras
que concluímos agora em Guarapari.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES - DEM) - Permita-me, pois não
estou entendendo aquele rio Perocão.
A SR.ª WANUSA PEREIRA DOS
SANTOS - O Cézar Luís Fávero Teixeira vai me
ajudar porque é da região.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES - DEM) - Porque temos o rio Iúna.
O SR. CÉZAR LUÍS FÁVERO
TEIXEIRA - Bom dia a todos. Senhores Deputados,
é um prazer estar nesta reunião. O rio Iúna está ligado
à bacia da Grande Santa Mônica, que tem um projeto
em fase final de conclusão e para a Cesan captar
recurso para poder fazer a distribuição.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES - DEM) - Mas tem estudo para
aquele rio?
O SR. CÉZAR LUÍS FÁVERO
TEIXEIRA - Isso.
Agora, o de Perocão é que temos todo o
bairro Perocão já com rede coletora, possível de
utilizar com tratamento; o Bairro Jabaraí, que
também faz parte dessa contribuição; e a região do
aeroporto, que é a cabeceira, que contribui para o Rio
Perocão. Faltando para a despoluição total do Rio
Perocão, além da interligação dessa região que tem
sistema de esgoto, fazer o sistema de esgoto daquelas
três ruas do Bairro Jardim Europa, quem também
contribuem para o Rio Perocão.
A SR.ª WANUSA PEREIRA DOS
SANTOS – Ali temos a imagem dos dois grandes
sistemas. Tem os menores, mas esses são os dois
grandes sistemas. O C é sistema do Centro, que foi
concluído recentemente. Lá temos uma estação de
tratamento enorme, atendendo essa região do Centro,
mais ou menos aqui tem a estação de tratamento. E o
sistema aeroporto, que o Cézar acabou de explicar,
que temos algumas ruas em Nossa Senhora da
Conceição já com o esgoto. A saída do Rio Perocão
está mais ou menos aqui.
Identificamos no estudo, que estamos
concluindo com a Secretaria de Meio Ambiente, que
onde falta é só nesse ponto, é a área menos adensada,
são as três ruas, e conseguiríamos limpar totalmente a
saída do rio. Temos ainda alguns desafios na Praia do
Morro, alguns imóveis, alguns prédios não ligados à
rede de esgoto. E no Centro liberamos o sistema
agora e começamos a trabalhar. Ainda tem um
pedacinho do Bairro Camurugi que não tem rede e
que continuará lançando no Canal Guarapari,
infelizmente, que é o desafio da ampliação.
Agora, vemos a imagem da Praia do Riacho,
que com essas obras de esgotamento sanitário
conseguiremos, com a adesão dos clientes, eliminar
esse esgoto a céu aberto que temos ali no cantinho da
Praia do Riacho. Todo o entorno dos bairros Ipiranga
já está com rede de esgoto e vamos trabalhar
intensamente para acabar com esse esgoto a céu
aberto na Praia do Riacho.
Essa imagem mostra um pouco desse estudo
que estamos fazendo, como a drenagem de Vitória.
Estamos trabalhando lá, com a Prefeitura de
Guarapari, para ver se conseguimos também
caminhar para um estudo desse, que é identificar as
saídas de drenagem, que são os maiores pontos de
poluição. Estamos agora mapeando esses pontos lá,
que é em Vitória, mas que é só um exemplo do que
estamos fazendo, o mapeamento para identificar
saídas de drenagem, esgoto vazando e quem está
lançando o esgoto para lá.
O desafio, como o Luiz Claudio falou, onde
está? O desafio é esse, convencer a população de que
para limpar o Canal Guarapari precisamos que os
imóveis tirem a ligação da rede de drenagem, porque
é assim que acontece. Os bairros que não têm sistema
de esgoto se interligam no sistema de drenagem - isso
é comum - ou na fossa. O ideal seria na fossa, mas os
moradores acabam ligando na rede de drenagem. O
morador tirar essa ligação da rede de drenagem,
lançando aqui para nossa rede de esgoto. Esse é o
nosso desafio. Além da busca da parceria. Quem tem
o poder de multar, de fiscalizar? É a Prefeitura. E
86 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
atuamos em parceria com as prefeituras, para que elas
notifiquem. Na Grande Vitória, temos legislação que
obriga os usuários, os munícipes, onde tenha rede
disponível, a ligarem os imóveis à rede de esgoto.
Buscamos construir essa parceria com os municípios,
para que eles façam esse trabalho de fiscalização.
Vemos agora exemplos de algumas obras,
serviços que agora estamos fazendo para garantir a
ligação dos imóveis. Ali é Vila Velha, onde tem rede.
Nossa meta também é fazer a despoluição do Canal
da Costa. Temos todo o entorno do Canal da Costa já
com sistema de esgoto. Queremos, também, é um
desafio, em conjunto com as prefeituras e com os
clientes desse entorno, não lançar mais esgoto para o
Canal da Costa e conseguir esse canal limpo.
Nesse slide podemos ver que esses são os
bairros que hoje lançam esgoto e que hoje estamos
trabalhando intensamente para orientar esses clientes
para tirarem o esgoto do Canal da Costa.
Então, as ações complementares que hoje já
estamos trabalhando: a política de reuso, para que as
empresas não usem mais água bruta nos seus
processos, mas utilizem a água de reuso, o efluente
tratado da ETE; a mudança de legislação, que é
conseguir esse avanço na nossa legislação capixaba
para, à medida que seja disponibilizado o sistema de
esgoto, já se inicie a cobrança de tarifa de esgoto com
noventa dias; e o monitoramento ambiental. Hoje
mostramos à sociedade que onde retiramos o esgoto
do corpo hídrico conseguimos melhorar. Já estamos
tendo melhorias na balneabilidade de Vitória em
alguns pontos, e estamos trabalhando nessa
perspectiva.
A imagem mostra o fluxo de atuação com a
prefeitura que trabalhamos, na perspectiva da
fiscalização.
A próxima imagem mostra alguns serviços.
Como a Cesan está acompanhando o Governo do
Estado na obra na Leitão da Silva, conseguiremos
retirar todo aquele esgoto que é lançado do lado
esquerdo do morro para a Leitão da Silva, sentido
avenida Maruípe, que vai direto para o canal da
Passagem, e do canal da Passagem para a praia de
Camburi. Então, todo esgoto que vai da Leitão da
Silva pra o Canal da Passagem será retirado.
Também conseguimos, onde existe, Senhor
Deputado, aquela praia dos Pescadores, perto do
Papaguth, na praça do Papa, colocamos, lá no morro
de São José e de Santa Helena, colocamos caixas,
fizemos algumas obras. Antes, todo o esgoto da
região ia para a baía de Vitória, para aquele ponto
próximo ao Papaguth, perto da praça do Papa. Não
vai mais. Já obtivemos melhora naqueles pontos.
Todo esse esgoto agora vai para a nossa estação de
tratamento de esgoto de Mulembá.
Em Jesus de Nazereth também melhoramos
aquele ponto próximo ao Bar do Bigode. Tem uma
saída de drenagem. O esgoto ia direto para ali, e
também já fizemos obras, e hoje tudo isso vai para a
estação de tratamento de esgoto. Nenhum esgoto
mais em Jesus de Nazareth desce direto para a baía
de Vitória.
A próxima imagem mostra Castelo Branco,
na mesma lógica.
Essa imagem mostra Vila Velha. Fizemos
uma obra importante com a PPP. O mapa está ruim,
mas daqui a uns dias teremos um bom. Esse é o lado
de Vila Velha, que lança esgoto para o canal do rio
Marinho. Fizemos uma obra nesse local, que também
lançava esgoto para o canal do rio Marinho. Aqui não
vai mais.
Com esse trabalho ligando os imóveis de
Cariacica na rede de esgoto, nenhum bairro de
Cariacica lança esgoto para o canal do rio Marinho.
Universalizando em Vila Velha com a PPP,
conseguiremos também limpar o canal do rio
Marinho. Mas neste caso precisamos de obras
estruturantes, diferente de Vitória, Guarapari e outros
municípios. Ainda precisamos de obras importantes
em Vila Velha.
A imagem nos mostra interligando alguns
condomínios em Vila Velha, em Itaparica, para
conseguirmos tirar o esgoto do canal da Costa.
A próxima imagem mostra o Lameirão. São
os bairros que vertem para o Lameirão. Estamos
fazendo esse trabalho de inteligência para
identificarmos quais são os imóveis que não estão
ligados. Quem verte esgoto no Lameirão? Maria
Ortiz, Jabur, Solon Borges, Segurança do Lar,
Antônio Honório e Bairro República. Os demais não
contribuem. Nesses bairros estamos identificando os
imóveis que não estão interligados. Orientaremos e
passaremos os dados desses imóveis que têm a rede
de esgoto e ainda continuam lançando no Lameirão,
causando um desastre ambiental, diretamente para a
prefeitura e para a Polícia Ambiental.
O Lameirão sairá na praia de Camburi. É um
desafio limpar isso, de fato, para que consigamos
melhoria no final da praia de Camburi, onde sai o
canal da Passagem.
O próximo slide fala dos recursos. Não sei se
vamos falar ou se iremos dialogar um pouco sobre o
Se Liga na Rede, que estamos trabalhando.
Quer falar, Luiz Claudio?
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES –
Quanto aos nossos recursos financeiros, os recursos
próprios da Cesan e do Governo do Estado formam a
grande fatia. Recebemos muito poucos recursos da
União. A União manda muito pouco dinheiro para
esgotamento sanitário. Hoje, de significativo, temos
Vale Encantado, que está sendo feito. Foram doze
milhões de reais, que vieram com recursos do OGU.
Essa imagem mostra leis importantes
aprovadas inclusive nesta Assembleia Legislativa,
como a política estadual de saneamento; a agência
reguladora, que também foi importante; a parceria
público-privada; o orçamento de investimento de
2011 a 2014, aprovado aqui na Casa; o empréstimo
do Banco Mundial, de cento e noventa e seis milhões
de dólares que serão investidos na região do Caparaó
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 87
e nos Municípios de Vila Velha e de Cariacica.
Essa imagem mostra onde podemos avançar.
E contamos com o apoio da Casa com essa legislação
que é muito importante para nós. Estamos tentando
subsidiar dados e fontes para que possamos evoluir
na aprovação da legislação que disponibilizou o
sistema. Depois de noventa dias podemos implantar a
tarifa de esgoto. A Casa também pode nos ajudar
com as parcerias municipais, com as prefeituras.
O saneamento rural, com recursos da Funasa,
também é importante e geralmente têm que ser
subsidiados. São comunidades rurais onde
precisamos implantar e dar qualidade de vida para as
pessoas.
O importante nisso tudo, Deputado, é que a
Cesan trabalha e trabalha muito, com esforços da
nossa equipe. Na Grande Vitória estou à frente da
gerência de coleta e tratamento de esgoto e a equipe
trabalha muito para trazer esse serviço de qualidade.
Paralelo a isso, trouxemos inclusive o Cézar,
da região de Guarapari, que toma conta da parte do
esgotamento sanitário do Município de Guarapari,
justamente para esclarecer qualquer dúvida, uma vez
que V. Ex.ª já foi prefeito e o será novamente. O
trabalho precisa da parceria com a prefeitura. Se não
tivermos parceria com a prefeitura, o trabalho não
anda porque a prefeitura é quem faz a autuação ao
munícipe; à Cesan só cabe informar.
Então, contamos e precisamos muito do
apoio das prefeituras e principalmente da Assembleia
Legislativa.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Agradeço muitíssimo aos
senhores pela explanação.
Quando me refiro ao rio Iúna, é que a
nascente ou os afluentes do rio Iúna são muito
importantes para a sustentabilidade do Município de
Guarapari.
A região de Santa Mônica tem um
crescimento muito grande. E quando os senhores
mostram Perocão, já me refiro ao rio Iúna porque,
com a escassez de água que temos hoje no estado do
Espírito Santo, devemos manter os rios limpos para
que possamos aproveitá-los e cobrir o déficit de água
que temos hoje, principalmente em Guarapari.
Atrasamos a nossa reunião porque o Senhor
Deputado Doutor Hércules teve que sair para atender
a uma urgência e o Senhor Deputado Amaro Neto
tem um compromisso às 11h. Quero, em uma
próxima reunião, colocar em deliberação uma
audiência pública em Guarapari, com a presença dos
senhores, para discutir a questão dessas residências
que não estão ligadas ao sistema de tratamento de
esgoto. Que possamos chamar, através das
associações, principalmente aqueles bairros que
foram contemplados com esse segundo sistema de
tratamento, que é no Colorado. É importante
chamarmos todos para discutir uma política e ajudar
a Cesan.
Senhor Luiz Cláudio, qual a tarifa do esgoto
ligado e do não ligado?
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES – Como a tarifa de esgoto é calculada? A Cesan tem os
custos para operar tanto o abastecimento de água
quanto o esgotamento sanitário.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – A relação que digo é a
seguinte: essas residências que não estão ligadas,
como isso é cobrado? Ou não é cobrado?
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES – Não é cobrado. Não recebe a tarifa de esgoto. Elas só
pagam a tarifa de água. É exatamente isso. Além de
eles despoluírem o meio ambiente, quando você paga
a tarifa de esgoto, que colocamos mais clientes dentro
do sistema, possibilitará investirmos mais rápido na
ampliação da...
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Estou fazendo essa
pergunta só para esclarecimento de toda população
porque uma vez que o residente paga sua tarifa está
sendo penalizado por aquele que não paga,
colaborando com o meio ambiente... Temos o Abner,
de Guarapari, que está nos assistindo ali atrás, e sabe
da importância de levarmos isso porque a população
cobra da Cesan os benefícios. A Cesan chega com a
obra, implanta a obra, cria o benefício e na hora a
população não dá o seu resultado. Estamos falando
aqui, Abner, da Praia do Morro, que é uma população
extremamente, isto é, tem poder aquisitivo muito
superior aos bairros pobres de Guarapari e
precisamos a todo momento implantar essa política
de conscientização.
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES – Só para V. Ex.ª ter ideia, tenho um dado de Guarapari
- na apresentação da Wanusa perdeu a cor - temos
trinta e duas mil trezentas e oito unidades ligadas.
Não entrou ainda o sistema novo que está aqui
contabilizado, mas temos duas mil e duzentas e trinta
e cinco residências que precisam ser interligadas ao
sistema. Então, estamos falando de cerca... E vai a
dez mil agora com a implantação do sistema novo.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Quero também na
oportunidade de deputado, como temos hoje uma fala
muito abrangente por meio dos meios de
comunicação, temos hoje a televisão de Cachoeiro de
Itapemirim, no Sul, em Guarapari; e no Norte,
Linhares e São Mateus. Gostaria de colocar esses
slides em nosso pendrive para fazer um estudo
minucioso e ajudar a Cesan no esclarecimento a toda
a população. De fato essa reunião de hoje era para
sabermos sobre esse lançamento do esgoto in natura
na baía de Vitória. A Cesan tem um prazo para
acabar com esses lançamentos, conforme foi dito
aqui.
88 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
No governo passado de Vitória, o ex-prefeito
João Coser dizia em todo momento que em 2014
teríamos cem por cento de esgoto tratado em Vitória,
não na Grande Vitória. Isso não aconteceu ainda.
Recentemente o governo do Estado anunciou que o
Governo Federal estava disponibilizando por meio do
ministro Joaquim Levy, que também assegurou ao
governador Paulo Hartung, um bilhão de reais para
tratamento de esgoto, inclusive em parte de Terra
Vermelha. Não é isso?
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES – Isso.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – E vocês mostraram por
meio de um slide que o Governo Federal somente
colabora com cinco por cento e até hoje vocês só
receberam verba em torno de cinco por cento daquilo
que foi gasto no total em tratamento de esgoto, ou
seja, com um bilhão vocês têm ideia de quanto o
Governo poderia ampliar esse percentual? Vocês já
têm isso?
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES – O
que acontece, Senhor Deputado Edson Magalhães,
deixe-me só esclarecer uma questão da ilha também.
Foi concluída agora, já entrou em operação, a estação
de tratamento da região de Santo Antônio, que era a
obra da Prefeitura em parceria com o Governo do
Estado. A Cesan também colocou dinheiro lá e já
entramos em operação. Então, hoje toda ilha já tem
sistema de coleta e tem as ETEs funcionando com
capacidade de tratamento de cem por cento. Então,
agora é só as pessoas interligarem. Santo Antônio já
entrou em operação e nos morros de Vitória estamos
fazendo aquelas coletas que a Wanusa mostrou nas
fotos, que já foi feita em Jesus de Nazareth, já está
sendo feita no Cruzamento e no Romão. Então, hoje,
já temos condições sim da nossa Ilha com cem por
cento de coleta e tratamento de esgoto; e com esse
recurso de um bilhão, o que vai acontecer? São obras
em Vila Velha, que vai universalizar a Região 05,
que é a região de Terra Vermelha, e ainda fará
também uma parte aqui do sistema Araçás, uma
pequena quantidade de obras e muito importante
colocar a capacidade da estação de tratamento de
Araçás para novecentos litros por segundo. Isso dará
um avanço muito grande.
A nossa meta é chegar a Grande Vitória, em
oito anos, com Serra universalizada; agora com essa
PPP, Vila Velha universalizada, Vitória
universalizada, ficando o dever de casa em Cariacica
que também irá receber recursos.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Ou seja, em 2025,
Grande Vitória; em 2035, o Estado do Espírito
Santo?
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES – Exatamente. E esse dinheiro do Banco Mundial não é
dinheiro do OGU, é dinheiro que o Governo do
Estado vai pagar o investimento feito, é empréstimo.
Então, por isso ele não entra na contabilização dos
cinco por cento do OGU, isto é, os cinco por cento do
OGU é aquele dinheiro que vem a fundo perdido, é
um dinheiro muito bom para fazermos obra, mas
infelizmente o recurso veio muito pequeno.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Ele entra através do
BNDES?
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES –
Esse um bilhão é uma parte do Estado e tem uma
contrapartida também da Cesan. Não me recordo
agora se é pelo BNDES; sei que quem fará o
pagamento desses recursos é o Governo do
Estado.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Recentemente estive com
o Governador do Estado e reivindiquei a S. Ex.ª, por
uma questão até de além de tratar o esgoto, uma
questão de tratar as praias de Guarapari, sobre uma
estação de tratamento no setor norte, Santa Mônica.
O César disse que esse projeto está sendo
desenvolvido lá. Você tem ideia de quando isso ficará
pronto?
O SR. CÉSAR LUIS FÁVERO
TEIXEIRA – Temos a expectativa de que até
meados do ano que vem, uns seis a sete meses, a
partir de agora, o projeto estará concluído para poder
se captar recursos.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Então é importante que
falemos isso para a população de Guarapari. É um
dos itens que será debatido na audiência pública que
faremos lá e gostaria imensamente de poder ajudá-los
para que o Governo do Estado, tão logo resolva essa
questão das praias de Santa Mônica, Una e Setiba que
são lugares muito frequentados por todos. Estranhei
muito, senhoras Cláudia e Wanusa, as imagens em
relação aos pontos em azul que dizem que a Cesan só
tem a participação na questão da água e não no
esgoto, ou seja, temos municípios capixabas ainda
que não têm sequer um esgoto tratado pela Cesan.
Daí a nossa preocupação porque os municípios
pequenos são os que temos ainda parte da mata
atlântica, ou seja, responsáveis pela água; observem a
importância disso.
Por último: no governo passado, quando o
Governador Paulo Hartung, não sei se foi no seu
segundo mandato, não me lembro bem - participei de
uma solenidade lá em Caxixe, que foi um projeto
financiado pelo - se não me falha a memória - setor
privado e o Deputado Graciano Espíndula foi
inaugurar um sistema de tratamento de esgoto
naquela região do Caxixe. Os senhores têm
conhecimento?
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 89
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES –
Não me lembro desse fato, conheço a estação lá que
foi uma estação...
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Então, por que estou
perguntando isso? O senhor Edgar que está ali é
arquiteto e temos outros arquitetos também
trabalhando, estamos fazendo um tipo Masterplan das
montanhas de Guarapari, ou seja, estamos fazendo
estudos sobre estâncias turísticas de Guarapari.
Sempre em todos os meus discursos e agora
mais do que nunca, tenho certeza de que Guarapari
tem essa vocação para fazermos das montanhas de
Guarapari uma Campos do Jordão, uma cidade de
Gramado e eu não tenho dúvida disso. Estamos
fazendo um estudo com colaboradores, com os
empresários e nossa preocupação é exatamente na
questão de tratar o esgoto na área rural, sabe Wanusa.
Então, gostaria, a partir de hoje, de pedir a
vocês a colaboração para que possamos linkar o
Edgar com vocês nessa questão.
Conversei com o governador e precisaremos
de vários técnicos, de várias secretarias e de vários
setores do Governo do Estado para que possamos
apresentar um trabalho consistente das nossas
montanhas. Não pela questão da sustentabilidade
somente, mas trazer um turismo forte para Guarapari,
tendo em vista que somente duas cidades no Brasil
tem esse clima de montanha perto das praias, que é
Ubatuba - se não me falha a memória - e Guarapari.
Ou seja, é um bom celeiro de receitas, para que
possamos, então, além disso, dar qualidade de vida às
pessoas.
Hoje, quem vai a Pedra Azul, entra num
estresse danado, porque precisa passar pela BR 262 e
andar cento e trinta quilômetros para fazer turismo
em montanha, quando temos a Rodovia do Sol, que
de Guarapari a Buenos Aires são somente dez
minutos. Ou seja, temos um forte elemento para
gerar emprego e renda no município e, acima de tudo,
começarmos um trabalho com a sustentabilidade, ou
seja, um mercado limpo, em que podemos contribuir
com o meio ambiente e, sobretudo, atrair turista não
somente do Brasil, mas de fora, para Guarapari, já
que a Europa adora.
Já pensou, poder estar em um clima igual ao
de Guarapari e das montanhas ao mesmo tempo. Se
banhar no mar durante o dia e ... Quer dizer, uma
coisa fabulosa, coisa que no Espírito Santo não tem.
Queremos, exatamente, entrar nesse mercado
com a presença de vocês, com a presença do
governador Paulo Hartung e de todos seus
colaboradores.
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES –
Senhor Presidente, pela ordem! A Cesan tem uma
unidade dentro da sua estrutura, que trata exatamente
dessas pequenas comunidades, dessa região assim. E
com certeza a Cesan é parceira e pode disponibilizar,
sim, seus técnicos, seus projetos para desenvolver
em parceria com o município, sem problema
nenhum.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) - O proponente desta
reunião de hoje, sobre o esgoto lançado na baía de
Vitória, foi o Senhor Deputado Marcelo Santos. S.
Ex.ª deve ter sua justificativa por não estar aqui nesta
manhã, mas de qualquer maneira foi uma explanação
muito rica.
Então, peço a vocês que, se puderem, deixem
as lâminas conosco.
Vou franquear a palavra para as
considerações finais.
A SR.ª WANUSA PEREIRA DOS
SANTOS - Agradecemos a oportunidade e também
queremos outra oportunidade de vir e apresentar o
projeto Mangaraí. Acho que Edgar, talvez, tenha
uma curiosidade enorme para conhecê-lo. É um
projeto-piloto, semelhante ao Águas de Nova York,
em que se trata desde o início. E lá foi desenvolvida
uma experiência de esgotamento sanitário por meio
de fossas, porque é uma área rural, sem condição de
interligação no sistema urbano de esgotamento
sanitário.
Parte desse conceito é tratar toda a parte de
esgoto, toda a parte de uso de agrotóxico na
agricultura. É um projeto que está sendo
desenvolvido pelo governo, pelo Idaf, Iema, para ter
controle de todo o processo de poluição das
nascentes, porque é o Mangaraí é um afluente do rio
Santa Maria, para então ter esse conceito da água sair
limpa e não ter que tratar tanto com produtos
químicos quando ela chega na área de abastecimento,
que é o caso de Santa Maria, que ao chegar aqui,
temos que jogar muitos produtos químicos para essa
água ser tratada. No projeto Águas de Nova York é
exatamente isso, eles tratam na nascente e tem
controle sobre o trajeto desse rio, para que ao chegar
a Nova York essa água chegue limpa e se tenha
condição de usar menos produtos químicos no
tratamento.
O governo está desenvolvendo esse projeto
denominado Mangaraí, a Cesan também participa na
parte da tecnologia de esgotamento sanitário desse
tratamento para pequenas comunidades.
Esquecemo-nos de falar que, com esse
recurso do Banco Mundial, conseguiremos tratar todo
o esgoto das cidades onde tem as nascentes principais
do Rio Santa Maria. Então, em breve, daqui alguns
anos, teremos também uma condição bem melhor de
abastecimento de água na Grande Vitória, na região
abastecida pelo rio Santa Maria.
Senhor Deputado, agradeço por esta
oportunidade de dialogar com a sociedade, pois
sabemos que muitos telespectadores assistem a
TVAles, então, é uma enorme oportunidade. A Cesan
está sempre disponível para vir, dialogar, ouvir o
puxão de orelha, mas também mostrar o trabalho que
tem sido feito. É sempre uma grande oportunidade
90 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
participar neste espaço.
O SR. CÉZAR LUIS FÁVERO
TEIXEIRA – Também gostaria de agradecer por
esta oportunidade de, além de mostrarmos nosso
trabalho para todos, também estarmos ligados ao
Poder Judiciário. Como foi bem colocado aqui por V.
Ex.ª, a questão das comunidades rurais, hoje tem
muitos estudos para que atendamos essas
comunidades, mas há dificuldade muito grande na
questão de recurso e principalmente de manutenção
desses sistemas.
É importante colocar que, para ter esse
resultado de que V. Ex.ª falou, que serve para o
Estado todo, a questão de Guarapari, a área das
montanhas, primeiramente temos que parar com o
crescimento do problema, isso por meio de leis. Não
se pode mais construir nessas áreas sem que seja feita
toda infraestrutura e começar a corrigir os programas
já instalados.
Acreditamos que não são problemas de difícil
solução, são de tamanhos menores, e que com poucos
recursos conseguiremos resolvê-los. Mas se o
problema continuar acontecendo, é difícil
acompanhar. Então, primeiro, devemos parar com
essas construções sem infraestrutura, principalmente
loteamentos e bairros que vão acontecendo, e corrigir
os problemas já instalados, o que seria mais fácil.
Obrigado.
O SR. LUIZ CLAUDIO RODRIGUES –
Deputado, quero dizer que é um prazer de estar nesta
Casa e que estamos à disposição. A Cesan
desenvolve seu trabalho com muita dedicação. Toda
equipe de trabalhadores, que são cerca de mil e
quatrocentos, fora os indiretos, estão à disposição
desta Casa, do povo do Estado Espírito Santo. Assim
que julgarem necessário, retornaremos para
esclarecimentos. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (EDSON
MAGALHÃES – DEM) – Muito obrigado, Cézar
Luis Fávero Teixeira, Wanusa Pereira dos Santos e
Luiz Claudio Rodrigues pela colaboração nesta
manhã na Comissão de Infraestrutura.
Que o presidente da Cesan, Pablo Ferraço
Andrião, seja bem-vindo à equipe do governador
Paulo Hartung. Torço para que ele faça sucesso e que
possa nos atender nas nossas demandas.
Muito obrigado a todos.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 11h47min.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO.
VIGÉSIMA TERCEIRA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 20
DE OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Agradeço a todas as pessoas presentes em
nosso trabalho da Comissão de Justiça.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da vigésima segunda reunião ordinária,
realizada em 06 de outubro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Conforme lida.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Como
lida.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – Como lida.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Como lida.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Acompanho.
Aprovada à unanimidade.
Solicito à Senhora secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: OFÍCIO GADED – N.º 378/2015 – Da Ex.
mª
Senhor Deputada Eliana Dadalto solicitando que seja
incluído na pauta do dia 20 de outubro de 2015 desta
Comissão o Projeto de Lei n.º 262/2015, de sua
autoria, para que seja apresentada contradita,
conforme documento em anexo.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Ciente. Faça constar na pauta da
próxima reunião desta Comissão.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 91
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
OFÍCIO GADRL – N.º 185/2015- – Da
Ex.ma
Senhora Deputada Raquel Lessa
justificando sua ausência na reunião
extraordinária desta Comissão no dia 23 de
setembro de 2015.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Ciente. Faça constar do relatório
mensal de atividades da Comissão.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
OFÍCIO GADRF – N.º 193/2015 - Do Ex.mo
Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto justificando
sua ausência na reunião ordinária desta Comissão no
dia 15 de setembro de 2015.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Ciente. Faça constar do relatório
mensal de atividades da Comissão.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
OFÍCIO GADMS – N.º 279/2015 - Do
Ex.mo
Senhor Deputado Marcelo Santos
justificando sua ausência na reunião ordinária
desta Comissão no dia 15 de setembro de
2015.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Ciente. Faça constar do relatório
mensal de atividades da Comissão.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Projeto de Lei n.º 376/2015 – Redação final
Mensagem de Veto n.º 250/2015 - Análise
do Veto
Autor: Governador do Estado
Ementa: Mensagem encaminhando veto total
ao Projeto de Lei n.º 266/2013, de autoria do
Deputado Doutor Hércules, que determina a
identificação dos veículos pertencentes aos
Poderes Públicos.
Projeto de Lei n.º 133/2013 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Euclério Sampaio
Ementa: Dispõe sobre a cobrança da taxa de
estacionamento cobrada por Shopping
Centers, Supermercados e afins no âmbito do
Estado.
Projeto de Lei n.º 175/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Edson Magalhães
Ementa: Obriga os estabelecimentos
comerciais, bares e restaurantes a afixarem
nas suas dependências e em local visível
faixa e/ou cartaz sobre a proibição de direção
alcoolizada no âmbito do território do Estado
do Espírito Santo.
Projeto de Lei n.º 186/2015 - Análise
Técnica Autor: Deputado Gilsinho Lopes
Ementa: Obriga os hotéis e motéis
estabelecidos no Estado a adaptar suas
instalações, a fim de garantir o acesso de
pessoas portadoras de deficiência e dá outras
providências.
Projeto de Lei n.º 321/2015 - Análise
Técnica Autora: Deputada Eliana Dadalto
Ementa: Institui a Semana Estadual de
Conhecimento e Sensibilização a respeito do
abandono afetivo aos idosos.
Projeto de Lei n.º 328/2015 - Análise
Técnica Autora: Deputada Luzia Toledo
Ementa: Proíbe a comercialização direta ao
consumidor e a exposição de carne
previamente moída e da outras providências
Projeto de Lei n.º 332/2015 - Análise
Técnica Autor: Deputado Sandro Locutor
Ementa: Proíbe a utilização de veículos
particulares cadastrados em aplicativos para o
transporte remunerado de pessoas e dá outras
providências.
Projeto de Lei n.º 334/2015 - Análise
Técnica Autor: Deputado Euclério Sampaio
Ementa: Altera a redação do art. 3.º da Lei
n.º 7.737/2004 referente à meia-entrada para
doadores em locais públicos de
entretenimento.
Projeto de Lei n.º 342/2015 - Análise
Técnica Autor: Deputado Amaro Neto
Ementa: Institui o Circuito Estadual do
Turismo Industrial no Estado do Espírito
Santo e da outras providências.
Projeto de Lei n.º 346/2015 - Despacho
Denegatório Autor: Deputado Enivaldo dos Anjos
Ementa: Proíbe o uso, a fabricação e a
comercialização de cerol ou de qualquer
outro tipo de material cortante nas linhas de
pipas e assemelhados em todo o Estado do
Espírito Santo e dá outras providências.
Projeto de Lei n.º 349/2015 - Despacho
92 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Denegatório
Autor: Deputado Hudson Leal
Ementa: Dispõe sobre a inclusão do tipo
sanguíneo e a informação se o titular é ou não
doador de órgãos na Carteira Nacional De
Habilitação (CNH) emitida pelo
Departamento Estadual de Trânsito do Estado
do Espírito Santo (DETRAN-ES).
Projeto de Lei n.º 354/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Bruno Lamas
Ementa: Institui o Dia Estadual de
Conscientização da Importância de Doação
de Medula Óssea.
Projeto de Lei n.º 361/2015 - Despacho
Denegatório Autor: Deputado Doutor Hércules
Ementa: Torna obrigatório o oferecimento
de testagem sorológica para Hepatites Virais
e dá outras providências.
Projeto de Lei n.º 364/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Marcos Bruno
Ementa: Dispõe sobre a instalação de
bicicletários nos estacionamentos públicos e
privados, no âmbito do estado do Espírito
Santo e dá outras providências.
Projeto de Lei n.º 376/2015 - Análise
Técnica Autor: Deputado Rodrigo Coelho
Ementa: Dispõe sobre o reconhecimento de
utilidade pública estadual, no âmbito do
Estado do Espirito Santo.
Projeto de Lei n.º 380/2015 - Análise
Técnica Autor: Deputado Dary Pagung
Ementa: Institui o Dia Estadual do Consultor
do Tesouro Estadual.
Projeto de Lei n.º 382/2015 - Análise
Técnica Autor: Deputado Hudson Leal
Ementa: Dispõe sobre a publicação na
internet da lista de espera dos pacientes que
serão submetidos a cirurgias eletivas
realizadas com recursos do Sistema Único de
Saúde – SUS – e dá outras providências.
Projeto de Lei n.º 394/2015 - Despacho
Denegatório Autor: Deputado Euclério Sampaio
Ementa: Estabelece o bloqueio do IMEI de
aparelhos celulares, furtados ou roubados no
Estado do Espírito Santo e dá outras
providências.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 69/2015
- Análise Técnica
Autor: Deputado Edson Magalhães
Ementa: concede título de cidadania
Espírito-Santense ao Sr. Renato Célio de
Mendonça.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 72/2015 - Análise Técnica
Autor: Deputado Euclério Sampaio
Ementa: Concede título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Sérgio Almeida de Mello.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 73/2015
- Análise Técnica
Autor: Deputado Josias da Vitória
Ementa: Concede Título de Cidadão
Espírito-Santense ao Rubens Serafim Berbert
Junior.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS
Deputada Eliana Dadalto - Projeto de Lei
n.º: 342/2015.
Projetos Decretos Legislativos n.º: 66/2015
e 68/2015.
Deputado Gildevan Fernandes - Projeto de
Lei n.º: 175/2015.
Deputada Janete de Sá - Redação Final do
Projeto de Lei n.º: 229/13.
Projeto de Lei n.º: 328/2015, 334/2015.
Deputado Marcelo Santos - Projetos de Lei
n.º: 346/2015 e 349/2015.
Deputado Doutor Rafael Favatto -
Projetos de Lei n.º: 264/2015, 332/2015 e
361/2015.
Deputada Raquel Lessa - Redação Final
do Projeto de Lei n.º:287/2015.
Projetos de Lei n.º: 334/2015 e 380/2015.
PROPOSIÇÃO SOBRESTADA
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA
Não houve no período.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - Passamos à Ordem do Dia.
Temos na Ordem do Dia cinco projetos para
os quais foram pedidos vista: três pelo Senhor
Deputado Gildevan Fernandes, dois pela Senhora
Deputada Janete de Sá e um pelo Senhor Deputado
Marcelo Santos.
Como o Senhor Deputado Gildevan
Fernandes não está presente, consulto a Senhora
Deputada Janete de Sá se podemos iniciar com a
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 93
Proposta de Emenda Constitucional n.º 10/2015, que
veda o pagamento de ajuda de custo para moradia ou
auxílio-moradia aos servidores públicos e agentes
políticos, nas condições que especifica, no âmbito do
Estado do Espírito Santo; e, posteriormente, o Projeto
de Lei n.º 178/2015, que dispõe sobre a inclusão dos
acometidos da Síndrome de Recklinghausen
(Neurofibromatose) na condição de pessoa com
deficiência.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Senhor
Presidente, já estamos com a análise da Procuradoria
da PEC n.º 10/2015 e estamos apta a relatar; e o
Projeto de Lei n.º 78/2015. Fizemos também uma
análise pessoal do caso e também estamos preparados
para relatar ambos. Se V. Ex.ª permitir...
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – V. Ex.ª tem a palavra para
manifestação do voto.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) - Senhor
Presidente e senhores membros da comissão,
primeiramente relataremos a Emenda Constitucional
n.º 10/2015, de autoria do Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos, com pareceres pela constitucionalidade,
do procurador de piso, Doutor Mesquita, seguido
pelo procurador e revisor, Doutor Fernando Silva,
que é coordenador da setorial da procuradoria,
acompanhado pelo Senhor Julio Cesar Bassini
Chamou, procurador-geral. Por outro lado, tivemos
um parecer contrário à constitucionalidade, o Senhor
Deputado Marcelo Santos.
Em decorrência da divergência de pareceres,
consideramos necessário para formar opinião sobre
uma questão que é polêmica, do ponto de vista da
constitucionalidade ou não, que é o que cabe a esta
comissão analisar, não o mérito, mas a
constitucionalidade ou não do projeto para admiti-lo,
a procuradoria, que fez essa reanálise do nosso
pedido para nos auxiliar na formação da opinião, por
meio do procurador de piso e do procurador revisor,
coordenador da setorial e dos dois procuradores:
Senhores Julio Cesar Bassini Chamou, que é
procurador-geral desta Casa e o Senhor Paulo Silva
Matos, que estava em exercício, de posse do relatório
proferido pelo relator e da contradita do autor, S.
Ex.as
relatam o projeto pela constitucionalidade. E
como nós, deputados desta Casa, temos nossa
procuradoria o órgão consultivo para nos orientar,
não me cabe outra alternativa senão acompanhar a
orientação da procuradoria que deu pela
constitucionalidade da matéria.
Senhor Presidente, é assim que profiro meu
voto pela constitucionalidade da matéria,
acompanhando os pareceres dos três procuradores.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Gostaria que V.Ex.ª se
manifestasse a partir do relatório do nobre Deputado
Marcelo Santos. Os procuradores se manifestaram,
mas o relato foi do Senhor Deputado Marcelo Santos.
Então, que a referência fosse a partir do relatório,
contra o voto do relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) - É contra
o voto do relator, acompanhando a revisão da
procuradoria que deu pela constitucionalidade. É
assim que profiro o voto, senhor presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Continuo colhendo os votos.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Contra o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) - Contra o
relator.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) -
Senhor Presidente, pela ordem! Gostaria de
apresentar algumas justificativas com relação à
manifestação da própria procuradoria que entendo ser
de suma importância, é claro que respeitando a
manifestação dos procuradores, até porque o Direito
não é ciência exata. Naturalmente a Senhora
Deputada Janete de Sá consultou o órgão que dá
suporte a esta comissão, à Assembleia e a todas as
demais comissões temáticas.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Senhor Deputado Marcelo Santos,
estamos na coleta dos votos. Já temos quatro
deputados votantes.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) - É
porque como a Senhora Deputada Janete de Sá se
manifestou relatando, gostaria de ter o direito, como
relator, de apresentar porque não foi meramente o
voto Sim ou Não. Peço a V. Ex.ª a mesma condição.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) –Logicamente, pela condição
democrática desta comissão, a Senhora Deputada
Janete de Sá apenas proferiu o voto no pedido de
vista, mas V. Ex.ª querendo se manifestar, não
estamos nesta comissão para cassar a palavra. V. Ex.ª
é o relator, tem direito à réplica.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) - Senhor
Presidente, pela ordem! Senhor Deputado Marcelo
Santos, é preciso corrigir. Também não tenho nada
contra V. Ex.ª apresentar. Acho até que é bom, que
nos ajuda. Mas, quando proferi meu voto, não relatei;
fiz um relato dos passos que tivemos que consultar,
mas não relatei a matéria, porque a relatoria cabe a V.
Ex.ª. Somente proferi meu voto e disse o porquê;
como chegamos nele, porque também era uma
matéria que suscitava dúvidas.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) -
94 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Sim, delicadíssima.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) -
Exatamente.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) -
Inicialmente reafirmo que sou contra o auxílio-
moradia, da mesma forma que é distribuído na Justiça
nos demais estados brasileiros. O auxílio-moradia
alcança a Justiça no que tange juízes e
desembargadores, o Ministério Público, promotores e
procuradores, e o Tribunal de Contas, seus
conselheiros.
Quero deixar claro nesta reunião,
inicialmente, que sou contra essa verba indenizatória,
mas há, Senhor Presidente, uma questão muito
importante. O próprio Conselho Nacional de Justiça,
a partir da Resolução 199 de 7 de outubro de 2014,
emitiu vários considerandos. Procederei à leitura dos
mesmos:
[...] Considerando a notificação deste
Colegiado para o cumprimento da
decisão proferida em 2 de setembro
de 2014 na Medida Cautelar à Ação
Originária 1.773-DF, em trâmite no
Supremo Tribunal Federal; [...]
[...] Considerando o carácter
nacional do Poder Judiciário, a
unicidade da magistratura e a
necessidade de se estabelecer
parâmetros seguros ao cumprimento
da aludida decisão; [...]
Quero deixar clara a manifestação da
procuradoria de que alguns regulamentaram. Vale o
registro que eles regulamentaram antes da decisão do
Supremo. Por exemplo, o Estado do Rio de Janeiro
pagava auxílio-moradia de mais de oito mil reais; o
Espírito Santo não pagava. A Assembleia Legislativa
do Rio Grande do Sul tentou regulamentar isso por
meio de lei e o próprio Tribunal, por medida liminar,
suspendeu essa decisão. Os demais tribunais que
regulamentaram tiveram a regulamentação suspensa
por força da decisão do Ministro Luiz Fux e da
Resolução 199 do Conselho Nacional de Justiça, que
quem preside é o Supremo Tribunal Federal.
Conforme um dos considerandos:
Considerando que a referida ajuda de custo vem
sendo paga por diversos tribunais em patamares
dispares... Ou seja, um tribunal pagava dois mil de
ajuda de custo, outro pagava cinco e o tribunal do Rio
de Janeiro pagava mais de oito mil reais.
Continuando a leitura do considerando: acarretando
injustificável tratamento diferenciado entre
magistrados.
Depois dos considerandos, S. Ex.ª resolve,
por meio desta resolução em seu:
[...] Art. 1.º A ajuda de custo para
moradia no âmbito do Poder
Judiciário, prevista no art. 65, II, da
Lei Complementar 35, de 14 de
março de 1979, de caráter
indenizatório, é devida a todos os
membros da magistratura nacional.
[...]
Ou seja, há uma lei que diz que eles têm o
direito. O Espírito Santo, que não requereu, foi
alcançado por uma decisão do Ministro Luiz Fux,
provocado pela Associação dos Magistrados do
Brasil. S. Ex.ª determinou a decisão e o Conselho
Nacional de Justiça regulamentou o que virou essa
Resolução 199.
Quero deixar claro, primeiro no mérito, que
sou contra. Entendo que a manifestação provocada
por meio de uma proposta de emenda constitucional
do Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos foi muito
mais que importante porque esta discussão hoje,
naturalmente, já chegou aos ouvidos dos membros do
Supremo Tribunal Federal que, acredito,
particularmente, reverá essa decisão, mas não o fez.
O próprio jornal – destaco a TV Gazeta –,
divulgou a matéria, chamou o presidente da Amages,
colocou o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos,
autor da PEC e depois chamou os juristas renomados,
que disseram que mesmo se a PEC for aprovada, ela
não alcançará, porque eles estão protegidos por uma
decisão da Justiça da mais alta corte que é o Supremo
Tribunal Federal.
É comum, no meio político, algumas pessoas
quererem falar em nosso nome, mas volto a dizer
que, no mérito, sou contra o auxílio-moradia. Não,
inclusive, na forma que é dividido, sou contra. Como
esta Casa já teve o auxílio-moradia e o auxílio-paletó
que foram suprimidos. Não temos hoje isso nesta
Casa. Entendo que não seria essa a questão da
magistratura, do Ministério Público ou do Tribunal
de Contas, seja do Estado ou da União, terem esse
direito.
Entendo, no entanto, que não temos
competência legal para legislar sobre essa matéria.
Não é porque não está previsto na Constituição, não é
isso. Aqui diz, inclusive, em diversas ações, que a
própria medida liminar sustou as decisões proferidas
pelo próprio tribunal dos estados encaminhado à
Assembleia, que aprovou e agora se torna sem efeito.
Teríamos uma PEC com resultado inócuo,
não teria validade alguma, por que como o tribunal
enxergará? Não apenas eu quem estou dizendo, o
próprio jornal A Gazeta publicou, de acordo com
Mamede Said, doutor em direito, que a concessão
generalizada do benefício é indevida, mas uma PEC
da Assembleia não se sobrepõe.
Paulo Henrique Blair, professor da UNB: a
PEC não mexe em nada no auxílio dos magistrados e
dos membros do MP no estado. Tem vício de origem.
E esse é meu entendimento. Apenas queria deixar
claro para meus colegas, principalmente para a
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 95
Senhora Deputada Janete de Sá, que consultou a
procuradoria. No meu entendimento, volto a dizer, no
mérito sou contra o auxílio-moradia, mas na questão
legal, estamos tendo vício de iniciativa, porque não
compete à Assembleia legislar sobre tal matéria,
principalmente porque está hoje em um guarda-
chuva que alcançou todos os estados brasileiros por
uma decisão proferida pelo ministro Luiz Fux, do
Supremo Tribunal Federal.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Obrigado, Senhor Deputado
Marcelo Santos.
Proferidos os votos contra o relator das
Senhoras Deputadas Janete de Sá, Eliana Dadalto e
Raquel Lessa, acompanho o voto das três nobres
deputadas contra o relator.
Designo a Senhora Deputada Janete de Sá
para relatar o vencido.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN – Com
revisão da oradora) – Tomaremos como base o
material que veio da procuradoria que diz o seguinte:
Com base no disposto do art. 6.º, parágrafo
6.º, inciso III, do ato 2.517/2008, acompanho o
parecer reexaminado, às fls. 68/71, pelo procurador
de piso Helcio Joaquim Correa Mesquita, pelo
coordenador da setorial da procuradoria, doutor
Fernando José da Silva, pelo procurador-geral,
Doutor Júlio Chamun, e procurador-geral em
exercício, doutor Paulo da Silva Martins, lançado no
Projeto de Emenda à Constituição Estadual n.º
010/2015, de autoria do Deputado Estadual Enivaldo
dos Anjos e outros, onde:
Orienta que cabe a este colegiado pronunciar-
se sobre a constitucionalidade e o mérito das
propostas de emenda à Constituição, antes de sua
apreciação pelo Plenário. Do ponto de vista de sua
admissibilidade, a proposta de emenda à Constituição
em epígrafe preenche o requisito do art. 60, I, da
Constituição da República, tendo sido assinada por
mais de um terço dos membros da Casa.
Ademais, a proposição não viola as cláusulas
pétreas às quais alude o art. 60, parágrafo 4.º, do
texto constitucional. Além disso, inexistem os limites
circunstanciais e procedimentais a que aludem os
parágrafos 1.º e 5.º daquele mesmo art. 60. Aplica-se
por simetria a Constituição Estadual. Portanto,
quanto à admissibilidade não existe óbice a reparar.
Quanto à constitucionalidade, também fica
mantido integralmente o parecer, bastando verificar a
LOMAN, que verifica-se que não existe
inconstitucionalidade no projeto de Emenda
Constitucional n.º 10/2015. A lei existente fixa
claramente as condições para o recebimento do
auxílio-moradia, fora disso, não há legislação
estadual que normatize a matéria.
Inclusive, o próprio relator menciona que
outros estados já têm lei que disciplina matéria
semelhante. Todavia, trata-se de norma
infraconstitucional, onde a iniciativa é do Poder
Judiciário, Ministério Público e tribunal de Contas,
cujo Projeto de Lei terá forçosamente que passar pelo
crivo do Poder Legislativo.
O tema é discutido por uma comissão do
CNJ, liderada pelo conselheiro e juiz federal baiano
Saulo Casali Bahia. Ainda não há previsão para que a
proposta seja concluída, segundo o gabinete do
conselheiro. De acordo com a Associação dos
Magistrados Brasileiros, o auxílio-moradia foi
oficialmente instituído em dezessete tribunais do
país, por leis estaduais ou atos administrativos. Os
valores variam de acordo com a corte.
Se a própria associação reconhece que em
outros estados o auxílio foi instituído por leis
estaduais, o que nos leva à convicção de que a
proposta em exame não padece de
inconstitucionalidade formal e nem material.
(...) o art. 65, II da LOMAN prevê, entre as
vantagens devidas aos magistrados, ajuda de custo
para moradia, tendo como única restrição, previsão
de que não deve haver na localidade residência
oficial disponível. Basta caracterização de ausência
de disponibilidade de residência oficial para tornar
devido o pagamento do auxílio-moradia. Indicam
como complemento e esteio da previsão legal e
específica o art. 52 da Lei 5.010/1966, c/c o art. 60-A
da Lei 8.112/1990. Enquanto a LOJF prevê a
aplicação, no que couber, das disposições do Estatuto
dos Servidores da União aos juízes e servidores da
Justiça Federal, o art. 60-A do diploma estatutário
prevê pagamento de auxílio-moradia a título de
ressarcimento de despesas comprovadas pelo servidor
com aluguel ou hospedagem em unidade hoteleira.
Art. 65. Além dos vencimentos,
poderão ser outorgadas aos
magistrados, nos termos da lei, as
seguintes vantagens: [...] II – ajuda
de custo, para moradia, nas
localidades em que não houver
residência oficial à disposição do
Magistrado.[...].
É bem verdade e tem que ser dito que a
literalidade do dispositivo comporta, com efeito, a
conclusão de que, sem disciplina em lei em sentido
formal, vantagens como a ajuda de custo para
mudança, as diárias e a gratificação de magistério
oficial não poderiam ser pagas. A LOMAN teria, no
art. 65, apenas delineado pauta legislativa de
incremento da situação funcional dos magistrados
judiciais. Claro que o art. 65, além de por si só
desprovida de respaldo na literalidade do texto legal,
cai por terra quando testada em face de quaisquer
96 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
daquelas vantagens. De acordo com as próprias
normas que serviram de base para o acolhimento do
pleito liminar pelo Ministro Fux, só fará jus ao
benefício aquele magistrado que tiver que exercer as
novas funções fora da sua lotação. Isso está muito
claro na decisão.
É preciso ressaltar aqui que os auxílios
previstos na LOMAN deveriam ser interpretados de
acordo com a Constituição. Com o regime de
subsídio, o pagamento de verbas extras exige não
apenas serem indenizatórias, mas serem excepcionais
e transitórias. No demais somente mudando a CF/88,
que recepcionou a LOMAN.
Para o Ministério Público da União, há
previsão do auxílio-moradia no art. 227,VIII, da Lei
Orgânica do Ministério Público da União (Lei
Complementar 75, de 20 de maio de 1993), nesses
moldes: art. 227. Os membros do Ministério Público
da União farão jus, ainda, às seguintes vantagens:
[...] VIII – auxílio-moradia, em caso de lotação em
local cujas condições de moradia sejam
particularmente difíceis ou onerosas, assim definido
em ato do Procurador-Geral da República; [...]
Ademais, o § 4.º do art. 129 da Constituição
da República, introduzido pela Emenda 45/2004,
manda aplicar ao Ministério Público, no que couber,
o art. 93 do texto constitucional. Como se sabe, o art.
93 da Constituição da República estabelece nada
menos do que os princípios fundamentais do Estatuto
da Magistratura.
Para conseguir o auxílio-moradia, é preciso
mudar a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, por
meio de uma emenda constitucional, só assim, se
pode modificar o que ela determina, principalmente o
auxílio-moradia. No que faz o Deputado Enivaldo e
outros, apresentar o Projeto de Emenda
Constitucional n.º 10/2015, que ora é apreciado pela
Procuradoria Legislativa da Assembleia do Espírito
Santo.
Esclarece ainda que o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) regulamentou o pagamento de auxílio-
moradia para juízes federais e estaduais. De acordo
com a resolução aprovada pelo plenário do conselho,
o benefício não poderá ser maior do que o valor pago
aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a norma, o benefício não será pago a
magistrados aposentados e nos casos em que o
Tribunal coloque residência oficial à disposição do
juiz.
A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu
ao Supremo para evitar o pagamento do auxílio por
entender que o pagamento é ilegal por falta de lei.
Por fim, os procuradores legislativos
designados, revisor e procurador-geral da Assembleia
do Espírito Santo, responsáveis por orientar os
deputados e a Comissão de Justiça, concluem no
sentido de manter o parecer pela constitucionalidade.
Tomando como base a regulamentação pelo CNJ que
foi feita após liminar (caráter provisório) do Ministro
Luiz Fux, (STF). Em setembro, determinou o
pagamento do benefício com base na Lei Orgânica da
Magistratura. Conforme o Artigo 65, além dos
salários, os juízes podem receber vantagens como
ajuda de custo para moradia nas cidades onde não há
residência oficial à disposição. Como a LOMAN
determina condições de concessão do benefício, não
pode ser estendida ao estado sem antes uma lei
regulamentando e sendo objeto de análise do poder
legislativo, tomando como base que toda a despesa
que trata de servidor público, seja do legislativo,
judiciário ou executivo, tem a necessidade de ser
votada e aprovada pelo poder legislativo.
Por fim, esclarecem que nesta fase
conclusiva, mesmo que não houvesse exigência de
outra lei para tratar do assunto, não há como se negar
que muitos dos benefícios previstos na LOMAN, não
foram recepcionados pela Constituição Federal, por
violarem o regime do subsídio previsto no art. 39,
parágrafo 4.º, da CF/88.
In casu, não estamos a tratar de vício de
iniciativa, e sim de admissibilidade e
constitucionalidade de Projeto de Emenda à
Constituição do Estado do Espírito Santo. Nesse
sentido, a Comissão de Justiça é orientada a manter o
entendimento do procurador vinculado, do
procurador revisor, do procurador geral e em
exercício pela constitucionalidade, juridicidade,
legalidade e boa técnica legislativa.
Assim relatamos o vencido, Senhor
Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para
discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Concedo a palavra a Senhor
Deputado Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, para corrigir uma manifestação
feita pelos procuradores, cito que existe um tribunal,
que a partir de uma iniciativa do Legislativo tentou
fazer algo similar, como o que está ocorrendo no
Espírito Santo. E o próprio procurador-geral de
Justiça entrou com uma ação direta de
inconstitucionalidade, junto ao Poder Judiciário, que
decidiu inconstitucional. Isso no Estado do Rio
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 97
Grande do Sul.
Foi o que disse no meu relatório, que os
procuradores, ao seu manifestarem, colocaram que eu
cito que já existia norma. Mas não, ela foi proposta e
declarada inconstitucional. Os procuradores não
citaram isso no parecer, que eu mesmo cito. Já houve
essa tentativa.
E volto a dizer, nos demais estados onde foi
regulamentado pelo próprio Tribunal de Justiça
desses estados, a partir do momento EM que foi
decidida, proferida essa decisão no Supremo Tribunal
Federal, a Resolução n.º 199, de 27 de outubro de
2014, todas caíram por terra, aguardando, inclusive, a
decisão do colegiado daquela corte superior
todas caíram por terra, aguardando, inclusive, a
decisão do colegiado daquela corte superior para que
possam adotar outras medidas e, naturalmente,
regulamentar isso dentro dos estados.
Volto a dizer que acredito que o próprio
Supremo, por meio de uma decisão do ministro Fux,
vai rever essa decisão. Inclusive, no nosso encontro,
da Associação dos Legislativos, o ministro Marco
Aurélio disse ser contrário, dando um recado para a
filha dele que é magistrada e recebe esse benefício.
Enquanto a corte não se manifestar, e não
somente por isso, temos uma decisão do Supremo
Tribunal Federal que nos impede de legislar, salvo o
próprio Tribunal, com relação a essa questão, que é
por meio de lei complementar, como foi dito pela
Senhora Deputada Janete de Sá no seu parecer à
Loman. Tem a previsão, inclusive, dos tribunais, da
Justiça receber essa verba indenizatória. Ou seja, está
previsto em lei, a regulamentação foi feita por essa
resolução do CNJ. E volto a dizer, no mérito sou
contra ao auxílio, mas quanto ao aspecto legal não
temos competência para isso.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Continua em discussão o parecer.
(Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Contra a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
O parecer foi aprovado, contra um voto do
Senhor Deputado Marcelo Santos.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Janete de Sá para relatar o Projeto de Lei n.º
178/2015.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Trata-
se de projeto de lei dos Senhores Deputados Doutor
Hércules, Sergio Majeski e Marcos Bruno, cujo
relatório seria proferido pelo Senhor Deputado
Doutor Rafael Favatto.
A matéria trata de uma síndrome denominada
neurofibromatose que acomete pessoas portadoras de
lúpus eritematoso, fazendo com que tenham
deficiência em alguns órgãos.
Senhores Deputados, sou uma deputada que
visa trabalhar a questão da área da Saúde e pedi para
examinar a matéria porque seria importante conhecê-
la melhor e mais profundamente, mesmo tendo em
vista que a esta Comissão cabe analisar apenas a sua
constitucionalidade ou não.
Do ponto de vista da análise da
constitucionalidade, a matéria é, sim, constitucional,
está dentro da legalidade jurídica e da boa técnica
legislativa. Do ponto de vista da saúde, também é de
grande alcance porque o número de portadores de
neurofibromatose provocada por lúpus eritematoso
tem crescido muito. Trata-se de doença de cunho
emocional, autoimune e que acaba acometendo e
trazendo grande prejuízo à saúde dessas pessoas que,
muitas vezes, não sabenm como lidar com algumas
questões de cunho emocional.
Então, tanto do ponto de vista da
constitucionalidade como da saúde, a matéria é
importante e por isso relato pela sua
constitucionalidade. As considerações que fiz não
têm relação com a constitucionalidade da matéria,
porém julguei interessante porque existe uma espera
muito grande por parte dos portadores dessa doença e
o presente projeto de lei traz benefícios por meio dos
seus autores, os Senhores Deputados Doutor
Hércules, Sergio Majeski e Bruno Lamas.
Relatamos pela constitucionalidade da
matéria.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – O Senhor Deputado Doutor
Rafael Favatto relatou pela constitucionalidade do
Projeto de Lei n.º 178/2015 e, ao pedir vista, a
Senhora Deputada Janete de Sá acompanha o parecer
do relator.
Continua em votação o Projeto de Lei n.º
178/2015, de autoria do Senhor Deputado Doutor
Hércules e outros, que dispõe sobre a inclusão dos
acometidos da Síndrome de Recklinghausen –
Neurofibromatose, na condição de pessoa com
deficiência.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, se ainda couber, peço vista ao
projeto.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Concedida.
98 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Quero justificar meu pedido de vista, até porque, se
vamos votar sob o aspecto legal da matéria, sem
votarmos mérito, quero analisar melhor porque o
segmento da votação do projeto está sendo
meramente no mérito e entendo que é importante e
delicado esse assunto. Quero analisa-lo melhor.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Certo, Senhor Deputado Marcelo
Santos. Consulto V. Ex.ª, que tem vistas do Projeto
de Lei n.º 310/2015, de autoria do Senhor Deputado
Amaro Neto, que institui a política de promoção da
paz nos estádios de futebol e demais espaços
desportivos do Estado Espírito Santo, que recebeu
relatório do Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto
pela constitucionalidade com emenda, se encontra-se
em condições de proferir seu voto.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Encontro-me, sim, Senhor Presidente.
Analisando a matéria, inclusive o Senhor
Deputado Doutor Rafael Favatto apresenta uma
emenda ao projeto, faço a seguinte leitura da ementa
do Projeto de Lei n.º 310/2015: Institui a política de
promoção da paz nos estádios de futebol e demais
espaços desportivos do Estado do Espírito Santo.
O Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto
apresenta emenda ao projeto de lei, suprimido o art.
4.º do Projeto de Lei n.º 310/2015, de autoria do
Senhor Deputado Amaro Neto:
Art. 4.º – O Poder Executivo poderá
regulamentar esta Lei no que couber.
Então, voto pela constitucionalidade da
matéria, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Em votação o Projeto de Lei n.º
310/2015.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho. Aprovado à
unanimidade.
Neste momento, passo a palavra à Senhora
Deputada Janete de Sá para concluir o relatório dos
projetos que aguardam seu relato.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Projeto
de Lei n.º 214/2015. Trata-se de projeto de lei de
autoria do Senhor Deputado Padre Honório que visa
obrigar as instituições de ensino superior a divulgar o
percentual de aprovação e reprovação de seus
egressos inscritos em exames de proficiência
profissional ou de admissão em ordens e conselhos
profissionais.
Apesar de a Constituição Federal conceder
competência concorrente para tratar da matéria, a Lei
Federal de Diretrizes de Bases da Educação Nacional
concede apenas à União a competência para legislar
sobre diretrizes e bases da educação, bem como para
baixar normas gerais sobre cursos de graduação e
pós-graduação, razão pela qual sugiro a adoção do
presente parecer de inconstitucionalidade do presente
projeto por vício de iniciativa.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) -
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho. Aprovado à
unanimidade.
Devolvo a palavra à Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Projeto
de Lei n.º 360/2015, de autoria do Senhor Deputado
Edson Magalhães, que visa declarar de Utilidade
Pública a entidade América Esporte Clube, localizada
no município de Guarapari.
Sendo matéria de competência estadual e não
invadindo a reserva legal do Poder Executivo, o
projeto é material e formalmente adequado,
atendendo aos requisitos da constitucionalidade,
razão pela qual sugiro aos pares que adotem o
presente parecer de constitucionalidade, juridicidade,
legalidade e boa técnica jurídica. É assim que
relatamos, conforme orientação da Procuradoria,
Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) -
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho. Aprovado à
unanimidade.
Devolvo a palavra à Senhora Deputada
Janete de Sá.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 99
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Trata-
se de Projeto de Lei n.º 341/2015, de autoria do
Senhor Deputado Pastor Marcos Mansur, que visa
incluir no calendário oficial do Estado do Espírito
Santo o Dia das Mães.
Sendo matéria de competência comum e
podendo ser de iniciativa dos Senhores Deputados
membros desta augusta Casa de Leis, não existe
vedação ao projeto, material e formalmente
adequado, atendendo aos requisitos da
constitucionalidade, razão pela qual sugiro, após
ouvida a Procuradoria, que adotemos o presente
parecer pela constitucionalidade, juridicidade,
legalidade e boa técnica legislativa. É assim que
relatamos, Senhor Presidente, em sintonia com o
parecer exarado pela Procuradoria.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A presidência acompanha o voto
da relatora.
Parecer aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) –
Redação final do Projeto de Lei n.º 229/2013, de
autoria do Senhor Deputado Pastor Marcos Mansur,
que dispõe sobre a afixação de avisos nos hospitais,
informando o direito do pai, mãe ou responsável de
permanecer com seu filho em caso de internação
hospitalar, conforme preconiza o Estatuto da Criança
e do Adolescente.
O presente projeto foi aprovado pelo Plenário
com a adoção de emendas apresentadas nas
Comissões de Justiça e de Defesa do Consumidor e
do Contribuinte, quais sejam: emenda modificativa
de n.º 01, que modificou a redação do art. 3.º a
respeito da penalidade por descumprimento do
disposto nesta lei; emenda aditiva de n.º 01, que
adiciona ao art. 4.º do projeto de lei, visando informar
nos cartazes o número do telefone da Secretaria
Municipal de Saúde do município em que se situa a
unidade de saúde; e emenda aditiva n.º 02, que
adiciona o art. 5.º para o prazo de entrada de vigor da
lei.
A Procuradoria aprovou as modificações e
considerou o projeto material e formalmente
adequado, atendendo aos requisitos da
constitucionalidade. Razão pela qual, sugiro aos
pares que adotem o parecer pela constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) - Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) - Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A presidência acompanha o voto
da relatora.
Parecer aprovado à unanimidade.
Consulto a Senhora Deputada Janete de Sá se
tem mais projetos em seu poder.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Tenho o
projeto do Senhor Deputado Bruno Lamas, de n.º
212/2015, que isenta o doador de medula óssea
devidamente cadastrado...
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Esse projeto V. Ex.ª já relatou. O
Senhor Deputado Gildevan Fernandes estava com
vistas da matéria. Na ausência de S. Ex.ª, poderemos
coloca-lo em votação, mas indico que seria prudente
aguardar que S. Ex.ª se manifestasse, uma vez que
pediu vistas.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) - Como
voltou, só iria repetir o relatório para lembrar V.
Ex.as
.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Mas, como o Senhor Deputado
Gildevan Fernandes está com vistas, vou,
respeitosamente, manter o prazo do pedido de vistas.
Se na próxima reunião ordinária da comissão nos
encontrarmos na mesma situação, passaremos a
colher os votos do projeto, se V. Ex.ª não se sentir
contrariada com essa decisão.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) - De
maneira alguma.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Muito obrigado, Senhora
Deputada Janete de Sá.
Registro a presença do vereador Benedito
Borges de Souza, Dito, presidente da Câmara
Municipal de São José do Calçado. Seja muito bem-
vindo, Dito, à Comissão de Justiça. Vou fazer um
protesto, porque anotaram São José dos Calçados.
Como conheço bem, é São José do Calçado. O povo
de Calçado briga se falarmos dos Calçados.
100 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Registro também a presença de Ricardo
Borges, representante institucional da OI no Espírito
Santo; de Fernanda Laranja, representante
institucional da TIM. Eles estão ali negociando a
fusão das duas companhias de telecomunicações,
provavelmente, numa cordialidade enorme. Registro
também que esteve conosco Gilceia Martins, diretora
do Sindijudiciário. Infelizmente, não está mais
conosco, mas fica aqui o registro da sua presença.
Desculpe a brincadeira, Ricardo e Fernanda.
Recebemos com muito carinho vocês dois na nossa
comissão.
Passo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo
Santos para relatar.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 87/2015, que
dispõe sobre a vinculação de vídeos educativos
antidrogas nas aberturas de shows que forem
realizados no Espírito Santo, de autoria do Senhor
Deputado Bruno Lamas.
Vale o registro de que a matéria teve
autorização para o seu tramitar regular pela Mesa
Diretora. Desse modo, apresentamos o nosso parecer
pela sua constitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) –
Com o relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Parecer aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Projeto de Lei Complementar n.º 013/2015, de
autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski, que
estabelece normas de finanças públicas
complementares à Lei Complementar Federal n.º 101,
de 04 de maio de 2000, e à Lei Federal n.º 4.320, de
17 de março de 1964, com o objetivo de garantir a
observância dos princípios de responsabilidade e de
transparência da gestão fiscal nas transições de
governo no âmbito do Estado do Espírito Santo.
Este projeto fere a iniciativa do chefe do
Poder Executivo. Desse modo, meu parecer é pela
sua inconstitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Parecer aprovado à unanimidade.
Agradeço ao Senhor Deputado Euclério
Sampaio a contribuição com nossa Comissão neste
momento.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Projeto de Lei n.º 053/2012, que torna obrigatória a
disponibilização de informações básicas sobre os
responsáveis pelos sites e páginas eletrônicas que
comercializam bens e serviços no âmbito do Estado
do Espírito Santo, de autoria da Senhora Deputada
Luzia Toledo.
Apensado ao projeto tem a emenda
substitutiva que faz o projeto se tornar um verdadeiro
Frankenstein, todo remendado, mas é importante para
que possamos garantir o mínimo constitucional para
sua aprovação.
Assim, apresento a emenda substitutiva ao
art. 1.º do Projeto de Lei n.º 053/2015, para garantir
que possamos votar com a segurança de o estarmos
fazendo não pelo mérito, mas sim pela questão legal
da matéria.
Senhor Presidente, meu parecer é pela
constitucionalidade da matéria com a emenda
substitutiva.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 101
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Parecer aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Projeto de Lei n.º 155/2014, de autoria do ilustre
Deputado Euclério Sampaio, que dispõe sobre
compensação de pagamento de tarifa de pedágios na
alíquota do Imposto sobre Propriedade de Veículo
Automotor – IPVA e dá outras providências.
Esse projeto teve o despacho que autorizou a
sua regular tramitação e foi encaminhado diretamente
a esta Comissão. O Senhor Deputado Euclério
Sampaio apensou no projeto o requerimento que
desarquivou a matéria, uma vez que ela é do ano de
2014.
Senhor Presidente, para também aprimorar o
referido projeto de lei, apresento quatro emendas. A
primeira dispõe sobre a isenção do Imposto sobre
Propriedade de Veículo Automotor e se refere ao art.
1.º... Enfim, utilizei a própria redação do Senhor
Deputado Euclério Sampaio e fiz uma normatização.
Meu parecer é pela constitucionalidade do projeto
com as emendas.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (PDT) –
Com o relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 130/2015, que
dispõe sobre a proibição do desperdício da água
emergente de lençol freático em edificações, no
âmbito do Estado do Espírito Santo.
Senhor Presidente, meu parecer é pela
inconstitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - Senhor Deputado Marcelo
Santos, queria pedir apenas a gentileza de informar
qual o número do projeto.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
O número do projeto é 130/2015, de autoria do
Senhor Deputado Dary Pagung.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com o
relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Com o
relator.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (PDT) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 135/2015, de
autoria do Senhor Deputado Pastor Marcos Mansur,
que, inclusive, não estando assinado, deveria voltar
para o autor, mas S. Ex.ª assinou a justificativa. Sua
ementa diz: dispõe sobre a autorização para anistia de
dívidas oriundas de operações de crédito rural
contratadas junto ao Banestes e Bandes, e dá outras
providências.
Já decidimos, no pleno da Comissão de
Constituição e Justiça, em instrução normativa, que
negaríamos de pronto projeto autorizativo, tendo em
vista a pacificação do Supremo Tribunal Federal de
que não compete à Assembleia Legislativa iniciar
projeto autorizativo e, sim, aos Poderes, consultando
a Assembleia Legislativa.
Então, meu parecer é pela
inconstitucionalidade, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (PDT) –
Com o relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com o
relator.
102 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 220/2015, de
autoria do Senhor Deputado Marcos Bruno, que
obriga as empresas prestadoras do serviço de internet
a apresentar ao consumidor, na fatura mensal,
gráficos que informem a velocidade diária média de
envio e recebimento de dados entregues no mês de
referência e dá outras providências.
Meu parecer, Senhor Presidente, é pela sua
inconstitucionalidade formal.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com o
relator.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (PDT) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Senhor Presidente, passo a relatar o Projeto de Lei n.º
244/2015, do Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos,
que institui o desmatamento zero no Estado do
Espírito Santo com a proibição da supressão de
florestas nativas em todo o território estadual e dá
outras providências.
Como o parecer da Mesa foi dando
seguimento à regular tramitação, meu parecer é pela
sua constitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Senhor
Presidente, pela ordem! Peço vista do projeto.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - Vista concedida à Senhora
Deputada Janete de Sá.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (PDT) – Senhor Presidente, pela ordem! Mesmo porque isso
pode entrar em confronto com recente lei que
aprovamos nesta Casa.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - Perfeitamente, Senhor Deputado
Euclério Sampaio.
Vista concedida à Senhora Deputada Janete
de Sá.
Continua com a palavra ao Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 303/2015, que
dispõe sobre o cadastramento de senha para a
emissão e entrega de conta detalhada de serviço
móvel celular, pré ou pós-pago, bem como do
cadastramento de uma senha pessoal e intransferível,
para assegurar o direito à privacidade e sigilo das
informações.
Quero dizer que já é amparado o direito do
cidadão a requerer isso junto às empresas de
telefonia.
Meu parecer, Senhor Presidente, é pela
inconstitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (PDT) –
Com o relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 318/2015, da
ilustre Senhora Deputada Raquel Lessa, que
considera pessoa com deficiência, para os fins de
ingresso na reserva percentual de vagas para o
provimento de cargos e empregos públicos, o
indivíduo diagnosticado com audição unilateral, e dá
outras providências. A matéria teve sua autorização
para regular tramitação.
Senhor Presidente, se V. Ex.ª me permitir,
gostaria de apreciar essa matéria na próxima reunião.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 103
O SR. PRESIDENTE –(RODRIGO
COELHO-PT) - Perfeitamente, dilação de prazo
concedido a V.Ex.ª, Senhor Deputado Marcelo
Santos.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos para relatar.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) -
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 326/2015, do
ilustre Senhor Deputado Gilsinho Lopes, delegado de
polícia e deputado estadual com assento nesta Casa,
que proíbe a inserção em placas informativas,
tíquetes, bilhetes ou cupons em estacionamentos no
âmbito do Estado, da expressão não nos
responsabilizamos por objetos deixados no interior
do veículo e dá outras providências.
S. Ex.ª fez um projeto defendendo o
consumidor, que proíbe a inserção em placas
informativas, tíquetes, bilhetes ou cupons em
estacionamentos no âmbito do Estado, da expressão -
normalmente quando vamos a um estacionamento
está escrito -: não nos responsabilizamos por objetos
deixados no interior do veículo e dá outras
providências. Como que não se responsabilizarão se
já pagamos o estacionamento? Já tem decisão da
Justiça dizendo, inclusive, que ao pagar o
estacionamento eles têm a obrigação de cobrir, tanto
que se o veículo sofrr alguma avaria, eles são os
responsáveis. A Justiça tem procedido dessa forma e
o Senhor Deputado Gilsinho Lopes acredito que
adotou uma medida importante que analisamos neste
momento.
Portanto, meu parecer é pela
constitucionalidade, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO-PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO –(PDT) - Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA –(SD) - Com o
relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) - Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE –(RODRIGO
COELHO-PT) - A Presidência acompanha o voto do
relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 346/2015, de
autoria do Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, que
proíbe o uso, a fabricação e a comercialização de
cerol ou de qualquer outro tipo de material cortante
nas linhas de pipas e assemelhados em todo o Estado
do Espírito Santo e dá outras providências.
Foi negada a tramitação da matéria pela Mesa
Diretora que se balizou em artigos e parágrafos, tanto
do Regimento Interno quanto da Constituição
Estadual. O autor recorreu ao Plenário que, deferido
sua questão, encaminhou para esta comissão.
Nosso parecer, Senhor Presidente, é pela
manutenção do despacho denegatório do presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) - Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) - Com o
relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) - Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS –(PMDB) -
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 349/2015, de
autoria do Senhor Deputado Hudson Leal, que dispõe
sobre a inclusão do tipo sanguíneo e a informação se
o titular é ou não doador de órgãos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH) emitida pelo
Departamento Estadual de Trânsito do Estado do
Espírito Santo (Detran-ES).
Foi vetada a tramitação dessa matéria, foi
impedida. O autor recorreu e seu recurso foi dado
provimento e encaminhado a esta Comissão de
Justiça.
Antes proferir meu relatório, quero registrar
nesta Comissão que a carteira de habilitação é única,
a mesma que se emite no Espírito Santo é emitida no
Paraná, no Ceará e no Rio de Janeiro, e não há
possibilidade de uma legislação estadual fazer
qualquer tipo de alteração porque se trata de norma
estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito,
pelo Departamento Nacional de Trânsito.
Meu parecer é pela inconstitucionalidade, ou
seja, pela manutenção do despacho denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) - Senhor
Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-
lo.
104 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O SR. PRESIDENTE - (RODRIGO
COELHO-PT ) – Concedo a palavra à Senhora
Deputada Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor
Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-
lo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Concedo a palavra a Senhora
Deputada Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Rapidamente, só para acrescentar, Senhor Deputado
Marcelo Santos. Inclusive, existiu uma lei nacional
que dispunha na carteira de identidade e, salvo
engano, na carteira de motorista, se a pessoa era
doadora de órgãos ou não. Isso caiu por causa da
fragilidade existente no país com relação à segurança.
Essa matéria acabou caindo e, por isso, não há como
colocá-la em nível estadual, porque é uma matéria
que, para ser incluída, teria que ser em nível federal.
Então, por causa da insegurança e,
infelizmente, pela falta de seriedade do país com
relação a algumas questões veiculadas, criou-se uma
tensão muito grande no seio da população, que não
queria que essa questão fosse colocada na carteira,
dispondo se era doador ou não. É por isso que isso foi
inclusive retirado, foi uma lei que caiu.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Continua em discussão o parecer.
(Pausa) Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) –
Com o relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator. O parecer foi aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 352/2015, de
autoria do Senhor Deputado Marcos Bruno, que
estabelece prioridade de atendimento, na forma que
menciona, para as pessoas que realizam tratamento
de quimioterapia, radioterapia, hemodiálise ou que
utilizam bolsa de colostomia e dá outras
providências.
Na verdade, o projeto apresenta essa
gratuidade ao sistema de transporte coletivo, ou seja,
cada gratuidade que se é apresentada onera,
naturalmente, ou o cidadão ou o erário. A Mesa
Diretora, de forma muito coerente, devolveu ao autor
que, diante do amparo regimental, recorreu ao
Plenário, sendo deferido o seu pedido, imediatamente
transferindo a responsabilidade para a Comissão de
Justiça que opina, de acordo com o meu parecer, pela
manutenção do despacho denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) – Senhor Presidente, respeitosamente, o alcance social
dessa matéria é muito grande.
Contra o relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Apesar
de também concordar, conforme fala o Senhor
Deputado Euclério Sampaio, com o mérito, mas, de
fato, a matéria é inconstitucional.
Com o relator.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) –
Mas pode ser mais bem discutida em plenário.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Como vota a Senhora Deputada?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Apesar de ter um ostomizado na
família, saber das suas necessidade e também das
suas possibilidades, pelo mérito constitucional, a
Presidência acompanha o voto do relator. O parecer
foi aprovado, contra o voto do Senhor Deputado
Euclério Sampaio.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 362/2015, de
autoria da Senhora Deputada Raquel Lessa, que
altera a Lei Ordinária n.º 9.955, de 07 de Dezembro
de 2012.
[...] Art. 1º - O Art. 2º da Lei nº
9.955, de 07 de Dezembro de 2012,
passa a vigorar acrescido do
parágrafo único com a seguinte
redação:
Parágrafo Único – Havendo
comprovada necessidade da
administração pública poderá ser
prorrogado o contrato a que se
refere a presente lei por até 5 (cinco)
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 105
anos. [...]
Essa matéria foi devolvida à autora por
infringir a própria Constituição Federal. S. Ex.ª
também recorreu, no direito que lhe ampara o
Regimento Interno desta Casa. Já havíamos,
inclusive, conversado antes em plenário. Por mais
que o alcance dessa proposta seja muito interessante
porque acaba, inclusive, ajudando o próprio Governo
em transição. Sofremos problema parecido agora, se
não tivéssemos um único voto, não teríamos a
renovação das designações temporárias. A lei de V.
Ex.ª, naturalmente, alcançaria e não teríamos esse
problema, mas, infelizmente, a proposta é
inconstitucional.
Meu relatório é pela manutenção do
despacho denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator. Acompanho o relator porque a matéria é
totalmente inconstitucional mesmo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator. O parecer foi aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Decreto Legislativo n.º
06/2015, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho
Lopes, que concede Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Senhor Mirosmar José de Camargo,
conhecido publicamente como Zezé de Camargo, da
dupla Zezé de Camargo e Luciano.
Inclusive, informo aos colegas que depois do
título, ele fará uma palinha para a gente.
Senhor Presidente, meu parecer é pela sua
constitucionalidade, porque o Projeto de Decreto
Legislativo n.º 06/2015, apresentado pelo Senhor
Deputado Gilsinho Lopes, atende a todos os pré-
requisitos estabelecidos pelo Regimento Interno desta
Casa.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
O parecer é aprovado à unanimidade pela
Comissão de Justiça.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, tenho somente para relatar o
Projeto de Lei n.º 238/2015, de autoria da Senhora
Deputada Janete de Sá. Peço dilação de prazo, pois,
antes de proferir o relatório, queria externar, antes de
proferir relatório, à Senhora Deputada Janete de Sá o
entendimento que tenho com relação à proposta.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Dilação de prazo concedida à V.
Ex.ª.
Há dois projetos simples que aguardavam o
relatório do Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto.
Avoco os projetos para relatar.
Projeto de Lei n.º 338/2015, de autoria da
Senhora Deputada Luzia Toledo, declara as
cavalgadas e o tropeirismo como patrimônio histórico
e cultural de natureza imaterial.
Meu relatório é pela constitucionalidade,
legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Parecer aprovado à unanimidade.
Passo a relatar o Projeto de Decreto
Legislativo n.º 69/2015, de autoria do Senhor
Deputado Edson Magalhães, que concede título de
cidadania Espírito-Santense ao Senhor Renato Célio
de Mendonça.
Por atender a todos os requisitos expostos no
Regimento Interno, relato pela constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa.
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
106 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Parecer aprovado à unanimidade.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 14h48min.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO.
VIGÉSIMA QUARTA REUNIÃO ORDINÁRIA,
DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 27 DE
OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da vigésima terceira reunião ordinária,
realizada em 20 de outubro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Pela aprovação.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Pela aprovação.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Ata aprovada como lida.
Peço a supressão momentânea do
Expediente, darei o despacho ao final.
Agradeço ao Senhor Deputado Padre
Honório a presença como membro suplente da
comissão.
Passo a relatar a Redação Final, antes de
posse para relatoria da Senhora Deputada Raquel
Lessa, do Projeto de Lei n.º 287/2015, de autoria do
Senhor Deputado Marcelo Santos, que estabelece
proibição e sanções para captura de imagem do de
cujus por funcionário público no exercício de sua
função e por clínica e laboratórios de tanatopraxia e
de empresa na prestação de serviços funerários.
Relato pela aprovação da Redação Final, com
as correções apresentadas no processo.
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) -
Com o relator.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) - Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Aprovado à unanimidade.
Passo a palavra ao nobre Deputado Marcelo
Santos, para relatar os projetos que estavam sob
relatoria do Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Resolução n.º 43/2015, de
autoria do Senhor Deputado Nunes, que institui a
Comenda Zacimba Gaba, concedida pela Assembleia
Legislativa a personalidades que se destacarem na
luta em defesa da Raça Negra.
O projeto seguiu tramitação regular
atendendo a tudo previsto no Regimento Interno
desta Casa e nosso parecer, Senhor Presidente, é pela
sua constitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Com o relator.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) - Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho o voto do
relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Marcelo Santos.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 107
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 178/2015, de
autoria do Senhor Deputado Doutor Hércules, que
dispõe sobre a inclusão dos acometidos da Síndrome
de Recklinghausen (Neurofibromatose) na condição
de pessoa com deficiência.
Art. 1º. Fica o indivíduo com
diagnóstico da Síndrome de
Recklinghausen (Neurofibromatose)
reconhecido como pessoa com
deficiência, para fins de fruição dos
direitos assegurados na constituição
do Estado e Legislações Estaduais
em vigor.
Apenso, temos o projeto de lei do Senhor
Deputado Sergio Majeski, que dispõe sobre a
inclusão dos acometidos com a mesma síndrome no
grupo de pessoas com deficiência. O Senhor
Deputado Sergio Majeski protocolou seu projeto no
dia 4 de maio de 2015, e o Senhor Deputado Doutor
Hércules no dia 29 de abril também no mesmo ano.
Analisando a proposição, conclui-se que não
há no caso nenhum ponto de antinomia com os
preceitos constitucionais, tanto da Constituição
Federal, quanto da Constituição Estadual, podendo
ser considerada material e formalmente
constitucional.
Senhor Presidente, meu parecer é pela sua
constitucionalidade, porém tem a emenda ao Projeto
de Lei n.º 178/2015 do Senhor Deputado Doutor
Hércules. O art. 2.º seria da seguinte forma:
O Projeto de Lei n.º 178/2015, de autoria do
Senhor Deputado Doutor Hércules, que dispõe sobre
a inclusão dos acometidos da síndrome
Recklinghausen na condição de pessoa com
deficiência passa a ter a seguinte redação:
Art 2.º. Em decorrência do disposto
na lei, ficam garantidos ao indivíduo
acometido com a síndrome citada
todos os benefícios e direitos das
pessoas com deficiência, previstos na
Constituição Estadual e Legislações
em vigor.
Senhor Presidente, o meu parecer é pela
constitucionalidade, incluindo essa emenda.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) - Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Acompanho.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Senhor Presidente, passo a relatar o Projeto de Lei n.º
198/2015, de autoria do Senhor Deputado Cacau
Lorenzoni. É direito do consumidor ser ressarcido em
caso de roubo, arrombamento ou qualquer outra
avaria em seu veículo que estiver estacionado em
estacionamento pago.
Queria pedir a V. Ex.ª, neste caso específico,
dilação de prazo para que eu possa relatar essa
matéria, uma vez que a sugestão de relatoria...
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – É do Senhor Deputado Doutor
Rafael Favatto.
Só peço a gentileza de V. Ex.ª, porque o
nosso prazo na comissão para este projeto era dia 13
de outubro. Farei a concessão, mas peço
encarecidamente que na próxima reunião V. Ex.ª
relate. Já estamos com prazo vencido.
Obrigado, Senhor Deputado Marcelo Santos.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 264/2015, de
autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski, que
dispõe sobre a política de incentivo à geração de
energia limpa no estado do Espírito Santo.
A proposta do deputado foi devolvida pela
Mesa Diretora. S. Ex.ª recorreu, tendo sido deferido
imediatamente à Comissão de Justiça. V. Ex.ª me
designou como relator e redesignou-me para relatar a
matéria. E relato pela existência de vício
inconstitucional e formal, consequentemente, pela
manutenção do despacho denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) - Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Acompanho.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
108 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Senhor Presidente, trata-se de matéria do Senhor
Deputado Marcos Bruno. O Projeto de Lei n.º
300/2015 obriga os usuários de serviços de
videomonitoramento a qualquer título a realizarem
cadastramento de suas câmeras e dá outras
providências.
É a matéria que levantei a questão. O cidadão
tem uma câmera dentro da sua casa. Porém, está está
direcionada a um logradouro público e tem que
cadastrar isso na Secretaria de Segurança, gerando,
inclusive, problemas para ele.
Senhor Presidente, relato pela sua
inconstitucionalidade, mesmo tendo um parecer para
o qual foram solicitadas alterações. Não vejo
qualquer tipo de aspecto legal na matéria.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Só para fazer uma correção,
Senhor Deputado Marcelo Santos, V. Ex.ª colocou
que é o projeto é de autoria do Senhor Deputado
Marcos Bruno, mas o projeto em nossas mãos consta
que é o projeto é do Senhor Deputado Doutor
Hércules.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Não. A matéria é de autoria do Senhor Deputado
Marcos Bruno.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Parecer aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Projeto de Lei n.º 332/2015, de autoria do Senhor
Deputado Sandro Locutor, que proíbe a utilização de
veículos particulares cadastrados em aplicativos para
o transporte remunerado de pessoas e dá outras
providências.
O projeto teve autorização para sua
tramitação regular e diz:
(...)
Art. 2º Para os efeitos desta lei, fica
proibida ainda, a associação entre
empresas administradoras dos
aplicativos supra mencionados e
estabelecimentos comerciais para o
transporte remunerado de
passageiros em veículos que não
atendam as exigências das leis
disciplinadoras dos serviços de táxi
nos municípios do Estado do Espírito
Santo.
Art. 3º O descumprimento ao
disposto na presente Lei implicará
(...)
I – multa de 1.000 (mil) Valores de
Referência do Tesouro (...)
II – apreensão do veículo.
Art. 4º Esta Lei entrará em vigor na
da de sua publicação.
Senhor Presidente, o meu parecer é pela
constitucionalidade do projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Consulto o Senhor Deputado
Marcelo Santos se há invasão de competência nessa
matéria, se não seria de competência exclusiva dos
municípios, tratando-se de uma analogia à
regulamentação de táxi?
Como não analisei o projeto a fundo,
pergunto para que eu possa proferir meu voto e
gostaria de ter o esclarecimento de V. Ex.ª, caso
tenha condições de fazê-lo. Como V. Ex.ª interpreta,
para que eu contribua com meu voto?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, na verdade, a regulamentação de
táxi, uma concessão que o município emite, é
exclusiva dele. O Senhor Deputado está meramente
proibindo que qualquer tipo de associação possa se
credenciar no Estado do Espírito Santo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator pela constitucionalidade, sabendo da
polêmica que traz essa matéria que envolve o Estado
do Espírito Santo.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 109
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O autor na verdade não está dizendo se o táxi é legal
ou não; não está criando um novo mecanismo, mas
está o impedindo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Perfeitamente, mas é bom o
trazermos o assunto à luz. Hoje, inclusive, há
matérias nos jornais do Estado dizendo da
implementação desses serviços nos Municípios de
Vitória e Vila Velha.
Acompanho o relato de V. Ex.ª, tendo feito as
ressalvas. Caminharemos nesse debate na Assembleia
Legislativa.
Parecer aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos para relatar.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Projeto de Lei n.º 336/2015, de autoria do Senhor
Deputado Sergio Majeski, que dispõe sobre a
obrigatoriedade de implantação de ecodutos que
possibilitem a segura transposição da fauna nas
estradas, rodovias e ferrovias estaduais que
atravessam áreas de florestas e unidades de
conservação.
Após análise pela Mesa Diretora, foi dada à
matéria sua tramitação regular e, em seguida,
encaminhamento à Comissão de Constituição e
Justiça, Senhora Deputada Raquel Lessa, V. Ex.ª que
hoje custa mais que ouro, tendo em vista esses
penduricalhos que V. Ex.ª usa. O ouro não é só
amarelo.
Senhor Presidente, meu parecer ao projeto de
lei de autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski,
dada a importância da matéria... Farei uma leitura
rápida, até porque trata de projeto muito importante:
Projeto de Lei n.º 336/2015
(...)
Art. 1º - Fica estabelecida a
obrigatoriedade da implantação de
ecodutos, juntamente com a
instalação de cercas direcionais que
possibilitem a preservação e a
proteção da fauna, por meio da sua
transposição segura, sob ou sobre as
estradas, rodovias e ferrovias, de
responsabilidade do Poder Público,
e as a serem outorgadas, que
atravessam áreas de florestas e
unidades de conservação do Estado
do Espírito Santo.
Parágrafo único – Para os fins do
disposto nesta lei, considera-se por
ecoduto a obra de arte construída
sob ou sobre as estradas, rodovias e
ferrovias, destinada ao uso exclusivo,
livre e seguro da fauna, quando de
sua circulação em seu meio ambiente
natural.
Art. 2º - Deverão constar nas
licenças ambientais relativas às
obras de construção ou ampliação de
estradas, rodovias e ferrovias do
Estado, sempre que as condições
ambientais exigirem, a implantação
de ecodutos.
Art. 3º - Esta lei não se aplica às
rodovias cujo contrato de concessão
esteja atualmente em vigor.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 350/2015, de
autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, que
dispõe sobre a distribuição de dispositivo de
segurança, conhecido com botão do pânico, para
mulheres vitimadas por violência doméstica e
familiar que estejam sob medida protetiva, em todo o
Estado do Espírito Santo, que no art. 1.º diz o
seguinte:
Art. 1º. É obrigatória a distribuição
de dispositivo de segurança
preventivo, conhecido com “botão do
pânico”, para mulheres vitimadas
por violência doméstica e familiar
que estejam sob medida protetiva, em
todo o Estado.
Senhor Presidente, o caso dessa proposta o
próprio Supremo Tribunal Federal já se manifestou
em caso idêntico e se posicionou no sentido de
preservar inconteste o Princípio da Reserva da
Administração do Poder Executivo e da Separação
dos Poderes. Nesse caso, há uma invasão de
competência. Portanto, meu relatório é pela
110 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
inconstitucionalidade, por mais que no mérito
entenda ser muito legal a proposta da deputada.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o coração partido, mas voto pela
inconstitucionalidade justamente pela justificativa do
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 394/2015, de
autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio, que
no art. 1.º diz o seguinte:
Art. 1º - Os aparelhos de telefonia
celular furtados ou roubados no
Estado de Goiás deverão ter o
número IMEI (International Mobile
Equipment Identity - a identidade
internacional do equipamento móvel)
incluído no registro de ocorrência
pela autoridade policial oficiante, ou
incluído pela vítima no registro de
ocorrência feito pela Delegacia
Virtual na internet.
Senhor Presidente, o estado está equivocado
no projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Senhor Deputado Marcelo Santos,
percebemos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Achei que era meramente citando o estado de Goiás
por uma ação.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Pergunto se, alterando o estado,
V. Ex.ª relata pela manutenção do despacho
denegatório ou por sua rejeição.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Acredito que, no caso, há uma invasão de
competência e, mesmo alterando o estado, não
conseguiremos regularizar a matéria.
Meu parecer é pela inconstitucionalidade,
Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – E consequente manutenção do
despacho denegatório.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Muito obrigado pela colaboração, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Ficam as empresas que produzem cimento no Estado
do Espírito Santo obrigadas a oferecer embalagens de
dez quilogramas, quinze quilogramas e, no máximo,
vinte e cinco quilogramas do produto.
Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
A proponente é a Senhora Deputada Janete
de Sá.
Meu parecer, Senhor Presidente, é pela
inconstitucionalidade por se tratar de Direito Civil
Comercial.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) - Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) -
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 111
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O Projeto de Lei n.º 262/2015, da ilustre parlamentar
Eliana Dadalto – que economicamente apresentou um
projeto frente e verso, diminuindo a produção de
papel nesta Casa, que já produz papel demais –,
obriga as empresas de grande porte do Estado, que
possuem em seu quadro sessenta por cento ou mais
de funcionários do sexo masculino a oferecer
anualmente palestra sobre o tema violência
doméstica. Contra os homens também, porque
homem também apanham.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – É
prevenção.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Temos que evitar de a homarada apanhar também.
O art. 1.º repete a ementa. Procederei à
leitura do parágrafo único:
[...] Para os fins desta Lei,
considera-se empresa de grande
porte para a indústria aquela que
possuir quantidade de funcionários
superior a 500 (quinhentos), e para
comércio ou serviços aquela que
possuir quantidade de funcionários
superior a 100 (cem).
Art. 2º - As palestras serão
oferecidas, anualmente, devendo
obrigatoriamente, abordar o tema
violência doméstica.
Art. 3º - As palestras serão
oferecidas de forma que envolver
todos os funcionários, do sexo
masculino, da empresa.
Art. 4º - As despesas decorrentes da
execução desta lei correrão à conta
de dotações orçamentárias próprias
das empresas. [...]
O parecer já está anexado e depois de toda a
economia que a Senhora Deputada Eliana Dadalto
nos apresentou, meu parecer é pela
constitucionalidade do projeto de lei de S. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para
discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Concedo a palavra à Senhora
Deputada Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Agradeço. Senhor Deputado, precisamos fazer um
trabalho de prevenção. Essa é uma forma de levar
essa mensagem às empresas. Falo ao nobre deputado
que eu e meu esposo temos uma distribuidora de
papel A4 e nem por isso estamos desperdiçando
papel. Estamos economizando.
Obrigada.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Continua em discussão o parecer.
(Pausa)
Senhora Deputada Eliana Dadalto, o Senhor
Deputado Marcelo Santos, ao início de seu relatório,
fez uma manifestação que parece brincadeira, mas ela
é extremamente pertinente. Existem várias formas de
violência: a física, a emocional e a psicológica.
O projeto da Senhora Deputada Eliana
Dadalto, em sua ementa: obriga as empresas de
grande porte do Estado, que possuem em seu quadro
sessenta por cento ou mais de funcionários do sexo
masculino a oferecer anualmente palestra sobre o
tema violência doméstica. O Senhor Deputado
Marcelo Santos fez uma referência até de proteção ao
homem também, de maneira geral. Porém o texto
apresenta obrigatoriedade com os funcionários
homens.
Acho que poderíamos ampliar a abordagem
para que todas as pessoas tivessem informações sobre
violência doméstica já que estamos abordando o
tema. Quando abordamos o tema e desconsideramos
as outras formas de violência, de certa forma,
também fazemos um discurso machista, como se
somente o homem fosse capaz, pela sua força física,
de promover um tipo de violência contra outra pessoa
dentro do ambiente doméstico.
Então, se pudéssemos emendar o projeto,
Senhora Deputada Eliana Dadalto, tornando mais
ampla a participação de todos, entendo que faríamos
um bem, inclusive, cultural para a nossa sociedade
capixaba.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Sem problemas! Vemos, em nosso Estado, o número
de mulheres que estão sendo vitimadas pelos homens,
mas também vemos que crianças também sofrem
violência doméstica. A violência doméstica não é
somente contra a mulher, crianças também sofrem
abusos.
Enfim, acho que precisamos levar essa
mensagem justamente para dentro desse público.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Passo a palavra ao Senhor
Deputado Marcelo Santos, em réplica, para saber se,
em seu relatório, S. Ex.ª acolhe a emenda,
suprimindo a obrigatoriedade específica para
homens.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Para que a palestra seja generalizada. Está acolhida.
Relato pela constitucionalidade, porém, alterando o
texto onde diz que a palestra seria dirigida apenas
112 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
para os homens, para que seja para todos.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Muito obrigado, Senhor
Deputado Marcelo Santos.
Continua em discussão o parecer. (Pausa)
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Continua
o machismo. Viram como S. Ex.ª se doeu? A palestra
era só para homens, mas S. Ex.ª está preocupado
porque tem homem que também apanha de mulher.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Sou um.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) - Mas o
importante é conhecer a lei porque muitos não
conhecem a Lei Maria da Penha. Acho que é preciso
mostrar que não é somente no último caso, ou seja,
quando acontece a morte. Temos que prevenir
mesmo e prevenir com conhecimento e com palestras
é muito importante. Os homens e as mulheres
precisam saber dessa lei, da violência doméstica.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Continua em discussão o parecer.
(Pausa) Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, estou entre a cruz e a Senhora
Deputada Raquel Lessa. Não é nem a espada, o que é
muito pior. S. Ex.ª fez uma proposta muito
interessante, porém, já existem julgados no Supremo
Tribunal Federal.
O Projeto de Lei n.º 318/2015 considera a
pessoa com deficiência, para os fins de ingresso na
reserva percentual de vagas para o provimento de
cargos e empregos públicos, o indivíduo
diagnosticado com audição unilateral, e dá outras
providências.
A procuradoria apresentou o seguinte:
(...) A surdez unilateral NÃO é
considerada como deficiência
auditiva segundo o Decreto
3.298/99, conforme pode ser
verificado em recente
posicionamento do STJ no MS
18.966-DF, Rel. Min. Castro Meira,
julgado em 2/10/2013. Confira-se:
(...)
Da ausência do direito líquido e certo:
(...) 04. Para apreciar qualquer
argumento no sentido de que haveria
alguma incapacidade diversa da
impetrante em prol de ao alocar na
qualidade de deficiente auditiva
seria imperioso realizar
contraditório e dilação probatória,
providências vedadas em sede de rito
mandamental. Precedente específico:
AgRg (...)
Mandato de segurança negado pelo ministro
porque é uma MS, Castro Meira.
(...) O Decreto n.3.298/99
regulamentou a Lei n.°7.853/89, que
dispõe sobre a Política Nacional
para a Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência. Em seu
art. 4º, o Decreto assim define a
deficiência auditiva:
Art. 4º É considerada pessoa
portadora de deficiência a que se
enquadra nas seguintes categorias:
II - deficiência auditiva -
perda bilateral, parcial ou total, de
quarenta e um decibéis (dB) ou mais,
aferida por audiograma nas
freqüências de 500HZ, 1.000HZ,
2.000Hz e 3.000Hz; (Redação dada
pelo Decreto n.° 5.296/2004) (...)
Nesse caso específico, já existe uma decisão
do próprio STJ, uma lei maior do que a lei federal
que estabelece. Não é isso, senhores?
Senhora Deputada Raquel Lessa, fico
emocionado, mas não posso. Fico entre a cruz e a
Senhora Deputada Raquel Lessa.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – E optou pela cruz, pelo o que
percebemos, Senhor Deputado Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Optei pela espada.
Senhor Presidente, o meu parecer é pela
inconstitucionalidade do presente projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 113
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Muito
triste, mas voto com o relator, pois não tem jeito.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, tenho um projeto em minhas mãos
e gostaria de saber se há possibilidade de incluí-lo.
Pedi dilação de prazo. Trata-se de três projetos. Um
do Senhor Deputado Doutor Hércules, que altera a
Lei n.º 8993, para proibir a venda ao consumidor
final e o consumo de bebidas alcoólicas para majorar
a multa imposta aos postos de combustíveis; o
projeto de lei do Senhor Deputado Doutor Hudson
Leal, que altera a Lei n.º 8993, proibindo a
comercialização de bebidas; e o projeto de autoria do
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, que altera a
Lei n.º 8993, também na mesma linha. Caso não
tenha problema, eu relataria.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Incluído na pauta a pedido de V.
Ex.ª, Senhor Deputado Marcelo Santos. Pode passar a
relatá-lo. Só peço a V. Ex.ª que faça a leitura do
número do projeto inicial.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Projeto de Lei n.º 162/2015, de autoria do Senhor
Deputado Doutor Hércules, apensado ao Projeto de
Lei n.º 164/2015 e o Projeto de Lei n.º 165/2015,
todos tratando de assuntos similares.
Senhor Presidente, o meu parecer objetiva
alterar o texto normativo da Lei n.º 8.993 de modo
que passa a proibir permanentemente a venda ao
consumidor final e o consumo de bebida alcoólica em
lojas de conveniência instaladas em postos de
combustíveis localizados em área urbana no Estado
do Espírito Santo. Entretanto, excetuou dessa
proibição a venda de bebidas alcoólicas no atacado e
que não se destine ao consumo imediato.
Em continuidade, a proposição igualmente
pretende alterar o texto normativo do art. 2.º da Lei
n.º 8.993 para majorar multa de mil valores do
tesouro para o valor de cinco mil valores referência
ao Tesouro Estadual. Em síntese, são essas as
alterações pretendidas no Projeto de Lei n.º
162/2015.
A justificativa da proposição indica que a
teleologia do projeto ora em estudo é minimizar os
índices de vítimas decorrentes de acidentes
provocados por motoristas que consumiram bebidas
alcoólicas.
Assim, nota-se que o projeto de lei é
formalmente inconstitucional por infringir o art. 22,
inciso XI, da Constituição Federal: invasão de
competência legislativa privativa da União para
legislar sobre direito comercial e trânsito, ao
determinar uma vedação genérica à comercialização
do produto, considerado lícito, lícito, volto a dizer,
pela legislação federal e ao disciplinar normas
correlatas previstas na Lei Federal n.º 11.705/2008,
Lei Seca, editada com o propósito de inibir o
consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo
automotor.
Cumpre evidenciar ainda que ao se cogitar
que o bem tutelado seria a segurança dos
frequentadores do posto de gasolina, tendo em vista a
periculosidade inerente ao mesmo, o que não parece
ser objeto do projeto. Haveria infringência ao art. 30,
inciso I, da Constituição Federal: invasão de
competência legislativa municipal para legislar sobre
assunto de interesse local.
Nessa linha, fica considerado inconstitucional
o projeto de lei, sendo que, pela natureza da
inconstitucionalidade, não existe possibilidade de
resolução desse gravame por meio de emendas.
Nesses termos, sugerimos aos ilustres pares
desta comissão a adoção do seguinte parecer: a
Comissão de Justiça é pela inconstitucionalidade do
Projeto de Lei n.º 162/2015, de autoria do Senhor
Deputado Doutor Hércules e pela rejeição do Projeto
de Lei n.º 164/2015 e do Projeto de Lei n.º 165/2015
por estarem prejudicados nos termos do inciso II do
art. 176 do Regimento Interno.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
O parecer é aprovado à unanimidade pela
Comissão de Justiça.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Raquel Lessa para relatar os projetos que aguardam o
relato de V. Ex.ª.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Projeto
de Lei n.º 148/2015, de autoria do Senhor Deputado
Amaro Neto, que altera o parágrafo 2.º do art. 8.º da
Lei n.º 9.871 de 09 de julho de 2012, que regula o
acesso a informações previsto no inciso II, parágrafo
4.º do art. 32 da Constituição do Estado do Espírito
Santo.
Analisando os autos sob a ótica da
114 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
manifestação acolhida pela procuradoria-geral, temos
que a proposição é constitucional, merecendo
prosperar. Contudo, propomos emenda modificativa
que retira do texto a numeração do decreto e procede
à alteração da redação de dispositivo da proposição.
Assim, relatamos pela constitucionalidade
formal e material, juridicidade, legalidade e boa
técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 148/2015 de
autoria do Senhor Deputado Amaro Neto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Para esclarecimento, a Senhora
Deputada Raquel Lessa já havia feito esse relatório e
tínhamos concedido vista ao Senhor Deputado
Gildevan Fernandes. Como S. Ex.ª se faz ausente na
segunda reunião ordinária, colocamos em votação o
relatório da nobre Deputada Raquel Lessa, com todo
o respeito ao Senhor Deputado Gildevan Fernandes,
só para alerta, e dizer que estamos fazendo, sabendo
do pedido de vista do nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – A
Proposta de Emenda Constitucional n.º 13/2015, de
autoria da Mesa Diretora e outros, altera o art. 32,
inciso V, da Constituição do Estado do Espírito
Santo, para limitar o período de ocupação de função
gratificada ou de cargo em comissão pelo mesmo
servidor.
A proposição foi protocolada em 9 de junho
de 2015 e lida no Expediente da Sessão Ordinária do
dia 10 de junho. A Diretoria de Redação juntou
estudo de técnica legislativa às folhas sete dos autos.
Após parecer técnico da Procuradoria, o projeto veio
a esta Comissão.
Opinamos por acatar o parecer da
Procuradoria e relatamos pela inconstitucionalidade
da Proposta de Emenda Constitucional n.º 13/2015,
de autoria da Mesa Diretora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Proposta
de Emenda Constitucional n.º 17/2015, de autoria do
Senhor Deputado Sergio Majeski, que altera os arts.
192, 258 e 262 da Constituição Estadual do Espírito
Santo, de 05 de outubro de 1989, incluindo planos de
reuso e reuso de águas dos recursos hídricos
respectivamente.
Após análise dos autos, relatamos pela
constitucionalidade, admissibilidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa da Proposta de
Emenda Constitucional n.º 17/2015, de autoria do
Senhor Deputado Sergio Majeski.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Quero também informar que
sobre a Proposta de Emenda Constitucional n.º
17/2015, foi concedido vista ao nobre Deputado
Gildevan Fernandes. E estamos fazendo a votação,
uma vez que na última Sessão Ordinária também não
fizemos por conta do pedido de vista.
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – O
Projeto de Lei n.º 48/2015, de autoria da Senhora
Deputada Luzia Toledo, regula a distribuição de
sacolas plásticas biodegradáveis, oxibiodegradáveis e
recicladas para acondicionamento de mercadorias
fornecidas por estabelecimentos comerciais.
Analisamos a matéria e resolvemos acolher a
manifestação da Procuradoria-Geral, opinando pela
constitucionalidade da matéria, com as necessárias
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 115
emendas para adequações das proposições normais
da Lei Complementar n.º 95/1998. Assim, relatamos
pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
boa técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 48/2015,
de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, com a
adoção das emendas.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – O
Projeto de Lei n.º 307/2015, de autoria da Senhora
Deputada Janete de Sá, proíbe o leilão dos animais da
cavalaria da Polícia Militar do Estado do Espirito
Santo e estabelece que devam ser doados após
cumprir com sua vida útil dentro do serviço militar.
Consta dos autos parecer técnico-jurídico,
opinando pela manutenção do despacho denegatório,
exarado pela Mesa Diretora, o que foi acolhido pelo
subcoordenador da setorial legislativa e pelo
procurador-geral desta Casa Legislativa.
Também acolho o parecer técnico e relato
pela inconstitucionalidade da proposição e,
consequentemente, pela manutenção do despacho
denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
O SR. ELIANA DADALTO - (PTC) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Projeto
de Lei n.º 325/2015, de autoria do Senhor Deputado
Euclério Sampaio, proíbe vender, ofertar, fornecer ou
entregar clorofórmio, éter, anti-respingo de solda sem
silicone, solvente de tinta, benzina e fenol aos
menores de 18 (dezoito) anos, no âmbito do Estado
do Espírito Santo, e dá outras providências.
Após análise da matéria, acatando o parecer
da procuradoria da Casa, temos que já existe norma
geral editada pela união que regula a venda de
produtos químicos a menos de dezoito anos, motivo
pela qual entendemos ser incabível ao estado legislar
sobre o tema. Assim relatamos pela
inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 325/2015,
de autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
O SR. ELIANA DADALTO - (PTC) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Projeto
de Lei n.º 361/21015, de autoria do Senhor Deputado
Doutor Hércules, torna obrigatório o oferecimento de
testagem sorológica para Hepatites Virais e dá outras
providências.
Assim relatamos pela constitucionalidade do
Projeto de Lei n.º 361/2015, de autoria do Senhor
Deputado Doutor Hércules, e consequentemente pela
rejeição do despacho denegatório pela Mesa Diretora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para
discuti-lo.
O SR PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, esse projeto é pela...
116 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Pela rejeição do despacho
denegatório. Torna obrigatório o oferecimento de
testagem sorológica de hepatites virais e dá outras
providências.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Está incluso no projeto, Senhora Deputada Raquel
Lessa, a testagem?
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – A
emenda do projeto é: torna obrigatório a indicação de
testagem sorológica para hepatites virais e dá outras
providências.
Quanto à análise da constitucionalidade da
proposição, estamos acolhendo pareceres exarados...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Estamos gerando despesa para o estado?
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - O projeto diz:
Art. 1.º - Os profissionais de Saúde
da rede pública e privada indagarão
aos seus pacientes se foram
submetidos a exame sorológico para
Hepatites Virais e, diante de resposta
duvidosa ou negativa, indicarão a
realização dos testes Anti HCV, Anti
HBc Total, HBsAg e Anti HBs.
Parágrafo Único – É facultado ao
paciente recursar-se a realização de
sorologia.
Art. 2.º - Diante de eventual
resultado positivo dos testes, o
profissional de Saúde se compromete
a encaminhar o paciente para
continuidade do seguimento clínico.
Art. 3.º - As operadoras de planos de
Saúde que prestem serviço no Estado
orientarão os profissionais
conveniados dos termos do Art. 1.º e
disponibilizarão material técnico-
científico sobre as hepatites virais,
fornecido pelo SUS.
Art. 4.º - Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Sobre o mérito não tem o que dizer, mas cheguei
gripado na unidade de saúde, aparentando ter
pneumonia. Alguém olha pra mim e pergunta, você
tem algum problema cardíaco? Digo, olha, na minha
família alguém tem. Então vai ter que fazer um
cateter.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - O que entendo que ele está
colocando é que tem material disponível nas unidades
públicas, disponibilizado pelo SUS, e apenas uma
não orientação para fazer o que pode ser simples,
imagino, uma vez a oferta feita.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Só estou discutindo, acho muito legal a proposta dele.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - E que as operadoras de saúde
façam.
Continua em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) -
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Antes de conceder a palavra à Senhora
Deputada Raquel Lessa, registro a presença dos
senhores Marcio Laporte, jornalista, Luis Carlos
Haddad, liderança comunitária de Vila Velha, e
Renan Louback, que representa a Federação dos
Motociclistas. Muito obrigado pela presença dos
senhores.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Concedo a palavra à Senhora
Deputada Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Passo a
relatar o Projeto de Lei n.º 374/2015, de autoria do
Senhor Deputado Doutor Hércules, que institui o
procedimento de realização de leilão público para
venda de veículos retidos, removidos e apreendidos.
Notadamente o escopo da proposição é de
grande relevância para o interesse público, contudo,
após análise e manifestação da Procuradoria técnica
desta Casa legislativa, acolhida pela
Subcoordenadoria Setorial Legislativa e pela
Procuradoria-Geral da Casa, pela
inconstitucionalidade da matéria, esta relatoria acolhe
essas manifestações jurídicas.
Relatamos pela inconstitucionalidade do
Projeto de Lei n.º 374/2015 e pela manutenção do
despacho denegatório da Mesa Diretora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 117
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para
discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Só para corroborar com a Senhora Deputada Raquel
Lessa. A CPI do Guincho, da qual fazemos parte, eu
como Vice-Presidente e a Senhora Deputada Raquel
Lessa como membro efetivo, está lutando muito para
que o Detran cumpra, efetivamente, o que determina
o Código Brasileiro de Trânsito, ou seja, que
alcançados três meses de retenção do veículo no
pátio, seja efetuado o leilão.
Então, na verdade, a proposta do Senhor
Deputado Doutor Hércules tem um objetivo muito
legal, mas já existe uma obrigatoriedade e já estamos
conseguindo, com o atual diretor do Detran, que seja
apresentado um cronograma este ano e iniciaremos o
ano, no primeiro semestre, já com vários leilões.
Quero registrar a importância do debate que o
Senhor Deputado Doutor Hércules nos coloca a fazer,
mas já o estamos realizando desde o início da CPI do
Guincho. Muito obrigado!
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Continua em discussão o parecer.
(Pausa) Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho. Aprovado à
unanimidade.
Devolvo a palavra à Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Passo a
relatar o Projeto de Lei n.º 380/2015, de autoria do
Senhor Deputado Dary Pagung, que institui o Dia
Estadual do Consultor do Tesouro Estadual.
Após análise, acatamos o parecer da
Procuradoria e relatamos pela constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do
Projeto de Lei n.º 380/2015, de autoria do Senhor
Deputado Dary Pagung.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho. Aprovado à
unanimidade.
Passo a palavra à Senhora Deputada Eliana
Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 317/2015, de
autoria da Senhora Deputada Raquel Lessa, que
denomina Eduardo Glazar o trecho da Rodovia
Espírito Santo 137, que liga o Município de São
Domingos do Norte ao Município de São Gabriel da
Palha.
Não havendo vício que impeça sua
tramitação, relato pela constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do
projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Senhor
Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-
lo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Concedo a palavra à Senhora
Deputada Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Quero
falar quem foi o senhor Eduardo Glazar, um dos
primeiros prefeitos de São Gabriel da Palha, polonês,
um dos primeiros moradores do município, homem
muito íntegro. Seria uma homenagem justa.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! Só para fazer um
alerta, às vezes o Governo tem vetado. Quando se
limita o trecho, que se possa colocar os quilômetros e
se já existe um nome ou não. É legal já ajustar para
sair prontinho e não sofrer um veto.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) –
Obrigada!
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Nessa época em que o senhor Eduardo foi prefeito,
não recebeu a chave da cidade, era tramela na época.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Continua em discussão o parecer.
(Pausa) Encerrada.
118 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) - Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho. Aprovado à
unanimidade.
Cumprimento o senhor Djacir Gregório
Caversan, que foi prefeito em Marilândia, talvez
quase contemporâneo do senhor Eduardo, foi há
bastante tempo. É um prazer enorme recebe-lo
conosco. Muito obrigado pela visita à nossa
Comissão de Justiça!
Devolvo a palavra à Senhora Deputada
Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Passo a relatar o Projeto de Decreto Legislativo n.º
66/2015, de autoria do Senhor Deputado Da Vitória,
que concede título de Cidadão Espírito-Santense ao
senhor Clayton Siqueira do Nascimento.
Não havendo vícios que impeçam sua
tramitação, relato pela constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do
projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) -
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) - Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho.
Aprovado à unanimidade.
Devolvo da palavra a Senhora Deputada
Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Passo a relatar o Projeto de Decreto Legislativo n.º
68/2015, de autoria do Senhor Deputado Padre
Honório, que concede título de Cidadão Espírito-
Santense ao senhor Manoel Fagundes.
Não havendo vícios que impeçam sua
tramitação, relato pela constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do
projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) - Com a
relatora.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) -
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho.
Aprovado à unanimidade.
Devolvo a palavra a Senhora Deputada
Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Passo a relatar o Projeto de Decreto Legislativo n.º
71/2015, de autoria da Mesa Diretora, que concede
título de Cidadão Espírito-Santense ao senhor
Eduardo Antonio Bertacchi Uvo.
Não havendo vícios que impeçam sua
tramitação, relato pela constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do
projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) -
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) - Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho.
Aprovado à unanimidade.
Como fizemos uma alteração no início da
reunião, solicito ao Senhor Secretário que proceda à
leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
CORESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Projeto de Lei n.º 343/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Euclério Sampaio.
Ementa: Institui meia-entrada para
jornalistas e radialistas em estabelecimentos
públicos ou privados de entretenimento no
estado do Espírito Santo.
Projeto de Lei n.º 371/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Amaro Neto.
Ementa: Cria o programa Adote o Verde, que
institui sistema de permutas na manutenção e
conservação de praças, jardins e parques
urbanos em troca de exploração publicitária
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 119
por particulares no âmbito do estado do
Espírito Santo e dá outras providências.
Projeto de Lei n.º 372/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Amaro Neto.
Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade de
todos os fornecedores de serviços prestados
de forma contínua estenderem o benefício de
novas promoções aos clientes pré-existentes.
Projeto de Lei n.º 384/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Sandro Locutor
Ementa: Altera o art. 2.º da Lei n.º 8.866, de
14 de maio de 2008, que torna obrigatório o
fornecimento, por escrito, das razões do
indeferimento de crédito ou aceitação de
título de crédito ao consumidor por parte dos
estabelecimentos comerciais ou financeiros
estabelecidos no Estado do Espírito Santo.
Projeto de Lei n.º 387/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Marcos Bruno.
Ementa: Cria o programa de apadrinhamento
afetivo Um Lar para os Idosos no âmbito do
estado do Espírito Santo e dá outras
providências.
Projeto de Lei n.º 390/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Amaro Neto.
Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade de
instalação de vidros laminados resistentes a
impactos e a disparos de armas de fogo em
agências bancarias e congêneres no Estado
do Espírito Santo.
Projeto de Lei n.º 391/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Marcos Bruno.
Ementa: Institui o Dia Estadual de Proteção
aos Animais.
Projeto de Lei n.º 392/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Sergio Majeski.
Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade do
uso de papal reciclado e papel certificado nos
órgãos e entidades de administração pública
direta e indireta do estado do Espírito Santo.
Projeto de Lei n.º 399/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Edson Magalhães.
Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade da
garantia à integridade física e à locomoção de
cidadãos com veículos automotores
apreendidos em atividades fiscalizatórias de
forma a permitir aos mesmos o acesso ao
transporte público do estado do Espírito
Santo e dá outras providências.
Projeto de Lei n.º 108/15 - Análise Técnica
Autor: Senhora Deputada Luzia Toledo.
Ementa: Dispõe sobre a proibição da
cobrança de taxa adicional para alunos com
deficiência nas escolas particulares e dá
outras providências.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 75/15 - Análise Técnica
Autor: Senhora Deputada Eliana Dadalto.
Ementa: Concede o título de Cidadania
Espírito-Santense ao senhor José Eduardo
Nicolai Junior.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 77/15 -
Análise Técnica
Autor: Senhora Deputada Eliana Dadalto.
Ementa: Concede o título de Cidadão ao
senhor Marleisson de Souza Angelo.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 78/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Sandro Locutor.
Ementa: Concede o título de Cidadão ao
senhor Wendel Cesar Oliveira.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 80/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Sandro Locutor.
Ementa: Concede o título de Cidadania
Espírito-Santense ao senhor Joaquim Corsino
dos Santos.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 81/15 - Análise Técnica
Autor: Senhora Deputada Raquel Lessa.
Ementa: Concede título de Cidadão Espírito-
Santense ao senhor Arthur Stephan Silva de
Melo.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 83/15 - Análise Técnica
Autor: Senhora Deputada Raquel Lessa.
Ementa: Concede título de Cidadão Espírito-
Santense ao senhor Henrique Lobo
Gonçalves.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 84/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Doutor Hércules.
Ementa: Concede título de Cidadania
Espírito-Santense ao senhor Rodrigo da
Rocha Rodrigues.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 85/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Doutor Hércules.
Ementa: Concede título de Cidadania
Espírito-Santense ao Frei Valdecir
Schwambach.
Projeto de Decreto Legislativo n.º 101/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Marcos Bruno.
Ementa: Concede título de Cidadania
Espírito-Santense ao senhor Ibê Loyola
120 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Júnior.
Projeto de Lei Complementar n.º 20/15 – Despacho Denegatório
Autor: Senhor Deputado Nunes.
Ementa: Modifica o artigo 6.º, o inciso I e
acrescenta alíneas h e i à Lei Complementar
n.º 313, de 30 de dezembro de 2004, que
reorganiza a estrutura organizacional básica
da Junta Comercial do estado do Espírito
Santo – Jucees.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA:
Projeto de Lei n.º 244/15 - Análise Técnica
Autor: Senhor Deputado Enivaldo dos
Anjos.
Ementa: Institui o desmatamento zero no
estado do Espírito Santo com a proibição da
supressão de florestas nativas em todo o
território estadual e da outras providências.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Nada mais havendo a tratar,
declaro encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 14h36min.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO.
VIGÉSIMA QUINTA REUNIÃO ORDINÁRIA,
DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 03 DE
NOVEMBRO DE 2015.
A SR.ª PRESIDENTA – (RAQUEL
LESSA – SD) – Havendo número legal, invocando a
proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta
Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da vigésima quarta reunião ordinária,
realizada em 27 de outubro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Pela aprovação.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Pela aprovação.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Ata aprovada como lida.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
OFÍCIO N.º 290/2015- GDMS – Do Exmo.
Senhor Deputado Marcelo Santos,
requerendo dilação de prazo pelo período de
quatro sessões ordinárias para analisar a
Proposta de Emenda Constitucional n.º
14/2015, que acrescenta os §§ 8.º e 9.º ao art.
122 da Constituição Estadual para vedar o
exercício da advocacia privada pelos
advogados públicos, tendo em vista a
complexidade do tema.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão a solicitação.
(Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – Pela
aprovação.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO COELHO -
PT) – A Presidência acompanha.
Aprovada à unanimidade.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
OF. N.º 291/2015 – GDMS – Do Ex.mo
Senhor Deputado Marcelo Santos,
requerendo dilação de prazo pelo período de
três sessões ordinárias para analisar a
Proposta de Emenda Constitucional n.º
03/2015, que altera o inciso XIII do artigo 32
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 121
e acresce o § 8.º ao artigo 38, ambos da
Constituição do Estado do Espírito Santo,
para fixar critérios para a remuneração de
cargos e para a fixação e majoração de
parcelas de natureza indenizatória dos
servidores e agentes públicos do Estado do
Espírito Santo, tendo em vista a
complexidade do tema e para melhor analisar
a emenda substitutiva feita ao projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – Favorável.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) –
Favorável.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência também vota
favorável.
Aprovada à unanimidade.
Concedida dilação de prazo para análise à
Proposta de Emenda Constitucional n.º 03/2015 ao
nobre Deputado Marcelo Santos.
Continua a leitura do expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
OF. N.º 292/2015 – GDMS – Do Ex.mo
Senhor Deputado Marcelo Santos, solicitando
a V. Ex.ª a realização de audiência pública no
dia 10 de novembro do corrente ano com os
candidatos à presidência da OAB-ES, para
tomarmos ciência de suas propostas e debatê-
las. Solicita também o cancelamento da
reunião ordinária do dia 10/11/2015 para a
realização da referida audiência pública.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão. (Pausa)
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para
discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente e senhores membros da Comissão
de Justiça, o objetivo da solicitação é trazer à
Comissão de Constituição e Justiça o debate com os
pretendentes que disputarão a eleição com vistas a
assumir a presidência da OAB-Espírito Santo.
A Comissão de Constituição e Justiça
trabalha de forma a balizar, inclusive, as ações dos
nobres advogados. É esta Casa, amparada por esta
Comissão, que altera e emenda leis, que propõe
emendas à Constituição, que apresenta propostas de
lei complementar e todas as ações que visam, por
exemplo, a debater temas polêmicos.
Aliás, recentemente debatemos um tema
polêmico sobre a regulação do auxílio-moradia.
Também debatemos o polêmico tema acerca do
parcelamento de débito de IPVA. Todas essas
medidas que estamos debatendo, tanto essa de
auxílio, quanto a de parcelamento ou aquelas que
tratam de direito do consumidor, balizam as ações
dos advogados e dos escritórios de advocacia.
Naturalmente, a Ordem tem um papel
parecido com o da Comissão de Constituição Justiça,
assim como o Tribunal de Justiça e o Ministério
Público. Diante disso, surgiu-me a ideia de trazermos
a esta Comissão os candidatos, para que possam falar
de suas propostas, caso eleitos, que estarão
apresentando à frente da Ordem dos Advogados do
Brasil, seccional Espírito Santo.
Entendo que nada mais justo que a Comissão
de Constituição e Justiça promova esse debate. Desse
modo coloco o tema à apreciação dos colegas,
naturalmente do presidente e das duas colegas,
Senhoras Deputadas Raquel Lessa e Eliana Dadalto.
Não falo apenas do meu requerimento, pois
entendo que ao assinar o ofício, coloquei o
sentimento de todos os colegas membros da
Comissão. Colocaremos para a sociedade a
preocupação que a Comissão de Constituição e
Justiça tem com todos aqueles que trabalham
operando o Direito, que nada mais é do que um
trabalho que a própria Comissão de Constituição e
Justiça faz na hora em que avalia se a matéria é
constitucional ou não, se é legal ou não, e tudo
balizado pelo arcabouço jurídico.
Fiz essa solicitação e sugiro aos colegas, caso
seja aprovado o ofício, que pudéssemos identificar –
é bom que a Senhora Deputada Janete de Sá esteja
chegando e vote também – e elaborar regras de
debate. Até já minutei isso no fim de semana, uma
vez que participei de alguns debates, principalmente,
os de campanha eleitoral, e é natural, a regra é
basicamente a mesma. É lógico que a discussão é
diferente. E, talvez, que não fosse no horário da
reunião ordinária. Se pudermos encaixar na mesma
data, dia 10, no dia da reunião e tivéssemos a
liberação do Plenário no horário de 18h, teríamos
aqui a comunidade, os alunos das academias,
principalmente do curso de Direito, em especial da
Grande Vitória. E além de tudo, teríamos a presença
dos candidatos que estão disputando a seccional dos
municípios.
Senhor Presidente, era isso que gostaria de
colocar, naturalmente comunicando aos colegas
agora a nossa proposta.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Senhor Deputado Marcelo Santos,
entendo como extraordinária a iniciativa de V. Ex.ª,
122 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
que tem meu apoio de imediato, de pronto. Além de
fazer o debate, e esta Casa é a Casa do debate, V.
Ex.ª propõe que façamos o debate de um órgão
importante e que abramos a Comissão de
Constituição e Justiça para que outros olhem para a
Comissão de Constituição e Justiça. Porque o que
fazemos aqui não é repercutido com a característica
que a Comissão tem. Geralmente a repercussão do
que se vota nesta Comissão é o mérito das matérias,
não o mérito jurídico das matérias. Então, abrir a
Comissão de Justiça para um debate de um fórum,
que é eminentemente da análise jurídica, faz com que
a Comissão também tenha uma compreensão
diferente por parte das pessoas que enxergam o nosso
trabalho de fora. Então, V. Ex.ª trouxe uma
oportunidade e tanta.
Nós da Casa do debate olhamos alguns
debates à distância, enquanto poderíamos trazê-lo
para dentro da Assembleia Legislativa. Quem sabe, a
Comissão de Finanças não faz um debate com o
CRC, uma vez que tem eleição também dia 17 e 18
de novembro. Seria extremamente oportuno que
façamos o debate do CRC.
Terei o maior prazer de mediar o debate na
condição de presidente da Comissão, mas ladeado
por todos os colegas, e encaminho que V. Ex.ª tivesse
a responsabilidade da propositura do roteiro do
debate e que nesse roteiro tirasse um espaço para que
cada membro da Comissão de Justiça pudesse arguir
cada um dos candidatos ou livremente os candidatos
que quiser.
Enfim, com esse alerta, coloco em votação o
ofício do nobre Deputado Marcelo Santos, para que
façamos um debate com os candidatos à presidência
da OAB. De antemão, caso seja aprovado, solicito à
comunicação da TV Ales, para que a transmissão seja
ao vivo, requerendo que a programação permita a
transmissão ao vivo desse debate e também
requerendo à Casa o Plenário para o horário das 18h,
como sugestão inicial do nobre Deputado Marcelo
Santos, com a responsabilidade de roteiro do debate
por parte do proponente. Uma vez que o Senhor
Deputado Marcelo Santos propôs, nada mais justo
que tenha a prerrogativa de roteirizar o debate dos
candidatos à Ordem dos Advogados do Brasil, seção
Espírito Santo.
Continua em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Pela
aprovação.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Pela aprovação.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) - Senhor
Deputado, não acompanhei os esclarecimentos. Para
o bem da democracia qualquer debate que possamos
fazer nesta Casa é bom. Então, voto favorável por
conta de estar favorecendo o debate, mas não
acompanhei e estou até um pouco insegura sobre o
debate que está se travando nesta reunião. Não
acompanhei e não sei qual a razão.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Senhor Presidente, pela ordem! Senhora Deputada
Janete de Sá, a razão é trazer os candidatos à
presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, para
apresentarem nesta Casa suas propostas, se caso
forem eleitos à frente da Ordem dos Advogados do
Brasil Seção Espírito Santo, uma vez que a Comissão
de Justiça trabalha e baliza as ações, por exemplo,
dos advogados, através das leis que aprovamos,
alteramos e das emendas à Constituição que
apresentamos nesta Casa.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sem
que necessariamente tenhamos que tomar partido.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Não, é um debate, não é partido nosso.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) - É
porque não acompanhei e achei que pudesse culminar
por essa linha. Mas favorecendo o debate, sou
favorável.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
O único partido que tomei até agora foi o PMDB.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Senhora Deputada Janete de Sá,
entendo que como o objetivo da Comissão de Justiça,
é importante trazermos de fora quem a partir da
vivência na Assembleia Legislativa passe a avaliar
nosso trabalho pelo mérito jurídico das matérias que
apreciamos nesta comissão. Porque, mesmo esses,
que são operadores do Direito lá fora, avaliam e
repercutem o trabalho que exercemos na Comissão de
Justiça a partir do mérito dos projetos que apreciamos
e não do mérito jurídico dos projetos que apreciamos.
Uma vez que abrimos a Comissão de Justiça, fazendo
com que tenha vida para além da análise dos projetos,
esperamos fazer com que as pessoas tenham
interação e que façam a leitura do nosso trabalho a
partir dessa perspectiva.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! V. Ex.ª me permita
fazer a leitura de um ofício que fiz?
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Senhor Deputado Marcelo Santos,
já tenho uma informação que o plenário estará
ocupado nesse dia. Então, faremos o seguinte:
consultaremos melhor data para ver a possibilidade
de utilizar o plenário, de repente, no período da
manhã...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 123
A eleição é no dia 19.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Sim, estou ciente. De repente, no
período da manhã vemos um momento...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Gostaria de fazer uma leitura. Tudo nesta comissão é
online, em tempo real.
O SR. PRESIDENTE –(RODRIGO
COELHO - PT) – Dia 11, às 18 ou 19h, seria na
quarta-feira.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Não podemos conversar com quem está utilizando o
plenário para poder... E pela manhã?
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Qual o tema da sessão solene, às
10h? É o Dia dos Advogados Autárquicos. Acho que
combina bastante fazermos um debate desse nesta
comissão, conversar...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Mas, em conjunto, acho que é difícil.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO -PT) – É?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Pela manhã, se o Senhor Deputado Enivaldo dos
Anjos concordasse, porque é CPI e não tem público.
S. Ex.ª poderia realizá-la neste plenário e faríamos lá.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Então, dia 10, pela manhã.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, gostaria de fazer a leitura do
ofício que fiz a V. Ex.ª, dizendo o seguinte:
Senhor Presidente,
Levando em consideração o momento em
que a OAB-ES se encontra para a renovação de sua
presidência e devido a importância da Comissão de
Constituição e Justiça, haja vista que a mesma
fiscaliza o Ordenamento Jurídico e se manifesta no
aspecto constitucional, jurídico e legal das mais
diversas matérias, bem como trabalha na discussão de
temas relevantes que inclusive balizam os trabalhos
dos próprios advogados, vimos pelo presente solicitar
a Vossa Excelência, que muito bem preside esta
comissão, a realização de Audiência Pública no dia
10 de novembro do corrente ano, com os candidatos a
presidência da OAB-ES (...)
Então, nosso trabalho é totalmente correlato
às ações dos operadores do Direito. E nada mais justo
do que realizarmos essa audiência pública em forma
de debate.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Obrigado pelos esclarecimentos.
Já coletados os votos das Senhoras
Deputados Janete de Sá, Eliana Dadalto e Raquel
Lessa, favoráveis à realização.
A Presidência acompanha o voto do relator.
Portanto, aprovado à unanimidade o ofício do nobre
Deputado Marcelo Santos.
Tentaremos realizar essa audiência pública
no dia 10 de novembro, às 9h, solicitando ao Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos uma troca de locais.
Tenho certeza de que S. Ex.ª talvez até abra mão da
CPI para participar desse debate junto conosco.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS
Deputada Eliana Dadalto
Projeto de Lei n.º: 343/15.
Projeto de Decreto Legislativo n.º: 83/15.
Deputado Gildevan Fernandes
Proposta de Lei Complementar n.º: 20/15.
Projeto de Lei n.º: 372/15
Deputada Janete de Sá
Projeto de Lei n.º: 372/15.
Projeto de Decreto Legislativo n.º: 81/15.
Deputado Marcelo Santos
Projetos de Lei n.º: 389/15 e 387/15.
Projetos de Decreto Legislativo n.º: 77/15 e
78/15
Deputado Doutor Rafael Favatto
Projetos de Lei n.º: 385/15 e 390/15.
Deputada Raquel Lessa
Projetos de Lei n.º: 108/15 e 371/15.
Projeto de Decreto Legislativo n.º: 101/15
PROPOSIÇÃO SOBRESTADA
Não houve no período
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA
Não houve no período
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Passamos à Ordem do
Dia. Concedo a palavra à Senhora Deputada
Janete de Sá para relatar as proposições.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O
Projeto de Decreto Legislativo n.º 70/2015, de autoria
do Senhor Deputado Edson Magalhães, concede
título de cidadania Espírito-Santense ao senhor
Luzildo Adeodato Borges.
Sendo a matéria de competência legislativa,
podendo ser proposta por qualquer deputado e
atendendo aos requisitos da constitucionalidade,
124 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
sugiro aos pares que adotem o parecer pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa
técnica legislativa.
É assim que relato, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – A
Redação Final do Projeto de Lei n.º 376/2015, de
autoria do Senhor Deputado Rodrigo Coelho, dispõe
sobre o reconhecimento de utilidade pública estadual,
no âmbito do Estado do Espirito Santo.
Foi realizada emenda supressiva no art. 5.º e
7.º do presente projeto, razão pela qual o projeto
atualmente preenche os requisitos da
constitucionalidade, de modo que sugiro aos pares
que adotem o parecer pela constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa.
É assim que relato, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Mesmo sendo redação final, por
excesso de zelo, por ser autor do projeto, passo a
presidência dos trabalhos à Senhora Deputada Raquel
Lessa, para que S. Ex.ª dê continuidade ao processo
de votação do Projeto de Lei n.º 376/2015. (Pausa)
A SR.ª PRESIDENTA – (RAQUEL
LESSA – SD) – Assumo a presidência dos trabalhos
neste momento.
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com a relatora.
O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – Com
a relatora.
A SR.ª PRESIDENTA – (RAQUEL
LESSA – SD) – A Presidência acompanha o voto da
relatora.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
Devolvo a presidência dos trabalhos ao seu
Presidente, Senhor Deputado Rodrigo Coelho.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Assumo a presidência dos
trabalhos.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O
Projeto de Lei n.º 272/2015, de autoria do Senhor
Deputado Sergio Majeski, visa modificar a estratégia
14.12 da meta 14 da Lei n.º 10.382/2015, que
aprovou o Plano Estadual de Educação do Espírito
Santo, pelo período de 2015 a 2025, em adequação ao
Plano Nacional de Educação.
A presente proposta recebeu despacho
denegatório e foi devolvida ao autor por adentrar na
competência do chefe do Poder Executivo, tendo o
autor apresentado recurso tempestivo. Porém, não
obstante à louvável iniciativa do nobre Senhor
Deputado, o presente projeto continua padecendo de
inconstitucionalidade, por se tratar de matéria
vinculada à Secretaria de Educação, invadindo a
competência privativa do governador do Estado.
Razão pela qual sugiro aos pares a adoção do parecer
pela inconstitucionalidade do presente projeto, e
consequentemente manutenção do despacho
denegatório.
É assim que relato, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Janete de Sá.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 125
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Obrigada, Senhor Presidente.
O Projeto de Lei n.º 212/2015, de autoria do
Senhor Deputado Bruno Lamas, visa isentar o doador
de medula óssea, devidamente cadastrado, do
pagamento de taxa de inscrição nos concursos
públicos realizados no Estado do Espírito Santo,
conforme especifica.
Senhor Presidente, essa matéria é de
competência legislativa estadual, podendo ser
proposta por qualquer um dos Parlamentares desta
Casa de Leis. Estando o projeto material e
formalmente adequado, vi que atende também os
requisitos da constitucionalidade, razão pela qual não
tenho como deixar de adotar o parecer pela
constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa
técnica legislativa.
Apesar de considerar que projetos dessa
natureza acabam impactando os demais cidadãos na
medida em que se o doador de medula óssea não
paga, está isento da taxa de inscrição nos concursos
públicos, certamente, os outros candidatos terão que
absorver esse impacto, ficando mais onerosa a taxa
para os demais candidatos.
Essa é a crítica que faço no mérito, porém,
como esta comissão não analisa o mérito, cabendo-
me opinar apenas pela constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, a
matéria não padece de vício, portanto é constitucional
e é assim que relato. Farei meu comentário na
comissão de mérito apropriada por considerar que
essa matéria onera os demais candidatos, o que não
considero justo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer
Senhor Deputado Gildevan Fernandes, que
acabou de chegar, o projeto que a Senhora Deputada
Janete de Sá acabou de relatar foi o que V. Ex.ª tinha
solicitado vista anteriormente, já se passaram três
reuniões. O Projeto de Lei n.º 212/2015, de autoria
do Senhor Deputado Bruno Lamas, que isenta o
doador de medula óssea, devidamente cadastrado, do
pagamento de taxa de inscrição nos concursos
públicos realizados no Estado do Espírito Santo,
conforme especifica.
A Senhora Deputada Janete de Sá relatou
pela constitucionalidade, fazendo uma crítica
oportuna ao mérito, indicando a tramitação regular do
projeto nesta Casa. Como V. Ex.ª tinha pedido vista
do projeto, pergunto se fez a análise devida e se
podemos continuar em discussão para efetivamente
colher os votos dos nobres pares acerca do relatório
da Senhora Deputada Janete de Sá.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Fique à vontade, Senhor Presidente. Acompanho o
relatório da Senhora Deputada Janete de Sá.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Muito obrigado, Senhor
Deputado Gildevan Fernandes.
Continua em discussão o parecer. (Pausa)
Não havendo mais oradores que queiram
discuti-lo, declaro encerrada a discussão.
Em votação.
Antecipado o voto do Senhor Deputado
Gildevan Fernandes, com a relatora.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Trata-
se do Projeto de Lei n.º 334/2015, de autoria do
Senhor Deputado Euclério Sampaio que visa alterar a
redação do art. 3.º da Lei n.º 7.737/2004, referente à
meia entrada para doadores de sangue regulares a
locais públicos de entretenimento.
A matéria do presente projeto pode ser de
iniciativa legislativa parlamentar. É a mesma questão
da matéria anterior que falei. Essa questão não é de
iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo. Ela
atende a requisitos de constitucionalidade.
Orientamos pelo parecer da
constitucionalidade, juridicidade e boa técnica
legislativa, apesar de também considerar que é uma
questão que impacta os demais usuários na medida
em que se dá um benefício para uma determinada
camada, o empresário, com certeza, retirará esses
valores de outras pessoas e não ficará no prejuízo. O
que acaba impactando cidadãos, como já disse, mas,
do ponto de vista da constitucionalidade, a matéria é
legal.
Senhor Presidente, relato pela
constitucionalidade. Apesar de não acompanhar o
mérito da matéria, a matéria é legal.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
126 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Como sou mero e insignificante membro, gostaria
que o líder do Governo se manifestasse.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Solicito vista da matéria.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Concedida vista ao Senhor
Deputado Gildevan Fernandes do Projeto de Lei n.º
334/2015, de autoria do Senhor Deputado Euclério
Sampaio.
Só fazendo uma retificação. A Senhora
Deputada Janete de Sá ao relatar o Projeto de Lei n.º
272/2015, de autoria do Senhor Deputado Sergio
Majeski, deu parecer inconstitucionalidade, que todos
acompanhamos. Mas, no mesmo relato, S. Ex.ª disse
que mantém o despacho denegatório. Como se
tratava de análise de mérito jurídico da matéria, não
de despacho de denegatório, só para retificar, é pela
inconstitucionalidade apenas. S. Ex.ª teve excesso de
zelo. Só para retificar para a Taquigrafia.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Salvo
engano, a matéria voltou com despacho denegatório.
Não foi isso?
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Anteriormente.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Exato.
E não foi relatado o despacho denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Foi.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Foi
apreciado?
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Foi apreciado.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Então,
nossa assessoria jurídica ...
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Mas, enfim, está correto. Todos
acompanhamos.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Acompanhei a orientação jurídica de meu gabinete.
Mas quero, se o despacho denegatório já havia sido
relatado, confirmar a observação que V. Ex.ª coloca
do relato pela inconstitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Muito obrigado, Senhora
Deputada Janete de Sá.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Eliana Dadalto para relatar.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – O
Projeto de Lei n.º 281/2015, de autoria do Senhor
Deputado Hudson Leal, proíbe o porte de arma
branca no âmbito do Estado do Espírito Santo e dá
outras providências.
A regulamentação para a autorização ou não
de licença para o porte de arma de fogo seria de
competência da União, uma vez que está
regulamentando uma norma penal em branco. Sendo
assim, a proposição visa versar sobre Direito Penal,
assunto privativo da União, conforme o art. 22, inciso
I da Constituição Federal.
Vale ressaltar ainda que, na Câmara dos
Deputados, tramita o Projeto de Lei n.º 2.967, de
autoria do deputado Lincoln Portela, que visa proibir
o porte de arma branca em via pública. Logo, além de
estar expressamente previsto que a regulamentação
da matéria deva ser feita pela União, tem-se,
inclusive, projeto de lei, nesse sentido, em
andamento. Por todo o exposto, verificado vício
formal, relato pela inconstitucionalidade do Projeto
de Lei n.º 281/2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com a relatora.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com a relatora.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com a
relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – O
Projeto de Lei n.º 342/2015, de autoria do Senhor
Deputado Amaro Neto, visa instituir o Circuito
Estadual do Turismo Industrial no Estado do Espírito
Santo e dá outras providências.
A proposição cria obrigação e determinação a
serem cumpridas pelo Poder Executivo estadual a
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 127
cargo das Secretarias competentes, ainda acarretará
despesas a serem arcadas pelo Poder Executivo,
infringindo, assim, os arts. 17, 63 e 91, todos da
Constituição Estadual.
O Poder Legislativo não pode tomar a
iniciativa de elaborar leis que disponham sobre
obrigação e funcionamento da administração nem
sobre as secretarias de governo, órgãos e entidades da
administração pública.
Por todo o exposto, relato pela
inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 342/2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com a relatora.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – O
Projeto de Decreto Legislativo n.º 72/2015, de autoria
do Senhor Deputado Euclério Sampaio, concede
Título de Cidadão Espírito-Santense ao senhor Sérgio
Almeida de Mello.
Não havendo vícios que impeçam sua
tramitação, relato pela constitucionalidade,
legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do
projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com a relatora.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Com a relatora.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – O
Projeto de Decreto Legislativo n.º 84/2015, concede
Título de Cidadão Espírito-Santense ao doutor
Rodrigo da Rocha Rodrigues.
Não havendo vícios que impeçam sua
tramitação, relato pela constitucionalidade,
legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do
referido projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com a relatora.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! Queria solicitar a V.
Ex.ª que colocasse em votação a realização de sessão
extraordinária conjunta com a Comissão de Defesa da
Cidadania para que pudéssemos – como esses
projetos que concedem títulos de cidadania e
comendas são terminativos e passam apenas por duas
comissões para, em seguida ir ao plenário que é
muito mais para conhecimento, na verdade – limpar a
pauta desses projetos de concessão de títulos de
cidadania e de comendas. Assim, daríamos maior
celeridade, até para não atrapalhar a sessão que é tão
bonita e homenageia personalidades na Assembleia
Legislativa.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão a solicitação do
Senhor Deputado Marcelo Santos. (Pausa)
128 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Favorável.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Favorável.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) –
Favorável.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Favorável.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o
pedido do Senhor Deputado Marcelo Santos e a
solicitação foi aprovada à unanimidade.
Solicito à Secretaria da Comissão que
combine com a Comissão de Defesa da Cidadania
para que façamos conjuntamente reunião
extraordinária com esse fim.
Cumprimento o ex-secretário de
Administração de São José do Calçado, Senhor
Antonio Coimbra de Almeida, mas todos o conhecem
por Cuíca, e eu não sou diferente. Cuíca, leve à
família do ex-prefeito, José Carlos de Almeida,
estimas de melhoras de sua saúde, uma vez que ele
sofreu um infarto nesse fim de semana. Esperamos
que esteja em pronta recuperação. Ao Cuíca e à
família do ex-prefeito José Carlos de Almeida o
nosso abraço.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! Leve também o meu
abraço ao Cuíca, secretário de Saúde do Município...
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – O Cuíca é polivalente, não é?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Isso mesmo e por isso o seu nome é Cuíca. Leve
também o nosso abraço à família do José Carlos,
amigo querido, diante dessa enfermidade pela qual
passa.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Deliberamos acerca das
concessões dos títulos de cidadania, mas ainda restam
a ser relatados três deles pela Senhora Deputada
Raquel Lessa. Como temos poucos projetos, hoje,
peço à Senhora Deputada Raquel Lessa que também
os relate para que não fiquem faltando.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Raquel Lessa para relatar.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – O
Projeto de Lei n.º 108/2015, de autoria da Senhora
Deputada Luzia Toledo, dispõe sobre a proibição da
cobrança de taxa adicional para alunos com
deficiência nas escolas particulares e dá outras
providências.
Acolhemos a manifestação da Procuradoria e
relatamos pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa o Projeto de Lei
n.º 108/2015, de autoria da Excelentíssima Senhora
Deputada Luzia Toledo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa para relatar.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – O
Projeto de Decreto Legislativo n.º 73/2015, de autoria
do Senhor Deputado Da Vitória, concede Título de
Cidadão Espírito-Santense ao senhor Rubens Serafim
Berbert Junior.
Acompanho o parecer da Procuradoria,
sugerindo parecer pela constitucionalidade,
legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 73/2015, de autoria
do Senhor Deputado Da Vitória.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 129
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa para relatar.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – O
Projeto de Decreto Legislativo n.º 74/2015, de autoria
do Senhor Deputado Edson Magalhães, concede
Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José
Aluízio da Rocha Campos.
Senhor Presidente, acompanho o parecer da
Procuradoria e relatamos pela constitucionalidade,
legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 74/2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO -
(PEN) – Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – O
Projeto de Decreto Legislativo n.º 85/2015, de autoria
do Senhor Deputado Doutor Hércules, concede
Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor
Valdecir Schwambach.
Senhor Presidente, acompanho o parecer da
Procuradoria relatando pela constitucionalidade,
legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 85/2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – Com a relatora.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO -
(PEN) – Com a relatora.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Marcelo Santos para relatar.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Senhor Presidente, passo a relatar o Projeto de Lei n.º
389/2015, de autoria do Senhor Deputado Amaro
Neto, que altera a ementa do art. 1.º da Lei n.º 8.884
de 09 de junho de 2008, que dispõe sobre análise por
parte do Governo do Estado da pertinência de
instalação de dispositivos para captação de águas da
chuva em seus projetos de construção de prédios
públicos. O projeto foi devolvido ao autor.
Quero registrar, inclusive é até muito legal
falar sobre isso, que a Lei n.º 8.884 que o Senhor
Deputado Amaro Neto propõe fazer alteração na
ementa, quando S. Ex.ª altera a ementa acaba
provocando uma discussão com relação à
constitucionalidade, é de minha autoria. Esta lei foi
publicada no Diário Oficial do dia 10 de junho de
2008, foi aprovada e sancionada pelo Governador, à
época Paulo Hartung. A ementa dispõe sobre a
análise por parte do Governo do Estado a pertinência
de instalação de dispositivos para captação de águas
da chuva em seus projetos de construção de prédios
públicos.
Desde 2008 já existe uma lei que dá
condições ao Estado. Por que a análise? Porque
existem alguns prédios que foram adaptados e alguns
projetos que já estavam prontos e já licitados e,
naturalmente, os novos projetos que deveriam constar
essa captação de água de chuva. Na proposta
apresentada pelo Senhor Deputado Amaro Neto a
manifestação nota-se que a proposição em epígrafe,
malgrados os elevados propósitos da sua autoria,
confronta com o sistema constitucional de iniciativas
reservadas estabelecidas pela Constituição Federal e,
reproduzidas em nossa Lei Maior que é a
Constituição Estadual. Não há, pois, como contornar
o obstáculo antedito que assume as feições de uma
típica inconstitucionalidade formal, cujos efeitos, não
custa repetir, fulminam integralmente a sua
proposição. Uma vez que ao apresentar a proposta o
autor a altera dando obrigações ao Estado tornando-a
inconstitucional. O meu parecer é pela manutenção
do despacho denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO -
(PEN) – Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com o
relator.
130 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Senhor Presidente, passo a relatar o Projeto de
Decreto Legislativo n.º 77/2015, de autoria da
Senhora Deputada Eliana Dadalto, que concede
Título de Cidadão Espírito-santense ao Senhor
Marleisson de Souza Angelo.
A proposta da autora atende a tudo aquilo
que estabelece o Regimento Interno desta Casa e o
meu parecer é pela sua constitucionalidade.
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO -
(PEN) – Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
O Projeto de Decreto Legislativo n.º 78/2015, do
Senhor Deputado Sandro Locutor, concede Título de
Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Wendel Cesar
Oliveira.
O projeto atende todos os requisitos que
estabelece o Regimento Interno desta Casa e o nosso
parecer é pela constitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO -
(PEN) – Com o relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Semana passada, por face da licença do
Senhor Deputado Rafael Favatto, nós todos estamos
aqui felizes pelo retorno do Senhor Deputado Doutor
Rafael Favatto, todos os projetos que estavam sob a
relatoria de S. Ex.ª foram redesignados para que o
Senhor Deputado Marcelo Santos pudesse relatá-los.
E assim ele o fez. O Senhor Deputado Marcelo
Santos pediu dilação de prazo ao Projeto de Lei n.º
264/2015. Nós não tínhamos observado que o Senhor
Deputado Marcelo Santos fez o relato pela
manutenção do despacho denegatório, não podendo
assim relatar no mérito jurídico a matéria. Gostaria de
designar novamente ao Senhor Deputado Doutor
Rafael Favatto para que assuma as funções de relatar
o referido projeto.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – O Projeto de Lei n.º 264/2015, do Senhor
Deputado Sergio Majeski dispõe sobre a política de
incentivo à geração de energia limpa no Estado do
Espírito Santo.
O nosso parecer é pela inconstitucionalidade
do projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com o relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Nada mais havendo a tratar, vou encerrara a
presente reunião. Antes, porém, convido os Senhores
Deputados para a próxima, ordinária, dia 10/11/2015.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 14h32min.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 131
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO.
VIGÉSIMA SEXTA REUNIÃO ORDINÁRIA,
DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 17 DE
NOVEMBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (Rodrigo Coelho -
PT) – Havendo número legal, invocando a proteção
de Deus declaro abertos os trabalhos desta Comissão.
Convido o Senhor Secretário Fabiano a
proceder à leitura da ata da vigésima quinta reunião
ordinária, realizada em 03 de novembro de 2015.
(Pausa)
(O Senhor Secretário procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Pela aprovação.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Pela
aprovação.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Aprovada a ata como lida.
Solicito ao senhor secretário que proceda à
leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
OF. N.º 140/2015- GADGF – Do Exm.º
Senhor Deputado Gildevan Fernandes
justificando sua ausência na Reunião
Ordinária desta Comissão no dia 20 de
outubro de 2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO COELHO –
PT) – Ciente. Faça constar no relatório mensal das
atividades desta Comissão.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
OF. N.º 141/2015- GADGF – Do Exm.º
Senhor Deputado Gildevan Fernandes
justificando sua ausência na Reunião
Ordinária desta Comissão no dia 27 de
outubro de 2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO COELHO –
PT) – Ciente. Faça constar no relatório mensal das
atividades desta Comissão.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
PROJETO DE LEI N.º 278/2014 - Redação Final
Autora: Deputada Janete de Sá
Ementa: Institui o pagamento de meia
entrada em espetáculos teatrais e musicais,
exposições de arte, exibições
cinematográficas e demais manifestações
culturais e ou esportivas aos portadores de
câncer.
PROJETO DE LEI N.º 228/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Marcos Bruno
Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade de
manutenção do Código Estadual de Defesa
dos Animais para consulta em lojas de
produtos veterinários.
PROJETO DE LEI N.º 229/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Enivaldo dos Anjos
Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade de
auditorias trimestrais nos aparelhos
utilizados para escuta telefônica.
PROJETO DE LEI N.º 237/2015 -
Despacho Denegatório
Autor: Deputado Doutor Hércules
Ementa: Dispõe sobre o reconhecimento das
pessoas portadoras de doença renal crônica
e transplantado, como pessoas com os
mesmos direitos para fins de atendimento
prioritário, nos serviços públicos e privados,
e dá outras providências.
PROJETO DE LEI N.º 297/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Amaro Neto
Ementa: Dispõe sobre a Identificação dos
Frequentadores e a Comercialização de
Ingressos em Eventos realizados no Âmbito
do Estado do Espírito Santo, e dá outras
providências.
PROJETO DE LEI N.º 313/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Bruno Lamas
Ementa: Institui o pagamento de meia
entrada em espetáculos teatrais e musicais,
exposições de arte, exibições
132 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
cinematográficas e demais manifestações
culturais e ou esportivas aos doadores de
medula óssea.
PROJETO DE LEI N.º 316/2015 - Análise
Técnica
Autora: Deputada Raquel Lessa
Ementa: Denomina Ulrich Justo Milke, a
Rodovia ES-432, que liga a sede do
Município de Vila Valério ao entroncamento
com a Rodovia ES-245, no Distrito de São
Jorge de Tiradentes, Município de Rio
Bananal-ES.
PROJETO DE LEI N.º 327/2015 - Análise
Técnica
Autora: Deputada Raquel Lessa
Ementa: Dispõe sobre reserva de vagas
para mulheres vítimas de violência doméstica
e menores aprendizes vítimas de violência,
nas empresas privadas que receberem
incentivos fiscais do Estado do Espírito
Santo e dá outras providências.
PROJETO DE LEI N.º 340/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Bruno Lamas
Ementa: Dispõe sobre a instalação de
bicicletários nas Escolas Públicas do Estado
do Espírito Santo.
PROJETO DE LEI N.º 345/2015 - Análise
Técnica
Autora: Deputada Janete de Sá
Ementa: Dispõe sobre a proibição da
permanência e utilização de animais de
grande porte dentro de perímetros urbanos
no Estado de Espirito Santo e dá outras
providências.
PROJETO DE LEI N.º 348/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Marcos Bruno
Ementa: Proíbe a publicação de anúncios
em jornais de circulação no Estado do
Espírito Santo que atentem contra a
moralidade ou contra a dignidade de
categorias profissionais.
PROJETO DE LEI N.º 363/2015 - Análise
Técnica
Autora: Deputada Raquel Lessa
Ementa: Declara de Utilidade Pública a
Associação Mão Amiga do Agricultor –
AMA-A, sediada no Distrito de Santa Luzia
do Azul, Município de Água Doce do Norte -
ES.
PROJETO DE LEI N.º 377/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Doutor Hércules
Ementa: Dispõe sobre fixação de cartaz, ou
placa, em revendedoras e concessionárias de
veículos automotores, informando as
isenções concedidas às pessoas com
deficiência e moléstias graves e dá outras
providências.
PROJETO DE LEI N.º 383/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Rafael Favatto
Ementa: Obriga a disponibilização de
álcool em gel em restaurantes e praças de
alimentação em shopping centers.
PROJETO DE LEI N.º 386/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Doutor Hércules
Ementa: Institui no Estado do Espírito Santo
a “Campanha de Controle Populacional de
Cães e Gatos do Estado do Espírito Santo”,
Acompanhada de ações educativas sobre
propriedade responsável de animais, e dá
outras providências.
PROJETO DE LEI N.º 393/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Josias da Vitória
Ementa: Institui no calendário oficial do
Governo do Estado o Dia Estadual do
Notário e Registrador no Estado do Espírito
Santo.
PROJETO DE LEI N.º 403/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Bruno Lamas
Ementa: Dispõe sobre o direito de o
consumidor obter comprovantes de
pagamentos que tenham durabilidade do
texto impresso de pelo menos 5 (cinco) anos.
PROJETO DE LEI N.º 404/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Erick Musso
Ementa: Dispõe sobre obrigatoriedade das
operadoras de serviços de telefonia fixa e
móvel e as operadoras de TV por assinatura
a divulgarem e manterem estabelecimento
físico em cada cidade do Estado do Espírito
Santo para atendimento presencial ao
consumidor.
PROJETO DE LEI N.º 405/2015 -
Despacho Denegatório
Autor: Deputado Marcos Bruno
Ementa: Obriga as empresas e as
concessionárias que fornecem serviços de
energia elétrica, de telefonia fixa, banda
larga, televisão a cabo ou outro serviço, por
meio de rede aérea, a realizar a retirada da
fiação excedente e sem uso que tenham
instalado e dá outras providências.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 133
PROJETO DE LEI N.º 406/2015 -
Despacho Denegatório
Autor: Deputado Bruno Lamas
Ementa: Dispõe sobre a proibição, nas
unidades escolares de educação básica
estadual, da comercialização de alimentos
industrializados que contenham gorduras
trans.
PROJETO DE LEI N.º 408/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Doutor Hércules
Ementa: Institui a Semana Estadual da
Esclerodermia.
PROJETO DE LEI N.º 411/2013 - Análise
Técnica
Autora: Deputada Luzia Toledo
Ementa: Estabelece no âmbito do Estado,
penalidades para a comercialização de
produtos com o componente cádmio e da
outras providências.
PROJETO DE LEI N.º 412/2015 -
Despacho Denegatório
Autor: Deputado Amaro Neto
Ementa: Estabelece a proibição da
utilização de quaisquer benefícios fiscais e a
contratação pela Administração Pública
Estadual de pessoas físicas ou jurídicas,
incluídos no cadastro de empregadores do
ministério do trabalho e emprego, que
tenham mantido trabalhadores em condições
análogas à de escravos.
PROJETO DE LEI N.º 415/2015 - Análise
Técnica
Autora: Deputada Luzia Toledo
Ementa: Institui o Dia Estadual dos
Produtores de Uvas e Vinhos.
PROJETO DE LEI N.º 417/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Gilsinho Lopes
Ementa: Institui a semana do desarmamento
infantil, no âmbito do Estado do Espirito
Santo.
PROJETO DE LEI N.º 426/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Doutor Hércules
Ementa: Institui o Dia Estadual de
Conscientização sobre Doenças Raras.
PROJETO DE LEI N.º 428/2015 - Análise
Técnica
Autora: Mesa Diretora
Ementa: Denomina Rodovia Waldemiro
Zampirolli o trecho da Rodovia Estadual ES
486, que liga a atual estrada de Gironda à
Alto Gironda à Itaoca, localizado no
Município de Cachoeiro de Itapemirim.
PROJETO DE DECRETO
LEGISLATIVO N.º 98/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Almir Vieira
Ementa: Concede título de cidadania
espírito-santense a Sra. Idalina de Paula
Miranda da Paixão.
PROJETO DE DECRETO
LEGISLATIVO N.º 107/2015 - Análise
Técnica
Autor: Deputado Dary Pagung
Ementa: Concede Título de Cidadania
Espírito-Santense ao Doutor Danilo de
Araújo Carneiro.
PROJETO DE DECRETO
LEGISLATIVO N.º 109/2015 - Análise Técnica
Autor: Deputado Dary Pagung
Ementa: Concede Título de Cidadania
Espírito-Santense ao Senhor Walter José
Franquini.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS:
Deputada Eliana Dadalto - Projetos de Lei
n.os
: 228/15, 345/15, 404/15 e 426/15
Deputada Janete de Sá - Projetos
de Lei n.os
: 221/15, 316/15, 327/15, 363/15
e 372/15.
Projetos Decretos Legislativos n.os
: 98/15 e
107/15.
Deputado Marcelo Santos - Projetos de Lei
n.os
: 340/15, 383/15, 405/15 e 417/15,
Deputado Doutor Rafael Favatto -
Projetos de Lei n.os
: 348/15, 393/15 e
403/15
Deputada Raquel Lessa - Projetos de Lei
n.os
: 15/15, 237/15, 250/15, 386/15,
411/15 e 415/15.
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA:
Não houve no período
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Passa-se à Ordem do Dia.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo
Santos para relatar e redesigno S. Ex.ª para relatar os
Projetos de Lei n.os
63/2015, 159/2015 e 364/2015.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) -
134 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
V. Ex.ª é muito generoso, Senhor Presidente.
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 387/2015, e
autoria do Senhor Deputado Marcos Bruno, que cria
o programa de apadrinhamento afetivo “Um Lar Para
Idosos” no âmbito do Estado do Espírito Santo e dá
outras providências.
Senhor Presidente, tentarei sintetizar. A
própria ementa já condena por si só o projeto. Vejo o
seguinte: é incontestável a existência de
inconstitucionalidade formal, por vício de iniciativa e
de violação do princípio da independência dos
Poderes. O Poder Legislativo não pode tomar a
iniciativa de elaborar leis que disponham sobre a
organização e o funcionamento da administração,
nem sobre as atribuições das secretarias de governo,
órgãos e entidades da administração pública. Posto os
princípios constitucionais, no caso o da iniciativa
privativa, por se enquadrar como de matéria de
competência reservada do Executivo. Antes de
simples proposições normativas, constituem-se um
dos pilares do próprio estado democrático de direito,
decorrência inarredável do sistema de freios e
contrapesos e da separação dos Poderes.
Diante disso, Senhor Presidente, meu parecer
é pela inconstitucionalidade da presente matéria.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
O Projeto de Lei n.º 382/2015, de autoria do Senhor
Deputado Hudson Leal - figura ímpar e que tem feito
um trabalho muito bacana - dispõe sobre a publicação
na internet da lista de espera dos pacientes que serão
submetidos a cirurgias eletivas realizadas com
recursos do Sistema Único de Saúde – SUS – e dá
outras providências.
Quero dizer que pelo mérito não há outro
igual. A matéria merece, inclusive, uma sugestão
após o parecer, para que o Senhor Deputado possa
encaminhá-la ao Governo do Estado, pois dará mais
transparência, já que o estado prima pela
transparência. Acho que o mesmo deveria assumir
esse projeto de lei sob forma de indicação, e
apresentá-lo como resposta à sociedade.
Senhor Presidente, o Supremo Tribunal
Federal já tem pacificado com relação à iniciativa e,
no caso, o Senhor Deputado Estadual fere a
competência que é exclusiva e privativa do
Governador do Estado.
Como relator, meu parecer é pela
manutenção do despacho denegatório da Mesa
Diretora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
O Projeto de Lei n.º 63/2015, de autoria da Senhora
Deputada Luzia Toledo, dispõe sobre a veiculação de
propagandas contra a violência doméstica e familiar
contra a mulher e ao abuso e exploração sexual de
crianças e adolescentes nos shows que forem
realizados no Estado.
O art. 1.º repete basicamente o que há na
ementa, e o Art.º 2.º diz o seguinte:
[...] Art. 2º - Entende-se por show:
todo espetáculo teatral ou
cinematográfico em que há música,
dança e coreografia, geralmente
montado em torno de um cantor ou
animador.
A nossa procuradoria fez uma análise e nota-
se que a proposição em epígrafe, malgrados os
elevados propósitos do seu autor – registro sua
importância, mas não é isso que estamos analisando –
confronta com o sistema constitucional de iniciativa
reservada, estabelecida pela Constituição Federal,
reproduzidas em nossa lei maior. Ou seja, não há,
pois, como contornar o obstáculo antes dito, que
assume as feições de uma típica inconstitucionalidade
formal.
Sendo assim, Senhor Presidente, meu parecer
é pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º
63/2015.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 135
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer.
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
O parecer é aprovado à unanimidade pela
Comissão de Justiça.
Antes de o Senhor Deputado Marcelo Santos
continuar com a palavra, gostaria de registrar a
presença do secretário de Habitação do Município de
Vitória, Sérgio de Sá Freitas, filho de um grande
colega nosso, o ex-deputado José Esmeraldo. Deixo o
registro e nosso carinho.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
José da Rocha Esmeraldo. O Rocha é por conta de
uma alteração de registro civil legislativo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Sérgio, sempre que o Senhor
Deputado Marcelo Santos faz referência a seu pai, faz
com uma impostação de voz diferente, pelo carinho
que tem. Receba o nosso cumprimento.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor
Presidente, permita-me falar antes. São laços afetivos
de Cariacica que também carrego. Aliás, Sérgio,
Bernadete, sua mãe, foi minha professora de
anatomia e foi pediatra de meus dois filhos. Na
minha avaliação, é uma das melhores do estado.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Cumprimento o senhor Sérgio e lhe agradeço a visita
na Comissão de Justiça.
O Projeto de Lei n.º 159/2015, de autoria do
Senhor Deputado Sergio Majeski, dispõe sobre a
obrigatoriedade da divulgação e menção específica
dos custos de publicidade realizados pelos poderes
constituídos no Estado do Espírito Santo.
A matéria foi devolvida ao autor que,
imediatamente, recorreu. E tendo apoiamento do
Plenário, a matéria foi encaminhada à Comissão de
Justiça, sendo designado relator o Senhor Deputado
Doutor Rafael Favatto. Porém, V. Ex.ª redesigna a
mim para relatar.
Senhor Presidente, a matéria é
inconstitucional por infringir o art. 63, parágrafo
único, incisos III e VI, da Constituição Estadual:
inobservância da competência. A prerrogativa é do
governo do estado.
Sendo assim, opino pela manutenção do
despacho denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer.
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO COELHO –
PT) – A Presidência acompanha o voto do relator.
O parecer é aprovado à unanimidade pela
Comissão de Justiça.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
O Projeto de Lei n.º 364/2015, dispõe sobre a
instalação de bicicletários nos estacionamentos
públicos e privados, no âmbito do estado do Espírito
Santo e dá outras providências.
Uma boa iniciativa, até porque estamos
falando de mobilidade urbana e de um modelo de
transporte que tem sido amplamente debatido e
incentivado mundo afora. Não só no nosso estado
como em outros estados brasileiros, o mundo inteiro
tem incentivado, mas relato que o art. 63, já citado
algumas vezes por este relator diz:
(...)
Parágrafo único. São de iniciativa
privativa do Governador do Estado as
leis que disponham sobre:
(...) III - organização administrativa
e pessoal da administração do Poder
Executivo;
(...) VI - criação, estruturação e
atribuições das Secretarias de
Estado e órgãos do Poder Executivo.
Art. 91. Compete privativamente ao
Governador do Estado:
I - exercer, com auxílio dos
Secretários de Estado, a direção
superior da administração estadual;
Vê-se que o constituinte reservou a iniciativa
de projeto de lei referente à estruturação e atribuição
da Secretaria de Estado e dos órgãos do Poder
Executivo ao chefe da administração pública, a quem
136 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
compete o exercício da direção superior, com o
apoiamento do secretário de Estado.
É bom frisar que a competência institucional
é do Poder Executivo para elaboração de planos e
projetos no âmbito da administração pública. Ao
Poder Legislativo caberia intervir na gestão desses
planos e projetos tão somente no momento da
apreciação das leis orçamentárias, por intermédio da
apresentação de emendas.
Sendo assim, Senhor Presidente, sugiro aos
colegas o acolhimento de meu parecer pela
inconstitucionalidade da matéria.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer.
Senhor Deputado Marcelo Santos, nesse
caso, quero fazer uma observação apenas, porque
conversávamos recentemente.
Essa é uma matéria típica de ser discutida na
metropolização. Inclusive está presente o secretário
de Habitação do município de Vitória. Se os
municípios da região metropolitana entendessem que
precisam fazer uma política de instalação desses
bicicletários de maneira que organizassem os modais,
porque também não adianta ser de qualquer jeito.
Não adianta fazer um modal em que tenha lugar de
estacionar se não tem continuidade e integração com
outros modais de transporte, o transporte coletivo
principalmente. Não adianta nada instalarmos e o
Estado fazer uma intervenção pura e simplesmente,
desconsiderando os municípios, sobretudo os
municípios da região metropolitana que mais
precisam dessa modalidade. Seria um equívoco.
Então, o Senhor Deputado Marcos Bruno
nessa propositura só nos chama a atenção para uma
coisa em que precisamos evoluir na discussão: o
Espírito Santo é um estado de vanguarda no que diz
respeito à instalação de metrópole. Foi o primeiro do
Brasil a reconhecer uma metrópole por lei estadual.
Depois disso, parou. Não avançamos nessa política.
Precisamos fazê-lo. E há um chamamento da
Assembleia. Queria só deixar um registro.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
A título de colaboração, e V. Ex.ª busca o debate de
um assunto importante: mobilidade urbana. A região
metropolitana da Grande Vitória tem alguns erros por
incluir, por exemplo, duas cidades que não me vale
citar o nome delas, mas que não deveriam fazer parte
da região metropolitana, porque perdem duas cidades
do extremo da composição da região metropolitana,
porque têm relação díspar com as demais. E, assim,
tirando essas duas cidades, a Grande Vitória, vamos
resumir assim, que faz parte da região metropolitana,
criada por lei e alterada, poderia o Estado fomentar e,
assim, a Assembleia está num momento muito
interessante, liderando nesse palco essa discussão e
fazer o sistema cicloviário, patrocinado
principalmente pelo Estado e tendo como sócios
desse investimento os municípios, porque o Estado
tem a força maior de arrecadação. E, dessa forma, os
projetos base de desapropriação ficariam a cargo do
governo e naturalmente o maior investidor.
Senhor Deputado Rodrigo Coelho, basta um
único veículo – a Senhora Deputada Janete de Sá
sabe disso – quebrar na Segunda Ponte ou na Terceira
Ponte que paralisa por completo a região
metropolitana da Grande Vitória. Apenas isto: um
veículo quebrar ou faltar combustível. Não precisa de
acidente para paralisar a Grande Vitória, até porque
os projetos que foram discutidos, e não são de agora,
são projetos lançados atrás.
Ricardo Ferraço, antes de ser senador e
quando vice-governador que liderava aquele projeto,
época em que Paulo Hartung era governador, com
investimento de um bilhão de reais, anunciou um
túnel e a Quarta Ponte. E essa coisa precisa sair do
papel.
Por exemplo, Senhora Deputada Janete de
Sá, o que podemos fazer é alargamento das vias da
Terceira Ponte, que é um projeto mais barato e que
pode ser feito, da mesma forma como a Segunda. E, a
partir disso, pensar em uma Quarta Ponte. Agora, o
que não podemos deixar de pensar – estou falando do
sistema – que são benéficos para a sociedade: o
modal, bicicleta, tração humana e aquaviário.
O aquaviário, é lógico, tem um investimento
muito maior, mas o Estado não pode pensar em lucro.
O lucro do Estado é social. O social é atender as
pessoas que carecem de investimento no transporte.
Senhor Deputado Rodrigo Coelho, essa
discussão que V. Ex.ª traz da metropolização de tudo
– da habitação, do lixo, da iluminação pública e da
mobilidade urbana – não é interferência naquilo que
compete exclusivamente ao município e, muito
menos, ao Estado. É fazer com que possam se
integrar, interagir e discutir, porque, na hora em que
fala de um problema, todo mundo levanta a mão. Na
hora de dividir riqueza, ninguém levanta. Então,
temos o que produz o Porto de Vitória para Vila
Velha e Serra, e Cariacica e Viana estão excluídos.
Mas quando chega algum benefício para Cariacica,
todo mundo quer dividir. É hora de metropolizar a
discussão e a divisão da mesma forma. Parabéns pelo
debate.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Continua em discussão o parecer.
(Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 137
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
do relator. Lamento por conta do mérito.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Janete de Sá para relatar.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Obrigada,
Senhor Presidente Rodrigo Coelho. Cumprimento
todos os presentes.
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 328/2015, de
autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, que
proíbe a comercialização direta ao consumidor e a
exposição de carne previamente moída e da outras
providências.
De acordo com a Constituição Federal, cabe somente
à União editar normas gerais para a produção e
consumo. Porém, cabe aos estados concorrentes com
a União legislar preenchendo as lacunas da lei federal
a fim de aperfeiçoá-las às peculiaridades locais, o que
é o caso da matéria. Com exceção dos parágrafos do
art. 2º, que apresentam matéria regulamentada pela
União e devem ser suprimidas. Bem como o § 2.º do
art. 1º, que fere o princípio da livre inciativa.
Dito isso, o projeto atende aos requisitos da
constitucionalidade, razão pela qual sugiro aos pares
que adotem o parecer da constitucionalidade,
juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, com
a adoção das seguintes emendas:
Emenda n.º 01
Fica suprimido o § 2.º do Art. 1.º do
Projeto de Lei n.º 328/2015, de
autoria da Deputada Luzia Toledo.
Emenda n.º 02
O Art. 2.º do Projeto de Lei n.º
328/2015, de autoria da Deputada
Luzia Toledo, passa a ter a seguinte
redação:
“Art. 2.º. Não se aplica esta lei nos
casos de comercialização de carnes
moídas industrializadas em
embalagens de até 01 (um)
quilograma, desde que vistoriadas
por órgão competente e possuam os
selos ou certificados de qualidade
exigidos”.
Emenda n.º 03
Ficam suprimidos os §§ 1.º, 2.º e 3.º
do Art. 2.º do Projeto de Lei n.º
328/2015, de autoria da Deputada
Luzia Toledo.
É assim que relatamos, Senhor Presidente
Rodrigo Coelho.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com a
relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Projeto
de Lei n.º 334/2015, de autoria do Senhor Deputado
Euclério Sampaio, que altera a redação do art. 3.º da
Lei 7.737/2004, referente à meia-entrada para
doadores em locais públicos de entretenimento.
Essa matéria pode ser de iniciativa legislativa
parlamentar, visto que não se trata de hipótese de
matéria privativa do chefe do Poder Executivo.
Atendendo nesse caso aos requisitos da
constitucionalidade. Razão pela qual sugiro o parecer
pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica
legislativa. É assim que relato, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Projeto
de Decreto Legislativo n.º 98/2015, de autoria do
Senhor Deputado Almir Vieira, que concede Título
de Cidadã Espírito-Santense à senhora Idalina de
Paula Miranda da Paixão.
Matéria de competência legislativa, podendo
ser proposta pelos Senhores Deputados desta Casa. O
138 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
requisitante trouxe os seus argumentos que nos fazem
emitir o parecer pela constitucionalidade, tendo em
vista consideramos a senhora Idalina de Paula
Miranda da Paixão ser merecedora da honraria de
receber o Título de Cidadão Espírito-Santense. Assim
relato pela constitucionalidade, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Projeto
de Decreto Legislativo n.º 107/2015, de autoria do
Senhor Deputado Dary Pagung, que visa conceder
Título de Cidadão Espírito-Santense ao senhor
Danilo de Araújo Carneiro.
Verificamos nos autos do projeto a
documentação que requisita ao autor conceder essa
honraria que pretende estar agraciando o senhor
Danilo de Araújo Carneiro com o Título de Cidadão
Espírito-Santense. Nesse sentido, nosso parecer é
pela sua constitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Passo a
relatar o Projeto de Decreto Legislativo n.º 109/2015,
de autoria do Senhor Deputado Dary Pagung, que
visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao
senhor Walter José Franquini.
Também, observando nos autos a
documentação fazendo com que o senhor Walter José
Franquini seja merecedor de tamanha honraria, nosso
parecer é pela constitucionalidade da matéria, Senhor
Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) - Com a
relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Passo a palavra à nobre Senhora Deputada
Raquel Lessa para que faça a relatoria dos projetos
que aguardam seu relato.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – O
Projeto de Lei n.º 250/2015, de autoria do Senhor
Deputado Nunes, estabelece mecanismo de defesa do
patrimônio público do Estado do Espírito Santo,
dispõe sobre provisões de encargos trabalhistas a
serem pagos às empresas contratadas para prestar
serviços de forma contínua no âmbito dos Poderes
Públicos e dá outras providências.
Consta nos autos parecer técnico sugerindo
apresentação de emendas para que a matéria seja
aplicada apenas a esta Casa Legislativa, porém,
entendemos que neste caso a matéria seria atinente a
projeto de resolução de autoria da Mesa.
Assim, em que pese a importância peculiar
da matéria, acompanho o parecer da Procuradoria-
Geral sugerindo que o parecer desta comissão seja
pela manutenção do despacho da Presidência, em
razão da inconstitucionalidade formal do Projeto de
Lei n.º 250/2015, de autoria do Senhor Deputado
Nunes.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) - Com a
relatora.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 139
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Também acompanho.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – O
Projeto de Lei n.º 321/2015, de autoria da Senhora
Deputada estadual Eliana Dadalto, institui a Semana
Estadual de Conhecimento e Sensibilização a respeito
do abandono afetivo aos idosos.
A matéria recebeu parecer da Procuradoria
pela constitucionalidade, condicionando-a à
supressão dos art. 2.º, 3.º e 5.º da proposição. Esta
relatora acolhe parcialmente o parecer da
Procuradoria, discordando apenas da supressão do
art. 2.º da proposição, pois, a nosso ver, esse artigo
não invade a seara administrativa do governador,
apenas se refere à parceria com entidades afins.
Dessa forma, não irá gerar ônus ou obrigação ao
Estado.
Pelo exposto, relatamos pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa
técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 321/2015, de
autoria da Senhora Deputada Eliana Dadalto, com a
adoção da Emenda 01, com a seguinte redação:
Ficam suprimidos os artigos 3.º e 5.º do Projeto de
Lei n.º 321/2015, renumerando os demais.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Contra a relatora.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) - Com a
relatora.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Senhor Presidente, gostaria de pedir o processo
rapidamente. Serei breve. Institui a Semana Estadual
de Conhecimento e Sensibilização a respeito do
abandono afetivo aos idosos. A Senhora Deputada
Raquel Lessa relatou com emenda, aproveitando a
proposta. Voto com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Acompanho a relatora.
Aprovado o parecer contra o voto da nobre
Senhora Deputada Eliana Dadalto.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – O
Projeto de Lei n.º 371/2015, de autoria do Senhor
Deputado Amaro Neto, cria o programa Adote o
Verde, que institui o sistema de permutas na
manutenção e conservação de praças, jardins e
parques urbanos, em troca de exploração publicitária
por particulares no âmbito do Estado do Espírito
Santo e dá outras providências.
Analisando os autos, verificamos que a
manifestação jurídica da Procuradoria da Casa é pela
inconstitucionalidade da proposição por tratar de
matéria de competência municipal, conforme
estabelece o art. 30, incisos I e II, da Constituição
Federal.
Em que pese os argumentos da contradita do
autor, após análise minuciosa, ficamos com o
posicionamento jurídico da Procuradoria. Assim,
relatamos pela inconstitucionalidade do Projeto de
Lei n.º 371/2015, de autoria do Senhor Deputado
Amaro Neto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com a relatora.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com a
relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa para relatar.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – O
Projeto de Lei n.º 386/2015, de autoria do Senhor
Deputado Doutor Hércules, institui no Estado do
Espírito Santo a Campanha de Controle
Populacional de Cães e Gatos, acompanhada de
ações educativas sobre propriedade responsável de
animais, e dá outras providências.
Relatamos pela inconstitucionalidade deste
projeto e, em consequência, opinamos pela
manutenção de seu despacho denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Como análise técnica? V. Ex.ª
está analisando a constitucionalidade ou o despacho?
Constitucionalidade, logo a análise técnica. Desse
modo o relato é pela inconstitucionalidade.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Pela
inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 386/2015
e...
140 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Pela inconstitucionalidade.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Em
consequência, opinamos pela manutenção do
despacho denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Mas não estamos avaliando o
despacho denegatório neste momento, já foi
superado; estamos fazendo a análise técnica. De
acordo com o que está registrado, pergunto à
assessoria se é isso mesmo? Tínhamos prazo até o dia
1.º de dezembro...
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Até
porque trata também de matéria de competência
municipal, porque fala sobre o controle de cães e de
gatos...
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A relatora opina pela
inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 386/2015.
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Antes de concluir a votação,
permita-me...
O relatório que consta no processo está pela
manutenção do despacho denegatório. Para
efetivamente colocar em votação, preciso ter certeza
de que estamos fazendo a análise do despacho ou a
análise técnica. Se for a análise do despacho
denegatório... Se não for, vou suprimir a votação para
incluirmos o relatório por escrito na próxima sessão
ordinária, uma vez que o projeto está com prazo para
o dia 1.º de dezembro. Caso esteja correto o
despacho, e seja pela manutenção, concluiremos a
votação. Fico no aguardo.
Suspendo a votação desse projeto.
Passaremos para o próximo para ganharmos tempo...
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas
verifique isso com a relatora, por gentileza, Senhor
Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A relatora entende que é pela
manutenção do despacho denegatório. No começo, S.
Ex.ª já reafirmou.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas
acho que a relatora está querendo falar, Senhor
Presidente.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Olhem
bem, não estou entendendo. A matéria é
completamente de iniciativa legislativa municipal...
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Neste momento temos dúvida se
estamos julgando o despacho denegatório ou se
estamos analisando o projeto. Se for o despacho
denegatório, o relato inicial da Senhora Deputada
Raquel Lessa tem toda a razão.
Perdoe-me, Senhora Deputada Raquel Lessa,
porque acompanhei os registros da nossa assessoria.
V. Ex.ª relata pela manutenção do despacho
denegatório.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com a
relatora.
Quanto a essa matéria, apenas acrescento
que, inclusive, estamos apresentando uma emenda no
Orçamento e no PPA, onde incluímos o bem-estar
animal visando exatamente a que o governo possa
promover essas campanhas de orientação, mas que o
faça junto aos municípios.
Quem faz campanha é o município, mas o
Governo do Estado pode sim fazer um convênio de
orientação, inclusive colocar aporte de recursos para
auxiliar o município nessas campanhas. Isso pode
acontecer, desde que seja previsto em orçamento,
desde que esteja no PPA, e são as emendas que
estamos oferecendo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Muito obrigado, Senhora
Deputada Janete de Sá.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – Com a relatora.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Senhor
Presidente, passo a relatar o Projeto de Lei n.º
237/2015, de autoria do Senhor Deputado Doutor
Hércules, que dispõe sobre o reconhecimento de
pessoas portadoras de doenças renais crônicas e
transplantados como pessoas com os mesmos direitos,
para fins de atendimento prioritário, nos serviços
públicos e privados, é dá outras providencias.
A Mesa Diretora devolveu ao autor a
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 141
proposição na forma regimental, por ferir o art. 63,
parágrafo único, incisos III e VI da Constituição
Estadual. O autor recorreu e a matéria veio a esta
Comissão para análise sobre juízo de admissibilidade.
Após análise, verifica-se que o projeto não
ofende dispositivos constitucionais. A Procuradoria,
de forma pacífica, opina pela rejeição do despacho da
Mesa.
Assim, acolhemos o parecer da Procuradoria,
relatando pela constitucionalidade do Projeto de Lei
n.º 237/2015, de autoria do Senhor Deputado Doutor
Hércules, e, consequentemente, pela rejeição do
despacho da Mesa.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão.
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Com a relatora.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – Com a relatora.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Raquel Lessa.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Senhor
Presidente, passo a relatar o Projeto de Lei n.º
392/2015, de autoria do Senhor Deputado Sergio
Majeski, que dispõe sobre a obrigatoriedade do uso
de papel reciclado e papel certificado nos órgãos e
entidades da administração pública, direta e indireta,
do Estado do Espírito Santo.
Consta nos autos parecer técnico da
Procuradoria Jurídica que fundamenta o vício. Assim,
em que pese a importância peculiar da matéria, nosso
parecer é pela manutenção do despacho da
presidência, em razão da inconstitucionalidade
formal do Projeto de Lei n.º 392/2015, de autoria do
Senhor Deputado Estadual Sergio Majeski.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão.
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – Com a relatora.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com a
relatora.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Passo a palavra ao nobre Deputado Gildevan
Fernandes para relatar os projetos que aguardam sua
relatoria.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas Janete de Sá,
Eliana Dadalto e Raquel Lessa. Estava aqui
observando a Senhora Deputada Raquel Lessa
dizendo: Não, mas isso é de competência municipal!
Fiquei imaginando, a deputada já está preservando as
prerrogativas da futura prefeita de São Gabriel da
Palha.
Passo a relatar a PEC n.º 12/2015, de autoria
da Mesa Diretora, Art. 97. A lei disporá sobre a
criação, a estruturação e as atribuições das
Secretarias de Estado, que não poderão exceder a
vinte.
Essa é uma pretensão, além de
inconstitucional, descabida. Seria uma tremenda
ingerência do Poder Legislativo no Executivo tentar
legislar sobre a quantidade de secretarias. Em termos
práticos, qual secretaria seria extinta? Qual deputado
tem a coragem de dizer qual secretaria tem que ser
extinta? A de Esporte? A de Cultura? A de Lazer,
Ação Social, Saúde? Qual?
Argui a matéria inconstitucional e nosso
parecer, naturalmente reconhecendo a
inconstitucionalidade, é pela inadmissibilidade da
PEC n.º 12/2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer.
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Gildevan Fernandes.
142 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 384/2015, de
autoria do Senhor Deputado Sandro Locutor, que
altera o art. 2.º da Lei n.º 8.866, de 14 de maio de
2008, estabelecimento ao infrator desta lei a multa de
setecentos VRTEs, Valor de Referência do Tesouro
Estadual, na primeira autuação, e na reincidência a
multa de mil e quinhentos VRTEs, sem prejuízo às
sanções previstas pelo Código de Defesa do
Consumidor.
Nosso parecer é pela constitucionalidade do
Projeto de Lei n.º 384/2015, de autoria do Senhor
Deputado Sandro Locutor, com a emenda.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer.
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Gildevan Fernandes.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 322/2015, de
autoria da Senhora Deputada Janete de Sá, fica
denominada Rodovia Pedro Uliana a Rodovia ES 388
que liga a Rodovia do Sol, na altura da Barra do Jucu,
à BR 101, na região do Seringal, passando pelas
localidades de Terra Vermelha e Xuri.
Nosso parecer é pela constitucionalidade do
Projeto de Lei n.º 322/2015, de autoria da Senhora
Deputada Janete de Sá.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer.
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator, muito agradecida porque seu Pedro Uliana é
merecedor dessa homenagem do Estado.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Gildevan Fernandes.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 236/2015, de
autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, que
dispõe sobre a obrigatoriedade do uso de aparelho
sensor de vazamento de gás nos estabelecimentos
comerciais, industriais e prédios residenciais do
Estado do Espírito Santo.
Nosso parecer é pela inconstitucionalidade
formal do projeto de lei.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer.
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Perdoe-
me, Senhor Deputado, mas quero compreender. A
matéria é de iniciativa do Poder executivo ou do
Governo federal?
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Passo a palavra ao Senhor
Deputado Gildevan Fernandes.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
É firme o posicionamento do Supremo Tribunal
Federal no sentido de que é de competência exclusiva
dos municípios fixar, mediante lei, a obrigatoriedade
de determinado estabelecimento instalar dispositivo
de segurança. Nestes termos, os seguintes julgados -
há vários julgados - é de competência dos
municípios.
Portanto, um dos fundamentos capazes de
afiançar a competência do Legislativo dos municípios
é a atribuição constitucional destinada a tais entes
políticos para promover medidas promotoras de
segurança dos frequentadores, usuários e
determinados estabelecimentos, tendo em mira certas
peculiaridades a estes imanentes.
Em síntese, compete ao município fixar
medidas capazes de garantir a segurança dos cidadãos
quando do acesso a determinados estabelecimentos
ou edifícios. Assim, podemos afirmar, na esteira do
entendimento do STF, que os municípios são
competentes para legislar sobre questões que
respeitem edificações ou construções realizadas em
seu território, assim como sobre assuntos
relacionados a exigências de equipamentos de
segurança em imóveis destinados ao atendimento
público.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 143
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Compreendi.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Como votam as Senhoras
Deputadas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Gildevan Fernandes.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 347/2015, de
autoria do Senhor Deputado Marcos Bruno, que
dispõe sobre a obrigatoriedade das operadoras de
planos de saúde comunicarem prévia e
individualmente os consumidores sobre o
descredenciamento de hospitais e médicos no âmbito
do Estado do Espírito Santo e dá outras providências.
Esta matéria tem o objetivo de ampliar os
direitos dos cidadãos. O objetivo é muito bom, mas a
matéria é considerada inconstitucional, por conter
vício de inconstitucionalidade.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer.
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Gildevan Fernandes.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Senhor Presidente, temos em mãos o Projeto de Lei
n.º 353/2015 que torna obrigatória a divulgação de
serviço viva voz 132 do governo federal que orienta e
alerta sobre o vício em drogas ilícitas. A matéria já
recebeu parecer denegatório da Mesa Diretora e o
nosso parecer é pela sua manutenção.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) - Com o
relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA (SD) – Com o
relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Gildevan Fernandes.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
O Projeto de Lei Complementar n.º 01/2015, de
autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, concede
aos militares da reserva o direito de terem em suas
identidades funcionais militares a inscrição dos
cargos nos quais são aposentados.
Diz o art. 3.º: Na identidade do Coronel PM e do
Coronel BM que tenham exercido o cargo de
Comandante-Geral ficará consignada a expressão
(...)
A matéria é inconstitucional e já foi vetada pelo
governo anterior. Só fico questionando se, pelos
nossos novos procedimentos, não deveríamos
encaminhar essa matéria ao autor para que possa
oferecer argumentos divergentes do nosso, uma vez
que nosso parecer é pela inconstitucionalidade da
matéria.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Senhor Deputado Gildevan
Fernandes, venceu o prazo desse projeto na Comissão
de Justiça no dia 7 de julho de 2015. Caso o
Deputado autor requeira fazer uma contradita por
conta da Instrução Normativa que entrou em vigor
posterior a esse prazo, poderemos analisar. Neste
momento, vamos colocar em votação o parecer de V.
Ex.ª por conta do atraso que já temos com a votação
desse projeto na nossa Comissão de Justiça.
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam as Senhoras Deputadas?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) –
Com o relator.
144 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o
relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Concedo a palavra à Senhora Deputada Eliana
Dadalto para relatar.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – O
Projeto de Lei n.º 180/2015, de autoria do Senhor
Deputado Gilsinho Lopes, determina que fica
assegurada aos Conselhos Tutelares prioridade nas
solicitações de registro de nascimento e de óbito nos
cartórios competentes no âmbito do Estado do
Espírito Santo.
O Deputado possui competência legislativa
para iniciar o presente projeto, conforme o art. 63 da
Constituição Estadual e arts. 151 e 152 do Regimento
Interno desta Casa de Leis, conferindo, assim,
legitimidade.
Em relação à constitucionalidade material da
proposição, a medida está de acordo com o princípio
da razoabilidade, visando à proteção ao menor
desamparado em situação de risco ou de franca lesão.
Até a presente data não há proposição na doutrina ou
na jurisprudência dos Tribunais Superiores que
impeçam material ou formalmente a aprovação do
projeto. Sendo assim, relato pela constitucionalidade,
legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO – PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada Eliana
Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – O
Projeto de Lei n.º 343/2015, de autoria do Senhor
Deputado Euclério Sampaio, institui meia-entrada
para jornalistas e radialistas em estabelecimentos
públicos e privados de entretenimento no Estado do
Espírito Santo.
Tendo em vista que compete concorrentemente ao
Estado legislar sobre Direito Econômico, o
Deputado detém competência legislativa para propor
o projeto. Válido observar ainda que o mesmo não
cria obrigação, cargos, funções ou empregos
públicos.
Em relação à inconstitucionalidade material, não há o
que se falar. O estudo de técnica legislativa elaborado
pela Diretoria da Redação apresenta que se faz
necessário o ajuste do texto da proposição em análise
a fim de adequá-lo ao que determina a Lei
Complementar n.º 95/1998.
Não se desconhece que o art. 3º da proposição
autoriza o Poder Executivo a regulamentar a matéria,
inclusive impor as eventuais sanções em caso de
descumprimento. Entretanto, segundo o princípio da
legalidade estrita, toda sanção deve ser oposta por
meio de lei em sentido estrito, ou seja, a reserva à lei
formal para tratar da matéria, de modo que um ato
infralegal não deteria o condão de validar tal
delegação de atribuição.
Assim, acompanhando o entendimento da
douta procuradoria desta Casa de Leis, sugiro a
alteração do disposto no art. 3º e do art. 4º para que
sejam incluídas sanções pelo descumprimento de
suas regras e inclusão de um art. 5º para o
estabelecimento de cláusula de vigência.
Por todo o exposto, relato pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa
técnica legislativa do Projeto de Lei nº 343/2015,
com a adoção das seguintes emendas:
Emenda nº 01 ao Projeto de Lei nº
343/2015
- O art. 4º do Projeto de Lei nº
343/2015, de autoria do Deputado
Estadual Euclério Sampaio, que
Institui meia-entrada para jornalistas
e radialistas em estabelecimentos
públicos ou privados de
entretenimento no Estado do Espírito
Santo passa a ter a seguinte redação:
Art. 4º A inobservância ao disposto
no presente diploma legal, sujeitará
o infrator ao pagamento de multa no
valor correspondente a 500
(quinhentos) Valores de Referência
do Tesouro Estadual-VRTEs por
hipótese de descumprimento.
Emenda nº 02 ao Projeto de Lei nº
343/2015
- Incluiu-se o art. 5º ao Projeto de
Lei nº 343/2015, de autoria do
Deputado Estadual Euclério
Sampaio, que Institui meia-entrada
para jornalistas e radialistas em
estabelecimentos públicos ou
privados de entretenimento no
Estado do Espírito Santo, com a
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 145
seguinte redação:
“Art. 5º Esta Lei entra em vigor na
data da sua publicação”.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com a relatora.
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com a
relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – O
Projeto de Lei n.º 354/2015, de autoria do Senhor
Deputado Bruno Lamas, institui o Dia Estadual de
Conscientização da Importância de Doação de
Medula Óssea.
Em relação à constitucionalidade, não há
qualquer obstáculo a serem invocados, tendo em vista
que o Senhor Deputado possui competência para
propor o projeto conforme preceitua o art. 63 da
Constituição Estadual.
Sendo assim, não havendo vícios que
impeçam a sua tramitação, relato pela
constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa
técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 354/2015.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com a
relatora.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Continua com a palavra a Senhora Deputada
Eliana Dadalto.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – O
Projeto de Lei n.º 399/2015, de autoria do Senhor
Deputado Edson Magalhães, dispõe sobre a
obrigatoriedade de garantir a integridade física e a
locomoção de cidadãos com veículos automotores
apreendidos em atividades fiscalizatórias.
A matéria abordada compete exclusivamente
ao chefe do Poder Executivo, conforme art. 63,
parágrafo único, inciso III, e art. 91, inciso I, ambos
da Constituição Estadual.
Ademais, o projeto estabelece obrigações ao
Estado promovendo a criação, estruturação e
atribuições das secretarias, departamentos ou
diretorias equivalentes e órgãos da administração
pública.
Sendo assim, relato pela manutenção do
despacho denegatório da Mesa Diretora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com a
relatora.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com a relatora.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO -
(PEN) - Com a relatora.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - A Presidência acompanha o voto
da relatora.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Doutor Rafael Favatto para relatar os três projetos
finais que aguardam o seu relato.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO -
(PEN) – Senhor Presidente Rodrigo Coelho e
Senhores Deputados, tenho três projetos para relatar.
O Projeto de Lei n.º 385/2015, de autoria do
Senhor Deputado Sandro Locutor, institui o sistema
de compensação de energia elétrica para o incentivo à
geração e aproveitamento de energias alternativas no
Estado do Espírito Santo e dá outras providências.
A nossa Comissão é pela
inconstitucionalidade formal do projeto de lei de
autoria do Senhor Deputado Sandro Locutor e, por
conseguinte, pela manutenção do despacho
denegatório.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA (SD) – Com o
relator.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com o relator.
146 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Doutor Rafael Favatto.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Projeto de Lei n.º 390/2015, de autoria do
Senhor Deputado Amaro Neto, que dispõe sobre a
obrigatoriedade de instalação de vidros laminados
resistente a impactos e a disparos de armas de fogo
em agências bancarias e congêneres no Estado do
Espírito Santo.
Como relator do projeto, declaro a
inconstitucionalidade do mesmo porque não podemos
atuar em todas as agências bancárias. Se fosse só
pelas agências do Banestes, ainda seria
constitucional, mas infelizmente não podemos fazer
isso. É o meu relatório, pela inconstitucionalidade do
presente projeto.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com o relator, pelas razões expostas e outras mais.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) - Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Devolvo a palavra ao Senhor Deputado
Doutor Rafael Favatto.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Sugiro, Senhor Deputado Rodrigo Coelho,
que façamos uma indicação às agências, uma reunião
através da Comissão de Justiça, para que façam isso.
Realmente o projeto do Senhor Deputado Amaro
Neto é importante, mas tem que ser iniciada uma
discussão, uma audiência pública em abrangência
maior e sugerir às agências que façam, porque é pela
proteção da vida do ser humano.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Vamos sugerir ao autor do
projeto, para que não perca o protagonismo da
proposta.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Essa é a nossa intenção.
Projeto de Lei n.º 391/2015, do Senhor
Deputado Marcos Bruno, que institui o Dia Estadual
de Proteção aos Animais.
A Comissão de Constituição e Justiça,
Serviço Público e Redação é pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa
técnica legislativa do Projeto, com a adoção da
emenda supressiva, em que fica suprimido o
parágrafo único do art. 2.º do Projeto de Lei n.º
391/2015. Suprimindo esse parágrafo, é
constitucional.
Art. 2.º A semana que antecede o dia
01 de setembro constituirá período
de celebração em comemoração à
data em todo território do Estado,
sob a denominação de Semana de
Proteção aos Animais.
Parágrafo único. Na Semana de
Proteção aos Animais, descrita no
caput deste artigo, as escolas da rede
pública poderão promover eventos
relacionados ao tema, como
palestras, exibição de material
audiovisual e atividades artísticas e
lúdicas, visando despertar a
conscientização dos alunos para a
necessidade de proteção aos animais.
Então, fica suprimido esse parágrafo.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) –
Com o relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) -
Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) - Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – A Presidência acompanha o voto
do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Pergunto se algum dos Senhores Deputados
ou Senhoras Deputadas deseja fazer alguma
comunicação. (Pausa)
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Estamos com os Senhores Deputados
Rodrigo Coelho, Eliana Dadalto e Raquel Lessa.
Obrigado por fazer parte da Comissão de Justiça!
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 147
O SR. PRESIDENTE – (RODRIGO
COELHO - PT) – Comunicação registrada.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 14h53min.
COMISSÃO DE TURISMO E
DESPORTO. DÉCIMA TERCEIRA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 26
DE OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Havendo número legal, invocando a proteção
de Deus declaro abertos os trabalhos desta Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da décima segunda reunião ordinária,
realizada em 28 de setembro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação. (Pausa)
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação
como lida.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Ata aprovada como lida.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Processo Administrativo n.º 153997/2015,
designando a servidora Selma Maria dos
Santos para acompanhar e assessorar
tecnicamente as reuniões da Comissão de
Turismo e Desporto.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Ciente. À Secretaria da Comissão para as
devidas providências.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Ofício SETUR/GABSEC n.º 156/2015, da
Secretaria de Estado de Turismo informando
a celebração de convênio com a Associação
de Agroturismo do Espírito Santo –
Agrotures –, que tem por objetivo a
realização do Festival Gastronômico de Santa
Teresa, Inverno Gourmet.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Ciente. À Comissão de Finanças para as
devidas providências.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Ofício SETUR/GABSEC n.º 159/2015, da
Secretaria de Estado de Turismo, informando
a celebração de convênio com a Vales e
Cafés Convention & Visitors Bureau, que
tem como objetivo a realização do 18º
Festival de Inverno de Sanfona e Viola de
São Pedro do Itabapoana.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Ciente. À Comissão de Finanças para as
devidas providências.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Ofício SETUR/GABSEC n.º 160/2015, da
Secretaria de Estado de Turismo, informando
a celebração de convênio com a Associação
Montanhas Capixabas Turismo & Eventos,
que tem por objetivo a realização da 28ª
Festa do Morango.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Ciente. À Comissão de Finanças para as
devidas providências.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Ofício SETUR/GABSEC n.º 163/2015, da
Secretaria de Estado de Turismo, informando
a celebração de convênio com a Associação
Comercial do Balneário de Manguinhos –
ACBM –, que tem por objetivo a realização
do 10º Manguinhos Gourmet.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Ciente. À Comissão de Finanças para as
devidas providências.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
148 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
RELATORES.
Projeto de Lei n.º 81/2015 – Análise de
Mérito Autora: Deputada Luzia Toledo
Ementa: Declara a Moqueca Capixaba como
patrimônio imaterial do Estado do Espírito
Santo.
Relator: Deputado Nunes
Entrada na Comissão: 16/09/2015
Prazo do Relator: 26/10/2015
Prazo da Comissão: 09/11/2015
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA:
Não houve no período.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Passamos à Ordem do Dia.
Deliberar convite ao senhor João Marcos
Coelho Soares, superintendente do Aeroporto de
Vitória, para participar da reunião desta Comissão.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado Nunes?
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Aprovado.
Vamos agora à análise do mérito do Projeto
de Lei n.º 81/2015, de autoria da Senhora Deputada
Luzia Toledo, que declara a moqueca capixaba
patrimônio imaterial do Estado do Espírito Santo.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Nunes para relatar.
O SR. NUNES – (PT) – Bom dia, Senhor
Deputado Amaro Neto. O Projeto de Lei n.º 81/2015,
de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo,
declara a moqueca capixaba como patrimônio
imaterial do Estado do Espírito Santo. Só para termos
um registro, a origem da moqueca capixaba é
indígena e é reconhecida, inclusive,
internacionalmente, e já foi considerada, conforme a
Lei n.º 7.567, do nosso Estado, como prato típico do
Espírito Santo e um dos seus símbolos culturais.
Quero dizer também outra coisa que é em
relação à questão da fabricação artesanal das panelas
de barro que também foi registradas como patrimônio
imaterial no livro dos saberes, no dia 20 de dezembro
de 2002, sendo um exemplo de patrimônio cultural e
imaterial. A atividade que todos nós conhecemos é
realizada em Goiabeiras, um espaço muito importante
para a fabricação dessas panelas.
Pelas considerações aduzidas, adotamos um
posicionamento favorável à aprovação da matéria,
razão pela qual sugerimos aos demais membros desta
douta comissão a adoção do seguinte parecer:
A Comissão de Turismo e Desporto é pela
aprovação do Projeto de Lei n.º 81/2015, de autoria
da Senhora Deputada Luzia Toledo. O nosso parecer
é pela aprovação do referido projeto.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) - Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
A presidência acompanha o voto do relator.
O parecer foi aprovado à unanimidade pela
Comissão de Turismo e Desporto.
Agora, na nossa Ordem do Dia, gostaria de
deliberar com o Senhor Deputado Nunes o novo
horário das reuniões ordinárias desta comissão,
antecipando seu início das 9h30min para as 9h,
mantendo a mesma periodicidade e local.
Em votação o requerimento.
Como vota o Senhor Deputado Nunes?
O SR. NUNES – (PT) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Aprovado o novo horário da nossa comissão,
agora sempre a partir das 9h.
Nas comunicações, gostaria de fazer apenas
um registro antes do nosso convidado, Senhor Marco
Grillo, secretário em Venda Nova do Imigrante, fazer
uso da palavra. Registro que no site da revista
Exame, da editora Abril, temos mais uma vez os dez
destinos imperdíveis, mas pouco conhecidos no
Brasil. Num desses destinos está - ainda bem - no
nosso Espírito Santo. É uma praia que poucos
conhecem. Algumas pessoas já conheceram ao visitar
o nosso Estado e há até algumas peças publicitárias
da Secretaria de Turismo, existem até imagens. É a
praia de Riacho Doce, que fica localizada na divisa
do Espírito Santo com a Bahia. Pertence ao
município de Conceição da Barra e, segundo a revista
Exame, é uma praia cercada por dunas e considerada
patrimônio histórico da humanidade em função das
dunas esconderem a vila antiga, soterrada nas
décadas de 1950 e 1970. É uma região pouco
conhecida até mesmo pelo capixaba e pouco
conhecida no Brasil. Vale esse destaque da revista
Exame, contando como um dos dez destinos
imperdíveis, mas pouco conhecidos no Brasil.
Fazemos esse registro. Estava no site da revista
Exame no dia 24 de outubro. É bom saber que a
mídia nacional, nem que seja pouco, fala das belezas
do nosso Estado, não é Senhor Deputado Nunes?
O SR. NUNES – (PT) – É verdade, Senhor
Deputado Amaro Neto.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO –
PPS) – Vamos agora acompanhar a explanação do
senhor Marco Grillo. S. Ex.ª é secretário municipal
de Turismo, Esporte e Lazer de Venda Nova do
Imigrante, e explanará sobre os programas
desenvolvidos pela secretaria, os serviços e
equipamentos turísticos e infraestrutura de apoio ao
fomento do turismo e esporte em Venda Nova do
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 149
Imigrante.
Secretário, obrigado pela sua presença na
nossa comissão mais uma vez abrimos espaço para
que os secretários que desenvolvem um bom trabalho
nos municípios da grande Vitória, expliquem para a
Comissão e pela nossa TV Ales o que tem sido feito,
além do que já é divulgado amplamente pelos
veículos de comunicação.
Bom-dia e obrigado pela presença.
O SR. MARCO GRILLO – Bom-dia,
Senhor Presidente Amaro Neto, muito obrigado pelo
convite. Nós é que agradecemos. O Município de
Venda Nova dos Imigrantes agradece muito a
oportunidade nesta Comissão.
Sou secretário pela terceira vez no Município
de Venda Nova. A primeira vez foi em 95 e acabei
ficando vinte anos com mandato, de presidente de
Câmara por um período e acabei me envolvendo com
turismo, num primeiro momento em 95, quando
assumi a secretaria. Então, temos acompanhado um
pouco o desenvolvimento do Município de Venda
Nova dos Imigrantes.
Venda Nova é um município, como já
conhecem, do milho e de uma série de coisas, mas
não tem atrativo natural que pudesse destacá-lo,
como outros com alguns acidentes naturais
importantes, como Forno Grande e Pedra Azul.
Temos um município comum, com paisagens
que todo o interior do Estado todo tem, uma região de
cabeceira, com nascente, mas pouca água. Então, o
destaque que temos conseguido ao longo dos anos é
basicamente pelo serviço prestado pela população,
até um pouco pelo bairrismo de ser vendanovense, de
cuidar bem das coisas.
Essa é um pouquinho da história que queria
contar.
Senhor Presidente, temos algumas ações
contínuas no município. Tem ações que começaram
há vinte anos, ou pouco mais do que isso, e
continuam em prática até hoje, independente do
gestor que esteja à frente do Executivo municipal.
Estamos usando o material do Conselho Municipal de
Turismo e a população tem acompanhado isso
sistematicamente.
Vocês verão algumas imagens do Município
de Venda Nova. Esse primeiro slide mostra essas
palmeiras plantadas em 94/95. Nossa arquitetura
urbana não tem uma linha que identifique o
município, então, uma das ações que foram feitas foi
fazer jardins, cuidar bem da cidade, para chamar
atenção para isso, já que temos uma arquitetura
disforme.
Esse slide mostra algumas ações, Presidente,
que temos trabalhado ao longo dos anos. O
agroturismo seguiu o modelo do norte da Itália, com
ações com o Governo do Estado. Fizemos visitas à
Itália algumas vezes, buscando equipamentos e
orientações em que pudéssemos nos embasar. Dentre
elas, conseguimos duas obras importantes para o
lugar: a escola de gastronomia do Senac , que vimos
trabalhando há muito tempo e que está há quatro anos
funcionando; e o campus do Ifes, com o curso de
agroindústria, que também era para dar suporte ao
agroturismo. Resultado disso são as floradas de ipês,
que estão fantásticas, com aproximadamente mil pés
de ipês plantados dentro de Venda Nova, e há algum
tempo o título de capital nacional de turismo pelo
trabalho.
Esse slide mostra a vocação regional, de ter
trabalhado com a região. Uma das ações em que
participamos junto foi a Casa do Turista, com
Domingos Martins, Laranja da Terra, Afonso
Cláudio, Vargem Alta, Brejetuba, Conceição do
Castelo, Castelo, enfim, os municípios das montanhas
capixabas.
Hoje, estamos dotados de bastantes
equipamentos bacanas para serviço. Venda Nova hoje
dispõe de quatro auditórios grandes. Este é o maior
deles – Centro Cultural e Turístico – para quinhentas
pessoas, com palco grande e toda estrutura para
abrigar qualquer show nesse nível, com ar-
condicionado. Existem monitores do Senac, do Ifes e
da Casa da Cultura que dão suporte. E o Centro de
Eventos, que mesmo tendo um pouco de idade,
continua sendo útil para vários eventos importantes,
como a Festa da Polenta, encontros de família,
serenatas e uma série de coisas.
Além disso, nessa volta recente, demos uma
turbinada no ponto de informação turística, que
sempre existiu, e criamos um ponto de informações
itinerante. Então, hoje temos um trailer montado, que
tem andado a região e o município para levar
informações de Venda Nova do Imigrante. Nossas
estradas e equipamentos sempre são bacanas.
Falei de paisagismo e já tinha falado que
começamos em 1994. Isso seguiu constantemente. Há
outro programa que o município desenvolve há
bastante tempo, que é uma comunidade e um
produto. Todas as nossas comunidades têm uma festa
com algum produto típico. Ali tem um cartaz da
Festa do Socol de Alto Bananeiras, há a Festa da
Pizza no Alto Viçosa, a Festa do Tomate no Alto
Caxixe, enfim, uma série delas.
Então, a foto do Conselho Municipal de
Turismo, que hoje é muito forte em Venda Nova, que
tem a participação de vinte e dois membros e
presença maciça em todas as reuniões; o fundo de
turismo, que tem sobrevivido com recurso de aluguel
dos espaços públicos; fizemos o banco de imagens
recentemente, que tem sido sempre renovado; e
estamos finalizando agora, deputado, que acho que é
um pouco de inovação, a sinalização de todo o
interior do município. Toda estradinha de terra,
Senhor Deputado Nunes, V. Ex.ª que conhece Venda
Nova, tem base no local e amigos, todo nosso interior
de terra terá uma plaquinha indicando qual a próxima
comunidade e a distância. Acho que isso será muito
bacana para a região.
Senhora Deputada Luzia Toledo, bom-dia.
150 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Participação, presidente, em feiras e
eventos. Historicamente, por tentar conhecer,
temos tentado participar de quase todos os eventos
que têm a ver com turismo rural e que possa
divulgar o município. Agronordeste, Ruraltur,
Feiratur, as feiras do Espírito Santo, como a
Sabores da Terra e a Feira Internacional do
Mármore e Granito, Feira de Turismo de Gramado
e Abav, que fomos recentemente. O município irá
quarta-feira agora ao Mesa São Paulo, um dos
grandes festivais de gastronomia do Brasil.
Inclusive, aquela foto de cima é do Alessandro
Eller com a Dete Lourenção. É o cartaz de
divulgação da Mesa SP. O produto esse ano será o
socol, que será um produto de tendência nacional.
Embaixo há uma foto da participação na Ruraltur,
em Pernambuco. No stand do Espírito Santo, na
Abav, também estávamos presentes com máquina
de café, com produtos de Venda Nova.
Neste slide há alguns eventos que temos
em Venda Nova, que cuidamos muito bem. A
população se apropriou deles e cuida muito bem.
Talvez a principal seja a Festa da Polenta e a
Serenata Italiana, que cresceu muito. Esse ano a
Serenata Italiana ficou quase do tamanho da Festa
da Polenta no final de semana. Temos trabalhado
com encontros de família, um negócio que tem
movimentado a economia. Teremos agora, dia
primeiro, o encontro da família Uliana. Temos
captado isso e buscado famílias que possam usar os
espaços que temos para movimentar a economia.
Recentemente também estamos abrindo o espaço
do centro de eventos para shows, com aluguel do
espaço. Entre os principais shows, está agendado
para o dia 11 de junho do ano que vem o Eros
Ramazzotti, em parceria com o pessoal de Vitória,
que tem feito alguns shows internacionais. Então,
no roteiro internacional do cantor está Venda Nova
do Imigrante.
Entre alguns outros eventos que geramos e
temos captado, está a Expedição Tropeira, que tem
andado o Espírito Santo. A expedição foi criada
para fazer o caminho do imigrante, de Anchieta a
Venda Nova do Imigrante, e recentemente tem
feito a Rota Imperial, que sabemos que a Senhora
Deputada Luzia Toledo tem em seu DNA. Estamos
acompanhando o Zenildo, da comitiva Expedição
Tropeira. Esse ano fizemos a expedição de Irupi a
Santa Leopoldina e ano que vem, 2016, a ideia é
irmos de Ouro Preto ao Palácio Anchieta, em
Vitória. É um produto da integração do Estado,
como parte da colaboração dos duzentos anos da
Rota Imperial.
Outro grande evento que acontece em
Venda Nova no mês de maio é o Polenta Off Road.
Acho que é o maior evento de esporte e aventura
do estado do Espírito Santo. Neste ano de 2015
tivemos seiscentos pilotos inscritos e a expectativa
para 2016, com a agregação de outras modalidades,
é chegarmos a mil competidores nos quatro dias de
evento. Então, tem várias modalidades: moto,
carro, trailrun, bike, enfim, uma série de coisas.
Há outros eventos nacionais que temos
trabalhado para vir ao Estado. Um já veio, que foi
o Enduro da Independência, que saiu de Vitória e
foi até Mariana. Foi um trabalho do Trail Club de
Venda Nova, que cuidou bem da parte técnica.
Este ano estivemos em Goiânia, tratando
com o Marcos Moraes do Rally dos Sertões, que é
a maior prova de rally, faz parte do campeonato
mundial e tenho certeza que vem ao Estado. Só não
temos certeza se em 2016, 2017 ou 2018. Ele sai
de Goiânia, tem contrato para dez anos ainda, mas
com certeza vai chegar ao Espírito Santo até 2018,
aqui no Shopping Vitória, e certamente estará
passando para a nossa região. Temos lá uma equipe
técnica muito grande de trabalho com esporte de
aventura, motorizado, que têm uma expertise boa
para fazer os eventos, que cuida de trilhas, dessa
parte técnica. Não temos dúvidas de que isso vai
pesar na vinda desses eventos.
Mídias espontâneas.
Venda Nova historicamente tem
conseguido muitas mídias. Falarei de algumas
recentes, de um ano para cá. Tivemos o Globo
Repórter recentemente, na semana passada,
exibindo uma reportagem sobre o café no Brasil,
mas mostraram Pedra Azul, que teve um destaque
importante. Ali uma foto do Paulo Gonçalves com
o senhor Benjamim Falchetto.
Tivemos o Band Esportes nacional que está
acompanhando o Polenta Off Road, o SporTV
também. O Globo Rural, um programa muito
bacana de agroturismo, foi no finalzinho do ano
passado; Nelson Araújo, inclusive, deu um
depoimento da bancada do Globo Rural atestando
tudo que passou na reportagem, falando que era
aquilo mesmo.
Agora, no dia 05 de novembro, estaremos
recebendo a equipe da Ana Maria Braga para fazer
o destino Espírito Santo, um trabalho bacana que
está acabando de ser alinhavado agora, na mesa em
São Paulo, no dia 28, quarta-feira agora, mas a
vinda deles está certa. Deverão fazer, aqui no
Espírito Santo, Santa Teresa, Venda Nova e,
talvez, Santa Maria. A agenda de Santa Teresa e
Venda Nova está certa. Passam aqui uns dois dias.
Temos gerado alguns produtos que têm
facilitado isso.
Também tem sido destino para pessoas do
Brasil inteiro que vêm procurar experiências do
nosso turismo rural. A participação do turista no
dia a dia das famílias. Na verdade os turistas vêm
em busca da nossa história, não dos produtos; o
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 151
produto ele pode comprar aqui em Vitória, pode
comprar em São Paulo, no Rio de Janeiro, mas ele
quer viver a experiência da comunidade.
Nesse slide temos fotos de uma equipe de
Bonfim, Roraima, divisa com a Guiana Inglesa. O
prefeito inclusive está ali e fez, Senhor Deputado,
um termo de compromisso, um acordo técnico com
Venda Nova do Imigrante para que possa passar
algumas experiências do rural para eles, essa foi
uma ação da Associação Brasileira de Turismo
Rural, da Andreia Roque. Uma das coisas que
estão nos pedindo é essa expertise com a
Expedição Tropeira. Eles têm um modelo de
cavalgada, e querem pegar um pouco do modelo
que viram aqui. Por acaso, na vinda deles aqui
estava acontecendo a Expedição.
O pessoal ali de Campina Grande, Paraíba,
Nova Friburgo... Temos recebido todo mês, às
vezes duas vezes por mês, Deputado Nunes, uma
ou duas equipes de fora, o que acaba
movimentando a economia.
Eles vêm, então, em busca dessa história,
do fazer, do desenvolver, do desenvolvimento que
tem muito a ver com nosso voluntariado, com as
famílias.
Políticas públicas. O que temos buscado ao
longo desses anos? Em 1995, Venda Nova criou o
Selo de Inspeção Municipal, o primeiro do Brasil,
foi a primeira ação de política pública para
proteger os produtos do lugar. Depois outras coisas
vieram acontecendo. Recentemente estamos com a
indicação geográfica do Socol, com indicação
geográfica de serviço lá para o município. No slide
vemos as três logomarcas das três indicações do
Espírito Santo: do Socol, do Inhame, que é de São
Bento de Urânia, distrito de Alfredo Chaves, que
pega uns quatro ou cinco municípios, um pouco de
Venda Nova, inclusive; e Carne de Sol, que está na
região de Montanha.
Tem uma foto na parte de baixo do então
ministro do Turismo, Vinicius Lages, que esteve
no Estado e fez uma visita lá, é cliente de alguns
produtos de lá, e lá ensina um pouquinho da
produção do Socol.
Talvez o nosso maior desafio ainda seja
com a legislação. Ainda temos dificuldade; vemos
no slide algumas fotos. Lembramo-nos da Lei n.º
9.297, da Deputada Luzia Toledo, que incentiva o
desenvolvimento do turismo rural na agricultura
familiar no Estado do Espírito Santo. Isso foi uma
ação importante da Deputada, uma lei de 2009, e
precisamos ainda, Deputada, avançar um pouco,
regulamentar, algumas ações precisam ser feitas.
Foi aprovado pelo Congresso Nacional
neste ano, Senhor Presidente, a Lei n.º 5.077, que
também é de 2009, que regulamenta o turismo
rural em nível de Brasil, que facilitara bastante a
vida do produtor rural.
Temos acompanhado isso, são leis que
acompanhamos, com a Deputada um pouco menos,
mas acompanhamos à época, acompanhamos essa
federal, e estamos com duas ações, agora em
novembro, que vêm de encontro a isso; uma é a
reunião no Sebrae no dia 05 de novembro, quando
queremos tratar da marca coletiva de agroturismo
do Espírito Santo, ter uma certificação, Deputado
Nunes, um selo que possa qualificar mais o
produto, e também indicações geográficas de
serviços para o agroturismo do Espírito Santo. São
coisas que queremos trabalhar para proteger o
segmento.
No dia 18 de novembro, na verdade no dia
17, retornando no dia 19, estaremos trazendo o
senhor Paulo Henrique Matos, de São Roque de
Minas, da Serra da Canastra, que está na foto lá
embaixo, e falará um pouquinho das experiências
dos queijos artesanais da Serra da Canastra. De
como conseguiram, na legislação, fazer o queijo e
preservá-lo. Estamos com dificuldade, no Espírito
Santo, de achar o caminho para os nossos queijos e
alguns outros produtos.
No slide embaixo tem uma foto da câmara
do queijo Busato. Ele não pode usar... o Deputado
tem acompanhado e defendido em outras
reuniões...
A Senhora Deputada Luzia Toledo tem dó
da gente lá, e é muito presente no rural; mas ele
não pode usar a câmara dele ainda. Mas em Minas
tem alguns modelos que já podem usar. Temos que
achar esse modelo. Não adianta ficar reclamando,
temos que achar alternativas. É com a gente, não é
só com o deputado, não é só com o secretário
Estadual. O secretário Octaciano Neto tem sido
muito parceiro e acompanhado muito, tentado
achar caminho para isso, mas também temos que
fazer o nosso papel.
Estamos fazendo isso, é uma reunião que
não é só de Venda Nova, é regional. É um fórum
que estamos fazendo no Senac de Venda Nova,
finalizado nosso planejamento municipal de
turismo para os cinco anos para frente. Estamos
trazendo o Paulo Henrique para falar um
pouquinho disso, de como Minas conseguiu isso,
de como conseguiu essa legislação para que
pudessem fabricar os artesanais ainda em cima
daquelas tábuas de madeira, com os fungos
próprios do queijo de lá que dão um sabor
diferente.
Neste slide tem duas fotos do Busato, uma
embaixo e outra em cima, para ver o queijo de
pertinho. É um grande atrativo turístico. O Brasil
inteiro falou dele, com o ministro do Turismo
comprando queijo, o Sebrae com Pequenas
Empresas & Grandes Negócios, mas ainda não
conseguimos acertar isso, mas certamente
152 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
romperemos, Senhor Deputado, não temos dúvida
disso.
O tempo é pequeno, mas falei do banco de
imagens; temos uma série de imagens renovadas
do município, estão disponíveis para a Comissão.
Se precisarem de alguma imagem de esporte, de
aventura, de turismo rural, de Expedição
Tropeira... Imagens de extrema qualidade, de
fotógrafo de nível nacional, estão à disposição da
Assembleia.
Senhor Deputado, faço um pedido à
Comissão, a V. Ex.ª como Presidente, aos Senhores
Deputados Nunes e Luzia Toledo que já têm esse
histórico grande com o interior do Espírito Santo,
histórico com o turismo rural do Espírito Santo...
Sentimo-nos muito agradecidos, temos
acompanhado e sabemos da dedicação da
Deputada Luzia Toledo, que recentemente
trabalhou a criação da Rota Imperial, um produto
muito importante e que temos nos apropriado
também. São fundamentais os espaços que V. Ex.as
têm aberto nesta Comissão para o interior.
O interior sobrevive bem, só precisa ter
algum acompanhamento, principalmente... Talvez,
Senhor Deputado Nunes, com essa legislação, que
possa acompanhar... Não que esteja... Coisas que
pudessem não estar aí. Acho que tem que ir se
adaptando e se ajustando.
Para o proprietário, hoje é muito difícil, ele
não está seguro porque ocorreram algumas
apreensões de queijo no passado, não foi por
sanidade, mas por um número errado no rótulo, por
falta de comunicação de alguma coisa.
O modelo que se usa no Brasil, hoje, não é
do Espírito Santo; o modelo que se usa no Brasil,
Senhor Deputado Nunes, está fiscalizando o
processo de produção.
O secretário de estado tem falado que vai
mudar isso e tem mudado. Acho que mudará no
Pedeag, nas reuniões isso tem sido colocado, mas
ele quer saber se o seu pé direito tem três metros e
meio, quatro metros; se você tem sala de
expedição, sala de recepção, sala de um monte de
coisas e, às vezes, isso custa caro para o produtor.
Cinquenta, cem mil reais, às vezes ele não tem para
gastar. E é preciso cuidar mais do produto.
Assim como acontece na Europa, onde a
maioria dos queijos ou embutidos que compramos
originários da Itália ou da França... Lá não estão
muito preocupados com o processo de produção.
Não querem saber se a sala tem pé direito, se tem
aquela sala ou não. É lógico que tem de ter
sanidade, mas querem saber a sanidade do produto.
Se tirou a amostra e o produto está apto para o
consumo, vai para o consumo. Então, mais do que
falar, as imagens ficarão e depois vocês poderão
usá-las.
Fazemos o convite para que possam ir à
Venda Nova e participar conosco, visitar alguns
empreendimentos, tem bastante coisa. E também
tem problemas que vocês nos ajudam a resolver.
Muito obrigado, Senhor Deputado.
O SR. PRESIDENTE - (AMARO NETO
– PPS) - Senhor Secretário, nós é que agradecemos
a explanação de V. Exª. É bom ver a iniciativa da
cidade em se apresentar para o Brasil, nessas
apresentações feitas, e também em como a cidade
se tornou referência para outros municípios do
Brasil no trabalho do agroturismo e do
agronegócio. Pode ter certeza de que nós na nossa
comissão, invariavelmente ou do Turismo ou do
esporte sempre num determinado momento
questionamos a pessoa que fará a palestra no que
podemos ajudar e temos conseguido apresentar
bons projetos e algumas leis serem sancionadas até
pelo governo do Estado a partir desse bate-papo
que temos nesta comissão.
A Senhora Deputada Luzia Toledo se faz
presente agora em nossa comissão e S. Ex.ª falará
um pouco sobre esse trabalho até porque já é uma
militante da área do turismo e também já
apresentou projetos importantes na área do
agroturismo.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Luzia Toledo.
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) –
Senhor Deputado Amaro Neto, nosso colega e
presidente desta comissão tão importante; vice-
presidente, Senhor Deputado Nunes, cumprimento
V. Ex.ªs com muito carinho e respeito, assim como
todos os técnicos desta comissão e nosso secretário
de Turismo, Esporte e Lazer de Venda Nova do
Imigrante, município pelo qual sou apaixonada. Na
verdade, ter o Senhor Marco Grillo como
secretário em Venda Nova para mim é um prazer
porque S. Ex.ª é um apaixonado pelo turismo, pelo
Espírito Santo e é meu amigo. Então, isso já me
ajuda bastante e já fico muito feliz. Como é o seu
nome?
O SR. JOSÉ NILDO FABRE DE MELO - Sou José Nildo.
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) –
Telespectadores, acabei de chegar a esta comissão,
estou atrasada, mas estou tendo o beneplácito do
nosso presidente me deixando falar primeiro e
registro que estava na Casa discutindo o Plano
Nacional de Educação no Plenário Dirceu Cardoso.
Como presidenta da Comissão de Educação tinha
que estar presente, pelo menos para falar
rapidamente,
Gostaria, Presidente, aproveitando a
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 153
presença do Senhor Marco Grillo e vendo toda essa
apresentação que conheço pessoalmente cada
gestor daquele município, principalmente socol,
que é o único, já foi divulgado por todo Brasil em
todos os programas nacionais. Ficamos muito
felizes de você dizer que agora está levando o
socol para São Paulo, não é isso? Isso é muito
importante.
Conclamo a nossa comissão, ao nosso
presidente, o nosso vice-presidente, o Marco Grillo
e o José Nildo, começamos no sábado em Iúna
fazendo uma caminhada, a 2.ª Caminhada da
Florada do Café que achei o máximo porque era
florada do café e vimos o resultado do projeto da
Rota Imperial. O resultado da Rota Imperial é
exatamente levar o cidadão e a cidadã da sede dos
municípios para o interior, para a zona rural e
passar um dia na zona rural com a opção de um
bom restaurante, com comida típica da cidade e
isso aconteceu em Iúna, que é um dos municípios
que não tinha tomado conhecimento até agora da
Rota Imperial e a divisa da Rota Imperial é em
Iúna, na Vila Príncipe. O Rogerinho esteve
presente, o prefeito, o secretário de Turismo muito
bom e achei que demos uma implementada em
mais um município porque Venda Nova, hoje, já
utiliza a Rota Imperial desde o começo; Ibatiba é a
mãe da Rota Imperial porque foi o primeiro
município que se apropriou da Rota Imperial; Irupi
agora é o terceiro município que se apropria da
Rota Imperial.
Secretário Marco Grillo e também nosso
companheiro José Nildo, já falei com o presidente
para fazermos uma reunião com a Comissão de
Educação porque a educação está sempre presente
porque se não tiver educação não tem cultura, não
tem turismo, não tem nada e por isso tem que estar
sempre presente. Eu falo que é um triplé:
educação, turismo e cultura. Faremos uma reunião
entre nós - e quero que os senhores tenham
conhecimento disso - porque no ano que vem a rota
imperial completará duzentos anos. Ontem eu
conversava com João Eurípedes por telefone e ele
me falou isso e eu venho aqui e encontro
exatamente falando sobre a Rota Imperial o João
Eurípedes, que é o nosso historiador que concebeu
a Rota Imperial junto com o professor Hans Berrar,
de Minas Gerais. João é nosso, de Cachoeiro, de
Dores do Rio Preto, mas mora no Rio de Janeiro.
Já foi reitor da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, enfim, é um historiador da melhor
qualidade. Conversei com ele ontem e olha a
oportunidade que vocês estão me dando agora. É
exatamente em cada município, Marco Grillo, que
você pode começar a pensar o que podem dar de
contribuição no próximo ano que a Rota Imperial
completará duzentos anos. Vamos começar com
um evento no Palácio Anchieta e já temos o selo
dos duzentos anos da Rota Imperial. O selo é dos
correios e isso já está certo, mas queremos mais, ou
seja, queremos que os quatorze municípios se
apropriem dos duzentos anos da Rota Imperial e
comecem a projetar, fazendo reunião conosco
quem puder ir Mas fazer reunião para ver o que
aquele município pode contemplar.
Coloquei muita coisa aqui, mas não vai dar
tempo para falar porque o Deputado Nunes já me
olhou ali de rabo de olho e tenho ciência de que
tenho que diminuir minha fala. Quero dizer que a
Rota Imperial se fizermos um trabalho nos
municípios e cada município fizer um
cronograma... Serão duzentos anos em 2016 e se
em cada município fizer uma cavalgada bacana e
se conseguirmos esse rally... temos esse apelo para
trazer o rally agora em 2016. Estou pronta para
fazer junto com os historiadores e com a Comissão
de Turismo um documento para que possamos
trazer o rally para cá, considerando os duzentos
anos da Rota Imperial.
Quero dizer uma coisa para terminar, quero
agradecer ao nosso presidente, que é um colega
maravilhoso, que eu o adoro e gosto de falar bem
de quem eu gosto para que os nossos
telespectadores e telespectadoras fiquem sabendo
que o Senhor Deputado Amaro Neto é um colega
fantástico. O Deputado Nunes também é um colega
fantástico e está sempre junto com todas as ações
desta Casa. Mas quero dizer que tenho que
agradecer porque o nosso projeto sobre a moqueca
capixaba foi aprovado aqui como um bem imaterial
e quero dizer que o queijo da canastra no Globo
Repórter foi considerado bem imaterial.
O SR. MARCO GRILLO - Foi no Globo
Repórter de sexta-feira agora. O queijo do Serro e
da Canastra, isto é, os dois.
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) – O
queijo do Serro e da Canastra foram considerados
legalmente como bens imateriais. Então, chego a
esta comissão, hoje, correndo da audiência pública
com medo de o meu projeto esbarrar em alguma
coisa... Vim correndo e quando cheguei já tinha
sido aprovado. Então, quero agradecer aos
Senhores Deputado Nunes e Amaro Neto e dizer
que fiquei impressionada e ia trazer essa discussão
aqui, hoje, porque pensei que ia ter uma discussão
exatamente porque os queijos de Minas Gerais são
bens imateriais e têm que ser mesmo porque é a
cultura daquele Estado, ou seja, o queijo mais
famoso que tem no Brasil é o queijo de Minas
Gerais, o queijo minas.
Termino dizendo que estamos discutindo
com o Idaf a questão do queijo, principalmente do
154 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
busato que comecei desde aquela época e tem uma
lei. Mais do que nunca estamos fazendo um
comparativo da lei de Minas Gerais com a nossa,
Senhor Marco Grillo, para ver o que avançamos.
No mais, quero agradecer a todos os dois
que estão nesta reunião a presença e pedir que
Venda Nova do Imigrante seja o primeiro
município a fazer uma programação para a
comemoração dos duzentos anos da Rota Imperial.
Ano que vem começa no Palácio Anchieta, mas
vamos fazer em todos os municípios. E todas as
festas que os municípios fizerem - isso não foi
meu, mas do João Eurípedes, que me deu essa
informação ontem, essa contribuição -, que passem
pela Rota Imperial.
O Marcos Guerra está pronto e nos deu
carta branca para começarmos a fazer esse
trabalho. O Instituto da Rota Imperial fica na
Findes, Federação das Indústrias do Espírito Santo,
e lá só temos companheiros que realmente querem
ajudar.
Foi maravilhoso encontrar vocês nesta
reunião para eu poder falar isso, ter a complacência
e também a parceria dos meus dois colegas da
Comissão, Presidente e Vice-Presidente, para que
possamos, já até ao final do ano, trabalhar a
programação, para não deixarmos para em cima da
hora.
Obrigada.
O SR. MARCO GRILLO – Senhor
Presidente, se me permite, só ia pedir ao José Nildo
Fabre de Melo que pudesse entregar um
documento para a deputada.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO
- PPS) – Claro!
O SR. MARCO GRILLO – Deixe-me
explicar, Senhora Deputada. Já conversamos sobre
isso e existe um grupo de treze ou quatorze
municípios do estado do Espírito Santo, não só da
rota, mas gente de outros municípios também, que
começaram essa expedição do tropeiro há seis
anos. Então, o pessoal gosta de andar em trechos
históricos do Estado. Isso acontece uma vez por
ano.
Por unanimidade, definiram que no ano que
vem, em comemoração aos duzentos anos, querem
fazer o trecho de Ouro Preto ao Palácio Anchieta,
assim como foi feito há duzentos anos, ao lombo
de burro e mula.
Na última reunião que houve dez dias atrás,
devem sair mais ou menos vinte a vinte e cinco
tropeiros de lá, estão fechando data ainda. A
sugestão é que deve ser no início do ano por conta
de chuva e por conta de capim melhor para o trato
da tropa, mas devem sair cinquenta animais mais
ou menos de Ouro Preto, animais com carga, como
foi feito antigamente.
As riquezas que buscarão nesse caminho
não são mais ouro, nem diamantes, mas produtos
rurais, queijo, socol, o que tiver no rural para trazer
para o Espírito Santo.
Por decisão da turma, queremos convidá-la
para ser a madrinha da expedição dos tropeiros. É
só isso que pedirei para o José Nildo Fabre de
Melo - mas o chamam de Pelé, José Nildo ninguém
conhece -, que entregue o convite à senhora, até
pelo reconhecimento por tudo que a senhora fez
pela rota, que pudesse estar acompanhando.
Há um ofício sendo encaminhado e depois
um conceito do que essa tropa fará pelo caminho.
O senhor e o deputado Nunes também estão
convidados para irem montados. Arrumamos a
montaria para os dois, para a deputada também,
não há problema nenhum.
O SR. PRESIDENTE - (AMARO NETO
- PPS) – Vamos, Senhor Deputado Nunes?
O SR. NUNES - (PT) – Topo.
O SR. MARCO GRILLO – Pelo menos
pode chegar montado na capital do Estado. Faz um
trecho final e chegamos aqui.
O SR. PRESIDENTE - (AMARO NETO
- PPS) – De Ouro Preto para cá não dá, Nunes.
O SR. MARCO GRILLO – Esse trajeto,
deputado, vai dar mais ou menos seiscentos e
cinquenta quilômetros, porque não havíamos
considerado o trecho de Santa Leopoldina a
Vitória, mas a expectativa é de que serão vinte três
a vinte e quatro dias de jornada para cumprir isso.
Deputada, estaremos fechando até no início
de novembro nosso calendário de eventos do
município para 2016. Discutiremos várias
atividades ainda com a senhora, passaremos para a
Findes também, estaremos incluindo na Rota
Imperial.
Já há algumas atividades que acontecem
dentro da Rota Imperial, corridas de aventura e
algumas coisas que já se usam. Estaremos com
nosso calendário todo voltado, em 2016, para nos
lembrarmos desses duzentos anos, que são muito
importantes para nós.
Então, fica o convite. Obrigado.
A SR.ª LUZIA TOLEDO - (PMDB) –
Quero agradecer bem emocionada mesmo, estou
muito feliz. É isso que vale a pena na política.
Na política, na verdade, levamos muita
cacetada, muita mesmo! Mas acontece que, às
vezes, um momento supera todos os outros ruins
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 155
que vivenciamos durante uma semana, um mês.
Esse momento é muito bacana, estou muito
feliz. Aceito e quero dizer que não fiz a cavalo,
porque também seria um negócio meio
complicado, mas fiz de jipe. Cheguei quebrada.
Saímos de Ouro Preto naquele jipe que vai batendo
naquela lata, não é fácil, mas quero dizer que os
homens sentiram mais do que nós mulheres. Então,
quero dizer que fizemos isso e saímos de lá,
viemos na Assembleia, demos a entrevista e fomos
ao Palácio Anchieta. Agora, vem a cavalgada.
Parabéns. Nota dez. Já ligarei para João Eurípedes
dizendo que já tem uma programação bacana de
Venda Nova do Imigrante. Obrigada mesmo pelo
convite e o aceito na frente dos meus colegas, na
frente dos meus companheiros de trabalho que
estão presentes.
O SR. MARCO GRILLO - Deputada,
essa é uma programação e tive que deixar claro que
não é só de Venda Nova do Imigrante, tem
tropeiros do estado inteiro participando dela e é um
negócio do estado. Ibatiba, inclusive, está muito
presente no tropeiro de lá.
A SR.ª LUZIA TOLEDO - (PMDB) - É
verdade, é a capital dos tropeiros, afinal, tem o
maior feijão tropeiro do mundo da vovozinha.
Olha, é uma história, nem vou falar porque senão
vocês vão me expulsar da comissão. Muito
obrigada.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO
- PPS) - Obrigada, Senhora Deputada. Parabéns
pela homenagem e V. Ex.ª representará muito bem,
não só a mulher capixaba, como também esta Casa
de Leis, e pelo trabalho de V. Ex.ª que é
reconhecido no turismo de muitos anos.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Nunes.
O SR. NUNES - (PT) – Primeiro, quero
parabenizar V. Ex.ª, Senhor Presidente, mais uma
vez, por V. Ex.ª ter essa sensibilidade de fazer
convites aos secretários que têm alguma coisa para
mostrar para todos que nos ouvem e nos assistem.
Isso para nós é importantíssimo, pois vivemos
basicamente de um turismo somente de praias.
Somos conhecidos no mundo e no Brasil pelas
belas praias que o Espírito Santo tem. Com isso, às
vezes, o turismo de negócios, o turismo religioso e
até mesmo o turismo rural são muito pouco
conhecidos. Então, quando vemos secretários se
colocando à disposição e trabalhando para que, de
fato, possamos colocar essa imagem do turismo em
um todo para fora do nosso estado, é muito bacana.
Portanto, quero parabenizar essa iniciativa do
nosso Senhor Presidente de convidar secretários
que têm essa visão. Isso é bastante legal.
Quero me colocar à disposição do
secretário e do pessoal de Venda Nova do
Imigrante e fazer uma sugestão, Senhor Deputado,
porque em 2003 nosso governador colocou em
discussão um Plano Estadual de Turismo. Acho
que está na hora, pois já se passaram dez anos, de
fazermos uma radiografia desse plano, do que de
fato avançou o turismo em nosso estado. Acho que
temos muita coisa boa para falar de 2003 para cá. É
importante criarmos um ambiente que possamos
divulgar isso, os resultados desse turismo como um
todo.
Estive nesta semana, na segunda-feira, com
o nosso secretário, o José Sales Filho. Fomos
conversar com S. Ex.ª um pouco sobre o Parque do
Caparaó. Conversamos um pouco e estamos para
fazer o plano de manejo daquele parque, e fizemos
uma conversa, trocamos um pouco de ideia e acho
que precisamos também mostrar os nossos
resultados, e esse plano estadual é uma boa
oportunidade, Senhor Presidente. Poderíamos criar
um ambiente dentro da nossa comissão e convidar
todos os secretários de todos os nossos municípios,
junto com o nosso secretário estadual, para
podermos discutir e debater esse tema.
Dia 27 de setembro, tivemos o Dia
Estadual do Turismólogo e precisávamos,
inclusive, divulgar mais esse trabalho que eles
desenvolvem para o nosso turismo. Enfim, acho
que dia 2 de março é o Dia Nacional do
Turismólogo e, de repente, poderíamos, no dia 2 de
março, que é o Dia Nacional do Turismólogo, fazer
algo desse porte, convidando todo mundo que está
envolvido com o turismo não para fazermos uma
prestação de contas, mas para divulgarmos o que
temos feito nesses últimos doze anos desse plano.
O que, de fato, o Espírito Santo fez nesses últimos
doze anos?
Então, é uma sugestão que faço à nossa
Comissão de provocar isso. Acho que damos um
passo muito importante para o turismo. Obrigado,
Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO
– PPS) – O senhor está correto, Senhor Deputado
Nunes, porque vemos que o senhor Marco Grillo
falou que já está muito tempo militando na área.
Acabou passando os anos e galgando o seu espaço
e aprendendo ainda mais na questão do turismo e
do agroturismo, e vemos muitas rupturas. Acontece
de uma administração mudar para outra e não
termos um plano de x anos.
Uma vez conversei com o ex-governador
Renato Casagrande, quando logo venceu as
eleições, e como jornalista fiz uma pergunta
falando da questão do turismo e relatava que um
plano de turismo precisa ser feito para vinte anos.
156 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
É esse trabalho que a Senhora Deputada
Luzia Toledo já faz há muito tempo, mas com
outros braços. Não é só esperar, tem que ser
sociedade, municípios, parceria público privada e
também governo do estado, ou ficamos apenas no
discurso e no discurso...
Trabalhos executados, como o de Venda
Nova do Imigrante, precisam ganhar um corpo
ainda maior. Ainda bem que eles já fazem um
trabalho de formiguinha, no município,
apresentando esse trabalho.
E quando o secretário fala da questão do
bairrismo, lembro-me de Venda Nova, quando
ainda militava na imprensa esportiva e ia, algumas
vezes, ao estádio para o jogo do Rio Branco de
Venda Nova; era realmente uma festa. Ali já
víamos, realmente, como a cidade tinha esse
bairrismo.
É interessante, logo na sua primeira fala,
secretário, essa questão do paisagismo em Venda
Nova. É algo que acaba destacando Venda Nova
do Imigrante das outras cidades na BR 262,
passando de Viana e seguindo até Minas Gerais. É
impressionante esse paisagismo. E também a
localização, pois Venda Nova fica muito próxima
de Vitória, de Cachoeiro, de Castelo e do interior
de Minas Gerais. Eu, que trabalhei em Minas
Gerais, vejo, no interior de Minas, o carinho do
mineiro com Venda Nova do Imigrante. Em
qualquer tipo de evento o mineiro desce para
Venda Nova para acompanhar, porque é muito
próximo da divisa.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Nunes.
O SR. NUNES – (PT) – Não tem como
passar por Venda Nova e não notar que ali é Venda
Nova; é bacana ali.
Senhor Presidente, às vezes tento pegar um
pouco da história do nome de cada município
nosso. O interessante é que muita gente, de
repente, não sabe por que se originou Venda Nova
do Imigrante.
Até a década de 1940, naquela região
habitavam somente italianos. Como tinha ali uma
venda antiga, velha, que foi reformada, surgiu o
nome Venda Nova do Imigrante, porque só tinham
imigrantes ali até a década de 40. Estou certo ou
errado?
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO
– PPS) – Está correto, Deputado.
O SR. NUNES – (PT) – Acho que isso é
bacana, é um pouco da história e isso temos de
divulgar. Acho que é importante colocarmos a
nossa Comissão à disposição desses que querem,
de fato, fazer do nosso turismo algo muito bacana.
Acho que divulgar essas coisas para a população é
muito legal.
Portanto, quero parabenizar o nosso
presidente e agradecer a presença do secretário, o
senhor Marco Grillo, e dizer que estamos juntos.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO
– PPS) – Secretário, a Senhora Deputada Luzia
Toledo falou, mas o microfone estava desligado,
que isso é que é fazer turismo, esse trabalho que é
feito na região de montanhas.
Fico contente porque, ontem, mexendo nas
minhas coisas, vi um livro da Belotur, de quando
trabalhei em Minas Gerais, sobre o trabalho
executado de turismo em Belo Horizonte. Então,
quando vemos um trabalho como esse aí, ficamos
empolgados porque existe realmente um trabalho
em nosso estado que - e esse é o grande problema e
por isso que o Senhor Deputado Nunes chamou a
atenção e é importante - não está integrado; são
trabalhos executados em determinadas áreas e que
se houvesse uma integração poderíamos, o quanto
antes, ter um turismo ainda mais avassalador no
nosso estado e não só, como o Senhor Deputado
Nunes falou, um turismo de veraneio e de praia.
Agradeço, mais uma vez, a sua presença e
também o que o senhor trouxe do trabalho
executado e todas essas informações que foram
importantes para que não só o telespectador da TV
Ales, mas esta Comissão, pudessem entender um
pouco mais o trabalho de vocês lá. A Comissão
está de portas abertas para que possamos entrar em
contato com os diversos órgãos do nosso Governo
do Estado, para que possamos fomentar ainda mais
o turismo e o trabalho de vocês em Venda Nova do
Imigrante.
Obrigado, secretário.
O SR. MARCO GRILLO – Deputado, eu
que agradeço. Também me comprometo a
melhorar a nossa comunicação com a Comissão.
Posso enviar convites das nossas ações e a relação
do que temos desenvolvido. É uma falha que
temos, Senhor Deputado Nunes, não temos feito
isso ainda, mas temos que fazer.
Esse aí é um material com o qual
trabalhamos com a Associação Montanhas
Capixabas. Todas as nossas ações, quando saímos,
não é só Venda Nova. Sai de Venda Nova, sai de
Domingos Martins ou sai de outro município, mas
tem material de Venda Nova aí. Temos o
Conventions lá das Montanhas que funciona bem,
a Deputada inclusive foi autora de uma lei de
utilidade pública recentemente. Não é isso,
Deputada? Somos muito agradecidos.
Faço o convite a V. Ex.as para conhecerem
a Casa do Turista, que fica no início da Rota do
Lagarto, que atende aos nove municípios da região.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 157
Está em Domingos Martins, mas é como se fosse
da gente, cada município se sente dono dela e
proprietário dela. Então, fica o convite. A
Deputada já conhece, sei que frequenta lá, mas fica
o convite.
Com relação aos jardins, Senhor Deputado
Nunes, falei de início do plantio de palmeira, em
1994 e 1995, e isso vem acontecendo ano a ano. Só
de ipê, vemos florada de ipê roxo, amarelo, branco
agora, que está florindo. Tem mil mudas plantadas
em Venda Nova. Você vai plantar um ipê ele vai
florir com dois anos. Como é que você vai
imaginar que um político vai plantar isso para
passar dois, três mandatos para começar a dar flor.
Mas, é isso que está fazendo a diferença e
ajudando a gerar emprego para nós.
Em relação ao Rio Branco, ele volta no ano
que vem para a segunda divisão, Senhor Deputado.
O pessoal se juntou lá e vai voltar para a segunda.
Muito obrigado mesmo. Venda Nova do
Imigrante agradece.
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) –
Copiando Venda Nova, que é o nosso símbolo na
região, nós plantamos agora quinhentas mudas de
manacá-da-serra lá em Irupi. Os alunos que
plantaram. Fico tão encantada com os manacás que
enfeitam...
Conforme o Senhor Deputado Nunes
colocou, quando entramos parece que estamos em
outro estado.
O SR. NUNES – (PT) – Em outro país
também.
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) – Tá
bom, em outro país também. Olha que maravilha!
Fomos para Irupi, que adotou a Rota
Imperial - quem adotar eu entro, é só me dar um
sinalzinho - e plantamos quinhentas mudas de
manacá, que não morreram apesar da estiagem,
dessa crise hídrica. Também sou apaixonada por
aquela chegada maravilhosa de Venda Nova do
Imigrante, que é exemplo para o Brasil. Muito
obrigada.
O SR. NUNES – (PT) – Senhor
Presidente, fizemos uma solicitação para convidar
o Anderson de Oliveira Nascimento, coordenador
do Parque Nacional do Caparaó. Pedimos que
pudéssemos convidá-lo para falar um pouquinho
sobre essa questão do plano de manejo.
É importante dizer que oitenta por cento do
parque do Caparaó está no Espírito Santo e
somente vinte por cento em Minas Gerais. Mas, é
importante registrar que a visitação ao parque é o
contrário, ou seja, oitenta por cento se dá por parte
da entrada de Minas Gerais e somente vinte por
cento pelo Espírito Santo.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO
– PPS) – É impressionante que o mineiro se
apropria do parque muito mais do que o capixaba,
em todos os aspectos.
O SR. NUNES – (PT) – É uma
oportunidade que temos de convidá-lo a vir aqui
falar um pouquinho...
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO
– PPS) – Nossa Comissão fará o convite, vamos
deliberar e teremos a presença dele para falar, em
outra reunião, sobre a questão do Caparaó.
O SR. NUNES – (PT) – Obrigado, Senhor
Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (AMARO NETO
– PPS) – Secretário, mais uma vez muito obrigado
pela participação, e obrigado também ao José
Nildo, que também compareceu com o secretário
para falar sobre Venda Nova do Imigrante.
Muito obrigado, Senhor Deputado Nunes e
Senhora Deputada Luzia Toledo.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 10 h32min.
COMISSÃO DE COOPERATIVISMO.
QUARTA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 13 DE
OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL - PRP) – Havendo número legal, invocando
a proteção de Deus declaro abertos os trabalhos
desta Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da terceira reunião ordinária,
realizada em 29 de setembro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL – PRP) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado Doutor
158 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Hércules?
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB)
– Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL – PRP) – Ata aprovada como lida.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE
PAUTA:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL – PRP) – A Ordem do Dia hoje é a relação
das cooperativas e o Pnae – Programa Nacional de
Alimentação Escolar. Isso é um problema que já se
arrasta há muito anos no cooperativismo. Sabemos
que não é cumprido na totalidade e esta Comissão
está aqui para ajudar, para tentar implantar nos
municípios do estado.
Hoje temos como convidado o senhor
Carlos Eduardo Zucoloto Xavier, subsecretário de
Estado da Educação; Maria Meneguelli Tannure,
nutricionista da Secretaria de Estado da Educação;
Luiz Calos Bricalli, gerente da Agricultura
Familiar, representando o secretário de Estado da
Agricultura, Octaciano Neto; doutor Matuzalém
Dias, procurador da Ales; Carlos André Santos de
Oliveira, superintendente da OCB/ES; Creiciano
Paiva, representando a OCB; Maicol Koghler,
representante da CAF Serrana; Gustavo Dadalto,
presidente da Cafesul – Cooperativa dos
Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo;
Rolmar Botechia, presidente da Cooperativa de
Laticínios de Alfredo Chaves; meu amigo Ady
Brunini, presidente da Coopervidas - Cooperativa
de Valorização, Incentivo e Desenvolvimento da
Agropecuária Sustentável; e Dulcino Monteiro,
sócio fundador da Coopervidas.
Com a palavra o senhor subsecretário.
O SR. CARLOS EDUARDO
ZUCOLOTO XAVIER – Bom dia, Senhor
Presidente, Senhor Deputado Doutor Hércules e
demais presentes.
Recebemos o ofício n.º 66/2015, datado do
dia 02 de outubro, com algumas questões de
entraves com relação aos contratos relacionados ao
programa de alimentação escolar. Nossa intenção é
fazer um breve relato, mas nos colocando à
disposição para continuar a conversa assim que
pudermos falar.
O Programa Nacional de Alimentação
Escolar, Pnae, já foi implantando há mais de
sessenta anos, é o mais antigo e abrangente
programa social do governo federal, considerado
um dos maiores programas de alimentação escolar
do mundo. O Pnae tem por objetivo atender às
recomendações nutricionais do aluno durante todo
o seu período letivo. A base legal é a Constituição
e a Lei n.º 11.947, que determina que trinta por
cento do recurso destinado à alimentação escolar
seja empregado em aquisição de gêneros
alimentícios diretamente da agricultura familiar.
Passando à base legal, o que apresento é
um breve relato, acho que todos já conhecem, é
mais para nos sintonizar. Os contratantes são todas
as Secretarias de Estado da Educação, como
também as prefeituras, via secretaria ou caixa
escolar. No caso dos contratados, são os
agricultores familiares e/ou sua organização
econômica detentoras da DAP. Esse é o cenário de
contratante e contratado que temos com relação ao
Pnae.
Os avanços que já conseguimos identificar
ao longo desses quatro anos, é que houve um
crescimento da adesão por parte das cooperativas e
das associações, houve também um aumento da
diversidade de produtos. Atualmente são trinta e
quatro itens e também da ampliação da área de
fornecimento. Hoje são setenta e oito municípios
que têm abrangência com relação à agricultura
familiar, no caso da contratação feita pelo Estado
através da Secretaria de Educação.
Esse slide mostra só um cenário para
conseguirmos entender o quanto há de avanço. Em
2012, eram somente trinta e dois municípios e
atendiam cerca de duzentos e vinte e uma escolas.
No ano de 2015, já estamos atingindo, além dos
setenta e oito, trezentos e sessenta e uma escolas,
ou seja, vimos ainda conseguindo avançar, sabendo
que há espaço ainda para avançar muito e
melhorar esse modelo de contratação que temos.
Esse slide mostra só a evolução de como
eram a questão dos participantes. Em 2012, eram
sete cooperativas; em 2015, já temos quinze e mais
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 159
seis associações, ou seja, já tem vinte e um
contratos com entes, com entidades diferentes para
atendimento a todo território estadual.
Acreditamos que temos muito a aprimorar
um desafio: a questão ao processo chamada
pública. Realmente é desafiador, é todo manual,
não temos ainda a possibilidade de ter isso de
forma sistêmica, isso demanda um esforço muito
grande e uma possibilidade de erro também muito
grande com relação ao andamento do processo. Só
para se ter uma ideia, foram mil setecentos e
dezesseis projetos de venda nesse último
credenciamento. Desses surgiram cerca de
sessenta mil itens, que tem os dados e os valores
para serem apreciados pela comissão
manualmente, um por um. Além disso, há os
empates e há regras para os desempates. Foram
novecentos que ocorreram nesse último pleito,
sendo que duzentos e setenta e oito foram a sorteio,
ou seja, não se conseguiu desempate pelas questões
previstas no edital. Então, foi até o último
instrumento, que é o sorteio, ou seja, isso tudo
manual. Então, temos muito a avançar nisso e com
certeza melhorar as questões de gestão de contrato.
Isso é claro que precisamos realmente de avançar.
Há também que melhorar a logística de
abastecimento. Só conseguimos avançar
conversando todos, sempre cada área dizendo quais
são as suas dificuldades, cada área dizendo quais
são as suas necessidades para conseguirmos
avançar nessa questão de logística e, com certeza,
agregar ainda mais famílias nesse programa, que é
fantástico.
Esses foram os itens colocados para nós
com relação aos entraves. Foram relatados cinco
itens para a Sedu para que pudéssemos nos
posicionar ou conversar a respeito de cada um
deles. A nossa proposta aqui é passar a cada um. O
entendimento não é de esgotar respostas sem dar
um pequeno direcionamento daquilo que foi
entendido também, mas é claro que alguns
assuntos temos que entender melhor.
O primeiro item é com relação a atraso de
pagamentos. O que acreditamos que possa trazer
atraso no pagamento? Uma primeira situação é o
atraso na entrega da documentação à secretaria.
Temos clareza de que isso é um empecilho.
Em segundo lugar, documentação
incompleta. Ou seja, toda vez que se entrega
documentação e ainda assim essa documentação
tem alguma deficiência, ou de assinatura ou uma
certidão que não chegou, isso causa atraso,
naturalmente. E o volume de recibos para
conferência, que ainda é feita manualmente, é
considerado também como um possível entrave ao
pagamento. Porém, nesse item, é importante relatar
que, conforme o que está no contrato, tem a
contratada até o terceiro dia útil do mês
subsequente para entregar nota fiscal, termo de
recebimento e vários outros documentos exigidos,
entre eles as certidões, e o pagamento somente dar-
se-á após o recebimento e atesto. Ou seja, se foi
protocolada na secretaria até o terceiro dia útil a
documentação e essa documentação não
correspondeu ao que prevê o contrato, faltou uma
certidão, faltou um documento, uma assinatura da
escola, não pode ser considerado que a entrega foi
efetivada nesse dia. É somente depois que toda
essa documentação está OK que, em tese, se conta
o prazo de trinta dias para receber. Isso
acreditamos que seja um dos grandes entraves, até
de entendimento. Acredito, Carlos André, que um
dos entendimentos possa ser que quando se entrega
na escola passa-se a contar trinta dias para receber.
Se isso está acontecendo, há um pequeno equívoco.
Como forma de contribuição, o que identificamos é
que a grande maioria dos problemas com relação a
pagamento está na documentação entregue. Esse é
um caso que conseguimos identificar.
Outra situação é que, com a documentação
OK, a Sedu não está demorando trinta dias para
pagar. Regularizada a documentação, peguei
processos em que a Sedu não gastou uma semana.
Temos uma orientação não só na Secretaria de
Estado da Educação como em todo o governo, de
honrar os contratos que assinamos, e pagarmos em
dia. Na Secretaria de Educação tentamos fazer isso.
É claro que existem questões técnicas e
burocráticas, mas a partir do momento em que se
tem um contrato e que se fala que ele tem um prazo
para pagamento e que a documentação está OK,
fazemos de tudo para cumprir o preceito contratual
que consta no contrato firmado e efetuar o
pagamento, mesmo porque esse recurso já está na
nossa conta. Nesse programa, o recurso é
repassado normalmente, não temos esse problema
com relação a esse programa.
Mas enfim, não está esgotado, fica aqui
cada questionamento que foi feito, fica aberto, para
que possamos depois discutir e aquilo que não
alcançamos, conseguir responder.
Outro item é com relação à logística de
entrega, levando em consideração a quantidade.
Todo quantitativo previsto para entrega dos
produtos estão descritos no edital de
credenciamento. Claro que existem possibilidades
de melhoria, mas não devemos descartar que a
melhoria tem que ser sempre com a prioridade do
atendimento ao aluno.
Com relação a essa questão de logística de
entrega, gostaríamos de entender um pouco melhor
qual é essa demanda, em que tipo de situação
podemos contribuir, lembrando que vou falar
posteriormente que a previsão que foi colocada
para o ano de 2015 foi toda baseada nos
quantitativos de 2014.
160 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
No ano de 2015, está sendo verificado que
existe uma redução da demanda. Logo à frente
explicarei que motivo é esse que ainda estamos
apurando, o porquê da redução da demanda.
O item 3, fala do acontecimento de
mudanças de regras no meio do processo por parte
da Sedu. Bom, já falamos inicialmente que no
início do ano não havia sido realizado o processo
Chamada Pública, ou seja, não encontramos o
processo finalizado. Isso é um problema, pois o
processo é realmente moroso, pelo esforço que tem
em cima dele. Já passei aquela situação dos
números, mas tem um motivo também da demora
que ocorreu, que foi a questão de um recurso para
verificação da DAP de um dos participantes.
Isso ocorreu esse ano, foi a primeira vez
que teve esse tipo de recurso. E o procedimento
que a Sedu adotou foi o seguinte: verificar todos os
participantes, com relação à DAP, exatamente para
ganharmos tempo se houver outro tipo de recursos
com relação a isso.
Isso foi feito, e acreditamos que apesar de
ter um tempo maior para esse atendimento, acho
que conseguimos cumprir, deixar ali que qualquer
outro tipo de recursos seria facilmente respondido
por essa questão de já ter sido levantado, de todos.
Enfim, outra questão que está ali e que já
disse é o trabalho braçal. São mil, setecentos e
dezesseis projetos que tivemos, mais de sessenta
mil itens, enfim, isso já falei. E esses fatores,
dentre outros, ocasionaram as assinaturas do
contrato. Ao invés de ser no início do ano, foram
realizados em julho de 2015. Então, são vários
itens, não dá para apontar um item específico que
gerou esse problema, acho que foi um conjunto
deles. Mas, o mais importante é que em fevereiro,
não iniciamos o ano com esse processo já
finalizado, infelizmente.
Bom, mas mesmo assim, procuramos junto
ao FNDE a permissão para que esses contratos que
foram firmados em julho - em tese esses contratos
têm seis meses de período - pudessem ser
prorrogáveis por mais seis meses, cumprindo os
doze meses. Isso foi uma conquista, a permissão do
FNDE. Então, esses contratos, com certeza,
havendo por parte do contratante e da contratada,
serão prorrogados por mais seis meses. É no
sentido de tentar amenizar o problema que foi
causado em razão de não ter os contratos em
fevereiro.
O item 4 é o que mais nos preocupa. O
item 4 foi assim imposto: desrespeito do contrato
principal. Coloquei ali que precisamos entender
que desrespeito é esse, porque consideramos grave
o desrespeito e não devemos permitir. Devemos
entender que desrespeito é esse, para verificarmos
se é desrespeito ou um entendimento. Enfim,
desrespeito ao contrato é grave.
Tentando contribuir, entender e alcançar a
demanda, em 2014 algumas escolas sofreram
auditoria do Tribunal de Contas, na qual foi
detectada necessidade de aprimorar um sistema de
controle da alimentação escolar. Tínhamos um
modelo que chamávamos de escolarizado. É o
repasse de recurso à escola. O guacho escolar
providenciava a compra dos mantimentos, dos
produtos e o Estado mantinha as merendeiras para
fazer a alimentação. Não era controlada a
quantidade de alunos que efetivamente se
alimentava. Pelo menos não havia esse controle. A
partir do momento de 2008, em que a Secretaria
tomou a decisão de terceirizar esse serviço,
também veio a necessidade da melhoria de
controle. Um deles é esse que o Tribunal está
apontando: Pagamos somente o consumido pelos
alunos. Não pagamos o que é produzido pelos
alunos. Isso é um detalhe, mas que faz toda
diferença.
Essa questão do Tribunal de Contas ainda
está em andamento. Houve uma notificação nesta
gestão para tomarmos ciência do que ocorreu e
melhorarmos a forma de controle. Assim, tentamos
fazer desde o início do ano. Adotamos alguns
procedimentos de controle, mas ainda não são
automatizados. Ou seja, ainda há dificuldade muito
grande de várias escolas em operar, porém foi a
forma que encontramos para atender ao Tribunal
de Contas e ao que diz o contrato propriamente
dito. Esse item propriamente dito, naturalmente,
com a melhoria do controle, houve decréscimo na
demanda. Não dá para caracterizarmos que o
decréscimo é em virtude do controle. Acho que não
poderia fazer isso aqui, mesmo porque como ainda
é notificação, tem ampla defesa de todos os lados
para justificar quais as diferenças encontradas.
Porém, a realidade é que este ano a demanda está
menor do que a de 2014. A quantidade de vários
itens previstos em contrato, posso dizer até que
quase todos, não atingimos a totalidade prevista
porque a demanda diminuiu. Não podemos
contatar se não estiver havendo consumo. Esse é
um dos grandes entraves e acho que precisamos,
realmente, conversar e esclarecer essas dúvidas
porque isso sim, traz impacto direto. Ou seja, a
demanda foi feita com base no exercício de 2014.
Em 2015 a demanda efetivamente está menor e
naturalmente as solicitações são menores.
Com relação ao último item, ausência do
espaço físico suficiente nas escolas para
condicionar os produtos, a Secretaria adquiriu para
suas cozinhas freezers e geladeiras. Foram feitas
melhorias. Ou seja, acreditamos que conseguimos
eliminar ou praticamente eliminar esse tipo de
problema. Porém, caso ocorra, há o canal de
comunicação, o e-mail
[email protected]. Cada situação
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 161
que ocorrer, imediatamente nos notifique e nos
informe, para realmente tratarmos. Mas
acreditamos que o que foi feito conseguiu senão
eliminar, amenizar as questões com relação à
entrega do produto e de não ter onde acondicionar.
Senhor Presidente, era o que tinha para
trazer. Na verdade, continuamos nos colocando, a
Secretaria de Estado da Educação está à
disposição. Todas as vezes que tiver qualquer tipo
de dificuldade ou de dúvida com relação ao
contrato, estamos à disposição. E nós também
somos a favor desse contrato, desse movimento da
agricultura familiar, e continuamos à disposição.
Obrigado, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL - PRP) – Obrigado pela fala, senhor Carlos
Eduardo.
Depois vamos conversar; darei a palavra
aos outros.
Essa regra do Tribunal de Contas... É
lógico, que o número de alunos aumentou e o
consumo, naturalmente, aumentaria também. Mas
com a regra de você ver se realmente... Consumo e
venda. Por exemplo, fez uma previsão de compra
numa escola, mas ao final não consumiu tudo.
Sabemos que tem que eliminar o desperdício. Mas,
como vai pagar se já programou aquela venda, sem
uma cooperativa?
Depois entraremos nessa discussão, mas
acho que é uma regra equivocada, não da
Secretaria de Educação, mas do Tribunal de
Contas. É uma maneira de você fiscalizar. Foi esse
o meu entendimento quando V. S.ª falou.
V. S.ª pode usar a palavra, pois fiquei em
dúvida sobre esse assunto.
O SR. CARLOS EDUARDO
ZUCOLOTO XAVIER – Na verdade, a redação
dos contratos diz que o pagamento dar-se-á pelo
consumo efetivo. Ou seja, hoje a escola solicitou
que fossem produzidos duzentos lanches;
efetivamente foram se alimentar cento e noventa
crianças. Ou seja, o Estado pagará cento e noventa
lanches e não duzentos, como produzidos. Essa é a
regra do contrato.
O que foi percebido é que a quantidade de
alunos que estavam marcados se alimentando,
eram, às vezes, um número diferente daquele
apresentado na demanda e daquele apresentado na
própria escola. Há uma divergência aí.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL - PRP) – Realmente foi isso que entendi.
Mas para o produtor que já vendeu, que já se
comprometeu com aquilo, é uma cooperativa, as
pessoas entregaram ali, eles receberão a menor,
depois será rateado, pois só conta o que foi
consumido, é uma regra clara. Mas quem faz essa
previsão de consumo é a escola.
Depois daremos continuidade a esse
assunto.
Registro com satisfação a presença do
senhor Luciano Graça, vice-presidente da Clac –
Cooperativa de Laticínios de Alfredo Chaves; do
senhor Carlos Renato Theodoro, presidente da
Cafesul – Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do
Estado do Espírito Santo; do senhor Lúcio Faria
Alves, presidente da ACA – Cooperativa dos
Aquicultores e Agricultores Capixabas; dos
senhores Darli José Schaefer, presidente, e Deilton
Klippel, diretor financeiro, da Coopram –
Cooperativa de Empreendedores Rurais de
Domingos Martins.
Concedo a palavra ao senhor Luiz Carlos
Bricalli, gerente de Agricultura Familiar, aqui
representando o senhor Secretário da Agricultura.
O SR. LUIZ CARLOS BRICALLI -
Bom dia Senhor Presidente, bom dia a todos e a
todas.
Senhor Deputado Doutor Hércules,
parabenizo V. Ex.ª pela realização de mais uma
reunião da Comissão de Cooperativismo.
Representamos aqui o senhor Secretário da
Agricultura, Octaciano Neto, que não pode se fazer
presente.
Cumprimento, ainda, os presidentes de
associações e cooperativas presentes, todos os
companheiros que ajudam a articular o Programa
de Alimentação Escolar; cumprimento os colegas
da Mesa, o Carlão (Carlos André Santos de
Oliveira), representando a OCB/ES; o senhor José
Isidoro Rodrigues, a Unicafes/ES; o senhor Carlos
Eduardo e a senhora Maria Meneguelli Tannure,
representantes da Secretaria da Educação.
Diferenciar um pouco o papel da Secretaria
da Agricultura do papel da Secretaria da Educação
no processo de Alimentação Escolar. Enquanto a
Sedu e as prefeituras municipais, previstas em lei,
são as executoras do programa, a Secretaria de
Agricultura junto a outros parceiros, as próprias
cooperativas, as organizações das cooperativas, o
Incaper, são as entidades articuladoras do
programa. Então, de certa forma, temos de fazer
um esforço de facilitar para que o programa de fato
seja realizado da melhor forma possível, que
atenda aos anseios da agricultura familiar, que
atenda também o modus operandi da Secretaria de
Educação.
Nesse ponto gostaria de registrar algumas
questões, embora não sejam específicas dos cinco
pontos levantados aqui, que dizem respeito
especificamente à Secretaria de Educação. Mas
enquanto entidade articuladora, a Secretaria de
Agricultura, nesse início de ano, realizou um
162 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
evento congregando todas cooperativas em Piúma
e produzimos um documento chamado A Carta de
Piúma, onde estãorelatadas diversas questões que
atingem o programa, entre elas esses cinco que
foram apresentados aqui.
Na verdade, o programa desde 2009 vem
melhorando, como Carlos coloca. De fato, a
Secretaria de Educação tem feito um esforço
grande para melhorar, e as cooperativas também,
mas ainda existem esses entraves que, a cada
momento, precisamos discutir e aperfeiçoá-los na
tentativa de resolver.
Além da Carta de Piúma, a Secretaria de
Agricultura está coordenando o Pedeag. São
cinquenta e duas oficinas que estão acontecendo
pelo Estado até o final de novembro. Duas dessas
oficinas dizem respeito, especificamente, sobre a
comercialização dos produtos da agricultura
familiar e serão realizados ainda no mês de
outubro, em Colatina e Afonso Cláudio.
Então, já adianto e estendo o convite às
cooperativas e associações que poderão participar
desse momento de debate conosco e construiremos
esse documento coletivo.
Também a pedido da própria Assembleia
Legislativa, na Comissão de Agricultura, há cerca
de dois meses, o Senhor Deputado Rodrigo Coelho
nos apresentou uma proposta de criar uma política
estadual de comercialização dos produtos da
agricultura familiar. Acolhemos essa proposta,
levamos para Secretária de Agricultura, para o
âmbito do governo e estamos aqui para informar a
todos os representantes de cooperativas e
associações, OCB e Unicafes, que estamos
evoluindo nessa minuta de proposta de lei.
Inclusive, o trabalho coordenado pela colega da
Unicafes, a Sandra Madalena Valentin.
Pegamos modelos diversos de outros
estados, evoluímos, trouxemos à nossa realidade e
dentro em breve esse documento estará pronto e
será apresentado ao Conselho Estadual de
Desenvolvimento Rural sustentável, na próxima
reunião. Em seguida, traremos à Assembleia
Legislativa para que possa legislar, de fato, e
aprovar sobre essa demanda que nos foi feita há
pouco tempo.
Gostaria de registrar mais um esforço - na
verdade, tudo que estamos falando são esforços
que a secretaria tem feito em relação ao Pnae,
temas que têm a ver com o Pnae - sobre o Funsaf.
O Funsaf é o Fundo Social de Apoio Agricultura
Familiar, que esta Casa de Leis aprovou
recentemente; mais uma conquista da agricultura
familiar.
O primeiro edital, a previsão é de que no
dia 26 de outubro, agora, seja lançado e beneficiará
as cooperativas e associações de forma indireta,
não direta como programa. Mas por que ajudará?
Porque é a possibilidade das cooperativas
adquirirem caminhões, melhorarem suas estruturas
físicas, veículos, capacitações. Ou seja, tudo isso o
fundo vai permitir, desde que a cooperativa esteja
minimamente organizada, formalizada. Se já
estiver vendendo ao Pnae, melhor ainda, pontuará
bastante em nosso edital; essas parcerias serão
consideradas.
Gostaria de registrar esses cinco itens de
esforço da Secretaria de Cultura, e dizer também,
em relação a esses problemas apresentados aqui,
que nos colocamos à disposição, viu Carlão, para
ajudar as cooperativas, junto a Sedu também, no
que for possível e preciso para resolvermos essas
questões.
Finalizando, então, essa fala inicial, dizer
da diferença do papel da Secretaria de Educação e
da Secretaria de Agricultura nesse processo de
alimentação escolar.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL - PRP) - Obrigado pela fala.
Senhor Carlos Eduardo, em sua fala vi que
a Secretaria de Educação está tendo toda boa
vontade em fazer. Acho que depois terá que entrar
no entendimento. E a Comissão de
Cooperativismo... Antes tínhamos que discutir na
Comissão de Agricultura, porque era muita coisa.
Hoje, temos a oportunidade de debater
diretamente. E depois, lógico, terá o entendimento
para todos conversarem e chegarem a um acordo e
fazer funcionar. Senhor Deputado Doutor
Hércules, de todas as comissões de que participo,
como a Comissão de Saúde, muito obrigado pela
presença maciça dada a relevância do tema.
Concedo a palavra ao Senhor Carlos André
Santos de Oliveira, Carlão, para falar pela OCB.
O SR. CARLOS ANDRÉ SANTOS DE
OLIVEIRA – Bom dia a todos e aos Senhores
Deputados Hudson Leal e Doutor Hércules, de
Vila Velha, cresceu tomando leite materno e leite
da Selita e por isso é um deputado sábio. Está
faltando café de qualidade na Assembleia. A
licitação, infelizmente, nos leva a isso. Esse café,
por mais boa vontade e carinho que tenham para
fazê-lo, é ruim porque não é café de cooperativa
capixaba. É um café ruim. Respeitamos a licitação,
é verdade, mas eles colocam esse café de combate
com preço lá em baixo, que é um café ruim para
danar. Mas, se Deus quiser, nas próximas licitações
teremos cooperativas capixabas participando do
processo licitatório com cafés de qualidade e com
preço também razoável. Cumprimento o Senhor
Deputado Pastor Marcos Mansur que está ausente
mas, com certeza, S. Ex.ª justificou a sua ausência,
pois é o presidente desta Comissão Permanente de
Cooperativismo, comissão inédita no Brasil.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 163
Parabéns pelo trabalho, Senhores Deputados Pastor
Marcos Mansur Hudson Leal e Doutor Hércules.
Cumprimento o Senhor Luiz Carlos Bricalli,
gerente de Agricultura Familiar da Secretaria da
Agricultura, amigo nosso e muito competente,
representante do Secretário de Agricultura, Senhor
Octaciano Neto; Senhor Carlos Eduardo Zucoloto
Xavier, subsecretário da Sedu e a senhora Maria
Meneguelli. O subsecretário tem nos recebido com
muito carinho, com muita atenção quanto às
demandas do cooperativismo relacionados ao Pnae
e ao transporte escolar. S. Ex.ª é calmo, tem a voz
pausada e tem vários pepinos em sua mão, pepino
enorme como o transporte escolar e agora o Pnae,
mas sempre se mantém elegante, calmo e bastante
ponderado e nos recebe sempre com muita atenção
e com respeito. O professor Haroldo Correa Rocha,
secretário daquela Secretaria e também tem sido
uma pessoa compreensiva conosco. Cumprimento
o Senhor Cícero Moura, da assessoria desta
comissão permanente, as lideranças presentes
como: Darli José Schaefer, da Coopram; Carlos
Renato Theodoro, da Cafesul; Gustavo Dadalto, da
CAF Sul; Rolmar Botecchia e Luciano Graça, da
Clac; Maria e Maicol Koghler, da CAF Serrana de
Santa Maria; Ady Brunini, da Coopervidas; Lúcio
Faria Alves, da Aca; José Izidoro Rodrigues, da
Unicafes, outra representação importante das
cooperativas do Espírito Santo, OCB e Unicafes
parceiras em várias demandas do cooperativismo
do Espírito Santo e os analistas Creiciane e
Alexandre, muito obrigado.
Senhores Deputados Hudson Leal e Doutor
Hércules, uma sugestão é abrirmos um canal maior
ainda de diálogo e que esse diálogo seja ainda mais
resolutivo. Gostaria de registrar, e que constasse
em ata desta reunião, a possibilidade de termos um
canal de reunião mensal da OCB, Unicafes, Seag, a
parte da Secretaria de Gerência de Agricultura
Familiar com a Sedu, com Carlos Eduardo
Zucoloto Xavier e com a senhora Maria
Meneguelli para, numa reunião mensal de
quarenta, quarenta e cinco minutos, tratarmos de
forma muito fresca a questão da tempestividade
dos gargalos acontecidos naqueles trinta dias. Julgo
que são muito importantes para que não haja
acúmulo de gargalos, de problemas e de demandas
nesse setor. Creio, nosso subsecretário, que seria
muito profícua uma reunião mensal de quarenta
minutos com a OCB, Unicafes e ambas as
instituições e pegaríamos com sua base aqueles
problemas, os gargalos daqueles trinta dias,
sentaríamos com representante da gerência de
agricultura familiar e em reunião objetiva, focada
com minuto para começar e hora para terminar e
dali, Unicafes e OCB, socializaríamos com todas
as nossas cooperativas singulares e também esta
comissão, por exemplo, poderia participar. Fica a
nossa sugestão. O assessor técnico desta comissão,
Cícero Moura, poderia participar e, em alguns
momentos, quando necessário for, obviamente, os
parlamentares. Mas numa reunião de trabalho
mensal. Fica a sugestão.
Uma das sugestões das nossas
cooperativas, subsecretário Carlos Eduardo, seria
atualizar urgentemente o cardápio com a realidade
de cada região. Ajustado esse cardápio depois
paulatinamente a demanda seria ajustada, no nosso
entender. É uma sugestão das cooperativas ajustar
o cardápio, atualizar e depois, obviamente, temos a
impressão de que a demanda seria ajustada porque
ainda há muitos casos de diretores porque há
escolas e escolas, há cooperativas e cooperativas,
parlamentares e parlamentares e há diretores de
escola e diretores de escola. Alguns diretores de
escola, infelizmente, não têm o dinamismo de
outros diretores de escola e têm um pouco de
comodismo no sentido de oferecer, às vezes, a
questão dos lanchinhos apenas e não têm aquele
carinho de ajustar. Em nossa opinião, é muito
importante essa atualização do cardápio que, cada
vez mais, tem que estar adequado e ajustado para a
realidade regional onde possam as cooperativas da
OCB, as cooperativas da Unicaps, estarem
atendendo de forma mais produtiva, mais
resolutiva, com alimentos saudáveis, frescos para
essas crianças para que - Senhores Deputados
Doutor Hércules e Hudson Leal, V. Ex.ªs são
médicos - até coloquem fim um pouco nessa
questão da obesidade infantil muito causada pelos
lanches nas escolas particulares e também os
lanches nas escolas públicas e a alimentação,
obviamente, dentro de casa, dentro de cada lar,
uma alimentação equivocada. Falo isso até de
cadeira porque até poucos meses atrás eu era obeso
mórbido e sei bem o problema da obesidade
mórbida adulta e no mundo infantil também.
Essa reunião da comissão é importante,
mas não se esgota aqui, conforme o subsecretário
disse. Temos alguns problemas ainda urgentes que
se fazem necessárias reuniões para sentarmos e
juntos buscarmos, com muito bom senso e respeito
mútuo, as condições para que as cooperativas
trabalhem melhor com a Sedu. No nosso entender
alguns gargalos já foram resolvidos, sim. É
verdade, procede, mas outros gargalos ainda
dependem de uma solução e nada melhor do que o
diálogo sensato e profícuo como sempre temos tido
com essa secretaria e com outras secretarias desse
governo como tivemos esses dias com a ajuda
desta comissão no DER sentando, discutindo e
alinhando.
Agradecemos publicamente aos Senhores
Deputados Doutor Hércules e Hudson Leal a ajuda
e a contribuição desta comissão para fazermos a
primeira reunião com a diretoria, cúpula do DER
164 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
para tratar de demandas do cooperativismo de
transporte. A reunião foi por demais proveitosa,
muito boa e produtiva. Agradecemos aqui ao
diretor-geral daquela instituição, aos seus gestores,
servidores de carreira e também aos três
parlamentares desta comissão que muito nos
ajudaram para conseguir o nosso objetivo.
Um abraço a todos os colaboradores,
servidores da Casa, servidores efetivos ou
comissionados desta comissão, que tem se
destacado dentre outras comissões nesta Casa
como uma comissão muito produtiva e muito
profícua. Parabéns também não só aos
parlamentares, mas também aos servidores desta
Casa de todos os setores que colaboram com esta
comissão. Muito obrigado a todos vocês.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL – PRP) – Obrigado Carlão, pela sua fala. A
sua proposta de reunião conjunta vai depender
muito da figura central que é o subsecretário
Carlos Eduardo. Acho que quarenta minutos no
mês é uma boa proposta. São muitas demandas.
Fiquei muito preocupado quando vi algumas
reclamações de não cumprimento de contrato e
você muito bem explicou ali. Não sei se para o
Carlão a explicação dele e para os agricultores, eu
entendi, mas acho que isso aqui não é lugar de ficar
debatendo. Acho que a secretaria de Educação,
através do Senhor Haroldo Correia Rocha tenho
certeza de que quer resolver e tenho outra certeza:
sou cooperativista e acredito no cooperativismo,
participei representando a saúde, fui representante
no âmbito da saúde na cooperativa e tenho certeza
de que o produto oferecido à secretaria de
Educação - está aqui a nutricionista e ela pode falar
- como disse o Carlão - que não são produtos
químicos, são produtos elaborados com a devida
atenção à vigilância e o mais importante é que não
tem atravessador.
Tenho certeza de que o custo é muito
menor do que o produto de outras empresas que
visam lucro. Pelo que vi, acho, Carlão, que farão o
dever de casa e todos os presidentes.
Lógico que há cooperativas pequenas, que
estão lá no interior de Ibitirama e de Iúna, que
produzem, que não têm aquela grande demanda
para resolver aquele problema, às vezes por falta
de documento. Depois, o Tribunal de Contas
cobrará de vocês, sabemos disso. Fazemos hoje
para responder daqui a quatro, cinco anos. Quem é
ordenador de despesa tem esse problema.
Então, todos os presidentes que estão nos
assistindo ou representados nesta reunião, a OCB
fazer como você faz conosco, cooperativas
médicas, o passo a passo, o que tem que ser feito
para minimizar esse problema de contrato.
Vejo que a Secretaria de Educação está
dando sua contribuição, veio falar nesta Casa de
Leis. O Carlão não falou se o que foi dito nesta
reunião foi aceito pela OCB, se vai trabalhar nessa
reunião. Acho que esse assunto não se esgotará.
O SR. CARLOS ANDRÉ SANTOS DE
OLIVEIRA – Deputado, com certeza algumas
explicações foram muito bem explicitadas, mas
como o tempo da comissão é uma hora e aqui não
seria espaço...
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL - PRP) – O tempo é todo seu Carlão, todo
de vocês. Não se prenda ao tempo.
O SR. CARLOS ANDRÉ SANTOS DE
OLIVEIRA – Não seriam muito adequadas
algumas particularidades aqui. Um abraço nosso
presidente, deputado Pastor Marcos Mansur, muito
obrigado, um forte abraço.
Dizer para o subsecretário Carlos Eduardo
Zucoloto Xavier que exatamente não se esgota
aqui. Agradeço as explicações, que são
extremamente pertinentes. Estamos entendendo.
Discordamos de um ou outro ponto falado,
pedimos, inclusive, que possamos já agilizar uma
primeira reunião com o subsecretário, que já
balançou a cabeça em sinal positivo. Acho que é
pertinente.
Toda vez que procuramos, o subsecretário
nos recebe com muita educação e muita firmeza,
diz não com muita educação. Até está talhado, se
fosse economista, deputado Marcos Mansur,
poderia até trabalhar também na área da Fazenda,
porque está muito treinado junto ao povo da
Fazenda, fala alguns nãos firmes até, mas com
muita educação. Gosto disso. O debate tem que ser
sempre feito.
É um subsecretário, como servidor da Casa, que
nos atende com muita tranquilidade. Já aceitou a
proposta de reunião mensal e a primeira, por favor,
já poderia ser agendada o mais brevemente
possível, para que possamos levar lá alguns dos
problemas dos quais não entendemos bem as
explicações ou discordamos, para que possamos
buscar a solução com maior respeito, serenidade e
tranquilidade, que é a característica básica da
OCB/ES e, com certeza, dos companheiros da
Unicafes/ES.
Só não abriremos mão, obviamente, o doutor
Hudson Leal conhece nosso modus operandi, de
defender com veemência, dentro do limite do bom
senso e do respeito, mas com veemência e firmeza
os interesses das nossas cooperativas. Não abrimos
mão disso, de forma nenhuma, sempre,
obviamente, com muito bom senso e muito
respeito, lógico.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 165
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL - PRP) – Concedo a palavra ao Senhor
Carlos Eduardo Zucoloto Xavier.
O SR. CARLOS EDUARDO
ZUCOLOTO XAVIER – Gostaria de, mais uma
vez, me colocar à disposição. Acho que devemos
constituir esse grupo para falar mensalmente, se no
início precisar ser quinzenalmente, estaremos
sempre à disposição. É melhor esgotar o assunto,
todo mundo entender bem quais são as regras, o
que cada parte deve fazer. Podemos sair daqui com
uma reunião marcada e sempre estaremos à
disposição.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL - PRP) – Gostaria de perguntar ao José
Izidoro Rodrigues se gostaria de falar, presidente
da Unicafes, porque estamos com tempo.
Então, ficou o presidente da Unicafes, um
representante da OCB, um representante da
Secretaria de Educação, da Agricultura Familiar,
da Seag, nutricionista também?
Acho que um representante da educação é
suficiente - reunião com muita gente começa a se
perder -, e um representante desta Comissão. Se o
Presidente, Senhor Deputado Pastor Marcos
Mansur, permitir, estarei nessa reunião. Tenho
certeza de que depois deliberaremos isso. E com a
nossa participação aqui, para tentarmos os
problemas do cooperativismo aqui no Espírito
Santo.
Estamos discutindo só a Secretaria de
Educação, mas tenho certeza de que se pegar todos
os municípios e juntar, o consumo será muito
maior.
Temos que trazer a discussão também para
as grandes prefeituras e para as grandes prefeituras
do interior, como Cachoeiro de Itapemirim e São
Mateus, para sabermos se estão realmente fazendo
isso. Tem que ter essa discussão para fazer cumprir
a lei. Você falou de bom senso, mas tem que
respeitar a legalidade também. Não é Carlos
André?
O SR. CARLOS ANDRÉ SANTOS DE
OLIVEIRA – A legalidade. Sei que talvez para os
membros da Comissão fosse mais fácil. Senhores
Deputados Hudson Leal, Marcos Mansur e Doutor
Hércules, às vezes ouvimos e a cooperativa
também, e o José Isidoro Rodrigues e os
companheiros da Unicafes concordarão com o que
estou falando. Às vezes, é mais fácil uma empresa
grande ganhar aquele processo licitatório, uma
empresa multinacional em nível nacional e essa
empresa cuidar de toda essa distribuição. Já
ouvimos alguns servidores - seja da Sedu ou das
prefeituras municipais - conversarem sobre isso
conosco, que dá muito trabalho trabalhar com os
pequenos porque tem burocracia e controle demais.
As políticas públicas feitas pelos governos
em geral e pelo poder público em geral, quando se
faz política pública para que se olhe para o
pequeno, o microempreendedor, o
microempresário e para o pequeno agricultor
familiar, obviamente, essas políticas especiais são
feitas para os especiais. Há de se ter essa
compreensão e paciência por parte do poder
público. Obviamente, talvez, seria mais fácil sim
trabalhar com uma única empresa, Doutor
Hércules, e essa empresa gigante, com uma
estrutura gigante, só ela atender as setenta e oito
prefeituras e estava resolvido. Essa única empresa,
simplesmente, poderia até atender em alguns
pontos, incialmente, de forma até mais rápida a
logística do que as cooperativas incialmente, mas
ela, essa única empresa, massacraria aquele
pequeno agricultor familiar que iria impor o preço
dela como a única empresa responsável pelo
atendimento da merenda escolar, ou do transporte
escolar ou outras situações similares no estado do
Espírito Santo.
A importância dessa política do Pnae, do
PAA se reveste de uma importância social
inconfundível, imensurável até, Senhores
Deputados. Então, esse tipo de política dá trabalho
sim, porque está atendendo o pequeno, que
necessita de uma atenção especial.
Não é uma fala de coitadinho, de forma
nenhuma, nada de coitadinho, pois não somos
coitadinhos. Essas cooperativas não representam
agricultores familiares coitadinhos, de forma
nenhuma, mas em uma fala pedindo compreensão
dos órgãos públicos, seja da Sedu, seja das
secretarias dessas setenta e oito prefeituras. Vale a
pena investir, aprimorar e aperfeiçoar essas
políticas públicas da Pnae e de outras similares
como a do transporte escolar através do
cooperativismo, porque você gera assim uma
distribuição de renda bem maior do que trabalhar
com grandes empresas.
É importante esse registro e faço esse
registro em nome do nosso presidente Esthério
Sebastião Colnago e em nome dessas cooperativas
presentes e, com certeza, até com muita liberdade e
parceria que temos, em nome também da entidade
coirmã Unicafes.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL - PRP) - Concedo a palavra aos membros
da Mesa, por ordem de cabelo branco. Portanto,
concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor
Hércules.
O SR. DOUTOR HÉRCULES - (PMDB)
– Queria fazer um comentário. Primeiro, que o
nosso Carlinhos, ex Carlão, faz essa brincadeira da
166 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
Selita porque eu fiz uma homenagem à Selita uma
vez, em Cachoeiro de Itapemirim, e falei uma frase
que a Selita acabou usando todo na propaganda do
Dia das Mães: o leite mais importante que temos é
o materno; o segundo é o leite Selita.
Fui criado com leite Selita. Desculpem-me
as outras cooperativas, mas não só eu fui criado
com o leite Selita, mas também o doutor Dulcino
Monteiro de Castro Filho, que tenho que registrar.
Peço ao Paulo que dê um take no doutor Dulcino,
porque foi o pai de S. S.ª que fez o parto da minha
mãe quando eu nasci, no bairro Zumbi, em
Cachoeiro de Itapemirim. Então, o doutor Dulcino
foi uma pessoa fantástica; um médico que atendeu
a minha mãe em casa, pois nasci em casa, no
Zumbi, em Cachoeiro de Itapemirim.
O doutor Dulcino foi prefeito de Cachoeiro
de Itapemirim, foi deputado federal, senador, foi o
que quis ser; o que o povo quis, ele foi. Sempre
passo na fazenda e tomo aquele café com cravo no
açúcar, que o doutor Dulcino faz na hora para nós,
e não poderia deixar de fazer esse registro, da
dedicação de um missionário que foi o doutor
Dulcino Monteiro de Castro Filho. Além do irmão,
o doutor Danilo, que foi prefeito também de Iconha
e um grande médico naquela região.
Falar sobre a agricultura familiar é uma
coisa muito importante. Fico muito triste quando
vejo o programa Globo Rural e vejo aquelas
plantações que somem de vista e você não vê
ninguém. Você vê, às vezes, uma máquina ali
dentro e não vê ninguém trabalhando. Você não vê
uma árvore. Até na propaganda, na entrada do
Globo Rural, você vê aquela plantação infinita. E
você não vê ninguém, não vê uma árvore, um
pássaro, não vê nada.
Realmente, isso é um crime ambiental
muito grande, é uma covardia que se faz,
especialmente com o trabalhador das cooperativas,
o trabalhador da agricultura familiar. E você passa
aqui nas Montanhas e vê aquele pessoal
trabalhando com a família inteira.
Então, ao falar da agricultura familiar não
posso deixar de falar das cooperativas. Sou
cooperado duas vezes, Unicred e Unimed, e o
Senhor Deputado Hudson Leal, três.
Cooperativa é o sistema mais honesto, mais
eficaz e mais produtivo que temos, é uma
organização em que você é o dono, é o
responsável. Se der lucro, você faz a partilha de
acordo com o lucro, proporcional ao seu
investimento. Se der prejuízo, você enfia a mão no
bolso e tem que pagar. Então, essa é a cooperativa.
Essa é a responsabilidade que as cooperativas têm
e que o poder público não tem.
Estamos vendo aí as pedaladas, não é?
Gasta do jeito que quer e depois nós é que temos
de pagar a conta. Na cooperativa, não; quem paga a
conta é o cooperado. Então, não poderia deixar de
fazer esse registro.
Querido Carlos Eduardo, vi você falar
muito sobre controle. Controle, que ouvi, só de
finanças. Controle de compra e de pagamentos,
essas coisas. Mas estou preocupado com outro tipo
de controle, que o Carlão falou ali, depois. É sobre
a qualidade.
Fiz um projeto de lei, e naturalmente a
Mesa o devolveu por inconstitucionalidade, pois
realmente é inconstitucional. As escolas têm de ter
um nutricionista. O cardápio tem de ser feito não
por merendeira, mas por especialistas.
Temos mais de cinquenta por cento do
povo brasileiro com sobrepeso e um percentual
muito grande de obesidade mórbida. Em Vitória,
hoje, na prefeitura, o doutor Valmir, nosso colega,
professor da Emescam, fez um trabalho e mostrou
que nove por cento das crianças das escolas do
município de Vitória estão obesas.
Então, não podemos entregar isso a
empresas. A empresa tem de ter a responsabilidade
e tem que ter nutricionista. Nossos brasileiros estão
morrendo e de sobrepeso, de doença cardíaca e de
diabetes por falta de controle na alimentação.
É preciso que olhemos não só a parte
financeira, Tribunal de Contas... A burrice da lei.
Porque a lei é muito burra. A lei é burra, não olha
realmente... E posso falar isso, porque somos nós
que fazemos as leis. Mas tenho de cobrar isso.
Fiz um projeto de lei, e desculpe-me falar
na primeira pessoa, mas eu fiz, e a Mesa o
devolveu, com toda a razão. Os nossos
procuradores, com a competência deles, mostraram
ser o projeto inconstitucional. É uma lei que não é
da iniciativa nossa, do Legislativo, porque vai criar
despesa para o Executivo. Nós não podemos criar
despesa, mas nós temos que marcar nossa presença
e nosso desejo. Faço esse registro. E pedi que esse
controle não fosse só obediência à lei, ao Tribunal
de Contas, à responsabilidade fiscal, mas que fosse
feita a responsabilidade da alimentação saudável.
O maior exemplo está aqui, o Carlão. Trabalhamos
juntos em 1980, ele sabe disso, fizemos uma
revolução na administração da Câmara de Vila
Velha naquela ocasião. Carlão tinha obesidade
mórbida e, está aí, hoje, o nosso Carlinho. Faço o
registro com muita satisfação.
Peço mais afinco na fiscalização, na
qualidade da alimentação oferecida às nossas
crianças. O gordo de hoje, ou o obeso de hoje terá
muito menos tempo de vida, além de sobrecarregar
o SUS também com as doenças degenerativas. Eu
já disse nesta Comissão que são três os produtos da
diabólica trindade: sal, açúcar e gordura. É preciso
controlar isso.
É o que queria registrar.
Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 167
Estou à disposição do nosso presidente, do
Senhor Deputado Pastor Marcos Mansur e do
nosso querido Deputado Hudson Leal.
O SR. CARLOS ANDRÉ SANTOS DE
OLIVIERA – Complementando o que o Senhor
Deputado Doutor Hércules disse, dizer para a
tranquilidade dos nossos amigos da Clac –
Cooperativa de Laticínios de Alfredo Chaves – que
o Deputado Doutor Hércules tomou o leite Selita
porque ele nasceu em Cachoeiro de Itapemirim.
Obviamente, se nascesse em Alfredo Chaves
tomaria Alfredense; se fosse de Mimoso do Sul,
Dourado; e se fosse da região norte, tomaria
Veneza.
Só para deixar registrado, leite de
cooperativa, para os nossos colegas não terem um
entendimento equivocado. Se fosse de Alfredo
Chaves ele teria tomado Alfredense.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB)
– Teria que ser de cooperativa, inicialmente, mas
cooperativa do Espírito Santo. Obrigado.
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Senhor Presidente Hudson Leal,
cumprimento V. Ex.ª e o Senhor Deputado Doutor
Hércules. Agradeço a V. Ex.as a presença nesta
reunião de hoje, uma vez que tivemos um
contratempo de última hora e precisamos chegar
após o início da reunião.
Carlos Eduardo Zucoloto, faço um
agradecimento especial a você e gostaria que
transmitisse o agradecimento ao secretário Haroldo
Rocha. Faço uma menção da Secretaria de
Educação, Carlão, que sempre e prontamente tem
nos atendido em todos os pleitos que demandamos
lá. Inclusive, Carlão é testemunha; esteve nesta
Comissão com outros agentes do cooperativismo,
para tratar... Talvez esse assunto tenha sido um dos
assuntos pelo qual nos receberam muito bem,
como o transporte também. Por favor, Zucoloto,
leve o nosso agradecimento ao secretário e a todos
os demais subsecretários e responsáveis pelo
funcionamento daquela secretaria, sempre disposta
a debater os assuntos.
Não pude ouvir a explicação do Zucoloto,
mas tenho certeza de que ele pontuou algumas
coisas; tivemos um contato para ele tirar dúvidas,
até mesmo no documento que enviamos a ele
fazendo o convite havia dois ou três itens que lhe
causaram dúvidas sobre o que realmente estávamos
querendo saber. Tivemos aquele contato,
esclarecemos e ele trouxe aqui, pelo que estou
vendo, de maneira muito transparente.
Parabenizo também o José Isidoro pela
galera que está aqui e pela turma e pela
representação das cooperativas que estão aqui,
estou vendo um pessoal muito interessado
realmente em debater, em discutir. Estava vendo
vocês e me senti muito feliz, Senhores Deputados
Doutor Hudson Leal e Doutor Hércules, porque
uma comissão nova como a nossa está cumprindo
o seu papel e o seu objetivo, ou seja, está
debatendo com seriedade e com profundidade
temas importantes como esse que estamos
debatendo numa reunião de altíssimo nível pelo
que estou aqui percebendo. Está ali o Ady, que
recentemente inaugurou uma sede muito linda da
Coopervidas no município de Piúma. Tivemos o
prazer de passar por ali e participar daquela
inauguração. Fico feliz desta comissão, Senhor
Deputado Doutor Hércules, estar se constituindo
verdadeiramente no espaço, na casa dos
cooperativistas do Estado do Espírito Santo,
transformando-se nesse espaço do cooperativismo
e o mais importante: tendo reconhecimento por
parte do governo, tendo também essa valorização e
o governo dando essa importância às cooperativas.
Está aqui tratando de um assunto tão importante
como esse e por isso ficamos muito felizes de
estarmos nesta comissão.
O senhor Carlos Eduardo Zucoloto havia
me falado na semana passada sobre a possibilidade
dessa reunião mensal. Aliás, não tinha falado
mensal, uma reunião periódica. Ele já havia
ventilado e se disponibilizado, falou, inclusive, nós
estamos abertos, dispostos a continuar - palavras
dele - porque sabemos que em uma reunião só ali
não esclareceremos tudo. Ficarão pontos pendentes
e, às vezes, tem-se que aprofundar em um ponto.
Fico feliz porque chego aqui e já há um consenso
de vocês, pelo que percebi, de uma reunião mensal.
Esse periodismo dessa reunião será mensal para
tratar desse tema até mesmo porque é uma
reivindicação das cooperativas que estavam aqui. É
uma reivindicação dos pequenos produtores para
que no ano que vem a coisa não seja morosa, tão
travada e tão complicada. Fico feliz porque se o
canal está aberto, com certeza, não teremos atraso
no ano que vem, não termos problemas no início
da operação no ano que vem. Então, já fico feliz.
Estou até emocionado, confesso a vocês, por
participar daquilo que é o papel da comissão, que
nós não podemos resolver nada tecnicamente, pois
o nosso papel é político, é um papel catalizador e
facilitador desse processo. Ficamos felizes.
Gostaria, nessas reuniões técnicas,
Senhores Deputados Doutor Hudson e Doutor
Hércules, de deixar a turma fazer a discussão
técnica. Queria fazer uma indicação em nome da
comissão que nos assessora, que é o Cícero,
especialista em cooperativismo, é um dinossauro aí
168 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 02 de dezembro de 2015
também em cooperativismo e quando demandar
alguma necessidade política, entramos em cena, a
comissão, os três deputados. Queria fazer essa
proposta para deixarmos a coisa fluir até mesmo
por causa de nosso tempo que é corrido. Queria
fazer também aqui outra proposta para podermos já
colocar um mote para a próxima reunião. Ouvimos
muito, pelo menos eu ouvi, na semana passada a
questão do Pnae também passa pelos municípios,
entendeu? Então, gostaria de provocar também os
municípios, no bom sentido, para trazermos para o
debate para abrirmos esse leque de possibilidades e
melhorarmos, inclusive, a fomentação desse
programa.
Com a presença dos senhores, porque acho
que este espaço está sendo muito importante e
vocês têm que vir, têm que mostrar a cara, têm que
mostrar a presença, têm que estar juntos, chegar
juntos, quero sugerir que convidemos o presidente
da Amunes, que é o prefeito Dalton Perim, para
expormos para S. Ex.ª também o problema, pois
talvez S. Ex.ª nem esteja sabendo profundamente
os detalhes dessa problemática em relação aos
municípios, para sensibilizá-lo e trazê-lo para o
debate, para essa discussão, para que possamos
melhorar ainda mais o trabalho para vocês. É uma
proposta que quero colocar em votação.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL – PRP) – Em discussão a proposta. (Pausa)
Encerrada.
Então colocarei em votação o convite para
a próxima sessão, no dia 27 de outubro, às 11h, ao
presidente da Amunes. Eu tinha falado sobre esse
assunto. Só falamos do Estado, está aqui o
representante, e a pessoa que podemos concentrar é
o presidente da Amunes.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB)
– Pela aprovação.
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL – PRP) – Também sou pela aprovação.
Então, Cícero, se V. S.ª puder agilizar isso...
Concedo a palavra ao Carlos Eduardo
Zucoloto.
O SR. CARLOS EDUARDO
ZUCOLOTO – Tentarei ser breve. Obrigado,
Senhor Deputado Pastor Marcos Mansur, pelas
palavras e pela forma que V. Ex.ª conduziu.
Estávamos na dúvida sobre qual era a questão a ser
discutida e V. Ex.ª prontamente nos ajudou. A
nossa ideia é tentar colaborar.
Senhor Deputado Doutor Hércules, posso
até, em momento oportuno, apresentar qual é o
modelo de alimentação escolar que temos nas
escolas públicas estaduais. O nosso modelo é
terceirizado, diferente do modelo escolarizado, que
é aquele em que o próprio caixa escolar faz a
aquisição dos produtos. Temos, sim, dentro desses
contratos, a regra de terem nutricionistas. Temos as
nutricionistas na própria secretaria, até conforme o
que V. Ex.ª colocou, que achei extremamente
importante, como forma de contribuir com o que
está sendo feito, e até mesmo escutar que tipo de
melhoria podemos ter. Os nossos cardápios são,
todos eles, elaborados pelas nossas nutricionistas.
No caso das nossas escolas estaduais, não é feito
cardápio pela escola. É sempre através de um
nutricionista, autorizadas por um nutricionista até
as suas alterações.
Colocamo-nos à disposição, e agradeço
muito a forma da condução. Estaremos sempre à
disposição para discutirmos esse assunto. Acho que
realmente não se esgota aqui. Muito obrigado a
todos.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL – PRP) – Antes de encerrarmos a reunião,
Carlão, Carlos Eduardo, Luiz Carlos, é bom
sabermos o dia, trinta minutos, onde vai ser essa
reunião, na OCB ou na Secretaria de Educação
porque sabemos que o tempo é corrido, não é,
Carlos Eduardo? V. S.ª que está ali...
O SR. CARLOS ANDRÉ SANTOS DE
OLIVEIRA – Pediremos ao subsecretário nesse
início... Vamos aceitar a sugestão de que essa
periodicidade seja quinzenal. Aceitamos que pelo
menos durante dois ou três meses ela seja
quinzenal. Depois, mensal. Estamos à disposição.
Se o subsecretário marcar na subsecretaria, lá na
casa dele, estaremos lá, com muito prazer.
O SR. PRESIDENTE – (HUDSON
LEAL – PRP) – Quando o Senhor Deputado
Pastor Marcos Mansur falou no ano que vem, o
ano que vem é daqui a pouco. Então, são
importantes as reuniões de quinze em quinze dias
para não termos problemas depois, Ady. Agradeço
a todos a presença.
Nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a reunião e convoco os Senhores
Deputados para a próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 12h20min.
HORÁRIO E LOCAL DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS DAS COMISSÕES
PERMANENTES
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,
SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS
Dia: terça-feira Dia: terça-feira
Horário: 13h30min Horário: 10h
Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro”
COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA,
ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE
E TOMADA DE CONTAS
COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Dia: segunda-feira Dia: terça-feira
Horário: 13h30min Horário: 11h
Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Rui Barbosa”
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE
DESENVOLVIMENTO URBANO E
REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE
LOGÍSTICA
COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO
AMBIENTE
Dia: segunda-feira Dia: segunda-feira
Horário: 10h Horário: 12h30min
Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Rui Barbosa”
COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE
AO CRIME ORGANIZADO
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO
Dia: segunda-feira Dia: terça-feira
Horário: 11h Horário: 12h30min
Local: Plenário “Dirceu Cardoso” Local: Plenário “Rui Barbosa”
COMISSÃO DE CULTURA E DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL
COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA,
INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL,
BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL, ENERGIA, GÁS NATURAL,
PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS
Dia: terça-feira Dia: terça-feira
Horário: 9h Horário: 12h30min
Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro” Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro”
COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE
SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA,
DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA
AGRÁRIA
Dia: segunda-feira Dia: terça-feira
Horário: 9h Horário: 10h
Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro” Local: Plenário “Rui Barbosa”
COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Dia: terça-feira Dia: segunda-feira
Horário: 9h Horário: 13h
Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro”
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E
DOS DIREITOS HUMANOS
Dia: segunda-feira
Horário: 9h
Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro”
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA-GERAL
PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral
CARLOS EDUARDO CASA GRANDE Secretário-Geral da Mesa
JULIO CESAR BASSINI CHAMUN Procurador-Geral
FABIANO BUROCK FREICHO Secretário de Gestão de Pessoas
MARCELO BOZIO MONTEIRO Secretário de Comunicação Social
RAULINO GONÇALVES FILHO Chefe de Gabinete da Presidência
INGRID DE OLIVEIRA SOARES
Subdiretora-Geral
PAULO DA SILVA MARTINS Subprocurador-Geral
DIRETORIAS LEGISLATIVAS
MARCELO SIANO LIMA Diretor das Comissões Parlamentares
MARCUS FARDIN DE AGUIAR Diretor de Processo Legislativo
RICARDO WAGNER VIANA PEREIRA Diretor de Redação
JOÃO PAULO CASTIGLIONI HELAL Diretor da Procuradoria
MARILUCE SALAZAR BOGHI Diretora de Taquigrafia Parlamentar
JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA DE SOUZA JÚNIOR Diretor de Tecnologia da Informação
ADRIANA DOS SANTOS FERREIRA FRANCO RIBEIRO Diretora de Documentação e Informação
JORGE ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA Diretor da Consultoria Temática
LUIZ ANTONIO ROMEIRO IANNUZZI Diretor de Infraestrutura e Logística
LUIS CARLOS GIUBERTI Diretor de Segurança Legislativa
JANAÍNA DO NASCIMENTO VALOIS Diretora de Finanças
DANIELA RAMOS NOGUEIRA FARIA Diretora de Controle Interno