Feira das Cebolas também é arraial nocturno

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Tiragem: 12000 País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Regional Pág: 8 Cores: Cor Área: 17,35 x 22,65 cm² Corte: 1 de 2 ID: 60594697 17-08-2015 Feira das Cebolas também é arraial noturno 111 Os 13 agricultores a vender as suas réstias de ce- bolas na Praça do Comércio, de sábado a sábado (até 22 deste mês), participam na Feira das Cebolas cada vez mais como fator de atração para a festa, do que para fa- zer negócio. A edição deste ano, com uma aposta mais forte na animação noturna, tanto através de ranchos fol- clóricos, como na confeção de petiscos, deu um tom de arraial ao certame e está a conseguir juntar centenas de pessoas naquele local histórico da cidade. Ao fim de 30 anos, há mui- ta gente que reserva alguns dias de agosto para parti- cipar nesta festa de verão, baseada numa tradição secular relacionada com a venda das tranças das ce- bolas, antiga Festa de São Bartolomeu. Ramiro Barradas, um dos principais impulsionadores do certame, sempre presen- te, sem exceção, nas três úl- timas décadas, garante que “a produção da cebola foi boa em Cernache porque correu-lhe bem o tempo”. A Câmara Municipal de Coimbra, em co-organiza- ção com o Grupo Folclórico “Camponeses de Vila Nova” apoiam os ceboleiros pre- sentes, a que se junta ati- vidades relacionadas com jogos tradicionais e, sobre- tudo, folclore e etnografia da região do Mondego, para além de dois espetáculos de Fado (de Coimbra e de Lis- boa), uma apresentação de Música Popular e de outros géneros musicais. A gastronomia e a doça- ria típicas do concelho de Coimbra estão representa- das, em cada dia, através da tradicional “Tasquinha do Timpanas” onde se degus- tam pratos como o caldo verde, a sardinha de pasta, o chouriço caseiro, as pata- niscas de bacalhau, o arroz doce “à Avó Ana”, as escar- peadas ou o bolo da festa, tudo isto “regado” com licor de canela, jeropiga e vinho do lavrador. Recorde- se que, quando a tradição foi reposta na década de 80, chegaram a estar presentes 35 ceboleiros, mas agora são muito menos. Novata nestas andanças é Teresa Martinho, de 45 anos, que está ainda a habituar-se a esta realidade, queixando- se que, sábado e domingo, se vendeu pouco. Rui Lopes, presidente Gru- po Folclórico “Camponeses de Vila Nova”, esclarece que a autarquia presta apoio logístico de realização num valor anula que ronda os seis mil euros, referindo que todas as noites estão ao serviço cerca de 25 vo- luntários da agremiação. | António Rosado Rui Lopes junto às voluntárias que confecionam, no local, os petiscos para a noite É o primeiro ano em que Teresa Martinho vende nesta feira DB-Carlos Jorge Monteiro

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Tiragem: 12000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 8

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Área: 17,35 x 22,65 cm²

Corte: 1 de 2ID: 60594697 17-08-2015

Feira das Cebolastambém é arraial noturno111 Os 13 agricultores a

vender as suas réstias de ce-bolas na Praça do Comércio, de sábado a sábado (até 22 deste mês), participam na Feira das Cebolas cada vez mais como fator de atração para a festa, do que para fa-zer negócio. A edição deste ano, com uma aposta mais forte na animação noturna, tanto através de ranchos fol-clóricos, como na confeção de petiscos, deu um tom de arraial ao certame e está a conseguir juntar centenas de pessoas naquele local histórico da cidade.

Ao fim de 30 anos, há mui-ta gente que reserva alguns dias de agosto para parti-cipar nesta festa de verão, baseada numa tradição secular relacionada com a venda das tranças das ce-bolas, antiga Festa de São Bartolomeu.

Ramiro Barradas, um dos principais impulsionadores do certame, sempre presen-te, sem exceção, nas três úl-timas décadas, garante que “a produção da cebola foi boa em Cernache porque correu-lhe bem o tempo”.

A Câmara Municipal de Coimbra, em co-organiza-ção com o Grupo Folclórico “Camponeses de Vila Nova” apoiam os ceboleiros pre-sentes, a que se junta ati-vidades relacionadas com jogos tradicionais e, sobre-tudo, folclore e etnografia da região do Mondego, para além de dois espetáculos de Fado (de Coimbra e de Lis-boa), uma apresentação de Música Popular e de outros géneros musicais.

A gastronomia e a doça-ria típicas do concelho de Coimbra estão representa-das, em cada dia, através da tradicional “Tasquinha do Timpanas” onde se degus-tam pratos como o caldo verde, a sardinha de pasta, o chouriço caseiro, as pata-niscas de bacalhau, o arroz doce “à Avó Ana”, as escar-peadas ou o bolo da festa, tudo isto “regado” com licor de canela, jeropiga e vinho do lavrador. Recorde-se que, quando a tradição foi reposta na década de 80, chegaram a estar presentes 35 ceboleiros, mas agora são muito menos. Novata nestas andanças é Teresa Martinho, de 45 anos, que está ainda a habituar-se a esta realidade, queixando-se que, sábado e domingo, se vendeu pouco.

Rui Lopes, presidente Gru-po Folclórico “Camponeses de Vila Nova”, esclarece que a autarquia presta apoio logístico de realização num

valor anula que ronda os seis mil euros, referindo que todas as noites estão

ao serviço cerca de 25 vo-luntários da agremiação. | António Rosado

Rui Lopes junto às voluntárias que confecionam, no local, os petiscos para a noite

É o primeiro ano em que Teresa Martinho vende nesta feira

DB-Carlos Jorge Monteiro

Tiragem: 12000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,54 x 3,03 cm²

Corte: 2 de 2ID: 60594697 17-08-2015

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